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Futebol de mesa– Museu do Futebol Imagem: Arquivo pessoal A arte de colocar emoção na voz é dominada por poucos e vai além do simples ato da fala. Assim como uma música traz lembranças de algo bom, sentimentos inesperados, ou até mesmo uma conexão com algo ou alguém, uma narração de futebol de determinado narrador pode causar o mesmo impacto ou até maior. No Museu do Futebol, em São Paulo, há uma exposição que celebra a história do futebol e sua chegada ao Brasil através de Charles Miller (esportista nascido na cidade que trouxe o futebol da Inglaterra). Celebra também, a trajetória de narradores de futebol ícones do nosso país. Através de uma linha do tempo interativa no formato de dial (painel que indica as frequências das emissoras e permite ajustar a sintonia), o visitante explora trechos das locuções que marcaram a história do futebol, além disso, evoca uma nostalgia das tardes de domingo, quando assistir ao futebol na TV era um ritual familiar. Entre os nomes mais emblemáticos desse dial, especificamente da década de 1970, encontram-se Fiori Gigliotti, Waldir Amaral, José Silvério e Osmar Santos, um dos narradores mais importantes da história da narração futebolística do nosso país. Osmar, era conhecido como “O Pai da Matéria” e se tornou um dos comentaristas esportivos de rádio e TV mais lendários. Conhecido por sua criatividade, irreverência e seu jeito inovador de transmitir as partidas de futebol, cativava e emocionava o torcedor de qualquer torcida.
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Imagem: Arquivo pessoal “O que me chamou atenção, ou o que eu gostei bastante, foi a parte onde podemos escolher e escutar as narrações. Quando criança eu não tinha noção da importância da locução de futebol, mas através do meu pai e de vídeos na internet pude experienciar um dos locutores, que na minha opinião, transmitia a emoção como nenhum outro: Osmar Santos.”, diz Gabriel Moraes, estudante de inteligência artificial, na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). Osmar, foi influenciado por grandes nomes da literatura como: Carlos Drummond de Andrade, Camões e Eça de Queirós. Apaixonado por poesia, viu nela uma maneira de moldar sua abordagem narrativa e criativa na locução esportiva. Com grande senso de humor, Osmar criava bordões com a mesma facilidade que narrava uma partida de futebol. Seus bordões, foram imortalizados e continuam ecoando nas memórias dos brasileiros que o admirava. Quem nunca ouviu o famoso bordão “Parou por quê? Por que parou?” e o “E que gooool”. Entre todos os seus bordões, os que eram mais conhecidos e viraram sucesso na boca do povo foram: “Ripa na chulipa” e “Pimba na gorduchinha”, comumente utilizados no momento crucial da partida: o tão esperado gol. |
Nesta quinta-feira (24), com uma falha do goleiro Cássio, o Cruzeiro perdeu por 2 a 1 para o Palestino, em partida válida pela terceira fase da Copa Sul-Americana. Com a derrota, a Raposa está quase fora do torneio.

A Raposa, com um recorde de 30 anos sem perder para uma equipe do Chile, protagonizou mais uma vergonha em sua história. O time sofreu uma dura derrota para o Palestino fora de casa e está praticamente fora da Copa Sul-Americana. O clube Celeste ocupa a última posição do grupo E, sem ter conquistado qualquer ponto.
O início para a Raposa foi catastrófico. A equipe Celeste dominou o jogo, criou oportunidades, mas falhou na hora de finalizar. A primeira chance surgiu com Lautaro. Gabigol recebeu na ponta esquerda e fez um passe para o meio da área, onde Lautaro Díaz chutou e o goleiro defendeu. Na sequência, o meio-campista, Rodriguinho, chutou e a defesa afastou.
O Cruzeiro pressionava o frágil Palestino, Rodriguinho teve uma nova oportunidade. Após um cruzamento de Lautaro, o goleiro defendeu e a bola sobrou para Rodriguinho, que acabou chutando para fora. O mesmo teve uma nova chance, quando recebeu um passe livre de frente para o goleiro, mas acabou sendo desarmado pelo goleiro do Palestino.
Os donos da casa tiveram apenas uma chance, após um escanteio cobrado pela Raposa, a defesa afastou a bola da área. No entanto, sobrou para o meio-campista Benítez que chutou, desviou e não deu chances para o goleiro Cássio. Palestino 1 x 0.
Na segunda etapa, o Cruzeiro não conseguiu se sobressair como fez na primeira, fazendo com que o Palestino ganhasse confiança no jogo. A primeira chance pertenceu ao time chileno, quando o atacante Marabel teve a oportunidade de frente para Cássio, mas acabou chutando para fora.
Ao ver a chegada do Palestino, o técnico do Cruzeiro realizou quatro mudanças simultâneas. Saíram os atacantes Dudu e Lautaro, juntamente com o meio-campista Rodriguinho e o lateral esquerdo Kaiki. Os atacantes Marquinhos, Kaique Kenji, Kaio Jorge e Wanderson foram introduzidos. Apesar das alterações, a equipe não foi capaz de criar chances, sendo a mais clara com Gabigol, que chutou e o goleiro fez uma boa defesa.
A Raposa foi se adaptando ao jogo e, em um contra-ataque, Marquinhos recebeu no meio e partiu em disparada. Ele encontrou Wanderson que fez o lançamento e Eduardo, de cabeça, igualou o placar para a equipe.
Depois de marcar o gol, o Palestino partiu para o ataque e em uma saída imprudente de Cássio, a equipe quase empatou. No escanteio subsequente, o atacante Arias desviou de cabeça e Cássio acabou aceitando, recolocando o Palestino na liderança do placar. Final, Palestino 2 x 1 Cruzeiro.
A Raposa agora enfrenta o Muschuc Runa, fora de casa, na próxima quarta-feira (07), para tentar uma sobrevida e se classificar na Sul-americana.
A política, assim como o futebol, desperta calorosas discussões, com o objetivo de defender determinado partido ou ponto de vista ideológico. Historicamente, o esporte tem sido utilizado por diversos governos como um instrumento de pacificação em conflitos ou até mesmo como uma forma de construção de identidade nacional, e o Brasil não foi diferente.
O futebol, além de ser uma modalidade esportiva, é um produto comercializado para um vasto público, o que o torna um meio eficaz para a disseminação de ideias políticas e para a promoção de causas sociais. Sabe-se que, de quatro em quatro anos, a população brasileira possui uma tendência a esquecer a miséria para comemorar o sentimento patriota e esperançoso de ver a nação ganhar. Porém, entre 1966 e 1982, o futebol deixou de ser visto como um meio de entretenimento, e passou a ser uma válvula de escape de uma dura realidade imposta pela Ditadura Militar.
A Copa do Mundo de 1970 foi marcada pela pressão e sentimento de preocupação com o bom desempenho da seleção brasileira, principalmente após o fracasso de 1966. Especialmente após a vitória de General Médici na presidência do Brasil, o governo passou a associar arduamente o futebol e o regime militar. O planejamento do México foi uma grande exemplificação desse fator, já que foi um plano de treino feito por militares para os jogadores, que incluía se acostumar com as altitudes mexicanas, seguindo uma disciplina militar, vinculando a forma rígida e disciplinada da preparação, da mesma forma que o governo gerenciava o país. E claro, após a vitória no campeonato, o governo e o futebol continuariam a ser associados como uma via de mão dupla.
Contudo, com o passar dos anos, a realidade política e social do Brasil começou a mudar. Na década de 1980, em meio ao processo de abertura e de questionamento à ditadura, o futebol voltou a ser palco de manifestações políticas, porém agora, em direção oposta àquela promovida nos anos 1970. Um dos maiores símbolos dessa transformação foi a Democracia Corinthiana, movimento liderado por Sócrates e outros jogadores do Corinthians. Para Sócrates, era fundamental questionar todo o processo político do país, especialmente no futebol, para que os jogadores tivessem voz nas decisões dentro de seus clubes. Assim funcionava a Democracia Corintiana, segundo as palavras do próprio Sócrates, “Tudo era votado. Essa foi a ação mais concreta do processo. Dissemos: “a partir de hoje, o que for coletivo, nós vamos votar” (...) Qualquer questão era levada a voto. Qualquer um podia apresentar um assunto para a votação. Quando viajar? A que horas viajar? Onde concentrar? Tudo era discutido.”
Democracia Corinthiana. Foto: Reprodução/Museu do Futebol.
No entanto, a Democracia Corinthiana sofreu uma enorme resistência por parte da administração, mídia e do estado, pois a iniciativa ultrapassava as fronteiras do futebol e questionava diretamente o contexto político social vivido pela sociedade brasileira. Mas, o movimento ultrapassou o público futebolístico e chegou em em artistas como a Rita Lee, que mostraram suporte a causa.
De acordo com Márcia Helena, estudante de Relações Internacionais da Universidade Estadual do Maranhão, “O futebol é um fenômeno de massa e, em momentos de crise, como durante a ascensão da extrema direita, torna-se um alvo fácil para a manipulação dos veículos de comunicação, o que representa um risco constante. E nesse sentido, o futebol pode ser usado como arma midiática e instrumento de distração. No entanto, a experiência da Democracia Corinthiana demonstrou que o esporte também pode ser um poderoso meio de protesto e conscientização, capaz de alertar a população sobre os absurdos cometidos durante a Ditadura."
Rita Lee levou Sócrates, Casagrande e Wladimir ao palco durante show em São Paulo em 1982 Foto: Reprodução/ Democracia em Preto e Branco
Durante esse período, a publicidade começou a aparecer nos uniformes, e o time aproveitou essa oportunidade para utilizar as vestimentas como meio de transmissão de mensagens sociais e de conscientização cidadã, como “Dia 15 Vote” e “Democracia Corinthiana”. No entanto, essa estratégia não foi bem recebida pelos militares. Anos depois, Waldemir Pires, então presidente do clube, revelou: “O brigadeiro Jerônimo Bastos, presidente do Conselho Nacional de Desportos (CND) na época, me chamou no Rio de Janeiro e disse: “Vocês não podem utilizar esse espaço para fins políticos‟. Ele pediu que tirássemos a mensagem e nós o fizemos”. A partir disso, com o fito de aumentar a força do movimento, muitos dos envolvidos na causa se filiaram a partidos políticos e participaram do movimento Diretas Já!
Com a eleição de Tancredo Neves para presidente, surgiu a esperança de uma mudança no cenário brasileiro. Após 21 anos de Ditadura Militar, o povo voltou a ter o direito de eleger seus representantes.
O futebol sempre foi e continuará sendo um dos meios mais poderosos para representar lutas e causas que buscam transformar realidades, tanto no Brasil quanto no mundo. Diante disso, é fundamental a atenção aos acontecimentos da atualidade e o uso de diferentes formas de expressão, como o futebol, a música, o cinema e outras manifestações culturais, como instrumentos para repensar nossa sociedade e promover mudanças significativas.
O Corinthians oficializou na tarde desta segunda-feira (28) a contratação de Dorival Júnior para o cargo de treinador do time profissional.
Dorival chega ao clube com contrato válido até o mês de dezembro de 2026. Junto dele, foram contratados os auxiliares Lucas Silvestre, filho de Dorival, e Pedro Sotero, além do preparador físico Celso Rezende, para fazerem parte da nova equipe técnica do alvinegro.

Ele foi o último comandante da Seleção Brasileira, cargo que ocupava desde 2024, até ser demitido em março deste ano. Além disso, acumula passagens por equipes como: Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Santos, entre outras.
Na sua estante de títulos, Dorival acumula três Copas do Brasil, uma Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, sete títulos estaduais, além de ter sido campeão da Série B do Campeonato Brasileiro por uma vez.
Em relato publicado nas redes sociais do clube, o técnico exaltou a torcida, que nomeou como “marca registrada” da equipe e que espera ter bons resultados ao fim dessa temporada.
Dorival chega ao Corinthians após a demissão do argentino Ramón Díaz e sua comissão técnica, no último dia 17 de abril. Díaz havia sido responsável por tirar a equipe da zona de rebaixamento na temporada passada e classificá-la para a disputa da Pré-Libertadores, além da conquista do título do Campeonato Paulista de 2025, depois de um jejum de seis anos.
A equipe de Ramón teve 30 vitórias, 16 empates e 12 derrotas, em 58 jogos. Além disso, teve um saldo de gols positivo, com 91 marcados e 60 sofridos.
Agora, Dorival tem a missão de melhorar a posição do time no Campeonato Brasileiro, que atualmente está na 12ª colocação. Além disso, ele comandará a equipe nas disputas da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil.
Antes do anúncio, o Corinthians havia informado em um comunicado oficial que estava em negociação com Tite, técnico campeão do Mundial de Clubes da FIFA em 2012, pela equipe. As tratativas, porém, se encerraram na última terça-feira (22), após o treinador dar uma pausa momentânea em sua carreira para cuidar de sua saúde física e mental.
Na última quarta-feira (23), o Vitória decepcionou sua torcida dentro de casa ao perder por 1 a 0 contra o time uruguaio, Cerro Largo, pela Copa Sul-Americana. Com a derrota, a equipe rubro-negra segue sem vencer na competição e liga um alerta ao ocupar a última posição do grupo, com apenas dois pontos. Com cerca de 13 mil torcedores presentes no Barradão, o Leão saiu vaiado após o péssimo resultado e por mais uma partida com muitos erros no ataque e defesa.

No primeiro tempo de jogo, as duas equipes se mantiveram equilibradas até os 22 minutos. A grande primeira grande oportunidade surgiu nos pés de Matheuzinho, que finalizou colocado de fora da área e obrigou o goleiro Santilli a fazer a primeira defesa. Na reta final da primeira etapa, o Vitória tomou conta das ações ofensivas e chegou com perigo três vezes. Aos 37 minutos, o meia Baralhas carimbou o travessão em um chute forte de fora da área. Logo após, o meia Ronald e o zagueiro Edu, respectivamente, desperdiçaram duas oportunidades na grande área com finalizações para fora.
No segundo tempo, o jogo pegou fogo. Com pressão do Cerro no início da segunda etapa, logo aos 7 minutos, Añasco aproveitou cruzamento e finalizou de primeira, no canto direito de Lucas Arcanjo que caiu e fez boa defesa. O Vitória melhorou e partiu para o ataque com tudo, criando boas chances na sequência.
Primeiro com uma boa jogada pela direita, Cáceres cruza para área, Matheuzinho escora de cabeça e Erik isola a bola com um voleio. Aos 24 minutos, a equipe rubro-negra desperdiçou chances claras de gol. Primeiro com Lucas Braga, que finalizou colocada e por pouco não viu o Leão na frente do placar; depois veio a melhor chance do time da casa, com belo passe de Matheuzinho,deixando Janderson cara a cara com Santilli, o atacante driblou o goleiro e finalizou travado para fora. O castigo veio alguns minutos depois quando Añasco cruzou perfeitamente na cabeça de Peraza, que não desperdiçou e fez o Cerro 1 a 0. Após o gol, o Vitória seguiu para o ataque e teve um pênalti em Léo Pereira no final da partida anulado pelo VAR, por causa de uma falta anterior de Lucas Braga.
Com a derrota, a equipe rubro-negra segue com dois pontos e vira lanterna do Grupo B. Já o Cerro Largo, que nunca havia vencido em uma competição internacional, foi a quatro pontos e sobe para a segunda posição. O próximo confronto do Vitória na Sul-Americana será contra o Defensa y Justicia, no Barradão, na terça-feira , 6 de maio, às 19 horas (horário de Brasília).