Equipe vence o MInas e amplia a liderança no basquete brasileiro por mais um ano
por
Rafael Jorge
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26/06/2025 - 12h

 

A equipe do Sesi Franca conquistou na última quarta-feira (18) o tetracampeonato consecutivo do Novo Basquete Brasil (NBB) , principal competição do país, o que confirmou de vez sua hegemonia no cenário nacional. O time da “capital do basquete”, como é conhecida a cidade paulista no meio esportivo, conquistou o título jogando em casa contra o Minas Tênis Clube por 86 x 73.

Franca liderava a série por 2x1, e teve a oportunidade de fechá-la no Pedrocão, seu ginásio. O jogo foi marcado por algumas trocas no placar, porém, um último quarto dominante vencido por 21 x 4 pelos mandantes decidiu a partida. O americano David Jackson foi o destaque do elenco com 15 pontos e um arremesso decisivo com poucos minutos para o fim. Além disso, o ala Didi foi eleito o MVP das finais.

Jogadores comemorando no ginásio
Comemoração do título em quadra. Foto: João Pires/ LNB.

Helinho Garcia, técnico do time, comemorou o tetra: “É talvez uma das maiores alegrias da minha vida. Não tenho palavras para descrever tudo o que nós vivenciamos nesse tetracampeonato”, também declarou que a equipe poderia ter desistido depois de uma temporada com diversas lesões que atrapalharam o planejamento e ressaltou os valores e disciplina do plantel.

O comandante fez uma homenagem a duas figuras históricas do basquete francano: Pedro Morilla Fuentes, o Pedroca, precursor do basquete na cidade, além de ter sido o primeiro treinador da equipe e Hélio Rubens, seu pai, vitorioso como jogador e técnico em Franca. “O nosso maior desafio, do técnico, dos jogadores, é não abrir mão dos valores que temos como grupo. Isso foi um legado que eu recebi do meu pai e do Pedroca, que leva o nome desse ginásio”, afirma Helinho.

Técnico tirando foto com a taça
Helinho no media day da conquista. Foto: João Pires/ LNB.

É a primeira vez que o time do interior paulista é quatro vezes campeão de forma consecutiva. Nos anos 1990, quando o torneio nacional era organizado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) , os francanos chegaram a conquistar um tricampeonato seguido (1997,1998,1999) mas não conseguiram o tetra. Agora, a torcida comemora mais um feito na história do clube.

Apesar do sucesso recente, a tradicional equipe do interior ficou próxima de fechar as portas em 2015, com dívidas e a falta de patrocinadores fortes. A paixão pelo clube, no entanto, não permitiu o encerramento das atividades, torcedores fizeram vaquinhas e empresas da cidade se engajaram no projeto para reerguer o basquete, a principal delas foi a Magazine Luíza, que se tornou fundamental para manter o time. O Franca hoje conta com mais de 60 anos ininterruptos no basquete, algo incomum da modalidade no Brasil.

Após alguns anos de sofrimento, as dívidas foram controladas e investimentos aconteceram para fortalecer o elenco. O SESI, um dos principais parceiros do projeto até hoje, também foi essencial para melhorar a estrutura do clube, que hoje é de primeira linha, um marco dessa parceria foi a construção de um CT para o time, que leva o nome de um de seus principais ídolos, Hélio Rubens Garcia.

Jovem Hélio Rubens com Helinho criança
Hélio Rubens como jogador com seu filho Helinho, atual treinador do Franca. Foto: Antônio Lúcio/ Estadão.

A cidade de Franca voltou a se acostumar com títulos e glórias. O munícipio que tem o basquete como principal esporte viu a equipe conquistar diversas taças nos últimos anos, dentre elas, 5 campeonatos paulistas (2018,2019,2020,2022 e 2024), 4 títulos do NBB (2022, 2023, 2024, 2025), 2 Copas Super 8 (2020 e 2023), uma Liga Sul-Americana (2018), uma Basketball Champions League Américas (2023) e mais um título mundial (2023). 

Anúncio foi feito por Dana White, presidente do UFC
por
Caio Moreira
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25/06/2025 - 12h

O lutador americano Jon Bones Jones, de 37 anos e ex-campeão da categoria peso-pesado do Ultimate Fighting Championship (UFC), confirmou sua aposentadoria do Mixed Martial Arts (MMA). Dana White, atual presidente do UFC, anunciou neste sábado (21), em coletiva após o evento da organização. No domingo (22), Bones se pronunciou em suas redes sociais. Ele agradeceu aos fãs pelo apoio, ao UFC e seus organizadores, sua família e aos companheiros de equipe.

O mundo do MMA se chocou com a confirmação da sua aposentadoria, pois o lutador estava prestes a marcar a luta que unificaria o cinturão do peso-pesado com Tom Aspinall, inglês que detinha o cinturão interino da divisão. Dana deixou claro que a luta já estava fechada, com o Madison Square Garden como possível palco da decisão, até o americano mudar os planos. 

jones e dana
Jon Jones e Dana White em entrevista coletiva do UFC 309. Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC/Getty Images

Muitos lutadores reagiram à notícia. Anderson Silva, ex-campeão do peso-médio e Hall da Fama do UFC, fez questão de exaltar Jones em suas redes sociais. “Meu irmão, obrigado por todos os momentos mágicos. Seu domínio dentro do cage é inigualável, e isso marca o fim de outra era lendária”. Já Renato Moicano, brasileiro lutador do peso-leve do UFC, teve uma opinião contrária à lenda dos médios. Em seu canal no Youtube, ele esclareceu que o americano manchou sua carreira. “O Jon Jones, foi um monstro na categoria 93kg, mas subiu com adversários escolhidos a dedo. Esperou o Francis Ngannou se aposentar, lutou com o Ciryl Gane, depois lutou com o Stipe Miocic e agora ficou dois anos sentado no cinturão, dizendo que iria lutar”. Moicano reforça sua ideia, mas explica que sua crítica não é sobre o aspecto técnico do ex-campeão, e sim pelo fato dele ter “cozinhado a categoria”. O brasileiro finaliza ressaltando que Jones caiu no doping e isso manchou o legado dele. 

Ao longo do anos, Bones empilhou polêmicas e grandes performances. Sua ascensão iniciou quando venceu Brandon Vera, Vladimir Matyushenko e Ryan Bader antes de receber a chance de enfrentar Mauricio Shogun pelo cinturão do meio-pesado no UFC 128, em março de 2011, após a lesão de Rashad Evans. O americano venceu por nocaute técnico a 2:37 do terceiro round e consagrou o título da categoria meio-pesado. Na sequência desses triunfos, ele  defendeu seu cinturão com sucesso contra Quinton Rampage Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort, Chael Sonnen, Alexander Gustafsson e Glover Teixeira. 

jones
Jon Jones com seu primeiro cinturão. Foto: Al Bello/Zuffa LLC / Getty Images

A primeira grande polêmica dá início com seu maior rival na organização, Daniel Cormier. Durante um evento promocional, os dois fizeram uma encarada que resultou em socos e empurrões, a confusão terminou com Jon sendo punido em U$50 mil, e cumprindo 40 horas de serviço comunitário. As suspensões geraram mais um tumulto na sua carreira, a primeira foi causada após estar envolvido com um acidente onde bateu o carro e fugiu sem prestar assistência a uma mulher grávida, resultando em 6 meses de suspensão. As outras duas suspensões foram motivadas por uso de substâncias não permitidas pela USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), foram elas clomifeno, letrozol e turinabol.

Campeão em duas divisões diferentes, no meio-pesado e no pesado, Jon Bones Jones encerrou sua carreira como um dos melhores de todos os tempos. Ele se despede com o cartel de 28 vitórias, uma luta sem decisão e nenhuma derrota. O americano é o lutador com mais defesas de cinturão na história (12). Além disso, é o campeão mais jovem do UFC, vencendo o título do meio-pesado em 19 de março de 2011, com 23 anos e 243 dias, quebrando o recorde do brasileiro José Aldo, campeão do peso pena aos 24 anos e 72 dias.




 

Camisas em homenagem a artistas e movimentos viram tendência no mercado mundial
por
Yan Gutterres Ricardi
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25/06/2025 - 12h

 

No dia 11 de Maio, em partida válida pelo Campeonato Espanhol, o Barcelona entrou em campo para o clássico contra o Real Madrid com uma novidade em seu uniforme: ao invés da logo do seu patrocinador, o serviço de streaming de música Spotify, o time espanhol estampou a marca da Cactus Jack, gravadora do rapper americano Travis Scott. A parceria, que também contou com uma linha de roupas e um show intimista para os fãs, fez parte de uma estratégia de colaboração entre o clube e seu patrocinador, divulgando diversos artistas de renome, já que além de Travis, nomes como Rolling Stones, Coldplay, Drake e Rosalía já estamparam o uniforme da equipe, cada um trazendo sua identidade para o esporte.

 

Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol com os braços levantados
Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol contra o Real Madrid; na camisa, patrocínio da Cactus Jack. Foto: Albert Gea/Reuters

 

Essa, porém, não foi a primeira vez que o futebol e a música se encontraram por meio dos uniformes. Ao longo dos últimos anos, diversos clubes ao redor do mundo lançaram camisas em homenagem a artistas e a movimentos culturais, como forma de celebrar raízes, e fortalecer laços com sua comunidade. Marcelo Coleto, produtor de conteúdo e colecionador de camisas, relata como essas ações ajudam a fortalecer esse vínculo e contribuem para a chegada de um novo público: “Essa mistura estampada nas camisas, atrelado ao uso no bom sentido da moda, atrai novos públicos, bem como torna essa ligação ainda mais crível. O fã de música quer ter a camisa por causa do artista e o torcedor por se identificar com o time que torce”

No Brasil, esses lançamentos vêm se tornando cada vez mais comuns. Em 2022, o Santos lançou uma coleção em homenagem à banda Charlie Brown Jr, que ganhou o Brasil após fazer sucesso na cidade, especialmente nos anos 1990 e 2000. Chorão, que morreu em 2013 e era vocalista da banda, era santista declarado. O músico, inclusive, estrelou um show na Vila Belmiro em 2010, durante apresentação do atacante Robinho, que chegou de helicóptero ao lado de Pelé. A linha contava com camisas parecidas com o uniforme 1 do Santos, branco, além de casacos e regatas. Quase todas as peças tinham a marca do Charlie Brown Jr. estampada no espaço principal do uniforme, como um patrocinador master.

 

Coleção de camisas do Santos em homenagem ao Charlie Brown jr, com camisas em um vestiário
Coleção do Santos em homenagem ao Charlie Brown Jr. Foto: Divulgação

Em 2023, foi a vez do Fluminense lançar uma camisa em homenagem à um notável torcedor. Com as cores verde e rosa, a equipe carioca homenageou o sambista Cartola, ilustre torcedor do clube, além da Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, da qual Cartola foi um dos fundadores. A camisa trazia em toda a parte frontal e nas costas a letra completa de “Corra e olhe o céu”, samba clássico do artista em parceria com Dalmo Castello, em 1974. E a fonte escolhida para estampar o poema no uniforme foi inspirada na caligrafia do próprio Cartola.

A relação do sambista com o Fluminense começou ainda na infância. Nascido em 1908, no bairro do Catete, Cartola cresceu frequentando as Laranjeiras com o pai, torcedor fanático do clube, e era espectador assíduo dos treinos do time profissional - que já era tricampeão carioca de 1917/ 18/ 19. Na mesma época em que jogava bola em um terreno próximo ao clube, Cartola precisou se mudar para o Morro da Mangueira, onde mais tarde fundaria a Mangueira e escolheria as cores da escola em homenagem ao clube de coração. Em 1969, já consagrado como artista, foi convidado pelo então presidente tricolor Francisco Laport para um almoço em sua homenagem, com toda a diretoria do Fluminense.

Jogadores posando para divulgação da camisa do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola
Uniforme do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola e à Mangueira. Foto: Divulgação

 

A moda no exterior

Fora do Brasil, dois rivais da mesma cidade já fizeram homenagens a movimentos culturais. O Manchester United lançou uma coleção inspirada no cenário musical e cultural de Manchester no início dos anos 1990, que ficou conhecido como ‘Madchester’, movimento do rock alternativo e fenômeno cultural que projetou Manchester para o mundo. Uma das influências mais marcantes desse período na cidade foi a banda The Stone Roses, e a peça central da coleção é a camisa Manchester United x Stone Roses Originals Icon, uma homenagem para a capa do álbum de estreia homônimo da banda, lançado em 1989. Para Marcelo, esse tipo de lançamento vem fazendo com que a indústria de uniformes enxergue cada vez mais o torcedor como um consumidor cultural, além do âmbito esportivo apenas: “As marcas esportivas têm trazido cada vez mais conceitos e culturas para as camisas por entender que, além do time ou uma torcida, elas podem representar outros valores. Através de uma camisa de futebol hoje é possível conhecer inúmeros tipos de culturas.” 

Já no lado azul da cidade, o Manchester City lançou no ano passado uma camisa em homenagem a banda Oasis, principal representante do ‘Britpop’, movimento cultural e musical do Reino Unido que surgiu também na década de 1990, visando celebrar a cultura britânica e colocar a música do país de volta no topo das paradas mundiais, em resposta ao grunge e ao rock alternativo norte-americano da época. Batizado de “Definitely City”, em referência ao álbum de estreia da banda inglesa, lançado em 1994, a peça foi criada em colaboração com Noel Gallagher, vocalista e guitarrista da banda, e torcedor fanático do City. A “magia” do lançamento da camisa se dá pelo fato da parceria entre o clube e a banda para comemorar os 30 anos do lançamento do primeiro álbum, mas também por coincidir com o retorno do Oasis aos palcos, após 15 anos de hiato. 

Jogadores do Manchester City e do Manchester United posando para divulgação de camisas
Equipes de Manchester e suas camisas; City com homenagem para o Oasis e o britpop e United relembrando o Madchester e o Stone Roses, banda que inspirou o próprio Oasis. Foto: Divulgação

Esses lançamentos mostram como o futebol está cada vez mais aberto a conexões que vão além das quatro linhas. Seja ao homenagear ídolos, ou ao se unir a grandes nomes da música internacional, os clubes reforçam sua identidade, aproximam-se dos torcedores e ampliam seu alcance cultural, se tornando um símbolo de memória afetiva e expressão artística. Sobre planos futuros, Marcelo comenta: “Pensando em música, tivemos movimentos como a Tropicália que foi significativo em seu tempo, ou a MPB que é atemporal, e até mesmo o sertanejo raiz dos anos 1980 e 90 são estilos que poderiam ser temas de camisas e coleções dos times. Acho que uma outra vertente, por exemplo, poderia ser a parceria entre times e marcas esportivas com eventos nascidos no Brasil. Pensando na recente parceria entre Adidas e Glastonbury [festival de música realizado na Inglaterra]. Por que não algo pensado entre uma marca esportiva e o Rock In Rio?”

Uma breve análise do desempenho dos atletas estreantes da F1 2025
por
Felipe Achoa
Anderson Santos
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25/06/2025 - 12h

Este ano trouxe novos ares para a principal divisão automobilística do planeta até agora. Com seis novos rookies (calouros) que têm chamado atenção nas pistas em meio a resultados expressivos, entre desempenhos deslumbrantes e algumas decepções, a categoria parece respirar com lampejos de renovação. 

A conquista do terceiro lugar de Andrea Kimi Antonelli na última edição do GP do Canadá, o que o coloca como terceiro atleta mais jovem da história a atingir um pódio de F1, reacendeu a discussão à respeito do desempenho dos atletas estreantes, principalmente com o meio da temporada se aproximando.

A Fórmula 1 de 2025 já ficou marcada como a sessão de novatos. Nunca antes na história recente, tantos pilotos juntos estrearam na categoria, em especial pelas características da modalidade em si; até o ano corrente são 20 assentos com rotatividade baixíssima e que partem do pressuposto de que não existe rebaixamento, nem de equipes, nem de pilotos. Esta é uma divisão esportiva de acessibilidade reduzida. 

Dentro do intervalo de 2020 - 2024, de todos os atletas que estrearam na categoria, apenas o atual líder do campeonato, Oscar Piastri, segue como titular.

Ainda assim, essa nova classe de pilotos que acaba de entrar demonstra um futuro muito promissor, com atletas que, inclusive, já desempenharam bem na Formula 1 como substitutos.

Para iniciar,  o golden boy da Ferrari, Oliver Bearman. O piloto britânico se destacou ao demonstrar grande talento durante o início da temporada da Formula 2 no ano de 2023.

Com batalhas incríveis contra o “tubarãozinho” Enzo Fittipaldi e o campeão da temporada, Theo Pourchair, Bearman garantiu seu futuro na equipe rossonera, encerrando o ano com 5 pódios. 

Apesar do pouco destaque na sua segunda passagem pela F2, o destino o premiou com duas  oportunidades em que correu na F1, em substituição aos pilotos Carlos Sainz (Ferrari) e Kevin Magnussen (Haas/Ferrari); o jovem entregou muito mais do que as equipes esperavam, com pontos em ambas as rodadas. 

Os resultados relevantes garantiram o acesso expresso à categoria principal na equipe Haas. Mesmo com um carro limitado e uma equipe menor, o britânico tem evoluído bem, demonstra, cada vez mais, confiança e já finalizou dentro da zona de pontuação em quatro corridas, incluindo o GP de abertura, no Azerbaijão.

 

Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024  Foto por: David Davies/PA Images
Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024 
Foto por: David Davies/PA Images 

 

A nova estrutura da equipe, a “Super” Haas/Toyota Gazoo Racing, que ainda tem como principal parceiro a Ferrari, também tem se mostrado um caminho benéfico para a evolução de Ollie, que precisa de tempo para se adaptar às novas condições de corrida e às diferentes pistas do calendário.

A expectativa no paddock é que com, aproximadamente, dois anos de maturação, o piloto já esteja apto para assumir um possível assento na Escuderia Ferrari.

Dentre os estreantes de melhor desempenho no ano corrente, está Isack Hadjar. O vice campeão da F2 no ano passado chegou a maior categoria automobilística do planeta repleto de contestações. Mesmo com resultados positivos nas categorias de base, a inconstância apresentada pelo jovem gerava dúvidas, não apenas com o público geral, mas entre os principais mandantes da RedBull. 

Ainda assim, com um cartel de opções limitado, Helmut Marko e companhia apostaram no francês que está desempenhando extremamente bem em circuitos mundo afora.

Hadjar é o único entre os estreantes que foi para todos os Q3 (fase final da classificação que contém apenas os 10 mais velozes) e inegavelmente é o que mais tem superado expectativas, uma vez que conta com um carro limitado, tem finalizado melhor que ambos os companheiros que teve até o momento e é o piloto em atuação pela matriz da RedBull em melhor fase, depois de Max Verstappen, o que o coloca na posição de um possível assento na equipe principal em um futuro não tão distante.

Outro que briga pelo título de melhor atleta ingressante em 2025 é Andrea Kimi Antonelli. Estreante pela Mercedes, a pressão por resultados já se tornou vívida desde o início; mesmo com o infortúnio, o bom carro e estrutura fornecidos pela equipe, aliados à performance inacreditável do jovem, têm não só trazido resultados à fabricante, como ao piloto. 

O Italiano, que tem uma passagem muito breve e vitoriosa pelas categorias de base do automobilismo, teve acesso prematuro dado seu enorme talento. 

Antonelli é uma aposta da Mercedes em criar um novo Max Verstappen. Não literalmente, mas criar um novo fenômeno que seria capaz de virar o jogo para a montadora, que não vive as mesmas glórias do passado.
 

Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024  Foto por: Bryn Lennon - Formula 1
Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024 
Foto por: Bryn Lennon - Formula 1

 
A aposta tem se provado um acerto, uma vez que Kimi tem conseguido posições expressivas em pistas importantes, pontos constantes e, recentemente, no Grande Prêmio do Canadá, se tornou o terceiro atleta mais jovem da história a conquistar uma das três primeiras posições em um circuito de Formula 1. A expectativa é alta para o futuro do emiliano-romagnolo e a Mercedes espera que o jovem traga muito sucesso à equipe.

Membro da academia de pilotos da Red Bull desde 2019, Liam Lawson foi promovido à equipe no começo deste ano, substituindo Sergio Pérez.

O piloto neozelandês competiu em seis etapas do campeonato do ano passado pela equipe Racing Bulls, pontuando em duas ocasiões. O seu estilo de pilotagem agressivo e rápida adaptação a categoria impressionaram a direção da Red Bull, principalmente o chefe da equipe, Christian Horner.

Neste ano, Lawson teve muitas dificuldades em adaptar-se ao carro da equipe, que foi projetado para o estilo de pilotagem de Max Verstappen. E após somente duas etapas, onde não conseguiu ter bons desempenhos, foi substituído por Yuki Tsunoda e voltou para a Racing Bulls.

Por outro lado, Jack Doohan foi contratado pela Alpine em agosto do ano passado, após o anúncio da saída de Esteban Ocon para a Haas.

O australiano entrou na academia de pilotos da equipe francesa em fevereiro de 2022, cinco meses após ser vice-campeão da Fórmula 3 do ano anterior.

Depois de uma passagem sólida pela Fórmula 2, mas sem grandes conquistas, Doohan recebeu a oportunidade de realizar seis etapas na Fórmula 1, começando no Grande Prêmio da Austrália, em seu país natal.

Já sabendo que dependia de boas performances para seguir na equipe após receber um ultimato de seu chefe, Flavio Briatore, o piloto não conseguiu adquirir confiança e ter boas performances. 

Depois de abandonar o Grande Prêmio de Miami por conta de um acidente na primeira volta, Doohan foi comunicado por Briatore que seria substituído por Franco Colapinto para a sequência da temporada. Ele segue na Alpine como piloto reserva e de testes.

 

Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)
Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)

 

Colapinto, assim como o seu antecessor, correrá seis etapas no segundo carro da Alpine. Após esse período, sua performance será avaliada por Flavio Briatore, que definirá o seu futuro na Fórmula 1.

O argentino fez a sua estreia na Fórmula 1 no ano passado, correndo a segunda metade da temporada pela Williams, onde conseguiu um impressionante oitavo lugar no Grande Prêmio do Azerbaijão.

Mas apesar do ótimo resultado, Franco mostrou sinais de inconsistência na parte final do campeonato, abandonando três das últimas quatro corridas do ano. No entanto, o garoto ainda tem muita experiência a ganhar e também apresentou velocidade, ainda que de forma inconstante, com bons desempenhos e posições próximas à zona de pontuação no ano de 2025.

Por fim, o maior destaque recente das categorias de base, Gabriel Bortoleto fecha o grid dos calouros. Principal destaque da F3 2023, campeão em seu primeiro ano de participação e campeão da F2 logo no ano seguinte, também em sua primeira passagem pela categoria, o brasileiro se provou o grande talento de sua geração e assinou com Stake Kick Sauber.

A equipe, que tem a atual menor estrutura do Grid, vive um processo de reconstrução para em 2026 se tornar Audi F1 Team. 

Com um carro fraco e predominância no fundo do Grid, o time tem sido um bom caminho para que Gabriel conquiste experiência, mas uma experiência difícil para alguém acostumado a vencer.

 Ainda assim, a clara prioridade à Nico Hulkenberg e as falhas estratégicas do time influenciaram no desempenho pouco animador do brasileiro, que ainda não conta com ponto algum.

A jovem promessa tem demonstrado maturidade e é constantemente elogiada pelo time e outros pilotos. O estilo seguro de Bortoleto, aliado à sua velocidade, com ultrapassagens inteligentes, trazem a esperança de futuros pontos para o brasileiro, que tem desempenhado um ótimo trabalho.

 

Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1  Foto por: Chandan Khanna / AFP
Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1 
Foto por: Chandan Khanna / AFP

 

Muito cedo para cravar o futuro de qualquer um, mas um ótimo momento para analisar o desempenho destes jovens, fica evidente que a categoria tem se renovado e novos nomes devem assumir posições do alto escalão da Formula 1 logo.

Organização venceu seu primeiro título na modalidade
por
Pedro Premero
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24/06/2025 - 12h
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr

 

Neste domingo (15) a FURIA se consagrou como a primeira equipe a vencer a LTA Sul, após o fim do CBLOL, com um 3 a 0 em cima da paiN Gaming. Os panteras entraram no cenário de League of Legends em 2020, mas nunca conseguiram alcançar grandes resultados. Depois de cinco anos e muitos projetos que bateram na trave, eles enfim conquistaram o título. Confira mais detalhes da série:

 

Jogo 1 - Virada Furiosa

O early game foi bem movimentado, com um foco da FURIA de jogar pelo lado superior do mapa para abater o Wizer (Sion), deixar o Guigo (Camille) com vantagem e a paiN respondendo a essas jogadas. A partida começou a ganhar forma para os Tradicionais após um bom controle dos objetivos e utilização do Arauto para levar as torres da rota inferior.

Com boas lutas, a paiN se manteve na liderança do jogo, apesar de perder alguns objetivos, alcançando 6k de gold na frente de seus adversários. Porém, aos 36 minutos de partida, Os Panteras deram um pickoff no Wizer, que desencadeou em uma team fight na qual a FURIA saiu vitoriosa. Com apenas uma luta, eles conseguiram virar a partida e abrir o placar da final.

 

Jogo 2 - A um passo da história

A segunda partida da final pareceu um replay da primeira, as duas equipes movimentaram o mapa com muitos abates e disputas de objetivos. O jogo estava muito parelho e era muito difícil definir quem venceria, já que nenhum dos times conseguiu uma vantagem expressiva. 

A partida foi definida em mais uma luta imprevisível, que foi decidida no por Ayu (Senna) atirador da FURIA. Como no jogo anterior, os Panteras precisaram de apenas uma team fight para ganhar e buscar o match point.

 

Jogo 3 - HOJE É DIA DE FURIA

Diferente dos outros dois jogos, a FURIA não deu chances para paiN no terceiro e último jogo da final. Os Panteras dominaram do começo ao fim. Eles puniram bem os tradicionais nas rotas laterais e obtiveram muitos abates por lá. Além disso, a FURIA buscou lutas nos objetivos, respondendo a jogadas da paiN e evitando que eles se recuperassem na partida. Com isso, eles chegaram a uma vantagem de mais de 12k de ouro e foi só questão de tempo para conquistarem seu primeiro troféu na modalidade. 

 

MVP da Final: Guigo

 

Coletiva

Conquistando um título pela segunda vez na carreira, Tutsz contou o sentimento de voltar ao topo do cenário após cinco anos:

“O sentimento é muito bom. É gratificante saber que, se eu estiver trabalhando com as pessoas certas, com a comissão certa, eu consigo ser um dos melhores”

Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr
Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr

 

O midlaner também agradeceu a confiança que a organização deu a ele desde sua chegada:

“Quando eles me contrataram, me trouxeram do Academy (Tier 2). Então desde sempre foi uma relação de confiança muito grande da FURIA comigo e queria agradecer esse laço que foi criado”, finalizou.

 

Glossário

Team fights: Lutas em equipe

TF: Abreviação de team fight

Early game: começo de jogo

MVP: Sigla de Most Valuable Player, que indica o melhor jogador da partida

Ouro: dinheiro do jogo

pickoff: Abater um adversário que está fora de posição

Objetivos: Monstros neutros em que as equipes podem abater para conseguir melhorias, ouro e experiência.

Midlaner: Jogador que atua pela rota do meio

Rotas laterais: rota que estão na extremidade do mapa, o top (rota superior) e bot (rota inferior)

Diante de sua torcida, a equipe de Votuporanga venceu e ficou a um passo do título
por
Gabriel Lourenço Schiavoni
Lucas Rossi
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07/10/2024 - 12h

Votuporanguense e Monte Azul jogaram no último sábado (05) na Arena Plínio Marin, em Votuporanga (SP), a primeira partida da final da Copa Paulista, com vitória do time da casa por 1 a 0 em uma partida emocionante.

Vale lembrar que, além da premiação no valor de R$250 mil, o clube campeão ganha o direito de escolha de uma vaga em uma competição nacional no ano que vem, podendo disputar a Série D do Campeonato Brasileiro ou a Copa do Brasil. A equipe derrotada ficará com a vaga não selecionada, além de uma bonificação de R$150 mil.

Apesar do placar magro, o jogo reservou grandes emoções. Ambas as equipes adotaram uma postura ofensiva, criaram oportunidades de gol, acertaram bolas na trave, levando perigo para o gol adversário. A partida começou quente desde os primeiros 30 segundos, quando o Monte Azul arriscou um chute perigoso de longe com defesa de João Paulo. Poucos minutos depois o CAV reagiu, com um chute no travessão de Wendel. No resto da primeira etapa, outras chances foram criadas, mas levando pouco perigo ao gol.

Na etapa final do segundo tempo, aos 37 minutos, o Votuporanguense abriu o placar em cobrança de pênalti de Wendel, após uma falta na entrada da grande área que resultou na expulsão de Matheus Santana. Nos acréscimos, mesmo após a expulsão, o Monte Azul levou perigo, com duas bolas na trave.

Nando do Votuporanguense e Andrey do Monte Azul em disputa de bola. Reprodução: José Luis Silva/Paulistão
Nando do Votuporanguense e Andrey do Monte Azul em disputa de bola. Reprodução: José Luis Silva/Paulistão

Agora, cabe ao Azulão buscar reverter o resultado jogando em casa, se o Estádio Otacília Patrycio Arroio for liberado pela Federação Paulista de Futebol que interditou o local devido a péssima situação do gramado. Caso a liberação não ocorra, a partida deve ser realizada na Arena Fonte Luminosa, em Araraquara (SP).

O Monte Azul precisa vencer por um gol de diferença para levar a decisão para a disputa de pênaltis, e de uma vitória por dois ou mais gols para ser campeão no tempo regulamentar.

A partida de volta será realizada no próximo sábado (12), às 15h (horário de Brasília) com transmissão da TV Cultura e pelo canal Futebol Paulista, no YouTube. 

 

Cruzmaltino foi protagonista de um dos grandes feitos contra a discriminação racial no esporte, sendo citado no acervo do Museu do Futebol
por
Oliver de Souza Santiago
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04/10/2024 - 12h

No dia 07 de abril de 1924, o Clube de Regatas Vasco da Gama protagonizou um grande feito histórico no combate ao racismo no futebol brasileiro. Desde suas origens em 1898, o Gigante da Colina era composto com um time recheado de futebolistas negros e pardos, todos provenientes dos subúrbios do Distrito Federal da época.

 

A conquista do campeonato carioca de 1923 pelo Vasco revoltou a Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), principal associação de agremiações praticantes do futebol da capital nacional da época, de acordo com o site do clube. 

Equipe do C.R. Vasco da Gama em 1923. Foto: Acervo Museu do Futebol
Equipe do C.R. Vasco da Gama em 1923. Foto: Acervo Museu do Futebol

O futebol no Brasil é oriundo da Inglaterra, graças à Charles Miller, que é creditado por trazer o desporto aqui no Brasil em 1894, segundo o Museu do Futebol. Por ser um período próximo da aprovação da Lei Áurea em 1888, a maioria dos futebolistas do final do século XIX e início do século XX eram formados por homens das elites de São Paulo e do Rio de Janeiro, visto o racismo presente neste período.

Uma nova associação é fundada

A resposta foi a criação da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (A.M.E.A) no dia 01 de março de 1924. Inicialmente formada pelos clubes America, Bangu, Botafogo e Fluminense. Todos pertenciam à elite da época. O cruzmaltino foi convidado para integrar a associação, mas foi exigido “que excluísse 12 jogadores de suas equipes, 7 do primeiro quadro e 5 do segundo quadro, pois esses atletas estariam em desacordo com os “padrões morais” necessários para a prática do futebol.

Logo da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). Foto: Reprodução/Pinterest @heraldicadesportiva
Logo da Associação Metropolitana de Esportes Athleticos (AMEA). Foto: Reprodução/Pinterest @heraldicadesportiva

O estatuto da associação era discriminatório em relação à praticantes das camadas populares e um dos artigos citavam:

“[...] Da inscrição dos amadores, suas formalidades e requisitos.

Art. 65

Não poderão, ser inscritos:

1- os que a troco de dinheiro, tenham tomado parte em festas, partidas, campeonatos ou concursos esportivos de qualquer natureza, dentro ou fora do país;

2- os que tirem os seus meios de subsistência de qualquer profissão braçal, considerando como tal a que se predomine o esforço físico;

3- os que direta ou indiretamente tirem proveito da prática do esporte;

4- os que já tenham tomado parte em qualquer prova das quais participem profissionais;

5- os que se entregarem a exploração de jogos de azar, ou viverem da sua prática;

6- os que não forem reconhecidos como amadores pela entidade máxima a quem competir a direção do esporte no Brasil;

7- os que não saibam escrever e ler correntemente;

8- os pronunciados, enquanto durarem efeitos da pronúncia, os condenados por crimes capitulados no Código Penal, e os culpados mediante provas irrecusáveis de atos imorais ou desonroso;

9- os que habitualmente não tenham profissão ou empregos certos;

10- os que exerçam profissão ou emprego subalternos; tais como: contínuo, servente, engraxate e motorista;

11- os que exerçam profissão ou emprego que exija, permita ou facilite o recebimento de gorjetas;

12- os praças de pret. (soldados, cabos e sargentos), excetuando-se, porém, os aspirantes a oficial e os alunos de Escolas Militares, os sargentos e desligados do tempo de serviço obrigatório [...]”

"Nossos jogadores eram vistos como os indesejáveis do futebol”

A "Resposta Histórica"

Em resposta à A.M.E.A, o presidente vascaíno, José Augusto Prestes, emitiu o ofício CRVG nº261, no dia 07 de abril de 1924, comunicando a desistência do clube de fazer parte da nova liga por não concordar com o preconceito racial, social e da exclusão de seus jogadores.

Documento oficial do ofício CRVG nº261, 07 de abril de 1924. Foto: Reprodução/Instagram: @vascodagama
Documento oficial do ofício CRVG nº261, 07 de abril de 1924. Foto: Reprodução/Instagram: @vascodagama

 

A “Resposta Histórica” marcou a luta contra a desigualdade racial do desporto bretão. Mesmo com as fundações da Associação Atlética Ponte Preta de Campinas-SP em 1900 e do clube gaúcho Riograndense em 1907, ambos com fundadores negros, houve um processo até a aceitação de atletas negros no futebol várzeano da época.

O Museu do Futebol do Estádio do Pacaembu, contém diversos acervos do enfrentamento do racismo no futebol e junto de fontes sobre a presença de futebolistas negros e dos clubes que foram pioneiros ao integrarem estes praticantes no começo do esporte no Brasil.

O Museu foi reformado e reaberto no dia 12 de julho deste ano. É aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 18h. Os ingressos são gratuitos toda terça-feira.

Os Tradicionais esperam o vencedor do confronto entre Fear X Starforge e Fuego
por
Ana Clara Souza
Pedro Premero
|
03/10/2024 - 12h
Marvin, atirador da paiN Gaming, após a vitória - Foto: CBLOL/flickr
Marvin, atirador da paiN Gaming, após a vitória - Foto: CBLOL/flickr

 

Os times brasileiros tiveram desfechos opostos durante os playoffs dos Americas Challengers. Enquanto a paiN alcançou uma vaga na decisão, a Keyd ficou pelo caminho. Os Guerreiros perderam de virada para a Fuego por 2 a 1. Já os Tradicionais venceram a FXS, pelo mesmo placar. Confira mais detalhes sobre a série:

 

Fuego x Vivo Keyd Stars

 

Jogo 1 - Entre erros e acertos

Apesar das dificuldades, a VKS conseguiu chegar a vitória. A Keyd obteve um bom controle de objetivo mas pecava nas team fights. Kisee (Ezreal) foi o cara da partida. Com uma mecânica impecável, ele comandou a Keyd para retomar a liderança da partida. Os atuais campeões do CBLOL Academy se reencontraram nas lutas, abateram o barão e conquistaram a vitória.

MVP: Kisee (Ezreal) 9/2/5

 

Jogo 2 - Reação da Fuego

A Keyd tinha tudo para conseguir a classificação: cinco mil de ouro de vantagem, boas lutas e controle de mapa. Porém, os Guerreiros começaram a perder as team fights e errar no posicionamento. A Fuego se recuperou após o bom uso do buff do barão, fizeram um pickoff no Mortheus (Jhin) e empataram a série.

MVP: Mataz (Jarvan IV) 5/2/12

 

Jogo 3 - Fuego neles

Diferente dos outros jogos, a Fuego controlou a partida do começo ao fim.  Conseguiram a alma quintec cedo na partida e tiveram ótimas lutas, a vantagem era enorme. A VKS até conseguiu se defender em uma primeira investida, mas foi só questão de tempo para a equipe de Curaçao conquistar a classificação

MVP: Zelt (Orianna) 7/1/12

 

Kisee foi um dos destaques da VKS durante o campeonato. Foto: CBLOL/flickr
Kisee foi um dos destaques da VKS durante o campeonato. Foto: CBLOL/flickr

paiN Gaming x Fear X Starforge

 

Jogo 1 - FXS surfa nos erros da paiN

Desde o início, a paiN Gaming enfrentou dificuldades, principalmente por causa do impacto do jungler eXyu. Desorganizada nas lutas por objetivos, a equipe brasileira cedeu o controle do mapa cedo, enquanto eXyu parecia estar em todas as rotas, dominando as teamfights. A condição de vitória da paiN estava nos dragões e na Alma do Oceano, mas erros sucessivos no mid game e uma má gestão do Barão comprometeram suas chances. A Fear X Starforge aproveitou os deslizes do time brasileiro e garantiu a vitória.

MVP: eXyu (Vi) 4/1/9

 

Jogo 2 - paiN volta a dominar o Rift

A paiN Gaming entrou na partida com side lanes fortes e começou coletando abates solos logo cedo nas rotas, garantindo uma vantagem significativa no early game. Com um draft sólido, incluiu Kalista e Nautilus na botlane para acelerar o ritmo de jogo, além de Aurelion Sol para zoneamento nas fights, a paiN mostrou mais tranquilidade do que o jogo anterior e converteu, dessa vez, sua vantagem em vitória. A FXS sofreu sem campeões iniciantes para enfrentar a composição dos Tradicionais e sofreu uma derrota parecida com a que eles aplicaram na paiN anteriormente.

MVP: Qats (Aurelion Sol) 7/2/11

 

Jogo 3 - Triunfo brasileiro

Para o jogo que definiria o primeiro finalista, a partida esteve à altura das expectativas. Ambas as equipes não deixaram nada passar sem resposta, e protagonizaram um confronto equilibrado. A vantagem de ouro oscilou entre os dois lados ao longo da partida, mas sem criar grandes distâncias, evidenciando o duelo acirrado. Aos 29 minutos, uma luta estourou em torno do covil do Dragão e o Gnar (Hidan) encaixou uma jogada perfeita, jogou quatro adversários contra a parede, e permitiu que o Ezreal (Marvin) garantisse um quadra kill. A fight colocou a paiN na frente e, dando a volta por cima na série, os tradicionais fecharam em 2-1, garantindo a primeira vaga na final para os brasileiros.

 

MVP: Marvin (Ezreal) 13/2/6

 

Tatu e Marvin, jogadores da paiN Gaming, comemoram vitória que deu a vaga para a final do Americas Challengers 2024. Foto: CBLOL/flickr
Tatu e Marvin, jogadores da paiN Gaming, comemoram vitória que deu a vaga para a final do Americas Challengers 2024. Foto: CBLOL/flickr

 

Glossário

 

Ace: Quando uma equipe abate todos os jogadores do time adversário

Barão: um dos principais objetivos do jogo, após sua execução, cada jogador aliado recebe mais dano de ataque, e retorno acelerado à base.

Bot: posição no mapa.

Buff: mais forte

Dive: Tentativa de matar o adversário na torre dele

Engage: Iniciação

Even: igual

Farm: quantidade de tropas e monstros da selva abatido pelo jogador

Fight: luta

Gold: ouro

Jungler: caçador

Lane: Rota na qual os jogadores se deslocam

Late game: terceira fase do jogo, quando passa dos 30 minutos, campeões que precisam de mais itens para ficar forte, ou personagens como Smolder, Veigar e Nasus, são mais fortes nessa etapa da partida

Match up: Confronto direto entre os campeões de cada rota, por exemplo, Garen x Darius (Top), Orianna x Syndra (Mid)…

MVP: Sigla de Most Valuable Player, que indica o melhor jogador da partida

Nexus: Estrutura na qual a equipe precisa destruir para ganhar a partida

Over: Quando uma das equipes estende demais uma jogada que já era para ter acabado.

Patch: Atualizações que ocorrem a cada duas semanas para balancear o jogo e adicionar conteúdo

Pick off: emboscar e matar um jogador isolado da equipe adversária

Play: Jogada

Seed: classificação inicial de uma equipe em um torneio, com com base no desempenho regional e ou internacional anterior

Snowball: Efeito bola de neve

Summoner's Rift: é um dos mapas mais importantes em que acontece o jogo,  utilizado nos campeonatos profissionais

Winners bracket: Chave dos vencedores

Museu do Futebol passa por grande reforma para trazer uma experiência mais imersiva e tecnológica aos visitantes
por
Kaleo Ferreira de Melo
|
03/10/2024 - 12h

Localizado na cidade de São Paulo, o Museu do Futebol é uma instituição que celebra a rica e apaixonante história do futebol brasileiro e mundial. Foi inaugurado em 29 de setembro de 2008 e está situado no Estádio do Pacaembu, um dos mais emblemáticos do país, e se destaca como um dos principais centros culturais dedicados ao esporte.

Entrada do Museu do Futebol, no Estádio do Pacaembu (Fonte: Wikipedia)

O projeto do Museu do Futebol foi idealizado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, com o objetivo de criar um espaço que não apenas preservasse a memória do futebol, mas também promovesse uma reflexão mais profunda sobre o impacto social e cultural que o esporte traz. O acervo é diversificado e dinâmico, contendo diversos objetos, fotografias, vídeos e documentos que ilustram a evolução do esporte ao longo das décadas. O museu oferece exposições permanentes e temporárias que abordam diversos aspectos do futebol, desde sua origem e desenvolvimento até seu impacto. Um dos destaques da visita é a exposição interativa, que permite aos visitantes vivenciar a emoção e a magia do futebol por meio de atividades imersivas.

Além de suas exposições, o Museu do Futebol também desempenha um papel fundamental na educação e na promoção da cultura esportiva, oferecendo uma variedade de programas educativos, palestras e workshops destinados a escolas, grupos comunitários e visitantes interessados em aprender mais sobre o futebol. Esses programas visam não apenas educar sobre o esporte, mas também fomentar a inclusão social e a cidadania por meio do futebol.

O Museu do Futebol é mais do que um espaço de exposição, é um testemunho da importância do futebol como fenômeno global e como parte integrante da identidade cultural brasileira. Através de sua rica coleção e suas experiências interativas, o museu continua a celebrar e a explorar a história e o impacto desse esporte amado por milhões, mantendo viva a paixão e a história do futebol para as gerações futuras.

A grande reforma

Recentemente, o Museu do Futebol, passou por uma reforma significativa, marcando o início de uma nova era para o espaço, esta transformação não apenas revitalizou o museu, mas também aprofundou sua missão de preservar e celebrar a rica história do futebol com uma abordagem contemporânea e inovadora. A reforma foi impulsionada pela necessidade de atualizar e expandir suas instalações para melhor atender às expectativas e demandas do público moderno. O projeto foi idealizado pela Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, em colaboração com uma equipe de arquitetos, designers e curadores, com o objetivo de criar um espaço mais interativo e envolvente.

A reforma visou modernizar as exposições permanentes e temporárias, incorporando novas tecnologias e recursos interativos. Além disso, a reforma também buscou ampliar a área expositiva e melhorar a infraestrutura do museu para oferecer uma experiência mais confortável e enriquecedora aos visitantes. Entre as principais melhorias realizadas estão a atualização das exposições, que agora incluem recursos multimídia avançados, como projeções em 3D e simulações imersivas. Esses elementos tecnológicos permitem aos visitantes experimentar a emoção do futebol de maneira mais envolvente e realista. A experiência é enriquecida por recursos tecnológicos modernos, como projeções e simulações, que ajudam a criar uma conexão pessoal com a história do esporte.

Área do museu interativa que foi reformada (Fonte: G1)

O museu também ganhou novas áreas temáticas, dedicadas a aspectos diversos do futebol, como a influência do esporte na cultura popular, o papel dos jogadores como ícones sociais e a evolução das táticas e estratégias ao longo dos anos. Essas novas áreas proporcionam uma compreensão mais profunda do impacto do futebol na sociedade. Outra adição importante foi a criação de espaços educativos interativos, onde escolas e grupos comunitários podem participar de atividades pedagógicas e workshops que exploram não apenas a história do futebol, mas também temas relacionados à inclusão, diversidade e cidadania.

A recente reforma do Museu do Futebol representa um marco significativo na história da instituição. Ao combinar inovação tecnológica com uma abordagem educativa e interativa, o museu reafirma seu compromisso de celebrar e preservar a rica tradição do futebol para todos.

A feira contou com a presença de medalhistas olímpicos e oficinas para o público
por
Gustavo Romero
|
03/10/2024 - 12h

Por Gustavo Romero

Ainda no clima das Olimpíadas de Paris 2024, o Comitê Olímpico Brasileiro organizou a COB Expo para celebrar os esportes e atletas, e promover palestras e oficinas. A feira aconteceu entre os dias 25 e 29 de setembro, no Espaço Pro Magno, na Zona Norte de São Paulo.

Além do grande público, congressistas e profissionais de algumas partes do país participaram de cursos e palestras exclusivas, com grandes nomes do esporte brasileiro. Entre alguns dos presentes estavam Beatriz Souza, medalhista de ouro de judô em Paris; Baby, três vezes medalhista de bronze, também no judô; a surfista e medalhista de prata em 2024, Tatiana Weston-Webb e Rebeca Andrade, a maior medalhista olímpica da história do Brasil.

mascote
Mascote do evento junto com o logo. Foto: Gazeta Esportiva

O primeiro dia do evento contou apenas com as ativações nos stands e nas quadras poliesportivas com demonstrações, bate-papos, práticas esportivas e clínicas de handebol, vôlei, basquete, boxe e, até mesmo, patins e curling. A entrada foi gratuita e era necessário apenas um cadastro prévio para o ingressar à feira.

Basquete
Quadra de Basquete 3x3, que contou com demonstrações e desafios. Foto: Gustavo Romero/AGEMT

Já no segundo dia, a COB Expo começou de vez com as palestras e cursos, com congressos que promoveram os esportes olímpicos, deram aulas sobre os mais modernos tratamentos de saúde e até mesmo como engajar os fãs e tornar a Olimpíada um produto rentável.

No entanto, os refletores ficaram voltados para o terceiro dia, que teve a presença de Nadia Comăneci, ex-ginasta romena, junto de Rebeca Andrade, — brasileira com maior número de medalhas em Olimpíadas — para um bate-papo que contou com perguntas do público, em que compartilharam suas experiências de vida e profissão.

rebeca
Nadia Comaneci e Rebeca Andrade depois do painel na COB Expo. Foto: Léo Barillari/COB

A brasileira falou um pouco sobre a medalha de ouro conquistada no solo, em cima de Simone Biles, em Paris 2024. Segundo Rebeca, todas as medalhas nos Jogos Olímpicos foram importantes, mas a medalha dourada mostrou que ela era sim capaz de bater a histórica ginasta estadunidense. Ela ainda falou sobre o nervosismo na prova por equipes, rasgou elogios a Nadia, e deu dicas para algumas crianças que a admiravam e a viam como uma heroína.

Neste dia também aconteceram palestras sobre a gestão de empresas no ramo esportivo, legislação do esporte e a atuação das mulheres na área. O evento também contou com um grupo de pagode, que tocou uma músicas da década de 90 até virais recentes e fez a alegria de quem aproveitava a feira.

Pagode
Grupo de pagode se apresentou ao final do terceiro dia de evento. Foto: Gustavo Romero/AGEMT

Durante o quarto dia, diversos nomes importantes passaram pelo espaço Pro Magno, incluindo Arthur Zanetti, medalhista de ouro nas argolas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Ele mostrou seu talento ao público, que foi à loucura durante uma breve apresentação do atleta. Porém, quem roubou a cena foi o filho do ginasta, Liam, que deu cambalhotas e alguns pulos enquanto o pai se preparava e arrancou risadas e muitas palmas do público que parou para ver o “Mini Arthur”.

Arthur
Arthur Zanetti se apresentou nas argolas. Foto: Gustavo Romero/AGEMT

Além disso, ainda no sábado (27), aconteceu um campeonato interestadual de boxe na COB Expo, com lutas entre São Paulo e Rio de Janeiro. Apesar da equipe carioca ter saído vencedora, os paulistas motivaram a torcida a gritar e apoiar.

boxe
Disputa de boxe entre estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Foto: Gustavo Romero/AGEMT

Enquanto aconteciam as lutas, em outro espaço, o oposto da Seleção Brasileira de Vôlei, Darlan, jogou um pouco com jovens em uma das quadras disponíveis e esbanjou carisma ao ensinar os companheiros de time, mas não deixou a competição de lado ao mostrar a força do seu saque.

Ao final do penúltimo dia do evento, a medalhista Tati Weston-Webb participou do Fórum Paulista de Surf e desfilou com sua medalha prateada. Além de contar sobre a falta de ondas que enfrentou em Teahupo’o, nas Olímpiadas deste ano. Ela deixou claro que grandes competições precisam ser mais estudadas para que o local ideal dê oportunidades para todos os surfistas.

tati
Tati exibiu sua medalha na COB Expo. Foto: Léo Barillari/COB

No último dia, a diversão tomou conta da feira, com desafios e competições de atletismo, levantamento de peso e até mesmo arco e flecha, que renderam brindes para os participantes. Próximo do fim, também aconteceu uma apresentação de jogadores do time de futebol americano do Corinthians.

A COB Expo 2024 se encerrou com mais visitantes do que a edição anterior, cerca de 72 mil pessoas passaram pelo espaço, nos cinco dias de evento. Além disso, 6 mil atletas – entre amadores e praticantes, olímpicos, paralímpicos e ex-atletas – participaram das diversas dinâmicas.