No dia 07 de abril de 1924, o Clube de Regatas Vasco da Gama protagonizou um grande feito histórico no combate ao racismo no futebol brasileiro. Desde suas origens em 1898, o Gigante da Colina era composto com um time recheado de futebolistas negros e pardos, todos provenientes dos subúrbios do Distrito Federal da época.
A conquista do campeonato carioca de 1923 pelo Vasco revoltou a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), principal associação de agremiações praticantes do futebol da capital nacional da época, de acordo com o site do clube.
O futebol no Brasil é oriundo da Inglaterra, graças à Charles Miller, que é creditado por trazer o desporto aqui no Brasil em 1894, segundo o Museu do Futebol. Por ser um período próximo da aprovação da Lei Áurea em 1888, a maioria dos futebolistas do final do século XIX e início do século XX eram formados por homens das elites de São Paulo e do Rio de Janeiro, visto o racismo presente neste período.
Uma nova associação é fundada
A resposta foi a criação da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (A.M.E.A) no dia 01 de março de 1924. Inicialmente formada pelos clubes America, Bangu, Botafogo e Fluminense. Todos pertenciam à elite da época. O cruzmaltino foi convidado para integrar a associação, mas foi exigido “que excluísse 12 jogadores de suas equipes, 7 do primeiro quadro e 5 do segundo quadro, pois esses atletas estariam em desacordo com os “padrões morais” necessários para a prática do futebol.
O estatuto da associação era discriminatório em relação à praticantes das camadas populares e um dos artigos citavam:
“[...] Da inscrição dos amadores, suas formalidades e requisitos.
Art. 65
Não poderão, ser inscritos:
1- os que a troco de dinheiro, tenham tomado parte em festas, partidas, campeonatos ou concursos esportivos de qualquer natureza, dentro ou fora do país;
2- os que tirem os seus meios de subsistência de qualquer profissão braçal, considerando como tal a que se predomine o esforço físico;
3- os que direta ou indiretamente tirem proveito da prática do esporte;
4- os que já tenham tomado parte em qualquer prova das quais participem profissionais;
5- os que se entregarem a exploração de jogos de azar, ou viverem da sua prática;
6- os que não forem reconhecidos como amadores pela entidade máxima a quem competir a direção do esporte no Brasil;
7- os que não saibam escrever e ler correntemente;
8- os pronunciados, enquanto durarem efeitos da pronúncia, os condenados por crimes capitulados no Código Penal, e os culpados mediante provas irrecusáveis de atos imorais ou desonroso;
9- os que habitualmente não tenham profissão ou empregos certos;
10- os que exerçam profissão ou emprego subalternos; tais como: contínuo, servente, engraxate e motorista;
11- os que exerçam profissão ou emprego que exija, permita ou facilite o recebimento de gorjetas;
12- os praças de pret. (soldados, cabos e sargentos), excetuando-se, porém, os aspirantes a oficial e os alunos de Escolas Militares, os sargentos e desligados do tempo de serviço obrigatório [...]”
"Nossos jogadores eram vistos como os indesejáveis do futebol”
A "Resposta Histórica"
Em resposta à A.M.E.A, o presidente vascaíno, José Augusto Prestes, emitiu o ofício CRVG nº261, no dia 07 de abril de 1924, comunicando a desistência do clube de fazer parte da nova liga por não concordar com o preconceito racial, social e da exclusão de seus jogadores.
A “Resposta Histórica” marcou a luta contra a desigualdade racial do desporto bretão. Mesmo com as fundações da Associação Atlética Ponte Preta de Campinas-SP em 1900 e do clube gaúcho Riograndense em 1907, ambos com fundadores negros, houve um processo até a aceitação de atletas negros no futebol várzeano da época.
O Museu do Futebol do Estádio do Pacaembu, contém diversos acervos do enfrentamento do racismo no futebol e junto de fontes sobre a presença de futebolistas negros e dos clubes que foram pioneiros ao integrarem estes praticantes no começo do esporte no Brasil.
O Museu foi reformado e reaberto no dia 12 de julho deste ano. É aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 18h. Os ingressos são gratuitos toda terça-feira.
Os times brasileiros tiveram desfechos opostos durante os playoffs dos Americas Challengers. Enquanto a paiN alcançou uma vaga na decisão, a Keyd ficou pelo caminho. Os Guerreiros perderam de virada para a Fuego por 2 a 1. Já os Tradicionais venceram a FXS, pelo mesmo placar. Confira mais detalhes sobre a série:
Fuego x Vivo Keyd Stars
Jogo 1 - Entre erros e acertos
Apesar das dificuldades, a VKS conseguiu chegar a vitória. A Keyd obteve um bom controle de objetivo mas pecava nas team fights. Kisee (Ezreal) foi o cara da partida. Com uma mecânica impecável, ele comandou a Keyd para retomar a liderança da partida. Os atuais campeões do CBLOL Academy se reencontraram nas lutas, abateram o barão e conquistaram a vitória.
MVP: Kisee (Ezreal) 9/2/5
Jogo 2 - Reação da Fuego
A Keyd tinha tudo para conseguir a classificação: cinco mil de ouro de vantagem, boas lutas e controle de mapa. Porém, os Guerreiros começaram a perder as team fights e errar no posicionamento. A Fuego se recuperou após o bom uso do buff do barão, fizeram um pickoff no Mortheus (Jhin) e empataram a série.
MVP: Mataz (Jarvan IV) 5/2/12
Jogo 3 - Fuego neles
Diferente dos outros jogos, a Fuego controlou a partida do começo ao fim. Conseguiram a alma quintec cedo na partida e tiveram ótimas lutas, a vantagem era enorme. A VKS até conseguiu se defender em uma primeira investida, mas foi só questão de tempo para a equipe de Curaçao conquistar a classificação
MVP: Zelt (Orianna) 7/1/12
paiN Gaming x Fear X Starforge
Jogo 1 - FXS surfa nos erros da paiN
Desde o início, a paiN Gaming enfrentou dificuldades, principalmente por causa do impacto do jungler eXyu. Desorganizada nas lutas por objetivos, a equipe brasileira cedeu o controle do mapa cedo, enquanto eXyu parecia estar em todas as rotas, dominando as teamfights. A condição de vitória da paiN estava nos dragões e na Alma do Oceano, mas erros sucessivos no mid game e uma má gestão do Barão comprometeram suas chances. A Fear X Starforge aproveitou os deslizes do time brasileiro e garantiu a vitória.
MVP: eXyu (Vi) 4/1/9
Jogo 2 - paiN volta a dominar o Rift
A paiN Gaming entrou na partida com side lanes fortes e começou coletando abates solos logo cedo nas rotas, garantindo uma vantagem significativa no early game. Com um draft sólido, incluiu Kalista e Nautilus na botlane para acelerar o ritmo de jogo, além de Aurelion Sol para zoneamento nas fights, a paiN mostrou mais tranquilidade do que o jogo anterior e converteu, dessa vez, sua vantagem em vitória. A FXS sofreu sem campeões iniciantes para enfrentar a composição dos Tradicionais e sofreu uma derrota parecida com a que eles aplicaram na paiN anteriormente.
MVP: Qats (Aurelion Sol) 7/2/11
Jogo 3 - Triunfo brasileiro
Para o jogo que definiria o primeiro finalista, a partida esteve à altura das expectativas. Ambas as equipes não deixaram nada passar sem resposta, e protagonizaram um confronto equilibrado. A vantagem de ouro oscilou entre os dois lados ao longo da partida, mas sem criar grandes distâncias, evidenciando o duelo acirrado. Aos 29 minutos, uma luta estourou em torno do covil do Dragão e o Gnar (Hidan) encaixou uma jogada perfeita, jogou quatro adversários contra a parede, e permitiu que o Ezreal (Marvin) garantisse um quadra kill. A fight colocou a paiN na frente e, dando a volta por cima na série, os tradicionais fecharam em 2-1, garantindo a primeira vaga na final para os brasileiros.
MVP: Marvin (Ezreal) 13/2/6
Glossário
Ace: Quando uma equipe abate todos os jogadores do time adversário
Barão: um dos principais objetivos do jogo, após sua execução, cada jogador aliado recebe mais dano de ataque, e retorno acelerado à base.
Bot: posição no mapa.
Buff: mais forte
Dive: Tentativa de matar o adversário na torre dele
Engage: Iniciação
Even: igual
Farm: quantidade de tropas e monstros da selva abatido pelo jogador
Fight: luta
Gold: ouro
Jungler: caçador
Lane: Rota na qual os jogadores se deslocam
Late game: terceira fase do jogo, quando passa dos 30 minutos, campeões que precisam de mais itens para ficar forte, ou personagens como Smolder, Veigar e Nasus, são mais fortes nessa etapa da partida
Match up: Confronto direto entre os campeões de cada rota, por exemplo, Garen x Darius (Top), Orianna x Syndra (Mid)…
MVP: Sigla de Most Valuable Player, que indica o melhor jogador da partida
Nexus: Estrutura na qual a equipe precisa destruir para ganhar a partida
Over: Quando uma das equipes estende demais uma jogada que já era para ter acabado.
Patch: Atualizações que ocorrem a cada duas semanas para balancear o jogo e adicionar conteúdo
Pick off: emboscar e matar um jogador isolado da equipe adversária
Play: Jogada
Seed: classificação inicial de uma equipe em um torneio, com com base no desempenho regional e ou internacional anterior
Snowball: Efeito bola de neve
Summoner's Rift: é um dos mapas mais importantes em que acontece o jogo, utilizado nos campeonatos profissionais
Winners bracket: Chave dos vencedores
Localizado na cidade de São Paulo, o Museu do Futebol é uma instituição que celebra a rica e apaixonante história do futebol brasileiro e mundial. Foi inaugurado em 29 de setembro de 2008 e está situado no Estádio do Pacaembu, um dos mais emblemáticos do país, e se destaca como um dos principais centros culturais dedicados ao esporte.
Entrada do Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu (Fonte: Wikipedia)
O projeto do Museu do Futebol foi idealizado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, com o objetivo de criar um espaço que não apenas preservasse a memória do futebol, mas também promovesse uma reflexão mais profunda sobre o impacto social e cultural que o esporte traz. O acervo é diversificado e dinâmico, contendo diversos objetos, fotografias, vídeos e documentos que ilustram a evolução do esporte ao longo das décadas. O museu oferece exposições permanentes e temporárias que abordam diversos aspectos do futebol, desde sua origem e desenvolvimento até seu impacto. Um dos destaques da visita é a exposição interativa, que permite aos visitantes vivenciar a emoção e a magia do futebol por meio de atividades imersivas.
Além de suas exposições, o Museu do Futebol também desempenha um papel fundamental na educação e na promoção da cultura esportiva, oferecendo uma variedade de programas educativos, palestras e workshops destinados a escolas, grupos comunitários e visitantes interessados em aprender mais sobre o futebol. Esses programas visam não apenas educar sobre o esporte, mas também fomentar a inclusão social e a cidadania por meio do futebol.
O Museu do Futebol é mais do que um espaço de exposição, é um testemunho da importância do futebol como fenômeno global e como parte integrante da identidade cultural brasileira. Através de sua rica coleção e suas experiências interativas, o museu continua a celebrar e a explorar a história e o impacto desse esporte amado por milhões, mantendo viva a paixão e a história do futebol para as gerações futuras.
A grande reforma
Recentemente, o Museu do Futebol, passou por uma reforma significativa, marcando o início de uma nova era para o espaço, esta transformação não apenas revitalizou o museu, mas também aprofundou sua missão de preservar e celebrar a rica história do futebol com uma abordagem contemporânea e inovadora. A reforma foi impulsionada pela necessidade de atualizar e expandir suas instalações para melhor atender às expectativas e demandas do público moderno. O projeto foi idealizado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em colaboração com uma equipe de arquitetos, designers e curadores, com o objetivo de criar um espaço mais interativo e envolvente.
A reforma visou modernizar as exposições permanentes e temporárias, incorporando novas tecnologias e recursos interativos. Além disso, a reforma também buscou ampliar a área expositiva e melhorar a infraestrutura do museu para oferecer uma experiência mais confortável e enriquecedora aos visitantes. Entre as principais melhorias realizadas estão a atualização das exposições, que agora incluem recursos multimídia avançados, como projeções em 3D e simulações imersivas. Esses elementos tecnológicos permitem aos visitantes experimentar a emoção do futebol de maneira mais envolvente e realista. A experiência é enriquecida por recursos tecnológicos modernos, como projeções e simulações, que ajudam a criar uma conexão pessoal com a história do esporte.
Área do museu interativa que foi reformada (Fonte: G1)
O museu também ganhou novas áreas temáticas, dedicadas a aspectos diversos do futebol, como a influência do esporte na cultura popular, o papel dos jogadores como ícones sociais e a evolução das táticas e estratégias ao longo dos anos. Essas novas áreas proporcionam uma compreensão mais profunda do impacto do futebol na sociedade. Outra adição importante foi a criação de espaços educativos interativos, onde escolas e grupos comunitários podem participar de atividades pedagógicas e workshops que exploram não apenas a história do futebol, mas também temas relacionados à inclusão, diversidade e cidadania.
A recente reforma do Museu do Futebol representa um marco significativo na história da instituição. Ao combinar inovação tecnológica com uma abordagem educativa e interativa, o museu reafirma seu compromisso de celebrar e preservar a rica tradição do futebol para todos.
Por Gustavo Romero
Ainda no clima das Olimpíadas de Paris 2024, o Comitê Olímpico Brasileiro organizou a COB Expo para celebrar os esportes e atletas, e promover palestras e oficinas. A feira aconteceu entre os dias 25 e 29 de setembro, no Espaço Pro Magno, na Zona Norte de São Paulo.
Além do grande público, congressistas e profissionais de algumas partes do país participaram de cursos e palestras exclusivas, com grandes nomes do esporte brasileiro. Entre alguns dos presentes estavam Beatriz Souza, medalhista de ouro de judô em Paris; Baby, três vezes medalhista de bronze, também no judô; a surfista e medalhista de prata em 2024, Tatiana Weston-Webb e Rebeca Andrade, a maior medalhista olímpica da história do Brasil.
O primeiro dia do evento contou apenas com as ativações nos stands e nas quadras poliesportivas com demonstrações, bate-papos, práticas esportivas e clínicas de handebol, vôlei, basquete, boxe e, até mesmo, patins e curling. A entrada foi gratuita e era necessário apenas um cadastro prévio para o ingressar à feira.
Já no segundo dia, a COB Expo começou de vez com as palestras e cursos, com congressos que promoveram os esportes olímpicos, deram aulas sobre os mais modernos tratamentos de saúde e até mesmo como engajar os fãs e tornar a Olimpíada um produto rentável.
No entanto, os refletores ficaram voltados para o terceiro dia, que teve a presença de Nadia Comăneci, ex-ginasta romena, junto de Rebeca Andrade, — brasileira com maior número de medalhas em Olimpíadas — para um bate-papo que contou com perguntas do público, em que compartilharam suas experiências de vida e profissão.
A brasileira falou um pouco sobre a medalha de ouro conquistada no solo, em cima de Simone Biles, em Paris 2024. Segundo Rebeca, todas as medalhas nos Jogos Olímpicos foram importantes, mas a medalha dourada mostrou que ela era sim capaz de bater a histórica ginasta estadunidense. Ela ainda falou sobre o nervosismo na prova por equipes, rasgou elogios a Nadia, e deu dicas para algumas crianças que a admiravam e a viam como uma heroína.
Neste dia também aconteceram palestras sobre a gestão de empresas no ramo esportivo, legislação do esporte e a atuação das mulheres na área. O evento também contou com um grupo de pagode, que tocou uma músicas da década de 90 até virais recentes e fez a alegria de quem aproveitava a feira.
Durante o quarto dia, diversos nomes importantes passaram pelo espaço Pro Magno, incluindo Arthur Zanetti, medalhista de ouro nas argolas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Ele mostrou seu talento ao público, que foi à loucura durante uma breve apresentação do atleta. Porém, quem roubou a cena foi o filho do ginasta, Liam, que deu cambalhotas e alguns pulos enquanto o pai se preparava e arrancou risadas e muitas palmas do público que parou para ver o “Mini Arthur”.
Além disso, ainda no sábado (27), aconteceu um campeonato interestadual de boxe na COB Expo, com lutas entre São Paulo e Rio de Janeiro. Apesar da equipe carioca ter saído vencedora, os paulistas motivaram a torcida a gritar e apoiar.
Enquanto aconteciam as lutas, em outro espaço, o oposto da Seleção Brasileira de Vôlei, Darlan, jogou um pouco com jovens em uma das quadras disponíveis e esbanjou carisma ao ensinar os companheiros de time, mas não deixou a competição de lado ao mostrar a força do seu saque.
Ao final do penúltimo dia do evento, a medalhista Tati Weston-Webb participou do Fórum Paulista de Surf e desfilou com sua medalha prateada. Além de contar sobre a falta de ondas que enfrentou em Teahupo’o, nas Olímpiadas deste ano. Ela deixou claro que grandes competições precisam ser mais estudadas para que o local ideal dê oportunidades para todos os surfistas.
No último dia, a diversão tomou conta da feira, com desafios e competições de atletismo, levantamento de peso e até mesmo arco e flecha, que renderam brindes para os participantes. Próximo do fim, também aconteceu uma apresentação de jogadores do time de futebol americano do Corinthians.
A COB Expo 2024 se encerrou com mais visitantes do que a edição anterior, cerca de 72 mil pessoas passaram pelo espaço, nos cinco dias de evento. Além disso, 6 mil atletas – entre amadores e praticantes, olímpicos, paralímpicos e ex-atletas – participaram das diversas dinâmicas.
Nesta quarta-feira (02), após começar atrás do placar, a seleção brasileira de futsal derrotou a Ucrânia por 3 a 2 e se classificou, depois de 12 anos, para sua sétima final na história da Copa do Mundo de Futsal, disputada este ano no Uzbequistão.
O JOGO
O Brasil entrou em quadra com: William, Marlon, Marcel, Dyego e Felipe Valério, enquanto Pito (atual melhor do mundo) e Ferrão (três vezes melhor do mundo) começaram no banco de reservas.
O jogo iniciou equilibrado, com poucas chances de gol para ambas as equipes, embora a Ucrânia levasse mais perigo, especialmente nos contra-ataques cedidos pela seleção brasileira. A partir dos quatro minutos de jogo, as oportunidades começaram a surgir. O Brasil quase abriu o placar em uma bola sobrada na defesa ucraniana, com Arthur acertando a trave. Segundos depois, a Ucrânia revidou e também carimbou a trave brasileira com Mykytuik.
Aos dez minutos do primeiro tempo, Leandro Lino roubou a bola de Sukhov, goleiro ucraniano, e marcou o gol para o Brasil. No entanto, após revisão do árbitro de vídeo, o gol foi anulado, pois a arbitragem entendeu que a bola já estava sob controle do goleiro. Faltando apenas três minutos para o fim da primeira etapa, Cherniavskyi chutou forte de fora da área no canto direito de William, abrindo o placar para a Ucrânia, que havia sido superior até então.
No segundo tempo, o Brasil voltou com uma postura diferente e, com menos de um minuto, empatou o jogo com Dyego, que driblou o defensor e finalizou rasteiro, sem chances para o goleiro Sukhov. No minuto seguinte, após uma roubada de bola, Dyego, de cabeça, marcou seu segundo gol na partida, colocando o Brasil à frente. Após o impacto da virada sofrida, a Ucrânia voltou a pressionar e equilibrou o jogo. Em uma saída de bola errada do Brasil, faltando 11 minutos para o fim, os ucranianos empataram com Korsun em seguida de uma boa tabela.
Com o empate, o Brasil passou a confiar na qualidade técnica de seus jogadores, enquanto a Ucrânia se defendia e apostava nos contra-ataques, levando muito perigo ao gol brasileiro. Faltando sete minutos para o fim, a Ucrânia teve sua melhor chance no segundo tempo, com Zhuk chutando para defesa de Guitta, e Zvarych acertando a trave no rebote.
A quatro minutos do fim, após uma cobrança de falta mal executada pelos ucranianos, o Brasil tentou sair no contra-ataque, mas sofreu uma falta de Melynk. Como era a sexta falta da Ucrânia, a seleção brasileira teve direito a um tiro livre, convertido por Dyego, que marcou seu terceiro gol na partida, colocando o Brasil novamente à frente. Nos minutos finais, a Ucrânia pressionou, mas o Brasil se defendeu bem e conseguiu segurar o placar de 3 a 2, garantindo sua classificação para a final após 12 anos. Agora, a seleção brasileira aguarda a partida entre França e Argentina, que acontece nesta quinta-feira (03), para descobrir seu adversário na final.
A FINAL
Com essa classificação, a seleção brasileira retorna à final depois de doze anos, quando venceu o pentacampeonato contra a Espanha pelo placar de 3 a 2, ainda com Falcão na quadra. A campanha do Brasil até o momento na competição é de 100% de aproveitamento, com 38 gols marcados, sendo disparado o melhor ataque do mundial.
Caso se classifique, essa será a terceira final seguida da Argentina, revés do Brasil na última copa, quando eliminou a canarinha na semifinal antes de perder a final para a seleção de Portugal. A equipe albiceleste já foi campeã da competição em 2016. Ainda este ano, em fevereiro, Brasil e Argentina se enfrentaram na final da Copa América, com vitória por 2 a 0 da amarelinha.
Já a França, histórico carrasco do Brasil no futebol de campo, briga para se classificar para sua primeira final nas quadras. Em abril, os franceses venceram os brasileiros por 3 a 2 em um torneio amistoso.
QUANDO E ONDE ASSISTIR?
A final está marcada para o domingo (06) às 12h (horário de Brasília), com transmissão da TV Globo, do canal fechado Sportv e gratuitamente na CazéTV, no YouTube. A decisão ocorrerá na Humo Arena, na cidade de Tasquente, capital do Uzbequistão.