No último domingo (14), o Athletico-PR encarou o Cuiabá, em casa, pela 1ª rodada do Brasileirão 2024. Embalado com a conquista do Campeonato Paranaense e o aproveitamento de 100% na Copa Sul-Americana, o Furacão manteve o ritmo e goleou o adversário, também campeão estadual, por 4 a 0. Com essa vitória, o elenco comandado pelo técnico Cuca assumiu a liderança do campeonato.

No primeiro tempo, o time do Paraná deu uma aula de como dominar o adversário. Não demorou muito e, aos 23 minutos, de cabeça, Pablo abriu o placar. Sem diminuir o ritmo, aos 37, Fernandinho – um dos destaques do jogo – iniciou a jogada e tocou para Canobbio, que só precisou empurrar para a rede. Dois minutos depois, após uma roubada de bola do autor do segundo gol, Leonardo Godoy chutou cruzado e ampliou ainda mais o placar, sem dar chances para o adversário respirar. Os visitantes foram para o intervalo sem nenhuma finalização.

No segundo tempo, o Athletico reduziu a intensidade, mas manteve o controle do jogo, dando muito trabalho para o goleiro Walter, com chutes de Julimar e Fernandinho. Aos 81 minutos, Esquivel sofreu uma falta na lateral esquerda da grande área. A cobrança foi feita por Zapelli, e Mastriani marcou de cabeça. Os donos da casa terminaram o jogo com 20 finalizações, nove no gol, contra apenas uma do adversário.
O time rubro-negro apresentou um meio de campo sólido, com laterais inspirados e um ataque agressivo. A equipe vem se mostrando regular neste início de temporada e empolga a torcida athleticana, que, com o começo promissor no ano do centenário do clube, espera por grandes resultados em 2024. Em contrapartida, a torcida Dourada não ficou nada contente com o futebol apresentado pelo clube.
Em sequência, o Athletico-PR irá enfrentar o Grêmio, fora de casa, às 19h na quarta-feira (17). O Cuiabá, também irá encarar o Grêmio, no Rio Grande do Sul, em jogo válido pela 3ª rodada, às 18h30 do próximo sábado (20).
No último domingo (14), Vasco da Gama e Grêmio se enfrentaram em partida válida pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro de 2024. O confronto entre os rivais ocorreu no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro, e terminou com um placar de 2 a 1 a favor dos mandantes. Em uma tarde marcada por homenagens a Roberto Dinamite, ídolo da equipe cruzmaltina que completaria 70 anos no dia do jogo, o Gigante da Colina venceu o Grêmio e iniciou sua caminhada no torneio com o pé direito. Já do outro lado, o Imortal amargou sua primeira derrota na competição.
O Vasco, impulsionado pela festa nas arquibancadas do São Januário, fez um jogo consistente e durante a primeira etapa conseguiu imprimir seu ritmo de jogo com facilidade. Já o time comandado por Renato Portaluppi, vinha com grande pressão por parte da torcida por conta do resultado negativo da última terça-feira, pela Libertadores da América. O time chegou com novidades, como o goleiro Marchesin, e o volante Du Queiroz, jogando no esquema tradicional 4-3-3, com dois meio campistas mais recuados, um meia armador e dois jogadores velozes caindo pelas pontas.

Após a criação de algumas oportunidades, aos 24 minutos o atacante David, recém-contratado pelo cruzmaltino, abriu o placar com uma finalização de pé direito, inaugurando o placar na Colina. 12 minutos depois foi a vez de Matheus Carvalho acertar um voleio e ampliar o marcador. O time gaúcho não conseguiu jogar no primeiro tempo, e Kannemann levou a pior em um choque de cabeça e foi substituído por Gustavo Martins. Esse lance demonstrou pela primeira vez no campeonato uma das principais novidades, como existiu um risco de concussão por parte do zagueiro argentino, a substituição não entrou como uma das cinco na qual o grêmio tinha direito, e marcou o início de um fator importante no campeonato.
Além disto, a simulação por parte do atacante Rossi, no minuto 15 do primeiro tempo, trouxe outra novidade, o juiz Flávio Rodrigues de Souza anunciou em seu microfone para o estádio São Januário a decisão tomada, isso faz com que o estádio todo esteja ciente da decisão tomada pelo juiz, e marca o início de uma nova era no uso do VAR no Brasil.
Diego Costa não voltou para o segundo tempo com dores na panturrilha e João Pedro Galvão entrou no seu lugar. Com um segundo tempo muito melhor que o primeiro por parte do tricolor gaúcho, Gustavo Martins diminuiu o placar aos 68 minutos em cruzamento de Cuiabano. A partir daí o time carioca passou a explorar os contra-ataques pelos lados do campo com o Grêmio saindo mais e pressionando em busca do gol de empate, porém mesmo com um segundo tempo muito tenso, o time de Ramón Díaz segurou o placar e trouxe a vitória ao Vasco da Gama.
Na tarde do último domingo (14), Atlético Goianiense e Flamengo se enfrentaram pela rodada de estreia da Série A do Brasileirão, no Estádio Serra Dourada, na capital goiana. O que tinha tudo para ser uma partida tranquila, acabou sendo um dos jogos mais polêmicos da primeira rodada.
O gramado do estádio não estava em condições de receber um jogo desse porte, tendo areia levantada a cada lance, e até mesmo um buraco no meio de campo. Entretanto, maior do que a polêmica do Serra Dourada, foi a da arbitragem. O juiz André Luiz Skettino Policarpo Bento, da Federação Mineira de Futebol, foi alvo de reclamações dos dois clubes, mas principalmente do lado goiano.
Logo aos 13 minutos de jogo, o técnico do Dragão, Jair Ventura, foi expulso por excesso de reclamações, fato que indignou até mesmo o técnico do outro clube rubro-negro, Tite. Aos 46 do primeiro tempo, o árbitro deu cartão vermelho para o zagueiro Alix Vinícius, gerando a segunda polêmica do jogo. Na segunda etapa, aos 22 minutos, Léo Pereira, zagueiro do time carioca, deu um encontrão em Luiz Felipe, ocasionando um pênalti para o Atlético Goianiense, — que viria a ser desperdiçado — dessa vez gerando reclamações do lado flamenguista.
Com tantas ações da arbitragem, o mineiro deu 11 minutos de acréscimo e no finalzinho da partida, aos 98’, assinalou penalidade máxima para o Flamengo, aos 101’ expulsou Maguinho, do ACG, por conduta violenta e aos 103’ o pênalti finalmente foi cobrado. O lado flamenguista ainda reclamou do chute de Alejo no peito do Ayrton Lucas ter resultado apenas em amarelo.
Ao final do jogo, na súmula (documento oficial do confronto), o árbitro André Luiz escreveu nas observações que foi insultado pelo ''Dragolino'', mascote do time de Goiás, após o fim do duelo: “Relato que após o término do jogo quando a equipe de arbitragem se dirigia para o vestiário, foi abordado pelo mascote, identificado como senhor Paulo Marcos, proferiu as seguintes palavras: ‘seus filhos da p***, ladrões, vai tomar no seu c*’”.
Pelo lado goiano, o time de Jair Ventura até conseguiu dar sustos no gol de Rossi, mas com todas as ocasiões do primeiro tempo, o Atlético-GO foi para o vestiário com a derrota parcial.

Na volta para o segundo tempo, mesmo com um a menos, o time da casa trabalhou bem a bola e em um cruzamento certeiro de Maguinho, Luiz Fernando com uma boa cabeçada empatou o jogo no Serra Dourada. A equipe goiana tinha chances de virar o jogo, mas com o pênalti desperdiçado e anulação do gol pelo VAR, o Atlético-GO saiu com a derrota.
O Flamengo não demonstrou uma boa partida. O time dependeu de lances de bola parada para fazer os seus gols, na cobrança de falta majestosa de De la Cruz, — no lance do primeiro vermelho polêmico — que fez o seu primeiro gol com a camisa do clube carioca, e com o pênalti do Pedro — também vindo de um lance polêmico de arbitragem. Essas foram as únicas finalizações flamenguistas ao alvo.

É verdade que o estado do gramado, já citado anteriormente, atrapalhou o estilo de jogo do Tite, que envolve mais a troca de passes rápidos, mas ainda assim, a equipe decepcionou. Um dos principais pontos negativos foi a escalação de Ayrton Lucas na lateral direita. O técnico não quis mudar seu estilo de jogo na partida, mesmo com os desfalques no elenco, o que resultou em dois laterais perdidos e um time pouco produtivo, além da falta de variação tática do time.
Pela 2ª rodada do Brasileirão, o Atlético-GO encara o Botafogo, na quinta-feira (18), às 21h30 (horário de Brasília), no estádio Nilton Santos. O Flamengo enfrenta o São Paulo na quarta-feira (17), às 21h30 (horário de Brasília), no Maracanã.
O que é League of Legends?
League of Legends, mais conhecido como LoL, é um MOBA (Multiplayer Online Battle Arena) onde duas equipes de cinco jogadores se enfrentam com o objetivo de destruir o nexus inimigo. Os jogadores são divididos em uma selva e três rotas: superior, meio e inferior. No mapa há vários objetivos nos quais as equipes disputam para ganhar melhorias e acumular ouro, sendo eles as Vastilarvas, o Arauto do Vale, os dragões elementais, o dragão ancião e o Barão Na’shor.
Lançado em 2009, o jogo disponibiliza mais de 160 campeões, cada um com sua particularidade e kit de habilidades. Os personagens são divididos em seis classes: lutadores, tanques, magos, assassinos, suportes e atiradores.
O game começou a ter um cenário competitivo em 2011, e no ano seguinte, foi criado o Campeonato Brasileiro de League of Legends, mais conhecido como CBLOL, sendo ele o maior campeonato de eSports do Brasil.

CBLOL: 12 anos de história
O início do cenário competitivo brasileiro de League of Legends veio em 2012, pouco tempo depois do lançamento do servidor do jogo no Brasil. Em uma entrevista exclusiva para AGEMT, Murilo “Takeshi” Alves, ex-jogador profissional e atual caster do Campeonato, conta como foi a sensação de presenciar esse acontecimento:
“Quando chegou o evento de inauguração do servidor brasileiro, foi uma parada muito legal. A gente começou a viver outro jogo, se for pensar assim sabe?” Nascido em 1993, Takeshi começou a competir quando o Brasil ainda não possuía servidor próprio. Ao longo de seus 13 anos de carreira, o ex-jogador ficou conhecido como “eterno vice”, devido a quantidade de vezes que ficou em segundo lugar no campeonato brasileiro, cinco no total.

Conforme Takeshi, os jogadores saíram de 200 de ping para jogar com 8, “o tempo de resposta é um outro jogo, completamente diferente, você tem toda tradução, é legal assim ver a dublagem, tudo traduzido pra você, foi uma parada muito legal.”
Nesse mesmo ano, o primeiro torneio de caráter nacional foi realizado diretamente na Brasil Game Show, a maior feira de games da América Latina, realizada anualmente em São Paulo. O torneio aconteceu durante os três dias de evento e contou com uma premiação de R$50 mil.
O campeonato foi disputado por oito equipes selecionadas, através de três qualificatórios abertos. As vencedoras de cada qualificatória garantiram uma vaga - sendo elas paiN Gaming, Insight Esports e VTi Ignis. As outras cinco vagas ficaram com as equipes que mais somaram pontos nos classificatórios: vTi Nox, inFluxo Gaming, RMA e-Sports, CNB e Verdict.
O torneio acabou sendo decidido pelas equipes irmãs: vTi Ignis e vTi Nox. As duas lineups contavam com jogadores conhecidos até hoje no cenário brasileiro.
A vTi Ignis, que foi a campeã do torneio, tinha como seu jogador mais notável, o top laner, Mylon. O jogador ganhou mais dois campeonatos ao longo de sua carreira, e participou da lendária line-up da paiN de 2015. A bot lane da Ignis era composta pelo atirador ManaJJ, e o suporte Alocs, dois jogadores que marcaram o cenário por seu carisma e pioneirismo.
A equipe da Nox, que conquistou o segundo lugar do campeonato, também apresentava alguns nomes notáveis: o Loop, suporte da equipe que conquistou o título brasileiro em 2014, e o mid laner Yetz, um dos maiores criadores de conteúdo sobre o game no país.
O torneio de 2012 acabou gerando muito apelo entre os presentes na BGS e foi uma das principais atrações do evento, abrindo espaço para o crescimento da competição para os próximos anos.

Em 2013, o campeonato subiu mais um patamar e foi realizado num evento próprio, no WTC Golden Hall, em São Paulo. Entretanto, diferente do primeiro ano, a competição contou com quatro qualificatórios online para definir os times que jogariam a fase final.
Os times que disputaram foram: Keyd Team, CNB e, Pain Gaming, RMA e-sports, Peesplay Gaming, Play Art, Nex Impetus e Action Team Sports. O torneio foi disputado em 3 dias, onde os times foram separados em dois grupos, com os dois primeiros de cada um, avançando para as finais. A paiN Gaming, equipe que seria reconhecida como os Tradicionais, faturou o título.
Em 2014, a temporada brasileira passou a ter dois campeonatos durante o ano, algo parecido com os splits atuais. Além disso, o termo CBLOL surgiu para nomear o Circuito Brasileiro de LoL.
Durante o ano seguinte, o Campeonato Brasileiro de League of Legends passou por grandes transformações: a chegada de jogadores estrangeiros pela primeira vez num torneio nacional e as partidas passaram a ser disputadas presencialmente nos estúdios da Riot Games em São Paulo, em modelo de liga, com formato semanal.
Durante 2015, o CBLOL enfrentou uma nova reformulação: com partidas semanais, disputadas em São Paulo, a competição ganhou formato de liga com duas etapas anuais, valendo classificação para os campeonatos internacionais, Mid-Season Invitational (MSI) e o Worlds.
Segundo Takeshi, foi durante esse ano, com a final do 2° Split no Allianz Parque, em São Paulo, que a competição passou a ter uma estrutura mais profissional: “O campeonato passou a ser de fato da Riot, a Riot produzindo, transmitindo, tendo essa parceria com os times.”
O ano de 2016 teve apenas uma grande mudança no regulamento: as chamadas “equipes-irmãs", não seriam mais permitidas. As organizações foram proibidas de ter mais de um time no campeonato: a INTZ Red acabou se tornando Red Canids e a Kabum Black virou Operation Khino.
Dentro do jogo, foi um ano dominado pela INTZ. Pela primeira vez, desde que o esquema de etapas foi implementado, o CBLOL teve uma mesma equipe vencendo as duas etapas no ano, se tornando a primeira equipe tricampeã no Brasil. Grande parte desse sucesso ocorreu devido ao retorno do caçador Revolta à equipe.

Na temporada 2017, o último time na fase de classificação, passou a ser rebaixado automaticamente. Outra mudança, foi a punição monetária para as organizações que realizavam as inscrições de jogadores fora do prazo. Além disso, devido uma mudança no formato do Worlds, os times brasileiros passaram a se classificar diretamente no Mundial, sem a necessidade de concorrer a uma competição prévia.
Foi em 2018, também, que o CBLOL teve mais algumas atualizações: introdução do sistema de escala nos playoffs e as séries melhores de três partidas (MD3), aumentando o número de jogos no campeonato. A Kabum foi o grande nome desse ano, conquistando ambos os splits.
Já em 2019, a fase classificatória deixou de ser disputada em formato de escala. Os times passaram a jogar, em três turnos, séries melhores de um (MD1), onde os quatro primeiros colocados avançaram para os playoffs. Esse formato se manteve até 2020.
O ano de 2021 foi marcado pela estreia do sistema de franquias no CBLOL. Da mesma forma que é feito em torneios de esportes tradicionais, como a NBA, pelo preço de R$4 milhões a R$4,4 milhões pelas vagas, as equipes se tornaram sócias da Riot Games. Com isso, além das equipes tradicionais como a paiN Gaming e a INTZ, novos times estrearam no cenário: o Cruzeiro, a Rensga e a LOUD.
Em 2022, após sete anos no Estúdio Qanta, na Vila Leopoldina, o Campeonato Brasileiro de League of Legends passou a ter uma nova casa: a Arena CBLOL. Localizada na Avenida Thomas Edison. 849, na Barra Funda, em São Paulo, o local comporta 142 torcedores e seus ingressos são esgotados em questão de segundos.

Para o caster Takeshi, a experiência de estar em contato constante com a torcida é algo único. “Eu acho que todos os jogadores da minha época, que pararam antes disso, sentem uma vontade de viver esse momento,” conta o ex-jogador. “Você faz um Barão e as coisas ficam mais intensas com a Arena, com o pessoal. A gente consegue ter esse gostinho, que na minha época só em grandes finais e é um gosto maravilhoso, imagina ter isso todo final de semana.”
“Como ex-jogador queria ter tido a oportunidade de toda semana ir trabalhar com a torcida.”

Em 2023, a mudança aconteceu nas equipes: o Fluxo comprou a vaga da Rensga, a Los Grandes do Flamengo e a Vivo Keyd Stars adquiriu o lugar da Miners.
O CBLOL 2024 também contou com mudanças no formato dos playoffs. Todos os times passaram a se classificar para a chave superior, onde os dois primeiros colocados na tabela avançam direto para a segunda rodada. Além disso, o primeiro lugar pode escolher, dentre os vencedores da primeira rodada, contra qual equipe quer jogar. A última modificação ocorreu no critério de desempate da fase regular.
Após mais de uma década de existência, o CBLOL se tornou o maior campeonato de eSports do Brasil. Na entrevista para a AGEMT, Takeshi conta que nunca imaginou que o Campeonato Brasileiro de League of Legends teria a proporção que tem hoje:
“As coisas foram crescendo junto, então (eu) não fazia a menor ideia de onde que ia parar tudo isso. Se eu voltasse lá pra 2013 e falasse: vai ter uma final no Maracanãzinho, no Allianz, na Jeunesse Arena, no Ibirapuera, não tá maluco isso daí. Não se passava isso na minha cabeça.”
CBLOL: UM FENÔMENO CULTURAL
É inquestionável o impacto do jogo League of Legends no universo dos esportes eletrônicos. Mesmo com todo investimento da Riot Games no cenário competitivo, uma das principais chaves para todo esse sucesso está na torcida, um dos principais motores da popularização do Campeonato Brasileiro de League of Legends.
Em 2023, a final do 1º Split reuniu, de forma online, 276.078 pessoas simultaneamente. Presencialmente, os ingressos se esgotaram em cerca de 30 minutos. O CBLOL, além de uma opção de entretenimento, se tornou uma forma de expressão cultural e uma maneira de construir vínculos sociais.
Os fãs do eSport, assim como qualquer outro torcedor, são devotos aos seus times e levam sua paixão para além da tela do computador. A TOTradicionais, dedicada ao time paiN Gaming, foi fundada em 2018 e é a primeira torcida organizada no cenário brasileiro:
“A ideia, no começo, foi juntar um ciclo de amigos e aí foi crescendo. E basicamente foi isso, sabe? Juntar o pessoal que torce pra paiN, pra torcer pra paiN num lugar reservado,” relata Sora de 23 anos, responsável pela comunicação da organização.

O torcedor da paiN Gaming, que acompanha o campeonato desde 2013, conta que existem oito pessoas envolvidas na diretoria da TOT e cada direção tem pelo menos uma pessoa com a função de staff para ajudar. Com a faixa etária que varia entre pré-adolescentes, até pessoas por volta dos 30 anos, a torcida organizada vai além do CBLOL:
“Além de torcer, a gente faz trabalho voluntário e arrecadamos valores para ONGs também” conta Sora. “Ter esse tom acolhedor para que as pessoas não só torçam com a gente, ou com outras organizadas, mas deixar um clima bem agradável.”
Além de movimentar torcidas, o Campeonato Brasileiro de League of Legends também consegue criar um sentimento de pertencimento nos fãs: “Eu jogo League of Legends desde o meio de 2014, comecei jogando com amigos de forma extremamente casual, porém logo no final do ano, assisti a final do mundial entre Samsung White e StarHorn Royal, que terminou com um 3 a 2 para a Samsung,” relata Luis Teixeira de Carvalho, de 22 anos. “Ali nasceu meu amor pelo LoL competitivo e pelo estilo de jogo coreano.”
“Desde do segundo split de 2015 passei a acompanhar assiduamente o CBLOL, pois sempre gostei muito da competitividade e do ecossistema das organizações, principalmente as tradicionais que se mantêm até hoje, todas as rivalidades e os clássicos que criaram toda uma mística no dia de jogo,” relata.
Para o apresentador Murilo “Takeshi” Alves, o grande diferencial da competição brasileira é a comunidade. “É muita coisa que gira em volta do LoL e obviamente do CBLOL.” aponta o caster. “A comunidade brasileira de League of Legends é diferente, tudo aqui funciona de maneira muito legal e as pessoas gostam e espero que continuem gostando.”

Para o ex-jogador, sua relação com público é baseada no carinho. “Eu posso falar por mim, não falo todos os casters, 99.9% das pessoas que me vem na Arena falam comigo na minha stream etc, todo mundo elogia bastante, fala muito do bom trabalho, que gostam muito, que são muito fãs.” Ele comenta que como caster nunca teve uma experiência negativa e ainda destaca que só tem elogios ao apoio do público que acompanha o campeonato.
Neste domingo (14), a disputa de estreia do Campeonato Brasileiro entre Corinthians e Atlético Mineiro terminou em 0 a 0 na Neo Química Arena. Mesmo com a expulsão de Rodrigo Battaglia nos acréscimos do primeiro tempo, o Timão não soube aproveitar a superioridade numérica e, assim como o adversário, garantiu somente um ponto na competição.

PRIMEIRO TEMPO
A etapa inicial foi equilibrada entre os times. O Corinthians, mais organizado, se manteve forte na marcação e garantiu competitividade sem a bola. A equipe mineira investiu nos contra-ataques e criou melhores oportunidades com Hulk e Paulinho no ataque.
Rodrigo Garro teve a chance de marcar na cobrança de duas faltas, que não foram convertidas em gols. Renzo Saraiva abriu o placar a favor do Galo, mas a arbitragem marcou o impedimento. Nos acréscimos, Battaglia foi expulso após receber o segundo cartão amarelo, por falta em Yuri Alberto.
POLÊMICA NA ARBITRAGEM

Aos 31 minutos, Yuri da Cruz penalizou Fagner com cartão amarelo pela falta cometida no desarme contra Zaracho. A decisão do juiz foi questionada em campo pelos atleticanos e criticada em uma nota divulgada pela diretoria do clube após o jogo.
“O Atlético exige um árbitro que cumpra as diretrizes apresentadas pela comissão de arbitragem para o Brasileirão e um VAR que se pronuncie diante de jogadas evidentemente violentas”, declarou o comunicado.
A atuação de Yuri também foi reprovada pela equipe paulista. O juiz citou Augusto Melo, presidente do Corinthians, e Rubão, diretor de futebol, na súmula da partida por reclamações e ofensas. Após o apito final, o técnico português, Antônio Oliveira, foi expulso pelo mesmo motivo.
SEGUNDO TEMPO
Com um a menos, o Galo voltou para a segunda etapa substituindo o meia Igor Gomes pelo zagueiro Igor Rabello, visando fortalecer seu sistema defensivo. Ao longo dos 45 minutos finais, a equipe mineira se defendeu e soube “matar relógio”. Com cartões amarelos para Hulk, Éverson e Saraiva no caminho.
Devido à expulsão de Rodrigo Battaglia, o Galo não levou muito perigo à meta defendida por Cássio. O goleiro atleticano, Everson Felipe, defendeu bem o chute de Wesley no lance mais ofensivo do Timão. Apenas aos 51 minutos, Gustavo Scarpa bateu falta na entrada da área e obrigou o arqueiro corinthiano a fazer boa defesa.
MAIOR "POROPOPÓ" DA HISTÓRIA
Mais de 44 mil torcedores foram à Itaquera para o jogo de estreia do Campeonato Brasileiro. A Fiel Torcida lotou a Neo Química Arena e protagonizou o maior “poropopó” da história do Corinthians, orquestrado pela Gaviões da Fiel em conjunto com o clube.
O MAIOR POROPOPO DA HISTÓRIA! A TORCIDA DO TIMÃO FAZ FESTA NA NEO QUÍMICA ARENA! 🦅🦅🦅 O #BRASILEIRÃONACAZÉTV TÁ FERVENDO!
— CazéTV (@CazeTVOficial) April 14, 2024
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Na próxima quarta-feira (17), o Corinthians enfrenta o Juventude às 20h, no Estádio Alfredo Jaconi, no Rio Grande do Sul. No mesmo dia, o Galo recebe o Criciúma na Arena MRV, em Belo Horizonte, às 20h.