Em exibição até o final de abril, a exposição aborda a construção do samba brasileiro a partir da resistência negra
por
Mohara Ogando Cherubin
Julia da Justa Berkovitz
Giulia Fontes Dadamo
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16/04/2024 - 12h

Com acervo de 380 itens, o Instituto Moreira Salles (IMS) conta a história da comunidade de negros, ciganos e imigrantes judeus e italianos que se alojaram na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Conheça na exposição “Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou" (até 21 de abril de 2024) como esse grupo foi importante para a formação da cultura, a música e a diversidade religiosa brasileira como conhecemos hoje. 

“Pequenas Áfricas: o Rio que o samba inventou" celebra a criação do samba para além do significado de apenas um ritmo musical, ela resgata suas origens, significados e principais figuras. Pixinguinha, Dona Ivone Lara, Clementina de Jesus e Cartola e as Tias são apenas alguns dos personagens que são evidenciados na amostra.  Além disso, o surgimento das escolas de samba nos subúrbios cariocas é ressignificado como uma forma de luta por direitos e cidadania.

Saiba mais sobre a exposição por meio do link

Inaugurada em 23 de março, a exposição traz fotografias e cenas dos principais filmes do cineasta
por
Julia Barbosa
Maria Clara Magalhães
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26/03/2024 - 12h

Em cartaz de 23 de março a 28 de julho e com entrada gratuita, a exposição "Que País é este? A câmera de Jorge Bodanzky durante a ditadura brasileira" ocupa o 6° andar do Instituto Moreira Sales, localizado na Avenida Paulista. A mostra conta com alguns de seus principais longa metragens, reportagens para tevês alemãs e sua produção fotográfica. Grande parte da mostra reúne produções pouco conhecidas, seja por conta da censura, falta de financiamento ou circuito reduzido de exibição dedicado ao cinema ativista. Confira!

Novo livro de Daniela Arbex enche livraria de fãs e militantes da causa no incêndio do CT do Flamengo
por
Beatriz Barboza
Giuliana Zanin
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26/03/2024 - 12h
Ex-capitão da seleção brasileira é solto na Espanha, atacante preso em São Paulo e treinador é anunciado em clube de Série A
por
Vinícius Evangelista
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26/03/2024 - 12h

Condenado há quatro anos e meio de prisão por estuprar garota em uma boate de Barcelona, Daniel Alves, de 40 anos, foi solto na manhã de segunda-feira (25), após o pagamento de fiança no valor de 1 milhão de euros (cerca de R$ 5,5 milhões). O ex-atleta estava sob regime fechado desde janeiro do ano passado na penitenciária Brians 2, há 40 quilômetros da capital, e ficará em liberdade provisória até o julgamento de próxima instância, processo que pode levar dois anos até ser concluído.

A soltura se deu apenas três dias depois da prisão do ex-jogador Robinho, condenado há nove anos de reclusão por estupro coletivo cometido na Itália. O caso ocorrido em 2013, teve julgamento encerrado e condenação apenas quatro anos depois, em 2017, com a prisão efetiva sendo realizada no último sábado (22), mais de dez anos depois do crime. O ex-atacante, também de 40 anos, foi conduzido de Santos ao presídio 2 do Tremembé (SP), popularmente conhecido como ‘presídio dos famosos’.

Ao contrário da Espanha, o crime de estupro no Brasil é inafiançável, portanto, Robinho não poderá fazer o mesmo que Daniel, e só deixará a prisão antes do cumprimento da pena caso tenha sucesso em algum recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça) ou no STF (Supremo Tribunal Federal) ou se cumprir 40% da pena de nove anos, quando poderá solicitar progressão para o regime semiaberto.

“É um absurdo (a soltura de Daniel), um tapa na cara de todas nós mulheres (...) você pode cometer o crime, paga que você é solto. Isso não pode acontecer”, afirmou Leila Pereira, a primeira mulher chefe de delegação da história da seleção brasileira de futebol masculino, em entrevista ao Sportv.

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Leila Pereira discursa ao se juntar à delegação do Brasil em Londres para amistosos. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

“A gente precisa agir, não adianta só falar. Não é possível que as pessoas não tenham empatia ao sofrimento dessas meninas, ao sofrimento de todas nós”, completou Pereira. A repercussão dos casos se deu menos de um mês após a polêmica volta do técnico Cuca ao futebol, esse também envolvido em condenação por violência sexual, em julho de 1987. O treinador foi anunciado como novo nome do Athletico Paranaense, em contrato válido até o fim de 2024, sob fortes protestos da torcida, em especial, da parte feminina.
O processo, que já havia sido prescrito, foi anulado devido a solicitação de novo julgamento por parte da equipe de Cuca, em busca da absolvição. “Segundo os meus advogados, a nossa chance era próxima aos 100%, nos dava uma confiança grande. Infelizmente, pela prescrição não pôde. O que de melhor ocorreu foi a anulação, descondenação e indenização.”, afirmou Cuca, em entrevista exclusiva aos canais oficiais do Athletico, logo após sua apresentação no clube.

 

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Cuca ao lado de companheiros também condenados na Suíça. Reprodução / UOL

Na época do crime, o tribunal de Berna, na Suíça, condenou Cuca, então jogador do Grêmio, e mais três atletas da equipe porto-alegrense, por terem violentado sexualmente uma menina de 13 anos em hotel durante excursão da equipe. A garota morreu aos 28 anos, com tentativa de suicídio registrada poucos meses após o estupro. “O que alguns chamam de uma noite de farra, para gente é a morte, mesmo que a gente não morra, a gente nunca mais vive. Uma mulher abusada, estuprada, assediada acaba um pouco no ato”, explica Milly Lacombe, jornalista do portal UOL, ao analisar o pronunciamento de Cuca.

“É um reflexo da nossa sociedade que vem a se espelhar no futebol. Essas mulheres passam por provações ou por pensamentos que nós enquanto homens não passamos, como pensar com que roupa vão sair por (medo de) um julgamento, ou por estar abrindo um suposto precedente para qualquer coisa”, afirmou Danilo, atual lateral-direito e capitão da seleção brasileira, funções já exercidas por Daniel Alves, em entrevista coletiva.

“Conversando com uma pessoa outro dia, ela me disse: ‘eu, se tiver um caminhão parado na rua, não passo atrás porque eu fico com receio de que possa ter alguém ali que possa me fazer mal’, nós enquanto homens não temos esse tipo de receio”, concluiu.

Em palestra dada, Ministro expõe a necessidade da luta constante pela democracia
por
João Paulo Di Bella Soma
Pedro José de Oliveira Zolési
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26/03/2024 - 12h

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso, apresentou uma aula magna intitulada “Quem é o Brasil? Democracia plena como o Norte do país” foi realizada no dia 4 de março, no Teatro Tuca. Tem como objetivo destacar a importância da democracia e dos direitos humanos na sociedade brasileira.

Luiz Roberto Barroso preparando-se para seu discurso inicial. Foto: João Paulo Di Bella
Luiz Roberto Barroso preparando-se para seu discurso inicial. Foto: João Paulo Di Bella Soma

 

Luiz Roberto Barroso é uma figura importante no meio jurídico brasileiro, reconhecido por suas significativas contribuições à legislação e à proteção dos direitos humanos. O seu trabalho em questões como a igualdade de género, a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo e a defesa da democracia fizeram dele uma pessoa única que inspira não só a profissão jurídica, mas a sociedade como um todo sobre a importância destas regras.

Em entrevista, Ana Carolina Macedo, estudante de Direito da ESPM, explicou a importância da escolha do local da aula. “O local tem significado especial: aqui está um ambiente histórico da PUC e do movimento estudantil, principalmente durante a ditadura militar. Sempre foi dos principais espaços de discussão sobre democracia, cidadania e direitos humanos na sociedade. "

"É um símbolo de resistência cultural e uma vitrine da diversidade da arte brasileira”, disse ela. O tema escolhido para a aula não poderia ser mais moderno e relevante para o ambiente sócio-político do país. No seu discurso, o Ministro Barroso enfatizou a importância da democracia inclusiva e da luta pela proteção dos direitos garantidos pela Constituição.

 

Bancada da aula magna ministrada pelo Luiz |Roberto Barroso. Foto: João Paulo Di Bella Soma
Bancada da aula magna ministrada pelo Luiz Roberto Barroso. Foto: João Paulo Di Bella Soma

Macedo também destacou a importância de palestras como essa em faculdades. “É animador ver o presidente do STF destacando esses valores em nossos espaços acadêmicos, pois nossas aulas de debate garantem que não sejam apenas teóricas, mas tenham um impacto real na sociedade.”

Entre as palavras do Ministro ocorreu uma homenagem à Professora Flávia Piovesan, destacando o seu estilo de vida como primeira Reitora do Instituto de Educação, uma defensora dos direitos humanos e combatente da aviação que estava cansada da democracia e dos direitos humanos. "A dedicação da professora Flávia é realmente inspiradora. Ela é um exemplo para todos nós de que podemos fazer a diferença mesmo em momentos difíceis", disse Ana Carolina.

"Acredito que eventos como esse são essenciais para nossa formação como cidadãos conscientes e engajados" completou a estudante.

 

A primeira agência de jornalismo investigativo sem fins lucrativos do Brasil fundada por repórteres mulheres completa 13 anos
por
Julia da Justa Berkovitz
Alice Di Biase
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19/03/2024 - 12h

O aniversário da Agência Pública ocorreu na quarta-feira (13). O local escolhido para sediar o evento foi o Tucarena, teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em parceria com o curso de Jornalismo e a Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes. O público pôde acompanhar três mesas redondas que discutiram os diversos aspectos da defesa da democracia. A primeira, teve como tema: “Desinformação e Populismo Digital” que discutiu o uso de discursos manipulados e extremismo para a promoção de figuras políticas, e como o avanço de tecnologias de inteligência artificial representam uma nova era no combate às fake news.

Em entrevista exclusiva à AGEMT, Natália Viana, co-fundadora da Agência Pública, reforça que deve existir uma maior abertura para o diálogo com diferentes opiniões e que em ambos os lados existem vítimas do discurso único: “O seu adversário político não é seu inimigo, é seu adversário; inimigos mortais não fazem parte da política”, ressalta Viana.

Três mulheres
Da esquerda para a direita: Nina Santos, Letícia Cesarino e Natalia Viana. Foto por: Julia Berkovitz 

Venha conferir mais informações no link a seguir: https://www.instagram.com/reel/C4tABYuuVZM/?igsh=MXI3MW55dzhxeGdjZw==

Fake news, deepfake, plataformas são temas de mesa nos 13 anos da Agência Pública
por
Isabelli Albuquerque
Vitória Nascimento
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15/03/2024 - 12h

Dia 13 de março a Agência Pública comemorou seus 13 anos em um evento realizado na PUC-SP. A agenda contou com três mesas com temas focados no jornalismo independente e luta pela democracia. A mesa “Desinformação e Populismo Digital” trouxe entrevistas com a jornalista e co-fundadora da Pública, Natalia Viana, e de Letícia Cesarino, antropóloga, A cobertura em vídeo para o TikTok pode ser acessada aqui

 

 

Acompanhe como foi a primeira mesa do evento , realizado no Tucarena, teatro da PUC-SP
por
Beatriz Alencar Gregório
João Pedro Lopes Oliveira
Geovana Bosak Santos
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15/03/2024 - 12h

Na quarta-feira (13), a Agência Pública celebrou seus 13 anos de jornalismo investigativo no Tucarena, em Perdizes, em  parceria com o   curso de Jornalismo e a Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes da PUC São Paulo. O evento "Pública 13 anos: O jornalismo na linha de frente da democracia", contou com três mesas de debate ao longo do dia, reunindo nomes ilustres do jornalismo, da antropologia e do clima. A comemoração discutiu temas como a desinformação, a crise climática e a defesa da democracia.

A primeira mesa, com o tema “Desinformação e Populismo Digital”, foi mediada por Natalia Viana, co-fundadora e diretora executiva da Pública, ela também se graduou em Jornalismo na PUC e mencionou a escolha da universidade para sediar o evento. Segundo ela, “a democracia é a cara da PUC”. Como convidadas, juntaram-se à mesa a antropóloga Leticia Cesarino e a pesquisadora Nina Santos para discutir as ondas de desinformação, a regulamentação da inteligência artificial e o poder das big techs e algoritmos nos sistemas de informação.

Ao final da discussão, também foram abertas perguntas ao público. Geovana Bosak, estudante de jornalismo perguntou: "Como você vê o futuro do jornalismo em um ambiente que está cada vez mais dominado pela manipulação dos algoritmos e pela desinformação?"

Nina Santos:

"O jornalismo está passando por um momento de transformação, porque de fato a economia da atenção, que é o rege o funcionamento das plataformas digitais, acaba mudando muito até a forma de acesso das pessoas ao jornalismo. O que a gente vê nas últimas pesquisas é que as pessoas acessam cada vez mais o conteúdo jornalístico através das plataformas. Ao invés de entrar diretamente nos veículos, elas entram nas plataformas digitais, que são espaços de informação e também de entretenimento, e através dessas plataformas que elas acabam se informando sobre o que tá acontecendo, o que é importante, e sobre o quê que elas precisam agir".

A Agência Maurício Tragtenberg esteve presente na primeira mesa de discussão "Desinformação e Populismo Digital", e gravou um vídeo de cobertura. Para conferir, acesse: 

https://www.instagram.com/reel/C4icdfIOyQo/utm_source=ig_web_copy_link&igsh=MzRlODBiNWFlZA==

 

Neste ano, as mulheres foram 32% das indicações nas mais diversas categorias conquistando cada vez mais destaque na indústria do cinema
por
Isabelli Albuquerque
Vitória Nascimento
Natália Perez
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14/03/2024 - 12h

O Oscar, principal premiação de cinema comercial, teve sua 96.ª edição no dia 10 de março de 2024.  Apresentado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas no teatro Dolby em Los Angeles, a cerimônia que acontece anualmente desde 1929, neste ano teve mais atenção voltada as mulheres.  Entre os motivos do destaque estavam a primeira nomeação de uma nativa americana a categoria de Melhor Atriz e a primeira vez em que três dos cinco longas concorrendo ao Melhor Filme foram dirigidos por mulheres. 

Para saber mais sobre a sobre a presença e destaque feminino no Oscar acesse o especial AGEMT no Tik Tok ou Instagram! 

Link Tik Tok: https://www.tiktok.com/@coberturasma/video/7346637634199964933?is_from_webapp=1&sender_device=pc&web_id=7345244975914157574

 

O evento contou com Oppenheimer liderando a premiação, a presença do cachorro Messi e manifestações pró-Palestina.
por
Julia da Justa Berkovitz
Mohara Ogando Cherubin
Giulia Fontes Dadamo
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11/03/2024 - 12h

A premiação do Oscar 2024 ocorreu na noite de domingo (10) e contou com vitórias previstas: Cillian Murphy como Melhor Ator, Emma Stone como Melhor Atriz e Oppenheimer como Melhor Filme. A premiação teve performances de Billie Eilish e Finneas O’Connell, Ryan Gosling, Becky G e Jon Batiste. Um dos destaques da noite foi a apresentação da Wahzhazhe, pelos Osage Singers, representantes do povo indígena Osage. Andrea Bocelli e Matteo Bocelli homenagearam artistas que morreram em 2023, dentre eles Matthew Perry e Michael Gambon. 

Manifestações pró-Palestina estiveram presentes na premiação. Os manifestantes cercaram a rua do Dolby Theater, teatro no qual o Oscar ocorreu, e criticaram as ações de Israel na Faixa de Gaza, além de pedir pelo cessar fogo no conflito. "Enquanto você assiste, bombas estão caindo", dizia uma das placas. Artistas como Joaquin Phoenix, Mark Ruffalo, Kristen Stewart e Swann Arlaud compareceram ao evento utilizando broches com o símbolo do movimento Artists4Ceasefire, como uma espécie de manifestação silenciosa. e pediram por ajuda humanitária, libertação dos reféns e pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Imagem com 3 artistas
Billie Eilish, Mahershala Ali e Mark Ruffalo utilizando broche pró-Palestina (Reprodução/ O Povo)

"Está começando. Estamos atrasados. O protesto [pró-] Palestina interrompeu o Oscar esta noite. A humanidade vence", disse Mark Ruffalo em uma rápida entrevista. Devido aos protestos, a transmissão do Oscar precisou ser adiada por alguns minutos e alguns artistas tiveram dificuldades de chegar ao teatro. Confira mais informações sobre a 96ª edição do Oscar no link a seguir: https://www.instagram.com/reel/C4bACyjueDE/?igsh=MW1lNHM3d2ZnbjZ0OA==