Clube critica arbitragem e busca efeito suspensivo; árbitro já foi afastado pela CBF
por
Isabelle Maieru
Jalile Elias
Marcela Rocha
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26/11/2025 - 12h

 

 

Marlon foi punido com dois jogos pelo STJD. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

 

 

O Grêmio confirmou, nesta terça-feira (25), que dois jogadores e um dirigente do clube foram punidos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por episódios ocorridos na derrota por 1 a 0 para o Red Bull Bragantino, em outubro, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A decisão atinge o lateral Marlon, o zagueiro Kannemann e o diretor de futebol Guto Peixoto.

 

O caso teve origem em dois lances polêmicos. No fim do primeiro tempo da partida, o árbitro Lucas Casagrande interpretou como agressão uma disputa envolvendo Kannemann e expulsou o defensor aos 42 minutos. Já nos acréscimos da etapa final, o juiz marcou pênalti para o Bragantino após a bola tocar no braço de Marlon. O Grêmio alega que o braço do lateral estava colado ao corpo.

 

Após a partida, a divulgação dos áudios do VAR evidenciou uma comunicação desorganizada entre os integrantes da equipe de arbitragem. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) afastou o árbitro Lucas Casagrande, justificando que ele passará por “treinamento, aprimoramento e avaliação interna”. O árbitro de vídeo Gilberto Rodrigues Castro Junior também foi afastado pela entidade.

Marlon foi denunciado pelas declarações fortes que deu na saída de campo, quando afirmou que o Grêmio estava sendo “categoricamente roubado” pela arbitragem ao longo do campeonato. A fala acabou pesando no processo.

 

Os dois atletas foram inicialmente denunciados com base no artigo 243-F, que trata de ofensas à honra. No entanto, durante o julgamento, os auditores decidiram classificar novamente a acusação, mas dessa vez para o artigo 258, que aborda condutas contrárias à ética desportiva.

 

O diretor de futebol Guto Peixoto foi enquadrado no artigo 258, §2º, II, por desrespeitar membros da equipe de arbitragem ou reclamar de suas decisões de maneira considerada desrespeitosa.

 

No julgamento, Kannemann recebeu um jogo de suspensão, pena já cumprida automaticamente. Marlon foi punido com dois jogos e deve desfalcar o time nas últimas duas rodadas do Brasileirão contra Fluminense e Sport. Guto Peixoto foi suspenso por 15 dias a partir desta quarta-feira (26).

 

O técnico Mano Menezes não terá Marlon à disposição na reta final do Brasileirão. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

 

O Grêmio também informou que o departamento jurídico recorrerá e solicitará efeito suspensivo para tentar minimizar as consequências das punições.

 

Playoffs de março vão definir as últimas seleções classificadas
por
CRISTIAN FRANCISCO BUONO COSTA
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26/11/2025 - 12h

As eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 chegaram à sua fase final. São jogos únicos ou semifinais diretas que acontecerão em março do ano que vem e decidirão as últimas vagas do Mundial, sem espaço para correção de rota. O formato cria um cenário de pressão para seleções acostumadas a grandes torneios e abre chance para países que buscam uma rara presença na copa.

Na Europa, 16 seleções disputam quatro vagas nos play offs de março, em confrontos já definidos. A Itália enfrenta a Irlanda do Norte e, se avançar, encara o vencedor de País de Gales e Bósnia. A Ucrânia joga contra a Suécia, enquanto Turquia e Romênia brigam por outra vaga. Dinamarca e Macedônia do Norte se enfrentam em um dos duelos mais equilibrados, e Polônia e Albânia fecham a lista de confrontos. As rotas são formadas por semifinais e finais em jogo único.

A Itália vive o ambiente mais tenso. Depois de duas ausências seguidas em Copas, o técnico Gennaro Gattuso disse que o país “não pode sumir outra vez” e precisa superar o peso dos últimos fracassos. O discurso reflete a cobrança sobre uma seleção com história, mas que ainda tenta se reorganizar após anos de instabilidade.

Jogadores da Itália durante partida contra a Noruega pelas Eliminatórias Europeias
Itália participa da repescagem europeia após perder para a Noruega. Foto: Reprodução/Instagram/@azurri

A repescagem mundial também está definida e reúne seis seleções na disputa por duas vagas na Copa de 2026. Os confrontos iniciais colocam Bolívia contra Suriname e Nova Caledônia disputando vaga com a Jamaica, em jogos únicos. Os vencedores avançam para enfrentar Iraque e República Democrática do Congo, que entram diretamente na fase final por melhor posição no ranking.

Os duelos serão disputados entre o dia 26 e 31 de março, em campo neutro, com decisão em partida única. A tabela cria caminhos diferentes: quem vencer entre Bolívia e Suriname enfrenta o Iraque, enquanto o ganhador da partida entre Nova Caledônia e Jamaica decide vaga contra a RD Congo. É uma etapa curta, mas decisiva, que encerra a corrida global por um lugar no Mundial.

A Copa do Mundo de 2026 começa em 11 de junho, no estádio Azteca, na Cidade do México, com jogo da seleção mexicana. A final está marcada para 19 de julho, no MetLife Stadium, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. O sorteio dos grupos será realizado em 5 de dezembro deste ano, em Washington.

Piloto da Red Bull domina corrida urbana, enquanto Lando Norris e Oscar Piastri são punidos por irregularidade técnica e alteram a reta final da temporada
por
Fábio Pinheiro
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26/11/2025 - 12h

No último final de semana, aconteceu o GP de Las Vegas, realizado nas ruas da cidade. A corrida recolocou Max Verstappen (Red Bull Racing) na disputa direta pelo título da Fórmula 1. O piloto da Red Bull venceu com autoridade e viu a dupla da McLaren ser desclassificada após inspeção técnica identificar desgaste irregular na prancha dos carros — o que anulou a segunda e a quarta posições conquistadas por Lando Norris e Oscar Piastri, respectivamente, na pista. Com isso, o campeonato, que parecia encaminhado para Norris, volta a ficar totalmente aberto.

A largada foi agitada. O britânico Norris, que largou da pole position, tentou segurar Verstappen na primeira curva, mas perdeu a liderança logo no início, abrindo espaço para o tricampeão controlar o ritmo da prova do começo ao fim. Verstappen não foi ameaçado nas paradas e aproveitou bem o tráfego da pista urbana, enquanto a McLaren parecia confortável no top 5.
 

Lando Norris ao lado da Sphere, em Las Vegas.
Lando Norris ao lado da Sphere, em Las Vegas. Foto: Reprodução/Instagram/@F1

A corrida também marcou um momento delicado para o brasileiro Gabriel Bortoleto (Kick Sauber) que abandonou ainda na primeira curva após se envolver em um toque com Lance Stroll. (Aston Martin). O incidente jogou seu carro para fora da pista e encerrou sua participação imediatamente. Bortoleto reconheceu o erro após a prova e recebeu punição de cinco posições no grid do GP do Catar, a próxima etapa da temporada.

A punição da McLaren modifica diretamente a tabela: os pontos anulados diminuem a margem de Norris na liderança e aproximam Verstappen e Piastri, deixando os três com chances reais nas duas etapas finais da temporada. As contas agora são apertadas — restam apenas 58 pontos em jogo no Catar e em Abu Dhabi, tornando cada detalhe decisivo.

Com a temporada entrando na reta final, o GP de Las Vegas se consolida como uma das provas mais impactantes do ano — não apenas pela vitória de Verstappen, mas pela reviravolta provocada pelas punições e pelos erros decisivos. A Fórmula 1 agora segue para o Catar com o título ainda em aberto.

Seleção decide o terceiro lugar contra a Itália nesta quinta-feira (27)
por
Antônio Bandeira
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26/11/2025 - 12h

O Brasil está fora da final do Mundial Sub-17. A Seleção empatou por 0 a 0 com Portugal no tempo normal e foi derrotada por 6 a 5 nos pênaltis, nesta segunda-feira (24), no Aspire Zone, em Doha, no Catar. Com o resultado, os portugueses avançaram à decisão contra a Áustria. O Brasil enfrentará a Itália na disputa pelo terceiro lugar.

O jogo foi equilibrado nos primeiros minutos. A melhor chegada brasileira aconteceu aos 19 minutos, quando Dell ganhou uma dividida na área e finalizou duas vezes, mas a defesa portuguesa afastou em cima da linha. Portugal respondeu com mais presença no ataque, pressionando a saída de bola, mas sem criar grandes finalizações.

A segunda etapa teve menos chances. As duas seleções encontraram dificuldade para construir jogadas, e o confronto ficou mais físico. Brasil e Portugal pediram revisões de possíveis expulsões, mas o árbitro manteve as decisões de campo. No fim do tempo regulamentar, Zé Lucas acertou um voleio que passou perto do gol, mas o empate persistiu.

Nas cobranças de pênalti, Dell, Tiaguinho, Zé Lucas, Luis Pacheco e Gabriel Mec marcaram para o Brasil. Ruan Pablo acertou a trave nas cobranças regulares, e Ângelo mandou para fora na sétima cobrança. Do lado português, Tomás Soares, Chelmik, Santiago Verdi, Yoan Pereira, João Aragão e José Neto converteram, enquanto o goleiro Romário isolou a quinta tentativa. A falha brasileira nas cobranças alternadas decidiu a classificação.

Brasil cai para Portugal na semifinal do Mundial Sub-17. Foto: Nelson Terme/CBF (Flickr)
Brasil cai para Portugal na semifinal do Mundial Sub-17. Foto: Nelson Terme/CBF 

Foi a terceira disputa por pênaltis do Brasil no torneio. A equipe já havia avançado contra Paraguai e França nas fases anteriores. Mas nas quartas, venceu a seleção de Marrocos por 2 a 1.

Com a suspensão cumprida, o zagueiro titular Luís Eduardo, que não atuou contra Portugal, volta a ficar disponível para o técnico Dudu Patetuci.

Brasil e Itália jogam pela terceiro colocação nesta quinta-feira (27), às 09h30 (horário de Brasília), novamente no Aspire Zone. A final entre Portugal e Áustria acontece no mesmo dia, às 13h00 (horário de Brasília).

 

Com emoção até os últimos minutos, segunda divisão do Campeonato Brasileiro terminou com o Coritiba campeão
por
Jalile Elias
Isabelle Maieru
Marcela Rocha
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25/11/2025 - 12h
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)
Coritiba conquistou a Série B pela terceira vez. (Foto: Bruno Kelly/AGIF)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Brasileirão Série B 2025 se encerrou no último domingo (23) com emoção até a última rodada. Seja na luta pelo acesso ou na briga contra o rebaixamento, os jogos da 38ª rodada foram eletrizantes. O Coritiba, que já havia conquistado o acesso com antecedência, foi o campeão, conquistando o título da segunda divisão do Campeonato Brasileiro pela terceira vez em sua história. 

A equipe comandada por Mozart confirmou a liderança mesmo longe de casa. O Coritiba foi até Manaus e venceu o Amazonas por 2 a 1 com gols de Sebastián Gómez e Iury Castilho. Luan Silva descontou para os donos da casa no Carlos Zamith. Com a vitória, o Coxa fechou o torneio na ponta da tabela, somando 68 pontos.

A briga pelo acesso também teve seus momentos de tensão: Athletico-PR, Chapecoense e Remo completaram o grupo dos times que subiram à Série A de 2026. 

O Athletico Paranaense também carimbou seu retorno à elite. Com a Arena da Baixada lotada, o time conseguiu a quinta vitória seguida ao derrotar o América-MG por 1 a 0. O herói da noite foi o garoto João Cruz, revelado no próprio clube, que marcou o gol que selou o acesso e assegurou a equipe na segunda colocação, com 65 pontos.

A Chapecoense confirmou sua vaga com um triunfo magro, porém decisivo, diante do Atlético-GO: 1 a 0 na Arena Condá, em cobrança de pênalti convertida pelo paraguaio Walter Clar. Já o Remo contou com a força do Mangueirão para virar sobre o Goiás por 3 a 1. Willean Lepo até colocou os goianos em vantagem, mas Pedro Rocha empatou e João Pedro, com dois gols, comandou a reação azulina. Tanto a Chape quanto o Remo fecharam a competição com 62 pontos, na terceira e quarta colocação, respectivamente.

Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF
Chapecoense está de volta à elite do futebol brasileiro. Foto: Rafael Bressan / ACF

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O Goiás, que chegou a liderar a Série B e permaneceu no G4 durante boa parte do campeonato, acabou ficando a um passo do retorno à elite. A derrota para o Remo deixou o time estacionado nos 61 pontos e fora da zona de acesso.

Quem também viu o sonho escapar foi o Criciúma. Após ter sido rebaixado na última temporada, a equipe catarinense chegou à rodada final com chances reais de voltar à primeira divisão, mas a derrota por 1 a 0 para o Cuiabá, na Arena Pantanal, encerrou qualquer possibilidade.

Na outra ponta da classificação, Paysandu, Volta Redonda, Amazonas e Ferroviária não conseguiram evitar o rebaixamento e disputarão a Série C na próxima temporada.

O Paysandu encerrou sua participação na Série B com uma derrota por 2 a 1 diante do Athletic. O resultado serviu para salvar o time mineiro do rebaixamento. Já o Amazonas caiu diante do campeão Coritiba, enquanto o Volta Redonda apenas empatou com o Vila Nova, em Goiânia.

A briga contra a queda também teve seus capítulos finais nesta rodada. A última vaga na zona de rebaixamento estava entre Athletic, Botafogo-SP e Ferroviária. E foi a equipe de Araraquara (SP) que acabou levando a pior: perdeu por 2 a 1 para o Operário-PR, em Ponta Grossa, e acabou confirmando o rebaixamento para a Série C. O Botafogo-SP, que empatou sem gols com o Avaí, conseguiu se manter por mais uma temporada na Série B.

A seleção francesa, venceu por 3 a 0 em casa
por
Victória Miranda
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25/07/2024 - 12h

O confronto entre França e EUA, válido pela primeira rodada do Grupo A, ocorreu nesta quarta-feira (24), às 16h( horário de Brasília) no Estádio Velódrome, em Marseille, no sul da França.

Primeiro tempo

Aos 38 minutos do primeiro tempo, a seleção norte-americana teve a sua maior chance de abrir o placar, mas não conseguiu converter. Apesar disso, a França dominava a posse de bola.

Aos 44 minutos, a seleção francesa criou uma excelente oportunidade para marcar, mas também não teve sucesso. Assim, o primeiro tempo terminou empatado em zero a zero.

 

Segundo tempo 

Aos 11 minutos da segunda etapa, o atacante Alexandre Lacazette arriscou um chute de fora da área e marcou o primeiro gol da França.

Teste
Lacazette e Enzo Millot comemorando. Foto/Reprodução: Instagram: @equipedefrance.

No contragolpe, a equipe estadunidense teve a chance de empatar na cabeçada de Aaronson, mas não conseguiu passar pelo Restes.

Aos 19 minutos, o ponta direita Michael Olise, também recebeu fora da área e fez um golaço, ampliando o placar para a França.

O terceiro gol da seleção da casa, ficou por conta de uma cabeçada do zagueiro Loic Badé.

 

Conheça mais sobre o esporte de luta que é uma das principais forças brasileiras em Paris
por
Pedro Lima
Pedro Paes
Matheus Monteiro
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24/07/2024 - 12h

Com origens do Egito Antigo, o boxe se tornou um esporte, de fato, no século VII – e introduzido nos Jogos Olímpicos antigos em 668 a.C.. Além de ser um esporte extremamente conhecido e aclamado, o boxe já foi destaque em inúmeras mídias de entretenimento, como os jogos eletrônicos e, principalmente, no cinema. 

Duas edições depois de Atenas 1896 – a primeira edição dos Jogos Olímpicos modernos – o boxe foi introduzido na era moderna das olimpíadas, em 1904, em St. Louis. A chegada do boxe feminino foi apenas na edição de 2012, em Londres, contando com as categorias mosca, leve e meio-pesado. Com o passar dos anos, o esporte sofreu algumas mudanças que facilitaram o processo de pontos e para garantir uma melhor proteção aos atletas com o auxilio do capacete – que hoje, é obrigatório apenas para as boxeadoras. 

Os Estados Unidos foi o primeiro país a conquistar uma medalha de ouro no esporte, detém o melhor aproveitamento do esporte nas Olimpíadas e procura se manter forte e competitivo a cada nova edição.

E como funciona o esporte?

As regras do boxe permitem que apenas amadores participem da competição, o que serve como uma grande porta de entrada para atletas que sonham em desempenhar uma carreira no esporte, para além dos Jogos. Um grande exemplo de lutador que trilhou este caminho foi Muhammad Ali, na época ainda conhecido como Cassius Clay, que venceu o meio-pesado nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, desencadeando em uma carreira no esporte depois da conquista da medalha de ouro. 

No boxe olímpico masculino, as lutas são disputadas em rounds de três minutos cada; no feminino, eles duram dois minutos. Após as lutas, os juízes somam as pontuações e elegem como vencedor, o atleta que dominou o seu adversário por mais tempo e com base no desempenho do em cada round. 

Nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, toda a primeira fase do torneio e o início do mata-mata serão disputados na Arena Paris Norte, localizada em Seine-Saint-Denis, na região Ile-de-France. Nas semi finais e na tão aguardada final, o local do torneio muda e vai para o famoso Stade Roland-Garros, conhecido por receber partidas de tênis. Durante quase todos os dias das Olímpiadas, o boxe será atração em Paris 2024, com início no dia 27 de julho, e término no dia 09 de agosto.

Time Brasil

O boxe brasileiro é uma das maiores esperanças de medalhas do país nos Jogos Olímpicos de Paris, com sete conquistas nas últimas três edições olímpicas. A equipe deste ano conta com dez atletas confirmados. Confira quem representará o Brasil: 

  • Abner Teixeira (+92kg)

  • Bárbara dos Santos (66kg)

  • Beatriz Ferreira (60kg)

  • Caroline Almeida (50kg)

  • Jucielen Romeu (57kg)

  • Keno Marley (92kg)

  • Luiz Oliveira (57kg)

  • Michael Douglas Trindade (51kg)

  • Tatiana Chagas (54kg)

  • Wanderley Pereira (80kg)

 

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Beatriz Ferreira comemorando uma importante vitória nas Olimpiadas de Tóquio — Foto: REUTERS/Luis Robayo

O Brasil tem mostrado um crescimento significativo no boxe olímpico nas últimas décadas, com vários boxeadores emergindo como destaques. Entre eles, Beatriz Ferreira é uma das principais figuras do boxe brasileiro na atualidade. Ela conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e é vista como uma das favoritas para Paris 2024. Outro nome de destaque é Hebert Conceição, que ganhou a medalha de ouro na categoria peso médio, também em Tóquio, com uma performance impressionante. Keno Marley, de 24 anos, também é um talento promissor, tendo conquistado medalhas em competições internacionais e sendo um nome a ser observado nas próximas Olimpíadas.

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Abner Teixeira, que foi bronze em Tóquio em sua categoria, também é um nome brasileiro em destaque. — Foto: AFP

Favoritos em Paris

De maneira geral, vários pugilistas internacionais estão sendo considerados favoritos para conquistar medalhas. Além dos brasileiros, já mencionados, como Beatriz Ferreira e Hebert Conceição, outros nomes a serem observados incluem Andy Cruz, de Cuba, que é campeão olímpico e mundial, e é considerado um dos boxeadores mais talentosos de sua geração, sendo um forte candidato a mais uma medalha de ouro. 

Outro cubano de destaque é Arlen López, campeão olímpico em Tóquio, que continua a ser uma força dominante em sua categoria. Da Austrália, Harry Garside, medalhista de bronze na última edição dos Jogos, tem mostrado uma evolução constante e é um potencial medalhista em Paris. Já Caroline Dubois, da Grã-Bretanha, é uma jovem talentosa que está rapidamente subindo no cenário internacional e pode ser uma surpresa nos Jogos de Paris.

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Andy Cruz conquistando a medalha de ouro na última Olimpíada — Foto: Valdrin Xhemaj, EPA-EFE

Vários países têm se destacado ao longo dos anos, acumulando muitas medalhas e estabelecendo tradições de excelência no esporte. Os Estados Unidos lideram o quadro de medalhas no boxe olímpico com 118 medalhas, sendo 50 de ouro, 27 de prata e 41 de bronze. Cuba é outra potência na modalidade, conquistando 78 medalhas ao todo – 41 de ouro, 19 de prata e 18 de bronze. Na sequência aparece a Grã-Bretanha, com 62 medalhas, sendo 20 de ouro, 15 de prata e 27 de bronze. A Itália com 15 medalhas de ouro, 15 de prata e 18 de bronze, tem ao todo 48 medalhas e é a quarta na lista.

As Olimpíadas de Paris 2024 prometem ser um evento emocionante para o boxe, com uma mistura de veteranos experientes e novos talentos competindo pelo ouro. A expectativa é alta, principalmente por possíveis medalhas brasileiras, e os fãs de boxe ao redor do mundo estão ansiosos para ver quem irá se destacar no ringue.

Conheça o esporte coletivo que mais conquistou medalhas para o Brasil
por
Juliana de Sá
Luciana Zerati
Sophia Dolores
Thomaz Cintra
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23/07/2024 - 12h

Com as equipes femininas e masculinas classificadas, o vôlei vem como uma das principais modalidades da delegação brasileira. Ambas com potencial de medalha, Bernardinho e Zé Roberto Guimarães comandam os atletas que representarão um dos esportes mais populares para os brasileiros.

Quando a modalidade surgiu

O voleibol foi criado sob a direção de William Morgan, em 1895, nos Estados Unidos. Morgan, que trabalhava na ACM de Holyoke, Massachusetts, tinha como objetivo desenvolver um esporte de equipe sem contato físico entre os adversários, visando minimizar os riscos de lesões. A modalidade rapidamente ganhou popularidade e se espalhou de forma global, levada por soldados norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial, e atualmente é praticada em vários países, abrangendo todos os continentes.

Quando se tornou esporte olímpico

No final da década de 1940, algumas federações nacionais relacionadas ao esporte iniciaram discussões sobre a criação de um órgão internacional que teria a função de coordenar o desenvolvimento do voleibol. Essas ideias acabaram tomando forma e a partir de um congresso foi criada a Federação Internacional de Voleibol (FIVB), em 1947, em Paris. Dois anos mais tarde, foi realizada a primeira edição do Campeonato Mundial de Vôlei, apenas entre homens e, a versão feminina, teve sua estreia em 1952.

Com isso, a FIVB começou a pressionar o Comitê Olímpico Internacional (COI) para que o esporte fosse adicionado aos programas dos Jogos Olímpicos. Assim, em 1957, foi organizado um torneio-exibição durante a 53º sessão do COI, e após o sucesso do evento, o voleibol foi oficialmente introduzido pelo comitê em 1964, nos Jogos de Tóquio, tanto na modalidade masculina quanto na feminina.

Partida no vôlei masculino entre Brasil e Japão nos Jogos de Tóquio, em 1964 — Foto: Keystone/Hulton Archive/Getty Images
Partida no vôlei masculino entre Brasil e Japão nos Jogos de Tóquio, em 1964 (Foto: Keystone/Hulton Archive/Getty Images)

Explicação das regras

O esporte é praticado por duas equipes de 6 atletas separados por uma rede, em quadra, que tem medidas de 18m de comprimento e 9m de largura. As partidas nos Jogos Olímpicos são disputadas em um melhor de cinco sets, ou seja, o primeiro time a fechar três sets vence a disputa. Para vencer um set, é necessário que a equipe marque 25 pontos antes do adversário, com uma diferença mínima de dois pontos necessária. Um ponto é marcado quando a bola cai dentro da quadra rival ou quando o próprio oponente comete erros de jogo. Caso seja preciso, as equipes disputarão um quinto set, o “tie-break”, jogado até 15 pontos, com a mesma margem de dois pontos de diferença.

A única diferença nas competições oficiais entre as categorias feminina e masculina é a altura da rede: 2,24 metros para mulheres e 2,43 metros para homens.

Uma partida de vôlei exige que os atletas tenham grande força física e principalmente reflexos rápidos para que seja possível bloquear ataques rivais ou recuperar a bola antes que ela atinja o chão da quadra do seu time.

Onde serão as disputas

Entre os dias 27 de julho e 10 de agosto, a Arena Paris Sul será o palco das competições de vôlei masculino e feminino. No feminino, as fases de grupo se estenderão até 4 de agosto, enquanto no masculino, até 3 de agosto.

Arena Paris Sul (Foto: Paris 2024)
Arena Paris Sul (Foto: Paris 2024)

Países com mais medalhas

Nas Olimpíadas, intensas disputas têm marcado o desempenho das seleções, especialmente contra potências como os EUA, que, no masculino, acumulam três medalhas de ouro e mais três de bronze, representando uma ameaça ao Brasil. A delegação brasileira lidera o ranking de medalhas na modalidade, com seis medalhas no total, sendo três de ouro e outras três, de prata.

No vôlei feminino, tanto o Brasil quanto os Estados Unidos também dominam o cenário olímpico. As americanas, reconhecidas como uma das potências globais, conquistaram a primeira medalha de ouro apenas nos Jogos de Tóquio, em 2021, – além de outras cinco medalhas, sendo três de prata e duas de bronze até o momento. O Brasil, por sua vez, possui cinco medalhas no total, com duas medalhas de ouro. China e Cuba também se destacaram na história das Olimpíadas, com três medalhas de ouro cada. A União Soviética tem quatro de ouro e duas de prata, liderando o ranking.

Paula Pequeno foi a estrela da medalha de ouro do Brasil em 2008 (Foto: FIVB
Paula Pequeno foi a estrela da medalha de ouro do Brasil em 2008 (Foto: FIVB)

Experiência de juventude no Time Brasil

A equipe olímpica de 2024 inclui uma mistura de veteranos e novatos que se destacaram e estão prontos para entrarem em quadra em Paris. Entre os estreantes, Darlan, Flávio, Adriano e Lukas Bergmann farão suas primeiras aparições nos Jogos Olímpicos. O capitão, Bruninho, por outro lado, se prepara para sua quinta participação em uma Olimpíada, trazendo na bagagem três medalhas, incluindo uma de ouro conquistada aqui no Rio de Janeiro, em 2016. Outro destaque importante para a seleção masculina é também a participação dos irmãos Alan e Darlan, com Alan sendo oito anos mais velho e campeão dos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023. Darlan expressou seu orgulho e admiração mútua durante uma entrevista e se diz muito orgulhoso de participar dos Jogos Olímpicos lado a lado com o irmão.

A família Bergmann também celebra uma conquista dupla, com Júlia convocada para a seleção feminina e Lukas destacando-se na equipe masculina. Lukas, de apenas 20 anos, brilhou na Liga das Nações (VNL) de 2024 e foi um dos destaques na vitória contra a Alemanha. Entre os veteranos, Lucão se prepara para sua quarta participação olímpica, enquanto Lucarelli está pronto para seu terceiro Jogos.

Irmãos Bergmann foram convocados pela primeira vez aos Jogos Olímpicos (Foto: CBV)
Irmãos Bergmann foram convocados pela primeira vez aos Jogos Olímpicos (Foto: CBV)

Na seleção feminina, seis jogadoras que conquistaram a prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 retornam: Ana Cristina, Carol, Gabi, Macris, Roberta e Rosamaria. A capitã Gabi participará pela terceira vez de uma Olimpíada, defendendo a seleção brasileira. Outra atleta de destaque em Paris, é Thaisa, uma das mais experientes e a mais alta da equipe, com 1,96m. A atleta, que possui dois ouros de Beijing 2008 e Londres 2012, retorna às quadras da seleção após se aposentar em 2018, motivada por novas metas, incluindo o ouro em Paris.

Em entrevista ao “Olympics”, Thaisa falou sobre sua volta, destacando sua determinação em alcançar mais uma conquista. Ela é uma das poucas atletas brasileiras com dois ouros olímpicos e é a única do vôlei com a chance de se tornar tri medalhista, caso conquiste o ouro em Paris.

Quais são as seleções favoritas ao ouro olímpico em 2024?

A recente conclusão da Liga das Nações de Vôlei (VNL) trouxe mudanças significativas no ranking mundial e delineou os possíveis favoritos para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. A França, sede das Olímpiadas de 2024, venceu o Japão na final e se consolidou como uma potência no vôlei.

O Brasil, apesar de uma campanha regular na VNL, com seis vitórias e sete derrotas, permanece como um dos favoritos ao pódio em Paris 2024. A seleção brasileira segue sob o comando de Bernardinho, e mescla experiência e juventude com jogadores como Bruninho e Darlan se destacando. Enfrentando adversários históricos, como Polônia e Itália no grupo B, o Brasil tem pela frente um caminho desafiador, mas a tradição e a preparação intensa durante o próximo mês fortalecem suas chances de mais uma medalha de ouro.

Além da França e do Brasil, outras seleções se destacam como candidatas ao ouro em Paris 2024. A Itália, com seu recente bom desempenho e a Polônia, sempre competitiva e que eliminou os brasileiros nas quartas de final e conseguiu o terceiro lugar na VNL, são fortes nomes para o pódio em Paris.

No feminino, em Tóquio 2020, os Estados Unidos derrotaram o Brasil na final e conquistaram seu primeiro ouro, com a Sérvia completando o pódio após derrotar a República da Coreia. Desde então, os EUA mantêm sua relevância no cenário do vôlei feminino, embora não tenham alcançado o pódio nas competições mais recentes.

Outras seleções, no entanto, emergiram com força, prometendo uma competição acirrada em Paris 2024.

A Itália, por exemplo, destacou-se ao conquistar o bicampeonato da Liga das Nações em 2024. Com uma equipe liderada pela estrela Paola Egonu, as italianas chegam como uma das principais candidatas ao ouro. Já a Turquia, que figurou no top 4 da VNL em todas as edições até 2023, quando venceu o título. O Brasil, por sua vez, ainda sob o comando de José Roberto Guimarães, continua sendo uma das equipes favoritas na modalidade, com veteranas como Gabi, Carol e Thaísa, além das promissoras Ana Cristina e Júlia Bergmann, que mostram o potencial de levar a equipe novamente a mais um pódio olímpico.

Conheça o esporte e as Leoas que representarão o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris
por
Beatriz Barboza
Maria Fernanda Müller
Pedro Premero
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22/07/2024 - 12h
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As Leoas venceram a Argentina no Mundial Feminino de Handebol de 2023, na Dinamarca. – Foto: Divulgação/IHF

A competição olímpica de handebol se entende do dia 25 de julho a 8 de agosto. As equipes entram em quadra um dia antes da cerimônia de abertura, marcada para a sexta-feira (26), às 14h30, no horário de Brasília. O Brasil será representado somente pelas Leoas, equipe feminina que busca uma medalha olímpica inédita na modalidade.

Comandadas pelo técnico português Cristiano Rocha, a seleção garantiu a vaga nos Jogos Olímpicos de Paris após o ouro conquistado no Pan-Americano do ano passado, em Santiago. As Leoas apresentaram o melhor desempenho em Londres, em 2012, e no Rio, em 2016, quando chegaram nas quartas de final. Na última edição, em Tokyo, a equipe foi eliminada ainda na fase de grupos.

A goleira Gabi Moreschi e a armadora Bruna de Paula são os destaques da seleção. As duas se enfrentaram na final da última edição da Ligas dos Campeões Feminina de Handebol: Gabi defendeu a meta do time romeno CSM București, e Bruna representou a equipe húngara do Győri Audi ETO KC, o vencedor da competição.

O time masculino, embora tenha sido vice-campeão Pan-Americano no ano passado, não conseguiu se classificar após a derrota contra a Espanha no Pré-Olímpico, ainda na fase de grupos. 

Afinal, que esporte é esse?

O handebol foi criado em 1919, pelo professor de educação física alemão Karl Schelenz, em Berlim. Embora existam registros de jogos semelhantes em diversas culturas antigas, a versão moderna começou a ser desenvolvida na Alemanha e na Escandinávia. Inicialmente jogado ao ar livre, foi adaptado para ginásios em uma quadra de 40 por 20 metros, com um gol em cada extremidade, o que possibilitou a prática durante todo o ano, independente das condições climáticas.

A princípio era um jogo exclusivo para mulheres, somente se tornou misto ao ingressar nas Olimpíadas em 1936, nos Jogos de Berlim, ainda em sua versão de campo. Apenas em 1972, nos Jogos de Munique, a modalidade indoor (em ginásio) foi introduzida no programa masculino e a inclusão do torneio feminino aconteceu na edição seguinte, em Montreal-1976. A popularidade do handebol como esporte olímpico aumentou devido à sua dinâmica rápida e à natureza intensa das partidas.

Explicação das regras

O handebol é disputado por duas equipes de sete jogadores cada, incluindo o goleiro. O objetivo é simples: marcar mais gols que o adversário, arremessando a bola. Cada partida é dividida em dois tempos de 30 minutos, com um intervalo de 10 minutos entre eles. No caso de empate, há prorrogação ou até mesmo disputa de pênaltis para definir o vencedor.

Os jogadores podem utilizar qualquer parte do corpo acima dos joelhos para tocar a bola, mas há algumas restrições. Por exemplo, eles não podem dar mais de três passos com a bola nas mãos sem quicá-la no chão ou passá-la para um companheiro. O contato físico é permitido, mas deve ser feito de maneira controlada e sem intenção de machucar o adversário. Excesso de agressividade é penalizado com exclusão temporária ou até mesmo desqualificação.

Os arremessos são uma parte crucial do jogo, exigindo precisão e força. O goleiro, único jogador permitido dentro da área de gol, tem a tarefa árdua de defender os disparos dos atacantes adversários. E, claro, há diversas táticas e formações que as equipes utilizam para abrir espaço na defesa e encontrar a melhor oportunidade de marcar.

Handebol de areia

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Nos anos 2000, a modalidade foi reconhecida pela Federação Europeia de Handebol. Foto: Miriam Jeske/COB

A modalidade, criada na década de 90, foi inspirada no vôlei de praia, e nos anos 2000 foi reconhecida pela Federação Europeia de Handebol. Quatro anos depois, o primeiro torneio mundial foi realizado, e o país sede foi o Egito. Em 2018, marcou presença nos Jogos da Juventude de Buenos Aires.  Em busca de integrar o calendário olímpico oficial, o handebol de areia vai realizar um torneio na capital francesa. O evento será uma colaboração entre a Federação Internacional Handebol e a organização de Paris 2024.  

"O nosso objetivo é ter o handebol de praia no programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028. Já fizemos uma petição formal ao Comitê Olímpico Internacional para incluir a modalidade.", afirma Hristo Boshkoski, diretor da Federação Internacional de Handebol. "Como parte do nosso trabalho, a gente vai ter uma exposição do handebol de praia durante a Olimpíada de Paris, em 2024.", finaliza.

A princípio, o modelo da praia não é tão distante da quadra. A queda na areia é mais suave, por isso a intensidade do toque físico é menor. Uma diferença clara é o número de jogadores em quadra, 10 jogadores podem ser relacionados, mas só 4 são titulares. Além disso, cada tempo tem 10 minutos e um intervalo de cinco, e como foi inspirado no vôlei de praia, cada vitória dentro do tempo soma como um set.

Para ficar de olho!

Países europeus têm dominado historicamente o esporte: França, Dinamarca e Suécia estão entre as nações mais bem-sucedidas, com destaque para os franceses, que são atuais campeões olímpicos nas duas modalidades. Rússia e Noruega também possuem forte tradição no handebol olímpico, especialmente no torneio feminino.

As três seleções com mais medalhas de ouro são:

  • França - 4 medalhas, 3 no masculino e 1 no feminino;
  • Rússia - 4 medalhas, 2 no masculino e 2 no feminino;
  • Dinamarca - 1 medalha no masculino e 3 no feminino.

França e Noruega são as favoritas para a medalha de ouro na modalidade feminina. As duas seleções protagonizaram as últimas duas finais do mundial de hand, uma vitória para cada. Com base no desempenho no campeonato, as dinamarquesas, bicampeãs mundiais, podem surpreender. Já no masculino o domínio dinamarquês é histórico: são três títulos mundiais consecutivos, que explicam o favoritismo da seleção. Mikkel Hansen, lateral esquerdo da Dinamarca, é o maior artilheiro da história dos Campeonatos Europeus, com 296 gols, e dos Mundiais, com 356 gols. O atleta de 36 anos, foi considerado três vezes o Melhor Jogador do Mundo pela International Handball Federation (IHF) e anunciou sua aposentadoria após os Jogos de Paris.

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Mikkel Hansen, ouro no Rio 2016, anunciou a aposentadoria após a edição dos jogos olímpicos deste ano. – Foto: Daniel-Leal-Olivas/AFP via Getty Images.

Grupos e local dos Jogos

Este ano, foram classificadas 12 equipes, divididas em 2 grupos:

FEMININO:

  • Grupo A: Alemanha, Coreia do Sul, Dinamarca, Eslovênia, Noruega e Suécia
  • Grupo B: Angola, Brasil, Espanha, França, Holanda e Hungria

MASCULINO:

  • Grupo A: Alemanha, Croácia, Eslovênia, Espanha, Japão e Suécia
  • Grupo B: Argentina, Dinamarca, Egito, França, Hungria e Noruega

Os jogos serão disputados em dois estádios diferentes. Durante a fase de grupos, as partidas acontecem na Arena 6 Paris Sul. Nas demais etapas da competição, o Estádio Pierre Mauroy, casa do Lille Olympique SC, será o palco dos jogos.

Saiba mais sobre o esporte da bola laranja que promete muito em Paris.
por
Rafael Rizzo
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19/07/2024 - 12h

O basquete é uma das principais modalidades dos Jogos Olímpicos. Em 2024, o esporte traz muitas narrativas para a capital francesa e promete ao público grandes emoções: desde o retorno do astro Lebron James ao torneio até a classificação histórica da Seleção Brasileira em cima da Letônia. 

Origem e trajetória olímpica

Dream Team, 1992. Andrew D. Bernstein/ Getty Images.
Dream Team, 1992. Andrew D. Bernstein/ Getty Images.

 

O basquetebol foi criado em 1891, nos Estados Unidos, por James Naismith, um professor de educação física, com o objetivo de manter a forma física de seus alunos durante o inverno. Após alguns anos de evoluções e reformulações, os primeiros campeonatos mundiais foram disputados durante os anos 50. 

O esporte apareceu pela primeira vez nos Jogos Olímpicos como uma modalidade de demonstração, em 1904, em St. Louis. O basquete se tornou um esporte olímpico, de fato, apenas em 1936, nas Olimpíadas de Berlim. Naquela edição, os EUA foram campeões e o próprio James Naismith que jogou a bola ao alto pela primeira vez, e marcou a entrada oficial do basquete nos Jogos Olímpicos. O basquetebol feminino, por sua vez, foi incluído no programa Olímpico nos Jogos de Montreal, somente 40 anos depois, em 1976.

Os criadores do esporte também são os maiores campeões do torneio. Os norte-americanos detém 16, das 20 medalhas de ouro no masculino e nove, das 12, no feminino, além de, combinados, mais duas medalhas de prata e três de bronze. Ademais, até o momento, contam com uma sequência de quatro ouros olímpicos consecutivos no masculino, e sete no feminino. 

Outras seleções tradicionais no torneio são a Rússia (antiga União Soviética), com 12 medalhas no total (4 de ouro, 4 de prata e 4 de bronze); a Espanha, com quatro de prata, todas contra os Estados Unidos, e uma de bronze; a França, com quatro pratas e um bronze, e a Austrália, com três pratas e três bronzes. O Brasil nunca conquistou o ouro olímpico, porém conta com uma medalha de prata e quatro de bronze, entre as equipes masculinas e femininas

Regulamento 

Lebron James e Anthony Edwards durante o amistoso entre USA e Alemanha. Foto: Reproduçao/ Usa Basketball.
Lebron James e Anthony Edwards durante o amistoso entre EUA e Alemanha. Foto: Reprodução/ Usa Basketball.

 

Atualmente, quem rege as regras do esporte nas Olimpíadas é a Federação Internacional de Basquete (FIBA). São dois times, cada um com cinco jogadores. A partida tem uma duração de 40 minutos, dividida em quatro tempos de dez minutos, e se terminar empatada são acrescidos cinco minutos até que se conheça o vencedor. A pontuação no basquete consiste no ato do jogador arremessar a bola em direção ao aro, ou a tabela, suspenso a 3,05 metros do chão e passando-a pela cesta. Vence quem fizer mais pontos, sejam eles de um (lance livre), dois (dentro da linha de três) ou três (fora da linha de três), até o apito final. 

Time Brasil

Para essa edição, a seleção masculina não conseguiu a classificação direta e teve que disputar a vaga no pré-olímpico. Na ocasião, os brasileiros fizeram o torneio de suas vidas e conseguiram a classificação, após chegarem na final e vencerem a Letônia, com 25 pontos de vantagem (94 a 69). Além disso, para coroar ainda mais a campanha dos brasileiros, Bruno Caboclo, pivô da equipe, foi eleito o melhor jogador da competição. 

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Bruno Caboclo recebendo o prêmio de melhor jogador do Pré-Olímpico, depois da classificação do Brasil – Foto: Reprodução/FIBA
 


Em contrapartida, a seleção feminina não conseguiu se classificar. Depois de disputar o Pré-Olímpico em Belém, em fevereiro deste ano, as brasileiras precisavam vencer por oito pontos de vantagem para conseguir a vaga, mas acabaram saindo derrotadas na partida contra a Alemanha. 

Chances brasileiras e os grandes favoritos

Após se classificarem, o Brasil caiu no grupo B, que conta com a Alemanha, atual campeã mundial; França, anfitriã e com o Victor Wembanyama como principal jogador; e a seleção do Japão, com Hashimura e companhia. Para se classificar, o Brasil precisa estar entre os dois primeiros colocados do grupo ou entre os dois melhores terceiros colocados dos grupos gerais. 

As possibilidades de medalha brasileira na competição são difíceis. Bruno Caboclo, Marcelo Huertas, Yago Matheus, Gui Santos e Léo Miendl são as principais nomes que o técnico croata Petrovic tem à sua disposição. Um bronze olímpico já seria uma grande conquista, tendo em vista que a seleção masculina não alcançou tal feito desde 1964.

O grande favorito da competição é os Estados Unidos. Após perderem o mundial de uma maneira surpreendente, Lebron James movimentou suas redes sociais, mexeu alguns pauzinhos e convenceu a comissão técnica a convocar um verdadeiro “time dos sonhos”. Os estadunidenses vem com força total e recheados de estrelas da National Basketball League (NBA), como Stephen Curry e Kevin Durant. Alemanha, França, Sérvia e Canadá são as outras seleções favoritas na disputa de medalhas. Algumas equipes que podem surpreender são a Espanha, que mesmo em uma fase irregular ainda tem muita tradição, a Austrália, pelo mesmo motivo, e o Brasil, por ter montado um time extremamente competitivo. 

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EUA montou um time digno da medalha de ouro, liderado por Lebron James, que disputa sua última Olimpíada da carreira. – Foto: Brian Babineau/NBAE  
 

 

No feminino, a hegemonia das norte-americanas será difícil de ser quebrada. Com um investimento pouco visto em outros países, a seleção feminina dos Estados Unidos é sólida, competitiva, talentosa e superior às adversárias em muitos outros aspectos. A nação sede, conta com um time competitivo e as francesas esperam estar no pódio. A Austrália também é destaque, com um bom time e uma forte tradição no feminino.

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Seleção estadunidense feminina vem de sete ouros consecutivos nos Jogos Olímpicos, sequência que iniciou em Atlanta, em 1996. – Foto: Gregory Shamus/Getty Images
 

Os palcos da modalidade na França serão a Arena Bercy, em Paris, e o Estádio Pierre Mauroy, em Lille. Os jogos começam no dia 27 e o Brasil estreia no mesmo dia, contra a França, 12h15 (horário de Brasília). 

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Arena Bercy, Paris. Foto: Divulgação/ Olympics Paris.