Clube critica arbitragem e busca efeito suspensivo; árbitro já foi afastado pela CBF
por
Isabelle Maieru
Jalile Elias
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

 

 

Marlon foi punido com dois jogos pelo STJD. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

 

 

O Grêmio confirmou, nesta terça-feira (25), que dois jogadores e um dirigente do clube foram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por episódios ocorridos na derrota por 1 a 0 para o Red Bull Bragantino, em outubro, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A decisão atinge o lateral Marlon, o zagueiro Kannemann e o diretor de futebol Guto Peixoto.

 

O caso teve origem em dois lances polêmicos. No fim do primeiro tempo da partida, o árbitro Lucas Casagrande interpretou como agressão uma disputa envolvendo Kannemann e expulsou o defensor aos 42 minutos. Já nos acréscimos da etapa final, o juiz marcou pênalti para o Bragantino após a bola tocar no braço de Marlon. O Grêmio alega que o braço do lateral estava colado ao corpo.

 

Após a partida, a divulgação dos áudios do VAR evidenciou uma comunicação desorganizada entre os integrantes da equipe de arbitragem. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afastou o árbitro Lucas Casagrande, justificando que ele passará por “treinamento, aprimoramento e avaliação interna”. O árbitro de vídeo Gilberto Rodrigues Castro Junior também foi afastado pela entidade.

Marlon foi denunciado pelas declarações fortes que deu na saída de campo, quando afirmou que o Grêmio estava sendo “categoricamente roubado” pela arbitragem ao longo do campeonato. A fala acabou pesando no processo.

 

Os dois atletas foram inicialmente denunciados com base no artigo 243-F, que trata de ofensas à honra. No entanto, durante o julgamento, os auditores decidiram classificar novamente a acusação, mas dessa vez para o artigo 258, que aborda condutas contrárias à ética desportiva.

 

O diretor de futebol Guto Peixoto foi enquadrado no artigo 258, §2º, II, por desrespeitar membros da equipe de arbitragem ou reclamar de suas decisões de maneira considerada desrespeitosa.

 

No julgamento, Kannemann recebeu um jogo de suspensão, pena já cumprida automaticamente. Marlon foi punido com dois jogos e deve desfalcar o time nas últimas duas rodadas do Brasileirão contra Fluminense e Sport. Guto Peixoto foi suspenso por 15 dias a partir desta quarta-feira (26).

 

O técnico Mano Menezes não terá Marlon à disposição na reta final do Brasileirão. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

 

O Grêmio também informou que o departamento jurídico recorrerá e solicitará efeito suspensivo para tentar minimizar as consequências das punições.

 

Playoffs de março vão definir as últimas seleções classificadas
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
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26/11/2025 - 12h

As eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 chegaram à sua fase final. São jogos únicos ou semifinais diretas que acontecerão em março do ano que vem e decidirão as últimas vagas do Mundial, sem espaço para correção de rota. O formato cria um cenário de pressão para seleções acostumadas a grandes torneios e abre chance para países que buscam uma rara presença na copa.

Na Europa, 16 seleções disputam quatro vagas nos play offs de março, em confrontos já definidos. A Itália enfrenta a Irlanda do Norte e, se avançar, encara o vencedor de País de Gales e Bósnia. A Ucrânia joga contra a Suécia, enquanto Turquia e Romênia brigam por outra vaga. Dinamarca e Macedônia do Norte se enfrentam em um dos duelos mais equilibrados, e Polônia e Albânia fecham a lista de confrontos. As rotas são formadas por semifinais e finais em jogo único.

A Itália vive o ambiente mais tenso. Depois de duas ausências seguidas em Copas, o técnico Gennaro Gattuso disse que o país “não pode sumir outra vez” e precisa superar o peso dos últimos fracassos. O discurso reflete a cobrança sobre uma seleção com história, mas que ainda tenta se reorganizar após anos de instabilidade.

Jogadores da Itália durante partida contra a Noruega pelas Eliminatórias Europeias
Itália participa da repescagem europeia após perder para a Noruega. Foto: Reprodução/Instagram/@azurri

A repescagem mundial também está definida e reúne seis seleções na disputa por duas vagas na Copa de 2026. Os confrontos iniciais colocam Bolívia contra Suriname e Nova Caledônia disputando vaga com a Jamaica, em jogos únicos. Os vencedores avançam para enfrentar Iraque e República Democrática do Congo, que entram diretamente na fase final por melhor posição no ranking.

Os duelos serão disputados entre o dia 26 e 31 de março, em campo neutro, com decisão em partida única. A tabela cria caminhos diferentes: quem vencer entre Bolívia e Suriname enfrenta o Iraque, enquanto o ganhador da partida entre Nova Caledônia e Jamaica decide vaga contra a RD Congo. É uma etapa curta, mas decisiva, que encerra a corrida global por um lugar no Mundial.

A Copa do Mundo de 2026 começa em 11 de junho, no estádio Azteca, na Cidade do México, com jogo da seleção mexicana. A final está marcada para 19 de julho, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. O sorteio dos grupos será realizado em 5 de dezembro deste ano, em Washington.

Piloto da Red Bull domina corrida urbana, enquanto Lando Norris e Oscar Piastri são punidos por irregularidade técnica e alteram a reta final da temporada
por
Fábio Pinheiro
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26/11/2025 - 12h

No último final de semana, aconteceu o GP de Las Vegas, realizado nas ruas da cidade. A corrida recolocou Max Verstappen (Red Bull Racing) na disputa direta pelo título da Fórmula 1. O piloto da Red Bull venceu com autoridade e viu a dupla da McLaren ser desclassificada após inspeção técnica identificar desgaste irregular na prancha dos carros — o que anulou a segunda e a quarta posições conquistadas por Lando Norris e Oscar Piastri, respectivamente, na pista. Com isso, o campeonato, que parecia encaminhado para Norris, volta a ficar totalmente aberto.

A largada foi agitada. O britânico Norris, que largou da pole position, tentou segurar Verstappen na primeira curva, mas perdeu a liderança logo no início, abrindo espaço para o tricampeão controlar o ritmo da prova do começo ao fim. Verstappen não foi ameaçado nas paradas e aproveitou bem o tráfego da pista urbana, enquanto a McLaren parecia confortável no top 5.
 

Lando Norris ao lado da Sphere, em Las Vegas.
Lando Norris ao lado da Sphere, em Las Vegas. Foto: Reprodução/Instagram/@F1

A corrida também marcou um momento delicado para o brasileiro Gabriel Bortoleto (Kick Sauber) que abandonou ainda na primeira curva após se envolver em um toque com Lance Stroll. (Aston Martin). O incidente jogou seu carro para fora da pista e encerrou sua participação imediatamente. Bortoleto reconheceu o erro após a prova e recebeu punição de cinco posições no grid do GP do Catar, a próxima etapa da temporada.

A punição da McLaren modifica diretamente a tabela: os pontos anulados diminuem a margem de Norris na liderança e aproximam Verstappen e Piastri, deixando os três com chances reais nas duas etapas finais da temporada. As contas agora são apertadas — restam apenas 58 pontos em jogo no Catar e em Abu Dhabi, tornando cada detalhe decisivo.

Com a temporada entrando na reta final, o GP de Las Vegas se consolida como uma das provas mais impactantes do ano — não apenas pela vitória de Verstappen, mas pela reviravolta provocada pelas punições e pelos erros decisivos. A Fórmula 1 agora segue para o Catar com o título ainda em aberto.

Seleção decide o terceiro lugar contra a Itália nesta quinta-feira (27)
por
Antônio Bandeira
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26/11/2025 - 12h

O Brasil está fora da final do Mundial Sub-17. A Seleção empatou por 0 a 0 com Portugal no tempo normal e foi derrotada por 6 a 5 nos pênaltis, nesta segunda-feira (24), no Aspire Zone, em Doha, no Catar. Com o resultado, os portugueses avançaram à decisão contra a Áustria. O Brasil enfrentará a Itália na disputa pelo terceiro lugar.

O jogo foi equilibrado nos primeiros minutos. A melhor chegada brasileira aconteceu aos 19 minutos, quando Dell ganhou uma dividida na área e finalizou duas vezes, mas a defesa portuguesa afastou em cima da linha. Portugal respondeu com mais presença no ataque, pressionando a saída de bola, mas sem criar grandes finalizações.

A segunda etapa teve menos chances. As duas seleções encontraram dificuldade para construir jogadas, e o confronto ficou mais físico. Brasil e Portugal pediram revisões de possíveis expulsões, mas o árbitro manteve as decisões de campo. No fim do tempo regulamentar, Zé Lucas acertou um voleio que passou perto do gol, mas o empate persistiu.

Nas cobranças de pênalti, Dell, Tiaguinho, Zé Lucas, Luis Pacheco e Gabriel Mec marcaram para o Brasil. Ruan Pablo acertou a trave nas cobranças regulares, e Ângelo mandou para fora na sétima cobrança. Do lado português, Tomás Soares, Chelmik, Santiago Verdi, Yoan Pereira, João Aragão e José Neto converteram, enquanto o goleiro Romário isolou a quinta tentativa. A falha brasileira nas cobranças alternadas decidiu a classificação.

Brasil cai para Portugal na semifinal do Mundial Sub-17. Foto: Nelson Terme/CBF (Flickr)
Brasil cai para Portugal na semifinal do Mundial Sub-17. Foto: Nelson Terme/CBF 

Foi a terceira disputa por pênaltis do Brasil no torneio. A equipe já havia avançado contra Paraguai e França nas fases anteriores. Mas nas quartas, venceu a seleção de Marrocos por 2 a 1.

Com a suspensão cumprida, o zagueiro titular Luís Eduardo, que não atuou contra Portugal, volta a ficar disponível para o técnico Dudu Patetuci.

Brasil e Itália jogam pela terceiro colocação nesta quinta-feira (27), às 09h30 (horário de Brasília), novamente no Aspire Zone. A final entre Portugal e Áustria acontece no mesmo dia, às 13h00 (horário de Brasília).

 

Com emoção até os últimos minutos, segunda divisão do Campeonato Brasileiro terminou com o Coritiba campeão
por
Jalile Elias
Isabelle Maieru
Marcela Rocha
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25/11/2025 - 12h
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Brasileirão Série B 2025 se encerrou no último domingo (23) com emoção até a última rodada. Seja na luta pelo acesso ou na briga contra o rebaixamento, os jogos da 38ª rodada foram eletrizantes. O Coritiba, que já havia conquistado o acesso com antecedência, foi o campeão, conquistando o título da segunda divisão do Campeonato Brasileiro pela terceira vez em sua história. 

A equipe comandada por Mozart confirmou a liderança mesmo longe de casa. O Coritiba foi até Manaus e venceu o Amazonas por 2 a 1 com gols de Sebastián Gómez e Iury Castilho. Luan Silva descontou para os donos da casa no Carlos Zamith. Com a vitória, o Coxa fechou o torneio na ponta da tabela, somando 68 pontos.

A briga pelo acesso também teve seus momentos de tensão: Athletico-PR, Chapecoense e Remo completaram o grupo dos times que subiram à Série A de 2026. 

O Athletico Paranaense também carimbou seu retorno à elite. Com a Arena da Baixada lotada, o time conseguiu a quinta vitória seguida ao derrotar o América-MG por 1 a 0. O herói da noite foi o garoto João Cruz, revelado no próprio clube, que marcou o gol que selou o acesso e assegurou a equipe na segunda colocação, com 65 pontos.

A Chapecoense confirmou sua vaga com um triunfo magro, porém decisivo, diante do Atlético-GO: 1 a 0 na Arena Condá, em cobrança de pênalti convertida pelo paraguaio Walter Clar. Já o Remo contou com a força do Mangueirão para virar sobre o Goiás por 3 a 1. Willean Lepo até colocou os goianos em vantagem, mas Pedro Rocha empatou e João Pedro, com dois gols, comandou a reação azulina. Tanto a Chape quanto o Remo fecharam a competição com 62 pontos, na terceira e quarta colocação, respectivamente.

Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF
Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Goiás, que chegou a liderar a Série B e permaneceu no G4 durante boa parte do campeonato, acabou ficando a um passo do retorno à elite. A derrota para o Remo deixou o time estacionado nos 61 pontos e fora da zona de acesso.

Quem também viu o sonho escapar foi o Criciúma. Após ter sido rebaixado na última temporada, a equipe catarinense chegou à rodada final com chances reais de voltar à primeira divisão, mas a derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, na Arena Pantanal, encerrou qualquer possibilidade.

Na outra ponta da classificação, Paysandu, Volta Redonda, Amazonas e Ferroviária não conseguiram evitar o rebaixamento e disputarão a Série C na próxima temporada.

O Paysandu encerrou sua participação na Série B com uma derrota por 2 a 1 diante do Athletic. O resultado serviu para salvar o time mineiro do rebaixamento. Já o Amazonas caiu diante do campeão Coritiba, enquanto o Volta Redonda apenas empatou com o Vila Nova, em Goiânia.

A briga contra a queda também teve seus capítulos finais nesta rodada. A última vaga na zona de rebaixamento estava entre Athletic, Botafogo-SP e Ferroviária. E foi a equipe de Araraquara (SP) que acabou levando a pior: perdeu por 2 a 1 para o Operário-PR, em Ponta Grossa, e acabou confirmando o rebaixamento para a Série C. O Botafogo-SP, que empatou sem gols com o Avaí, conseguiu se manter por mais uma temporada na Série B.

Conheça mais sobre o esporte e os brasileiros que estão em busca das medalhas
por
Arthur Pessoa
Lorena Basilia
Julio Poças
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15/07/2024 - 12h

 

A canoagem é um dos principais esportes aquáticos da Olimpíadas e que, cada vez mais, ganha destaque no Brasil. Com a revelação de atletas, a expectativa cresce na conquista de medalhas. Em Paris, as disputas acontecerão a partir do dia 27 de julho.

 

O surgimento da canoagem

A canoagem surgiu a partir dos nativos da Groenlândia, como um meio de locomoção, pesca e atividades bélicas. É considerado o meio de transporte náutico mais antigo, uma vez que em 3.000 a.C já existiam registros da prática. Porém, apenas no século XIX, que o interesse começou a ser esportivo, tornando-se uma atividade recreativa para a aristocracia europeia.

A canoagem surgiu nos Jogos Olímpicos pela primeira vez em 1924, em Paris, como esporte de demonstração, mas foi em Berlim em 1936 que recebeu oficialmente o título de esporte olímpico. 

 

Chegada da Canoagem nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012 – Foto: Damien Meyer/AFP
Chegada da Canoagem nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012 – Foto: Damien Meyer/AFP

 

 

As regras   

Para a canoagem de velocidade, existem dois tipos de embarcações: a canoa, onde o atleta se apoia com o joelho em um ângulo de 90° graus e o caiaque, em que o percurso é feito sentado. 

O trajeto no masculino é de 200m ou 1000m, e no feminino a distância é de 200m ou 500m. Ao todo são em média oito provas para ambos e, o objetivo principal é chegar no menor tempo possível, dentro da respectiva raia. 

As provas podem ser em caiaques ou canoas individuais, duplas ou quádruplas, e elas seguem a nomenclatura: 

 

K-1 – caiaque para uma pessoa

K-2 – caiaque para duas pessoas

K-4 – caiaque para quatro pessoas

C-1 – canoa para uma pessoa

C-2 – canoa para duas pessoas

C-4 – canoa para quatro pessoas

 

Já na modalidade slalom, o que difere, é a presença de obstáculos, como portões e bastões, que, se forem atingidos, os participantes recebem a punição de dois segundos de acréscimo em seu tempo final. No caso dos atletas não passarem por eles, o adicional é de 50 segundos.

O percurso varia de 250 a 400 m, e com 18 a 25 bastões. As cores dos obstáculos são essenciais, com linhas verdes que devem ser ultrapassadas no sentido da corrente, e com linhas vermelhas, para sentido contrário. 

O principal objetivo na canoagem slalom é descer, o mais rápido possível, em um rio com corredeira e passar por bastões, sem tocá-los, usando uma canoa ou caiaque. 

 

 

Onde e como acontecerá?

As provas de canoagem de velocidade e slalom, acontecerão no Estádio Náutico de Vaires-Sur- Marne.

Projeto do Estádio Náutico de Vaires-Sur-Marne para as Olimpíadas de Paris. – Foto: Divulgação/Olympics
Projeto do Estádio Náutico de Vaires-Sur-Marne para as Olimpíadas de Paris. – Foto: Divulgação/Olympics

 

O slalom acontecerá de 27 de julho a 5 de agosto. Serão 82 atletas, com no máximo seis classificados por país, distribuídos da seguinte maneira: 

Feminino

Caiaque (K1): 21 atletas

Canoa (C1): 17 atletas

Extremo (X1): 3 atletas

 

Masculino

Caiaque (K1): 21 atletas

Canoa (C1): 17 atletas

Extremo (X1): 3 atletas

Como novidade em Paris, foi incluído a canoagem extremo, ou também conhecida como caiaque cross. 

Enquanto a de velocidade terá a etapa eliminatória, entre os dias 06 e 08 de agosto, e, em seguida, as semifinais e finais, dos dias 08 a 10 de agosto. 

As provas são divididas em: 

K1 1000 – masculino

K1 500 – feminino

K2 500 – feminino/masculino

K4 500 – feminino/masculino

 

C1 1000 – masculino

C1 200 – feminino

C2 500 – feminino/masculino

 

As nações e suas medalhas 

A Alemanha é a primeira no ranking de medalhas olímpicas na canoagem, com 77 no total (34 ouros, 19 pratas e 24 bronzes). Uma das maiores campeãs da modalidade é a atleta Birgit Fischer, que acumula 10 medalhas. Outra nação que se destaca é a Hungria, que conquistou 86 medalhas na canoagem em Jogos Olímpicos, são 28 ouros, 31 pratas e 27 bronzes.

O Brasil está em 31° lugar no ranking, com 4 medalhas. O único atleta brasileiro que alcançou o lugar mais alto do pódio foi Isaquias Queiroz. 

 

Isaquias Queiroz, principal nome do Brasil.  – Foto: Luis Acosta/AFP
Isaquias Queiroz, principal nome do Brasil.  – Foto: Luis Acosta/AFP 

 

Favoritos ao pódio em Paris 2024

Alemanha e Hungria revezam o topo das tabelas de canoagem, porém, em Paris 2024, poderá ser a primeira desde 1984 que nenhum desses dois países terminará na posição mais alta.
 

Slalom


No Slalom C-1 Masculino, o esloveno Benjamin Savšek é o atual campeão mundial, tendo conquistado seu segundo título na carreira no ano passado, o primeiro individual C-1 desde 2017. Os maiores adversários nessa categoria poderão ser os britânicos, italianos ou franceses.

Já no caiaque para uma pessoa (K-1) do slalom, o favoritismo fica com Jiří Prskavec. O tcheco de  31 anos é o atual vencedor da medalha de ouro das Olimpíadas de Tóquio nesta categoria, além de ter ficado em segundo lugar no campeonato mundial, e por equipes conquistou seu terceiro título mundial no ano passado. 

O principal nome da canoagem slalom global é a australiana Jessica Fox, medalhista de ouro nas Olimpíadas de 2021 no C-1 e bronze no K-1. Com ela, a Austrália tem altas chances de ser ouro em todas as modalidades femininas de slalom, tendo como maior concorrente a britânica Mallory Franklin, no C-1. Entre as brasileiras, Ana Sátila é o principal nome na categoria – ela foi ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2023.

O caiaque cross é uma categoria nova nessas Olimpíadas. O masculino tem favoritismo do britânico Joe Clarke, atual tricampeão mundial. Já no feminino, a também britânica Kimberly Woods, é o principal nome ao ouro, sendo atual bicampeã mundial, mas tendo duas adversárias à altura: a neozelandesa Luuka Jones e a italiana Stefanie Horn.

 

Canoagem de velocidade

No masculino de velocidade K-4 o ouro deve novamente ser decidido entre Espanha e Alemanha. O coletivo alemão em si é mais forte nessa categoria, mas os espanhois podem contar com a experiência do tetracampeão mundial, – um deles nessa categoria – Saúl Craviotto. Outra nação que chega como terceira via, é a Ucrânia, cada vez mais forte na canoagem de velocidade.

Ainda no masculino, no K-2 o favoritismo é português. A dupla João Ribeiro e Messias Baptista são os atuais campeões mundiais de 2023, com 0,15 segundos de diferença em relação aos húngaros Bence Nádas e Bálint Kopasz. O cenário em Paris aparenta ser completamente diferente do de Tóquio, em 2021, podendo ter um pódio completamente novo.

Se na dupla dos caiaques, Portugal é mais forte do que a Hungria, no individual acontece o oposto. Adam Vargas, vice-campeão mundial e atual campeão europeu, é o principal nome ao ouro nessa categoria, e o candidato à prata também é húngaro: o já citado Bálint Kopasz. O português Fernando Pimenta poderá incomodar, mas a expectativa é de dobradinha húngara.

Nas canoas masculinas o Brasil entra forte, com o atual medalhista de ouro olímpico das Olimpíadas de Tóquio no C-1, e duas vezes prata no Rio de Janeiro, Isaquias Queiroz. Mesmo sem uma medalha em campeonatos mundiais desde 2019, por sua experiência, ele ainda é cotado como um dos candidatos ao primeiro lugar, ainda mais depois de sua boa performance no Pan-Americano do ano passado, onde conquistou a medalha de prata. Seus principais adversários na categoria C-1 serão o romeno Cătălin Chirilă e o tcheco Martin Fuksa. As canoas duplas também tem o Brasil como um dos candidatos à medalha, mas o favoritismo fica entre Alemanha, Itália e China.

Entrando no feminino, nos caiaques Lisa Carrington deve levar o ouro para a Nova Zelândia no K-1, K-2 e K-4, praticamente sem competitividade. Ela é vista como a maior canoísta do século, sendo ouro em todas as Olimpíadas que participou, menos no K-1 de 2016, no Rio de Janeiro, quando foi bronze.

A competitividade na modalidade feminina entra nas canoas, sendo palco de disputa geopolítica: Estados Unidos e Cuba têm as melhores atletas na categoria. Em condições normais, a estadunidense Nevin Harrison deve ser a favorita ao ouro no C-1, mas devido às diversas lesões que enfrentou no ano passado, a rival cubana Yarisleidis Cirilo Duboys entra no páreo.

No C-2, as chinesas dominam o cenário, são as grandes favoritas ao ouro. Pelo menos uma dupla chinesa é campeã mundial desde 2022, mas se alguém tem força para tirar esse primeiro lugar da China, será Cuba, contando com o talento de Duboys.

Com gol sofrido nos acréscimos, a seleção croata permanece na última colocação e vê classificação mais distante
por
Arthur Campos
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19/06/2024 - 12h

No estádio Volksparkstadion, em Hamburgo, Croácia e Albânia se enfrentaram pela 2ª rodada da Eurocopa, pelo grupo B. Com um público de 46.784 presentes, as duas seleções buscavam as suas primeiras vitórias na competição.

Após sofrer uma goleada por 3 a 0 contra a Espanha, o técnico Zlatko Dalic se viu na necessidade de fazer mudanças, visando melhorar o desempenho da equipe e adaptar-se ao contexto da partida contra a seleção albanesa. Na defesa, Josip Juranovic e Ivan Perisic entraram nos lugares de Josip Stanisic e Marin Pongracic, enquanto no ataque, Bruno Petkovic ficou com a vaga que pertencia ao atacante Ante Budimir.

Com as alterações, Josko Gvardiol voltou para zaga, enquanto Juranovic e Perisic entraram abertos nas laterais direita e esquerda, respectivamente. A ideia a princípio era ter jogadores mais agudos pelas laterais para ampliar o campo e ter mais situações de mano a mano, visando encontrar espaços na defesa da Albânia.

Por outro lado, a seleção comandada por Sylvinho buscava se recuperar no torneio, depois de perder de virada para a Itália por 2 a 1. Com alterações mínimas, o meia Taulant Seferi e o atacante Armando Broja deram espaço para o camisa 20, Ylber Ramadani, e o camisa 7, Rey Manaj.

Na primeira etapa, o jogo se iniciou como todos imaginavam, com a Croácia tendo maior posse de bola e o domínio das ações, enquanto os albaneses se defendiam num sistema de 4-1-4-1, marcando em bloco baixo.

O time xadrez utilizou muito o apoio dos meio campistas na saída de bola e abriu bem seus laterais. Apesar do controle, quando perdiam a posse, a equipe de Zlatko Dalic sofria com os contra-ataques do adversário. Aos 10 minutos, após o cruzamento de Jasir Asani, Qazim Laci desviou de cabeça e abriu o placar para a Albânia.

Albânia
Qazim Laci, autor do gol da Albânia. Foto: Reprodução/Instagram/@euro2024

Aos 30 minutos, numa chegada rápida da seleção albanesa, Kristjan Asllani recebeu dentro da área e o goleiro Dominik Livakovic salvou a seleção croata. A tônica do jogo continuou sendo essa, mesmo os croatas com maior volume de posse, não conseguiam transformá-la em oportunidades claras de gol. Insistiram em cruzamentos, mas sem efetividade, enquanto os albaneses causavam perigo em suas transições ofensivas.

Na volta do intervalo, Dalic mexeu duas vezes no time, Mario Pasalic e Luka Sucic ocuparam os lugares de Marcelo Brozovic e Lovro Majer. As mudanças tiveram impacto imediato e os croatas reagiram aos 50 minutos, numa finalização de Sucic, para a boa defesa do goleiro Thomas Strakosha. A Croácia voltou mais intensa e conseguiu impor seu ritmo na partida, trabalhando mais as jogadas pelo corredor central, onde fica o maior potencial da seleção.

Dalic, por fim, fez a substituição crucial para sua equipe ainda no segundo tempo. Petkovic saiu aos 69 minutos, e cedeu a vaga para o camisa 16, Budimir. A entrada do atacante foi fundamental para mudar o rumo do jogo, e com 5 minutos, ele recebeu e fez uma assistência para Andrej Kramaric, que fintou o marcador e balançou a rede albanesa, empatando a partida. A virada veio em seguida, aos 76, novamente, Budimir recebeu na linha de fundo e cruzou para a finalização de Sucic. A bola bateu e rebateu na defesa albanesa e morreu dentro do gol.

Croácia
Camisa 9, Andrej Kramaric, que iniciou a reação croata na partida. Foto: Reprodução/Instagram/@euro2024

Depois disso, o jogo parecia favorável para a Croácia, porém, à medida que a Albânia crescia na partida, devido as trocas do técnico Sylvinho, os croatas abriam espaço, e o jogo que parecia estar tranquilo ganhou emoções até os minutos finais. Nos acréscimos, após o cruzamento do lado esquerdo, Klaus Gjasula, que entrou na segunda etapa, furou a meta de Livakovic, e decretou o empate.

Para a Croácia ficou o sentimento de frustação, tanto pelo desempenho nas duas partidas quanto pelas circunstâncias que levaram a esse fim. Já para a Albânia, apesar de ter conquistado apenas 1 ponto, a luta e superação diante de um adversário considerado favorito já deixou a seleção otimista.

Na próxima rodada, as duas seleções jogam pela sobrevivência na Eurocopa. A Albânia encara a líder Espanha, às 16h (Horário de Brasília), no estádio Merkur Spiel-Arena, enquanto a Croácia confronta a Itália, neste mesmo horário, na Red Bull Arena.

Seleção austríaca surpreendeu ao passar com um bom desempenho para a próxima fase da Eurocopa
por
Lucca Ranzani
Matheus Monteiro
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05/07/2024 - 12h

Na rodada de encerramento do Grupo D na Euro 2024, Holanda e Áustria se enfrentaram na disputa de primeiro lugar nesta terça-feira (25). Quem perdesse terminaria em terceiro lugar do grupo.

No primeiro tempo, logo aos 5 minutos de jogo, Alexander Prass recebeu livre na esquerda e cruzou rasteiro na área, Donyell Mallen tentou cortar mas acabou mandando para o próprio gol e inaugurou o placar da partida para a Áustria.  Com isso, a Laranja Mecânica pressionou os austríacos, mas não capitalizou as chances com Tijjani Reijnders e o próprio Mallen. Assim o primeiro tempo terminou 1 a 0 para a Das Team.

No segundo tempo a Holanda voltou com a mesma intensidade e logo no primeiro minuto, Lutsharel Geertruida dividiu com o atacante austriaco no campo de defesa, a bola sobrou para Xavi Simmons que avançou e tocou para Cody Gakpo completar para o gol e empatar a partida.
 

Reijnders da Holanda, em ação durante partida contra a Áustria (Foto: Christophe SIMON / AFP)
Reijnders da Holanda, em ação durante partida contra a Áustria (Foto: Christophe SIMON / AFP)

Com o gol holandês, a partida se equilibrou e ambas as seleções começaram a ter chances de ficar a frente no placar, até os 13 minutos de jogo, quando Prass tocou em profundidade para Florian Grillitsch que cruzou para Romano Schmid cabecear pro gol. O gol fez a seleção austríaca voltar a frente no placar para desespero dos holandeses.

O jogo deu uma esfriada e a Holanda começou a ter dificuldades para criar jogadas de ataque, até os 30 minutos, quando Gakpo cruzou para a area, Wout Weghorst cabeçeou para Memphis Depay, que acertou um belo chute para empatar a partida e tirar a tensão da Laranja Mecânica. 

Mas o dia era de zebra. Logo após o gol, Christoph Baumgartner acertou um lindo passe para Marcel Sabitzer, que completou para o fundo da rede sem chances para o goleiro holandês. Fim de jogo Holanda dois, e  Áustria três. O resultado classificou a Das Team na primeira colocação pela primeira vez na sua história em sua quarta participação da competição.
 

Austríacos comemorando o gol da vitória contra a Holanda pela Eurocopa (Foto: Christophe SIMON / AFP)
Austríacos comemorando o gol da vitória contra a Holanda pela Eurocopa (Foto: Christophe SIMON / AFP)

Com isso, ambas as seleções esperam os resultados dos outros grupos para saber quem irão enfrentar nas oitavas de final da Eurocopa 2024.

 

Após um primeiro tempo abaixo, os ucranianos se recuperam na segunda etapa e mantém o sonho da classificação vivo
por
João Bueno
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04/07/2024 - 12h

Após um primeiro tempo abaixo, os ucranianos se recuperam na segunda etapa e mantém o sonho da classificação vivo

Ucrânia e Eslováquia se enfrentaram na sexta-feira (21), pela segunda rodada da fase de grupos da Eurocopa. O jogo ocorreu na Esprit Arena, em Düsseldorf. O placar da partida foi aberto por Alexandru Baluta, mas com gols de Mykola Shaparenko e Roman Yaremchuk, a seleção ucraniana virou o jogo e garantiu a primeira vitória.

A Eslováquia começou a partida de forma mais incisiva. Logo aos nove minutos, Haraslín fez a primeira finalização, que foi defendida pelo goleiro Trubin. Na sequência, Schranz teve outra grande chance ao receber a bola dentro da área, mas novamente o goleiro fez uma boa defesa.

A primeira tentativa da Ucrânia aconteceu aos 13 minutos com Brazhko, que arriscou de fora da área, mas a bola saiu fraca e Dúbravka defendeu sem dificuldades. Aos 16, os eslovacos voltaram a ameaçar em uma cobrança de falta. Hancko chutou bem, por fora da barreira, mas o goleiro ucraniano defendeu mais uma vez.

A pressão eslovaca deu resultado. No lance seguinte, após um lateral, Haraslín cruzou e a bola passou pela área até Schranz, que cabeceou para baixo e marcou o primeiro gol da partida. A Ucrânia tentou reagir aos 27 minutos, quando Dovbyk fez uma boa jogada, driblando a defesa, mas foi bloqueado no momento do chute. Pouco depois, Tymchyk acertou a trave com um arremate de dentro da área, mas o árbitro assinalou impedimento. 

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Jogadores da Ucrânia comemorando gol.(Foto: Reuters\Bernadett Szabo)

Aos 42 minutos, os ucranianos quase empataram em uma cobrança de falta fechada de Zinchenko, mas Dúbravka defendeu o chute forte, mantendo a Eslováquia na frente pelo resto do primeiro tempo.

 Na volta do intervalo, a Ucrânia voltou atenta e, aos oito minutos, roubou a bola no campo de defesa, saiu rápido e em uma jogada trabalhada, Shaparenko conseguiu se antecipar à zaga e marcou o gol de empate para os ucranianos. Mudryk quase virou o placar aos 30 minutos. O camisa 10 ucraniano bateu cruzado e acertou a trave. Minutos depois, aos 34, veio a virada. Shaparenko fez um lindo lançamento pelo alto, e o atacante Yaremchuk dominou com um toque sutil, finalizando rasteiro para marcar o gol da vitória. O resultado se manteve o mesmo até o final, com a Ucrânia não tomando muitos sustos e conseguindo controlar o jogo. 

A Ucrânia volta a campo para enfrentar a Bélgica na quarta-feira (26), na Stuttgart Arena, em Stuttgart, às 13h (Horário de Brasília). A Eslováquia encara a Roménia no mesmo dia e horário, na Frankfurt Arena, em Frankfurt.

 

Com o empate, a Bélgica avançou para as oitavas-de-final enquanta a Ucrânia se despediu da competição
por
João Bueno
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04/07/2024 - 12h

Bélgica e Ucrânia empataram por 0 a 0 na Arena Stuttgart nesta quarta-feira(26), pela terceira rodada do Grupo E. O jogo era muito importante para ambas as equipes, pois definiria seu futuro na competição. O resultado garantiu a vaga para a Bélgica. 

Nos minutos iniciais da partida, a equipe belga assumiu mais a iniciativa contra os ucranianos, que em certos momentos, tiveram dificuldades para sair de seu campo de defesa, dificuldade geral pela ausência do atacante Mudryk, do Chelsea, que estava lesionado. O primeiro tempo foi marcado por pouca inspiração e muita ansiedade, com vários erros de passe, principalmente da equipe ucraniana. 

Com a posse de bola sendo dominada pelos belgas, a Ucrânia passou a tentar mais lançamentos e bolas longas, que ocasionalmente geraram perigo. No entanto, embora a Bélgica tivesse maior posse de bola, a seleção não conseguiu ameaçar o gol adversário.

No segundo tempo, a dinâmica da partida mudou pouco. A Bélgica continuava com mais posse de bola, mas mostrava pouca eficácia na criação de jogadas, enquanto a Ucrânia não aproveitava as oportunidades que surgiam. As marcações seguiam eficientes, concedendo pouco espaço e resultando em poucos chutes a gol nos primeiros minutos da etapa complementar.

De Bruyne em disputa de bola com marcador ucraniano. Imagem: Lee Smith/REUTERS
De Bruyne cumprimenta Dovbyk, da Ucrânia, após empate pela Euro
Imagem: Lee Smith/REUTERS

O empate era suficiente para a classificação belga, mas não para os ucranianos. Na reta final, ao tomarem conhecimento do resultado do jogo em Frankfurt, a Ucrânia avançou para o ataque, mas o nervosismo para buscar o gol decisivo impedia o acúmulo de chances claras. Com mais posse de bola, a Bélgica optou por defender o empate para garantir a classificação, que foi confirmada após o apito final.

A Bélgica enfrenta a seleção da França pelas oitavas de final. O jogo ocorrerá na segunda feira(1) na Espirit Arena, em Düsseldorf, às 16h (Horário de Brasília)