Equipe vence o MInas e amplia a liderança no basquete brasileiro por mais um ano
por
Rafael Jorge
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26/06/2025 - 12h

 

A equipe do Sesi Franca conquistou na última quarta-feira (18) o tetracampeonato consecutivo do Novo Basquete Brasil (NBB) , principal competição do país, o que confirmou de vez sua hegemonia no cenário nacional. O time da “capital do basquete”, como é conhecida a cidade paulista no meio esportivo, conquistou o título jogando em casa contra o Minas Tênis Clube por 86 x 73.

Franca liderava a série por 2x1, e teve a oportunidade de fechá-la no Pedrocão, seu ginásio. O jogo foi marcado por algumas trocas no placar, porém, um último quarto dominante vencido por 21 x 4 pelos mandantes decidiu a partida. O americano David Jackson foi o destaque do elenco com 15 pontos e um arremesso decisivo com poucos minutos para o fim. Além disso, o ala Didi foi eleito o MVP das finais.

Jogadores comemorando no ginásio
Comemoração do título em quadra. Foto: João Pires/ LNB.

Helinho Garcia, técnico do time, comemorou o tetra: “É talvez uma das maiores alegrias da minha vida. Não tenho palavras para descrever tudo o que nós vivenciamos nesse tetracampeonato”, também declarou que a equipe poderia ter desistido depois de uma temporada com diversas lesões que atrapalharam o planejamento e ressaltou os valores e disciplina do plantel.

O comandante fez uma homenagem a duas figuras históricas do basquete francano: Pedro Morilla Fuentes, o Pedroca, precursor do basquete na cidade, além de ter sido o primeiro treinador da equipe e Hélio Rubens, seu pai, vitorioso como jogador e técnico em Franca. “O nosso maior desafio, do técnico, dos jogadores, é não abrir mão dos valores que temos como grupo. Isso foi um legado que eu recebi do meu pai e do Pedroca, que leva o nome desse ginásio”, afirma Helinho.

Técnico tirando foto com a taça
Helinho no media day da conquista. Foto: João Pires/ LNB.

É a primeira vez que o time do interior paulista é quatro vezes campeão de forma consecutiva. Nos anos 1990, quando o torneio nacional era organizado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) , os francanos chegaram a conquistar um tricampeonato seguido (1997,1998,1999) mas não conseguiram o tetra. Agora, a torcida comemora mais um feito na história do clube.

Apesar do sucesso recente, a tradicional equipe do interior ficou próxima de fechar as portas em 2015, com dívidas e a falta de patrocinadores fortes. A paixão pelo clube, no entanto, não permitiu o encerramento das atividades, torcedores fizeram vaquinhas e empresas da cidade se engajaram no projeto para reerguer o basquete, a principal delas foi a Magazine Luíza, que se tornou fundamental para manter o time. O Franca hoje conta com mais de 60 anos ininterruptos no basquete, algo incomum da modalidade no Brasil.

Após alguns anos de sofrimento, as dívidas foram controladas e investimentos aconteceram para fortalecer o elenco. O SESI, um dos principais parceiros do projeto até hoje, também foi essencial para melhorar a estrutura do clube, que hoje é de primeira linha, um marco dessa parceria foi a construção de um CT para o time, que leva o nome de um de seus principais ídolos, Hélio Rubens Garcia.

Jovem Hélio Rubens com Helinho criança
Hélio Rubens como jogador com seu filho Helinho, atual treinador do Franca. Foto: Antônio Lúcio/ Estadão.

A cidade de Franca voltou a se acostumar com títulos e glórias. O munícipio que tem o basquete como principal esporte viu a equipe conquistar diversas taças nos últimos anos, dentre elas, 5 campeonatos paulistas (2018,2019,2020,2022 e 2024), 4 títulos do NBB (2022, 2023, 2024, 2025), 2 Copas Super 8 (2020 e 2023), uma Liga Sul-Americana (2018), uma Basketball Champions League Américas (2023) e mais um título mundial (2023). 

Anúncio foi feito por Dana White, presidente do UFC
por
Caio Moreira
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25/06/2025 - 12h

O lutador americano Jon Bones Jones, de 37 anos e ex-campeão da categoria peso-pesado do Ultimate Fighting Championship (UFC), confirmou sua aposentadoria do Mixed Martial Arts (MMA). Dana White, atual presidente do UFC, anunciou neste sábado (21), em coletiva após o evento da organização. No domingo (22), Bones se pronunciou em suas redes sociais. Ele agradeceu aos fãs pelo apoio, ao UFC e seus organizadores, sua família e aos companheiros de equipe.

O mundo do MMA se chocou com a confirmação da sua aposentadoria, pois o lutador estava prestes a marcar a luta que unificaria o cinturão do peso-pesado com Tom Aspinall, inglês que detinha o cinturão interino da divisão. Dana deixou claro que a luta já estava fechada, com o Madison Square Garden como possível palco da decisão, até o americano mudar os planos. 

jones e dana
Jon Jones e Dana White em entrevista coletiva do UFC 309. Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC/Getty Images

Muitos lutadores reagiram à notícia. Anderson Silva, ex-campeão do peso-médio e Hall da Fama do UFC, fez questão de exaltar Jones em suas redes sociais. “Meu irmão, obrigado por todos os momentos mágicos. Seu domínio dentro do cage é inigualável, e isso marca o fim de outra era lendária”. Já Renato Moicano, brasileiro lutador do peso-leve do UFC, teve uma opinião contrária à lenda dos médios. Em seu canal no Youtube, ele esclareceu que o americano manchou sua carreira. “O Jon Jones, foi um monstro na categoria 93kg, mas subiu com adversários escolhidos a dedo. Esperou o Francis Ngannou se aposentar, lutou com o Ciryl Gane, depois lutou com o Stipe Miocic e agora ficou dois anos sentado no cinturão, dizendo que iria lutar”. Moicano reforça sua ideia, mas explica que sua crítica não é sobre o aspecto técnico do ex-campeão, e sim pelo fato dele ter “cozinhado a categoria”. O brasileiro finaliza ressaltando que Jones caiu no doping e isso manchou o legado dele. 

Ao longo do anos, Bones empilhou polêmicas e grandes performances. Sua ascensão iniciou quando venceu Brandon Vera, Vladimir Matyushenko e Ryan Bader antes de receber a chance de enfrentar Mauricio Shogun pelo cinturão do meio-pesado no UFC 128, em março de 2011, após a lesão de Rashad Evans. O americano venceu por nocaute técnico a 2:37 do terceiro round e consagrou o título da categoria meio-pesado. Na sequência desses triunfos, ele  defendeu seu cinturão com sucesso contra Quinton Rampage Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort, Chael Sonnen, Alexander Gustafsson e Glover Teixeira. 

jones
Jon Jones com seu primeiro cinturão. Foto: Al Bello/Zuffa LLC / Getty Images

A primeira grande polêmica dá início com seu maior rival na organização, Daniel Cormier. Durante um evento promocional, os dois fizeram uma encarada que resultou em socos e empurrões, a confusão terminou com Jon sendo punido em U$50 mil, e cumprindo 40 horas de serviço comunitário. As suspensões geraram mais um tumulto na sua carreira, a primeira foi causada após estar envolvido com um acidente onde bateu o carro e fugiu sem prestar assistência a uma mulher grávida, resultando em 6 meses de suspensão. As outras duas suspensões foram motivadas por uso de substâncias não permitidas pela USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), foram elas clomifeno, letrozol e turinabol.

Campeão em duas divisões diferentes, no meio-pesado e no pesado, Jon Bones Jones encerrou sua carreira como um dos melhores de todos os tempos. Ele se despede com o cartel de 28 vitórias, uma luta sem decisão e nenhuma derrota. O americano é o lutador com mais defesas de cinturão na história (12). Além disso, é o campeão mais jovem do UFC, vencendo o título do meio-pesado em 19 de março de 2011, com 23 anos e 243 dias, quebrando o recorde do brasileiro José Aldo, campeão do peso pena aos 24 anos e 72 dias.




 

Camisas em homenagem a artistas e movimentos viram tendência no mercado mundial
por
Yan Gutterres Ricardi
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25/06/2025 - 12h

 

No dia 11 de Maio, em partida válida pelo Campeonato Espanhol, o Barcelona entrou em campo para o clássico contra o Real Madrid com uma novidade em seu uniforme: ao invés da logo do seu patrocinador, o serviço de streaming de música Spotify, o time espanhol estampou a marca da Cactus Jack, gravadora do rapper americano Travis Scott. A parceria, que também contou com uma linha de roupas e um show intimista para os fãs, fez parte de uma estratégia de colaboração entre o clube e seu patrocinador, divulgando diversos artistas de renome, já que além de Travis, nomes como Rolling Stones, Coldplay, Drake e Rosalía já estamparam o uniforme da equipe, cada um trazendo sua identidade para o esporte.

 

Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol com os braços levantados
Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol contra o Real Madrid; na camisa, patrocínio da Cactus Jack. Foto: Albert Gea/Reuters

 

Essa, porém, não foi a primeira vez que o futebol e a música se encontraram por meio dos uniformes. Ao longo dos últimos anos, diversos clubes ao redor do mundo lançaram camisas em homenagem a artistas e a movimentos culturais, como forma de celebrar raízes, e fortalecer laços com sua comunidade. Marcelo Coleto, produtor de conteúdo e colecionador de camisas, relata como essas ações ajudam a fortalecer esse vínculo e contribuem para a chegada de um novo público: “Essa mistura estampada nas camisas, atrelado ao uso no bom sentido da moda, atrai novos públicos, bem como torna essa ligação ainda mais crível. O fã de música quer ter a camisa por causa do artista e o torcedor por se identificar com o time que torce”

No Brasil, esses lançamentos vêm se tornando cada vez mais comuns. Em 2022, o Santos lançou uma coleção em homenagem à banda Charlie Brown Jr, que ganhou o Brasil após fazer sucesso na cidade, especialmente nos anos 1990 e 2000. Chorão, que morreu em 2013 e era vocalista da banda, era santista declarado. O músico, inclusive, estrelou um show na Vila Belmiro em 2010, durante apresentação do atacante Robinho, que chegou de helicóptero ao lado de Pelé. A linha contava com camisas parecidas com o uniforme 1 do Santos, branco, além de casacos e regatas. Quase todas as peças tinham a marca do Charlie Brown Jr. estampada no espaço principal do uniforme, como um patrocinador master.

 

Coleção de camisas do Santos em homenagem ao Charlie Brown jr, com camisas em um vestiário
Coleção do Santos em homenagem ao Charlie Brown Jr. Foto: Divulgação

Em 2023, foi a vez do Fluminense lançar uma camisa em homenagem à um notável torcedor. Com as cores verde e rosa, a equipe carioca homenageou o sambista Cartola, ilustre torcedor do clube, além da Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, da qual Cartola foi um dos fundadores. A camisa trazia em toda a parte frontal e nas costas a letra completa de “Corra e olhe o céu”, samba clássico do artista em parceria com Dalmo Castello, em 1974. E a fonte escolhida para estampar o poema no uniforme foi inspirada na caligrafia do próprio Cartola.

A relação do sambista com o Fluminense começou ainda na infância. Nascido em 1908, no bairro do Catete, Cartola cresceu frequentando as Laranjeiras com o pai, torcedor fanático do clube, e era espectador assíduo dos treinos do time profissional - que já era tricampeão carioca de 1917/ 18/ 19. Na mesma época em que jogava bola em um terreno próximo ao clube, Cartola precisou se mudar para o Morro da Mangueira, onde mais tarde fundaria a Mangueira e escolheria as cores da escola em homenagem ao clube de coração. Em 1969, já consagrado como artista, foi convidado pelo então presidente tricolor Francisco Laport para um almoço em sua homenagem, com toda a diretoria do Fluminense.

Jogadores posando para divulgação da camisa do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola
Uniforme do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola e à Mangueira. Foto: Divulgação

 

A moda no exterior

Fora do Brasil, dois rivais da mesma cidade já fizeram homenagens a movimentos culturais. O Manchester United lançou uma coleção inspirada no cenário musical e cultural de Manchester no início dos anos 1990, que ficou conhecido como ‘Madchester’, movimento do rock alternativo e fenômeno cultural que projetou Manchester para o mundo. Uma das influências mais marcantes desse período na cidade foi a banda The Stone Roses, e a peça central da coleção é a camisa Manchester United x Stone Roses Originals Icon, uma homenagem para a capa do álbum de estreia homônimo da banda, lançado em 1989. Para Marcelo, esse tipo de lançamento vem fazendo com que a indústria de uniformes enxergue cada vez mais o torcedor como um consumidor cultural, além do âmbito esportivo apenas: “As marcas esportivas têm trazido cada vez mais conceitos e culturas para as camisas por entender que, além do time ou uma torcida, elas podem representar outros valores. Através de uma camisa de futebol hoje é possível conhecer inúmeros tipos de culturas.” 

Já no lado azul da cidade, o Manchester City lançou no ano passado uma camisa em homenagem a banda Oasis, principal representante do ‘Britpop’, movimento cultural e musical do Reino Unido que surgiu também na década de 1990, visando celebrar a cultura britânica e colocar a música do país de volta no topo das paradas mundiais, em resposta ao grunge e ao rock alternativo norte-americano da época. Batizado de “Definitely City”, em referência ao álbum de estreia da banda inglesa, lançado em 1994, a peça foi criada em colaboração com Noel Gallagher, vocalista e guitarrista da banda, e torcedor fanático do City. A “magia” do lançamento da camisa se dá pelo fato da parceria entre o clube e a banda para comemorar os 30 anos do lançamento do primeiro álbum, mas também por coincidir com o retorno do Oasis aos palcos, após 15 anos de hiato. 

Jogadores do Manchester City e do Manchester United posando para divulgação de camisas
Equipes de Manchester e suas camisas; City com homenagem para o Oasis e o britpop e United relembrando o Madchester e o Stone Roses, banda que inspirou o próprio Oasis. Foto: Divulgação

Esses lançamentos mostram como o futebol está cada vez mais aberto a conexões que vão além das quatro linhas. Seja ao homenagear ídolos, ou ao se unir a grandes nomes da música internacional, os clubes reforçam sua identidade, aproximam-se dos torcedores e ampliam seu alcance cultural, se tornando um símbolo de memória afetiva e expressão artística. Sobre planos futuros, Marcelo comenta: “Pensando em música, tivemos movimentos como a Tropicália que foi significativo em seu tempo, ou a MPB que é atemporal, e até mesmo o sertanejo raiz dos anos 1980 e 90 são estilos que poderiam ser temas de camisas e coleções dos times. Acho que uma outra vertente, por exemplo, poderia ser a parceria entre times e marcas esportivas com eventos nascidos no Brasil. Pensando na recente parceria entre Adidas e Glastonbury [festival de música realizado na Inglaterra]. Por que não algo pensado entre uma marca esportiva e o Rock In Rio?”

Uma breve análise do desempenho dos atletas estreantes da F1 2025
por
Felipe Achoa
Anderson Santos
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25/06/2025 - 12h

Este ano trouxe novos ares para a principal divisão automobilística do planeta até agora. Com seis novos rookies (calouros) que têm chamado atenção nas pistas em meio a resultados expressivos, entre desempenhos deslumbrantes e algumas decepções, a categoria parece respirar com lampejos de renovação. 

A conquista do terceiro lugar de Andrea Kimi Antonelli na última edição do GP do Canadá, o que o coloca como terceiro atleta mais jovem da história a atingir um pódio de F1, reacendeu a discussão à respeito do desempenho dos atletas estreantes, principalmente com o meio da temporada se aproximando.

A Fórmula 1 de 2025 já ficou marcada como a sessão de novatos. Nunca antes na história recente, tantos pilotos juntos estrearam na categoria, em especial pelas características da modalidade em si; até o ano corrente são 20 assentos com rotatividade baixíssima e que partem do pressuposto de que não existe rebaixamento, nem de equipes, nem de pilotos. Esta é uma divisão esportiva de acessibilidade reduzida. 

Dentro do intervalo de 2020 - 2024, de todos os atletas que estrearam na categoria, apenas o atual líder do campeonato, Oscar Piastri, segue como titular.

Ainda assim, essa nova classe de pilotos que acaba de entrar demonstra um futuro muito promissor, com atletas que, inclusive, já desempenharam bem na Formula 1 como substitutos.

Para iniciar,  o golden boy da Ferrari, Oliver Bearman. O piloto britânico se destacou ao demonstrar grande talento durante o início da temporada da Formula 2 no ano de 2023.

Com batalhas incríveis contra o “tubarãozinho” Enzo Fittipaldi e o campeão da temporada, Theo Pourchair, Bearman garantiu seu futuro na equipe rossonera, encerrando o ano com 5 pódios. 

Apesar do pouco destaque na sua segunda passagem pela F2, o destino o premiou com duas  oportunidades em que correu na F1, em substituição aos pilotos Carlos Sainz (Ferrari) e Kevin Magnussen (Haas/Ferrari); o jovem entregou muito mais do que as equipes esperavam, com pontos em ambas as rodadas. 

Os resultados relevantes garantiram o acesso expresso à categoria principal na equipe Haas. Mesmo com um carro limitado e uma equipe menor, o britânico tem evoluído bem, demonstra, cada vez mais, confiança e já finalizou dentro da zona de pontuação em quatro corridas, incluindo o GP de abertura, no Azerbaijão.

 

Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024  Foto por: David Davies/PA Images
Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024 
Foto por: David Davies/PA Images 

 

A nova estrutura da equipe, a “Super” Haas/Toyota Gazoo Racing, que ainda tem como principal parceiro a Ferrari, também tem se mostrado um caminho benéfico para a evolução de Ollie, que precisa de tempo para se adaptar às novas condições de corrida e às diferentes pistas do calendário.

A expectativa no paddock é que com, aproximadamente, dois anos de maturação, o piloto já esteja apto para assumir um possível assento na Escuderia Ferrari.

Dentre os estreantes de melhor desempenho no ano corrente, está Isack Hadjar. O vice campeão da F2 no ano passado chegou a maior categoria automobilística do planeta repleto de contestações. Mesmo com resultados positivos nas categorias de base, a inconstância apresentada pelo jovem gerava dúvidas, não apenas com o público geral, mas entre os principais mandantes da RedBull. 

Ainda assim, com um cartel de opções limitado, Helmut Marko e companhia apostaram no francês que está desempenhando extremamente bem em circuitos mundo afora.

Hadjar é o único entre os estreantes que foi para todos os Q3 (fase final da classificação que contém apenas os 10 mais velozes) e inegavelmente é o que mais tem superado expectativas, uma vez que conta com um carro limitado, tem finalizado melhor que ambos os companheiros que teve até o momento e é o piloto em atuação pela matriz da RedBull em melhor fase, depois de Max Verstappen, o que o coloca na posição de um possível assento na equipe principal em um futuro não tão distante.

Outro que briga pelo título de melhor atleta ingressante em 2025 é Andrea Kimi Antonelli. Estreante pela Mercedes, a pressão por resultados já se tornou vívida desde o início; mesmo com o infortúnio, o bom carro e estrutura fornecidos pela equipe, aliados à performance inacreditável do jovem, têm não só trazido resultados à fabricante, como ao piloto. 

O Italiano, que tem uma passagem muito breve e vitoriosa pelas categorias de base do automobilismo, teve acesso prematuro dado seu enorme talento. 

Antonelli é uma aposta da Mercedes em criar um novo Max Verstappen. Não literalmente, mas criar um novo fenômeno que seria capaz de virar o jogo para a montadora, que não vive as mesmas glórias do passado.
 

Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024  Foto por: Bryn Lennon - Formula 1
Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024 
Foto por: Bryn Lennon - Formula 1

 
A aposta tem se provado um acerto, uma vez que Kimi tem conseguido posições expressivas em pistas importantes, pontos constantes e, recentemente, no Grande Prêmio do Canadá, se tornou o terceiro atleta mais jovem da história a conquistar uma das três primeiras posições em um circuito de Formula 1. A expectativa é alta para o futuro do emiliano-romagnolo e a Mercedes espera que o jovem traga muito sucesso à equipe.

Membro da academia de pilotos da Red Bull desde 2019, Liam Lawson foi promovido à equipe no começo deste ano, substituindo Sergio Pérez.

O piloto neozelandês competiu em seis etapas do campeonato do ano passado pela equipe Racing Bulls, pontuando em duas ocasiões. O seu estilo de pilotagem agressivo e rápida adaptação a categoria impressionaram a direção da Red Bull, principalmente o chefe da equipe, Christian Horner.

Neste ano, Lawson teve muitas dificuldades em adaptar-se ao carro da equipe, que foi projetado para o estilo de pilotagem de Max Verstappen. E após somente duas etapas, onde não conseguiu ter bons desempenhos, foi substituído por Yuki Tsunoda e voltou para a Racing Bulls.

Por outro lado, Jack Doohan foi contratado pela Alpine em agosto do ano passado, após o anúncio da saída de Esteban Ocon para a Haas.

O australiano entrou na academia de pilotos da equipe francesa em fevereiro de 2022, cinco meses após ser vice-campeão da Fórmula 3 do ano anterior.

Depois de uma passagem sólida pela Fórmula 2, mas sem grandes conquistas, Doohan recebeu a oportunidade de realizar seis etapas na Fórmula 1, começando no Grande Prêmio da Austrália, em seu país natal.

Já sabendo que dependia de boas performances para seguir na equipe após receber um ultimato de seu chefe, Flavio Briatore, o piloto não conseguiu adquirir confiança e ter boas performances. 

Depois de abandonar o Grande Prêmio de Miami por conta de um acidente na primeira volta, Doohan foi comunicado por Briatore que seria substituído por Franco Colapinto para a sequência da temporada. Ele segue na Alpine como piloto reserva e de testes.

 

Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)
Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)

 

Colapinto, assim como o seu antecessor, correrá seis etapas no segundo carro da Alpine. Após esse período, sua performance será avaliada por Flavio Briatore, que definirá o seu futuro na Fórmula 1.

O argentino fez a sua estreia na Fórmula 1 no ano passado, correndo a segunda metade da temporada pela Williams, onde conseguiu um impressionante oitavo lugar no Grande Prêmio do Azerbaijão.

Mas apesar do ótimo resultado, Franco mostrou sinais de inconsistência na parte final do campeonato, abandonando três das últimas quatro corridas do ano. No entanto, o garoto ainda tem muita experiência a ganhar e também apresentou velocidade, ainda que de forma inconstante, com bons desempenhos e posições próximas à zona de pontuação no ano de 2025.

Por fim, o maior destaque recente das categorias de base, Gabriel Bortoleto fecha o grid dos calouros. Principal destaque da F3 2023, campeão em seu primeiro ano de participação e campeão da F2 logo no ano seguinte, também em sua primeira passagem pela categoria, o brasileiro se provou o grande talento de sua geração e assinou com Stake Kick Sauber.

A equipe, que tem a atual menor estrutura do Grid, vive um processo de reconstrução para em 2026 se tornar Audi F1 Team. 

Com um carro fraco e predominância no fundo do Grid, o time tem sido um bom caminho para que Gabriel conquiste experiência, mas uma experiência difícil para alguém acostumado a vencer.

 Ainda assim, a clara prioridade à Nico Hulkenberg e as falhas estratégicas do time influenciaram no desempenho pouco animador do brasileiro, que ainda não conta com ponto algum.

A jovem promessa tem demonstrado maturidade e é constantemente elogiada pelo time e outros pilotos. O estilo seguro de Bortoleto, aliado à sua velocidade, com ultrapassagens inteligentes, trazem a esperança de futuros pontos para o brasileiro, que tem desempenhado um ótimo trabalho.

 

Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1  Foto por: Chandan Khanna / AFP
Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1 
Foto por: Chandan Khanna / AFP

 

Muito cedo para cravar o futuro de qualquer um, mas um ótimo momento para analisar o desempenho destes jovens, fica evidente que a categoria tem se renovado e novos nomes devem assumir posições do alto escalão da Formula 1 logo.

Organização venceu seu primeiro título na modalidade
por
Pedro Premero
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24/06/2025 - 12h
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr

 

Neste domingo (15) a FURIA se consagrou como a primeira equipe a vencer a LTA Sul, após o fim do CBLOL, com um 3 a 0 em cima da paiN Gaming. Os panteras entraram no cenário de League of Legends em 2020, mas nunca conseguiram alcançar grandes resultados. Depois de cinco anos e muitos projetos que bateram na trave, eles enfim conquistaram o título. Confira mais detalhes da série:

 

Jogo 1 - Virada Furiosa

O early game foi bem movimentado, com um foco da FURIA de jogar pelo lado superior do mapa para abater o Wizer (Sion), deixar o Guigo (Camille) com vantagem e a paiN respondendo a essas jogadas. A partida começou a ganhar forma para os Tradicionais após um bom controle dos objetivos e utilização do Arauto para levar as torres da rota inferior.

Com boas lutas, a paiN se manteve na liderança do jogo, apesar de perder alguns objetivos, alcançando 6k de gold na frente de seus adversários. Porém, aos 36 minutos de partida, Os Panteras deram um pickoff no Wizer, que desencadeou em uma team fight na qual a FURIA saiu vitoriosa. Com apenas uma luta, eles conseguiram virar a partida e abrir o placar da final.

 

Jogo 2 - A um passo da história

A segunda partida da final pareceu um replay da primeira, as duas equipes movimentaram o mapa com muitos abates e disputas de objetivos. O jogo estava muito parelho e era muito difícil definir quem venceria, já que nenhum dos times conseguiu uma vantagem expressiva. 

A partida foi definida em mais uma luta imprevisível, que foi decidida no por Ayu (Senna) atirador da FURIA. Como no jogo anterior, os Panteras precisaram de apenas uma team fight para ganhar e buscar o match point.

 

Jogo 3 - HOJE É DIA DE FURIA

Diferente dos outros dois jogos, a FURIA não deu chances para paiN no terceiro e último jogo da final. Os Panteras dominaram do começo ao fim. Eles puniram bem os tradicionais nas rotas laterais e obtiveram muitos abates por lá. Além disso, a FURIA buscou lutas nos objetivos, respondendo a jogadas da paiN e evitando que eles se recuperassem na partida. Com isso, eles chegaram a uma vantagem de mais de 12k de ouro e foi só questão de tempo para conquistarem seu primeiro troféu na modalidade. 

 

MVP da Final: Guigo

 

Coletiva

Conquistando um título pela segunda vez na carreira, Tutsz contou o sentimento de voltar ao topo do cenário após cinco anos:

“O sentimento é muito bom. É gratificante saber que, se eu estiver trabalhando com as pessoas certas, com a comissão certa, eu consigo ser um dos melhores”

Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr
Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr

 

O midlaner também agradeceu a confiança que a organização deu a ele desde sua chegada:

“Quando eles me contrataram, me trouxeram do Academy (Tier 2). Então desde sempre foi uma relação de confiança muito grande da FURIA comigo e queria agradecer esse laço que foi criado”, finalizou.

 

Glossário

Team fights: Lutas em equipe

TF: Abreviação de team fight

Early game: começo de jogo

MVP: Sigla de Most Valuable Player, que indica o melhor jogador da partida

Ouro: dinheiro do jogo

pickoff: Abater um adversário que está fora de posição

Objetivos: Monstros neutros em que as equipes podem abater para conseguir melhorias, ouro e experiência.

Midlaner: Jogador que atua pela rota do meio

Rotas laterais: rota que estão na extremidade do mapa, o top (rota superior) e bot (rota inferior)

De virada, seleção brasileira vence a Ucrânia e dá mais um passo rumo ao hexacampeonato
por
Gabriel Lourenço Schiavoni
Lucas Rossi
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03/10/2024 - 12h

Nesta quarta-feira (02), após começar atrás do placar, a seleção brasileira de futsal derrotou a Ucrânia por 3 a 2 e se classificou, depois de 12 anos, para sua sétima final na história da Copa do Mundo de Futsal, disputada este ano no Uzbequistão. 

O JOGO

O JOGO
Jogadores da seleção celebrando gol contra a Ucrânia Reprodução: Leto Ribas/CBF

 

O Brasil entrou em quadra com: William, Marlon, Marcel, Dyego e Felipe Valério, enquanto Pito (atual melhor do mundo) e Ferrão (três vezes melhor do mundo) começaram no banco de reservas.

O jogo iniciou equilibrado, com poucas chances de gol para ambas as equipes, embora a Ucrânia levasse mais perigo, especialmente nos contra-ataques cedidos pela seleção brasileira. A partir dos quatro minutos de jogo, as oportunidades começaram a surgir. O Brasil quase abriu o placar em uma bola sobrada na defesa ucraniana, com Arthur acertando a trave. Segundos depois, a Ucrânia revidou e também carimbou a trave brasileira com Mykytuik.

 Aos dez minutos do primeiro tempo, Leandro Lino roubou a bola de Sukhov, goleiro ucraniano, e marcou o gol para o Brasil. No entanto, após revisão do árbitro de vídeo, o gol foi anulado, pois a arbitragem entendeu que a bola já estava sob controle do goleiro. Faltando apenas três minutos para o fim da primeira etapa, Cherniavskyi chutou forte de fora da área no canto direito de William, abrindo o placar para a Ucrânia, que havia sido superior até então.

No segundo tempo, o Brasil voltou com uma postura diferente e, com menos de um minuto, empatou o jogo com Dyego, que driblou o defensor e finalizou rasteiro, sem chances para o goleiro Sukhov. No minuto seguinte, após uma roubada de bola, Dyego, de cabeça, marcou seu segundo gol na partida, colocando o Brasil à frente. Após o impacto da virada sofrida, a Ucrânia voltou a pressionar e equilibrou o jogo. Em uma saída de bola errada do Brasil, faltando 11 minutos para o fim, os ucranianos empataram com Korsun em seguida de uma boa tabela.

Com o empate, o Brasil passou a confiar na qualidade técnica de seus jogadores, enquanto a Ucrânia se defendia e apostava nos contra-ataques, levando muito perigo ao gol brasileiro. Faltando sete minutos para o fim, a Ucrânia teve sua melhor chance no segundo tempo, com Zhuk chutando para  defesa de Guitta, e Zvarych acertando a trave no rebote.

A quatro minutos do fim, após uma cobrança de falta mal executada pelos ucranianos, o Brasil tentou sair no contra-ataque, mas sofreu uma falta de Melynk. Como era a sexta falta da Ucrânia, a seleção brasileira teve direito a um tiro livre, convertido por Dyego, que marcou seu terceiro gol na partida, colocando o Brasil novamente à frente. Nos minutos finais, a Ucrânia pressionou, mas o Brasil se defendeu bem e conseguiu segurar o placar de 3 a 2, garantindo sua classificação para a final após 12 anos. Agora, a seleção brasileira aguarda a partida entre França e Argentina, que acontece nesta quinta-feira (03), para descobrir seu adversário na final. 

 

A FINAL

Marlon disputando bola com o argentino Borruto na última Copa do Mundo. Reprodução: Angel Martinez/FIFA
Marlon disputando bola com o argentino Borruto na última Copa do Mundo. Reprodução: Angel Martinez/FIFA

 

Com essa classificação, a seleção brasileira retorna à final depois de doze anos, quando venceu o pentacampeonato contra a Espanha pelo placar de 3 a 2, ainda com Falcão na quadra. A campanha do Brasil até o momento na competição é de 100% de aproveitamento, com 38 gols marcados, sendo disparado o melhor ataque do mundial.

Caso se classifique, essa será a terceira final seguida da Argentina, revés do Brasil na última copa, quando eliminou a canarinha na semifinal antes de perder a final para a seleção de Portugal. A equipe albiceleste já foi campeã da competição em 2016. Ainda este ano, em fevereiro, Brasil e Argentina se enfrentaram na final da Copa América, com vitória por 2 a 0 da amarelinha.

Já a França, histórico carrasco do Brasil no futebol de campo, briga para se classificar para sua primeira final nas quadras. Em abril, os franceses venceram os brasileiros por 3 a 2 em  um torneio amistoso.

QUANDO E ONDE ASSISTIR?

A final está marcada para o domingo (06) às 12h (horário de Brasília), com transmissão da TV Globo, do canal fechado Sportv e  gratuitamente na CazéTV, no YouTube. A decisão ocorrerá na Humo Arena, na cidade de Tasquente, capital do Uzbequistão.

 

Apesar dos avanços, a luta pelo reconhecimento e igualdade no esporte ainda ecoa as restrições impostas desde 1941
por
Luane França
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02/10/2024 - 12h
Em 1959, as mulheres do Araguari disputaram uma partida no estádio Independência, em Belo Horizonte. Metade da equipe vestiu camisas do Atlético, enquanto a outra metade usou as do América. Foto: Estado de Minas
Em 1959, as mulheres do Araguari disputaram uma partida no estádio Independência, em Belo Horizonte. Metade da equipe vestiu camisas do Atlético, enquanto a outra metade usou as do América. Foto: Estado de Minas 

Atualmente o futebol feminino abre espaço para o talento e pouco espaço para o preconceito. A jogadora Marta pode ser utilizada como um exemplo desse avanço. Ela foi escolhida como a melhor futebolista do mundo seis vezes, cinco delas de maneira sucessiva, quebrando até mesmo o recorde entre os homens.  

Uma pesquisa feita em agosto de 2023 pela consultoria Sponsorlink, do Ibope Repucom, revela que o interesse pelo futebol feminino no Brasil aumentou 34% desde 2018, abrangendo tanto homens quanto mulheres. Já de acordo com um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Datafolha, foi revelado que no mesmo ano, 6% das mulheres jogam futebol no país. 

Apesar dos dados positivos, a prática esportiva ainda não é completamente aceita e investida devido ao patriarcado institucional. O desenvolvimento do esporte feminino ocorreu mais lentamente em comparação ao gênero masculino parcialmente porque as mulheres eram tradicionalmente preparadas para tarefas domésticas e cuidados familiares. Esse contexto histórico continua a afetar o país e, mesmo com os esforços para combater essa questão, o preconceito persiste no cotidiano das pessoas, muitas vezes de maneira discreta. Mas essa luta não é de agora; ela começou em 1941, quando os times e ligas femininas começaram a se organizar. 

 

A prática de esportes incompatíveis com a natureza feminina 

Em 1941, marcou-se um momento significativo na sociedade brasileira. Durante um processo de regulamentação do esporte no Brasil, foi criado o Conselho Nacional de Desportos (CND). Na época, sob a supervisão do Ministério da Educação e durante a presidência de Getúlio Vargas, foi estabelecido o Decreto-Lei 3199 que oficializou a proibição do futebol feminino. Naquele período havia um debate sobre profissionalização e amadorismo, de forma superficial. Foi nesse contexto que a questão dos esportes femininos se tornou uma preocupação para o CND. O texto do decreto indicava que as mulheres não deveriam praticar esportes que não fossem compatíveis com sua natureza. Embora o futebol não fosse mencionado explicitamente, ele se encaixava nessa restrição. 

Em 1965, sob o governo militar, o decreto-lei foi republicado com mais detalhes. Assim como em 1941, começaram a surgir notícias de mulheres jogando futebol de forma clandestina apesar da proibição. Devido à restrição, há poucos registros disponíveis. Desta vez, o decreto menciona especificamente o futebol feminino. 

Manchete do jornal A Batalha, Rio de Janeiro, 23 jun. 1940 - Créditos: Museu do Futebol
Manchete do jornal A Batalha, Rio de Janeiro, 23 jun. 1940 - Créditos: Museu do Futebol 

Só no final da década de 70 a lei que proibia as mulheres de jogar futebol foi revogada marcando o início de uma nova fase para a modalidade feminina. No entanto o fim da proibição não trouxe uma transformação radical. O futebol feminino ainda carecia de apoio por parte de clubes e federações, não estava regulamentado e continuava enfrentando diversas restrições pelo país. 

Foi apenas em 1983 que a modalidade foi oficialmente regulamentada. Com essa regulamentação, foi possível competir, criar calendários, utilizar estádios e ensinar nas escolas. Clubes como Radar e Saad se destacaram como pioneiros no profissionalismo e foram alguns dos times mais competitivos da época. 

 

O Araguari Atlético Clube 

O Araguari Atlético Clube, de Minas Gerais e primeiro time de futebol feminino registrado no Brasil. Em um episódio da história do futebol brasileiro, Araguari, uma cidade localizada no Triângulo Mineiro se destacou em 1958 por sua ousadia no esporte. Ney Montes, na época diretor do Araguari Atlético Clube atendeu ao pedido do grupo escolar Vicente de Ouro Preto e organizou um jogo beneficente para apoiar a escola pública local. O evento realizado em 19 de dezembro de 1958 surpreendeu ao reunir mais de 40 garotas, muitas das quais participaram do evento às escondidas dos pais.  

Montes formou duas equipes femininas, A e B, com as jogadoras selecionadas, e o sucesso da partida foi tão significativo que o time recebeu convites para jogar contra equipes masculinas em outras cidades do Brasil.  No entanto, a crescente popularidade do time acabou sendo interrompida pelo Decreto-Lei 3199, que proibiu o futebol feminino no país e forçou o fechamento das atividades do Araguari. Mesmo assim, no início de 1959, as jogadoras tiveram a oportunidade de se destacar em uma partida no Estádio Independência, em Belo Horizonte, onde vestiram as camisas dos tradicionais clubes Atlético e América, atraindo a atenção do público  

É possível encontrar um acervo completo sobre o futebol feminino no Museu do Futebol, que está de  cara nova após a reforma. A curadora e diretora técnica Marília Bonas explica que o Museu é hoje um hub do futebol feminino e está em equilíbrio com o que a instituição oferece sobre a modalidade masculina. "O empenho em trazer à tona a história do futebol de mulheres e de jogadoras como Marta e Formiga tornou o Museu uma das fontes de pesquisa mais abundantes sobre o tema". Na exposição renovada, foram incluídas na Sala das Origens imagens raras que mostram mulheres brasileiras jogando futebol a partir de 1920 – por enquanto, os registros mais antigos de que se tem notícia. 

 

 

 

 

 

Liam Lawson assumirá a vaga do australiano na Racing Bulls até o final da temporada
por
Juliana Bertini de Paula
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02/10/2024 - 12h

 

Na última sexta-feira (29), foi anunciada a rescisão do contrato de Daniel Ricciardo com a Racing Bulls, no meio da temporada, depois da etapa de Singapura na temporada 2024. O piloto experiente, conhecido pelo seu largo sorriso e pelos “shoeys” no pódio, participou de 257 corridas e conseguiu três poles e oito vitórias em sua carreira, sendo uma delas em Mônaco.

 

Ricciardo depois da sua emblemática vitória em Monaco, em 2018. – Foto: Peter Fox/Getty Images
Ricciardo depois da sua emblemática vitória em Monaco, em 2018. – Foto: Peter Fox/Getty Images

 

Liam Lawson foi o promovido para a vaga na equipe. O piloto neozelandês, de 22 anos, já substituiu Ricciardo em 2023, após uma lesão no punho. Na época, o novato teve um bom desempenho, conseguiu eliminar os dois carros da Red Bull em um classificatório e conseguiu pontuar na etapa de Singapura.

 

Trajetória

Daniel Joseph Ricciardo iniciou na Fórmula 1 em 2011, contratado pela Hispania Racing Team, ou HRT, um time de fundo de grid. Naquela temporada, o australiano terminou na penúltima colocação do campeonato, em 27º de 28 classificados, devido à pouca competitividade do carro. Porém, para o ano seguinte, Ricciardo tinha uma vaga garantida na Toro Rosso – equipe afiliada da então campeã, Red Bull Racing.

 

Daniel Ricciardo no seu primeiro ano na Fórmula 1. – Foto: Divulgação/F1
Daniel Ricciardo no seu primeiro ano na Fórmula 1. – Foto: Divulgação/F1

 

O jovem correu por mais dois anos sem obter algum resultado significante, porém quando Mark Webber saiu da Red Bull, uma oportunidade apareceu para Ricciardo. Em 2014, o australiano foi promovido a RBR, de Sebastian Vettel – que era o atual campeão da categoria – foi o companheiro de equipe de Ricciardo. 

No ano da mudança de equipe, os carros deixaram de ser totalmente a combustão e se tornaram híbridos. O australiano se adaptou muito bem a essa atualização e chegou a ser 3º lugar no campeonato de Pilotos e venceu as corridas no Canadá, na Hungria e na Bélgica. Ele terminou o campeonato na quinta colocação, mesmo com a dominância da Mercedes. Ricciardo continuou na Red Bull por mais quatro anos, onde conquistou diversos pódios e vitórias. 

 

Daniel Ricciardo e Sebastian Vettel em 2014. – Foto: Reprodução/F1
Daniel Ricciardo e Sebastian Vettel em 2014. – Foto: Reprodução/F1

 

Em 2018, a equipe austríaca assinou um contrato de longo prazo e com diversos benefícios ao jovem talento Max Verstappen. O ano foi conturbado para Daniel que ao mesmo tempo que conseguiu uma vitória brilhante em Mônaco, causou um acidente com Verstappen em Baku, que tirou as duas Red Bulls da corrida – tal acontecimento foi considerado decisivo para a saída de Ricciardo da equipe. 

Daniel Ricciardo em segundo e Max Verstappen em terceiro no Grande Prêmio da Alemanha. – Foto: Divulgação/Red Bull Content Pool
Daniel Ricciardo em segundo e Max Verstappen em terceiro no Grande Prêmio da Alemanha. – Foto: Divulgação/Red Bull Content Pool 

 

No ano seguinte, o australiano assinou com a Renault, uma equipe de meio de grid. A mudança não foi o que Ricciardo esperava e enquanto seu antigo companheiro de equipe conseguia vitórias e pódios, Daniel tentava ficar na zona de pontuação. Em 2020, com um carro melhor, conseguiu dois pódios com a equipe francesa, – no Grande Prêmio da Alemanha e no Grande Prêmio de Ímola, na Itália – e terminou o campeonato na quinta posição. Porém tais melhorias não foram suficientes para manter o piloto na equipe. No ano seguinte, o piloto realizou a mudança para a McLaren.

 

Neste mesmo ano, a série Drive to Survive - programa que mostra os bastidores da Fórmula 1 - da Netflix foi lançada e trazendo bastante destaque para o australiano que rapidamente ganhou a simpatia do público por conta de seu sorriso largo e risada solta. 

 

Ricciardo comemorando um pódio enquanto corria pela Renault. Foto: Reprodução/Renault DP World F1 Team
Ricciardo comemorando um pódio enquanto corria pela Renault. Foto: Reprodução/Renault DP World F1 Team

 

Na equipe inglesa, Daniel não conseguiu se adaptar e muitas vezes terminou atrás do jovem Lando Norris. O talento e o mérito do piloto eram cada vez mais questionado. Mesmo com uma vitória em Monza em 2022, – a primeira da McLaren desde 2012 – o contrato de Ricciardo foi rescindido no meio da temporada, o que o deixou sem assento para o resto do ano e para a temporada seguinte. 

 

Daniel Ricciardo na sua última vitória na F1, em Monza, com a McLaren. – Foto: Peter Fox/Getty Images
Daniel Ricciardo na sua última vitória na F1, em Monza, com a McLaren. – Foto: Peter Fox/Getty Images

 

Em 2023, o piloto estava como reserva na Alpha Tauri, equipe irmã da RedBull, sem uma vaga entre os 20 pilotos titulares da Fórmula 1. Porém, com a saída de Nick DeVries – que era um dos pilotos principais da equipe – por não apresentar bons resultados, o holandês foi substituído por Ricciardo. 

 

Ricciardo já na Alpha Tauri, antiga Racing Bulls. – Foto: Reprodução/Red Bull Content Pool
Ricciardo já na Alpha Tauri, antiga Racing Bulls. – Foto: Reprodução/Red Bull Content Pool

 

O piloto seguiu na Racing Bulls – mesma equipe, mas renomeada – esperando uma oportunidade de ir para a equipe principal e voltar a correr com Max Verstappen. Porém a falta de resultados fez seu contrato ser rescindido no meio da temporada de 2024. 

Oportunidades 

Atualmente, resta apenas uma vaga à disposição de Ricciardo na Fórmula 1 em 2025, na Kick Sauber, porém, o australiano não foi cotado para a posição. Existe também a possibilidade do piloto se aventurar em outras categorias do automobilismo. 

Rodgers brilha em vitória dos Jets, enquanto Chiefs, Bills e Commanders dominaram no encerramento da rodada
por
Jõao Pedro Lindolfo
Juliana Salomão
Kauã Alves
|
01/10/2024 - 12h

Na última semana, pela terceira vez, os times de futebol americano da National Football League (NFL), se enfrentaram durante a temporada regular. Até o momento, apenas Chiefs, Steelers, Vikings, Seahawks e Bills seguem sem derrotas na campanha. Confira mais sobre as partidas:

New York Jets 24 x 3 New England Patriots

Apesar dos seis títulos dos Patriots, a equipe tem enfrentado dificuldades nesta temporada, com apenas uma vitória. O domínio recente dos Jets foi revertido no MetLife Stadium, casa do time verde e branco.

O quarterback dos Patriots, Jacoby Brissett, enfrentou pressão constante, sofrendo diversos sacks, o que comprometeu as tentativas de avançar jardas. Aproveitando as oportunidades no ataque, mesmo diante de uma defesa terrestre consolidada dos Patriots, o wide receiver, Allen Lazard, encontrou espaço e marcou um touchdown.

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Aaron Rodgers e outros jogadores após o touchdown. – Foto: Reprodução/Al Bello/Getty Images

Na campanha seguinte, os Jets ampliaram com um touchdown de Breece Hall. New England reagiu com um field goal de 44 jardas, encerrando sua pontuação na partida.

Embora os Jets tenham desperdiçado um field goal de 45 jardas, Garrett Wilson marcou outro touchdown, em um dos melhores passes aéreos de Rodgers para o wide receiver.

No início da quarta campanha dos Patriots, um fumble agravou ainda mais a situação do time. Os Jets fecharam o placar com um field goal, e, nos últimos 22 segundos, Brissett sofreu outro sack, deixando-o sem oportunidade de ataque e confirmando a derrota.


Tennessee Titans 14 x 30 Green Bay Packers

Com o quarterback titular, Jordan Love, ainda machucado, o reserva Malik Willis — ex-jogador dos Titans — tem mostrado seu potencial em campo. Mesmo atuando como visitantes no Nissan Stadium, os Packers começaram bem com o wide receiver, Jayden Reed, ganhando jardas importantes em conexão com Willis. Na segunda tentativa para o touchdown, o quarterback encontrou uma oportunidade e entrou na endzone, abrindo o placar.

Will Levis, quarterback dos Titans, respondeu com um passe play-action – fingindo entregar a bola ao running back, mas passando para outro jogador – garantindo o first down e ganhando muitas jardas. Com menos de uma jarda restante, o tight end, Nick Vannett marcou o primeiro touchdown dos mandantes.

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Jaire Alexander, cornerback, consegue interceptar os Tintans e logo após marca um touchdown. – Foto: Reprodução/Instagram @packers

Willis, frequentemente pressionado, encontrou espaço para ganhar jardas com corridas, já que as opções de passe estavam limitadas. Por outro lado, Levis enfrentou dificuldades com a linha ofensiva dos Titans, sofrendo múltiplos sacks.

Nas últimas campanhas, os Titans sofreram um fumble e uma interceptação, o que permitiu aos Packers consolidarem a vitória.

New Orleans Saints 12 x 15 Philadelphia Eagles

Com um novo coordenador ofensivo, os Saints tentaram inovar no ataque durante o jogo no Caesars Superdome, mas logo no início Jalen Carter, defensive tackle dos Eagles, desviou um passe do quarterback, Derek Carr.

O placar foi aberto pelos Saints, com um field goal de Blake Grupe, que quase errou o chute. Logo em seguida, no ataque dos Eagles, o quarterback, Jalen Hurts foi sacado, perdendo jardas.

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Foster Moreau, tight end, durante o ataque dos Saints. – Foto: Reprodução/Gus Stark/Getty Images


No segundo quarto, Hurts tentou um passe para DeVonta Smith, wide receiver, na endzone, mas foi interceptado pela defesa dos Saints. No entanto, a defesa dos Eagles rapidamente respondeu desviando outro passe de Carr. Porém, logo após, Barkley então encontrou espaço pela esquerda e correu até a endzone, marcando o primeiro touchdown da partida. 

Na red zone, Derek Carr conectou um passe com Chris Olave, wide receiver, marcando um touchdown após uma falha de comunicação da defesa dos Eagles. Os Saints tentaram uma conversão de dois pontos, mas sem sucesso.

Em resposta, o tight end, Dallas Goedert conseguiu o first down, e na sequência, Barkley marcou outro touchdown. Os Eagles optaram pela conversão de dois pontos, que Barkley converteu, colocando o time à frente. Nos minutos finais, Carr foi interceptado, garantindo a vitória dos Eagles.

Tampa Bay Buccaneers 7 x 26 Denver Broncos 

Em tarde iluminada de Bo Nix, os Broncos visitaram os Buccaneers e venceram a primeira partida na temporada. O primeiro touchdown da partida veio logo no início do primeiro quarto. Após boas conexões com Josh Reynolds ao longo da campanha, Bo Nix teve a bola na linha de quatro jardas e decidiu correr para a endzone, abrindo o placar no Raymond James Stadium. 

Com um ataque marcado por muitos erros, os Bucs só entraram na partida no final do segundo quarto. Com duas ótimas corridas de Bucky Irving, os donos da casa chegaram à redzone, e marcaram o seu touchdown com um passe do quarterback Baker Mayfield encontrando Chris Godwin. 

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O quarterback calouro, Bo Nix, durante o ataque dos Broncos. – Foto: Kim Klement/Sports Illustrated

A grata surpresa para o torcedor dos Broncos foi o bom desempenho da linha ofensiva, que pressionou o Baker Mayfield e forçou erros do ataque adversário. O kicker Will Lutz ainda converteu 2 field goals nos últimos quartos da partida, aumentando a vantagem do placar para Denver, 26 a 07. 

Seattle Seahawks 24 x 3 Miami Dolphins

O jogo entre Seahawks e Dolphins começou com o quarterback, Geno Smith, conectando um passe para o wide receiver Tyler Lockett, garantindo o first down no Lumen Field. Sem conseguir avançar para o touchdown, Seattle marcou os primeiros três pontos com um field goal de 56 jardas.

Com a ausência de Tua Tagovailoa, quarterback titular, o Miami Dolphins enfrentou dificuldades ofensivas. Skylar Thompson, substituto como quarterback, fez um passe para o running back De'Von Achane, conseguindo uma primeira descida. Porém, o kicker Jason Sanders errou um chute de 57 jardas, deixando o placar zerado.

Zach Charbonnet, running back dos Seahawks, substituindo Kenneth Walker III, marcou dois touchdowns. O único ponto de Miami veio de um field goal de 23 jardas de Sanders. 

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Charbonnet após marcar a primeira descida no quarto período. – Foto: Reprodução/Rio Giancarlo/Getty Images

No final, DK Metcalf correu mais de 30 jardas para fechar o placar com outro touchdown, consolidando a vitória de Seattle. Nos minutos finais, Miami não conseguiu reagir, encerrando a partida com domínio dos Seahawks.

Atlanta Falcons 17 x 22 Kansas City Chiefs

Os atuais bicampeões do Super Bowl, Kansas City Chiefs, seguem invictos na temporada. No primeiro jogo fora de casa, no Mercedes-Benz Stadium, a equipe começou com uma defesa agressiva, forçando os Falcons a adotar estratégias de jogo terrestre.

Com quatro minutos no relógio, o quarterback dos Falcons, Kirk Cousins, conectou um passe para o wide receiver, Drake London na endzone, sem marcação, e abriu o placar. No final do primeiro quarto, Patrick Mahomes, quarterback dos Chiefs, sofreu uma interceptação na endzone, o primeiro turnover da partida.

No segundo quarto, a linha ofensiva dos Chiefs se ajustou mais no jogo, e Mahomes encontrou o wide receiver, Rashee Rice para um touchdown, seguido por field goals que mantiveram o time no jogo. Cousins respondeu levando os Falcons até a linha de uma jarda, onde o running back Bijan Robinson marcou mais um touchdown

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Rice, wide receiver, um dos principais jogadores da partida durante o ataque dos Chiefs. Reprodução: Kevin C. Cox/Getty Images

Mahomes fechou o placar com um passe para JuJu Smith-Schuster, que correu livre pelo meio do campo para mais um touchdown, embora o kicker tenha desperdiçado o ponto extra. Nos minutos finais, os Falcons não conseguiram avançar e falharam em converter uma terceira descida, garantindo a vitória dos Chiefs.

Cleveland Browns 15 x 21 New York Giants 

O New York Giants começou a temporada em meio ao caos, com muitos questionando se o quarterback Daniel Jones seria mantido como titular após as duas primeiras semanas decepcionantes. No entanto, o time reagiu após cometer um erro no início da partida contra o Cleveland Browns, quando já perdia por 7-0. Daniel Jones, até então criticado, terminou o jogo com 24 passes completados de 34 tentativas, acumulando 236 jardas e dois touchdowns. O novato Malik Nabers se destacou com oito recepções para 78 jardas, tornando-se uma arma valiosa em uma equipe que carecia de opções ofensivas consistentes.

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O novato Malik Nabers disputa a bola com os defensores do Browns.  – Foto: Reprodução/Nic Antaya/Getty Images

Enquanto isso, o quarterback dos Browns, Deshaun Watson, continuou em apuros, com um  desempenho ruim, de 196 jardas em 21 de 37 passes e uma média baixa de 5,3 jardas por tentativa. A ineficácia do ataque aéreo de Cleveland ficou explicita, e o time ainda não conseguiu ultrapassar a marca de 20 pontos na temporada. A situação foi agravada pela péssima performance da linha ofensiva, que permitiu seis sacks contra os Cowboys e outros oito contra os Giants. Sob pressão constante, Watson tem poucas chances de reverter o panorama, e o ataque dos Browns parece cada vez mais distante de funcionar.

Pittsburgh Steelers 20 x 10 Los Angeles Chargers 

Os Chargers enfrentaram uma série de lesões que prejudicaram sua performance. Joey Bosa (quadril) e Justin Herbert (tornozelo), que já estavam machucados antes da partida, saíram do jogo mais cedo devido à piora dessas lesões. Além disso, os tackles Joe Alt (joelho) e Rashawn Slater (peitoral) também foram forçados a sair. Já os Steelers, contaram com uma atuação sólida de Justin Fields, que completou 25 de 32 passes para 245 jardas e um touchdown

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O linebacker Patrick Queene o tackle Keanu Benton realizam um sack no quarterback Justin Herbert. – Foto: Karl Roser/ Pittsburgh Steelers

O destaque positivo foi Calvin Austin III, que, após uma participação limitada nas primeiras semanas, brilhou com quatro recepções para 95 jardas, incluindo um touchdown de 55 jardas que garantiu a vitória. Em contrapartida, J.K. Dobbins, que liderava a liga com 266 jardas terrestres antes da partida, teve um desempenho abaixo do esperado, correndo apenas 44 jardas em 15 tentativas, com média de 2,9 jardas. Se os Chargers quiserem vencer adversários fortes, Dobbins precisará ser mais impactante, o que não aconteceu contra a forte defesa dos Steelers.

Baltimore Ravens 28 x 25 Dallas Cowboys

Os Cowboys pagaram caro por uma offseason sem grandes movimentações. Após uma derrota em casa contra os Saints, o time repetiu o desempenho ruim no domingo, sendo dominado pelo Baltimore Ravens. Lamar Jackson completou 12 de 15 passes para 182 jardas, enquanto os Ravens correram para impressionantes 274 jardas. Para Baltimore, a vitória era crucial, e agora o time se prepara para enfrentar o Buffalo Bills no próximo Sunday Night Football.

O destaque foi Derrick Henry, que, após jogos irregulares contra os Chiefs e Raiders, brilhou contra Dallas com 25 corridas para 151 jardas e dois touchdowns. Ele foi fundamental para o ataque de Baltimore enquanto a linha ofensiva ajustava seus problemas.

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O running back do Baltimore Ravens, Derrick Henry, corre com a bola enquanto Jourdan Lewis, Eric Kendricks, no chão, e Donovan Wilson, do Dallas Cowboys, tentam derrubá-lo – Foto: Julio Cortez

Por outro lado, o técnico dos Cowboys, Mike Zimmer, precisa encontrar soluções rapidamente. O time não forçou um único punt na derrota de 44-19 contra os Saints e foi novamente esmagado pelos Ravens, que conseguiram 7,6 jardas por jogada e 456 jardas totais. Com um ataque enfraquecido pela inércia do dono Jerry Jones, a defesa é a única esperança de Dallas. 

Los Angeles Rams 27 x 24 San Francisco 49ers

Os 49ers de San Francisco têm lutado para sobreviver às lesões neste início de temporada. Até os dois minutos finais no SoFi Stadium, eles conseguiram se manter firmes. No entanto, Jake Moody errou um field goal de 55 jardas, a defesa se desestruturou, e o Los Angeles Rams garantiu uma vitória crucial. Mesmo sem Puka Nacua e Cooper Kupp, Matthew Stafford lançou para 221 jardas e um touchdown, com média de 8,5 jardas por tentativa, enquanto Kyren Williams marcou dois touchdowns. Embora os Rams ainda tenham questões a resolver, a vitória trouxe alívio e renovação.

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O quarterback Matthew Stafford, do Los Angeles Rams, faz a entrega de bola para Kyren Williams. – Foto: Kevork Djansezian/Getty Images

O destaque foi Jauan Jennings, que brilhou na ausência de George Kittle e Deebo Samuel. Ele registrou 11 recepções para 175 jardas e três touchdowns, mostrando seu valor como um dos melhores terceiros recebedores da NFL.

Por outro lado, a defesa dos 49ers ficou abaixo das expectativas. Na semana anterior, eles permitiram 403 jardas aos Vikings na derrota por 23-17, e contra um Rams desfalcado, cederam dez pontos no últimos dois minutos de jogo. O esforço geral da defesa não foi terrível, mas insuficiente, considerando que o ataque estava sem três de suas estrelas principais.

Buffalo Bills 41 x 10 Jacksonville Jaguars

Josh Allen dominou a defesa de Jacksonville desde o início do jogo. Allen completou 23 de 30 passes para 263 jardas e quatro touchdowns, distribuindo a bola para 10 recebedores diferentes e touchdowns para quatro deles – Dalton Kincaid, Keon Coleman, Khalil Shakir e Ty Johnson. Ele esteve no controle da partida o tempo todo.

O ataque de Buffalo começou forte, marcou touchdowns em cada um dos seus primeiros cinco drives. Essas posses resultaram em 10 jogadas para 70 jardas, 11 jogadas para 65 jardas, oito jogadas para 68 jardas, cinco jogadas para 41 jardas e outras cinco para 64 jardas. Eles avançaram com facilidade pelo campo, sem esforço aparente. Só no quarto período o time deixou de pontuar em um drive, e, naquela altura, já lideravam por 27 pontos. 

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O quarterback do Buffalo Bills, Josh Allen, entrega a bola para o running back James Cook contra os Jacksonville Jaguars. – Foto: Gregory Fisher

No outro lado da bola, a situação não foi muito diferente. Trevor Lawrence completou apenas 10 de 22 passes para 59 jardas e uma interceptação no primeiro tempo, e essa estatística mal descreve o quão ineficaz foi o ataque de Jacksonville. Lawrence só conseguiu algum progresso quando o jogo já estava completamente fora de alcance. O ataque moveu a bola em alguns drives contra uma defesa que estava apenas tentou gastar o tempo. 

Mesmo assim, essa defesa ainda conseguiu parar Jacksonville, exceto por uma posse. O wide receiver Gabe Davis se machucou no final do jogo enquanto bloqueava em uma jogada de "bubble screen", quando os Jaguars já perdiam por 37 pontos.

Indianapolis Colts 21 x 16 Chicago Bears

O Indianapolis Colts venceram o Chicago Bears no Lucas Oil Stadium, e conquistaram a primeira vitória da temporada. Em jogo marcado por erros de ambos os quarterbacks, os Colts contaram com a estrela do running back Jonathan Taylor e da sua secundária para vencer o jogo.

O quarterback calouro dos Bears, Caleb Willians, conseguiu boas conexões, somando 368 jardas passadas. Porém, o camisa número 18 não suportou a pressão defensiva de Indianapolis e sofreu duas interceptações decisivas na partida. No lado dos donos da casa, Anthony Richards não brilhou, mas entendeu cedo que o jogo corrido levaria o Colts para a vitória. 

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Jonathan Taylor correndo para o touchdown no Lucas Oil Stadium. – Foto: Reprodução/ESPN

No último quarto, os Bears ensaiaram uma reação e Caleb Willians deu seu primeiro passe para touchdown da carreira. Mas não foi o suficiente para impedir a derrota, com dois touchdowns de Jonathan Taylor e um de Trey Sermon, o time da casa abriu boa vantagem no último quarto e matou o jogo, 21 a 16.

Minnesota Vikings 34 x 7 Houston Texans 

Vikings venceram os Texans em Minnesota, chegaram a terceira vitória seguida e mantém a invencibilidade. A ótima atuação de Sam Darnold foi o destaque no U.S. Bank Stadium, com quatro passes para touchdown e 181 jardas, ele liderou o time de Minnesota para a vitória. 

Cj Stroud teve sua pior atuação desde que estreou na liga. O calouro sofreu duas interceptações e achou um passe para Cam Akers apenas no terceiro quarto, perdendo de 21 x 0. Essa atuação ruim tem como principal motivo a pressão bem feita da defesa dos Vikings, liderada pelo técnico Brian Flores, sufocaram por todo tempo o quarterback dos Texans. 

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Sam Darnold fugindo de sack de Anderson Jr. – Foto: Abbie Parr/AP

No terceiro quarto, Sam Darnold chegou a dar um susto nos mais de 60 mil torcedores dos Vikings presentes no estádio. Após receber um tackle abaixo do joelho, o camisa número 14 saiu mancando e chegou a se deitar no chão com as mãos na perna esquerda. 

Os Texans anotaram apenas um touchdown em uma conexão de CJ com Cam Akers, mas no último quarto os donos da casa se mostraram superiores e venceram o jogo. Com Justin Jefferson, Jalen Nailor, Johnny Mundt e Aaron Jones, Minnesota somou seus 4 touchdowns na partida. 

Las Vegas Raiders 22 x 36 Carolina Panthers 

Com novo quarterback titular, Panthers surpreenderam os Raiders fora de casa e venceram a primeira na temporada. Após duas derrotas nas primeiras semanas, o time de Carolina decidiu substituir o calouro Bryce Young pelo veterano Andy Dalton. 

Em sua primeira campanha como titular na temporada, Andy Dalton, de 36 anos, conectou Chuba Hubbard para abrir o placar. Na sequência, os Raiders fizeram um touchdown corrido com Alexander Mattison para deixar tudo empatado. O jogo que parecia bem nivelado, rapidamente se mostrou controlado pelos Panthers, que dominaram as ações ofensivas e enfileiraram dois touchdowns no segundo quarto.
 

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Dalton e Ja'Tavion comemoram touchdown em Las Vegas. – Foto: Corey Perrine

Andy Dalton foi o dono do jogo na cidade dos cassinos. Com três passes para touchdown e 319 jardas aéreas, o camisa 14 se colocou na briga pela titularidade. No último quarto, o jogo já estava resolvido para os Panthers com 33 pontos no placar, quando os Raiders marcaram dois touchdowns em uma defesa que já estava se poupando.

A conta fechou em 36 a 22 para o lanterna da conferência nacional. Agora os Panthers voltam para a briga do titular da divisão, e tem uma briga interna pela titularidade,que será boa de assistir. 

Arizona Cardinals 13 x 20 Detroit Lions

Os Lions visitaram os Cardinals no State Farm Stadium, e venceram a segunda na temporada. Em jogo pouco movimentado, Jared Goff, quarterback de Detroit, liderou o time com dois touchdowns e 199 jardas lançadas. 

Os Lions lideraram o placar em todo o jogo. O running back, David Montgomery, foi o destaque ofensivo da equipe, correu 105 jardas e anotou o primeiro touchdown da partida, ainda no primeiro quarto. Logo em seguida, os Cardinals empataram o jogo com uma ótima conexão da dupla Kyler Murray e Marvin Harrison Jr.

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Jared Goff em ação contra os Cardinals. – Foto: Reprodução/Facebook/Detroit Lions

No início do segundo quarto, os Lions voltaram à frente do placar anotando dois touchdowns com Jared Goff encontrando Amon-Ra, e depois em jogada criativa, o quarterback de Detroit encontrou novamente Amon-Ra, que fez a recepção, e deu um passe para trás. encontrando Jahmyr Gibbs, touchdown.

Nos últimos dois quartos, os times caíram de produção e os quarterbacks distribuíram interceptações, uma para cada lado. Matt Prater ainda converteu dois longos field goals para o time da casa, mas não foram o suficiente para evitar a derrota.

Cincinnati Bengals 33 x 38 Washington Commanders

Em casa, Cincinnati Bengals foi derrotado pelos Washington Commanders e chegaram a três derrotas consecutivas nessa temporada. Precisando vencer sua primeira, Joe Burrow chegou pressionado ao Paycor Stadium.

Mas nem a ótima atuação do quarterback foi capaz de salvar os Bengals, com três passes para touchdowns, ele fez a equipe evoluir e ganhar jardas, porém os erros na redzone custaram a primeira vitória do ano. 

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Joe Burrow durante Washington Commanders x Cincinnati Bengals. – Foto: Andy Lyons 

Por outro lado, os Commanders sairam mais fortes do confronto. Embalados após vencerem os Giants, o quarterback de Washington, Jayden Daniels, de apenas 23 anos, cumpriu seu papel. Com o jogo terrestre encaixado, Austin Ekeler e Brian Robinson Jr anotaram um touchdown cada para aumentar a distância do placar.

O time dos Bengals agora amarga a terceira derrota seguida, e vê uma vaga nos playoffs cada vez mais distante.

Os tradicionais se vingaram da derrota na fase de grupos
por
Ana Clara Souza
Pedro Premero
|
02/10/2024 - 12h

 

paiN agradece a torcida após vitória - Foto: CBLOL/flickr
paiN agradece a torcida após vitória - Foto: CBLOL/flickr

 

Nesta quarta-feira (18) começaram os playoffs do Americas Challengers. A paiN Gaming mostrou por que foi líder na fase de grupos e ganhou da Vivo Keyd Stars com tranquilidade, por 2 a 0. No outro confronto do dia, a Fear X Starforge teve uma vitória suada contra a Fuego, 2 a 1 para os norte-americanos. Os Tradicionais enfrentarão a FXS na final da chave superior. Já a VKS jogará pela sua permanência contra a Fuego. Confira mais detalhes das séries:

 

paiN Gaming x Vivo Keyd Stars

 

Jogo 1 - Cadê os Guerreiros?

A paiN controlou a VKS do começo ao fim. Desde o início do jogo os Tradicionais encontraram boas movimentações, que gerou uma grande vantagem para a equipe. As lutas foram o ponto chave para que a paiN conseguisse o domínio da partida. Com seu Azir, Qats fazia toda luta ficar à favor de sua equipe. Apenas um barão foi necessário para a paiN invadir a base e destruir o nexus.

MVP: Qats (Azir) 10/0/5

 

Jogo 2 - Vingança completa

Apesar do início equilibrado, a paiN se mostrou uma equipe organizada e, mais uma vez, não deu chances para a Keyd. Embora tenham cometido alguns deslizes, os Tradicionais se recuperaram com ótimas team fights e mostraram ser um ponto forte da equipe. Com mais uma boa luta na rota do meio, a paiN fechou a série e avançou de fase.

MVP: Tatu (Xin Zhao) 5/0/12

 

Fuego x Fear X Starforge

 

Jogo 1 - Decidido em uma fight

A série começou com uma composição inusitada por parte da Fuego: Ziggs, Tristana, Poppy e Amumu, campeões de Yordle, apareceram ao lado da Leona. O início do jogo foi promissor para a comp dos baixinhos, enquanto os adversários apenas respondiam ao avanço. Mataz (Amumu) colocava pressão no outro jungler e abria a vantagem de ouro. Contudo, uma decisão errada de lutar em um momento inoportuno custou caro à Fuego, e a FXS aproveitou a brecha para vencer a teamfight e marchar em direção ao Nexus, garantindo a vitória.

MVP: Phillip (Olaf) 5/2/0

 

Jogo 2 - Aos tropeços, Fuego se recupera na série

De volta a Summoner's Rift, o jungler eXyu sofreu novamente nos primeiros minutos da partida, revelando a fragilidade do early game da sua equipe. A Fuego aproveitou e pressionou a Fear X, ficando a frente em todas as lanes, mas teve dificuldades para fechar a partida, mesmo com o ouro a seu favor. Dessa vez, porém, a equipe soube administrar melhor sua vantagem e não repetiu o erro do jogo anterior para buscar o empatar na série.

MVP: Mataz (Jarvan IV) 1/1/17 

 

Jogo 3 - De volta no jogo

Na última e decisiva partida, a FXS entrou com uma postura diferente dos outros jogos. A equipe norte-americana assumiu o controle da partida quando ganharam a vantagem em ouro, aos 23 minutos, conquistou os objetivos do mapa, levou mais torres e teve o um melhor desempenho nas fights. Sem cometer erros, a Feat X Starforge garantiu a vitória e fechou a série por 2 a 1.

MVP: Ablazeolive (Hwei) 6/1/13

 

 


 

Glossário

 

Ace: Quando uma equipe abate todos os jogadores do time adversário

Barão: um dos principais objetivos do jogo, após sua execução, cada jogador aliado recebe mais dano de ataque, e retorno acelerado à base.

Bot: posição no mapa.

Buff: mais forte

Comp: abreviação de ‘composition’, que significa composição, e refere-se ao conjunto de campeões escolhidos pelo time

Dive: Tentativa de matar o adversário na torre dele

Engage: Iniciação

Even: igual

Farm: quantidade de tropas e monstros da selva abatido pelo jogador

Fight: luta

Gold: ouro

Jungler: caçador

Lane: Rota na qual os jogadores se deslocam

Late game: terceira fase do jogo, quando passa dos 30 minutos, campeões que precisam de mais itens para ficar forte, ou personagens como Smolder, Veigar e Nasus, são mais fortes nessa etapa da partida

Match up: Confronto direto entre os campeões de cada rota, por exemplo, Garen x Darius (Top), Orianna x Syndra (Mid)…

MVP: Sigla de Most Valuable Player, que indica o melhor jogador da partida

Nexus: Estrutura na qual a equipe precisa destruir para ganhar a partida

Over: Quando uma das equipes estende demais uma jogada que já era para ter acabado.

Patch: Atualizações que ocorrem a cada duas semanas para balancear o jogo e adicionar conteúdo

Pick off: emboscar e matar um jogador isolado da equipe adversária

Play: Jogada

Seed: classificação inicial de uma equipe em um torneio, com com base no desempenho regional e ou internacional anterior

Snowball: Efeito bola de neve

Summoner's Rift: é um dos mapas mais importantes em que acontece o jogo,  utilizado nos campeonatos profissionais

Winners bracket: Chave dos vencedores

Yordle: espécie de personagens do LOL que normalmente aparecem como criaturas baixas, peludas e bípedes