Clube critica arbitragem e busca efeito suspensivo; árbitro já foi afastado pela CBF
por
Isabelle Maieru
Jalile Elias
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

 

 

Marlon foi punido com dois jogos pelo STJD. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

 

 

O Grêmio confirmou, nesta terça-feira (25), que dois jogadores e um dirigente do clube foram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por episódios ocorridos na derrota por 1 a 0 para o Red Bull Bragantino, em outubro, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A decisão atinge o lateral Marlon, o zagueiro Kannemann e o diretor de futebol Guto Peixoto.

 

O caso teve origem em dois lances polêmicos. No fim do primeiro tempo da partida, o árbitro Lucas Casagrande interpretou como agressão uma disputa envolvendo Kannemann e expulsou o defensor aos 42 minutos. Já nos acréscimos da etapa final, o juiz marcou pênalti para o Bragantino após a bola tocar no braço de Marlon. O Grêmio alega que o braço do lateral estava colado ao corpo.

 

Após a partida, a divulgação dos áudios do VAR evidenciou uma comunicação desorganizada entre os integrantes da equipe de arbitragem. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afastou o árbitro Lucas Casagrande, justificando que ele passará por “treinamento, aprimoramento e avaliação interna”. O árbitro de vídeo Gilberto Rodrigues Castro Junior também foi afastado pela entidade.

Marlon foi denunciado pelas declarações fortes que deu na saída de campo, quando afirmou que o Grêmio estava sendo “categoricamente roubado” pela arbitragem ao longo do campeonato. A fala acabou pesando no processo.

 

Os dois atletas foram inicialmente denunciados com base no artigo 243-F, que trata de ofensas à honra. No entanto, durante o julgamento, os auditores decidiram classificar novamente a acusação, mas dessa vez para o artigo 258, que aborda condutas contrárias à ética desportiva.

 

O diretor de futebol Guto Peixoto foi enquadrado no artigo 258, §2º, II, por desrespeitar membros da equipe de arbitragem ou reclamar de suas decisões de maneira considerada desrespeitosa.

 

No julgamento, Kannemann recebeu um jogo de suspensão, pena já cumprida automaticamente. Marlon foi punido com dois jogos e deve desfalcar o time nas últimas duas rodadas do Brasileirão contra Fluminense e Sport. Guto Peixoto foi suspenso por 15 dias a partir desta quarta-feira (26).

 

O técnico Mano Menezes não terá Marlon à disposição na reta final do Brasileirão. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

 

O Grêmio também informou que o departamento jurídico recorrerá e solicitará efeito suspensivo para tentar minimizar as consequências das punições.

 

Playoffs de março vão definir as últimas seleções classificadas
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
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26/11/2025 - 12h

As eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 chegaram à sua fase final. São jogos únicos ou semifinais diretas que acontecerão em março do ano que vem e decidirão as últimas vagas do Mundial, sem espaço para correção de rota. O formato cria um cenário de pressão para seleções acostumadas a grandes torneios e abre chance para países que buscam uma rara presença na copa.

Na Europa, 16 seleções disputam quatro vagas nos play offs de março, em confrontos já definidos. A Itália enfrenta a Irlanda do Norte e, se avançar, encara o vencedor de País de Gales e Bósnia. A Ucrânia joga contra a Suécia, enquanto Turquia e Romênia brigam por outra vaga. Dinamarca e Macedônia do Norte se enfrentam em um dos duelos mais equilibrados, e Polônia e Albânia fecham a lista de confrontos. As rotas são formadas por semifinais e finais em jogo único.

A Itália vive o ambiente mais tenso. Depois de duas ausências seguidas em Copas, o técnico Gennaro Gattuso disse que o país “não pode sumir outra vez” e precisa superar o peso dos últimos fracassos. O discurso reflete a cobrança sobre uma seleção com história, mas que ainda tenta se reorganizar após anos de instabilidade.

Jogadores da Itália durante partida contra a Noruega pelas Eliminatórias Europeias
Itália participa da repescagem europeia após perder para a Noruega. Foto: Reprodução/Instagram/@azurri

A repescagem mundial também está definida e reúne seis seleções na disputa por duas vagas na Copa de 2026. Os confrontos iniciais colocam Bolívia contra Suriname e Nova Caledônia disputando vaga com a Jamaica, em jogos únicos. Os vencedores avançam para enfrentar Iraque e República Democrática do Congo, que entram diretamente na fase final por melhor posição no ranking.

Os duelos serão disputados entre o dia 26 e 31 de março, em campo neutro, com decisão em partida única. A tabela cria caminhos diferentes: quem vencer entre Bolívia e Suriname enfrenta o Iraque, enquanto o ganhador da partida entre Nova Caledônia e Jamaica decide vaga contra a RD Congo. É uma etapa curta, mas decisiva, que encerra a corrida global por um lugar no Mundial.

A Copa do Mundo de 2026 começa em 11 de junho, no estádio Azteca, na Cidade do México, com jogo da seleção mexicana. A final está marcada para 19 de julho, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. O sorteio dos grupos será realizado em 5 de dezembro deste ano, em Washington.

Piloto da Red Bull domina corrida urbana, enquanto Lando Norris e Oscar Piastri são punidos por irregularidade técnica e alteram a reta final da temporada
por
Fábio Pinheiro
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26/11/2025 - 12h

No último final de semana, aconteceu o GP de Las Vegas, realizado nas ruas da cidade. A corrida recolocou Max Verstappen (Red Bull Racing) na disputa direta pelo título da Fórmula 1. O piloto da Red Bull venceu com autoridade e viu a dupla da McLaren ser desclassificada após inspeção técnica identificar desgaste irregular na prancha dos carros — o que anulou a segunda e a quarta posições conquistadas por Lando Norris e Oscar Piastri, respectivamente, na pista. Com isso, o campeonato, que parecia encaminhado para Norris, volta a ficar totalmente aberto.

A largada foi agitada. O britânico Norris, que largou da pole position, tentou segurar Verstappen na primeira curva, mas perdeu a liderança logo no início, abrindo espaço para o tricampeão controlar o ritmo da prova do começo ao fim. Verstappen não foi ameaçado nas paradas e aproveitou bem o tráfego da pista urbana, enquanto a McLaren parecia confortável no top 5.
 

Lando Norris ao lado da Sphere, em Las Vegas.
Lando Norris ao lado da Sphere, em Las Vegas. Foto: Reprodução/Instagram/@F1

A corrida também marcou um momento delicado para o brasileiro Gabriel Bortoleto (Kick Sauber) que abandonou ainda na primeira curva após se envolver em um toque com Lance Stroll. (Aston Martin). O incidente jogou seu carro para fora da pista e encerrou sua participação imediatamente. Bortoleto reconheceu o erro após a prova e recebeu punição de cinco posições no grid do GP do Catar, a próxima etapa da temporada.

A punição da McLaren modifica diretamente a tabela: os pontos anulados diminuem a margem de Norris na liderança e aproximam Verstappen e Piastri, deixando os três com chances reais nas duas etapas finais da temporada. As contas agora são apertadas — restam apenas 58 pontos em jogo no Catar e em Abu Dhabi, tornando cada detalhe decisivo.

Com a temporada entrando na reta final, o GP de Las Vegas se consolida como uma das provas mais impactantes do ano — não apenas pela vitória de Verstappen, mas pela reviravolta provocada pelas punições e pelos erros decisivos. A Fórmula 1 agora segue para o Catar com o título ainda em aberto.

Seleção decide o terceiro lugar contra a Itália nesta quinta-feira (27)
por
Antônio Bandeira
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26/11/2025 - 12h

O Brasil está fora da final do Mundial Sub-17. A Seleção empatou por 0 a 0 com Portugal no tempo normal e foi derrotada por 6 a 5 nos pênaltis, nesta segunda-feira (24), no Aspire Zone, em Doha, no Catar. Com o resultado, os portugueses avançaram à decisão contra a Áustria. O Brasil enfrentará a Itália na disputa pelo terceiro lugar.

O jogo foi equilibrado nos primeiros minutos. A melhor chegada brasileira aconteceu aos 19 minutos, quando Dell ganhou uma dividida na área e finalizou duas vezes, mas a defesa portuguesa afastou em cima da linha. Portugal respondeu com mais presença no ataque, pressionando a saída de bola, mas sem criar grandes finalizações.

A segunda etapa teve menos chances. As duas seleções encontraram dificuldade para construir jogadas, e o confronto ficou mais físico. Brasil e Portugal pediram revisões de possíveis expulsões, mas o árbitro manteve as decisões de campo. No fim do tempo regulamentar, Zé Lucas acertou um voleio que passou perto do gol, mas o empate persistiu.

Nas cobranças de pênalti, Dell, Tiaguinho, Zé Lucas, Luis Pacheco e Gabriel Mec marcaram para o Brasil. Ruan Pablo acertou a trave nas cobranças regulares, e Ângelo mandou para fora na sétima cobrança. Do lado português, Tomás Soares, Chelmik, Santiago Verdi, Yoan Pereira, João Aragão e José Neto converteram, enquanto o goleiro Romário isolou a quinta tentativa. A falha brasileira nas cobranças alternadas decidiu a classificação.

Brasil cai para Portugal na semifinal do Mundial Sub-17. Foto: Nelson Terme/CBF (Flickr)
Brasil cai para Portugal na semifinal do Mundial Sub-17. Foto: Nelson Terme/CBF 

Foi a terceira disputa por pênaltis do Brasil no torneio. A equipe já havia avançado contra Paraguai e França nas fases anteriores. Mas nas quartas, venceu a seleção de Marrocos por 2 a 1.

Com a suspensão cumprida, o zagueiro titular Luís Eduardo, que não atuou contra Portugal, volta a ficar disponível para o técnico Dudu Patetuci.

Brasil e Itália jogam pela terceiro colocação nesta quinta-feira (27), às 09h30 (horário de Brasília), novamente no Aspire Zone. A final entre Portugal e Áustria acontece no mesmo dia, às 13h00 (horário de Brasília).

 

Com emoção até os últimos minutos, segunda divisão do Campeonato Brasileiro terminou com o Coritiba campeão
por
Jalile Elias
Isabelle Maieru
Marcela Rocha
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25/11/2025 - 12h
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Brasileirão Série B 2025 se encerrou no último domingo (23) com emoção até a última rodada. Seja na luta pelo acesso ou na briga contra o rebaixamento, os jogos da 38ª rodada foram eletrizantes. O Coritiba, que já havia conquistado o acesso com antecedência, foi o campeão, conquistando o título da segunda divisão do Campeonato Brasileiro pela terceira vez em sua história. 

A equipe comandada por Mozart confirmou a liderança mesmo longe de casa. O Coritiba foi até Manaus e venceu o Amazonas por 2 a 1 com gols de Sebastián Gómez e Iury Castilho. Luan Silva descontou para os donos da casa no Carlos Zamith. Com a vitória, o Coxa fechou o torneio na ponta da tabela, somando 68 pontos.

A briga pelo acesso também teve seus momentos de tensão: Athletico-PR, Chapecoense e Remo completaram o grupo dos times que subiram à Série A de 2026. 

O Athletico Paranaense também carimbou seu retorno à elite. Com a Arena da Baixada lotada, o time conseguiu a quinta vitória seguida ao derrotar o América-MG por 1 a 0. O herói da noite foi o garoto João Cruz, revelado no próprio clube, que marcou o gol que selou o acesso e assegurou a equipe na segunda colocação, com 65 pontos.

A Chapecoense confirmou sua vaga com um triunfo magro, porém decisivo, diante do Atlético-GO: 1 a 0 na Arena Condá, em cobrança de pênalti convertida pelo paraguaio Walter Clar. Já o Remo contou com a força do Mangueirão para virar sobre o Goiás por 3 a 1. Willean Lepo até colocou os goianos em vantagem, mas Pedro Rocha empatou e João Pedro, com dois gols, comandou a reação azulina. Tanto a Chape quanto o Remo fecharam a competição com 62 pontos, na terceira e quarta colocação, respectivamente.

Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF
Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Goiás, que chegou a liderar a Série B e permaneceu no G4 durante boa parte do campeonato, acabou ficando a um passo do retorno à elite. A derrota para o Remo deixou o time estacionado nos 61 pontos e fora da zona de acesso.

Quem também viu o sonho escapar foi o Criciúma. Após ter sido rebaixado na última temporada, a equipe catarinense chegou à rodada final com chances reais de voltar à primeira divisão, mas a derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, na Arena Pantanal, encerrou qualquer possibilidade.

Na outra ponta da classificação, Paysandu, Volta Redonda, Amazonas e Ferroviária não conseguiram evitar o rebaixamento e disputarão a Série C na próxima temporada.

O Paysandu encerrou sua participação na Série B com uma derrota por 2 a 1 diante do Athletic. O resultado serviu para salvar o time mineiro do rebaixamento. Já o Amazonas caiu diante do campeão Coritiba, enquanto o Volta Redonda apenas empatou com o Vila Nova, em Goiânia.

A briga contra a queda também teve seus capítulos finais nesta rodada. A última vaga na zona de rebaixamento estava entre Athletic, Botafogo-SP e Ferroviária. E foi a equipe de Araraquara (SP) que acabou levando a pior: perdeu por 2 a 1 para o Operário-PR, em Ponta Grossa, e acabou confirmando o rebaixamento para a Série C. O Botafogo-SP, que empatou sem gols com o Avaí, conseguiu se manter por mais uma temporada na Série B.

Ranking global de atletas define brasileiros para as Olimpíadas de 2024
por
Ana Clara Souza
Bruna Parrillo
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19/07/2024 - 12h

A poucos dias do início dos Jogos Olímpicos de Verão de 2024, a Federação Internacional de Atletismo (IAAF), fechou o ranking global e confirmou a equipe que vai representar o Brasil: com 42 atletas representando o país. As disputas do atletismo estão programadas para começar no dia 01 de agosto, com a prova individual feminina de marcha atlética de 20km, em que as atletas farão a chegada no Trocadéro, com a Torre Eiffel como plano de fundo. 

Surgimento do esporte

A história do atletismo se cruza com a das Olimpíadas. Na primeira edição dos Jogos da Antiguidade, em 776 a.C, na Grécia Antiga, a única prova realizada foi uma corrida de aproximadamente 200m, que consagrou o cozinheiro Coroebus de Elis, como primeiro campeão olímpico. Esse evento estabeleceu a ideia de celebrar o potencial humano em diversas formas de competição esportiva e instituiu o atletismo como uma das principais categorias das Olimpíadas

Além das provas de corridas, havia um pentatlo, que incluía salto em distância, lançamento de disco, lançamento de dardo e luta. O lema dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, “Citius, Altius, Fortius” – do latim “mais alto, mais rápido, mais forte” – expressavam a valorização dos gregos à força, agilidade e habilidade. Essas habilidades acompanham as provas desse que é o mais antigo esporte olímpico, até os dias de hoje.

Atleta Ray Ewry realizando um salto
O americano Ray Ewry ganhou oito ouros em Olimpíadas nas provas sem corridas de salto em distância, salto em altura e salto triplo, modalidades que não existem mais no atletismo. – Foto: COI/Divulgação

O formato moderno do atletismo surgiu na Inglaterra, por volta de 1849, e definiu o conjunto de atividades que representam o esporte atualmente. Além das corridas (rasas, com barreiras e com obstáculos) e provas combinadas (decatlo para os homens e heptatlo para as mulheres), as modalidades incluem também a marcha atlética, saltos, provas com revezamentos de atletas, arremessos e lançamentos.

Em 1912, foi criada a Associação Internacional de Federações de Atletismo, com sede em Londres. Atualmente World Athletics, o órgão é responsável por regulamentar as competições de atletismo em nível global, estabelecendo normas e certificando os recordes mundiais alcançados pelos atletas.

Trajetória Olímpica

Nos Jogos Olímpicos da era moderna, o atletismo está presente desde a primeira edição, na cidade de Atenas, em 1896. Desde então, o esporte passou por alterações e recebeu inovações tecnológicas. As corridas ganharam aparelhos que registram o exato momento em que os atletas cruzam a linha de chegada e novos instrumentos – como a vara utilizada nos saltos, que antes eram de madeiras, hoje são feitas de fibra de carbono ou de vidro, o que proporciona a flexibilidade para os atletas irem cada vez mais alto.

Um dos eventos esportivos mais prestigiados pelo mundo dentro do atletismo, é a corrida dos 100m, que consagra o homem mais veloz do mundo. Após o surgimento da IAAF, a marca de 10.60s alcançada por Donald Lippincott, em 6 de julho de 1912, na Saint Moritz 1948, foi registrada como inicial. Nas Olimpíadas de Londres 2012, com o Usain Bolt, esse número caiu para 9.63s e permanece como o recorde da prova.

Mulheres disputando uma corrida nas Olimpíadas em 1928
Estreia do atletismo feminino no programa olímpico aconteceu em Amsterdã 1928, Elizabeth Robinson (no meio) foi a primeira vencedora dos 100m. – Foto: USA Team/Divulgação

O atletismo é o esporte olímpico que mais distribui medalhas. Os Estados Unidos dominam essa competição com 826 conquistas, o que os coloca no topo do ranking. A diferença para o Reino Unido é chamativa, os britânicos vêm atrás, com 209. Em seguida, aparece a União Soviética e suas 192 medalhas. O Brasil é o 36° país que mais subiu ao pódio no atletismo, 19 vezes no total, com cinco ouros, três pratas e onze medalhas de bronze. 

Modalidades do Atletismo

As modalidades do atletismo contam com o mesmo número de provas masculinas e femininas, além de dois eventos mistos, que totalizam 48 disputas por medalhas. São elas:

Provas de pistas

Corridas de 100, 200 e 400 metros rasos;

Corridas de 800, 1.500, 5.000 e 10.000 metros;

Corrida de 100m com barreiras (feminino) e 110m com barreiras (masculino);

Corrida de 400m com barreiras;

Corrida 3.000m com obstáculos;

Revezamento 4x100m;

Revezamento 4x400m (masculino, feminino e misto).

Provas de estrada

Marcha atlética 20km;

Marcha atlética mista de 35km – prova estreante que substitui a marcha masculina de 50 km;

Maratona de 42km.

Provas de campo

Salto em distância;

Salto triplo;

Salto em altura;

Salto com vara;

Arremesso de peso;

Lançamento de disco;

Lançamento de martelo;

Lançamento de dardo.

Provas combinadas

Feminino: heptatlo (saltos em altura e em distância, corridas de 100m, 200m e 800m e arremessos de dardo e de peso);

Masculino: decatlo (salto em altura, salto em distância, salto com vara, arremessos de peso, disco e dardo, e corridas de 100m, 400m, 500m e 110m com barreiras).

Regras

As normas se adequam as diferentes práticas esportivas: as corridas são disputadas em uma pista que tem o formato oval, 400m de comprimento e oito raias, que dividem o espaço para cada competidor realizar o seu tempo de prova. Na pista ocorrem tanto as provas de curta distância, como a de 100m, quanto as mais longas, que chegam até a 10.000m.

Na largada das corridas de curta distância, os atletas precisam estar em uma posição específica de quatro apoios, que consiste em encostar os pés em um bloco de largada e sustentar o tronco do corpo com as mãos no chão.

Nas modalidades com barreiras, os atletas devem saltar por dez travessões durante a prova – de 100m para as mulheres e 110m para os homens – dispostas em diferentes distâncias entre si. Na disputa feminina, as barras tem 83,8 centímetros de altura, e na masculina, tem 1,067 metros. Na prova de 3.000m com obstáculos, os participantes, além das barreiras, – que nessa prova tem uma altura menos – devem passar por fossos de água, que podem chegar a 70 cm de profundidade.

Na marcha atlética, os atletas devem manter o contato contínuo dos pés com o solo. Outra peculiaridade está na perna que avança, que deve permanecer reta desde o primeiro contato com o solo até que esteja na posição vertical. O descumprimento dessas regras são motivos para desqualificação nas provas. 

Na categoria individual, podem ser disputados o circuito de 20 km (feminino e masculino). Neste ano, o percurso de 50 km, que era apenas para homens, foi substituído por uma prova de revezamento misto com a distância total de uma maratona (42,195 km).

Os arremessos a distância possui quatro subcategorias: arremesso de peso, lançamento de disco, lançamento de martelo e lançamento de dardo. O objetivo em comum é atingir a maior distância possível, com seis tentativas para cada esportista. No entanto, só será válido se o implemento cair no setor de queda e se o atleta não ultrapassar a área de lançamento. 

Entre a categoria de saltos, existem quatro principais disciplinas: salto em distância, triplo, altura e com vara. O objetivo em comum é alcançar a maior distância ou altura, combinando força, técnica e precisão durante a execução do salto. Cada disciplina tem suas regras específicas, mas todas elas utilizam a mesma forma de medição, que é feita a partir da marca mais próxima onde qualquer parte do corpo do atleta tocou o solo após o salto.

As provas de revezamento utilizam coordenação e velocidade para completar a corrida com menor tempo possível com trocas de bastão. A zona onde o bastão tem que ser trocado tem 20 metros de comprimento e a equipe é desqualificada se o bastão for derrubado, se houver interferência de outras equipes ou se a troca ocorrer fora da zona de passagem.

Onde acontecem as provas em Paris 2024?

O principal palco das competições de atletismo será o Stade de France, arena poliesportiva e maior estádio do país. Em 2024, a clássica pista avermelhada dará lugar a um chão roxo, feito com um novo material, que promete ser ainda mais rápido que o de Tóquio 2020. Com a inovação, é esperado que recordes sejam batidos nestes Jogos.

Estádio poliesportivo da França
Pista roxa do Stade de France foi feita com recursos sustentáveis na Itália e é projetada para quebrar recordes. – Foto: Olympics/Divulgação

O Trocadéro, famoso ponto turístico que encara a Torre Eiffel, será o primeiro cenário da programação para o atletismo, onde as marchas atléticas iniciam as disputas. Já a  praça na frente do Hôtel de Ville, prefeitura localizada no centro de Paris, recebe a largada da maratona de 42km, os atletas também terão como plano de fundo o jardim da Esplanada des Invalides enquanto percorrem.

O percurso da maratona inclui nove cidades, entre elas, Paris e Versalhes, passando por diversos cartões postais do país. E, pela primeira vez, esse trajeto também poderá ser feito por 20.024 corredores amadores, na noite do dia 10 de agosto, entre a prova masculina e a feminina – que acontecem nas manhãs dos dias 10 e 11, respectivamente.

Time Brasil

Para Paris 2024, o Brasil tem 15 vagas garantidas por meio do índice olímpico, marca mínima estabelecida pela IAAF, que classifica os atletas a disputarem os Jogos. Além dessas, outras 22 foram conquistadas pelo ranking global e cinco são destinadas aos revezamentos masculinos.

Alison dos Santos, conhecido como Piu, entra como um dos favoritos na disputa dos 400 m rasos e 400 m com barreiras, tendo se classificado em julho de 2023, nas etapas de Polônia e Mônaco da Liga Diamante. O atleta, que foi bronze nas Olimpíadas de Tóquio 2020, vai à Paris em busca de mais uma medalha.

Alison dos Santos com a bandeira do Brasil
Campeão mundial dos 400m com barreiras em 2022, Piu é uma das esperanças brasileiras para conquista do ouro em Paris 2024. – Foto: Abbie Parr/Getty Images

Na marcha atlética, Caio Bonfim é um nome com chances de medalha brasileira. Erica Sena e Viviane Lyra também se classificaram para a prova de 20 km. Bonfim e Lyra foram os definidos para disputar a marcha com revezamento misto, prova que estreia no programa dos Jogos Olímpicos de 2024. A dupla foi a responsável por uma medalha de bronze para o Brasil na estreia da prova nos Jogos Pan Americanos de 2023, em Santiago. 

O Troféu Brasil de Atletismo 2024, que foi disputado entre os dias 27 e 30 de junho no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro (CTPB) em São Paulo, foi a última oportunidade para os brasileiros somarem pontos em busca de uma vaga olímpica. O torneio nacional certificou a ida à Paris de mais dois brasileiros pelo índice olímpico: Luiz Maurício da Silva, venceu a prova do lançamento de dardo e estabeleceu o novo recorde sul-americano (85,57m), e Eduardo de Deus, o Du Trem Bala, para a disputa dos 110m com barreiras.

Luiz Mauricio em prova de lançamento de dardo
Luiz Maurício conquistou o ouro, o recorde sul-americano e a vaga olímpica no Troféu Brasil 2024. – Foto: Wagner Carmo/CBAt

O campeão olímpico – no Rio de Janeiro, em 2016 – de salto com vara, Thiago Braz, que esteve suspenso por doping, conseguiu uma liminar para participar do Troféu Brasil, mas não conseguiu saltar a marca de 5.82m, necessária  para classificação e ficou fora das Olimpíadas.

O doping também tirou um atleta do Time Brasil, que estava previamente classificado para Paris. Daniel Nascimento, ou Danielzinho, foi suspenso pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) pela presença de substâncias ilícitas em seus exames. O atleta foi o responsável por marcar o melhor tempo de um atleta nascido fora do continente africano na Maratona de Seul, em 2h04min51s.

Confira a lista completa dos brasileiros classificados para os eventos do atletismo:

Pelo índice olímpico

Alison dos Santos - 400m com barreiras e revezamento 4x400m masculino;

Almir Júnior - Salto triplo;

Caio Bonfim - Marcha atlética 20km e revezamento misto;

Darlan Romani - Arremesso de peso;

Eduardo de Deus - 110m com barreiras;

Erica Sena - Marcha atlética 20km;

Erik Cardoso - 100m rasos e revezamento 4x100m masculino;

Felipe Bardi - 100m rasos e revezamento 4x100m masculino;

Izabela Silva - Lançamento do disco;

Lucas Carvalho - 400m rasos e revezamento 4x400m masculino;

Luiz Maurício da Silva - Lançamento de dardo;

Matheus Lima - 400m rasos, 400m com barreiras e revezamento 4x400m masculino;

Rafael Pereira - 110m com barreiras;

Viviane Lyra - Marcha atlética 20km e revezamento misto.

Pelo ranking global de atletismo

Ana Carolina Azevedo - 100m rasos e 200m rasos;

Ana Caroline Silva - Arremesso de peso;

Andressa de Morais - Lançamento do disco;

Chayenne da Silva - 400m com barreiras;

Gabriela de Souza - Marcha atlética;

Gabriele Santos - Salto triplo;

Eliane Martins - Salto em distância;

José Fernando 'Baloteli' Santana - Decatlo

Fernando Ferreira - Salto em altura;

Flávia Maria de Lima - 800 metros;

Jucilene Sales de Lima - Lançamento do dardo;

Juliana de Menis Campos - Salto com vara;

Lissandra Campos - Salto em distância;

Lorraine Martins - 200m rasos;

Lucas Marcelino - Salto em distância;

Matheus Correa - Marcha atlética;

Paulo André Camilo - 100m rasos e revezamento 4x100m masculino;

Pedro Nunes - Lançamento do dardo

Renan Gallina - 200m rasos e revezamento 4x100m masculino;

Tatiane Raquel da Silva - 3.000m com obstáculos;

Tiffani Marinho - 400m rasos;

Valdileia Martins - Salto em altura;

Vitória Rosa - 100m rasos;

Wellington 'Maranhão' - Arremesso de peso.

Outros convocados

Douglas Hernandes – revezamento 4x400m masculino

Gabriel Garcia - revezamento 4x100m rasos

Jadson Erick Lima – revezamento 4x400m masculino

Lucas Vilar – revezamento 4x400m masculino

Além desses nomes, Max  Batista (marcha atlética), Livia Avancini (arremesso de peso) e Hygor Soares (revezamento 4x100m masculino), ainda podem aparecer na lista de atletas da delegação brasileira. Os três são elegíveis, mas foram retirados da lista por um caso relacionado a testes anti doping não realizados durante o ciclo olímpico, sendo que a World Athletics estabelece uma quantidade mínima a ser realizada no período.

A seleção tornou-se a maior campeã da história da competição após vitória contra a Inglaterra.
por
Giovanna Brito
|
18/07/2024 - 12h

 

Neste domingo (14) ocorreu a final da Eurocopa entre Espanha e Inglaterra, no Estádio Olímpico de Berlim. A equipe espanhola saiu vencedora por 2 a 1 e se tornou a maior vencedora da competição com quatro títulos. Lamine Yamal e Rodri, jogadores espanhóis, também foram destaques e levaram o prêmio de “melhor jogador jovem da Euro” e “melhor jogador da Euro”, respectivamente. Além do jogo, foi destaque a cerimônia de abertura da competição com o show da banda OneRepublic ao lado dos artistas Meduza e Leony. 

Cerimonia de abertura da Eurocopa 2024, no estádio olímpico de Berlim. Na foto, a festança conta com fogo, instrumentistas, cantores e uma performance teatral ao fundo.
Cerimônia de encerramento da Euro 2024. Foto: Angelika Warmuth/Reuters.

 

O primeiro tempo foi equilibrado, com as duas seleções tentando buscar espaço para finalizar, mas sem sucesso.

As duas maiores ameaças dessa etapa foram aos 11 minutos, Nico Williams invadiu a área inglesa teve uma finalização bloqueada pelo zagueiro Stones, e nos acréscimos, Rice levantou a bola para área, em uma cobrança de falta, e Foden finalizou contra Unai Simón, que defendeu a tentativa.

A partida foi para o intervalo com o placar zerado e com poucas emoções para os torcedores.

Da esquerda para direita, jogador espanhol no chão, jogador inglês no chão e mais um jogador espanhol tentando alcançar outro jogador inglês que esta com a bola. Ao fundo, a torcida toda na arquibancada.
Foden em tentativa de gol na final da Euro. Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters.

 

O sentimento mudou no primeiro minuto do segundo tempo: Yamal, após receber a bola, passou por dois marcadores e rolou para Nico Williams, que estava dentro da área e chutou direto para o gol, marcando o primeiro da partida para a Espanha. 

Foi com a entrada de Palmer que o rumo dos ingleses se tornou outro, o atacante recebeu a bola de Bellingham de fora da área e chutou sem pensar, igualando o placar para os “Three Lions” e deixando a partida ainda mais acirrada.

Mas, mais uma vez, a Espanha tomou a liderança. Aos 86 minutos, Cucurella cruzou rasteiro para Oyarzabal que antecipou a marcação e balançou as redes, desempatando o jogo. A Inglaterra continuou tentando até os últimos minutos e a Espanha ficou na defesa. Perto do final da partida, Rice cabeceou na área inimiga, Unai Simón defendeu, Guéhi finalizou no rebote, Dani Olmo tirou em cima da linha e Rice tentou mais uma vez, mas mandou a bola para cima do gol.

Mesmo com a tentativa, não deu para os ingleses e o jogo terminou 2 a 1 para os espanhóis.

À esquerda, Lamine Yamal comemora dançando. Na direita, Nico Williams pula, acompanhando o colega.
Yamal e Williams comemorando o primeiro gol da partida. Foto: INA FASSBENDER/AFP.
Palmer faz sua comemoração clássica, enquanto os jogadores companheiros correm comemorando.
Palmer em comemoração após pontuar para a Inglaterra. Foto: Lee Smith/REUTERS.

 

Com a conquista, a Espanha se tornou a maior vencedora do campeonato, sendo a única tetracampeã. Além disso, a seleção chegou ao título com 100% de aproveitamento em todos os jogos.. A atuação do time ainda contou com nomes que se tornaram destaques em toda a competição, como Williams, Yamal, Oyarzabal, Rodri, entre outros.

Com o final da Euro, a Espanha volta a jogar dia 05 de setembro, às 15h45 (horário de Brasília), contra a Sérvia, pela fase de grupos da Liga das Nações. Já a Inglaterra volta dia 07 de setembro, às 13h (horário de Brasília), contra a Irlanda pela mesma competição.

Todos os jogadores da Espanha no palco da comemoração da Eurocopa 2024, após ganharem a competição.
Comemoração da seleção da Espanha após título. Foto: Kai Pfaffenbach/REUTERS.

 

Como funcionam as diferentes modalidades, as promessas brasileiras e os favoritos à Paris 2024
por
Chloé Dana
Luciana Zerati
Luiza Zequim
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17/07/2024 - 12h

A ginástica promete se destacar como uma das modalidades mais emocionantes e visualmente admiráveis nas Olimpíadas de Paris. Com três divisões que possuem características e elementos próprios, música, técnica e movimentos corporais se misturam em apresentações individuais e coletivas. No contexto nacional, os atletas brasileiros conquistam vagas de peso e aumentam as chances de medalhas.

 

GINÁSTICA ARTÍSTICA

A ginástica artística, também conhecida como GA, surgiu na Grécia Antiga com o objetivo de “manter o corpo em forma” e para treinamento militar. Ela se tornou um esporte apenas a partir do século XIX, no ano de 1811. A modalidade faz parte dos Jogos desde a primeira edição da Era Moderna, em Atenas, no ano de 1896. Na estreia do esporte, apenas cinco países participaram, competindo em quatro aparelhos. A participação das mulheres na modalidade só teve início nas Olimpíadas de Amsterdã, em 1928. 

Nos Jogos Olímpicos de Ginástica Artística, cada competição é estruturada com critérios específicos para os aparelhos masculinos e femininos. No total, seis aparelhos são dedicados aos homens e quatro às mulheres, cada um com suas próprias definições de tempo e regras. Os ginastas que se apresentam em todos os aparelhos competem pelo Prêmio Individual Geral, que soma as notas de todos os aparelhos, embora cada um também conceda suas medalhas individualmente.

Os aparelhos são divididos em três categorias: exclusivamente masculinos (cavalo com alças, argolas, paralelas e barra), exclusivamente femininos (barras assimétricas e trave) e mistos (solo e salto). Cada aparelho tem suas próprias especificidades e contribuições para o resultado da competição.

As notas são calculadas com base no grau de dificuldade e na perfeição da execução das apresentações. Erros e quedas resultam em descontos de pontos, mas não levam à eliminação. Elementos de grande dificuldade conectados entre si podem receber pontos extras. A pontuação final é determinada pela soma da Nota de Dificuldade (Nota D), que varia de A (0,0) a I (0.90), a depender da composição da apresentação, com os árbitros contando os elementos mais difíceis (até 8 no feminino e 10 no masculino), e pela Nota de Execução (Nota E), que parte de 10 e sofre descontos por falhas apresentadas na série. As competições de equipes premiam os países com a melhor soma de notas de todos os seus atletas. 

Durante as apresentações, os atletas são avaliados por um painel de nove árbitros, com dois especializados no painel de Dificuldade (D) e sete no painel de Execução (E), podendo incluir árbitros adicionais conforme necessário.

Na ginástica artística, os atletas se apresentam usando collant para as mulheres e leotard com short ou calça para os homens. Ambos usam pés descalços, meias ou sapatilhas, além de acessórios como protetores de couro, pó de magnésio para melhor aderência e munhequeiras. Para as mulheres, é essencial prender bem os cabelos em coques ou penteados para evitar qualquer interferência durante a performance.

Atualmente, os países que possuem mais medalhas são União Soviética (182 medalhas); Estados Unidos (117 medalhas); Japão (103 medalhas); China (69 medalhas) e Romênia (69 medalhas ).

O Brasil conquistou seis medalhas na ginástica artística até o momento. No feminino, destacam-se Rebeca Andrade, Flávia Saraiva e Jade Barbosa, todas medalhistas de prata no último mundial. Essas atletas têm apresentado performances consistentes, garantindo pódios e mostrando um alto nível de habilidade. Completando a equipe feminina, estão Júlia Soares e Lorrane Oliveira, que também contribuem para o sucesso do país na modalidade.

 

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Seleção Brasileira de Ginástica Artística classificada para Paris 2024. – Foto: Reprodução/Globo Esporte

 

No masculino, a equipe brasileira é representada por Diogo Soares e Arthur Nory. Apesar de não estarem com a equipe completa, ambos os atletas têm mostrado um desempenho competitivo. A presença desses ginastas no cenário internacional destaca o potencial do Brasil na ginástica artística, com perspectivas promissoras para o futuro da modalidade.

Rebeca Andrade, representante brasileira na ginástica artística, é uma das favoritas à medalha nas Olimpíadas de 2024, se destacando especialmente no salto. Sua reputação foi solidificada ao conquistar duas medalhas de ouro no Troféu Brasil, última competição pré-olímpica.

Enquanto isso, no cenário internacional, o retorno de Simone Biles tem atraído grande atenção, liderando uma equipe americana reconhecida por sua força. Skye Blakely também se destaca como uma aposta promissora, com um desempenho impressionante. A atual campeã do Prêmio Individual Geral, Suni Lee, continua a ser uma forte competidora pela equipe norte-americana. No lado masculino, Brody Malone retorna após lidar com uma lesão no joelho, enquanto Frederick Richard, detentor do título de campeão geral, continua a ser uma figura dominante na competição. Khoi Young, tricampeão de medalhas, também é uma presença notável, trazendo sua experiência e habilidade para a disputa.

Em Paris, As performances irão acontecer do dia 27 de julho a 5 de agosto, e todas as apresentações serão no ginásio da Arena Bercy .

 

GINÁSTICA DE TRAMPOLIM

A Ginástica de Trampolim traz 32 atletas para disputarem 6 medalhas em 2024. Anteriormente as acrobacias presentes na modalidade eram usadas em treinamentos e apresentações circenses, e a prática, só se tornou esporte, em 1936. George Nissen, professor de educação física, foi o responsável por patentear a primeira cama elástica e colocar o conjunto de regras oficiais, dando início às competições. Nos Jogos de Sydney, em 2000, a ginástica de trampolim foi apresentada como modalidade olímpica oficial. 

Os ginastas executam duas provas individuais, cada uma composta por uma sequência de elementos técnicos – dez em cada, sem interrupções. As apresentações são compostas por acrobacias, piruetas, saltos e mortais que podem chegar a 7 metros de altura, realizadas em uma área demarcada. 

 

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Os atletas podem chegar a cerca de oito metros de altura quando saltam no trampolim. – Foto: Jamie Squire / Getty Images

 

Na avaliação, os árbitros levam em conta a dificuldade, a execução, o deslocamento horizontal, e o tempo de voo. Além disso, um equipamento eletrônico, colocado abaixo do trampolim, é responsável por gerar os dados do deslocamento e tempo, auxiliando os jurados. Na fase eliminatória, os atletas executam as duas séries livres e somente a maior nota é a utilizada. A partir das quartas de final só uma série livre é apresentada.

A China é a principal medalhista da modalidade. Das 36 medalhas distribuídas no total, 14 são chinesas, sendo quatro dessas de ouro. Seguindo a tabela, Canadá tem sete e a Rússia fecha o pódio, com quatro. 

Neste ano, o Brasil será representado na competição feminina por Camilla Lopes, promessa brasileira, a ginasta se destacou em campeonatos mundiais e aumenta as chances de um lugar brasileiro no pódio. Em 2023, ela conseguiu finalizar o campeonato mundial em 8° lugar,  e se tornou a primeira brasileira a conseguir uma dupla medalha de ouro na Copa do Mundo de Baku, em 2022. 

Já no masculino, Rayan Dutra se classificou pelo ranking da Copa do Mundo. Com pouca tradição na modalidade, a classificação de dois brasileiros, em ambas as divisões, simboliza uma grande conquista para o esporte nacional. 

 

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Camilla Lopes e Rayan Dutra, atletas brasileiros em comemoração aos campeonatos – Foto: Miriam Jeske/COB

 

No cenário mundial, Yan Langyu, da China, o atual campeão mundial, aparece como um dos favoritos ao ouro. Assim como Ryusei Nishioka, do Japão, que conquistou o vice-campeonato em 2021 e a medalha de bronze no último campeonato mundial, em Birmingham.

No feminino, Zhu Xueying, da China, atual campeã olímpica e vice-campeã mundial, e a britânica Bryony Page, campeã mundial de 2023 e vice-campeã em 2022, despontam como favoritas ao ouro.

As competições acontecerão no dia 2 de Agosto na Arena Bercy.

 

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Programação dos horários das provas da Ginástica de Trampolim Paris 2024 – Foto: Divulgação/Olympics

 

GINÁSTICA RÍTMICA

A ginástica rítmica, também conhecida como GR, surgiu no século XIX, na Europa, a partir de uma combinação de exercícios de ginástica artística com música. Em 1946, na Rússia, o termo “rítmica” foi incorporado, destacando a utilização da música e da dança durante a execução dos movimentos. A modalidade combina a dança, as habilidades das ginastas e a harmonia com a música.

A primeira apresentação pública aconteceu em 1948, em Londres. A União Soviética já realizava competições da modalidade, porém, foi apenas em 1962 que a ginástica rítmica foi oficialmente reconhecida como esporte pela Federação Internacional de Ginástica (FIG), com o nome de Ginástica Rítmica Desportiva (GRD). Depois de quatorze anos, a modalidade virou um esporte olímpico, nas Olimpíadas de Los Angeles, 1984, com as provas individuais. Desde Sidney, em 2000, a modalidade passou a se chamar oficialmente apenas Ginástica Rítmica.

A ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos é um esporte exclusivo para mulheres. As atletas se apresentam em um tablado, e cada apresentação é avaliada por um painel de juízes que considera a dificuldade dos movimentos, a execução técnica, a originalidade e a harmonia entre a música e a coreografia. A modalidade é composta por quatro aparelhos: arco, bola, maças e fita, e é dividida em duas categorias: individual e conjunto.

Na categoria individual, as ginastas competem sozinhas, apresentando-se com cada um dos quatro aparelhos. A prova olímpica consiste na soma do individual geral, ou seja, a soma das pontuações das quatro séries, e cada apresentação deve durar entre 1min15s a 1min30s. 

Na prova de conjuntos, cinco ginastas competem juntas em duas apresentações, e cada uma deve durar entre 2min15s e 2min30s. A cada ciclo olímpico, que dura quatro anos, há um rodízio dos aparelhos utilizados nos conjuntos. Para os Jogos Olímpicos de Paris, a primeira apresentação será de 5 arcos e a segunda, chamada de prova mista, será com três fitas e duas bolas.

As ginastas são avaliadas por 12 árbitros, divididos em 3 bancas, que avaliam a dificuldade, o artístico e a execução dos movimentos em notas de 0 a 10. Elas somam pontos de acordo com o número de dificuldades corporais (DB) e com o aparelho (DA), e perdem pontos com erros, saída da área do tablado ou estouro do tempo (0,05 por segundo).

 

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Conjunto brasileiro em apresentação no Mundial de GR, onde conquistou a vaga para Paris 2024. – Foto: Ricardo Bufolin/CBG

 

A Rússia é o país que mais possui medalhas, somando 10 de ouro, quatro de prata e duas de bronze. Logo em seguida vem a Bulgária, atuais campeãs olímpicas do conjunto, com um ouro, duas pratas e dois bronzes, e Belarus com quatro pratas e três bronzes. 

No Brasil, a ginástica rítmica foi introduzida na década de 1960 por meio da Professora Ilona Peuker. Atualmente, no individual, o Brasil tem se destacado com Bárbara Domingos, que competirá nas Olimpíadas de Paris, e com Maria Eduarda Arakaki, atual capitã do conjunto.

 

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Bárbara Domingos será a representante brasileira no individual de Ginástica Rítmica. – Foto: Ricardo Bufolin/CBG

 

Em Paris, no individual, nomes como Daria Atamanov, de Israel; Darja Varfolomeev, da Alemanha; Sofia Raffaeli, da Itália; além de Stiliana Nikolova e Boryana Kaleyn, da Bulgária, devem disputar diretamente pelo título de campeã olímpica na ginástica rítmica. Na prova de conjuntos, países como Israel, China, Itália e Bulgária são as favoritas para brigar pela medalha de ouro. No entanto, equipes como Espanha e Brasil têm potencial de surpreender e competir em busca de uma medalha.

As competições de ginástica rítmica ocorrerão do dia 8 a 10 de agosto, na Arena Porte de la Chapelle. A modalidade contará com 94 ginastas, sendo 24 nas provas individuais e 14 conjuntos, com cinco integrantes cada. No primeiro dia, as ginastas disputarão as classificatórias individuais, e as 12 melhores passarão para a final no último dia. No segundo dia, serão realizadas as provas de conjuntos, com os países se apresentando com as duas séries, e as 8 melhores equipes se classificarão para a final.

Com a vitória, a seleção colombiana enfrenta a argentina na sua terceira final disputada na história da Copa América
por
Gustavo Oliveira de Souza
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17/07/2024 - 12h
foto do jogo
Castaño celebrando a vitória. Crédito: Chandan Khanna/AFP

Uruguai e Colômbia se enfrentaram na quarta-feira (10), em confronto válido pela semifinal da Copa América. O jogo ocorreu no Bank of America Stadium, em Charlotte, Carolina do Norte.

EXPECTATIVA INICIAL

A expectativa era de um jogo muito disputado, com grande equilíbrio entre as equipes. Apesar da ótima campanha, a Colômbia ainda enfrentava certa desconfiança, já que o Uruguai seria a melhor adversária até o momento. Pelo lado uruguaio, também havia uma incerteza, já que os comandados de Marcelo Bielsa também haviam enfrentado adversários inferiores. 

PRIMEIRO TEMPO 

O primeiro tempo começou melhor para a seleção colombiana. A primeira chance surgiu aos 5 minutos, com o volante John Arias recebendo a bola da ponta direita e arriscando de fora da área, uma bola que passou perto da meta do goleiro Rochet. Nesses movimentos iniciais, o atacante Luis Díaz foi o que mais procurou jogo pelo lado da Colômbia. 

Aos 14 minutos, após ganhar a disputa de dois defensores uruguaios, Luis Díaz cruzou e o lateral direito Muñoz chegou na área para cabecear, mas errou o alvo. Apesar da pressão colombiana, o Uruguai chegou muito próximo de abrir o placar. Aos 16, o centroavante Darwin Núñez recebeu a bola do meia Valverde, girou, e de frente com o goleiro Vargas chutou para fora. 

Após esse bom início colombiano, o Uruguai conseguiu produzir boas chances, principalmente com Darwin. Mas o perigo uruguaio foi interrompido pela forte bola aérea colombiana. Aos 38 minutos, após escanteio cobrado pelo meia e capitão James Rodriguez, a bola cruzou toda a extensão da área e o volante Lerma apareceu na segunda trave, cabeceou e abriu o placar. Com 1 a 0, o jogo ganhou contornos dramáticos. 

Pouco antes do fim do primeiro tempo, Munõz acertou uma cotovelada no zagueiro Ugarte, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso de campo. A Colômbia jogou durante todo o segundo tempo com um jogador a menos. 

foto do jogo
Lerma comemorando o gol. Crédito: Nick Tre. Smith/Icon Sportswire

SEGUNDO TEMPO

Como medida para tentar o empate, Marcelo Bielsa iniciou o segundo com duas alterações. Com um homem a mais, o Uruguai teve mais espaços, principalmente no setor de meio campo. Os primeiros quinze minutos foram de muita valorização dos colombianos, com pouca bola rolando. O volante Richard Ríos fez o jogo parar por cinco minutos, devido a uma lesão. Após esse início, o técnico Nestor Lorenzo também promoveu duas alterações, para fechar o time.

A equipe uruguaia conseguiu ter mais volume de jogo. As chances começaram a surgir e a Colômbia demonstrou dificuldades para segurar o ímpeto uruguaio. Mesmo com esse volume de jogo intenso, não houveram grandes chances de gol. 

Aos 22 minutos, o centroavante Luis Suárez, que veio do banco de reservas, fez a jogada pela esquerda e cruzou, e após o rebote oferecido pelos defensores, o meia De La Cruz finalizou, para a defesa de Vargas. Aos 25, após boa trama no ataque, Ugarte encontrou Suárez, que quase da marca do pênalti acertou a trave. Foi a chance mais clara do segundo tempo para o Uruguai. 

A essa altura do jogo, pouco a seleção colombiana fez. Todas as chances de gol vinham do lado uruguaio e chegavam com perigo. Aos 29 minutos, Valverde recebeu uma bola na intermediária e finalizou com grande perigo à direita de Vargas. O empate parecia questão de tempo, já que a Colômbia não conseguia reagir. 

Mas aos 42 minutos, após boa jogada do atacante Sinisterra, o volante Mateus Uribe ficou cara a cara com o goleiro Rochet, mas chutou para fora. Aos 48, outra chance perdida que garantiria a classificação para os colombianos. Numa jogada muito parecida com a anterior, o Uribe ficou novamente de frente com o goleiro, mas dessa vez Rochet conseguiu fazer a defesa. O ótimo jogo terminou com confusão dentro e fora das arquibancadas. 

foto do jogo
Confusão nas arquibancadas. Crédito: Nick Tre. Smith/Icon Sportswire

PRÓXIMOS PASSOS

A Colômbia enfrenta a Argentina na final da Copa América, no Hard Rock Stadium, em Miami, no próximo domingo (14), às 21h pelo horário de Brasília. O Uruguai vai para a disputa do terceiro lugar contra o Canadá no sábado (13). O jogo acontece no mesmo Bank of America Stadium, também às 21h pelo horário de Brasília. 

Entenda sobre o único esporte que vai acontecer fora da França, a história e seus favoritos
por
Juliana Salomão
Kauã Alves
Maria Clara Magalhães
Pedro Pina
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17/07/2024 - 12h

 

O surfe, um dos esportes que mais cresce no mundo, é praticado no mar e classificado como radical. Trata-se de uma modalidade individual que, segundo alguns relatos, surgiu nas Ilhas Polinésias por volta de 1778. Porém, há quem defenda que sua origem está na América do Sul, especificamente no Peru, onde o esporte teria se desenvolvido com o uso de embarcações conhecidas como "Caballito de Totora", há aproximadamente 2000 a 3000 anos. Afinal, a popularidade do surfe só começou a crescer significativamente a partir das décadas de 1970 e 1980, com o início dos campeonatos.

Os lugares que mais se popularizaram na prática do surfe foram o Havaí e os Estados Unidos. Um dos reis desse esporte é Kelly Slater, estadunidense que soma 11 títulos mundiais. Recentemente, aos 52 anos, o maior campeão de todos os tempos anunciou sua aposentadoria do circuito mundial. E em relação às mulheres, Stephanie Gilmore, que representa a Austrália, soma 8 títulos mundiais, com 36 anos, e ainda continua no Championship Tours, ou CT.

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Kelly Slater em Snapper Rocks, Austrália, mostrando seu potencial com as manobras – Foto: Reprodução/WSL/Sloane

 

No Brasil, o surfe surgiu na década de 1930, mas ganhou grande popularidade apenas na década de 1960. O esporte era praticado nas praias do Rio de Janeiro, destacando atletas importantes da época, como Jorge Paulo, Irencyr Beltrão e Pepê Lopes. Em 1965, foi fundada a Associação de Surfe do Estado do Rio de Janeiro, e à medida que o esporte ganhava popularidade, espalhou-se por outras regiões do país.

Atualmente, a Confederação Brasileira de Surfe (CBS) é a principal organizadora de campeonatos e institui as regras do surfe no Brasil. A CBS garante a representação nacional no esporte, enquanto a World Surf League (WSL) atua como uma das maiores entidades internacionais de esportes aquáticos.

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Vencedores, Fininho e Julia Duarte, da etapa da CBSurf em São Francisco do Sul – Foto: Marcio David/Fecasurf

 

Fundada em 1975, como Associação Internacional de Surf Profissional (ASP), a instituição começou a organizar competições profissionais em 1976. Em 2015, a entidade adotou o nome World Surf League e, desde então, tem atraído os melhores surfistas do mundo, oferecendo premiações e campeonatos de alto nível. Essa evolução tem incentivado cada vez mais jovens a praticar o surfe, aumentando a visibilidade e a popularidade do esporte globalmente.

Surfe como esporte olímpico

Após uma discussão na sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI), realizada na sede do Rio de Janeiro em 2016, foi confirmado que o surfe seria incorporado às Olimpíadas de Tóquio de 2020, junto com outros esportes, como o Skate, por exemplo.

Com a pandemia de Coronavírus, o evento teve que ser adiado para o ano seguinte por questões de segurança. Em julho de 2021, as Olimpíadas começaram, e os representantes brasileiros – Gabriel Medina, Ítalo Ferreira e Tatiana Weston-Webb – embarcaram em busca de conquistar medalhas para o país. 

Dois dos representantes foram eliminados durante a competição. Gabriel Medina foi derrotado por Kanoa Igarashi na semifinal, gerando grande comoção e reclamações sobre as notas atribuídas ao brasileiro. Tatiana Weston-Webb foi eliminada nas oitavas de final, pela japonesa Amuro Tsuzuki. No entanto, na estreia do surfe nas Olimpíadas, Ítalo Ferreira superou todos os seus adversários e conquistou a medalha de ouro para o Brasil.

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Ítalo Ferreira, com a primeira medalha de ouro na história do surfe nas olimpíadas – Foto: André Durão

 

Formato e regulamento

Com previsão de quatro dias para a conclusão do evento, a competição está marcada para a janela entre 27 de julho e 05 de agosto. O local selecionado será destinado ao uso dos atletas seis dias antes das provas, para que os surfistas treinem com exclusividade.

Cada atleta terá a chance de demonstrar suas habilidades em duas oportunidades. Os vencedores do Round 1 irão avançar para o Round 3. Enquanto os surfistas que ocuparem a 2ª e a 3ª colocação, disputarão a Rodada 2 de eliminação.

A partir do Round 2, as baterias serão disputadas apenas por dois surfistas: o vencedor avança e o segundo colocado é eliminado.

Durante as provas, serão disponibilizados 30 minutos para que cada atleta surfe suas melhores ondas. As notas variam de 0 a 10, mas apenas as duas notas mais altas serão calculadas na pontuação final.

Cinco juízes julgarão as ondas, considerando variedade e dificuldade das manobras, força, fluxo, inovação e progressão do repertório dos atletas, combinação, velocidade, potência e fluxo.

As pranchas escolhidas são as “shortboards”, pela facilidade que elas cedem as manobras, devido seu tamanho ser inferior às demais.

Próxima parada: Teahupo’o

Os melhores surfistas do mundo não desembarcarão na França para a disputa dos jogos olímpicos, a competição, na verdade, será em Teahupo’o, no Taiti. Cerca de 16.000 km de distância da capital Paris. A modalidade será a única a não ser disputada no país dos jogos, a decisão do COI se deu porque, durante o verão europeu, as condições não são favoráveis para o surfe no litoral francês. Além disso, a região faz parte do território ultramarino francês, sendo o Taiti a maior ilha da polinésia francesa, o que ajuda no objetivo do comitê organizador, de espalhar os Jogos por toda a França.

E é uma ótima notícia para os brasileiros, que tem bom retrospecto no mar da Oceania. Uma das etapas mais clássicas da Liga Mundial de Surfe (WSL), o local já foi palco de duas vitórias de Gabriel Medina em 2014 e 2018. 

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Filipe Toledo surfando nas perigosas ondas de Teahupo’o – Foto: Reprodução/WSL

 

Países mais vencedores 

A história do Surfe nas olimpíadas ainda é curta, uma vez que a modalidade caminha para a sua segunda participação nos jogos, com Brasil e Estados Unidos somando as duas únicas medalhas de ouro distribuídas até aqui. O brasileiro Ítalo Ferreira, no masculino e, a americana Carissa Moore, no feminino.

Os japoneses têm o maior número de medalhas, mas nenhuma de ouro. A prata é de Kanoa Igarashi, algoz de Gabriel Medina em Tóquio, e o bronze pertence a Amuro Tsuzuki. O quadro de medalhas da modalidade se completa com a prata da sul-africana Bianca Buitendag e o bronze do australiano Owen Wright.

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Carissa Moore recebendo medalha de ouro em Tóquio – Foto: Reprodução/FreeSurf Magazine

 

Destaques na modalidade

O Brasil é uma das maiores potências no esporte, e no surfe não é diferente. A geração "Brazilian Storm" (Tempestade Brasileira) é composta por uma nova leva de surfistas brasileiros que demonstram seu potencial no cenário mundial, gerando comoção entre os espectadores. Gabriel Medina, Filipe Toledo, Yago Dora, João Chianca, Ítalo Ferreira e Tatiana Weston-Webb são os destaques dessa geração. 

Ítalo Ferreira venceu a última etapa do circuito mundial, o VIVO Rio Pro, em Saquarema e está defendendo seu título – porém, o medalhista de ouro em Tóquio, não se classificou e não estará presente nos Jogos Olímpicos de 2024. Gabriel Medina, tricampeão mundial, após garantir sua vaga para as Olimpíadas, continua defendendo seus três títulos mundiais. Ele foi o primeiro brasileiro a conquistar um título mundial, em 2014, e é reconhecido globalmente pelo seu estilo de surfe e suas medalhas. O último campeão mundial, Filipe Toledo, fez uma pausa em sua carreira, mas também está classificado para surfar nas ondas de Teahupo’o .

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Gabriel Medina após a vitória do ISA Games e a sua garantia na Olimpíada de 2024 – Foto: Pablo Franco/ISA

 

João Chianca, conhecido como Chumbinho, ganhou destaque no último ano, chegando às finais e vencendo muitas baterias, conseguindo ser um dos primeiros a se classificar para as Olimpíadas. Tatiana Weston-Webb, uma das representantes brasileiras, também se classificou para os Jogos Olímpicos no ano passado, sendo uma das únicas do Championship Tour a conseguir tal feito. Luana Silva e Tainá Hinckel são as outras surfistas que representarão o Brasil – que vai com força máxima, com seis atletas para os Jogos, mais do que qualquer outro país – e se juntaram à delegação depois do ISA Games, que também garantiu a vaga de Medina.

Além dos brasileiros, John John Florence, havaiano, vem liderando o circuito mundial e vestindo a lycra amarela – usada para identificar o primeiro colocado do CT – em vários eventos. Este ano, Florence participou de quatro finais e acumula uma pontuação de 46.210 pontos. Outro destaque é Griffin Colapinto, o americano que eliminou Medina na última etapa e ficou em terceiro lugar. Jack Robinson, australiano, também tem ganhado destaque nos últimos eventos. 

As favoritas ao ouro na competição incluem as brasileiras e outras atletas do circuito mundial. Tatiana Weston-Webb é a principal esperança brasileira para conquistar uma medalha, enquanto Tainá Hinckel e Luana Silva também são grandes promessas neste evento. Além delas, a disputa contará com Caroline Marks, – campeã mundial de 2023 – a costarriquenha Brisa Hennessy, a francesa Johanne Defay, as australiana Tyler Wright, a norte-americana Caitlin Simmers e, a cinco vezes campeã mundial, Carissa Moore. 

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John John Florence garantiu a vitória da etapa de El Salvador com suas leituras de onda – Foto: Aaron Hughes/WSL

 

Esses atletas têm representado um desafio para os brasileiros durante as competições, mas a cada dia, com a força do Brazilian Storm, o Brasil continua se destacando nas competições internacionais.