A poucos dias do início dos Jogos Olímpicos de Verão de 2024, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF), fechou o ranking global e confirmou a equipe que vai representar o Brasil: com 42 atletas representando o país. As disputas do atletismo estão programadas para começar no dia 01 de agosto, com a prova individual feminina de marcha atlética de 20km, em que as atletas farão a chegada no Trocadéro, com a Torre Eiffel como plano de fundo.
Surgimento do esporte
A história do atletismo se cruza com a das Olimpíadas. Na primeira edição dos Jogos da Antiguidade, em 776 a.C, na Grécia Antiga, a única prova realizada foi uma corrida de aproximadamente 200m, que consagrou o cozinheiro Coroebus de Elis, como primeiro campeão olímpico. Esse evento estabeleceu a ideia de celebrar o potencial humano em diversas formas de competição esportiva e instituiu o atletismo como uma das principais categorias das Olimpíadas
Além das provas de corridas, havia um pentatlo, que incluía salto em distância, lançamento de disco, lançamento de dardo e luta. O lema dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, “Citius, Altius, Fortius” – do latim “mais alto, mais rápido, mais forte” – expressavam a valorização dos gregos à força, agilidade e habilidade. Essas habilidades acompanham as provas desse que é o mais antigo esporte olímpico, até os dias de hoje.

O formato moderno do atletismo surgiu na Inglaterra, por volta de 1849, e definiu o conjunto de atividades que representam o esporte atualmente. Além das corridas (rasas, com barreiras e com obstáculos) e provas combinadas (decatlo para os homens e heptatlo para as mulheres), as modalidades incluem também a marcha atlética, saltos, provas com revezamentos de atletas, arremessos e lançamentos.
Em 1912, foi criada a Associação Internacional de Federações de Atletismo, com sede em Londres. Atualmente World Athletics, o órgão é responsável por regulamentar as competições de atletismo em nível global, estabelecendo normas e certificando os recordes mundiais alcançados pelos atletas.
Trajetória Olímpica
Nos Jogos Olímpicos da era moderna, o atletismo está presente desde a primeira edição, na cidade de Atenas, em 1896. Desde então, o esporte passou por alterações e recebeu inovações tecnológicas. As corridas ganharam aparelhos que registram o exato momento em que os atletas cruzam a linha de chegada e novos instrumentos – como a vara utilizada nos saltos, que antes eram de madeiras, hoje são feitas de fibra de carbono ou de vidro, o que proporciona a flexibilidade para os atletas irem cada vez mais alto.
Um dos eventos esportivos mais prestigiados pelo mundo dentro do atletismo, é a corrida dos 100m, que consagra o homem mais veloz do mundo. Após o surgimento da IAAF, a marca de 10.60s alcançada por Donald Lippincott, em 6 de julho de 1912, na Saint Moritz 1948, foi registrada como inicial. Nas Olimpíadas de Londres 2012, com o Usain Bolt, esse número caiu para 9.63s e permanece como o recorde da prova.

O atletismo é o esporte olímpico que mais distribui medalhas. Os Estados Unidos dominam essa competição com 826 conquistas, o que os coloca no topo do ranking. A diferença para o Reino Unido é chamativa, os britânicos vêm atrás, com 209. Em seguida, aparece a União Soviética e suas 192 medalhas. O Brasil é o 36° país que mais subiu ao pódio no atletismo, 19 vezes no total, com cinco ouros, três pratas e onze medalhas de bronze.
Modalidades do Atletismo
As modalidades do atletismo contam com o mesmo número de provas masculinas e femininas, além de dois eventos mistos, que totalizam 48 disputas por medalhas. São elas:
Provas de pistas
Corridas de 100, 200 e 400 metros rasos;
Corridas de 800, 1.500, 5.000 e 10.000 metros;
Corrida de 100m com barreiras (feminino) e 110m com barreiras (masculino);
Corrida de 400m com barreiras;
Corrida 3.000m com obstáculos;
Revezamento 4x100m;
Revezamento 4x400m (masculino, feminino e misto).
Provas de estrada
Marcha atlética 20km;
Marcha atlética mista de 35km – prova estreante que substitui a marcha masculina de 50 km;
Maratona de 42km.
Provas de campo
Salto em distância;
Salto triplo;
Salto em altura;
Salto com vara;
Arremesso de peso;
Lançamento de disco;
Lançamento de martelo;
Lançamento de dardo.
Provas combinadas
Feminino: heptatlo (saltos em altura e em distância, corridas de 100m, 200m e 800m e arremessos de dardo e de peso);
Masculino: decatlo (salto em altura, salto em distância, salto com vara, arremessos de peso, disco e dardo, e corridas de 100m, 400m, 500m e 110m com barreiras).
Regras
As normas se adequam as diferentes práticas esportivas: as corridas são disputadas em uma pista que tem o formato oval, 400m de comprimento e oito raias, que dividem o espaço para cada competidor realizar o seu tempo de prova. Na pista ocorrem tanto as provas de curta distância, como a de 100m, quanto as mais longas, que chegam até a 10.000m.
Na largada das corridas de curta distância, os atletas precisam estar em uma posição específica de quatro apoios, que consiste em encostar os pés em um bloco de largada e sustentar o tronco do corpo com as mãos no chão.
Nas modalidades com barreiras, os atletas devem saltar por dez travessões durante a prova – de 100m para as mulheres e 110m para os homens – dispostas em diferentes distâncias entre si. Na disputa feminina, as barras tem 83,8 centímetros de altura, e na masculina, tem 1,067 metros. Na prova de 3.000m com obstáculos, os participantes, além das barreiras, – que nessa prova tem uma altura menos – devem passar por fossos de água, que podem chegar a 70 cm de profundidade.
Na marcha atlética, os atletas devem manter o contato contínuo dos pés com o solo. Outra peculiaridade está na perna que avança, que deve permanecer reta desde o primeiro contato com o solo até que esteja na posição vertical. O descumprimento dessas regras são motivos para desqualificação nas provas.
Na categoria individual, podem ser disputados o circuito de 20 km (feminino e masculino). Neste ano, o percurso de 50 km, que era apenas para homens, foi substituído por uma prova de revezamento misto com a distância total de uma maratona (42,195 km).
Os arremessos a distância possui quatro subcategorias: arremesso de peso, lançamento de disco, lançamento de martelo e lançamento de dardo. O objetivo em comum é atingir a maior distância possível, com seis tentativas para cada esportista. No entanto, só será válido se o implemento cair no setor de queda e se o atleta não ultrapassar a área de lançamento.
Entre a categoria de saltos, existem quatro principais disciplinas: salto em distância, triplo, altura e com vara. O objetivo em comum é alcançar a maior distância ou altura, combinando força, técnica e precisão durante a execução do salto. Cada disciplina tem suas regras específicas, mas todas elas utilizam a mesma forma de medição, que é feita a partir da marca mais próxima onde qualquer parte do corpo do atleta tocou o solo após o salto.
As provas de revezamento utilizam coordenação e velocidade para completar a corrida com menor tempo possível com trocas de bastão. A zona onde o bastão tem que ser trocado tem 20 metros de comprimento e a equipe é desqualificada se o bastão for derrubado, se houver interferência de outras equipes ou se a troca ocorrer fora da zona de passagem.
Onde acontecem as provas em Paris 2024?
O principal palco das competições de atletismo será o Stade de France, arena poliesportiva e maior estádio do país. Em 2024, a clássica pista avermelhada dará lugar a um chão roxo, feito com um novo material, que promete ser ainda mais rápido que o de Tóquio 2020. Com a inovação, é esperado que recordes sejam batidos nestes Jogos.

O Trocadéro, famoso ponto turístico que encara a Torre Eiffel, será o primeiro cenário da programação para o atletismo, onde as marchas atléticas iniciam as disputas. Já a praça na frente do Hôtel de Ville, prefeitura localizada no centro de Paris, recebe a largada da maratona de 42km, os atletas também terão como plano de fundo o jardim da Esplanada des Invalides enquanto percorrem.
O percurso da maratona inclui nove cidades, entre elas, Paris e Versalhes, passando por diversos cartões postais do país. E, pela primeira vez, esse trajeto também poderá ser feito por 20.024 corredores amadores, na noite do dia 10 de agosto, entre a prova masculina e a feminina – que acontecem nas manhãs dos dias 10 e 11, respectivamente.
Time Brasil
Para Paris 2024, o Brasil tem 15 vagas garantidas por meio do índice olímpico, marca mínima estabelecida pela IAAF, que classifica os atletas a disputarem os Jogos. Além dessas, outras 22 foram conquistadas pelo ranking global e cinco são destinadas aos revezamentos masculinos.
Alison dos Santos, conhecido como Piu, entra como um dos favoritos na disputa dos 400 m rasos e 400 m com barreiras, tendo se classificado em julho de 2023, nas etapas de Polônia e Mônaco da Liga Diamante. O atleta, que foi bronze nas Olimpíadas de Tóquio 2020, vai à Paris em busca de mais uma medalha.

Na marcha atlética, Caio Bonfim é um nome com chances de medalha brasileira. Erica Sena e Viviane Lyra também se classificaram para a prova de 20 km. Bonfim e Lyra foram os definidos para disputar a marcha com revezamento misto, prova que estreia no programa dos Jogos Olímpicos de 2024. A dupla foi a responsável por uma medalha de bronze para o Brasil na estreia da prova nos Jogos Pan Americanos de 2023, em Santiago.
O Troféu Brasil de Atletismo 2024, que foi disputado entre os dias 27 e 30 de junho no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB) em São Paulo, foi a última oportunidade para os brasileiros somarem pontos em busca de uma vaga olímpica. O torneio nacional certificou a ida à Paris de mais dois brasileiros pelo índice olímpico: Luiz Maurício da Silva, venceu a prova do lançamento de dardo e estabeleceu o novo recorde sul-americano (85,57m), e Eduardo de Deus, o Du Trem Bala, para a disputa dos 110m com barreiras.

O campeão olímpico – no Rio de Janeiro, em 2016 – de salto com vara, Thiago Braz, que esteve suspenso por doping, conseguiu uma liminar para participar do Troféu Brasil, mas não conseguiu saltar a marca de 5.82m, necessária para classificação e ficou fora das Olimpíadas.
O doping também tirou um atleta do Time Brasil, que estava previamente classificado para Paris. Daniel Nascimento, ou Danielzinho, foi suspenso pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) pela presença de substâncias ilícitas em seus exames. O atleta foi o responsável por marcar o melhor tempo de um atleta nascido fora do continente africano na Maratona de Seul, em 2h04min51s.
Confira a lista completa dos brasileiros classificados para os eventos do atletismo:
Pelo índice olímpico
Alison dos Santos - 400m com barreiras e revezamento 4x400m masculino;
Almir Júnior - Salto triplo;
Caio Bonfim - Marcha atlética 20km e revezamento misto;
Darlan Romani - Arremesso de peso;
Eduardo de Deus - 110m com barreiras;
Erica Sena - Marcha atlética 20km;
Erik Cardoso - 100m rasos e revezamento 4x100m masculino;
Felipe Bardi - 100m rasos e revezamento 4x100m masculino;
Izabela Silva - Lançamento do disco;
Lucas Carvalho - 400m rasos e revezamento 4x400m masculino;
Luiz Maurício da Silva - Lançamento de dardo;
Matheus Lima - 400m rasos, 400m com barreiras e revezamento 4x400m masculino;
Rafael Pereira - 110m com barreiras;
Viviane Lyra - Marcha atlética 20km e revezamento misto.
Pelo ranking global de atletismo
Ana Carolina Azevedo - 100m rasos e 200m rasos;
Ana Caroline Silva - Arremesso de peso;
Andressa de Morais - Lançamento do disco;
Chayenne da Silva - 400m com barreiras;
Gabriela de Souza - Marcha atlética;
Gabriele Santos - Salto triplo;
Eliane Martins - Salto em distância;
José Fernando 'Baloteli' Santana - Decatlo
Fernando Ferreira - Salto em altura;
Flávia Maria de Lima - 800 metros;
Jucilene Sales de Lima - Lançamento do dardo;
Juliana de Menis Campos - Salto com vara;
Lissandra Campos - Salto em distância;
Lorraine Martins - 200m rasos;
Lucas Marcelino - Salto em distância;
Matheus Correa - Marcha atlética;
Paulo André Camilo - 100m rasos e revezamento 4x100m masculino;
Pedro Nunes - Lançamento do dardo
Renan Gallina - 200m rasos e revezamento 4x100m masculino;
Tatiane Raquel da Silva - 3.000m com obstáculos;
Tiffani Marinho - 400m rasos;
Valdileia Martins - Salto em altura;
Vitória Rosa - 100m rasos;
Wellington 'Maranhão' - Arremesso de peso.
Outros convocados
Douglas Hernandes – revezamento 4x400m masculino
Gabriel Garcia - revezamento 4x100m rasos
Jadson Erick Lima – revezamento 4x400m masculino
Lucas Vilar – revezamento 4x400m masculino
Além desses nomes, Max Batista (marcha atlética), Livia Avancini (arremesso de peso) e Hygor Soares (revezamento 4x100m masculino), ainda podem aparecer na lista de atletas da delegação brasileira. Os três são elegíveis, mas foram retirados da lista por um caso relacionado a testes anti doping não realizados durante o ciclo olímpico, sendo que a World Athletics estabelece uma quantidade mínima a ser realizada no período.
Neste domingo (14) ocorreu a final da Eurocopa entre Espanha e Inglaterra, no Estádio Olímpico de Berlim. A equipe espanhola saiu vencedora por 2 a 1 e se tornou a maior vencedora da competição com quatro títulos. Lamine Yamal e Rodri, jogadores espanhóis, também foram destaques e levaram o prêmio de “melhor jogador jovem da Euro” e “melhor jogador da Euro”, respectivamente. Além do jogo, foi destaque a cerimônia de abertura da competição com o show da banda OneRepublic ao lado dos artistas Meduza e Leony.

O primeiro tempo foi equilibrado, com as duas seleções tentando buscar espaço para finalizar, mas sem sucesso.
As duas maiores ameaças dessa etapa foram aos 11 minutos, Nico Williams invadiu a área inglesa teve uma finalização bloqueada pelo zagueiro Stones, e nos acréscimos, Rice levantou a bola para área, em uma cobrança de falta, e Foden finalizou contra Unai Simón, que defendeu a tentativa.
A partida foi para o intervalo com o placar zerado e com poucas emoções para os torcedores.

O sentimento mudou no primeiro minuto do segundo tempo: Yamal, após receber a bola, passou por dois marcadores e rolou para Nico Williams, que estava dentro da área e chutou direto para o gol, marcando o primeiro da partida para a Espanha.
Foi com a entrada de Palmer que o rumo dos ingleses se tornou outro, o atacante recebeu a bola de Bellingham de fora da área e chutou sem pensar, igualando o placar para os “Three Lions” e deixando a partida ainda mais acirrada.
Mas, mais uma vez, a Espanha tomou a liderança. Aos 86 minutos, Cucurella cruzou rasteiro para Oyarzabal que antecipou a marcação e balançou as redes, desempatando o jogo. A Inglaterra continuou tentando até os últimos minutos e a Espanha ficou na defesa. Perto do final da partida, Rice cabeceou na área inimiga, Unai Simón defendeu, Guéhi finalizou no rebote, Dani Olmo tirou em cima da linha e Rice tentou mais uma vez, mas mandou a bola para cima do gol.
Mesmo com a tentativa, não deu para os ingleses e o jogo terminou 2 a 1 para os espanhóis.


Com a conquista, a Espanha se tornou a maior vencedora do campeonato, sendo a única tetracampeã. Além disso, a seleção chegou ao título com 100% de aproveitamento em todos os jogos.. A atuação do time ainda contou com nomes que se tornaram destaques em toda a competição, como Williams, Yamal, Oyarzabal, Rodri, entre outros.
Com o final da Euro, a Espanha volta a jogar dia 05 de setembro, às 15h45 (horário de Brasília), contra a Sérvia, pela fase de grupos da Liga das Nações. Já a Inglaterra volta dia 07 de setembro, às 13h (horário de Brasília), contra a Irlanda pela mesma competição.

A ginástica promete se destacar como uma das modalidades mais emocionantes e visualmente admiráveis nas Olimpíadas de Paris. Com três divisões que possuem características e elementos próprios, música, técnica e movimentos corporais se misturam em apresentações individuais e coletivas. No contexto nacional, os atletas brasileiros conquistam vagas de peso e aumentam as chances de medalhas.
GINÁSTICA ARTÍSTICA
A ginástica artística, também conhecida como GA, surgiu na Grécia Antiga com o objetivo de “manter o corpo em forma” e para treinamento militar. Ela se tornou um esporte apenas a partir do século XIX, no ano de 1811. A modalidade faz parte dos Jogos desde a primeira edição da Era Moderna, em Atenas, no ano de 1896. Na estreia do esporte, apenas cinco países participaram, competindo em quatro aparelhos. A participação das mulheres na modalidade só teve início nas Olimpíadas de Amsterdã, em 1928.
Nos Jogos Olímpicos de Ginástica Artística, cada competição é estruturada com critérios específicos para os aparelhos masculinos e femininos. No total, seis aparelhos são dedicados aos homens e quatro às mulheres, cada um com suas próprias definições de tempo e regras. Os ginastas que se apresentam em todos os aparelhos competem pelo Prêmio Individual Geral, que soma as notas de todos os aparelhos, embora cada um também conceda suas medalhas individualmente.
Os aparelhos são divididos em três categorias: exclusivamente masculinos (cavalo com alças, argolas, paralelas e barra), exclusivamente femininos (barras assimétricas e trave) e mistos (solo e salto). Cada aparelho tem suas próprias especificidades e contribuições para o resultado da competição.
As notas são calculadas com base no grau de dificuldade e na perfeição da execução das apresentações. Erros e quedas resultam em descontos de pontos, mas não levam à eliminação. Elementos de grande dificuldade conectados entre si podem receber pontos extras. A pontuação final é determinada pela soma da Nota de Dificuldade (Nota D), que varia de A (0,0) a I (0.90), a depender da composição da apresentação, com os árbitros contando os elementos mais difíceis (até 8 no feminino e 10 no masculino), e pela Nota de Execução (Nota E), que parte de 10 e sofre descontos por falhas apresentadas na série. As competições de equipes premiam os países com a melhor soma de notas de todos os seus atletas.
Durante as apresentações, os atletas são avaliados por um painel de nove árbitros, com dois especializados no painel de Dificuldade (D) e sete no painel de Execução (E), podendo incluir árbitros adicionais conforme necessário.
Na ginástica artística, os atletas se apresentam usando collant para as mulheres e leotard com short ou calça para os homens. Ambos usam pés descalços, meias ou sapatilhas, além de acessórios como protetores de couro, pó de magnésio para melhor aderência e munhequeiras. Para as mulheres, é essencial prender bem os cabelos em coques ou penteados para evitar qualquer interferência durante a performance.
Atualmente, os países que possuem mais medalhas são União Soviética (182 medalhas); Estados Unidos (117 medalhas); Japão (103 medalhas); China (69 medalhas) e Romênia (69 medalhas ).
O Brasil conquistou seis medalhas na ginástica artística até o momento. No feminino, destacam-se Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Jade Barbosa, todas medalhistas de prata no último mundial. Essas atletas têm apresentado performances consistentes, garantindo pódios e mostrando um alto nível de habilidade. Completando a equipe feminina, estão Júlia Soares e Lorrane Oliveira, que também contribuem para o sucesso do país na modalidade.

No masculino, a equipe brasileira é representada por Diogo Soares e Arthur Nory. Apesar de não estarem com a equipe completa, ambos os atletas têm mostrado um desempenho competitivo. A presença desses ginastas no cenário internacional destaca o potencial do Brasil na ginástica artística, com perspectivas promissoras para o futuro da modalidade.
Rebeca Andrade, representante brasileira na ginástica artística, é uma das favoritas à medalha nas Olimpíadas de 2024, se destacando especialmente no salto. Sua reputação foi solidificada ao conquistar duas medalhas de ouro no Troféu Brasil, última competição pré-olímpica.
Enquanto isso, no cenário internacional, o retorno de Simone Biles tem atraído grande atenção, liderando uma equipe americana reconhecida por sua força. Skye Blakely também se destaca como uma aposta promissora, com um desempenho impressionante. A atual campeã do Prêmio Individual Geral, Suni Lee, continua a ser uma forte competidora pela equipe norte-americana. No lado masculino, Brody Malone retorna após lidar com uma lesão no joelho, enquanto Frederick Richard, detentor do título de campeão geral, continua a ser uma figura dominante na competição. Khoi Young, tricampeão de medalhas, também é uma presença notável, trazendo sua experiência e habilidade para a disputa.
Em Paris, As performances irão acontecer do dia 27 de julho a 5 de agosto, e todas as apresentações serão no ginásio da Arena Bercy .
GINÁSTICA DE TRAMPOLIM
A Ginástica de Trampolim traz 32 atletas para disputarem 6 medalhas em 2024. Anteriormente as acrobacias presentes na modalidade eram usadas em treinamentos e apresentações circenses, e a prática, só se tornou esporte, em 1936. George Nissen, professor de educação física, foi o responsável por patentear a primeira cama elástica e colocar o conjunto de regras oficiais, dando início às competições. Nos Jogos de Sydney, em 2000, a ginástica de trampolim foi apresentada como modalidade olímpica oficial.
Os ginastas executam duas provas individuais, cada uma composta por uma sequência de elementos técnicos – dez em cada, sem interrupções. As apresentações são compostas por acrobacias, piruetas, saltos e mortais que podem chegar a 7 metros de altura, realizadas em uma área demarcada.

Na avaliação, os árbitros levam em conta a dificuldade, a execução, o deslocamento horizontal, e o tempo de voo. Além disso, um equipamento eletrônico, colocado abaixo do trampolim, é responsável por gerar os dados do deslocamento e tempo, auxiliando os jurados. Na fase eliminatória, os atletas executam as duas séries livres e somente a maior nota é a utilizada. A partir das quartas de final só uma série livre é apresentada.
A China é a principal medalhista da modalidade. Das 36 medalhas distribuídas no total, 14 são chinesas, sendo quatro dessas de ouro. Seguindo a tabela, Canadá tem sete e a Rússia fecha o pódio, com quatro.
Neste ano, o Brasil será representado na competição feminina por Camilla Lopes, promessa brasileira, a ginasta se destacou em campeonatos mundiais e aumenta as chances de um lugar brasileiro no pódio. Em 2023, ela conseguiu finalizar o campeonato mundial em 8° lugar, e se tornou a primeira brasileira a conseguir uma dupla medalha de ouro na Copa do Mundo de Baku, em 2022.
Já no masculino, Rayan Dutra se classificou pelo ranking da Copa do Mundo. Com pouca tradição na modalidade, a classificação de dois brasileiros, em ambas as divisões, simboliza uma grande conquista para o esporte nacional.

No cenário mundial, Yan Langyu, da China, o atual campeão mundial, aparece como um dos favoritos ao ouro. Assim como Ryusei Nishioka, do Japão, que conquistou o vice-campeonato em 2021 e a medalha de bronze no último campeonato mundial, em Birmingham.
No feminino, Zhu Xueying, da China, atual campeã olímpica e vice-campeã mundial, e a britânica Bryony Page, campeã mundial de 2023 e vice-campeã em 2022, despontam como favoritas ao ouro.
As competições acontecerão no dia 2 de Agosto na Arena Bercy.

GINÁSTICA RÍTMICA
A ginástica rítmica, também conhecida como GR, surgiu no século XIX, na Europa, a partir de uma combinação de exercícios de ginástica artística com música. Em 1946, na Rússia, o termo “rítmica” foi incorporado, destacando a utilização da música e da dança durante a execução dos movimentos. A modalidade combina a dança, as habilidades das ginastas e a harmonia com a música.
A primeira apresentação pública aconteceu em 1948, em Londres. A União Soviética já realizava competições da modalidade, porém, foi apenas em 1962 que a ginástica rítmica foi oficialmente reconhecida como esporte pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), com o nome de Ginástica Rítmica Desportiva (GRD). Depois de quatorze anos, a modalidade virou um esporte olímpico, nas Olimpíadas de Los Angeles, 1984, com as provas individuais. Desde Sidney, em 2000, a modalidade passou a se chamar oficialmente apenas Ginástica Rítmica.
A ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos é um esporte exclusivo para mulheres. As atletas se apresentam em um tablado, e cada apresentação é avaliada por um painel de juízes que considera a dificuldade dos movimentos, a execução técnica, a originalidade e a harmonia entre a música e a coreografia. A modalidade é composta por quatro aparelhos: arco, bola, maças e fita, e é dividida em duas categorias: individual e conjunto.
Na categoria individual, as ginastas competem sozinhas, apresentando-se com cada um dos quatro aparelhos. A prova olímpica consiste na soma do individual geral, ou seja, a soma das pontuações das quatro séries, e cada apresentação deve durar entre 1min15s a 1min30s.
Na prova de conjuntos, cinco ginastas competem juntas em duas apresentações, e cada uma deve durar entre 2min15s e 2min30s. A cada ciclo olímpico, que dura quatro anos, há um rodízio dos aparelhos utilizados nos conjuntos. Para os Jogos Olímpicos de Paris, a primeira apresentação será de 5 arcos e a segunda, chamada de prova mista, será com três fitas e duas bolas.
As ginastas são avaliadas por 12 árbitros, divididos em 3 bancas, que avaliam a dificuldade, o artístico e a execução dos movimentos em notas de 0 a 10. Elas somam pontos de acordo com o número de dificuldades corporais (DB) e com o aparelho (DA), e perdem pontos com erros, saída da área do tablado ou estouro do tempo (0,05 por segundo).

A Rússia é o país que mais possui medalhas, somando 10 de ouro, quatro de prata e duas de bronze. Logo em seguida vem a Bulgária, atuais campeãs olímpicas do conjunto, com um ouro, duas pratas e dois bronzes, e Belarus com quatro pratas e três bronzes.
No Brasil, a ginástica rítmica foi introduzida na década de 1960 por meio da Professora Ilona Peuker. Atualmente, no individual, o Brasil tem se destacado com Bárbara Domingos, que competirá nas Olimpíadas de Paris, e com Maria Eduarda Arakaki, atual capitã do conjunto.

Em Paris, no individual, nomes como Daria Atamanov, de Israel; Darja Varfolomeev, da Alemanha; Sofia Raffaeli, da Itália; além de Stiliana Nikolova e Boryana Kaleyn, da Bulgária, devem disputar diretamente pelo título de campeã olímpica na ginástica rítmica. Na prova de conjuntos, países como Israel, China, Itália e Bulgária são as favoritas para brigar pela medalha de ouro. No entanto, equipes como Espanha e Brasil têm potencial de surpreender e competir em busca de uma medalha.
As competições de ginástica rítmica ocorrerão do dia 8 a 10 de agosto, na Arena Porte de la Chapelle. A modalidade contará com 94 ginastas, sendo 24 nas provas individuais e 14 conjuntos, com cinco integrantes cada. No primeiro dia, as ginastas disputarão as classificatórias individuais, e as 12 melhores passarão para a final no último dia. No segundo dia, serão realizadas as provas de conjuntos, com os países se apresentando com as duas séries, e as 8 melhores equipes se classificarão para a final.

Uruguai e Colômbia se enfrentaram na quarta-feira (10), em confronto válido pela semifinal da Copa América. O jogo ocorreu no Bank of America Stadium, em Charlotte, Carolina do Norte.
EXPECTATIVA INICIAL
A expectativa era de um jogo muito disputado, com grande equilíbrio entre as equipes. Apesar da ótima campanha, a Colômbia ainda enfrentava certa desconfiança, já que o Uruguai seria a melhor adversária até o momento. Pelo lado uruguaio, também havia uma incerteza, já que os comandados de Marcelo Bielsa também haviam enfrentado adversários inferiores.
PRIMEIRO TEMPO
O primeiro tempo começou melhor para a seleção colombiana. A primeira chance surgiu aos 5 minutos, com o volante John Arias recebendo a bola da ponta direita e arriscando de fora da área, uma bola que passou perto da meta do goleiro Rochet. Nesses movimentos iniciais, o atacante Luis Díaz foi o que mais procurou jogo pelo lado da Colômbia.
Aos 14 minutos, após ganhar a disputa de dois defensores uruguaios, Luis Díaz cruzou e o lateral direito Muñoz chegou na área para cabecear, mas errou o alvo. Apesar da pressão colombiana, o Uruguai chegou muito próximo de abrir o placar. Aos 16, o centroavante Darwin Núñez recebeu a bola do meia Valverde, girou, e de frente com o goleiro Vargas chutou para fora.
Após esse bom início colombiano, o Uruguai conseguiu produzir boas chances, principalmente com Darwin. Mas o perigo uruguaio foi interrompido pela forte bola aérea colombiana. Aos 38 minutos, após escanteio cobrado pelo meia e capitão James Rodriguez, a bola cruzou toda a extensão da área e o volante Lerma apareceu na segunda trave, cabeceou e abriu o placar. Com 1 a 0, o jogo ganhou contornos dramáticos.
Pouco antes do fim do primeiro tempo, Munõz acertou uma cotovelada no zagueiro Ugarte, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso de campo. A Colômbia jogou durante todo o segundo tempo com um jogador a menos.

SEGUNDO TEMPO
Como medida para tentar o empate, Marcelo Bielsa iniciou o segundo com duas alterações. Com um homem a mais, o Uruguai teve mais espaços, principalmente no setor de meio campo. Os primeiros quinze minutos foram de muita valorização dos colombianos, com pouca bola rolando. O volante Richard Ríos fez o jogo parar por cinco minutos, devido a uma lesão. Após esse início, o técnico Nestor Lorenzo também promoveu duas alterações, para fechar o time.
A equipe uruguaia conseguiu ter mais volume de jogo. As chances começaram a surgir e a Colômbia demonstrou dificuldades para segurar o ímpeto uruguaio. Mesmo com esse volume de jogo intenso, não houveram grandes chances de gol.
Aos 22 minutos, o centroavante Luis Suárez, que veio do banco de reservas, fez a jogada pela esquerda e cruzou, e após o rebote oferecido pelos defensores, o meia De La Cruz finalizou, para a defesa de Vargas. Aos 25, após boa trama no ataque, Ugarte encontrou Suárez, que quase da marca do pênalti acertou a trave. Foi a chance mais clara do segundo tempo para o Uruguai.
A essa altura do jogo, pouco a seleção colombiana fez. Todas as chances de gol vinham do lado uruguaio e chegavam com perigo. Aos 29 minutos, Valverde recebeu uma bola na intermediária e finalizou com grande perigo à direita de Vargas. O empate parecia questão de tempo, já que a Colômbia não conseguia reagir.
Mas aos 42 minutos, após boa jogada do atacante Sinisterra, o volante Mateus Uribe ficou cara a cara com o goleiro Rochet, mas chutou para fora. Aos 48, outra chance perdida que garantiria a classificação para os colombianos. Numa jogada muito parecida com a anterior, o Uribe ficou novamente de frente com o goleiro, mas dessa vez Rochet conseguiu fazer a defesa. O ótimo jogo terminou com confusão dentro e fora das arquibancadas.

PRÓXIMOS PASSOS
A Colômbia enfrenta a Argentina na final da Copa América, no Hard Rock Stadium, em Miami, no próximo domingo (14), às 21h pelo horário de Brasília. O Uruguai vai para a disputa do terceiro lugar contra o Canadá no sábado (13). O jogo acontece no mesmo Bank of America Stadium, também às 21h pelo horário de Brasília.
O surfe, um dos esportes que mais cresce no mundo, é praticado no mar e classificado como radical. Trata-se de uma modalidade individual que, segundo alguns relatos, surgiu nas Ilhas Polinésias por volta de 1778. Porém, há quem defenda que sua origem está na América do Sul, especificamente no Peru, onde o esporte teria se desenvolvido com o uso de embarcações conhecidas como "Caballito de Totora", há aproximadamente 2000 a 3000 anos. Afinal, a popularidade do surfe só começou a crescer significativamente a partir das décadas de 1970 e 1980, com o início dos campeonatos.
Os lugares que mais se popularizaram na prática do surfe foram o Havaí e os Estados Unidos. Um dos reis desse esporte é Kelly Slater, estadunidense que soma 11 títulos mundiais. Recentemente, aos 52 anos, o maior campeão de todos os tempos anunciou sua aposentadoria do circuito mundial. E em relação às mulheres, Stephanie Gilmore, que representa a Austrália, soma 8 títulos mundiais, com 36 anos, e ainda continua no Championship Tours, ou CT.

No Brasil, o surfe surgiu na década de 1930, mas ganhou grande popularidade apenas na década de 1960. O esporte era praticado nas praias do Rio de Janeiro, destacando atletas importantes da época, como Jorge Paulo, Irencyr Beltrão e Pepê Lopes. Em 1965, foi fundada a Associação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro, e à medida que o esporte ganhava popularidade, espalhou-se por outras regiões do país.
Atualmente, a Confederação Brasileira de Surfe (CBS) é a principal organizadora de campeonatos e institui as regras do surfe no Brasil. A CBS garante a representação nacional no esporte, enquanto a World Surf League (WSL) atua como uma das maiores entidades internacionais de esportes aquáticos.

Fundada em 1975, como Associação Internacional de Surf Profissional (ASP), a instituição começou a organizar competições profissionais em 1976. Em 2015, a entidade adotou o nome World Surf League e, desde então, tem atraído os melhores surfistas do mundo, oferecendo premiações e campeonatos de alto nível. Essa evolução tem incentivado cada vez mais jovens a praticar o surfe, aumentando a visibilidade e a popularidade do esporte globalmente.
Surfe como esporte olímpico
Após uma discussão na sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), realizada na sede do Rio de Janeiro em 2016, foi confirmado que o surfe seria incorporado às Olimpíadas de Tóquio de 2020, junto com outros esportes, como o Skate, por exemplo.
Com a pandemia de Coronavírus, o evento teve que ser adiado para o ano seguinte por questões de segurança. Em julho de 2021, as Olimpíadas começaram, e os representantes brasileiros – Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Tatiana Weston-Webb – embarcaram em busca de conquistar medalhas para o país.
Dois dos representantes foram eliminados durante a competição. Gabriel Medina foi derrotado por Kanoa Igarashi na semifinal, gerando grande comoção e reclamações sobre as notas atribuídas ao brasileiro. Tatiana Weston-Webb foi eliminada nas oitavas de final, pela japonesa Amuro Tsuzuki. No entanto, na estreia do surfe nas Olimpíadas, Ítalo Ferreira superou todos os seus adversários e conquistou a medalha de ouro para o Brasil.

Formato e regulamento
Com previsão de quatro dias para a conclusão do evento, a competição está marcada para a janela entre 27 de julho e 05 de agosto. O local selecionado será destinado ao uso dos atletas seis dias antes das provas, para que os surfistas treinem com exclusividade.
Cada atleta terá a chance de demonstrar suas habilidades em duas oportunidades. Os vencedores do Round 1 irão avançar para o Round 3. Enquanto os surfistas que ocuparem a 2ª e a 3ª colocação, disputarão a Rodada 2 de eliminação.
A partir do Round 2, as baterias serão disputadas apenas por dois surfistas: o vencedor avança e o segundo colocado é eliminado.
Durante as provas, serão disponibilizados 30 minutos para que cada atleta surfe suas melhores ondas. As notas variam de 0 a 10, mas apenas as duas notas mais altas serão calculadas na pontuação final.
Cinco juízes julgarão as ondas, considerando variedade e dificuldade das manobras, força, fluxo, inovação e progressão do repertório dos atletas, combinação, velocidade, potência e fluxo.
As pranchas escolhidas são as “shortboards”, pela facilidade que elas cedem as manobras, devido seu tamanho ser inferior às demais.
Próxima parada: Teahupo’o
Os melhores surfistas do mundo não desembarcarão na França para a disputa dos jogos olímpicos, a competição, na verdade, será em Teahupo’o, no Taiti. Cerca de 16.000 km de distância da capital Paris. A modalidade será a única a não ser disputada no país dos jogos, a decisão do COI se deu porque, durante o verão europeu, as condições não são favoráveis para o surfe no litoral francês. Além disso, a região faz parte do território ultramarino francês, sendo o Taiti a maior ilha da polinésia francesa, o que ajuda no objetivo do comitê organizador, de espalhar os Jogos por toda a França.
E é uma ótima notícia para os brasileiros, que tem bom retrospecto no mar da Oceania. Uma das etapas mais clássicas da Liga Mundial de Surfe (WSL), o local já foi palco de duas vitórias de Gabriel Medina em 2014 e 2018.

Países mais vencedores
A história do Surfe nas olimpíadas ainda é curta, uma vez que a modalidade caminha para a sua segunda participação nos jogos, com Brasil e Estados Unidos somando as duas únicas medalhas de ouro distribuídas até aqui. O brasileiro Ítalo Ferreira, no masculino e, a americana Carissa Moore, no feminino.
Os japoneses têm o maior número de medalhas, mas nenhuma de ouro. A prata é de Kanoa Igarashi, algoz de Gabriel Medina em Tóquio, e o bronze pertence a Amuro Tsuzuki. O quadro de medalhas da modalidade se completa com a prata da sul-africana Bianca Buitendag e o bronze do australiano Owen Wright.

Destaques na modalidade
O Brasil é uma das maiores potências no esporte, e no surfe não é diferente. A geração "Brazilian Storm" (Tempestade Brasileira) é composta por uma nova leva de surfistas brasileiros que demonstram seu potencial no cenário mundial, gerando comoção entre os espectadores. Gabriel Medina, Filipe Toledo, Yago Dora, João Chianca, Ítalo Ferreira e Tatiana Weston-Webb são os destaques dessa geração.
Ítalo Ferreira venceu a última etapa do circuito mundial, o VIVO Rio Pro, em Saquarema e está defendendo seu título – porém, o medalhista de ouro em Tóquio, não se classificou e não estará presente nos Jogos Olímpicos de 2024. Gabriel Medina, tricampeão mundial, após garantir sua vaga para as Olimpíadas, continua defendendo seus três títulos mundiais. Ele foi o primeiro brasileiro a conquistar um título mundial, em 2014, e é reconhecido globalmente pelo seu estilo de surfe e suas medalhas. O último campeão mundial, Filipe Toledo, fez uma pausa em sua carreira, mas também está classificado para surfar nas ondas de Teahupo’o .

João Chianca, conhecido como Chumbinho, ganhou destaque no último ano, chegando às finais e vencendo muitas baterias, conseguindo ser um dos primeiros a se classificar para as Olimpíadas. Tatiana Weston-Webb, uma das representantes brasileiras, também se classificou para os Jogos Olímpicos no ano passado, sendo uma das únicas do Championship Tour a conseguir tal feito. Luana Silva e Tainá Hinckel são as outras surfistas que representarão o Brasil – que vai com força máxima, com seis atletas para os Jogos, mais do que qualquer outro país – e se juntaram à delegação depois do ISA Games, que também garantiu a vaga de Medina.
Além dos brasileiros, John John Florence, havaiano, vem liderando o circuito mundial e vestindo a lycra amarela – usada para identificar o primeiro colocado do CT – em vários eventos. Este ano, Florence participou de quatro finais e acumula uma pontuação de 46.210 pontos. Outro destaque é Griffin Colapinto, o americano que eliminou Medina na última etapa e ficou em terceiro lugar. Jack Robinson, australiano, também tem ganhado destaque nos últimos eventos.
As favoritas ao ouro na competição incluem as brasileiras e outras atletas do circuito mundial. Tatiana Weston-Webb é a principal esperança brasileira para conquistar uma medalha, enquanto Tainá Hinckel e Luana Silva também são grandes promessas neste evento. Além delas, a disputa contará com Caroline Marks, – campeã mundial de 2023 – a costarriquenha Brisa Hennessy, a francesa Johanne Defay, as australiana Tyler Wright, a norte-americana Caitlin Simmers e, a cinco vezes campeã mundial, Carissa Moore.

Esses atletas têm representado um desafio para os brasileiros durante as competições, mas a cada dia, com a força do Brazilian Storm, o Brasil continua se destacando nas competições internacionais.




