Torcida recepciona delegação com grande festa e Rollheiser marca gol decisivo contra o Palmeiras
por
Jalile Elias
Lais Romagnoli
|
19/11/2025 - 12h

 

A vitória do Santos por 1 a 0 sobre o Palmeiras, no último sábado (15), em jogo atrasado da 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, veio em uma Vila Belmiro pulsante desde muito antes do apito inicial. A torcida alvinegra tomou as ruas no entorno do estádio e fez uma grande festa já na chegada da delegação, com direito a corredor de fogo para recepcionar o ônibus da equipe. Dentro de campo, o argentino Benjamin Rollheiser decidiu o clássico com o gol que garantiu três pontos importantíssimos que tiraram o Peixe da zona de rebaixamento.

Entre sinalizadores e cantos fortes, a recepção da torcida santista incendiou a Vila Belmiro. Foto: Jalile Elias
Entre sinalizadores e cantos fortes, a recepção da torcida santista incendiou a Vila Belmiro. Foto: Jalile Elias
Santistas prepararam um corredor de fogo para recepcionar o ônibus do time. Foto: Jalile Elias
Santistas prepararam um corredor de fogo para recepcionar o ônibus do time. Foto: Jalile Elias
A Vila estava “em chamas” para receber o clássico entre Santos e Palmeiras. Foto: Lais Romagnoli
A Vila estava “em chamas” para receber o clássico entre Santos e Palmeiras. Foto: Lais Romagnoli
 A torcida do Santos bateu recorde de público no ano na Vila Belmiro: 14.651 torcedores. Foto: Lais Romagnoli
A torcida do Santos bateu recorde de público no ano na Vila Belmiro: 14.651 torcedores. Foto: Lais Romagnoli
Faixas e adereços são comuns nas arquibancadas, ainda mais pelo clima de decisão. Foto: Lais Romagnoli
Faixas e adereços são comuns nas arquibancadas, ainda mais pelo clima de decisão. Foto: Lais Romagnoli
Até essa partida, o Santos tem uma média de 17.438 torcedores como mandante. Foto: Lais Romagnoli
Até essa partida, o Santos tem uma média de 17.438 torcedores como mandante. Foto: Lais Romagnoli
“Pra cima deles”: a força dos torcedores no Alçapão empurrou o Peixe. Foto: Lais Romagnoli
“Pra cima deles”: a força dos torcedores no Alçapão empurrou o Peixe. Foto: Lais Romagnoli
A arquibancada pulsava enquanto os sinalizadores iluminavam a noite santista. Foto: Jalile Elias
A arquibancada pulsava enquanto os sinalizadores iluminavam a noite santista. Foto: Jalile Elias
Em meio às provocações de um clássico, torcedor santista estampa a placa de “Sem Mundial”, provocando o Palmeiras devido ao título da Copa Rio de 1951, vencida pelos palmeirenses e considerado por eles um título mundial. Foto: Jalile Elias
Em meio às provocações de um clássico, torcedor santista estampa a placa de “Sem Mundial”, provocando o Palmeiras devido ao título da Copa Rio de 1951, vencida pelos palmeirenses e considerado por eles um título mundial. Foto: Jalile Elias

 

O cenário onde cada canto carrega uma história
por
Jalile Elias
Lais Romagnoli
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17/11/2025 - 12h

 

 

Um passeio pelos cartões-postais de Salvador, onde história, fé, música e mar se encontram a cada esquina. Dos monumentos às paisagens, cada ponto turístico carrega a força cultural que faz da cidade um dos destinos mais vibrantes do Brasil.

Bonfim: fé, tradição e esperança. Foto: Jalile Elias
Bonfim: fé, tradição e esperança. Foto: Jalile Elias
As fitinhas que guardam votos e promessas. Foto: Jalile Elias
As fitinhas que guardam votos e promessas. Foto: Jalile Elias
A igreja mais simbólica da devoção baiana. Foto: Jalile Elias
A igreja mais simbólica da devoção baiana. Foto: Jalile Elias
A Igreja da Gamboa entre o mar e a devoção. Foto: Jalile Elias
A Igreja da Gamboa entre o mar e a devoção. Foto: Jalile Elias
Gamboa: fé abraçada pela praia. Foto: Jalile Elias
Gamboa: fé abraçada pela praia. Foto: Jalile Elias
 ⁠O encontro entre arte, história e horizonte. Foto: Jalile Elias
O encontro entre arte, história e horizonte. Foto: Jalile Elias
Castro Alves, onde Salvador respira cultura. Foto: Lais Romagnoli
Castro Alves, onde Salvador respira cultura. Foto: Lais Romagnoli
A Praça Castro Alves e sua vista aberta para a Baía. Foto: Lais Romagnoli
A Praça Castro Alves e sua vista aberta para a Baía. Foto: Lais Romagnoli
Pelourinho: charme colonial em cada esquina.  Foto: Lais Romagnoli
Pelourinho: charme colonial em cada esquina.  Foto: Lais Romagnoli
 
Cores, música e movimento no Pelô.  Foto: Lais Romagnoli
Cores, música e movimento no Pelô.  Foto: Lais Romagnoli
Vista clássica do Elevador Lacerda ligando cidade alta e baixa.  Foto: Lais Romagnoli
Vista clássica do Elevador Lacerda ligando cidade alta e baixa.  Foto: Lais Romagnoli

 

O thriller político estrelado por Wagner Moura chega aos cinemas no dia 6 de novembro
por
Isabelle Rodrigues
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19/09/2025 - 12h

O filme "O Agente Secreto", de Kleber Mendonça Filho, foi escolhido nesta segunda-feira (15) pela Academia Brasileira de Cinema para representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2026 na categoria de Melhor filme internacional. Após a vitória do longa "Ainda estou aqui", de Walter Salles, o país voltou a brilhar aos olhos da mídia estrangeira, já que além das discussões em torno do prêmio, o público brasileiro movimentou a premiação como nunca antes. 

O longa do diretor pernambucano, situado em 1977, narra a história de Marcelo (Wagner Moura) que se refugia em Recife, após acontecimentos violentos em seu passado. Após buscar abrigo com outros grupos marginalizados, Marcelo acaba se envolvendo nos conflitos políticos e étnicos escondidos pela cidade.

Entre o elenco, estão nomes como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone e Alice Carvalho

Elenco de agente secreto reunido para a exibição e premiação do filme no festival Cannes. Foto: reprodução / IMDB
Elenco de agente secreto reunido para a exibição e premiação do filme no festival Cannes. Foto: reprodução / IMDB

A indicação, porém, não significa que o filme já esteja entre os finalistas. A escolha dos longas a participarem da cerimônia acontece por meio de pré-seleções. Todos os países têm direito a enviar um candidato para a apuração, sendo necessário que o filme tenha sido feito fora dos Estados Unidos e com mais de 50% dos diálogos em qualquer língua, menos o inglês. Depois, o filme é selecionado de acordo com a crítica e o voto interno, determinando assim os cinco concorrentes finais. Por conta dessas etapas, vários filmes brasileiros já caíram na pré-seleção.

Antes de "Ainda estou aqui", o último filme nacional classificado foi "O ano que meus pais saíram de férias", do diretor Cao Hamburger em 2008, que chegou até a pré-indicação. Quase dez anos depois da primeira indicação, em 1999, de "Central do Brasil" de Walter Salles, que chegou a ser um dos finalistas.

O longa já conquistou oito prêmios, entre eles o de Melhor ator, para Wagner Moura e de Melhor diretor para Kleber Mendonça Filho, ambos no Festival de Cannes.

O Agente Secreto conta com exibições especiais por todo o país e estará disponível nos cinemas brasileiros a partir de 6 de Novembro.

Segue abaixo, o trailer da produção

Após 12 anos de sucesso, Invocação do Mal 4: Last Rites chega para dar fim a uma das mais aclamadas franquias de terror
por
Isabelle Rodrigues
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16/09/2025 - 12h

No dia 4 de setembro, chegou aos cinemas mundiais “Invocação do Mal 4: Last Rites”, o último capítulo da saga, que toma a atmosfera do polêmico caso da família Smurl, supostamente assombrada entre 1974 e 1989. 

Em seu primeiro final de semana em cartaz, o filme já arrecadou R$ 42 milhões, além de ter levado mais 2 milhões de pessoas aos cinemas, segundo dados divulgados pela Warner Bros. Foi confirmada uma continuação em desenvolvimento do universo, em forma de série pela HBO Max.

Judy e Lorraine compartilham da mesma habilidade, o que se torna um dos motores da narrativa  Reprodução/ Warner Bros
Judy e Lorraine compartilham da mesma habilidade, o que se torna um dos motores da narrativa  Reprodução / Warner Bros

O longa tem novamente a direção de Michael Chaves, que tomou da frente da saga desde o terceiro filme, The Devil Made Me Do It e The Nun 2, em 2021 e 2023. O filme   finaliza a saga dos Warren -  Lorraine (Vera Farmiga) e Ed (Patrick Wilson), com a adição de Judy, filha do casal (Mia Tomlinson) agora adulta e seu noivo Tony (Ben Hardy). Como um encerramento e tributo aos fãs de longa data, outros rostos conhecidos do universo  tomam a cena, como Drew(Shannon Kook), ajudante do casal no primeiro filme, Padre Gordon (Steve Coulter) e o Policial Brad (John Brotherton) também do primeiro.

O filme conta com diversas liberdades criativas sobre o real caso, já que os Warrens apenas se envolveram dez anos depois da assombração ser notificada. O que não é estranho para a franquia, mas se torna especialmente notável como parte desse encerramento, já que na realidade o caso nunca foi resolvido pelo casal, fortalecendo as críticas da época que acusavam o casal de charlatanismo.

Ed e Lorraine Warren foram personalidades extremamente midiáticas durante seus casos. Reprodução / Carolyn Bauman
Ed e Lorraine Warren foram personalidades extremamente midiáticas durante seus casos. Reprodução / Carolyn Bauman

Lançada em 2013, a franquia Invocação do Mal (The Conjuring), dirigida por James Wan,  se tornou a série de filmes “baseado em fatos reais”, subgênero do terror, mais famosa. Ao longo dos doze anos a franquia se expandiu muito além dos diários e relatos dos Warren, criando um universo de terror único que se sustenta em continuações até hoje.

Atualmente, o universo conta com nove filmes, sendo eles quatro títulos principais, Invocação do mal 1, 2, 3 e 4, e seus spin-offs que expandiram o terror apresentado pela figuras de Annabelle, com três filmes, A freira, com dois e a Maldição da Chorona.

O casal Warren, ficou mundialmente conhecido após o lançamento dos filmes, porém essa fama trouxe ainda mais notoriedade aos questionamentos sobre a pseudociência, demonológica, defendida por eles. O casal, conhecidos como os maiores demonologistas, ou caça-fantasmas do mundo, eles fundaram a New England Society for Psychic Research (N.E.S.P.R.) -  Sociedade de Pesquisa Psíquica da Nova Inglaterra - em 1952, atuando durante cinco décadas, em supostamente mais de dez mil investigações, se mantendo ativos na mídia, com palestras e declarações sobre seus casos. Porém seu feito mais conhecido é o museu Oculto no porão de sua casa, que guarda itens referentes a todos os casos investigados pelo casal. Desde de 3 de Agosto, o museu é de propriedade do comediante americano Matt Riff.

O filme Invocação do Mal 4: O Último Ritual está em cartaz por cinemas em todo o país desde 4 de setembro.

Veja abaixo o trailer da produção: 

Título original: The Conjuring 4: The Last Ritual

Direção: Michael Chaves

Roteiro: Ian Goldberg, Richard Naing, David Leslie Johnson-McGoldrick

Elenco principal: Vera Farmiga, Patrick Wilson, Mia Tomlinson, Ben Hardy,

Rebecca Calder, Elliot Cowan

Evento promoveu diálogos sobre arte e saúde em experiências imersivas
por
Khadijah Calil
Lais Romagnoli
Yasmin Solon
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10/09/2025 - 12h

Com idealização e curadoria da artista visual e arquiteta Marcella Benita Maksoud, o evento Casa‑Corpo transformou a experiência da endometriose em arte, informação e debate. Em cartaz de 14 de agosto a 6 de setembro de 2025, na Rua Pedroso Alvarenga, 678, no Itaim Bibi, em São Paulo, a mostra reuniu especialistas da saúde, artistas e público em vivências interativas que discutiram os impactos físicos, emocionais e sociais da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, a endometriose é uma doença inflamatória crônica que afeta cerca de uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva e caracteriza-se pelo crescimento de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, podendo causar dor intensa, infertilidade e impactos na qualidade de vida.

Apesar de comum, a condição ainda é cercada por desinformação e negligência, o que torna ações como o Casa‑Corpo essenciais para ampliar o debate e o reconhecimento da endometriose como questão urgente de saúde pública.

“Só não se perca ao entrar” de Fernanda Corsini. Foto: Khadijah Calil.
“Só não se perca ao entrar” de Fernanda Corsini. Foto: Khadijah Calil.
 “É preciso dar vazão” de Marcella Benita. Foto: Khadijah Calil.
 “É preciso dar vazão” de Marcella Benita. Foto: Khadijah Calil.
  “Procurar as fronteiras e com as pontas dos dedos alcançar mais fundo” de Alix Spell. Foto: Khadijah Calil.
  “Procurar as fronteiras e com as pontas dos dedos alcançar mais fundo” de Alix Spell. Foto: Khadijah Calil.
Sem título, Alix Spell. Foto: Khadijah Calil.
Sem título, Alix Spell. Foto: Yasmin Solon.
"Ambivalências", Marcella Benita. Foto: Yasmin Solon.
"Ambivalências", Marcella Benita. Foto: Yasmin Solon.
Sem título, Camila Alcântra. Foto: Yasmin Solon.
Sem título, Camila Alcântra. Foto: Yasmin Solon.
“Sedução” de Marcella Benita. Foto: Yasmin Solon.
“Sedução” de Marcella Benita. Foto: Lais Romagnoli.
Um universo não compreendido. Foto: Lais Romagnoli.
"Sentido", Marcella Benita. Foto: Lais Romagnoli.
  “Fraturas e próteses” de Alix Spell.  Foto: Lais Romagnoli.
  “Fraturas e próteses” de Alix Spell.  Foto: Lais Romagnoli.

 

A virada cultural aposta na descentralização, diversidade e acesso gratuito à cultura
por
Marina Laurentino Mendonça
Michelle Batista Gonçalves
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28/05/2025 - 12h

 

A Virada Cultural 2025 ocorreu nos dias 24 e 25 de maio, reunindo mais de 4 milhões de pessoas nas ruas de São Paulo. Com 21 palcos distribuídos por diferentes regiões da cidade e mais de 1.200 atrações gratuitas, o evento levou música, teatro, dança, cinema e atividades culturais para espaços públicos, reforçando a proposta de descentralização e democratização do acesso à cultura.

 

Show da cantora B TREM no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantora B TREM no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.

 

Show da cantor Kyan no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantor Kyan no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantor Kyan no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantor Kyan no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Michelle Batista.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Michelle Batista.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Michelle Batista.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Michelle Batista.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Michelle Batista.
Show da cantor Don L no palco Grajaú, dia 24/05. Foto: Michelle Batista.
Show da cantora Liniker no palco Anhangabaú, dia 25/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantora Liniker no palco Anhangabaú, dia 25/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantora Liniker no palco Anhangabaú, dia 25/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantora Liniker no palco Anhangabaú, dia 25/05. Foto: Marina Laurentino.
Show da cantor BK no palco Brasilândia, dia 25/05. Foto: Michelle Batista.
Show da cantor BK no palco Brasilândia, dia 25/05. Foto: Michelle Batista.
Show da cantor BK no palco Brasilândia, dia 25/05. Foto: Michelle Batista.
Show da cantor BK no palco Brasilândia, dia 25/05. Foto: Michelle Batista.

 

Entidades do audiovisual brasileiro lutam para a reformulação da Lei da regularização dos Streamings no Brasil. Legislação existe desde 2021 na França.
por
Wanessa Celina Campos
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19/05/2025 - 12h

A vitória de Ainda Estou Aqui (Walter Salles, 2025) no Oscar trouxe um alerta ao setor audiovisual brasileiro sobre a  necessidade da regularização do VOD (video on demand, em inglês). Em fevereiro deste ano, a Kantar Ibope Media declarou que 35% dos domicílios brasileiros consomem plataformas digitais de streaming. Em 2021, uma pesquisa Streaming Global do Finder já trazia o Brasil como o segundo maior consumidor de streaming do mundo. Ainda assim, diferente de países como a França e a Espanha, o Brasil não regularizou a atuação de plataformas estrangeiras, como a Netflix e a Prime Videos.

“No Brasil, a gente tem medo dessa palavra regulação, até em função da ditadura, de algumas agências reguladoras que historicamente já tivemos. Mas em qualquer país do mundo existe a regularização de qualquer profissão.”, contextualiza o jornalista e documentarista Piero Sbragia, em entrevista para a AGEMT. Na França, a regularização do  VOD obriga as plataformas estrangeiras a investirem 25% do seus faturamentos em conteúdos nacionais, enquanto que, no Brasil, o PL nº 2.331/2022, aprovado pelo Senado, atribui apenas 3% de contribuição das empresas estrangeiras. 

Além da mudança de 3% de contribuição para 12%, a Frente Ampla pelo Audiovisual Brasileiro, reitera a necessidade de uma cota com, no mínimo, 20% de conteúdos brasileiros nas plataformas e canais de exibição. Thais Oliver, roteirista e vice-presidente da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA) diz que o maior problema no cinema brasileiro hoje é a falta de um lugar para “escoar” toda produção nacional, que anualmente lança mais de 200 filmes. “São poucos os streamings que chegam a 20% de produção nacional. Nem a Globoplay consegue ter um catálogo só de produção nacional. Então, a cota é fundamental para que a gente consiga escoar essa produção.”

França: um caso que deve servir de inspiração

“O critério para a divisão de filmes nos cinemas franceses é a cota”, relata Piero ao relembrar um acontecimento durante a sua estadia em Paris, em 2022. Segundo ele, quando esteve por lá, quatro das cinco salas de cinemas eram reservadas apenas para filmes franceses, independente dos números de vendas, enquanto filmes hollywoodianos só tinham uma sala reservada. “A questão não é lucro, não é dinheiro, a questão é a soberania.”, completa Piero, observando que os filmes estadunidenses possuem um posição desigual em relação aos filmes nacionais, o que torna necessária a  proteção das obras nacionais. De acordo com Thais, é necessário que “a gente assuma essa negociação com um ponto de vista mais nacionalista, protegendo a nossa indústria.”

Não apenas a cota é fundamental, a proeminência, os destaques às obras nacionais nos aplicativos e site dos streamings, são essenciais. Usar o algoritmo para que os brasileiros achem obras nacionais com mais facilidade, que elas estejam já na primeira página, também faz parte da demanda da Frente Ampla. Mesmo assim, como lembra Piero, não tem como haver uma boa regularização do VOD sem que haja a fiscalização correta. Fiscalizar se as leis estão sendo cumpridas e, assim, proteger as obras nacionais, assim como aos atores, roteiristas e diretores brasileiros para não serem submissos às formas desfavoráveis nos seus trabalhos é também uma obrigação que o Senado e a Câmara devem ter em mente, na hora da formulação da Lei do Audiovisual.

 

A complicada dinâmica do comércio de veículos impressos nos dias de hoje
por
Enrico Peres
Matheus Carrilho
Matheus Ayres
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12/05/2025 - 12h

Confira como está o funcionamento de uma banca de jornal tradicional de São Paulo nos dias de hoje. Quais são os produtos mais vendidos? Como anda a saída de veículos impressos? O que os consumidores procuram? 

Entenda o motivo da mudança de ingredientes na indústria do chocolate
por
Liz Ortiz Fratucci
Julia Naspolini
|
06/05/2025 - 12h

Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, as vendas da páscoa de 2025,  somaram mais de 3 bilhões de reais. Hoje em dia, existe uma ampla variedade de sabores, marcas e preços. Recentemente, viralizou nas redes sociais postagens sobre a mudança de ingredientes do Choco Biscuit da Bauducco. A nova receita promovida pela empresa substitui a barra de chocolate que tinha em cima do biscoito por uma barra de gordura hidrogenada sabor chocolate. Essa polêmica, junto com a passagem da Páscoa, fez muitos internautas questionarem: qual a qualidade do chocolate que comemos? E como isso influencia na nossa saúde? 

Biscoito e Barra de Chocolate ao Leite Bauducco Choco Biscuit Pacote 36g
Biscoito Bauducco "Choco Biscuit" 
 

Apesar da Bauducco e empresas que tiveram processos similares não terem se pronunciado, existem alguns possíveis motivos para as novas receitas. Diante do grande aumento no preço do cacau nos últimos dois anos -- resultado da escassez do cacau em áreas produtoras por mudanças climáticas, muitas empresas reduziram o percentual do fruto em seus produtos. Além disso, as flexíveis leis do Brasil dificultam a manter um padrão maior de qualidade. Por lei, é exigido apenas 25% de cacau em um produto para que possa chamá-lo  de chocolate. Já na União Europeia, por exemplo, a porcentagem mínima é de 30% para o sabor ao leite. 

A engenheira de alimentos Larissa Albino, em entrevista à AGEMT, diz que a mudança pode ter diversos motivos. Um deles seria a questão da estabilidade, já que o chocolate tem uma propriedade sensível a temperatura e umidade, pode ser que o pacote tenha ocasionado o derretimento do produto, gerando reclamação de consumidores. Outro motivo pode ter sido a falta de disponibilidade de matéria prima de cacau no mercado.

Por questões climáticas, no ano passado, ocorreu uma crise na produção de cacau no país. Com isso, as empresas passaram a ver a necessidade de priorizar alguns produtos em detrimento de outros. Provavelmente, para não serem obrigados a descontinuar a linha “Choco Biscuit”, eles adotaram a estratégia de aderir ao chocolate saborizado, uma matéria prima menos nobre. Albino esclarece que o chocolate hidrogenado não deixa de utilizar o cacau, ele apenas é utilizado em menor quantidade. Para completar a ausência do volume do cacau na formulação, é utilizada a gordura hidrogenada, já que ela possui melhor estabilidade, levando-a a suportar maiores temperaturas, como as do Brasil, durante a comercialização.

“A manteiga de cacau, substituindo a gordura hidrogenada, teoricamente seria mais saudável. Mas hoje em dia há tecnologia para a produção de gordura hidrogenada, que já está bem mais avançada do que antigamente. Então hoje você pode até observar que, na tabela nutricional do produto, você não vê um impacto tão grande em relação à quantidade total de gorduras saturadas", afirma Albino. 

A engenheira também explica que o avanço na tecnologia de produção e de matéria-prima faz com que hoje o produto seja nutricionalmente mais equilibrado do que no passado. Não tendo uma tabela nutricional muito mais gordurosa do que teria utilizando a manteiga de cacau. Escute a matéria completa no SoundCloud
 

A utilização da nova tecnologia vem gerando debates nas redes sobre a desumanização do trabalho
por
Juliana Bertini
Maria Eduarda Cepeda
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06/05/2025 - 12h

Até onde vão os limites da criação? Conversamos com Norton Trevisan Roman, professor Livre-Docente e Pesquisador da EACH/USP, na área de Inteligência Artificial (com ênfase em Linguística Computacional), para entendermos o que é a Inteligência Artificial e seus limites na criação de arte. Confira!