Clube critica arbitragem e busca efeito suspensivo; árbitro já foi afastado pela CBF
por
Isabelle Maieru
Jalile Elias
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

 

 

Marlon foi punido com dois jogos pelo STJD. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

 

 

O Grêmio confirmou, nesta terça-feira (25), que dois jogadores e um dirigente do clube foram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por episódios ocorridos na derrota por 1 a 0 para o Red Bull Bragantino, em outubro, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A decisão atinge o lateral Marlon, o zagueiro Kannemann e o diretor de futebol Guto Peixoto.

 

O caso teve origem em dois lances polêmicos. No fim do primeiro tempo da partida, o árbitro Lucas Casagrande interpretou como agressão uma disputa envolvendo Kannemann e expulsou o defensor aos 42 minutos. Já nos acréscimos da etapa final, o juiz marcou pênalti para o Bragantino após a bola tocar no braço de Marlon. O Grêmio alega que o braço do lateral estava colado ao corpo.

 

Após a partida, a divulgação dos áudios do VAR evidenciou uma comunicação desorganizada entre os integrantes da equipe de arbitragem. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afastou o árbitro Lucas Casagrande, justificando que ele passará por “treinamento, aprimoramento e avaliação interna”. O árbitro de vídeo Gilberto Rodrigues Castro Junior também foi afastado pela entidade.

Marlon foi denunciado pelas declarações fortes que deu na saída de campo, quando afirmou que o Grêmio estava sendo “categoricamente roubado” pela arbitragem ao longo do campeonato. A fala acabou pesando no processo.

 

Os dois atletas foram inicialmente denunciados com base no artigo 243-F, que trata de ofensas à honra. No entanto, durante o julgamento, os auditores decidiram classificar novamente a acusação, mas dessa vez para o artigo 258, que aborda condutas contrárias à ética desportiva.

 

O diretor de futebol Guto Peixoto foi enquadrado no artigo 258, §2º, II, por desrespeitar membros da equipe de arbitragem ou reclamar de suas decisões de maneira considerada desrespeitosa.

 

No julgamento, Kannemann recebeu um jogo de suspensão, pena já cumprida automaticamente. Marlon foi punido com dois jogos e deve desfalcar o time nas últimas duas rodadas do Brasileirão contra Fluminense e Sport. Guto Peixoto foi suspenso por 15 dias a partir desta quarta-feira (26).

 

O técnico Mano Menezes não terá Marlon à disposição na reta final do Brasileirão. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

 

O Grêmio também informou que o departamento jurídico recorrerá e solicitará efeito suspensivo para tentar minimizar as consequências das punições.

 

Playoffs de março vão definir as últimas seleções classificadas
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
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26/11/2025 - 12h

As eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 chegaram à sua fase final. São jogos únicos ou semifinais diretas que acontecerão em março do ano que vem e decidirão as últimas vagas do Mundial, sem espaço para correção de rota. O formato cria um cenário de pressão para seleções acostumadas a grandes torneios e abre chance para países que buscam uma rara presença na copa.

Na Europa, 16 seleções disputam quatro vagas nos play offs de março, em confrontos já definidos. A Itália enfrenta a Irlanda do Norte e, se avançar, encara o vencedor de País de Gales e Bósnia. A Ucrânia joga contra a Suécia, enquanto Turquia e Romênia brigam por outra vaga. Dinamarca e Macedônia do Norte se enfrentam em um dos duelos mais equilibrados, e Polônia e Albânia fecham a lista de confrontos. As rotas são formadas por semifinais e finais em jogo único.

A Itália vive o ambiente mais tenso. Depois de duas ausências seguidas em Copas, o técnico Gennaro Gattuso disse que o país “não pode sumir outra vez” e precisa superar o peso dos últimos fracassos. O discurso reflete a cobrança sobre uma seleção com história, mas que ainda tenta se reorganizar após anos de instabilidade.

Jogadores da Itália durante partida contra a Noruega pelas Eliminatórias Europeias
Itália participa da repescagem europeia após perder para a Noruega. Foto: Reprodução/Instagram/@azurri

A repescagem mundial também está definida e reúne seis seleções na disputa por duas vagas na Copa de 2026. Os confrontos iniciais colocam Bolívia contra Suriname e Nova Caledônia disputando vaga com a Jamaica, em jogos únicos. Os vencedores avançam para enfrentar Iraque e República Democrática do Congo, que entram diretamente na fase final por melhor posição no ranking.

Os duelos serão disputados entre o dia 26 e 31 de março, em campo neutro, com decisão em partida única. A tabela cria caminhos diferentes: quem vencer entre Bolívia e Suriname enfrenta o Iraque, enquanto o ganhador da partida entre Nova Caledônia e Jamaica decide vaga contra a RD Congo. É uma etapa curta, mas decisiva, que encerra a corrida global por um lugar no Mundial.

A Copa do Mundo de 2026 começa em 11 de junho, no estádio Azteca, na Cidade do México, com jogo da seleção mexicana. A final está marcada para 19 de julho, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. O sorteio dos grupos será realizado em 5 de dezembro deste ano, em Washington.

Piloto da Red Bull domina corrida urbana, enquanto Lando Norris e Oscar Piastri são punidos por irregularidade técnica e alteram a reta final da temporada
por
Fábio Pinheiro
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26/11/2025 - 12h

No último final de semana, aconteceu o GP de Las Vegas, realizado nas ruas da cidade. A corrida recolocou Max Verstappen (Red Bull Racing) na disputa direta pelo título da Fórmula 1. O piloto da Red Bull venceu com autoridade e viu a dupla da McLaren ser desclassificada após inspeção técnica identificar desgaste irregular na prancha dos carros — o que anulou a segunda e a quarta posições conquistadas por Lando Norris e Oscar Piastri, respectivamente, na pista. Com isso, o campeonato, que parecia encaminhado para Norris, volta a ficar totalmente aberto.

A largada foi agitada. O britânico Norris, que largou da pole position, tentou segurar Verstappen na primeira curva, mas perdeu a liderança logo no início, abrindo espaço para o tricampeão controlar o ritmo da prova do começo ao fim. Verstappen não foi ameaçado nas paradas e aproveitou bem o tráfego da pista urbana, enquanto a McLaren parecia confortável no top 5.
 

Lando Norris ao lado da Sphere, em Las Vegas.
Lando Norris ao lado da Sphere, em Las Vegas. Foto: Reprodução/Instagram/@F1

A corrida também marcou um momento delicado para o brasileiro Gabriel Bortoleto (Kick Sauber) que abandonou ainda na primeira curva após se envolver em um toque com Lance Stroll. (Aston Martin). O incidente jogou seu carro para fora da pista e encerrou sua participação imediatamente. Bortoleto reconheceu o erro após a prova e recebeu punição de cinco posições no grid do GP do Catar, a próxima etapa da temporada.

A punição da McLaren modifica diretamente a tabela: os pontos anulados diminuem a margem de Norris na liderança e aproximam Verstappen e Piastri, deixando os três com chances reais nas duas etapas finais da temporada. As contas agora são apertadas — restam apenas 58 pontos em jogo no Catar e em Abu Dhabi, tornando cada detalhe decisivo.

Com a temporada entrando na reta final, o GP de Las Vegas se consolida como uma das provas mais impactantes do ano — não apenas pela vitória de Verstappen, mas pela reviravolta provocada pelas punições e pelos erros decisivos. A Fórmula 1 agora segue para o Catar com o título ainda em aberto.

Seleção decide o terceiro lugar contra a Itália nesta quinta-feira (27)
por
Antônio Bandeira
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26/11/2025 - 12h

O Brasil está fora da final do Mundial Sub-17. A Seleção empatou por 0 a 0 com Portugal no tempo normal e foi derrotada por 6 a 5 nos pênaltis, nesta segunda-feira (24), no Aspire Zone, em Doha, no Catar. Com o resultado, os portugueses avançaram à decisão contra a Áustria. O Brasil enfrentará a Itália na disputa pelo terceiro lugar.

O jogo foi equilibrado nos primeiros minutos. A melhor chegada brasileira aconteceu aos 19 minutos, quando Dell ganhou uma dividida na área e finalizou duas vezes, mas a defesa portuguesa afastou em cima da linha. Portugal respondeu com mais presença no ataque, pressionando a saída de bola, mas sem criar grandes finalizações.

A segunda etapa teve menos chances. As duas seleções encontraram dificuldade para construir jogadas, e o confronto ficou mais físico. Brasil e Portugal pediram revisões de possíveis expulsões, mas o árbitro manteve as decisões de campo. No fim do tempo regulamentar, Zé Lucas acertou um voleio que passou perto do gol, mas o empate persistiu.

Nas cobranças de pênalti, Dell, Tiaguinho, Zé Lucas, Luis Pacheco e Gabriel Mec marcaram para o Brasil. Ruan Pablo acertou a trave nas cobranças regulares, e Ângelo mandou para fora na sétima cobrança. Do lado português, Tomás Soares, Chelmik, Santiago Verdi, Yoan Pereira, João Aragão e José Neto converteram, enquanto o goleiro Romário isolou a quinta tentativa. A falha brasileira nas cobranças alternadas decidiu a classificação.

Brasil cai para Portugal na semifinal do Mundial Sub-17. Foto: Nelson Terme/CBF (Flickr)
Brasil cai para Portugal na semifinal do Mundial Sub-17. Foto: Nelson Terme/CBF 

Foi a terceira disputa por pênaltis do Brasil no torneio. A equipe já havia avançado contra Paraguai e França nas fases anteriores. Mas nas quartas, venceu a seleção de Marrocos por 2 a 1.

Com a suspensão cumprida, o zagueiro titular Luís Eduardo, que não atuou contra Portugal, volta a ficar disponível para o técnico Dudu Patetuci.

Brasil e Itália jogam pela terceiro colocação nesta quinta-feira (27), às 09h30 (horário de Brasília), novamente no Aspire Zone. A final entre Portugal e Áustria acontece no mesmo dia, às 13h00 (horário de Brasília).

 

Com emoção até os últimos minutos, segunda divisão do Campeonato Brasileiro terminou com o Coritiba campeão
por
Jalile Elias
Isabelle Maieru
Marcela Rocha
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25/11/2025 - 12h
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Brasileirão Série B 2025 se encerrou no último domingo (23) com emoção até a última rodada. Seja na luta pelo acesso ou na briga contra o rebaixamento, os jogos da 38ª rodada foram eletrizantes. O Coritiba, que já havia conquistado o acesso com antecedência, foi o campeão, conquistando o título da segunda divisão do Campeonato Brasileiro pela terceira vez em sua história. 

A equipe comandada por Mozart confirmou a liderança mesmo longe de casa. O Coritiba foi até Manaus e venceu o Amazonas por 2 a 1 com gols de Sebastián Gómez e Iury Castilho. Luan Silva descontou para os donos da casa no Carlos Zamith. Com a vitória, o Coxa fechou o torneio na ponta da tabela, somando 68 pontos.

A briga pelo acesso também teve seus momentos de tensão: Athletico-PR, Chapecoense e Remo completaram o grupo dos times que subiram à Série A de 2026. 

O Athletico Paranaense também carimbou seu retorno à elite. Com a Arena da Baixada lotada, o time conseguiu a quinta vitória seguida ao derrotar o América-MG por 1 a 0. O herói da noite foi o garoto João Cruz, revelado no próprio clube, que marcou o gol que selou o acesso e assegurou a equipe na segunda colocação, com 65 pontos.

A Chapecoense confirmou sua vaga com um triunfo magro, porém decisivo, diante do Atlético-GO: 1 a 0 na Arena Condá, em cobrança de pênalti convertida pelo paraguaio Walter Clar. Já o Remo contou com a força do Mangueirão para virar sobre o Goiás por 3 a 1. Willean Lepo até colocou os goianos em vantagem, mas Pedro Rocha empatou e João Pedro, com dois gols, comandou a reação azulina. Tanto a Chape quanto o Remo fecharam a competição com 62 pontos, na terceira e quarta colocação, respectivamente.

Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF
Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Goiás, que chegou a liderar a Série B e permaneceu no G4 durante boa parte do campeonato, acabou ficando a um passo do retorno à elite. A derrota para o Remo deixou o time estacionado nos 61 pontos e fora da zona de acesso.

Quem também viu o sonho escapar foi o Criciúma. Após ter sido rebaixado na última temporada, a equipe catarinense chegou à rodada final com chances reais de voltar à primeira divisão, mas a derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, na Arena Pantanal, encerrou qualquer possibilidade.

Na outra ponta da classificação, Paysandu, Volta Redonda, Amazonas e Ferroviária não conseguiram evitar o rebaixamento e disputarão a Série C na próxima temporada.

O Paysandu encerrou sua participação na Série B com uma derrota por 2 a 1 diante do Athletic. O resultado serviu para salvar o time mineiro do rebaixamento. Já o Amazonas caiu diante do campeão Coritiba, enquanto o Volta Redonda apenas empatou com o Vila Nova, em Goiânia.

A briga contra a queda também teve seus capítulos finais nesta rodada. A última vaga na zona de rebaixamento estava entre Athletic, Botafogo-SP e Ferroviária. E foi a equipe de Araraquara (SP) que acabou levando a pior: perdeu por 2 a 1 para o Operário-PR, em Ponta Grossa, e acabou confirmando o rebaixamento para a Série C. O Botafogo-SP, que empatou sem gols com o Avaí, conseguiu se manter por mais uma temporada na Série B.

Com predomínio dos asiáticos, modalidade vem ganhando destaque nos Jogos Olímpicos
por
Nathalia de Moura
Octávio Alves
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19/07/2024 - 12h

O tênis de mesa será uma das atrações das Olimpíadas de 2024, em Paris, e promete muitas emoções. O esporte, que ganhou notoriedade nos últimos anos, possui suas particularidades e prende a atenção dos telespectadores, que não podem perder a bola de vista, já que ela pode atingir uma velocidade de 200km/h após o ataque de um atleta. Mesmo com domínio dos asiáticos no cenário atual, a modalidade surgiu na Europa como uma alternativa para o tênis de grama, com o intuito de ser jogado em ambientes fechados, principalmente no inverno.

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Sun Yingsha, da China, número um do ranking mundial de tênis de mesa. – Foto: Reprodução/ITTF World

Atualmente, o tênis de mesa é um dos esportes mais populares do mundo, sendo amplamente praticado em todo o planeta, desde um jogo amistoso, até em disputas profissionais. Muito parecido com o tênis, pode ser disputado individualmente, por duplas mistas (homem e mulher) e por equipes masculinas e femininas.

Conhecido como ping-pong, a modalidade foi inventada pelos britânicos, mais especificamente na época da Inglaterra vitoriana, no século XIX e era jogado pela alta classe da época. O curioso nome “Ping Pong”, foi criado e amplamente divulgado pela fabricante inglesa J. Jaques & Son Ltd. nos anos de 1800. Com a venda dos direitos do título “Ping Pong” para a empresa de brinquedos estadunidense, Parker Brothers, várias associações foram obrigadas a mudarem seus nomes para tênis de mesa. Atualmente, o termo “ping-pong” se refere à prática do esporte de maneira recreativa.

Há registros de jogos oficiais em 1901 e é criada a “Ping-Pong Association” – que foi substituída pela “Table Tennis Association”, no ano de 1922. E, enfim, em 1926, deu lugar a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF).

Em 1977, o Comitê Olímpico Internacional (COI) reconheceu a modalidade como esporte olímpico. Mas somente em 1988, nas Olimpíadas de Seul, na Coreia do Sul, o tênis de mesa entrou na grade olímpica e começou com o domínio asiático que viria a continuar até os dias de hoje.

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Jing Chen vence o primeiro ouro Olímpico em tênis de mesa, em Seul 1988. – Foto: Divulgação/Olympics

Apesar de ser uma criação europeia, o esporte caiu nas graças dos países da Ásia, principalmente do leste asiático, em especial a China. O próprio Mao Tsé-Tung, fundador da República Popular da China, declarou em 1950 o tênis de mesa como o esporte nacional da China. Foram enviados técnicos por todo país procurando crianças com excelentes reflexos e a partir deste incentivo, a China se transformou na maior potência do mundo neste esporte, ganhando 32 medalhas de ouro, das 37 possíveis, nas edições das Olimpíadas entre 1988 a 2020.

Tênis de mesa e suas regras

Para entendermos melhor a jogabilidade do tênis de mesa, precisamos analisar as regras e os diferentes estilos que a modalidade possui.

O esporte é praticado em uma mesa com 2,74m de comprimento e 1,52m de largura, dividida em duas metades por uma rede de 15,25 cm de altura no centro. As raquetes utilizadas pelos atletas precisam ser de madeira e a superfície que bate na bola é revestida com uma borracha dos dois lados de cor preta e vermelha. A bolinha pesa 2,7g e possui 40 milímetros de diâmetro, sendo obrigatoriamente brancas ou laranjas fosco.

As partidas são disputadas em até sete sets. Para vencê-los, o competidor deve fazer 11 pontos, ou ter uma vantagem de até dois pontos em caso de empate. Através de um sorteio, é decidido o lado da mesa e a dupla ou jogador vencedor pode decidir se começa sacando, recebendo o saque ou escolhendo o lado em que vai jogar. Os pontos acontecem caso um jogador erre um saque, não consiga devolver a bola, toque na mesa com a mão durante a jogada, toque na bola duas vezes seguidas ou deixe a bola tocar duas vezes consecutivas em seu lado da
mesa.

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Hugo Calderano em movimento de saque nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020. – Foto: Jung Yeon-je/AFP

Para sacar, o atleta deve lançar a bola numa altura mínima de 16 centímetros, golpeá-la, fazendo-a tocar no seu lado da mesa e após passar a rede, tocar no lado da mesa do receptor. Se o saque tocar a rede e cair na quadra do recebedor, é considerado uma queima e o jogador pode repetir o saque. Se a bola não passar pela rede ou não tocar em uma das quadras, é considerado um erro e o recebedor tem um ponto garantido. Os saques mudam após cada dois pontos marcados.

Durante a partida, os competidores têm direito a um tempo de um minuto entre cada set de um jogo. Ainda, um competidor pode pedir um tempo de até um minuto uma vez durante o confronto.

Os diferentes estilos

O tênis de mesa possui cinco categorias de disputa: simples masculino, simples feminino, equipe masculina, equipe feminina e duplas mistas. Em todas as categorias, os competidores devem fazer 11 pontos para vencer o set e em caso de empate, deverão abrir dois pontos de vantagem para garantir a vitória.

Na disputa simples, o atleta deve ganhar quatro sets dos sete que podem ser jogados para vencer a partida.

Na disputa por equipes, serão quatro jogos de simples e uma partida de duplas, cada uma no formato de cinco sets. As equipes são formadas por três jogadores e os confrontos terminam quando uma equipe vence três partidas.

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Confronto por equipes entre Brasil e Coreia do Sul nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. – Foto: Luisa Gonzalez/REUTERS

Já na disputa de duplas mistas, o par deve vencer quatro dos sete sets disputados e os jogadores da mesma equipe devem se revezar para acertar a bola. As regras para a disputa por duplas possuem algumas particularidades comparados com as disputas individuais. Ao sacar, a bola deve tocar o lado direito da mesa do sacador e da mesa do receptor em sequência. Isso significa que o saque começa no lado direito de quem saca e deve terminar no lado direito de quem recebe. Além disso, a ordem de saque, o recebimento e os lados são decididos no começo da partida e devem ser mantidos durante todo o confronto. Após cada dois pontos, o saque passa para o atleta seguinte, na sequência. Outra regra importante na disputa por duplas, é que, após cada ponto marcado, os parceiros devem mudar de posição com relação ao recebimento da bola.

Países com mais medalhas

No total, 12 nações alcançaram o pódio e apenas quatro conseguiram a medalha de ouro, sendo elas China, Coreia do Sul, Japão e Suécia.

A maior vencedora é a China com incríveis 60 medalhas, sendo 32 de ouro. É um número impressionante se formos comparar com o segundo colocado, a Coreia do Sul, que possui 18, sendo apenas três dessas, ouros. O Japão possui oito medalhas e a Suécia tem três – ambos têm um ouro cada.

Brasileiros em destaque

Mesmo não tendo uma tradição competitiva neste esporte, o Brasil possui alguns nomes que vão se destacando cada vez mais na modalidade.

No masculino, Hugo Calderano, de 27 anos, é o atual sexto colocado no ranking mundial. O carioca possui uma carreira estrelada com várias conquistas no Pan- Americanos e outras competições regionais no continente americano. Em escala mundial, não se pode esquecer do histórico terceiro lugar na Copa do Mundo de Tênis de Mesa, em Singapura, no ano de 2021.

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Bruna Takahashi se tornou a primeira brasileira a entrar no top 50 mundial, em dezembro de 2019. – Foto: Jonne Roriz/COB

Já no feminino, temos a paulista Bruna Takahashi, de 23 anos, que atualmente ocupa o 20° lugar no ranking mundial. Apesar de jovem, é considerada a melhor atleta feminina brasileira da modalidade. Seus principais feitos foram nos jogos Pan- Americanos de Lima, no Peru, em 2019, conquistando a medalha de prata na disputa por duplas mista e por equipes, e duas de bronze, uma nas duplas feminina e outra na disputa individual, além da medalha de prata no Pan de Santiago, no Chile, em 2023.

Favoritos à medalha em 2024

A expectativa para as Olimpíadas de 2024 é que os asiáticos estejam no pódio em todas as categorias disputadas.

No simples masculino, os favoritos são os chineses Wang Zhuqin e Fan Zhendong, os número um e quatro do ranking mundial, respectivamente. Ainda pela disputa individual, o brasileiro Hugo Calderano vem em ótimo momento e também tem chances de alcançar um lugar no pódio. Os irmãos Alexis e Félix Lebrun, da França, vêm ganhando espaço no tênis de mesa mundial. Félix, o mais novo entre eles, com apenas 17 anos, e atual número cinco do mundo, é um dos cabeças de chave nas Olimpíadas e pode ser uma chance de medalha do seu país.

No simples feminino, as chinesas são as grandes favoritas para subirem ao pódio. A número um do mundo, Sun Yingsha e Chen Meng, a quarta melhor da modalidade, representarão o país. A brasileira Bruna Takahashi corre por fora e tenta bater de frente com as potências asiáticas em sua terceira participação em Olimpíadas.

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Félix Lebrun, o terceiro jogador mais jovem a atingir o top 10 do ranking mundial de tênis de mesa. – Foto: A Mounic/L’Équipe

Na disputa por equipes, o Japão vem forte tanto na categoria feminina, quanto na masculina. Se juntando com Hina Hayata (número cinco do mundo) e Miu Hirano (número 13 do mundo), a jovem Miwa Harimoto, de 16 anos, e número sete do ranking é a promessa em ascensão dos japoneses. Já na equipe masculina, o número nove do ranking, Tomokazu Harimoto tem a missão de liderar a seleção nipônica em busca de um lugar no pódio. A equipe contará ainda com Shunsuke Togami e Hiroto Shinozuka, números 15 e 39 do mundo, respectivamente. Os chineses tentam conquistar o tri campeonato por equipes masculinas e femininas. O experiente Ma Long, que possui duas medalhas de ouro olímpicas, decidiu participar apenas da disputa coletiva e irá liderar a China na edição de 2024.

Os alemães, que na disputa por equipes masculina em 2016 e 2020, conquistaram as medalhas de bronze e prata respectivamente, querem melhorar mais uma vez seu desempenho e irem em busca do ouro em Paris. Já o Brasil, terá a liderança de Calderano, ao lado de Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro, estreante nos Jogos Olímpicos. Bruna Takahashi, junto de sua irmã Giulia Takahashi, contarão com a experiência da atleta paralímpica Bruna Alexandre na disputa por equipes. Ela será a primeira brasileira a disputar tanto uma Olimpíada, quanto uma Paralimpíada.

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Disputa por equipes entre Portugal e Alemanha nas Olimpíadas de Tóquio 2020. – Foto: Reuters

Nas duplas mistas, os asiáticos também chegam fortes. Wang Chuqin e Sun Yingsha, que lideram o ranking da categoria, possuem grandes chances de medalha. Hina Hayata e Tomokazu Harimoto, dupla japonesa número dois, tem altas expectativas para subir ao pódio. Já os sul-coreanos Lim Jong-hoon e Shin Yu-bin, que são a terceira melhor dupla do mundo, também devem vir fortes para a disputa.

Onde e quando acontecerão os confrontos?

As competições de tênis de mesa nas Olimpíadas de Paris 2024 acontecerão na Arena Paris Sul, que faz parte do Paris Expo, o centro de convenções e exposições mais visitado da França. Localizada na capital francesa e a 14km de distância da Vila Olímpica, a arena receberá a modalidade entre os dias 27 de julho e 10 de agosto, com a primeira final acontecendo no dia 30 de julho.

Saiba tudo sobre a modalidade que fará parte da Olimpíada de Paris
por
João Serradas
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18/07/2024 - 12h

O Taekwondo, um dos esportes marciais mais emocionantes e dinâmicos, promete ser um dos grandes destaques nas Olimpíadas de Paris em 2024. Esta modalidade, conhecida por suas técnicas de chutes rápidos e precisos, oferece um espetáculo de agilidade e força, desenvolvido como uma forma de defesa pessoal e disciplina física. Esse esporte surgiu no período dos Três Reinos da Coreia, quando os guerreiros da Dinastia Silla deram início aos primeiros trabalhos da modalidade. Já no século 20, o Taekwondo se tornou uma arte marcial dominante na Coreia. Anos mais tarde, ganhou destaque internacional e, em 1973, foi fundada a Federação Mundial de Taekwondo. No mesmo ano, o primeiro torneio foi disputado.

 

Taekwondo como esporte Olímpico 

A primeira aparição Olímpica do taekwondo aconteceu nos Jogos Olímpicos Seul 1988, quando foi disputado como evento de demonstração. Apareceu novamente como esporte de demonstração nos Jogos de Barcelona, em 1992. No entanto, oito anos depois, o taekwondo foi introduzido como esporte de medalhas nos Jogos de Sydney, em 2000, com eventos para homens e mulheres. Desde então, o taekwondo faz parte do programa Olímpico.

Embora as competições de taekwondo fossem anteriormente dominadas por atletas que representavam a República da Coreia, esse não é mais o caso. Algumas nações fizeram história ao ganhar suas primeiras medalhas Olímpicas por meio do taekwondo – como Vietnã em 2000, Afeganistão em 2008, Gabão em 2012, Níger e Jordânia em 2016. Ou suas primeiras medalhas Olímpicas femininas, incluindo a República Islâmica do Irã e Costa do Marfim, também em 2016.

 

Regras do Judô

O objetivo do taekwondo é o atleta chutar e socar o oponente, evitando ser atingido. A marca registrada dessa arte marcial é a combinação de movimentos de chutes e socos em sequência rápida. As lutas são realizadas em um tatame, onde dois competidores se enfrentam usando técnicas de chutes e socos.

As pontuações são baseadas em golpes válidos ao tronco e à cabeça do adversário: os chutes na cabeça possuem a maior pontuação, e valem três pontos; os chutes no tronco, valem dois; por sua vez, os socos no tronco valem apenas um ponto. Além disso, quando os golpes são giratórios, é acrescentado um ponto extra.

Os combates são divididos em três rounds de dois minutos, com um minuto de descanso entre eles. O vencedor é o competidor com a maior pontuação no final dos três rounds ou aquele que nocauteia o adversário.

 

Local das Competições em Paris 2024

As competições de Taekwondo nas Olimpíadas de Paris 2024 irão acontecer na Arena Paris Sud 6, localizada no Parque de Exposições Porte de Versailles. Este local moderno e bem equipado será o palco para os combates entre os melhores atletas do mundo, que irão competir pelo ouro olímpico.

 

Países com Mais Medalhas

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Hwang Kyung-seon comemorando mais uma conquista nas Olimpíadas. – Foto: Reprodução/Korea Herald

 

A Coreia do Sul, berço do Taekwondo, é o país com mais medalhas na história olímpica da modalidade, com um total de 22 medalhas. Outros países com forte tradição incluem a China, os Estados Unidos, o Irã e a Turquia. Esses países têm investido significativamente no desenvolvimento de seus atletas, produzindo campeões de classe mundial.

 

Brasileiros em destaque

O Brasil tem mostrado um crescimento significativo no Taekwondo, com vários atletas se destacando em competições internacionais. Entre os principais destaques que competirão em Paris 2024. Caroline Santos, mais conhecida como Juma, é uma das participantes que chama a atenção para os Jogos. Ela garantiu a vaga para Paris 2024 através da realocação via ranking, anunciada pela Federação Mundial de Taekwondo, no final de janeiro. Juma é uma atleta dedicada e talentosa, com conquistas marcantes em competições mundiais.

Edival Marques (Netinho) é outro grande nome que marcará os Jogos Olímpicos deste ano. Ele venceu duas lutas no Pré-Olímpico das Américas de forma arrasadora, garantindo sua vaga para Paris. Netinho é conhecido por seu estilo agressivo e técnica refinada, sendo uma das grandes esperanças do Brasil para uma medalha olímpica.

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Edival Marques nas Olimpíadas de Tóquio – Foto: REUTERS

 

Outro representante na categoria masculina é Henrique Marques, que se classificou para as Olimpíadas após chegar na final do Pré-Olímpico das Américas, realizado na Costa Rica, em abril. O jovem atleta tem mostrado um excelente desempenho em competições internacionais e está determinado a conquistar uma medalha em Paris.

Por fim, Maria Clara Pacheco, com apenas 20 anos, garantiu sua vaga ao vencer duas lutas no torneio qualificatório continental. Ela é uma das promessas do Taekwondo brasileiro, trazendo energia jovem e talento para as Olimpíadas de 2024.

 

Estilos e Categorias

O Taekwondo é dividido em categorias de peso, tanto para homens quanto para mulheres, permitindo uma competição justa e equilibrada. As categorias variam desde o peso leve até o peso pesado e são divididos em quatro diferentes pesagens: -58kg, -68kg, -80kg e +80kg para o masculino; e -49kg, -57kg, -67kg e +67kg no feminino.

No taekwondo são dadas quatro medalhas por categoria, sendo um ouro, uma prata e dois bronzes.

 

Favoritos à Medalha em 2024

Para Paris 2024, além dos brasileiros, os favoritos ao ouro incluem atletas da Coreia do Sul, como Lee Dae-hoon, e do Irã, como Kimia Alizadeh. Outros fortes competidores vêm da China e dos Estados Unidos, países que têm uma forte tradição no Taekwondo e vêm se destacando em competições internacionais recentes. Entre os brasileiros, Netinho é visto como um dos principais favoritos a conquistar uma medalha, devido ao seu histórico de vitórias e técnica apurada.


SUBTÍTULOS EM TÍTULO 3 NA FORMATAÇÃO

Conheça a modalidade de combate que tem brasileiros destaque e é dominada pelos japoneses
por
João Serradas
Pedro Almeida
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18/07/2024 - 12h

O Judô, uma das modalidades mais aguardadas das Olimpíadas de Paris 2024, é um esporte que combina técnica, força e estratégia. Originado no Japão, a modalidade foi fundada por Jigoro Kano, em 1882, com a criação do primeiro dojo (escola). O educador desenvolveu o esporte a partir de métodos tradicionais de jiu-jitsu, – técnica de combate corpo a corpo dos antigos guerreiros samurais – com o objetivo de criar uma prática que fosse ao mesmo tempo um método de defesa pessoal, e uma forma de educação física e mental. O esporte rapidamente se popularizou na Europa no final do século 20 e, anos mais tarde, ficou conhecido no resto do mundo. Desta maneira, a modalidade se tornou a primeira arte marcial amplamente praticada fora do Japão.

 

Judô como esporte Olímpico

O Judô fez sua estreia nas Olimpíadas nos Jogos de Tóquio, em 1964 e se tornou uma modalidade fixa no torneio a partir dos jogos que aconteceram em Munique, em 1972. A modalidade feminina foi introduzida nos Jogos de Seul, em 1988, como esporte de demostração, e foi oficialmente adicionada ao programa olímpico em Barcelona, nos Jogos de 1972. A inclusão do Judô nas Olimpíadas marcou um reconhecimento global da sua importância e popularidade.

 

Regras do Judô

As lutas são realizadas em um tatame, onde dois judocas se enfrentam tentando derrubar ou imobilizar o adversário. No geral, os duelos duram quatro minutos, se persistir um empate na pontuação, a luta é decidida para quem pontuar primeiro. As pontuações são dadas com base na qualidade dos golpes e técnicas aplicadas.

Um Ippon consiste em derrubar o adversário de costas no chão com força e controle, ou imobilizá-lo por 20 segundos. Um ippon termina a luta.

O Waza-ari é a pontuação dada por uma queda menos perfeita, – com menos velocidade ou força que um ippon, ou porque o adversário não caiu de costas – ou por imobilizar o adversário por 10 a 19 segundos. Dois waza-aris equivalem a um ippon, e o judoca que aplicou o golpe vence a luta imediatamente.

Antes, ainda era utilizado o Yuko, que não está presente nas regras atuais, mas que configurava uma pontuação menos que o Waza-ari.

 

Local das Competições em Paris 2024

As competições de Judô dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 ocorrerão no Champ de Mars Arena, localizado próximo à icônica Torre Eiffel. Este local deslumbrante proporcionará um cenário espetacular para os combates, unindo tradição esportiva e beleza arquitetônica.

 

Países com Mais Medalhas

Historicamente, o Japão é o país que domina o Judô nas Olimpíadas, com 96 medalhas conquistadas desde a estreia do esporte torneio. Outros países com desempenho notável incluem a França, com 57 medalhas, e a República da Coreia do Sul, com 46. Esses países têm produzido judocas de classe mundial, aumentando a competitividade do esporte.

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Naohisa Takato comemorando vitória nas Olimpíadas de Tóquio 2020. – Foto: REUTERS/Hannah Mackay

 

Brasileiros Destaque

O Brasil tem se destacado no cenário mundial do Judô. Daniel Cargnin é uma das promessas do Judô brasileiro, Cargnin conquistou a medalha de bronze nas Olimpíadas de Tóquio 2020, e agora vem com a sede pela conquista de seu primeiro ouro. Seu estilo agressivo e técnica apurada o tornam um dos favoritos à medalha em Paris.

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Daniel foi medalha de bronze na última Olimpíada, e agora busca o lugar mais alto do pódio. – Foto: Gaspar Nóbrega/COB

 

Rafael Silva é outro atleta que vem ganhando destaque. Conhecido como Baby, é um dos pesos-pesados mais respeitados do Judô mundial. Ele conquistou duas medalhas de bronze nas Olimpíadas de Londres 2012 e Rio 2016 na categoria. Ele é reconhecido por sua força e habilidade em lutas corpo a corpo, sendo um dos principais competidores brasileiros na busca por mais uma medalha olímpica.

Além deles, Willian Lima, Guilherme Schimidt, Rafael Macedo e Leonardo Gonçalves são os outros convocados do Time Brasil.

Já no feminino, temos Rafaela Silva. Uma das judocas mais inspiradoras do Brasil, conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Além do ouro, ela vem carregando também outros títulos mundiais e viaja a Paris em busca de escrever um novo capítulo na competição.

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Rafaela Silva, judoca experiente, com a medalha de ouro na Rio 2016. – Foto: David Ramos/Getty Images

 

Mayra Aguiar é considerada uma das judocas mais consistentes do Brasil. Ela conquistou duas medalhas de bronze olímpicas, em Londres 2012 e Rio 2016. Além disso, Mayra é bicampeã mundial, com títulos em 2014 e 2017 e que já tem o passaporte carimbado para os jogos olímpicos deste ano.

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Mayra Aguiar nas Olimpíadas de Tóquio, em 2021.  – Foto: Jonne Roriz/COB

 

Larissa Pimentel e Beatriz Souza completam a equipe feminina do Brasil nos Jogos.

Estilos e Categorias

O Judô é dividido em categorias de peso, tanto para homens quanto para mulheres, permitindo uma competição justa e equilibrada. As categorias variam desde o peso leve até o peso pesado, cada uma exigindo diferentes abordagens e estratégias.

As categorias são divididas em sete diferentes pesagens. No masculino são disputados: 60kg, 66kg, 73kg, 81kg, 90kg, 100kg e +100kg. Enquanto isso, as mulheres disputam as seguintes categorias: 48kg, 52kg, 57kg, 63kg, 70kg, 78kg e +78kg.

 

Favoritos à Medalha em 2024

O Judô promete ser uma das grandes atrações dos Jogos Olímpicos, marcando o duelo entre os melhores atletas do mundo. Para Paris 2024, os favoritos ao ouro incluem judocas japoneses como Shohei Ono e Uta Abe, que têm dominado suas categorias nos últimos anos. Outro forte concorrente é o Teddy Riner, da França, um gigante do Judô que busca mais um ouro em casa. Já no Brasil, a brasileira Mayra Aguiar promete brilhar na competição, nos últimos anos a atleta ficou entre as melhores em sua categoria. Daniel Cargnin também chega para abalar as estruturas de Paris, em busca de sua segunda medalha consecutiva.


SUBTÍTULOS EM TÍTULO 3 NA FORMATAÇÃO

Com diferenças para a modalidade tradicional, conheça sobre o esporte que estreou em Tóquio e tem estilo urbano
por
Lucas Tomaz Lopes
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18/07/2024 - 12h

O basquete 3x3, considerado o esporte urbano número um no mundo, tem suas raízes no basquete de rua, uma variação criativa e menos formal do basquete tradicional. Originado nos Estados Unidos, durante os anos 1980, o streetball rapidamente se popularizou de forma global, impulsionado por sua ligação com a cultura hip hop e seu apelo jovem.

Com a crescente da modalidade, a Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) decidiu, em 2007, fazer o primeiro teste no Asian Indoor Games, em Macau, na China e, em 2010, levou a novidade para as Olimpíadas da Juventude, em Singapura. Este foi apenas o começo, já que o FIBA​​​​​​ 3×3 World Tour foi criado em 2011 e continua existindo até hoje.

Em 2012, o primeiro Campeonato Mundial foi disputado, em Atenas. O esporte participou das duas edições seguintes das Olimpíadas da Juventude, em 2014 e 2018. Tudo isso fez com que a modalidade crescesse ainda mais, até ser aceita nas Olimpíadas de Tóquio. O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou, em 2017, a decisão de incluir o esporte como parte do programa dos Jogos de 2020, onde foram conquistadas as primeiras medalhas olímpicas masculinas e femininas do 3x3.

A inclusão do basquete 3x3 nas Olimpíadas e outros eventos internacionais tem solidificado sua posição no cenário esportivo, oferecendo um espetáculo de dinamismo e velocidade, habilidade e tática que cativa tanto jogadores quanto espectadores. Tudo é um sucesso, não à toa o crescimento exponencial da modalidade reflete seu apelo mundial, com mais de 250 milhões de praticantes em todo o mundo, segundo a FIBA. 

A equipe feminina de 3x3 da França é a atual vice-líder do ranking da FIBA, atrás somente da China. – Foto: Tom Thuillier/Fédération Française de Basketball (FFBB)
A equipe feminina de 3x3 da França é a atual vice-líder do ranking da FIBA, atrás somente da China. – Foto: Tom Thuillier/Fédération Française de Basketball (FFBB)

Formato da disputa

Por ter sido introduzido ao cenário olímpico apenas na última Olimpíada, o retrospecto do esporte na competição é curto. Na primeira fase, oito seleções jogaram entre si no formato de pontos corridos e os dois últimos colocados do grupo único, são eliminados. Depois, a disputa passa a ser em partidas únicas e eliminatórias, que se iniciam nas quartas-de-final, em que os times do 3º ao 6º lugar se enfrentam. As equipes vencedoras dessas partidas, enfrentam o 1º e o 2º lugar da classificação por pontos, que vai direto para as semifinais.

A modalidade, nada mais é, que uma variação do basquete tradicional. Em vez de 5×5, são três contra três, com mais um reserva para cada equipe, A quadra é um pouco menor que a metade da quadra tradicional, tendo os mesmos 15 metros de largura, mas com apenas 11 metros de comprimento, além de somente uma cesta. A grande diferença é na pontuação: arremessos dentro do arco um ponto, enquanto os de fora do arco valem dois. Os lances-livres valem um ponto. A partida tem somente 10 minutos, mas pode acabar antes, já que a primeira equipe a marcar 21 pontos vence. E, tudo isso, é embalado por um DJ, que toca músicas durante a partida, o que reflete a atmosfera urbana e jovem do esporte.

Em caso de empate no tempo limite, ganha quem fizer primeiro dois pontos na prorrogação. Além disso, a bola também é um pouco menor que a tradicional e a duração da posse também é diferente, com apenas 12 segundos, ao invés dos 24 do basquete tradicional. Não existem limites de faltas individuais, no entanto, são permitidas até seis faltas coletivas, a 7ª, 8ª e a 9ª falta coletiva dão dois lances livres pro adversário e, a partir da 10ª, o time ganha também a posse da bola. Cada time tem direito a um tempo técnico e as substituições são feitas sempre na linha de fundo, com os jogadores tocando as mãos.

Especificamente no caso do 3x3, quando a defesa pega a bola em um rebote, roubo ou toco, o atleta precisa sair do arco para arremessar. O mesmo acontece caso o time sofra a cesta, depois que recebe a posse de bola, é necessário sair do arco.

 

Time Brasil fora

O Brasil não será representado no basquete 3x3 das Olimpíadas de Paris. O time masculino – constituído por Branquinho, André Feros, Matheus Parcial e Daniel Von Haydin – perdeu todos os jogos da fase de grupos do classificatório, contra Lituânia, Porto Rico e Holanda, e foi eliminado. A equipe também ficou fora em Tóquio 2020, quando a modalidade estreou.

Já a equipe feminina, – formada por Clarissa dos Santos, Luana Souza, Thayná Silva e Vitória Marcelino – chegou até a semifinal do do Pré-Olímpico disputado no Japão, mas também ficou sem a vaga para os Jogos de Paris.

Na campanha, o Brasil venceu dois jogos da primeira fase, contra Áustria e Japão, mas foi derrotado pela Austrália, em um jogo equilibrado, por 18 a 16. No Pré-Olímpico, oito equipes foram divididas em dois grupos e as duas primeiras de cada chave avançaram para as semifinais. E só a campeã, no caso a própria Austrália, se classificou.

 

Em Paris 2024

Os jogos serão disputados na Place de la Concorde (ou Praça da Concórdia, em português), a maior praça da cidade e a segunda maior de todo o território francês. Ela será a casa dos esportes radicais nos Jogos: além do Basquete 3x3, também receberá o Breaking, o Ciclismo BMX Freestyle e o Skate. Conhecida por seu Obelisco, é um local de grande importância na história da política francesa e atualmente é conhecido por ser um espaço em que a juventude parisiense se encontra. O local promete uma grande conexão do público, com os esportes urbanos que serão praticados.

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Projeto da praça esportiva de esportes urbanos, na Place de La Concorde – Foto: Divulgação/Olympics Paris 2024

Os jogos começarão no dia 30 de julho e as finais, tanto do masculino quanto do feminino, acontecerão no dia 5 de julho. 

 

Quem vai participar? E quem são os favoritos?

No feminino, Alemanha, Austrália, Azerbaijão, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos e França são as federações que disputarão, entre si, uma vaga no pódio olímpico. As favoritas para vencerem o torneio são as três mais bem colocadas no ranking mundial da FIBA: China, – medalhista de bronze na última olimpíada – França, – segundo lugar da lista e país-sede – e os EUA –  que busca o bicampeonato, depois da medalha de ouro em Tóquio, em cima do Comitê Olímpico Russo (ROC) na estreia da modalidade.

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As primeiras medalhistas de ouro no Basquete 3x3, na história das Olimpíadas, foram as estadunidenses — Foto: Christian Petersen
 

Já no masculino, os comitês que garantiram a vaga olímpica foram China, Estados Unidos, França, Letônia, Lituânia, Holanda, Polônia e Sérvia. O grande destaque da competição fica com os norte-americanos e chineses. Além disso, é preciso citar também a Letônia e a Sérvia, a final de Tóquio, e os atuais medalhistas de ouro e de prata, respectivamente.

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A final entre Letônia e Sérvia marcou as Olimpíadas de Tóquio, com a primeira final masculina do 3x3 – Foto: Christian Petersen

 

 

Entenda sobre a modalidade esportiva de natação que rendeu medalha de ouro para o Brasil em 2020
por
Kawan Novais
|
18/07/2024 - 12h

Diferente das modalidades esportivas de natação tradicionais, que acontecem em piscinas, a maratona aquática ocorre em um ambiente natural, como rios, lagos e oceanos. No circuito olímpico, o percurso tem uma distância de 10km, o que leva quase duas horas para a sua conclusão. Para os competidores, os principais desafios desta modalidade são as diferentes temperaturas climáticas, ambientais e as variações das correntes de água e do ar, o que exige muita resistência e esforço físico e mental.

Provas de maratona aquática aconteceram, pela primeira vez, em 1991, na cidade de Perth, na Austrália, quando a modalidade foi inserida no quadro do Campeonato Mundial de Natação, organizado pela Federação Internacional de Esportes Aquáticos, a World Aquatics. Na ocasião, o percurso da prova foi de 25 km, o que levou cerca de cinco horas para a finalização da etapa.

Nos campeonatos mundiais da World Aquatics, o percurso de 10 km, que foi adotado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para os Jogos Olímpicos, estreou em 2001, na edição de Fukuoka, cidade japonesa.

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Prova de 10 km na maratona aquática dos jogos Pan-Americanos de 2023. – Foto: Francois-Xavier Marit/AFP via Getty Images.

Nas Olimpíadas, a maratona aquática foi incluída, pela primeira vez, no cronograma dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008. Desde então, foram distribuídas 24 medalhas – sendo 12 no feminino e 12 no masculino – no recente histórico do esporte.

 

Como funcionará nos Jogos de Paris-2024

A maratona aquática ocorre em apenas uma prova, tanto no masculino quanto no feminino, e vencerá o nadador que tocar primeiro na placa de chegada do percurso, demarcado por boias, de 10 km. Durante o trajeto, há áreas e barcos onde os atletas poderão se alimentar e se hidratar sem que toquem ou se segurem em algum objeto de apoio. Caiaques, salva-vidas e barcos com juízes acompanham os competidores para oferecerem suporte e garantir a segurança dos atletas.

Em Paris-2024, a maratona aquática está prevista para acontecer em agosto, nos dias 08 (feminino) e 09 (masculino) e, ao todo, serão 22 competidores no feminino e masculino, seis vagas a menos comparado aos últimos Jogos Olímpicos, em Tóquio-2020. Cada país representante terá um limite de dois atletas em cada gênero e para medir o tempo de prova, os competidores utilizarão um chip em seus pulsos.

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Ponte Alexandre III, onde será a largada das provas de maratona aquática nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. – Foto: Gareth Fuller/PA Images via Getty Images.

Na quinta edição da modalidade,, a largada acontecerá embaixo da Ponte Alexandre III, o coração da cidade francesa que conecta o Grand Palais e o Les Invalides, os locais que receberão outros eventos olímpicos. O percurso da prova será no Rio Sena, que foi definido em abril deste ano, após resultados fiscais indicarem níveis de poluição acima dos autorizados pelo COI.

No dia 13 de julho, a duas semanas do início dos Jogos Olímpicos de Paris, a Ministra do Esporte, Amélie Oudéa-Castéra, com um maiô e touca, mergulhou no Sena para uma demonstração simbólica de que a última análise feita pelas autoridades locais confirmaram que há condições seguras para a realização das provas olímpicas no rio. Nos próximos dias, antes do início dos Jogos, há a expectativa de que Emmanuel Macron, presidente da França, também mergulhe para simbolizar a boa qualidade da água.

 

Preparação brasileira

Nos Jogos de Tóquio, em 2020, Ana Marcela Cunha conquistou a medalha de ouro na maratona aquática feminina. De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), ela é considerada uma das maiores atletas na modalidade de águas abertas da história. Em todas as competições, foram quinze pódios acumulados e sua conquista mais recente foi no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2022, onde Ana venceu a medalha de ouro nas provas de 5 km e 25 km, além do bronze na de 10 km. Ela chegará como uma das favoritas na busca por medalhas.

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Ana Marcela Cunha, a primeira atleta a conquistar um ouro olímpico na história da natação feminina do Brasil após vencer a prova de 10 km nos Jogos em Tóquio-2020. – Foto: Clive Rose/Getty Images.

Para a prova feminina, o Brasil também contará com Viviane Jungblut, atleta que reforçará a busca por mais medalhas brasileiras. O COB, nesta modalidade, soma duas medalhas: O ouro de Ana, em Tóquio-2020 e Poliana Okimoto, que conquistou o bronze, na estreia brasileira na modalidade, nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.

A princípio, o Brasil não teria representante no masculino, mas o nadador Guilherme Costa, o ‘Cachorrão’, conquistou uma vaga para as águas abertas a partir de uma nova regra da World Aquatics e do COI. Nela, diz que atletas que forem competir nas provas olímpicas de 800m e 1500m livres da natação, também poderão disputar os 10km da maratona aquática, caso não existam representantes de seu país. Classificado nas provas de piscina, Guilherme aproveitou a ocasião e formalizou, junto ao COB, sua inscrição para competir na modalidade.

 

Candidatos ao ouro

Sharon van Rouwendaal (Países Baixos)

Nadadores dos Países Baixos são dominantes na maratona aquática. Foram quatro medalhas, sendo três de ouro e uma de prata. Van Rouwendaal, de 30 anos de idade, conquistou o ouro no Rio-2016 e a prata em Tóquio-2020, além de ser campeã no Campeonato Mundial de 2022.

 

Aurélie Muller (França)

Muller, de 34 anos de idade, não disputou os últimos Jogos em Tóquio-2020 após perder a vaga nas classificatórias, por menos de um segundo, mas a nadadora francesa conquistou prata em Rio-2016 e no Campeonato Mundial de 2022. Em casa, ela estará entre as favoritas pela disputa por medalhas.

 

Florian Wellbrock (Alemanha)

O atual campeão olímpico da modalidade, Florian Wellbrock, de 26 anos de idade, conquistou o ouro nos Jogos em Tóquio-2020. Ainda que com um desempenho ruim no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2024, ficando na 29ª posição na maratona de 10 km, Florian foi campeão nesta modalidade nos campeonatos de 2022 e 2023.

 

Kristóf Rasovszky (Hungria)

Kristóf, de 27 anos de idade, é o atual campeão do Campeonato Mundial de 2024 na disputa em águas abertas de 10 km. O atleta segue em uma sequência de pódios, pois foi prata nos Jogos em Tóquio-2020 e no Mundial de 2023.

 

Gregorio Paltrinieri e Domenico Acerenza (Itália)

Ambos com 29 anos de idade, tentarão a dobradinha italiana em Paris-2024. Gregorio é o principal rival do alemão Florian Wellbrock, foi bronze nos Jogos em Tóquio-2020, ouro nos 10 km do Campeonato Mundial de 2022 e prata nos 5 km dos mundiais de 2022 e 2023. Domenico, junto com o seu companheiro em 2022, foi prata nos 10 km do Mundial.