No último sábado (27), Gui Santos, jogador do Golden State Warriors, realizou uma tarde de autógrafos na NBA Store do Shopping Morumbi Town, em São Paulo. A AGEMT entrevistou o jornalista e comentarista, Ricardo Bulgarelli, que foi questionado sobre a influência da National Basketball Association (NBA) no Brasil e do atleta brasileiro nos torcedores e nos adolescentes brasileiros praticantes do esporte. Além disso, fãs na fila do evento foram questionados pela AGEMT sobre o que sentem, ao ver um brasileiro em quadra pela principal liga de basquete no mundo.
A INFLUÊNCIA DA NBA NO BRASIL
Quando questionado sobre a popularização da NBA no Brasil, Ricardo Bulgarelli disse que o Brasil sempre foi apaixonado pela modalidade. “O basquete sempre foi o segundo esporte dos brasileiros. A seleção durante os anos 50 e 60 sempre foi bem competitiva, sendo uma das quatro potencias do basquete até a metade dos anos 80. Depois sim, com a separação da União Soviética e com mais equipes participando, surgiram mais adversários. A globalização da NBA também ajuda demais nessa popularização”, afirmou o comentarista da Prime Video.

A liga americana começou a ganhar relevância no Brasil, com a chegada de grandes jogadores, como Magic Johnson e Larry Bird. Nos anos 80, chegou o principal deles, Michael Jordan, que revolucionou a competição, tanto dentro de quadra, quanto fora. “O brasileiro sempre foi apaixonado por basquete, a NBA é consequência”, completou Bulgarelli.
Gui Santos, draftado para a temporada de 2024 pelo Golden State Warriors, tem a oportunidade de jogar em uma das franquias mais queridas pelo público no Brasil, com uma grande base de fãs. Porém, o jogador não foi o primeiro brasileiro a atuar na liga, e sim, o décimo nono. Antes dele, Anderson Varejão, Tiago Splitter e, Leandrinho Barbosa foram alguns dos principais jogadores do Brasil na NBA.
“A gente torce para os brasileiros que vão para lá, permanecerem. O fato dele ter sido draftado em uma grande franquia não, mas sua permanência é o que influencia, porque as características dele ajudam demais o Warriors. Ele é um cara que pensa no jogo coletivo, não tem vergonha de fazer um bloqueio e não está preocupado em ser o cestinha, ele joga pelo amor ao esporte”. Bulgarelli não acredita que a posição de Gui Santos influencia a criação de novos brasileiros querendo jogar na liga, apenas por estar em uma equipe relevante: “Os garotos que jogam basquete hoje, jogam para jogar na NBA, independente se tem brasileiro lá. Já chegamos a ter nove brasileiros em uma só temporada e não transformamos esse país, no país do basquete”, completou.
Porém, é inegável que ter o Brasil na NBA, faz com que os brasileiros tenham a sensação de estar mais próximos da liga. Mas, o jornalista revelou que fazer uma narração in loco foi o que fez ele se sentir mais conectado ao basquete americano. “Eu tenho quase 30 anos de profissão e já tinha ido para os Estados Unidos assistir, coordenar e produzir matérias para os All Stars de 98, 2001 e 2002. Mas, como comentarista, foi no ano passado, nas finais do Leste, aí sim, estando lá comentando na cabine do lado de uma televisão importante, descer na coletiva pré e pós jogo, sentir o calor da partida, isso sim me faz me sentir mais próximo da NBA.”
TARDE DE AUTÓGRAFOS
O evento de sábado (27), contou com a presença de milhares de pessoas, a maioria da torcida do Golden State Warriors, mas também alguns fanáticos por outras franquias. Durante os encontros com o atleta, era possível ver crianças e adolescentes emocionados, ao lado da estrela brasileira.

Alguns desses fãs abriram o coração, e falaram um pouco sobre a relevância de ter um brasileiro NBA. Isabela Santos, torcedora dos Warriors, disse que é incrível ver Gui Santos fazendo cestas em jogos tão importantes, como contra o Lakers, e ainda ter o trio principal da equipe [Stephan Curry, Klay Thompson e Draymond Green] comemorando por ele.

Camilla, de 25 anos, e torcedora do Minnesota Timberwolves comentou: “Eu acompanho o Gui, o Mãozinha [brasileiro no Memphis Grizzlies] e a Kamilla Cardoso [jogadora brasileira draftada na WNBA] e vejo como uma representatividade muito legal, especialmente porque temos um público brasileiro muito grande assistindo “.
Sobre a valorização do esporte no país, foi a vez da torcedora de 19 anos do Boston Celtics, Graice Silva, dizer: “Eu pratico esportes e sei como é difícil aqui no Brasil. Ver um jogador tendo uma carreira fora do nosso país é maravilhoso, é saber que a pessoa deu duro e no final conseguiu chegar em um lugar onde o esporte é valorizado.” Gustavo Almeida, torcedor do Miami Heat, afirmou que é muito bacana ter alguém representando o país, o que abre chances para os brasileiros um dia sonharem em ter um lugar na NBA.
Nesta quarta-feira (01), completam exatamente 30 anos da morte de Ayrton Senna. Enquanto fazia a sétima volta e entrou na curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália, Senna – na época correndo pela Williams – colidiu fortemente contra o muro. Exatamente às 13h17, o mundo se calou diante do trágico falecimento do ídolo, não somente brasileiro, mas de todo o mundo.

Trajetória
Ayrton Senna da Silva nasceu na cidade de São Paulo, no bairro de Santana, no dia 21 de março de 1960. Filho mais novo de Milton Teodoro Guirado da Silva e de Neide Senna, iniciou no kart quando tinha apenas 4 anos, e corria com o pequeno carro que foi construído pelo pai. O motor do veículo, que foi retirado de um cortador de grama, atingia até 60km/h.
Aos 13, enquanto corria no Kartódromo de Interlagos, – que agora leva o seu nome -- Senna conquistou o que seriam as primeiras de muitas poles positions e vitórias em sua carreira. Em 1974 e 1975, o piloto venceu o Campeonato Paulista de Kart, na categoria Júnior e, quatro anos depois, foi campeão brasileiro da modalidade.
Em 1983, Ayrton se mudou para a Europa. Foi quando estreou e venceu a Fórmula 3 britânica, atingindo uma marca impressionante: das 20 corridas na temporada, foram 12 vitórias, 14 pódios e apenas seis abandonos. Ele não subiu ao pódio somente nas corridas em que não pôde completar a prova. Após esse desempenho impressionante, as oportunidades de competir na tão sonhada Fórmula 1 começaram a surgir.
Enquanto corria no campeonato inglês, Frank Williams – ex-piloto e fundador da equipe Williams Racing – convidou o jovem Senna para realizar um teste com um carro da principal categoria do automobilismo.

Fórmula 1
No ano seguinte, em 1984, Senna iniciou sua carreira na Fórmula 1 com a equipe Toleman – que, anos depois, seria chamada de Benetton. Sua estreia foi realizada em solo brasileiro, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Devido a uma falha mecânica, ele foi obrigado a abandonar a prova.
Porém, seus primeiros pontos não demoraram para vir. No Grande Prêmio seguinte, na África do Sul, ele passou pela bandeira quadriculada em sexto lugar, conquistando seu primeiro ponto. Neste ano, o piloto brasileiro terminou em nono, na frente do piloto Nigel Mansell, da Lotus, que já era considerado experiente na F1.
Neste mesmo ano, Senna ganhou o título de Rei da Chuva e Mestre de Mônaco, na primeira vez em que correu nas pistas molhadas do GP de Monte Carlo, considerado por muitos o circuito mais difícil do calendário. Largando em 13°, em 10 voltas já havia ultrapassado seis outros pilotos. Ele alcançou a terceira posição na volta 19, atrás apenas de Niki Lauda e Alain Prost.
Na 31ª volta, depois de uma colisão de Lauda, o brasileiro estava a apenas sete segundos do primeiro colocado, e foi quando o então atual diretor de provas da Fórmula 1, Jacky Ickx, interrompeu a corrida alegando que a chuva estava muito intensa e que não haviam condições dos pilotos continuarem a disputa.

Em 1985, seu segundo ano na categoria, Ayrton trocou a Toleman pela Lotus, onde conseguiu sua primeira vitória. No domingo chuvoso de 21 de abril, no GP de Portugal, ele garantiu seu triunfo com mais de um minuto de diferença para o segundo carro, de Michele Alboreto, da Ferrari.
Em 1987, na sua última passagem pela Lotus, Senna foi o primeiro piloto brasileiro a vencer no sofisticado Grande Prêmio de Mônaco. Essa seria a primeira de seis vitórias nesse mesmo circuito – sendo, até hoje, o maior vencedor do traçado.
Um ano depois, Ayrton Senna e Alain Prost dirigiam para a McLaren. Apesar de companheiros de equipe, a disputa entre os dois foi eternizada como uma das maiores rivalidades na história do automobilismo. Após a estreia na nova equipe, no Rio de Janeiro, Senna teve seu melhor desempenho até então, foi quando o brasileiro quebrou o recorde de mais poles em uma temporada, em 12 oportunidades. Além disso, depois de vencer oito, das 16 corridas da temporada, conquistou seu primeiro Campeonato de Pilotos.

Senna também venceu os campeonatos de 1990 e 1991 com a McLaren. E, em 24 de março de 91, teve sua vitória mais emocionante. Com chuva e o carro preso na sexta marcha, Ayrton venceu pela primeira vez no Grande Prêmio de Interlagos. A corrida foi extremamente complicada e exaustiva para o piloto brasileiro, que precisou de ajuda para sair do carro e quase não teve forças para levantar o troféu e mostrá-lo ao público brasileiro, que foi ao delírio com a vitória do ídolo nacional.
Em 1993, Ayrton fez a chamada “Volta Mágica - a melhor primeira volta de todos os tempos”, no GP da Europa, na Inglaterra – quando ultrapassou Michael Schumacher (Benetton), Karl Wendlinger (Sauber), Damon Hill (Williams) e Alain Prost (Williams) na pista molhada e em um intervalo de apenas um minuto e meio. O brasileiro venceu a prova com maestria, dando uma volta completa em 18 dos outros 19 pilotos, deixando somente Damon Hill, o segundo colocado da prova, de fora.

Porém, três anos depois, o GP de San Marino – atual GP de Ímola – estava fadado à tragédia. Na sexta-feira, Rubens Barrichello sofreu um grave acidente, que o deixou com uma luxação na costela e uma fratura no nariz. No sábado, durante o treino classificatório, o iniciante austríaco Roland Ratzenberger sofreu um acidente fatal, na curva Villeneuve. Mesmo assim, a direção de prova determinou que a corrida deveria ocorrer normalmente.
No início da corrida do dia 1 de maio de 1994, um primeiro acidente envolvendo JJ Lehto (Benetton) e Pedro Lamy (Lotus) deixou nove pessoas na arquibancada feridas por conta dos destroços que voaram da pista. A competição continuou e, na sétima volta, Senna colidiu com o muro da curva Tamburello.
O impacto quebrou a barra de suspensão de sua Williams e atingiu o piloto na testa, atravessando o capacete. Ayrton Senna sofreu uma morte cerebral instantânea devido ao traumatismo craniano. Por ter falecido na pista, a prova deveria ter sido interrompida imediatamente, porém, após o socorro retirar o brasileiro da pista, a corrida continuou e Schumacher conquistou o primeiro lugar e subiu no pódio sem comemoração, mesmo ainda sem saber sobre o estado de Senna.
Reações
Após a notícia do falecimento do piloto, considerado herói nacional, foi declarado luto oficial de três dias e nos dias do velório, dia 4 e 5 de maio, as repartições públicas na capital paulista tiveram ponto facultativo decretado.
O corpo de Senna foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e o cortejo levou o piloto e mais de um milhão de pessoas até o cemitério do Morumbi. Para carregar o caixão, vários pilotos vieram a São Paulo. Até mesmo Alain Prost, o maior rival de Senna, deixou de lado a competição e prestou suas condolências.

Senna na visão jornalística
Em entrevista à AGEMT, o comentarista de automobilismo do Grupo Globo, Rafael Lopes, contou como o piloto brasileiro teve relevância na sua vida. “Quem me apresentou ao mundo da Fórmula 1 foi a minha mãe, e quando eu tinha uns oito anos eu comecei a ver o Senna correndo. Se eu estou aqui hoje, falando sobre automobilismo, é por influência dele”, comentou.
“Ele tinha muito talento. Para a população do Brasil, ver um outro brasileiro ser o melhor naquilo que fazia, era maravilhoso. A rivalidade com o francês Alain Prost aumentava ainda mais essa torcida, tendo um lado do ‘bem’ e do 'mal’. No nível mundial, acho que principalmente os ingleses e alemães reconheciam e idolatravam Senna por seu talento. Além disso, ele era muito adorado pelos japoneses, juntando multidões pelo país.”, disse o jornalista, com mais de 18 anos de experiência, sobre a grandiosidade do piloto, não apenas no Brasil, mas mundialmente.
Rafael se emocionou ao falar sobre como era ver seu ídolo nas pistas, ele afirma que o piloto corria em outro patamar e superava os limites do próprio carro que dirigia. “Se eu pudesse escolher uma corrida do Senna para ir fazer uma reportagem, não teria como eu falar outra que não seja a de 1991, no Brasil. Aquela vitória foi histórica, foi como final de Copa.”, continuou.

Quando Senna sofreu o acidente no GP italiano, Lopes tinha apenas 10 anos, e falou como foi, tão novo, lidar com a morte de um ídolo no esporte: “Todos estavam esperando ele sair do carro, porque era o que acontecia. Depois começaram a chegar médicos, ambulância e o helicóptero, então pensamos ‘ele vai ficar fora de algumas corridas, mas depois ele volta’. Mais tarde veio a notícia do falecimento e eu lembro que eu e minha mãe choramos. No dia seguinte, só se falava sobre isso na escola, ninguém nem lembrava que o Schumacher tinha vencido a corrida, eu até fui repreendido pela professora por ter terminado de ver a corrida depois do acidente.”
O jornalista também falou sobre o legado que Ayrton Senna deixou na segurança no automobilismo: “Infelizmente, ou felizmente para os pilotos atuais, o legado dele foi a melhoria na parte de segurança do carro. Antigamente, era possível ver até os ombros dos pilotos e os equipamentos de segurança não eram tão efetivos como são hoje. Depois da morte do Senna, só houve mais uma morte na Fórmula 1, e foi erro da direção de prova”.
Julianne Cerasoli, jornalista e dona da coluna ‘Pole Position’ no UOL, já atendeu mais de 160 Grandes Prêmios e também falou à AGEMT, sobre a figura de Senna: “Ele era um personagem muito interessante como um todo, capaz ao mesmo tempo de atos de muita generosidade fora da pista e extremo egoísmo dentro dela. De fala doce e de manobras arrojadas, ele também era marcado pelo perfeccionismo que elevou o nível do esporte”.
A jornalista comentou sobre quando assistia as corridas na sua infância: “Minhas lembranças são mais de criança mesmo, mais afetuosas, então não conseguiria apontar um momento em especial”. Além disso, ela destacou Senna como orgulho nacional, por conta do período desestabilizado economicamente. “Ele sempre fazia questão de passar uma mensagem de orgulho de ser brasileiro e de mostrar que nós também éramos capazes de fazer coisas boas.”.
Julianne contou como Senna a fez perceber a disparidade entre os pilotos e equipes europeias, quando comparadas aos brasileiros que estavam envolvidos no automobilismo, mas que ele também mostrou ao mundo que podemos ser respeitados.

“Ele elevou o nível do esporte como um todo. Não era apenas um piloto muito talentoso, mas era alguém também que trabalhava bem sua relação com os jornalistas e internamente nas equipes por que passou, que cuidava do preparo físico, da alimentação. Era um homem de negócios, se preocupava em usar sua posição para ajudar os menos privilegiados. Depois dele, esse passou a ser o novo padrão esperado de um grande campeão da F1”, a jornalista completou, sobre o legado de Ayrton Senna no mundo do automobilismo.
Fórmula 1 depois do Senna
Em 2014, Jules Bianchi sofreu um grave acidente no GP de Suzuka, no Japão, que o deixou em coma por 9 meses. Após uma bandeira amarela, um guindaste entrou na pista para remover o carro de Adrian Sutil, enquanto os outros pilotos ainda estavam correndo. Por conta do tufão Phanfone, uma forte chuva atingia o autódromo, Bianchi derrapou e bateu embaixo do equipamento. Ele foi o último piloto a falecer enquanto competia na F1.
Esse acidente fez com que novas medidas de segurança fossem tomadas, de maneira que protegessem melhor os pilotos enquanto estivessem no cockpit. Apesar de muito criticado na época, a instalação do Halo – peça curvada que fica sob a cabeça dos pilotos – já salvou a vida de mais de oito pilotos, entre eles Lewis Hamilton em Monza, em 2021; Charles Leclerc em Spa-Francorchamps, em 2018; Romain Grosjean, na batida em que sua Haas partiu ao meio e explodiu no Bahrein, em 2020 e o mais recente, com Guanyu Zhou preso entre a barreira de pneus e o alambrado, em 2022, na etapa de Silverstone.

Desde a morte de Senna, em 1994, já foram 11 pilotos diferentes sendo campeões mundiais, oito equipes campeãs e 542 GPs disputados. A Williams venceu mais dois campeonatos de Construtores, enquanto a McLaren venceu apenas um. Senna ainda mantém alguns recordes até hoje, como mais vitórias em Mônaco, maior número de poles e primeira fila consecutivas.
Depois de cinco anos, Bahia e Vitória voltaram a se enfrentar pela série A do Campeonato Brasileiro. Em jogo válido pela 3ª rodada, no domingo (21), no Barradão, as equipes baianas empataram em 2 a 2. Esse foi o quinto confronto entre os dois times no ano, que decidiram o Campeonato Baiano no início da temporada, com título do Vitória.
O jogo começou de maneira bastante disputada e estudada. As primeiras investidas partiram do Bahia, que arriscou principalmente com chutes de fora da área. Porém, foi o Vitória que abriu o placar, aos 20 minutos. Depois de Jean Lucas perder a bola, Zeca encontrou Matheusinho na área, que cabeceou. Marcos Felipe, goleiro do Bahia, fez uma grande defesa, mas o meia aproveitou o rebote para colocar o Leão à frente no placar.

A partida continuou equilibrada, ambas as equipes criaram boas oportunidades e os goleiros realizaram defesas importantes para manter o placar sem mudanças. A partir dos 35 minutos, o Bahia passou a dominar todas as jogadas até o final da primeira etapa. No entanto, pecou nas finalizações e encontrou dificuldades para superar o goleiro Lucas Arcanjo.
Durante o segundo tempo, o Vitória foi superior. O time subiu para o ataque desde o minuto inicial da etapa, e conseguiram chegar ao segundo gol, aos 12 minutos, com Wagner Leonardo de cabeça, após escanteio cobrado por Matheusinho.
O Bahia teve três chances em um intervalo de três minutos, punindo o bom segundo tempo do Vitória. Após a bola bater no travessão, Biel só empurrou a sobra para dentro do gol, aos 23 minutos. Aos 27, com assistência do próprio Biel, Everaldo soltou um míssil do meio da rua e fez um golaço, que garantiu o empate para o Bahia.
PRÓXIMOS CONFRONTOS
Os clubes voltam a jogar pelo Campeonato Brasileiro, no próximo final de semana, pela quarta rodada. O Bahia enfrenta o Grêmio às 21h do próximo sábado (27), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O Vitória enfrenta o Cruzeiro, fora de casa, às 16h, no próximo domingo (28), no Estádio Mineirão.
1° de Maio de 1994, o Brasil vivia um dos momentos mais tristes de sua história, quando um pouco mais de um milhão de brasileiros testemunharam o acidente do tricampeão Ayrton Senna no Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália. O piloto da equipe inglesa Williams-Renault havia atingido a curva Tamburello (a mesma em que o também tricampeão brasileiro Nelson Piquet bateu com a Williams em 1987) e perdeu o controle do carro devido a uma barra de direção quebrada, seguindo reto e chocando-se violentamente contra o muro de concreto.
A telemetria mostrou que Senna, ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu, nessa fração de segundo, reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h (195 mph) para cerca de 200 km/h (135 mph). Os oficiais de pista chegaram à cena do acidente e, ao perceber a gravidade, só puderam esperar a equipe médica. Por um momento a cabeça de Senna se mexeu levemente, e os brasileiros, que assistiam pela TV, imaginaram que ele estivesse bem, mas esse movimento havia sido causado por um profundo dano cerebral. Horas depois, o boletim de notícias extraordinário anunciava o falecimento do piloto.
O tricampeão Ayrton Senna, tinha tinha 33 anos, à época. Os três títulos foram conquistados com a inglesa McLaren, onde estava desde 1988. Senna trocou a escudería pela Williams, a equipe do momento na categoria. O time vinha de anos dominantes na F1, contava com os carros tecnologicamente mais avançados da competição, o que permitiu aos pilotos Nigel Mansell e Alain Prost conquistar seus títulos em anos consecutivos (Mansell em 1992 e Prost em 1993) de forma fácil. Em 1994, a Williams tinha visto Prost se aposentar e precisava de um substituto. Senna, que vinha batendo na porta da equipe havia algum tempo, acabou assumindo o cockpit do carro. Mas tanto o piloto quanto o time foram pegos em um contrapé, para a próxima temporada.

A FIA (Federação Internacional de Automobilismo) tinha banido todos os recursos eletrônicos nos carros de corrida a fim de evitar uma concorrência desleal entre as equipes com mais e menos recursos da Fórmula 1 e o domínio de apenas um único time. A mudança fez os carros ficarem altamente instáveis devido às altas velocidades, resultando em vários acidentes sérios no campeonato, incluindo o que tirou a vida de Senna.
Sua morte foi uma tragedia para os brasileiros e abalou o país. O governo brasileiro declarou três dias de luto oficial e concedeu a ele honras de chefe de Estado, com a característica salva de tiros. Entre o cortejo do caixão com o corpo do piloto desde o Aeroporto de Guarulhos até a Assembleia Legislativa, o velório, que durou aproximadamente 24 horas, e o cortejo final desde a Assembleia até o Cemitério do Morumbi, aproximadamente dois milhões de pessoas estiveram presentes.
“Eu morava num prédio que tinha vista para a Marginal Tietê e vi o cortejo fúnebre passando na via. O corpo do Senna tinha chegado ao Brasil, pelo aeroporto de Guarulhos e ia fazer o trajeto até o velório. Era de manhã cedo e eu me preparava para ir trabalhar. Já naquele ponto tinham muitos carros acompanhando. Quando cheguei no trabalho, desci na estação do metrô que era perto da Avenida Tiradentes, ainda vi na rua o cortejo passar. A cidade parou. Nunca imaginei uma cena daquelas, a maior comoção popular que já vi, pessoas aplaudindo, muitas chorando. Era a despedida do nosso herói, que nos enchia de orgulho. Acho que o último herói deste país”, relatou Marcia Silva, publicitária, 54 anos.

O ano de 1994 da Fórmula 1 é considerado um dos mais polêmicos da história da categoria, seja por conta de seus acidentes e tragédias (além de Senna, o austríaco Roland Ratzenberger também havia morrido forma de violenta na pista de Ímola) ou por causa de sua controversa disputa pelo título mundial entre Michael Schumacher e Damon Hill, mas para os brasileiros, esse ano ficou e ficará sempre marcada como o ano que Brasil perdeu Ayrton Senna.
Pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, no domingo (21), o Athletico-PR derrotou o Internacional na Ligga Arena, por 1 a 0. O Furacão se recuperou, após derrota para o Grêmio durante a semana, e permanece sem perder dentro de casa há 25 jogos. Já o Colorado, teve seu primeiro revés no campeonato.
Primeira etapa
O primeiro tempo foi marcado por poucas chances claras e muitos erros técnicos para as duas equipes, com passes longos muito fortes, passes curtos e fáceis de interceptar e domínios sem sucesso. Os principais lances vieram de jogadas individuais, como em uma arrancada de Wesley, ponta do Internacional, que chutou para fora. Os lances de bola parada também tiveram destaque.
No fim da primeira etapa, Vitão, zagueiro do Inter, foi confundido com Robert Renan – que estava amarelado – e foi expulso. Depois da confusão, o árbitro Felipe Freitas reconheceu o erro, voltou atrás e sinalizou apenas o amarelo para o jogador, que tinha parado o ataque com uma falta.
Na saída para o intervalo, o zagueiro Kaíque Rocha comentou sobre a falta de criação e as poucas chances claras de gols para a equipe athleticana. Já pelo Inter, o atacante Wesley destacou o jogo equilibrado e que era preciso “se concentrar mais e finalizar melhor para sair com o resultado”.

Segunda etapa
De volta a campo para o segundo tempo, a equipe colorada jogava melhor, com boas chances. A principal delas, foi aos 19 minutos, quando Borré recebeu na área e chutou para Bento defender, o atacante ficou com o rebote, mas desperdiçou num chute salvo quase em cima da linha pelo zagueiro Thiago Heleno.
O placar foi aberto pelo rubro-negro, aos 25 minutos. O único gol da partida foi marcado pelo uruguaio Canobbio, que acertou um chute na gaveta. O jogador foi expulso ao final da partida. Depois de receber um cartão por reclamação, no minuto seguinte fez outra falta no lateral Bustos, levou o segundo amarelo e foi para o vestiário mais cedo.
Nos últimos minutos, o Internacional voltou a pressionar, Vitão e Borré tiveram chances no cabeceio, mas a bola não entrou no gol adversário.
Os destaques da partida ficaram para o capitão do Athletico, Thiago Heleno, que evitou que o Inter marcasse e segurou o 0 a 0 no placar até o gol do Canobbio. Pelo lado Colorado, ainda que com a derrota, Wesley brilhou com a criação de jogadas.

Pós-jogo
Em coletiva pós-jogo, o atacante Canobbio comentou sobre o lance de sua expulsão, no final da partida. “Acho que foi um erro meu. Não posso reagir dessa maneira. Deixar o time com um jogador a menos é uma responsabilidade muito grande minha e um erro que não posso cometer”, disse o uruguaio.
Cuca, comandante do Athletico-PR, pontuou ter sido um jogo duríssimo e que a diferença se fez quando o seu time e torcida entraram em sintonia no segundo tempo. Ele ainda fez menção a dura sequência da temporada, colocando como prioridade a classificação em primeiro lugar na Copa Sul-Americana, a fim de poder decidir em casa.
Já o técnico do Internacional, Eduardo Coudet, afirmou estar orgulhoso da atuação de sua equipe na partida, mesmo com a derrota.
O treinador colorado também destacou as dificuldades de jogar em um gramado como o da Ligga Arena e sobre Wanderson, que prendeu o pé em uma dividida e precisou ser substituído ainda no primeiro tempo. Coudet disse nunca ter tido a sorte de sair sem um jogador machucado do campo sintético.
Na volta ao Brasileirão, pela quarta rodada, o Athletico-PR enfrenta o Juventude, fora de casa, no domingo (28), às 18h30, enquanto o Internacional encara o Atlético-GO, às 20h, no Beira-Rio.