Os e-sports são cada vez mais protagonistas no meio convencional dos esportes, atingindo grandes públicos e envolvendo cifras milionárias. Com isso, o cenário do Counter-Strike, o first-person shooter (fps) da desenvolvedora Valve, é o gigante do segmento, vindo em crescente popularidade desde o início do século até os dias de hoje. O jogo consiste na disputa entre terroristas (atacantes), que devem plantar a bomba e contra-terroristas (defensores), que precisam desarmar a C4. A equipe que conseguir eliminar todos os jogadores inimigos, também garante um ponto. Quem fizer 13 pontos primeiro, leva a vitória.
O lançamento do Counter-Strike, o CS, no final de 2000, já foi um enorme sucesso, principalmente com aqueles que frequentavam as lan-houses. Junto a isso, surgiram torneios amadores para entreter e criar o clima de competição nos jovens da época, que, com o passar do tempo, foram cada vez mais se profissionalizando. Com isso, em 2001, ocorreu em Dallas, o primeiro Mundial de Counter-Strike, vencido pela organização sueca Ninjas in Pyjamas, que viria a se consolidar como uma das gigantes da história dos e-sports.
No Brasil, a popularização do Counter-Strike foi massiva, e, mesmo não sendo espontâneo, o cenário competitivo do fps aflorou com imenso destaque. Dessa forma, em 2006, o país conquistou seu primeiro título mundial, a Electronic Sports World Cup (ESWC), com organização da MIBR (Made in Brazil), se tornando um marco histórico para o crescimento do jogo. Porém, os jogadores não eram remunerados da melhor forma, e tinham que ‘bancar’ suas despesas de viagem. Em 2012, a Valve, desenvolvedora do game, lançou uma atualização para o CS, o Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO), trazendo, junto dos seguidores antigos, um público renovado, com novos gráficos e jogabilidade. No início, o Brasil ficou fora dos holofotes, e teria destaque em outros fps, tendo um real ‘boom’ apenas no ano de 2015, quando a Keyd Stars se tornou a primeira equipe brasileira a classificar para um Major.

Porém, a virada de chave se deu em 2016. Mesmo mal-remunerados e longe de suas famílias, os jovens da Luminosity Gaming trouxeram o Mundial de CS:GO para o país, sendo o ponto de largada para muitos começarem a acompanhar e entender o game, como foi em 2006. Nessa mesma época, as equipes profissionais começam a oferecer boas condições para seus atletas, com patrocínios, contratos com bonificações e toda uma estrutura de suporte.

Hoje, depois de mais um Mundial conquistado pelo Brasil em 2016, e um domínio completo, com 7 títulos conquistados no ano seguinte, o cenário de Counter-Strike se tornou um dos mais rentáveis dos e-sports. Investidores árabes e cifras nunca antes vistas movimentam o mercado de atletas, como é o caso da contratação do jogador Gabriel “Fallen” Toledo, que foi comprado pela equipe da FURIA, por quase 5 milhões de reais. Além do time da Falcons, que investiu em nomes de peso, financiados por sheiks da Árabia Saudita.
O Brasil é o maior mercado consumidor do jogo no planeta, tendo o maior influenciador da plataforma de lives, Alexandre “Gaules” Borba, quebrando recordes de visualizações a cada campeonato, como em 2022, quando mais de 700 mil pessoas acompanharam simultaneamente a partida da equipe brasileira Imperial. Gau, como é apelidado, reformulou a maneira de que é consumido o CS, sendo mais uma porta de entrada para novas pessoas no cenário de Counter-Strike. Por fim, o mundo competitivo do CS vem se tornando cada vez mais global. Dominado por europeus do ocidente e pelo continente americano inicialmente, agora, se vê uma presença gigantesca de jogadores do leste europeu, como russos, bósnios, lituanos e até cazaques. Além dos asiáticos, que vêm numa crescente a cada campeonato.

Na tarde desta segunda-feira (25), o atacante Gabriel Barbosa, o Gabigol, um dos maiores artilheiros do país, foi suspenso do esporte por dois anos após o julgamento do Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD).
O processo começou na semana passada e apontava fraude em um teste antidopagem do atacante rubro-negro.
Em abril de 2023, foram feitas coletas de exames de doping no CT do Flamengo, porém, Gabriel dificultou a realização. A atitude foi condenada pelo TJD-AD como “fraude ou tentativa de fraude de qualquer parte do processo de controle" e, por isso, o atacante respondeu pelo artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem.
Segundo os realizadores dos exames, o camisa 10 flamenguista não teria se dirigido a eles depois do treino, tratou-os desrespeitosamente e agiu de maneira errônea ao protocolo: pegou o vaso coletor sem avisar a ninguém. Ainda de acordo com os relatos, o atacante irritou-se ao ver que o oficial o acompanhou até o banheiro para a coleta e, ao fim, entregou o vaso aberto, contrariando orientação recebida. Vale ressaltar que Gabigol realizou exame de sangue, que não apontou qualquer tipo de irregularidade.

(imagem: Raul Sifuentes/Getty Images)
A votação no julgamento foi por placar mínimo: 5 a 4 a favor da condenação do atleta rubro-negro. Assim, a suspensão será de 2 anos, e começou a ser contada a partir do momento em que houve a infração nos exames antidoping, no dia 8 de abril de 2023.
Com isso, Gabriel Barbosa poderá voltar aos gramados em abril de 2025. A punição do TJD-AD sequer permite que o centroavante treine no CT do Flamengo ou de qualquer outra equipe no mundo.
Apesar do susto rubro-negro com a punição, o procurador do STJD, João Guilherme Guimarães, garantiu que o time não deverá ser punido. ''Um atleta, em um esporte coletivo, se for flagrado pela sua agremiação, não afeta a sua agremiação. Agora, se acontecer com mais de dois atletas, pode afetar o poder de coletividade”.
Mesmo em casos em que os exames antidoping deram positivos para substâncias ilícitas, também não houve punição aos clubes, como com Diego Maradona na Copa do Mundo de 1994, e mais recentemente com o volante Paul Pogba, pela Juventus, tradicional time da Itália.
O Flamengo emitiu uma nota alegando que recebeu a suspensão de seu atleta com surpresa, e afirmou que “não houve fraude e nem tentativa” por parte do jogador. O atacante irá recorrer, com o apoio do clube, na Corte Arbitral do Esporte, um tribunal da FIFA, na Suíça.
Nesta segunda-feira (25), o ex-jogador da seleção brasileira, Daniel Alves, teve sua fiança de aproximadamente R$ 5,4 milhões paga e agora seguirá em liberdade provisória na Espanha após ser condenado por estupro. Detido de maneira preventiva desde janeiro de 2023, quando o caso estava em fase investigativa, o lateral deixou o Centro Penitenciário Brians 2 cinco dias após a justiça espanhola aceitar o pedido feito por sua defesa judicial.
O atleta saiu acompanhado de sua mãe e de sua advogada. A defesa da vítima afirma que a jovem agredida se sentiu abalada com a notícia, “sinto que voltaram a me estuprar”.

Após quatro pedidos de liberdade provisória feitos pela defesa do condenado, a justiça espanhola aceitou concedê-la. Foi imposta uma série de condições. Além da fiança que já foi paga, o ex-atleta é obrigado a manter distância física e comunicativa da vítima, a comparecer aos tribunais semanalmente ou quando requisitado e a permanecer no país, já que seus passaportes estão confiscados pelo governo espanhol.
Pessoas próximas ao jogador afirmam que o valor de 1 milhão de euros preocupou a defesa de Daniel Alves, por isso recorreu a familiares e amigos. Um deles foi o pai de Neymar Jr., que já auxiliou o condenado ao pagar uma multa de indenização à vítima no valor de R$ 800 mil. Porém, o empresário recusou ajuda após decisão da justiça, além de notar a reação negativa do público e patrocinadores. Segundo a ESPN, o lateral considerou vender algumas de suas propriedades para levantar o valor exigido. O jornal “La Vanguardia” informa que a defesa do atleta utilizou um valor que o próprio teria a receber do Fisco Espanhol (6,8 milhões de euros), já que as contas pessoais estão bloqueadas.
A partir de agora, Daniel Alves aguarda em liberdade provisória pelo julgamento do recurso da sentença que o condenou a quatro anos e meio por estupro.
Ao se apresentar em Londres junto a seleção brasileira como Chefe de Delegação, Leila Pereira, atual presidente do Palmeiras, foi questionada sobre os recentes casos de Daniel Alves e Robinho. “Ninguém fala nada, mas eu, como mulher aqui na chefia da delegação, tenho que me posicionar sobre os casos do Robinho e Daniel Alves. Isso é um tapa na cara de todas nós mulheres, especialmente o caso do Daniel Alves, que pagou pela liberdade. Cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte”, disse Leila.
Irene Montero, ex-ministra de Igualdade da Espanha, também repudiou a ação do tribunal espanhol e enfatizou a preocupação sobre a mensagem que tal decisão envia à sociedade, além da necessidade de uma justiça equitativa e feminista.
O primeiro amistoso da seleção brasileira em 2024 deu um gosto diferente aos torcedores. Depois dos últimos resultados e do decepcionante 2023, a expectativa para muitos brasileiros seria que a “canarinho” perdesse e sofresse contra a forte seleção inglesa, que atualmente ocupa a terceira colocação no ranking da FIFA (atrás apenas das finalistas da última copa do mundo, França e Argentina). No entanto, o que se viu foi um jogo bem pegado. Os jogadores dos dois lados não aliviaram nos desarmes nem nas faltas, tratando o confronto de gigantes como um jogo oficial, digno para um estádio tão lendário quanto o Wembley. O duelo também homenageou a lenda brasileira Mario Zagallo, falecido em janeiro.
A partida de sábado (23) também foi marcada por várias caras novas na seleção, além do treinador Dorival Junior. Bento (CAP), Lucas Beraldo (PSG), Fabricio Bruno (Flamengo), Wendell (Porto), João Gomes (Wolverhampton), Pablo Maia (São Paulo) e Savinho (Girona) fizeram tiveram suas primeiras atuações no escrete canarinho no primeiro jogo do novo comandante.
No primeiro tempo, o destaque ficou com o Brasil que teve ao menos três chances claras de gol que não se converteram. Com 11 minutos, Fabricio Bruno cortou na defesa, Lucas Paquetá dominou e iniciou o contra-ataque. Ele lançou Vinicius Jr nas costas da defesa, que disparou sozinho até a entrada da área, mas chutou fraco na saída de Pickford e Kyle Walker conseguiu salvar a bola antes de entrar.
Aos 18 veio à resposta inglesa. Jude Bellingham chegou à linha de fundo e deu um toque por elevação na meia-lua para Conor Gallagher. O camisa oito dominou e acionou Oliver Watkins, que ganhou de Beraldo no corpo para sair na cara do gol, mas o atacante inglês acabou por isolar a bola
Nos 34 minutos, Paquetá pegou na entrada da área, mas chutou mascado, Rodrigo recebeu a sobra pela esquerda. No meio do bate-rebate da área inglesa, o camisa oito brasileiro recebeu de volta a bola e bateu livre na marca do pênalti carimbando a trave.
O último grande lance foi aos 41, quando numa recuada fraca de Harry Maguire na entrada da área, Raphinha foi mais esperto e bateu cruzado, tirando tinta da trave.
Na volta dos vestiários para o segundo tempo, a Inglaterra teve chance claríssima com Gordon, logo aos 4 minutos, em batida de chapa, mas Bento fez uma defesa espetacular e salvou o Brasil. Aos 20 minutos, o técnico faz as mudanças que definiriam o jogo. Tirou Paquetá e Rodrygo e colocou Andreas Pereira e Endrick no lugar. Na sequência, mais mexidas, com as saídas de Bruno Guimarães e Raphinha para as entradas de Douglas Luiz e do estreante Savinho.
Faltando 10 minutos para acabar o tempo normal, Andreas Pereira, fez um lançamento perfeito para Vini Jr que saiu na cara de Pickford Ele bateu em cima do goleiro, mas a bola sobrou para Endrick que empurrou para a estufar as redes. O feito tornou o camisa nove do Palmeiras o quarto jogador mais jovem a marcar um gol com a seleção principal. Apesar da explosão de alegria da torcida brasileira em Wembley, ainda é preciso resguardar o entusiasmo, apesar do resultado e do desempenho. Terça-feira (26) o Brasil enfrentará a Espanha, em Madri, no mítico Santiago Bernabéu. O time ibérico poupou seus principais jogadores visando este confronto. Os espanhóis foram derrotados pela Colômbia na sexta-feira (22), em amistoso na Inglaterra.

Após duas vitórias seguidas, a sequência de Max Verstappen (Red Bull) foi novamente quebrada pelo espanhol Carlos Sainz (Ferrari), no GP de Melbourne. Depois de passar por uma cirurgia para a remoção do apêndice, que o deixou fora da etapa na Arábia Saudita, o espanhol retornou neste domingo (24), para a posição mais alta do pódio.
Na quarta volta, o carro do tricampeão holandês sofreu um superaquecimento dos freios, o que afetou os pneus traseiros, obrigando o piloto a abandonar a corrida. Seu companheiro de equipe, Sergio Pérez, chegou na quinta posição e também não conseguiu um resultado satisfatório para a equipe, com quase um minuto de distância para o primeiro colocado.
A Ferrari aproveitou o abandono de Verstappen, e conseguiu aumentar seu próprio recorde de equipe com mais dobradinhas da Fórmula 1. Sainz, que já tinha assumido a primeira posição na segunda volta, disparou e se manteve assim até a bandeira quadriculada. Com uma boa estratégia, a equipe italiana conseguiu colocar os dois pilotos no pódio e levar a volta mais rápida, feita pelo monegasco Charles Leclerc. Atualmente a equipe está em segundo lugar no Campeonato de Construtores, apenas 4 pontos atrás da atual campeã Red Bull.
Apesar da felicidade dos italianos, o GP na Austrália foi um verdadeiro pesadelo para a Mercedes. Lewis Hamilton precisou abandonar a corrida após problemas no motor. Enquanto George Russell, que estava na sétima posição na última volta, freou para desviar de Fernando Alonso (Aston Martin), que andava devagar, e perdeu o controle do carro. Depois de bater, o carro do inglês ficou atravessado no meio da pista. O espanhol foi punido com 20 segundos e caiu da sexta posição, para a oitava.
A McLaren conseguiu ótimos resultados, Lando Norris chegou em terceiro e acompanhou os pilotos da Ferrari no pódio, após trocar de posição com Oscar Piastri, que chegou em quarto lugar na corrida do seu país. O outro australiano do grid, Daniel Ricciardo (Racing Bulls) continuou sem pontuar, enquanto seu companheiro de equipe, Yuki Tsunoda, chegou na sétima posição, levando 6 pontos.
Os pilotos da Aston Martin e da Haas conseguiram pontuar em Melbourne. Enquanto isso, Alpine, Sauber e Williams, seguem no fundo do grid, sem marcar pontos. A última, por decisão do chefe James Vowels, correu com apenas um piloto. Logan Sargent não participou da corrida, depois de entregar seu carro para o seu companheiro de equipe, Alex Albon, que bateu durante TL1. A equipe inglesa não possuía as peças para consertar os danos no carro do tailandês e decidiu que ele correria mesmo assim, com o chassi do seu companheiro.
No início de abril, a Fórmula 1 retorna com mais uma corrida na madrugada. O GP de Suzuka, no Japão, acontece no domingo (07), às 2h (horário de Brasília).
