Em São Januário, a equipe brasileira não saiu do zero e ouviu vaias da torcida
por
Felipe Abel Horowicz Pjevac
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24/04/2025 - 12h

 

Nesta terça-feira (22), o Vasco da Gama recebeu o Lanús, da Argentina, no estádio de São Januário pela terceira rodada da Copa Sul-Americana. O resultado foi um empate em 0 a 0, com um desempenho abaixo do esperado da equipe vascaína.

O Vasco entrou em campo com o time titular, mas com desfalques importantes, como Maurício Lemos e Payet, lesionados, além de Tchê Tchê, com problemas familiares.

O Cruz-Maltino buscava uma vitória que garantiria a liderança isolada do grupo G. A equipe estava empatada em pontos com o Lanús — que liderava o grupo por ter um saldo de gols maior

A partida começou agitada, com o Lanús criando a primeira oportunidade. Aos cinco minutos, após cobrança de escanteio da equipe argentina, a bola sobrou para Marcich, que acertou a trave esquerda do goleiro Léo Jardim.

O Vasco ensaiou uma pressão, mas criava poucas oportunidades de perigo. Aos 26 minutos, Philippe Coutinho cruzou escanteio e Vegetti, desequilibrado, desviou fraco para defesa fácil do goleiro Nahuel Losada.

Aos 34 minutos, a melhor chance para os vascaínos: após troca de passes na ponta direita, o volante Jair recebeu um passe dentro da área, mas chutou por cima da meta.

Vasco
Jogo entre Vasco e Lanús foi truncado e com poucas oportunidades. Foto: Matheus Lima/Vasco da Gama

Ainda no primeiro tempo, Nuno Moreira teve chance clara após receber cruzamento rasteiro do lateral Paulo Henrique, mas chutou para fora.

No início do segundo tempo, o Lanús tentou construir mais jogadas no campo de ataque. Em escapada rápida, Eduardo Salvio finalizou, a bola desviou na cabeça do zagueiro Lucas Freitas e saiu com perigo.

O Vasco mantinha a posse de bola, mas não conseguiu furar a defesa do Lanús e construir jogadas de perigo. As bolas levantadas na área foram rebatidas, e o artilheiro Vegetti não teve oportunidades claras.

Aos 25 minutos, Paulinho Paula recebeu a bola na entrada da área e assustou o goleiro Losada com um chute rasteiro que passou rente à trave.

O jogo acabou com o placar de 0 a 0, para a frustração dos quase 20 mil torcedores presentes no estádio. Após o apito final, uma parte da torcida vaiou o desempenho da equipe e protestou contra o treinador, Fábio Carille.

Esse foi o terceiro jogo consecutivo sem vitória do Vasco, que agora viaja até Belo Horizonte para enfrentar o Cruzeiro, às 18h30 de domingo (27), pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Já na Sul-Americana, Lanús e Vasco lideram o grupo G com cinco pontos; os argentinos estão na frente pelo maior saldo de gols. Na próxima rodada, o Vasco vai à Venezuela para o duelo contra o Puerto Cabello, enquanto o Lanús visita o Melgar, do Peru.

Equipe do presidente Neymar Jr. venceu o G3X FC em confronto direto pela ponta da tabela
por
Fernando Muro Schwabe
Daniel Santana Delfino
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23/04/2025 - 12h

Idealizada por Gerard Piqué, ex-jogador do Barcelona, a Kings League chegou ao Brasil. Disputada na Oreo Arena, em Guarulhos (SP), o torneio conta com dez equipes e tem trazido muitas emoções nos dois extremos da tabela. A quinta rodada aconteceu na última segunda-feira (21) e decretou a FURIA como líder isolada do campeonato
 

Fluxo FC 2 X 7 Nyvelados FC

Em momentos diferentes na tabela, o Fluxo FC enfrentou o Nyvelados FC e foi derrotado por 7 a 2. Mesmo saindo na frente no primeiro minuto com gol de Thiago, o Nyvelados virou com Leo Gol, de pênalti, e dois gols de Bruninho, ainda na primeira etapa. 

Leo Gol é o grande destaque na boa campanha do Nyvelados FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Leo Gol é o grande destaque na boa campanha do Nyvelados FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Na segunda etapa, Bruninho e Leo Gol seguiram ditando o ritmo, com mais um do camisa 70, que chegou ao hat-trick e mais três gols do camisa 10. O Fluxo, por fim, diminuiu com Murillo, mas foi insuficiente para buscar a virada.

Capim FC 5 X 3 FC Real Elite

Em um dos duelos mais esperados da rodada, o Capim saiu na frente, com gol do goleiro Barata no primeiro minuto de jogo. No fim do primeiro tempo, Brinquinho ampliou para a equipe do presidente Luva de Pedreiro. 

Goleiro Barata abriu o placar para o Capim FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Goleiro Barata abriu o placar para o Capim FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Na segunda etapa, Negão marcou duas vezes e colocou quatro gols de vantagem para o Capim. O Real Elite diminuiu com Allan Stag convertendo o pênalti presidente. A equipe utilizou seu gol em dobro, vindo da carta secreta, e encostou no placar após João Vitor mandar contra o próprio gol. Mesmo após a expulsão de Henry, o Capim FC marcou com Neto, no shoot out, e saiu com a vitória por 5 a 3. 

Desimpedidos Goti 6 X 3 LOUD SC

Fora da zona de classificação, Desimpedidos e LOUD entraram em campo precisando da vitória. Aos três minutos, Jonatas abriu o placar para a equipe ligada ao canal do YouTube. No fim da primeira etapa, Gustavinho ampliou e a equipe poderia ter chegado ao terceiro, mas Toguro desperdiçou seu pênalti presidente. Mesmo assim, o Desimpedidos marcou no último minuto do primeiro tempo com Gui. Antes do apito final, a LOUD diminuiu com Pedro Augusto. 

O Desimpedidos Goti venceu sua segunda partida e entrou na zona de classificação para o mata-mata. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O Desimpedidos Goti venceu sua segunda partida e entrou na zona de classificação para o mata-mata. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Precisando buscar a virada, a LOUD voltou melhor para a segunda etapa e diminuiu aos 26 minutos, com Pedro Augusto batendo pênalti. Um minuto depois, Marcelinho marcou e voltou a colocar o Desimpedidos com boa vantagem. O presidente Coringa converteu seu pênalti presidente, colocando a LOUD no jogo mais uma vez. No último lance, Luisinho marcou para Desimpedidose e devido aos acréscimos, o gol valeu por dois, dando números finais ao duelo. 

G3X FC 7 X 9 FURIA FC

Em duelo valendo a liderança isolada, o G3X FC saiu na frente com gol de Ton ainda no primeiro minuto de jogo. No lance seguinte, a FURIA empatou com Leleti. Três minutos depois, Kenu marcou e voltou a colocar o G3X na frente. Aos 18 minutos, o dado foi lançado e colocou a partida na configuração dois contra dois. No período, a FURIA virou o placar ao marcar quatro vezes, com Leleti, Dedo, que deixou o campo, e Lipão, que marcou duas vezes. O G3X diminuiu novamente com gol de Kenu.

Com dez gols, Leleti é o vice-artilheiro da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Com dez gols, Leleti é o vice-artilheiro da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

No segundo tempo, a FURIA voltou a ampliar com gols de Jeffinho e Cris Guedes convertendo o pênalti presidente. A resposta do G3X veio minutos depois, com Kelvin Oliveira marcando no pênalti e Kenu fazendo um golaço de fora da área. Nos minutos finais, Leleti e Kenu marcaram com gols dobrados, encerrando a partida com vitória por 9 a 7 e liderança isolada para a FURIA FC. 

Funkbol Clube 3 X 6 Dendele FC

Encerrando a rodada, o Dendele FC saiu na frente com gols de Lyncoln e Guilherme aos quatro e cinco minutos de jogo. Aos sete, Luqueta converteu o pênalti presidente e aumentou a vantagem. No minuto seguinte, o Funkbol diminuiu com Douglinha. O camisa 9 voltaria a marcar no minuto seguinte, mas viu sua equipe sofrer novo gol de Lyncoln. 

Elenco do Dendele FC comemora gol do Presidente Luqueta. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Elenco do Dendele FC comemora gol do Presidente Luqueta. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

No fim da primeira etapa, Kaká converteu o shoot out e colocou o quinto do Dendele no placar. No segundo tempo, Lucas Hector marcou o sexto da equipe do presidente Luqueta. Já sem esperanças de virada, Douglinha marcou seu terceiro gol na partida e deu números finais ao último confronto da quinta rodada da Kings League Brazil. 

 Confira os jogos da sexta rodada, que acontece na próxima segunda-feira (28):

 

  • 17h: Funkbol Clube X Nyvelados FC

  • 18h: FC Real Elite X Fluxo FC

  • 19h: Dendele FC X G3X FC

  • 20h: Desimpedidos Goti X FURIA FC

  • 21h: Capim FC X LOUD SC

Com gols de Saka e Martinelli, os ingleses garantem a classificação
por
João Lucas Palhares
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22/04/2025 - 12h

Nesta quarta-feira (16), o time londrino venceu o Real Madrid por 2 a 1 no Santiago Bernabéu. Com o resultado, os Gunners avançaram às semifinais da Champions League após 16 anos, superando eliminações precoces em edições anteriores 

O Arsenal chegou com uma proposta clara de controlar o jogo. Porém, os primeiros minutos foram bem movimentados. Aos 9 minutos, o jovem zagueiro Asensio cometeu o pênalti em cima do Merino. Saka tentou a cavadinha, mas parou nas mãos de Courtois.  

Os merengues estavam com dificuldade de atacar.  Aos 25 minutos, Mbappé caiu na área e o juiz deu pênalti. Mas foi anulado após a revisão do árbitro de vídeo. Já no final, Gabriel Martinelli finalizou forte, mas o goleiro belga defendeu, terminando o primeiro tempo em 0 a 0 

No segundo tempo, o Arsenal controlava a partida e jogava nos contra-ataques. Aos 20 minutos, Merino deu belo passe para Saka, que se redimiu do pênalti perdido, acertou a cavadinha e abriu o placar. 

A vantagem durou pouco. Dois minutos após o gol, Saliba errou na saída de bola, e Vinicius Júnior aproveitou, roubou a posse e fez o gol, empatando a partida em 1 a 1. 

 Já nos acréscimos, em um contra-ataque mortal, Gabriel Martinelli arrancou nas costas da zaga, ganhou na corrida dos zagueiros e bateu no canto do goleiro, garantindo a classificação. O jogo terminou em 2 a 1 para os visitantes. 

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Gabriel Martinelli comemora seu gol/Reprodução - site Arsenal 

O próximo adversário do Arsenal será o Paris Saint-Germain, no dia 29/04 às 16h (horário de Brasília). O jogo de ida será no Emirates Stadium, em Londres. 

Equipes fazem valer o mando de campo e garantem os três pontos
por
Nathalia de Moura
Tamara Ferreira
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22/04/2025 - 12h

A quarta rodada do Campeonato Brasileiro contou com a primeira goleada do Mirassol na história do campeonato e bons confrontos com mudanças na tabela. Apenas Bahia, São Paulo e Sport não tiveram vitórias até agora na competição. Confira como foram os jogos:

CEARÁ 2 X 1 VASCO

Na abertura da rodada, o Ceará venceu o Vasco por 2 a 1, no Castelão, em noite iluminada do atacante e um dos artilheiros do campeonato, Pedro Raul. O camisa 9 marcou duas vezes para garantir a vitória do Vozão. Vegetti descontou para o Vasco e se juntou a Pedro Raul na artilharia do Brasileirão, com quatro gols cada.

Os cearenses dominaram a equipe cruzmaltina em boa parte do jogo. No primeiro tempo, mesmo sem tanta posse de bola, o Vozão teve as chances mais perigosas e pressionava a saída de bola vascaína. A pressão surtiu efeito aos 28 minutos: o zagueiro João Victor recuo mal a bola para a defesa, Lucas Mugni aproveitou, invadiu a área e cruzou para Pedro Raul abrir o placar. Aos 31 minutos, o goleiro do time carioca, Léo Jardim, saiu errado, a bola sobrou para Galeano chutar forte. Na sobra, Pedro Raul, de frente para o goleiro, tentou driblar para finalizar, mas foi desarmado. O Vasco até tentou com Payet e Vegetti, mas foi para o vestiário com desvantagem no marcador.

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Pedro Raul tem nove gols em dez partidas pelo Vozão. Foto: Gabriel Silva/Ceara SC

Na segunda etapa, o Vasco voltou com três mudanças feitas por Fábio Carille com  a intenção de ir mais ao ataque. A equipe até melhorou, mas não pressionou tanto o adversário. Sem Philippe Coutinho, poupado da partida pela comissão técnica, a torcida vascaína ainda viu Payet, substituto do meia brasileiro, sair da partida aos 10 minutos do segundo tempo alegando dores no joelho direito. 

Mesmo sem o francês, o Vasco foi ao ataque com Lucas Piton, mas a bola saiu por cima do gol depois da finalização de primeira. O Ceará apostava nos contra-ataques e em jogada aos 35 minutos, Galeano cruzou pela direita, Guilherme subiu nas costas de Paulo Henrique e cabeceou para o meio. Pedro Raul aproveitou o apagão da zaga vascaína e, sozinho, ampliou o placar. Na tentativa de diminuir o marcador, o cruzmaltino foi ao ataque e nos acréscimos, aos 47 minutos, Vegetti descontou após cruzamento de Rayan pela esquerda.

Com a vitória por 2 a 1, o Ceará foi a sete pontos e dormiu na terceira posição. O Vasco, por sua vez, ficou em sexto, com seis pontos. 

Na próxima rodada, a equipe nordestina visita o Bahia, na Arena Fonte Nova, na segunda-feira (21), às 20h (horário de Brasília). Já o Vasco duela contra o Flamengo, no Maracanã, no sábado (19), às 18h30 (horário de Brasília).

BOTAFOGO 2 X 2 SÃO PAULO

No jogo de abertura da quarta rodada do Brasileirão, o São Paulo saiu na frente duas vezes, com Ferreirinha e André Silva, mas o Botafogo empatou com gols de Savarino e Igor Jesus — ambos marcados poucos minutos após os tentos tricolores.

O primeiro tempo foi agitado, com chances para os dois lados, três gols marcados, pênalti e gol anulado. Aos sete minutos, Savarino recebeu na área e chutou, mas o goleiro Rafael se esticou e defendeu. Calleri respondeu aos 14, mas Jhon também fez a defesa. Nessa etapa, os dois times tiveram dificuldades para chegar até a pequena área e arriscaram finalizações de longa distância. Foi assim que saíram os primeiros gols: aos 20 minutos, Ferreirinha aproveitou a sobra de um escanteio, saiu da marcação e chutou para abrir o placar. Três minutos depois, a equipe carioca respondeu. Após troca de passes, Savarino recebeu na entrada da área e chutou — de forma semelhante ao gol paulista — para empatar.

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Jogadores do Botafogo comemoram gol de Savarino. Foto: Vítor Silva/Botafogo

Aos 45, o árbitro marcou em campo um pênalti de Alan Franco em cima de Cuiabano, lateral botafoguense. Minutos depois,  o VAR chamou o árbitro para analisar as imagens e o lance foi anulado. Já aos 52 minutos, o São Paulo chegou a ampliar o placar com gol de Ferraresi, mas foi anulado por impedimento de Alves no lance. O Tricolor voltou a marcar aos 58 minutos, com André Silva e, desta vez, o lance foi válido.

A segunda etapa foi intensa, com direito a protestos contra o técnico Renato Paiva, que foi chamado de burro pelos torcedores presentes, quando tirou Gregore para colocar Patrick de Paula. Além disso, a etapa contou com 34 finalizações, sendo 21 finalizações do Alvinegro e 13 do Tricolor. Melhor para o Botafogo que conseguiu empatar a partida aos 38 minutos. De tanto insistir, Igor Jesus conseguiu superar Rafael e marcou para garantir mais um ponto da equipe no Brasileirão.

Com o empate, o Botafogo caiu para 11ª posição, por outro lado, o São Paulo ainda não venceu no campeonato, são quatro jogos e quatro empates, ocupando no momento a 15º colocação.

As equipes voltam ao campo no domingo (20), às 16h (horário de Brasília). O Alvinegro enfrentará o Atlético-MG, no Mineirão. Já o Tricolor recebe o Santos, no Morumbis.

SPORT 0 X 1 RB BRAGANTINO

Fora de casa, o Bragantino venceu o Sport por 1 a 0 com gol do lateral Juninho Capixaba e fez com que o Leão da Barra fosse para a lanterna do campeonato. Com a segunda vitória seguida, o Massa Bruta entrou no G4 e agora tem sete pontos. Já a equipe Rubro-Negra amargou sua terceira derrota consecutiva e tem apenas um ponto na tabela.

O primeiro tempo foi marcado pela troca de domínio entre as equipes. Mesmo o Sport ficando mais com a bola no começo, o Bragantino que foi efetivo. Aos 13 minutos, após cobrança de escanteio, Eduardo Sasha finalizou de primeira para boa defesa de Caíque França. No rebote, Juninho Capixaba aproveitou a oportunidade e abriu o placar para os visitantes. Aos 18 minutos, o árbitro assinalou pênalti para o Sport após Du Queiroz chutar no rebote e a bola bater no zagueiro da equipe paulista. Após ir ao VAR, o juiz voltou atrás na decisão. No restante da primeira etapa, o Bragantino tomou conta do jogo e impôs mais pressão ao Sport, que não conseguia reagir após o gol sofrido.

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Com a derrota, o Sport está na lanterna do Campeonato Brasileiro. Foto: Paulo Paiva/Sport Recife

No segundo tempo, o Sport foi ao ataque em busca do empate e o Bragantino ficou mais fechado, apostando nos contra-ataques. O Leão da Barra teve oportunidades com Chrystian Barletta e Lenny Lobato. O Massa Bruta também tentava com Isidro Pitta, mas o cabeceio do atacante aos 21 minutos foi bloqueado. 

A equipe paulista seguia protegendo a área e fazia com que o Sport apostasse em chutes de longe. Os meio-campistas Atencio e Titi Ortíz protagonizaram as chances mais perigosas dos mandantes na segunda etapa. Aos 22 minutos, Ortíz chutou de fora da área e a bola explodiu no travessão do goleiro Cleiton. Aos 23, Atencio chutou colocado e viu a bola passar perto do gol. Mesmo com a pressão leonina, o Bragantino segurou o resultado e a vitória fora de casa. 

Após o apito final, o técnico Pepa, da equipe pernambucana, ouviu gritos de “burro” dos mais de 12 mil torcedores presentes na Ilha do Retiro. As manifestações da torcida já eram ouvidas quando ele substituiu, aos 30 minutos de segundo tempo, Chrystian Barletta para colocar Gustavo Maia. A pressão sobre o treinador português vem se intensificando após três jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro.

Na próxima rodada, o Sport tenta seu primeiro triunfo contra o Corinthians, na Neo Química Arena, no sábado (19), às 16h (horário de Brasília). Já o Bragantino recebe o Cruzeiro em Bragança Paulista (SP), às 20h30 (horário de Brasília), no domingo (20).

MIRASSOL 4 X 1 GRÊMIO 

Na noite de quarta-feira (16), o Mirassol conquistou sua primeira vitória na história da Série A do Brasileirão. Após vencer o Grêmio por 4 a 1 em casa, com gols dos laterais Daniel Borges e Reinaldo, a equipe do interior paulista chegou a cinco pontos e subiu para a oitava posição na tabela. Já o Tricolor Gaúcho segue com três pontos na 15ª posição.

O jogo teve um amplo domínio do Mirassol. O placar começou a ser construído antes dos 20 minutos de partida. O lateral direito, Daniel Borges, abriu o placar logo aos seis minutos, após acertar o ângulo do gol defendido por Tiago Volpi. Aos oito, o árbitro Lucas Paulo Torezin assinalou pênalti para o Grêmio, mas o VAR o chamou para revisão e ele voltou atrás na decisão. Com 17 minutos de jogo, outro pênalti foi marcado, mas dessa vez a favor dos mandantes. Tiago Volpi derrubou Gabriel na área e tomou amarelo. O lateral esquerdo Reinaldo foi para a marca da cal e ampliou o placar em 2 a 0 para o Mirassol, fazendo jus à lei do ex.

O Grêmio não se encontrou na partida e acumulou erros defensivos. Tiago Volpi trabalhou nos lances de finalização de Danielzinho e cabeceio de João Victor. A melhor chance dos gremistas na primeira etapa foi a finalização do lateral João Pedro, que chutou forte para boa defesa do goleiro Alex Muralha.

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Reinaldo comemora seu primeiro gol no Brasileirão com a camisa do Mirassol. Foto: Pedro Zacchi/Agência Mirassol

No segundo tempo, o Grêmio se lançou ao ataque buscando reagir na partida e logo nos dois primeiros minutos, Amuzu teve duas boas finalizações. O Mirassol só voltou a atacar aos 15 minutos, quando Neto Moura finalizou no rebote. Aos 23, o zagueiro Jemerson, do Grêmio, subiu mais alto e carimbou o travessão do goleiro Alex Muralha. Os dois times criaram oportunidades, mas aos 32 minutos, Reinaldo voltou a marcar, desta vez um golaço de falta.

O tricolor gaúcho descontou aos 36 minutos com o atacante Braithwaite. A equipe sulista pressionou a saída de bola do Leão e Daniel Borges entregou a bola nos pés do camisa 22. Ele encobriu Alex Muralha e fez seu primeiro gol no campeonato. De início, foi marcado impedimento no lance, mas o VAR validou a finalização. O quarto gol do Mirassol saiu mais uma vez dos pés de Daniel Borges, aos 39 minutos, que chutou de primeira após assistência de Edson Carioca. Com a vitória por 4 a 1, o Leão também aplicou sua primeira goleada na história do Campeonato Brasleiro.

Após o revés, o treinador Gustavo Quinteros foi demitido do comando da equipe gaúcha. O anúncio foi feito pelo presidente tricolor, Alberto Guerra, em coletiva. Quinteros esteve à frente do time em 18 partidas, com oito vitórias, cinco empates e cinco derrotas. Junto a ele, os auxiliares Leandro Desábato, Maximiliano Quezada e Rodrigo Quinteros (filho) e o preparador físico Hugo Roldán também foram desligados do clube.

Na próxima rodada, o Mirassol enfrenta o Juventude, no Alfredo Jaconi, no domingo (20), às 11h (horário de Brasília). O Grêmio tem pela frente o Gre-Nal 447 contra o Internacional, no sábado (19), em sua Arena, às 21h (horário de Brasília).

INTERNACIONAL 0 X 1 PALMEIRAS

Na noite de quarta-feira (16), às 19h30 (horário de Brasília), o Internacional recebeu o Palmeiras e foi derrotado por 1 a 0, com gol de Facundo Torres. Com isso, chegou ao fim a sequência de invencibilidade do Colorado, que era o único clube do mundo ainda invicto na temporada em partidas oficiais.

O primeiro tempo foi mais estratégico, com poucas chances claras de gol. Os goleiros pouco foram exigidos, e o duelo teve ritmo baixo. As equipes tentaram assustar, mas não geraram lances de real perigo. 

A etapa final começou intensa. Com poucos segundos, Enner Valencia ficou de cara para o gol, mas finalizou para fora. O jogo esfriou por alguns minutos até que, aos 17, Gustavo Gómez lançou Richard Ríos, que ganhou de Bernabei, avançou e cruzou para Facundo Torres empurrar para as redes.

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Facundo Torres comemora seu gol com Estêvão, Giay, Richard Ríos e Piquerez. Foto: César Greco/Palmeiras 

Aos 23, Estêvão recebeu de Vitor Roque e soltou o pé, mas um leve desvio em Anthoni tirou tinta da trave. O Colorado respondeu aos 28, quando Alan Patrick cruzou e Valencia quase empatou, mas Weverton defendeu com o peito. Nos acréscimos, aos 46, o equatoriano teve mais uma chance, mas o goleiro do Verdão brilhou novamente.

O Palmeiras ainda marcou o segundo aos 50 minutos, após sobra de bola em lance de Paulinho, que tentou driblar Anthoni e foi desarmado. Allan marcou com o gol vazio, mas o impedimento foi assinalado rapidamente.

Com o resultado, o Alviverde chegou a 10 pontos em quatro jogos e ocupa a segunda posição na tabela. Já o Inter está em décimo, com cinco pontos.

O Colorado volta a campo no sábado (19), às 21h (horário de Brasília), no Gre-Nal, na Arena do Grêmio. O Palmeiras joga no domingo (20), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Fortaleza, no Castelão.

CORINTHIANS 0 X 2 FLUMINENSE

Também às 19h30 (horário de Brasília), com gols de Renê — que gerou memes na internet — e Jhon Arias, o Fluminense venceu o Corinthians por 2 a 0 e somou mais três pontos sob o comando de Renato Gaúcho. Já o Timão não conseguiu ser efetivo, o que culminou na demissão de Ramón Díaz.

A primeira etapa teve poucos lances concretos de gol. Enquanto o Alvinegro tentava pressionar, o Tricolor esperava ter a bola para atacar, mas sem muito sucesso. O primeiro tempo terminou sem gols.

Na etapa final, a postura foi semelhante, com a diferença de que os gols saíram. Aos 17 minutos, Félix Torres afastou um cruzamento, e no rebote, Renê chutou de fora da área para abrir o placar para o Flu. O lance virou meme nas redes, já que, no começo do segundo tempo, o lateral se sentia enjoado e pediu um remédio — considerado por alguns o "estímulo" para o golaço.

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Renê comemora o seu gol diante o Corinthians. Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C

Com a vantagem, o Tricolor recuou para se defender e partir em contra-ataques. Aos 36 minutos, após aproveitar erro na saída de bola do Corinthians, Serna foi derrubado por Martínez. Inicialmente, o árbitro não marcou, mas o VAR recomendou a revisão e o pênalti foi assinalado. Na cobrança, Arias deslocou Matheus Donelli e fez o segundo.

Com a vitória, o Fluminense chegou a nove pontos e ocupa o terceiro lugar na tabela. O Alvinegro, com quatro pontos, está na 14ª colocação.

Em nota publicada na última quinta-feira (17), o clube paulista comunicou o desligamento do técnico Ramón Díaz. Também deixaram o clube os auxiliares Emiliano Díaz, Bruno Urribarri, Osmar Ferreyra e o preparador físico Diego Pereira. O argentino comandou o Corinthians em 59 partidas, com 30 vitórias, 16 empates e 13 derrotas, obtendo 59,8% de aproveitamento.

Na próxima rodada, o Corinthians recebe o Sport, no sábado, às 16h (horário de Brasília). O Flu joga no domingo (20), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Vitória, no Maracanã.

FLAMENGO 6 X 0 JUVENTUDE 

A quarta rodada também contou com a goleada por 6 a 0 do Flamengo sobre o Juventude, no Maracanã. Com gols de Pulgar, Plata, Danilo, Arrascaeta e Pedro (duas vezes), a equipe comandada por Filipe Luís permaneceu na liderança com a vitória, enquanto os gaúchos caíram para a sétima posição.

Na primeira etapa, o Rubro-Negro não teve dificuldades e controlou a partida. Arrascaeta, que foi um dos nomes do jogo, teve boa finalização aos seis minutos, mas a bola passou no canto esquerdo do goleiro Gustavo. Aos 12, após falta cobrada pelo uruguaio, Pulgar cabeceou para o fundo das redes e abriu o placar para o Flamengo. Aos 17, Gerson encontra Plata entrando na área e o equatoriano finaliza bem, fazendo 2 a 0 para os flamenguistas. Com eficiência e início avassalador, o Flamengo ampliou aos 21 minutos: após cobrança de falta de Arrascaeta, Danilo subiu sozinho para marcar de cabeça. A equipe carioca manteve o controle até o fim do primeiro tempo.

No segundo tempo, o Juventude fez substituições na intenção de entrar no jogo, mas o Mengo seguiu ditando o ritmo da partida e mantendo a posse de bola. Aos 10 minutos, Arrascaeta, que já havia dado duas assistências, marcou seu gol: Michael encontrou o camisa 14 na área, que dominou com um pé e chutou com o outro para fazer 4 a 0 no marcador e se juntar a Pedro Raul, do Ceará, e Vegetti, do Vasco, como os artilheiros do campeonato, com quatro gols cada.

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Em três finalizações contra o Juventude, Pedro marcou dois gols. Foto: Gilvan de Souza/CRF

O técnico Filipe Luís modificou o time e as mudanças surtiram efeito. Everton Cebolinha chegava ao ataque, e Pedro, após sete meses se recuperando de uma lesão grave no joelho, marcou duas vezes. Uma aos 25 minutos, quando finalizou de cabeça após cruzamento de Wesley, e outra aos 34, quando o goleiro Jaconero, Gustavo, defendeu pênalti assinalado pelo juiz, mas o camisa 9 aproveitou o rebote para marcar seu segundo gol na partida e consagrar a vitória por 6 a 0 do Flamengo.

Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Vasco, no sábado (19), às 18h30 (horário de Brasília), no Maracanã. Já o Juventude recebe o Mirassol, no Alfredo Jaconi, no domingo (20), às 11h (horário de Brasília).

VITÓRIA 2 X 1 FORTALEZA

No duelo nordestino, o Vitória saiu na frente, cedeu o empate, mas se recuperou e conquistou seus primeiros três pontos no Brasileirão. Os gols foram de Janderson e Matheuzinho, para o time baiano; Diogo Barbosa marcou para o Fortaleza.

No primeiro tempo, o Fortaleza teve mais posse de bola, enquanto o Rubro-Negro buscava se defender e sair em contra-ataques. Aos 11, Pol Fernández cabeceou após cruzamento de Mancuso, mas Lucas Arcanjo defendeu.

O Vitória só assustou aos 29, com chute de fora da área de Matheuzinho, defendido por João Ricardo. O time cearense respondeu com Mancha, mas novamente Lucas Arcanjo salvou. Aos 36, Erick cruzou na medida para Janderson cabecear e abrir o placar.

O Tricolor de Aço voltou mais ligado e empatou logo aos dois minutos da segunda etapa, com chute forte de Diogo Barbosa após desvio de Pol Fernández em cruzamento de Mancuso.

O Fortaleza chegou a virar aos 14 minutos com Lucero, após rebote de chute de Deyverson na trave, mas o gol foi anulado por impedimento. Dois minutos depois, o Vitória respondeu com Matheuzinho, mas João Ricardo defendeu.

O jogo esfriou, mas aos 28, após cruzamento de Jamerson, Matheuzinho chutou de primeira para garantir a vitória baiana.

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Matheuzinho comemora seu gol com companheiros, que garantiu os três pontos para o Vitória. Foto: Victor Ferreira/EC Vitória 

Antes do apito final, aos 39, Arcanjo ainda defendeu cabeceio perigoso de Deyverson e garantiu o resultado.

Com o triunfo, o Vitória deixou a zona de rebaixamento e ocupa a 14ª posição, com quatro pontos. Já o Leão do Pici caiu para o 11° lugar, com cinco pontos.

O Rubro-Negro volta a campo no domingo (20), às 18h30 (horário de Brasília), no Maracanã, contra o Fluminense. No mesmo dia e horário, o Fortaleza recebe o Palmeiras, no Castelão.

SANTOS 2 X 0 ATLÉTICO-MG

Na Vila Belmiro, o Santos dominou o jogo e venceu o Atlético-MG por 2 a 0, com gols de Zé Ivaldo e Barreal ainda na etapa inicial, conquistando sua primeira vitória no campeonato. O Galo, dominado na partida, segue sem vencer no Brasileirão.

O Peixe controlou o primeiro tempo, com segurança defensiva e construção de jogadas. Abriu o placar aos 23 minutos, com Zé Ivaldo, que aproveitou sobra na área. Três minutos depois, Tiquinho Soares tocou para Gabriel Bontempo, que cruzou para Barreal marcar de carrinho.

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Zé Ivaldo comemora seu gol. Foto: Raul Baretta/ Santos FC

O Galo tentou com Cuello e Hulk, mas sem efetividade. Aos 33, Neymar, que retornava aos campos após 42 dias e titular na partida, sentiu a coxa esquerda e foi substituído. O camisa 10 até tentou permanecer no jogo, mas minutos depois, sentou no gramado e pediu substituição.

Na segunda etapa, o Santos seguiu dominante, enquanto o Atlético buscava aproveitar as poucas chances. A equipe de Cuca finalizou mais do que na primeira etapa, mas não surtiu efeito. Apesar das oportunidades, o Peixe também não ampliou o marcador e a partida permaneceu 2 a 0 para os donos da casa.

Com a vitória, o Santos chega a quatro pontos e ocupa o 13º lugar. O Atlético-MG, com apenas dois pontos, é o vice-lanterna.

No domingo (20), às 16h (horário de Brasília), o Santos enfrenta o São Paulo no Morumbis. O Galo recebe o Botafogo, no Mineirão, no mesmo horário.

CRUZEIRO 3 X 0 BAHIA

No encerramento da rodada, o Cruzeiro não encontrou dificuldades para vencer o Bahia por 3 a 0, no Mineirão. Com dois gols de Kaio Jorge e um de Romero, a equipe celeste subiu para a quinta colocação, com sete pontos e o Bahia, que segue sem vencer no campeonato, está na zona de rebaixamento, com três pontos.

O primeiro tempo iniciou com muitas trocas de passes entre as equipes, mas aos 10 minutos, o goleiro do Bahia, Ronaldo, errou o domínio, deixou a bola escapar e precisou fazer um pênalti em Kaio Jorge. Na cobrança, o goleiro se redimiu e defendeu a finalização do camisa 19, sem dar rebote. Após o pênalti perdido, o Cruzeiro seguiu no ataque e teve chances com Wanderson e Kaio Jorge. Aos 18 minutos, o goleiro Marcos Felipe entrou no lugar de Ronaldo pela equipe do Bahia, após sentir a coxa. 

O Bahia pouco criava e via o Cruzeiro enfileirar oportunidades. Aos 41, Jean Lucas tentou de fora da área, mas a bola passou por cima do gol defendido por Cássio. Aos 48 minutos, Fabrício Bruno subiu mais alto e cabeceou para o chão, mas Marcos Felipe conseguiu fazer boa defesa. No final do primeiro tempo, aos 51 minutos, Lucas Romero abriu o placar para a equipe mineira. Após receber passe de Lucas Silva, o argentino chutou de fora da área, surpreendeu o goleiro Marcos Felipe com o golaço e levou a vantagem para o vestiário.

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Kaio Jorge foi um dos destaques da partida contra o Bahia, com dois gols marcados. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Para a segunda etapa, o tricolor baiano modificou o time para tentar ficar mais com a bola no ataque. Aos sete minutos, Everton Ribeiro cobrou escanteio curto para Jean Lucas, que fez cruzamento rasteiro na mão de Cássio. Logo após, aos 13, Erick Pulga tentou de fora da área, mas a bola passou por cima do travessão. O Cruzeiro voltou aos ataque aos 19 e fez 2 a 0 com Kaio Jorge. No início da jogada, Lucas Silva desarmou Everton Ribeiro e passou para Christian. O volante deu um excelente passe ao centroavante cruzeirense que, cara a cara com o goleiro, estufou as redes.

O Bahia voltou a atacar com Ademir e Erick Pulga para tentar descontar a vantagem da equipe celeste, mas não surtiu efeito. Aos 30 minutos, Kaio Jorge fez seu segundo gol após receber assistência de Lucas Silva na entrada da área, ajeitar e chutar colocado. Aos 34 minutos, Erick Pulga tentou novamente pelo Bahia ao passar por três marcadores, mas a bola passou por cima do gol. O Cruzeiro segurou o resultado até o final e levou os três pontos.

Agora, o Bahia tenta sua primeira vitória contra o Ceará, na Arena Fonte Nova, na segunda-feira (21), às 20h (horário de Brasília). Já o Cruzeiro vai à Bragança Paulista (SP), enfrentar o Bragantino no domingo (20), às 20h30 (horário de Brasília).

Jogador é acusado de manipular apostas após forçar um cartão amarelo. Flamengo emite nota sobre o caso
por
Oliver de Souza Santiago
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17/04/2025 - 12h

Na última terça-feira (15), a Polícia Federal indiciou o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, e mais nove pessoas por fraude esportiva durante o Campeonato Brasileiro de 2023. O irmão, a cunhada, uma prima e amigos do jogador ou dos parentes dele, teriam sido beneficiados de acordo com o relatório.

As investigações começaram em agosto de 2024, após três casas de apostas emitirem alertas devido ao alto número de apostas envolvendo o jogador e o recebimento dos cartões em uma partida contra o Santos, válida pela 31ª rodada.

 

O portal Metrópoles divulgou imagens exclusivas das mensagens dos celulares dos envolvidos no dia (15). Os aparelhos foram apreendidos em operação da PF realizada em novembro do ano passado. Em agosto de 2023, Wander Nunes Pinto Junior, o irmão, perguntou a Bruno se ele tinha dois cartões amarelos no campeonato.

Conversas entre Bruno Henrique e Wender (Foto: Reprodução/Metrópoles)
Conversas entre Bruno Henrique e Wender (Foto: Reprodução/Metrópoles)

Na véspera do jogo, em 29 de outubro, o atacante rubro-negro pergunta a Wander se ele lembra de uma conversa entre eles. O irmão perguntou do que se tratava. Bruno faz uma ligação na sequência. O que indica ser provável que o contato tenha sido um aviso sobre o cartão amarelo que ele planejava forçar na partida, de acordo com relatório da PF.

Registro via WhatsApp da ligação entre o atacante e seu irmão (Foto: Reprodução/Metrópoles)
Registro via WhatsApp da ligação entre o atacante e seu irmão (Foto: Reprodução/Metrópoles)

Em dezembro, o irmão reclama de não receber após a ideia de Bruno Henrique:

“Coloquei R$ 3 mil para ganhar R$ 12 mil e eles bloquearam por suspeita”.

Ambos foram indiciados na Lei Geral do Esporte, por fraude em competição esportiva – a pena prevista é de dois a seis anos de prisão – e por estelionato, pena de um a cinco anos de prisão. Os demais suspeitos foram indiciados por estelionato.

O Ministério Público do Distrito Federal vai decidir se oferece denúncia à Justiça. O processo ocorre em Brasília pois o confronto aconteceu na mesma região. No âmbito esportivo, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deve reabrir o caso, que foi arquivado em novembro de 2024. Na época, o órgão considerou que os relatos não eram suficientes para instauração de um inquérito.

Arena BRB Mané Garrincha, local da partida (Foto: Divulgação/Arena BRB)
Arena BRB Mané Garrincha, local da partida (Foto: Divulgação/Arena BRB)

O atacante pode ser punido com suspensão ou até mesmo o banimento do futebol. O STJD já aplicou esta pena a cinco ex-jogadores envolvidos em outro esquema de manipulação de apostas esportivas. Diego Porfirio, Gabriel Tota, Matheus Gomes, Romário e Ygor Catatau.

Em nota na última terça-feira (15), o Clube de Regatas Flamengo afirmou que:

“O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique. O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e à ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito.”

 

A influência da liga no basquete do país e na formação de novos ídolos brasileiros no esporte
por
Isabela Fabiana
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02/05/2024 - 12h

No último sábado (27), Gui Santos, jogador do Golden State Warriors, realizou uma tarde de autógrafos na NBA Store do Shopping Morumbi Town, em São Paulo. A AGEMT entrevistou o jornalista e comentarista, Ricardo Bulgarelli, que foi questionado sobre a influência da National Basketball Association (NBA) no Brasil e do atleta brasileiro nos torcedores e nos adolescentes brasileiros praticantes do esporte. Além disso, fãs na fila do evento foram questionados pela AGEMT sobre o que sentem, ao ver um brasileiro em quadra pela principal liga de basquete no mundo.  

A INFLUÊNCIA DA NBA NO BRASIL 

Quando questionado sobre a popularização da NBA no Brasil, Ricardo Bulgarelli disse que o Brasil sempre foi apaixonado pela modalidade. “O basquete sempre foi o segundo esporte dos brasileiros. A seleção durante os anos 50 e 60 sempre foi bem competitiva, sendo uma das quatro potencias do basquete até a metade dos anos 80. Depois sim, com a separação da União Soviética e com mais equipes participando, surgiram mais adversários. A globalização da NBA também ajuda demais nessa popularização”, afirmou o comentarista da Prime Video.  

Bulgarelli é um dos principais comentaristas de basquete na televisão brasileira – Foto: Reprodução/X @Bulgarelli1971
Bulgarelli é um dos principais comentaristas de basquete na televisão brasileira – Foto: Reprodução/X @Bulgarelli1971 

A liga americana começou a ganhar relevância no Brasil, com a chegada de grandes jogadores, como Magic Johnson e Larry Bird. Nos anos 80, chegou o principal deles, Michael Jordan, que revolucionou a competição, tanto dentro de quadra, quanto fora. “O brasileiro sempre foi apaixonado por basquete, a NBA é consequência”, completou Bulgarelli.  

Gui Santos, draftado para a temporada de 2024 pelo Golden State Warriors, tem a oportunidade de jogar em uma das franquias mais queridas pelo público no Brasil, com uma grande base de fãs. Porém, o jogador não foi o primeiro brasileiro a atuar na liga, e sim, o décimo nono. Antes dele, Anderson Varejão, Tiago Splitter e, Leandrinho Barbosa foram alguns dos principais jogadores do Brasil na NBA.  

“A gente torce para os brasileiros que vão para lá, permanecerem. O fato dele ter sido draftado em uma grande franquia não, mas sua permanência é o que influencia, porque as características dele ajudam demais o Warriors. Ele é um cara que pensa no jogo coletivo, não tem vergonha de fazer um bloqueio e não está preocupado em ser o cestinha, ele joga pelo amor ao esporte”. Bulgarelli não acredita que a posição de Gui Santos influencia a criação de novos brasileiros querendo jogar na liga, apenas por estar em uma equipe relevante: “Os garotos que jogam basquete hoje, jogam para jogar na NBA, independente se tem brasileiro lá. Já chegamos a ter nove brasileiros em uma só temporada e não transformamos esse país, no país do basquete”, completou.  

Porém, é inegável que ter o Brasil na NBA, faz com que os brasileiros tenham a sensação de estar mais próximos da liga. Mas, o jornalista revelou que fazer uma narração in loco foi o que fez ele se sentir mais conectado ao basquete americano. “Eu tenho quase 30 anos de profissão e já tinha ido para os Estados Unidos assistir, coordenar e produzir matérias para os All Stars de 98, 2001 e 2002. Mas, como comentarista, foi no ano passado, nas finais do Leste, aí sim, estando lá comentando na cabine do lado de uma televisão importante, descer na coletiva pré e pós jogo, sentir o calor da partida, isso sim me faz me sentir mais próximo da NBA.” 

TARDE DE AUTÓGRAFOS

O evento de sábado (27), contou com a presença de milhares de pessoas, a maioria da torcida do Golden State Warriors, mas também alguns fanáticos por outras franquias. Durante os encontros com o atleta, era possível ver crianças e adolescentes emocionados, ao lado da estrela brasileira.  

Fila para tarde de autógrafos com Gui Santos, na NBA Store do Shopping Morumbi Town – Foto: Isabela Fabiana/AGEMT
Fila para tarde de autógrafos com Gui Santos, na NBA Store do Shopping Morumbi Town – Foto: Isabela Fabiana/AGEMT 

Alguns desses fãs abriram o coração, e falaram um pouco sobre a relevância de ter um brasileiro NBA. Isabela Santos, torcedora dos Warriors, disse que é incrível ver Gui Santos fazendo cestas em jogos tão importantes, como contra o Lakers, e ainda ter o trio principal da equipe [Stephan Curry, Klay Thompson e Draymond Green] comemorando por ele.  

orcedores puderam ficar um pouco mais perto da jóia brasileira na liga americana basquete – Foto: Isabela Fabiana/AGEMT
Torcedores puderam ficar um pouco mais perto da jóia brasileira na liga americana basquete – Foto: Isabela Fabiana/AGEMT 

Camilla, de 25 anos, e torcedora do Minnesota Timberwolves comentou: “Eu acompanho o Gui, o Mãozinha [brasileiro no Memphis Grizzlies] e a Kamilla Cardoso [jogadora brasileira draftada na WNBA] e vejo como uma representatividade muito legal, especialmente porque temos um público brasileiro muito grande assistindo “.  

Sobre a valorização do esporte no país, foi a vez da torcedora de 19 anos do Boston Celtics, Graice Silva, dizer: “Eu pratico esportes e sei como é difícil aqui no Brasil. Ver um jogador tendo uma carreira fora do nosso país é maravilhoso, é saber que a pessoa deu duro e no final conseguiu chegar em um lugar onde o esporte é valorizado.”  Gustavo Almeida, torcedor do Miami Heat, afirmou que é muito bacana ter alguém representando o país, o que abre chances para os brasileiros um dia sonharem em ter um lugar na NBA.

No dia 1° de Maio de 1994, o mundo testemunhou o que seria uma das maiores perdas para o automobilismo mundial
por
Juliana Bertini de Paula
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03/05/2024 - 12h

 

Nesta quarta-feira (01), completam exatamente 30 anos da morte de Ayrton Senna. Enquanto fazia a sétima volta e entrou na curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália, Senna – na época correndo pela Williams – colidiu fortemente contra o muro. Exatamente às 13h17, o mundo se calou diante do trágico falecimento do ídolo, não somente brasileiro, mas de todo o mundo.

 

A primeira vitória de Senna em Interlagos, após uma corrida em condições extremas, levantando com dificuldade a bandeira brasileira – Foto: Fernando Pereira
A primeira vitória de Senna em Interlagos, após uma corrida em condições extremas, levantando com dificuldade a bandeira brasileira – Foto: Fernando Pereira

 

 

 

Trajetória

Ayrton Senna da Silva nasceu na cidade de São Paulo, no bairro de Santana, no dia 21 de março de 1960. Filho mais novo de Milton Teodoro Guirado da Silva e de Neide Senna, iniciou no kart quando tinha apenas 4 anos, e corria com o pequeno carro que foi construído pelo pai. O motor do veículo, que foi retirado de um cortador de grama, atingia até 60km/h.

 

Aos 13, enquanto corria no Kartódromo de Interlagos, – que agora leva o seu nome -- Senna conquistou o que seriam as primeiras de muitas poles positions e vitórias em sua carreira. Em 1974 e 1975, o piloto venceu o Campeonato Paulista de Kart, na categoria Júnior e, quatro anos depois, foi campeão brasileiro da modalidade. 

 

Em 1983, Ayrton se mudou para a Europa. Foi quando estreou e venceu a Fórmula 3 britânica, atingindo uma marca impressionante: das 20 corridas na temporada, foram 12 vitórias, 14 pódios e apenas seis abandonos. Ele não subiu ao pódio somente nas corridas em que não pôde completar a prova. Após esse desempenho impressionante, as oportunidades de competir na tão sonhada Fórmula 1 começaram a surgir.

 

Enquanto corria no campeonato inglês, Frank Williams – ex-piloto e fundador da equipe Williams Racing – convidou o jovem Senna para realizar um teste com um carro da principal categoria do automobilismo.

Senna, aos 21 anos, correndo no mundial de Kart em 1981. – Foto: Reprodução/Veja.com
Senna, aos 21 anos, correndo no mundial de Kart em 1981. – Foto: Reprodução/Veja.com

 

 

Fórmula 1 

No ano seguinte, em 1984, Senna iniciou sua carreira na Fórmula 1 com a equipe Toleman – que, anos depois, seria chamada de Benetton. Sua estreia foi realizada em solo brasileiro, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Devido a uma falha mecânica, ele foi obrigado a abandonar a prova. 

 

Porém, seus primeiros pontos não demoraram para vir. No Grande Prêmio seguinte, na África do Sul, ele passou pela bandeira quadriculada em sexto lugar, conquistando seu primeiro ponto. Neste ano, o piloto brasileiro terminou em nono, na frente do piloto Nigel Mansell, da Lotus, que já era considerado experiente na F1. 

 

Neste mesmo ano, Senna ganhou o título de Rei da Chuva e Mestre de Mônaco, na primeira vez em que correu nas pistas molhadas do GP de Monte Carlo, considerado por muitos o circuito mais difícil do calendário.  Largando em 13°, em 10 voltas já havia ultrapassado seis outros pilotos. Ele alcançou a terceira posição na volta 19, atrás apenas de Niki Lauda e Alain Prost.

Na 31ª volta, depois de uma colisão de Lauda, o brasileiro estava a apenas sete segundos do primeiro colocado, e foi quando o então atual diretor de provas da Fórmula 1, Jacky Ickx, interrompeu a corrida alegando que a chuva estava muito intensa e que não haviam condições dos pilotos continuarem a disputa.

Senna em sua Toleman, correndo nas pistas molhadas de Mônaco. – Foto: Reprodução/Getty Images
Senna em sua Toleman, correndo nas pistas molhadas de Mônaco. – Foto: Reprodução/Getty Images

 

Em 1985, seu segundo ano na categoria, Ayrton trocou a Toleman pela Lotus, onde conseguiu sua primeira vitória. No domingo chuvoso de 21 de abril, no GP de Portugal, ele garantiu seu triunfo com mais de um minuto de diferença para o segundo carro, de Michele Alboreto, da Ferrari. 

 

Em 1987, na sua última passagem pela Lotus, Senna foi o primeiro piloto brasileiro a vencer no sofisticado Grande Prêmio de Mônaco. Essa seria a primeira de seis vitórias nesse mesmo circuito – sendo, até hoje, o maior vencedor do traçado. 

 

Um ano depois, Ayrton Senna e Alain Prost dirigiam para a McLaren. Apesar de companheiros de equipe, a disputa entre os dois foi eternizada como uma das maiores rivalidades na história do automobilismo. Após a estreia na nova equipe, no Rio de Janeiro, Senna teve seu melhor desempenho até então, foi quando o brasileiro quebrou o recorde de mais poles em uma temporada, em 12 oportunidades. Além disso, depois de vencer oito, das 16 corridas da temporada, conquistou seu primeiro Campeonato de Pilotos. 

Senna venceu seu primeiro título de campeão mundial em 1988 e Prost comemorou o segundo lugar. – Foto: Reprodução/GE
Senna venceu seu primeiro título de campeão mundial em 1988 e Prost comemorou o segundo lugar. – Foto: Reprodução/GE

 

Senna também venceu os campeonatos de 1990 e 1991 com a McLaren. E, em 24 de março de 91, teve sua vitória mais emocionante. Com chuva e o carro preso na sexta marcha, Ayrton venceu pela primeira vez no Grande Prêmio de Interlagos. A corrida foi extremamente complicada e exaustiva para o piloto brasileiro, que precisou de ajuda para sair do carro e quase não teve forças para levantar o troféu e mostrá-lo ao público brasileiro, que foi ao delírio com a vitória do ídolo nacional. 

 

Em 1993, Ayrton fez a chamada “Volta Mágica - a melhor primeira volta de todos os tempos”, no GP da Europa, na Inglaterra – quando ultrapassou Michael Schumacher (Benetton), Karl Wendlinger (Sauber), Damon Hill (Williams) e Alain Prost (Williams) na pista molhada e em um intervalo de apenas um minuto e meio. O brasileiro venceu a prova com maestria, dando uma volta completa em 18 dos outros 19 pilotos, deixando somente Damon Hill, o segundo colocado da prova, de fora.

Torcedores brasileiros invadindo a pista do autódromo de Interlagos, para comemorar a vitória de Senna, em 1991. – Foto: Ormuzd Alves
Torcedores brasileiros invadindo a pista do autódromo de Interlagos, para comemorar a vitória de Senna, em 1991. – Foto: Ormuzd Alves

 

Porém, três anos depois, o GP de San Marino – atual GP de Ímola – estava fadado à tragédia. Na sexta-feira, Rubens Barrichello sofreu um grave acidente, que o deixou com uma luxação na costela e uma fratura no nariz. No sábado, durante o treino classificatório, o iniciante austríaco Roland Ratzenberger sofreu um acidente fatal, na curva Villeneuve. Mesmo assim, a direção de prova determinou que a corrida deveria ocorrer normalmente.

 

No início da corrida do dia 1 de maio de 1994, um primeiro acidente envolvendo JJ Lehto (Benetton) e Pedro Lamy (Lotus) deixou nove pessoas na arquibancada feridas por conta dos destroços que voaram da pista. A competição continuou e, na sétima volta, Senna colidiu com o muro da curva Tamburello.

 

O impacto quebrou a barra de suspensão de sua Williams e atingiu o piloto na testa, atravessando o capacete. Ayrton Senna sofreu uma morte cerebral instantânea devido ao traumatismo craniano. Por ter falecido na pista, a prova deveria ter sido interrompida imediatamente, porém, após o socorro retirar o brasileiro da pista, a corrida continuou e Schumacher conquistou o primeiro lugar e subiu no pódio sem comemoração, mesmo ainda sem saber sobre o estado de Senna. 

 

Reações

Após a notícia do falecimento do piloto, considerado herói nacional, foi declarado luto oficial de três dias e nos dias do velório, dia 4 e 5 de maio, as repartições públicas na capital paulista tiveram ponto facultativo decretado.

O corpo de Senna foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e o cortejo levou o piloto e mais de um milhão de pessoas até o cemitério do Morumbi. Para carregar o caixão, vários pilotos vieram a São Paulo. Até mesmo Alain Prost, o maior rival de Senna, deixou de lado a competição e prestou suas condolências.

Emerson Fittipaldi, Alain Prost, Jackie Stewart, Wilson Fittipaldi, Rubens Barrichello, Damon Hill e outros pilotos conduzindo o caixão de Ayrton Senna, no Cemitério do Morumbi. Foto: Egberto Nogueira
Emerson Fittipaldi, Alain Prost, Jackie Stewart, Wilson Fittipaldi, Rubens Barrichello, Damon Hill e outros pilotos conduzindo o caixão de Ayrton Senna, no Cemitério do Morumbi. Foto: Egberto Nogueira

 

 

Senna na visão jornalística

Em entrevista à AGEMT, o comentarista de automobilismo do Grupo Globo, Rafael Lopes, contou como o piloto brasileiro teve relevância na sua vida. “Quem me apresentou ao mundo da Fórmula 1 foi a minha mãe, e quando eu tinha uns oito anos eu comecei a ver o Senna correndo. Se eu estou aqui hoje, falando sobre automobilismo, é por influência dele”, comentou.  

 

“Ele tinha muito talento. Para a população do Brasil, ver um outro brasileiro ser o melhor naquilo que fazia, era maravilhoso. A rivalidade com o francês Alain Prost aumentava ainda mais essa torcida, tendo um lado do ‘bem’ e do 'mal’. No nível mundial, acho que principalmente os ingleses e alemães reconheciam e idolatravam Senna por seu talento. Além disso, ele era muito adorado pelos japoneses, juntando multidões pelo país.”, disse o jornalista, com mais de 18 anos de experiência, sobre a grandiosidade do piloto, não apenas no Brasil, mas mundialmente. 

 

Rafael se emocionou ao falar sobre como era ver seu ídolo nas pistas, ele afirma que o piloto corria em outro patamar e superava os limites do próprio carro que dirigia. “Se eu pudesse escolher uma corrida do Senna para ir fazer uma reportagem, não teria como eu falar outra que não seja a de 1991, no Brasil. Aquela vitória foi histórica, foi como final de Copa.”, continuou.

 

Rafael Lopes em Interlagos, em 2019, com réplica da McLaren de Senna. – Foto: Arquivo Pessoal
Rafael Lopes em Interlagos, em 2019, com réplica da McLaren de Senna. – Foto: Arquivo Pessoal

 

Quando Senna sofreu o acidente no GP italiano, Lopes tinha apenas 10 anos, e falou como foi, tão novo, lidar com a morte de um ídolo no esporte: “Todos estavam esperando ele sair do carro, porque era o que acontecia. Depois começaram a chegar médicos, ambulância e o helicóptero, então pensamos ‘ele vai ficar fora de algumas corridas, mas depois ele volta’. Mais tarde veio a notícia do falecimento e eu lembro que eu e minha mãe choramos. No dia seguinte, só se falava sobre isso na escola, ninguém nem lembrava que o Schumacher tinha vencido a corrida, eu até fui repreendido pela professora por ter terminado de ver a corrida depois do acidente.”

 

O jornalista também falou sobre o legado que Ayrton Senna deixou na segurança no automobilismo: “Infelizmente, ou felizmente para os pilotos atuais, o legado dele foi a melhoria na parte de segurança do carro. Antigamente, era possível ver até os ombros dos pilotos e  os equipamentos de segurança não eram tão efetivos como são hoje. Depois da morte do Senna, só houve mais uma morte na Fórmula 1, e foi erro da direção de prova”.

 

Julianne Cerasoli, jornalista e dona da coluna ‘Pole Position’ no UOL, já atendeu mais de 160 Grandes Prêmios e também falou à AGEMT, sobre a figura de Senna: “Ele era um personagem muito interessante como um todo, capaz ao mesmo tempo de atos de muita generosidade fora da pista e extremo egoísmo dentro dela. De fala doce e de manobras arrojadas, ele também era marcado pelo perfeccionismo que elevou o nível do esporte”.

 

A jornalista comentou sobre quando assistia as corridas na sua infância: “Minhas lembranças são mais de criança mesmo, mais afetuosas, então não conseguiria apontar um momento em especial”. Além disso, ela destacou Senna como orgulho nacional, por conta do período desestabilizado economicamente. “Ele sempre fazia questão de passar uma mensagem de orgulho de ser brasileiro e de mostrar que nós também éramos capazes de fazer coisas boas.”.

 

Julianne contou como Senna a fez perceber a disparidade entre os pilotos e equipes europeias, quando comparadas aos brasileiros que estavam envolvidos no automobilismo, mas que ele também mostrou ao mundo que podemos ser respeitados.

 

Julianne Cerasoli na frente da placa Ayrton Senna Road, na cidade inglesa de Reading. – Foto: Reprodução/Instagram @myf1life
Julianne Cerasoli na frente da placa Ayrton Senna Road, na cidade inglesa de Reading. – Foto: Reprodução/Instagram @myf1life

 

“Ele elevou o nível do esporte como um todo. Não era apenas um piloto muito talentoso, mas era alguém também que trabalhava bem sua relação com os jornalistas e internamente nas equipes por que passou, que cuidava do preparo físico, da alimentação. Era um homem de negócios, se preocupava em usar sua posição para ajudar os menos privilegiados. Depois dele, esse passou a ser o novo padrão esperado de um grande campeão da F1”, a jornalista completou, sobre o legado de Ayrton Senna no mundo do automobilismo.


 

Fórmula 1 depois do Senna

Em 2014, Jules Bianchi sofreu um grave acidente no GP de Suzuka, no Japão, que o deixou em coma por 9 meses. Após uma bandeira amarela, um guindaste entrou na pista para remover o carro de Adrian Sutil, enquanto os outros pilotos ainda estavam correndo. Por conta do tufão Phanfone, uma forte chuva atingia o autódromo, Bianchi derrapou e bateu embaixo do equipamento. Ele foi o último piloto a falecer enquanto competia na F1.

Esse acidente fez com que novas medidas de segurança fossem tomadas, de maneira que protegessem melhor os pilotos enquanto estivessem no cockpit. Apesar de muito criticado na época,  a instalação do Halo – peça curvada que fica sob a cabeça dos pilotos – já salvou a vida de mais de oito pilotos, entre eles Lewis Hamilton em Monza, em 2021; Charles Leclerc em Spa-Francorchamps, em 2018; Romain Grosjean, na batida em que sua Haas partiu ao meio e explodiu no Bahrein, em 2020 e o mais recente, com Guanyu Zhou preso entre a barreira de pneus e o alambrado, em 2022, na etapa de Silverstone.

Ayrton Senna no GP do Brasil em 1993. – Foto: Paul-Henri Cahier/Getty Images
Ayrton Senna no GP do Brasil em 1993. – Foto: Paul-Henri Cahier/Getty Images

 

Desde a morte de Senna, em 1994, já foram 11 pilotos diferentes sendo campeões mundiais, oito equipes campeãs e 542 GPs disputados. A Williams venceu mais dois campeonatos de Construtores, enquanto a McLaren venceu apenas um. Senna ainda mantém alguns recordes até hoje, como mais vitórias em Mônaco, maior número de poles e primeira fila consecutivas. 

Em jogo com quatro gols, a reedição da final do Campeonato Baiano ficou no 2 a 2
por
Daniel Dias, Felipe Volpi Botter
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01/05/2024 - 12h

Depois de cinco anos, Bahia e Vitória voltaram a se enfrentar pela série A do Campeonato Brasileiro. Em jogo válido pela 3ª rodada, no domingo (21), no Barradão, as equipes baianas empataram em 2 a 2. Esse foi o quinto confronto entre os dois times no ano, que decidiram o Campeonato Baiano no início da temporada, com título do Vitória.

O jogo começou de maneira bastante disputada e estudada. As primeiras investidas partiram do Bahia, que arriscou principalmente com chutes de fora da área. Porém, foi o Vitória que abriu o placar, aos 20 minutos. Depois de Jean Lucas perder a bola, Zeca encontrou Matheusinho na área, que cabeceou. Marcos Felipe, goleiro do Bahia, fez uma grande defesa, mas o meia aproveitou o rebote para colocar o Leão à frente no placar.

Jogadores disputam a posse da bola
Foto: Mauricia da Matta / Bahia Notícias

A partida continuou equilibrada, ambas as equipes criaram boas oportunidades e os goleiros realizaram defesas importantes para manter o placar sem mudanças. A partir dos 35 minutos, o Bahia passou a dominar todas as jogadas até o final da primeira etapa. No entanto, pecou nas finalizações e encontrou dificuldades para superar o goleiro Lucas Arcanjo.

Durante o segundo tempo, o Vitória foi superior. O time subiu para o ataque desde o minuto inicial da etapa, e conseguiram chegar ao segundo gol, aos 12 minutos, com Wagner Leonardo de cabeça, após escanteio cobrado por Matheusinho.

O Bahia teve três chances em um intervalo de três minutos, punindo o bom segundo tempo do Vitória. Após a bola bater no travessão, Biel só empurrou a sobra para dentro do gol, aos 23 minutos. Aos 27, com assistência do próprio Biel, Everaldo soltou um míssil do meio da rua e fez um golaço, que garantiu o empate para o Bahia.

 

PRÓXIMOS CONFRONTOS

Os clubes voltam a jogar pelo Campeonato Brasileiro, no próximo final de semana, pela quarta rodada. O Bahia enfrenta o Grêmio às 21h do próximo sábado (27), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O Vitória enfrenta o Cruzeiro, fora de casa, às 16h, no próximo domingo (28), no Estádio Mineirão.

 

O dia 1 de maio será o trigésimo aniversário da trágica despedida do tricampeão
por
Rodrigo Silva Marques
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01/05/2024 - 12h

       1° de Maio de 1994, o Brasil vivia um dos momentos mais tristes de sua história, quando um pouco mais de um milhão de brasileiros testemunharam o acidente do tricampeão Ayrton Senna no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália. O piloto da equipe inglesa Williams-Renault havia atingido a curva Tamburello  (a mesma em que o também tricampeão brasileiro Nelson Piquet bateu com a Williams em 1987) e perdeu o controle do carro devido a uma barra de direção quebrada, seguindo reto e chocando-se violentamente contra o muro de concreto.

      A telemetria mostrou que Senna, ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu, nessa fração de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h (195 mph) para cerca de 200 km/h (135 mph). Os oficiais de pista chegaram à cena do acidente e, ao perceber a gravidade, só puderam esperar a equipe médica. Por um momento a cabeça de Senna se mexeu levemente, e os brasileiros, que assistiam pela TV, imaginaram que ele estivesse bem, mas esse movimento havia sido causado por um profundo dano cerebral. Horas depois, o boletim de notícias extraordinário anunciava o falecimento do piloto.  

O tricampeão Ayrton Senna, tinha tinha 33 anos, à época. Os três títulos foram conquistados com a inglesa McLaren, onde estava desde 1988. Senna trocou a escudería pela Williams, a equipe do momento na categoria. O time vinha de anos dominantes na F1, contava com os carros tecnologicamente mais avançados da competição, o que permitiu aos pilotos Nigel Mansell e Alain Prost conquistar seus títulos em anos consecutivos (Mansell em 1992 e Prost em 1993) de forma fácil. Em 1994, a Williams tinha visto Prost se aposentar e precisava de um substituto. Senna, que vinha batendo na porta da equipe havia algum tempo, acabou assumindo o cockpit do carro. Mas tanto o piloto quanto o time foram pegos em um contrapé, para a próxima temporada.

Senna 1
Senna a bordo da Williams. Foto: (FIA)

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) tinha banido todos os recursos eletrônicos nos carros de corrida a fim de evitar uma concorrência desleal entre as equipes com mais e menos recursos da Fórmula 1 e o domínio de apenas um único time.  A mudança fez os carros ficarem altamente instáveis devido às altas velocidades, resultando em vários acidentes sérios no campeonato, incluindo o que tirou a vida de Senna.

Sua morte foi uma tragedia para os brasileiros e abalou o país. O governo brasileiro declarou três dias de luto oficial e concedeu a ele honras de chefe de Estado, com a característica salva de tiros. Entre o cortejo do caixão com o corpo do piloto desde o Aeroporto de Guarulhos até a Assembleia Legislativa, o velório, que durou aproximadamente 24 horas, e o cortejo final desde a Assembleia até o Cemitério do Morumbi, aproximadamente dois milhões de pessoas estiveram presentes.

“Eu morava num prédio que tinha vista para a Marginal Tietê e vi o cortejo fúnebre passando na via. O corpo do Senna tinha chegado ao Brasil, pelo aeroporto de Guarulhos e ia fazer o trajeto até o velório. Era de manhã cedo e eu me preparava para ir trabalhar. Já naquele ponto tinham muitos carros acompanhando. Quando cheguei no trabalho, desci na estação do metrô que era perto da Avenida Tiradentes, ainda vi na rua o cortejo passar. A cidade parou. Nunca imaginei uma cena daquelas, a maior comoção popular que já vi, pessoas aplaudindo, muitas chorando. Era a despedida do nosso herói, que nos enchia de orgulho. Acho que o último herói deste país”, relatou Marcia Silva, publicitária, 54 anos.

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Procissão do funeral de Senna em São Paulo, 5 de maio de 1994. Foto: Reddit

O ano de 1994 da Fórmula 1 é considerado um dos mais polêmicos da história da categoria, seja por conta de seus acidentes e tragédias (além de Senna, o austríaco Roland Ratzenberger também havia morrido forma de violenta na pista de Ímola) ou por causa de sua controversa disputa pelo título mundial entre Michael Schumacher e Damon Hill, mas para os brasileiros, esse ano ficou e ficará sempre marcada como o ano que Brasil perdeu Ayrton Senna.

Canobbio volta a marcar e mantém o Furacão invicto dentro de casa
por
Ana Clara Souza
Pedro Premero
|
02/05/2024 - 12h

Pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, no domingo (21), o Athletico-PR derrotou o Internacional na Ligga Arena, por 1 a 0. O Furacão se recuperou, após derrota para o Grêmio durante a semana, e permanece sem perder dentro de casa há 25 jogos. Já o Colorado, teve seu primeiro revés no campeonato.

Primeira etapa

O primeiro tempo foi marcado por poucas chances claras e muitos erros técnicos para as duas equipes, com passes longos muito fortes, passes curtos e fáceis de interceptar e domínios sem sucesso. Os principais lances vieram de jogadas individuais, como em uma arrancada de Wesley, ponta do Internacional, que chutou para fora. Os lances de bola parada também tiveram destaque. 

No fim da primeira etapa, Vitão, zagueiro do Inter, foi confundido com Robert Renan – que estava amarelado – e foi expulso. Depois da confusão, o árbitro Felipe Freitas reconheceu o erro, voltou atrás e sinalizou apenas o amarelo para o jogador, que tinha parado o ataque com uma falta.

Na saída para o intervalo, o zagueiro Kaíque Rocha comentou sobre a falta de criação e as poucas chances claras de gols para a equipe athleticana. Já pelo Inter, o atacante Wesley destacou o jogo equilibrado e que era preciso “se concentrar mais e finalizar melhor para sair com o resultado”.

Borré em direção ao gol athleticano com o domínio da bola nos pés
Borré desperdiça gols e o Inter perde a invencibilidade. – Foto: Ricardo Duarte/Internacional

Segunda etapa

De volta a campo para o segundo tempo, a equipe colorada jogava melhor, com boas chances. A principal delas, foi aos 19 minutos, quando Borré recebeu na área e chutou para Bento defender, o atacante ficou com o rebote, mas desperdiçou num chute salvo quase em cima da linha pelo zagueiro Thiago Heleno.

O placar foi aberto pelo rubro-negro, aos 25 minutos. O único gol da partida foi marcado pelo uruguaio Canobbio, que acertou um chute na gaveta. O jogador foi expulso ao final da partida. Depois de receber um cartão por reclamação, no minuto seguinte fez outra falta no lateral Bustos, levou o segundo amarelo e foi para o vestiário mais cedo.

Nos últimos minutos, o Internacional voltou a pressionar, Vitão e Borré tiveram chances no cabeceio, mas a bola não entrou no gol adversário.
Os destaques da partida ficaram para o capitão do Athletico, Thiago Heleno, que evitou que o Inter marcasse e segurou o 0 a 0 no placar até o gol do Canobbio. Pelo lado Colorado, ainda que com a derrota, Wesley brilhou com a criação de jogadas.

Canobbio comemora a boa fase virado para torcida
Canobbio comemora o gol da vitória do Athletico-PR sobre o Internacional. – Foto: Robson Mafra/ Agif/Gazeta Press

Pós-jogo

Em coletiva pós-jogo, o atacante Canobbio comentou sobre o lance de sua expulsão, no final da partida. “Acho que foi um erro meu. Não posso reagir dessa maneira. Deixar o time com um jogador a menos é uma responsabilidade muito grande minha e um erro que não posso cometer”, disse o uruguaio.

Cuca, comandante do Athletico-PR, pontuou ter sido um jogo duríssimo e que a diferença se fez quando o seu time e torcida entraram em sintonia no segundo tempo. Ele ainda fez menção a dura sequência da temporada, colocando como prioridade a classificação em primeiro lugar na Copa Sul-Americana, a fim de poder decidir em casa.

Já o técnico do Internacional, Eduardo Coudet, afirmou estar orgulhoso da atuação de sua equipe na partida, mesmo com a derrota. 

O treinador colorado também destacou as dificuldades de jogar em um gramado como o da Ligga Arena e sobre Wanderson, que prendeu o pé em uma dividida e precisou ser substituído ainda no primeiro tempo. Coudet disse nunca ter tido a sorte de sair sem um jogador machucado do campo sintético.

Na volta ao Brasileirão, pela quarta rodada, o Athletico-PR enfrenta o Juventude, fora de casa, no domingo (28), às 18h30, enquanto o Internacional encara o Atlético-GO, às 20h, no Beira-Rio.