A Arena Paris Sul presenciou nesta terça-feira (30) a vitória da França em cima do Brasil no handebol feminino. Agora, as brasileiras enfrentam a Holanda na quarta-feira (1) às 4h (horário de Brasília) e precisam vencer para não correr o risco de ficar fora das quartas de final. Na última rodada do Grupo B, a adversária será Angola.
Como foi o jogo
O Brasil teve a baixa importante da armadora Giulia Guarieiro, substituída por Samara devido a um estiramento muscular. Giulia ainda pode voltar a jogar na competição em breve.
O primeiro gol foi brasileiro, mas a França logo virou o jogo e dominou a partida. A craque Foppa marcou sete gols só no primeiro tempo. A seleção brasileira manteve o jogo equilibrado até a metade da primeira etapa, com destaque para um golaço de Bruna de Paula.
Com 100% de aproveitamento, as francesas aumentaram a vantagem no placar, e chegaram a ter 8 pontos de diferença. As jogadas ofensivas das atuais campeãs eram definitivas, e na defesa a goleira Laura Glauser transmitiu confiança e eficiência nas defesas.

A goleira Gabi, apelidada de "Portão do Enem" por sua grande atuação na estreia, fez defesas importantes. No entanto, o ataque brasileiro mostrou ter dificuldades nas finalizações e na recuperação da bola. Horacek e Foppa deram trabalho para a defesa e lideraram o ataque da França.
No segundo tempo, as anfitriãs abriram vantagem rapidamente, chegando a 17 a 12 com menos de cinco minutos. O Brasil cometeu erros no ataque e permitiu que as adversárias pudessem aproveitar o rebote. No final, o Brasil tentou reagir com boas defesas da goleira reserva Renata, mas perdeu por 26 a 20.
Situação no torneio
O Brasil tem uma vitória e duas derrotas, enquanto a França segue invicta. O Brasil está em quinto lugar no grupo, com dois pontos, e depende de si mesmo para avançar às quartas de final. Se vencer Holanda e Angola, garante a classificação. Mesmo com uma vitória, ainda pode se classificar dependendo dos outros resultados. Se perder os dois jogos, estará eliminado.
O próximo jogo do Brasil é contra a Holanda na quinta-feira, às 9h (de Brasília). A França enfrenta Angola às 16h.
Nesta segunda-feira (29), em Teahupo’o, no Taiti, sede do surfe nos Jogos de Paris, foi divulgado o chaveamento do mata-mata e marcou o início da competição, nas oitavas de final, com as baterias masculinas. O Brasil, representado por seis atletas na disputa, sendo a maior delegação da modalidade na edição, conheceu o seu primeiro eliminado: Filipe Toledo.
A disputa do feminino, que estava marcada para ser iniciada neste mesmo dia, foi adiada logo após a categoria dos homens, já que o tempo virou com fortes ventos, influenciando nas condições das ondas e assim, alterando a qualidade das manobras apresentadas pelas surfistas.
Mar grande e temido
O Comitê Olímpico Internacional (COI) optou que as disputas do surfe não fossem realizadas na França, devido a má qualidade das ondas nesta época do ano. É o único esporte disputado fora do país. O cuidado com o mar é importante para a realização da prática, por isso a competição tem uma janela de 10 dias. Assim, as baterias podem ser interrompidas e remarcadas, se as condições da praia não as beneficiarem.
Teahupo’o é conhecido pelas ondas formadas em um mar profundo, que quebram sobre corais venenosos e pontiagudos. A repentina diferença de 1.400m a 0,5m em um curto espaço, provoca grandes tubos quadrados e pesados. Filipe Toledo teme o mar grande e, consequentemente, nunca teve destaque surfando dessa forma.
Já os outros dois brasileiros, possuem um histórico positivo nessa onda. Gabriel Medina coleciona performances incríveis em seu mar favorito, onde venceu duas etapas da World Surf League (WSL). João Chianca, o “Chumbinho”, é um excelente “tube rider” — especialista em pegar tubos.

Caminho para o ouro
O surfe está cada vez mais encaminhado para sua fase final na Olimpíada de 2024. O torneio já está em formato eliminatório e os surfistas caíram no mar para a disputa das oitavas de final da seguinte forma:
- Bateria 1: Alonso Correa (PER) x Jordy Smith (RSA)
- Bateria 2: Reo Inabar (JPN) x Filipe Toledo (BRA)
- Bateria 3: Griffin Colapinto (USA) x Kauli Vaast (FRA)
- Bateria 4: Joan Duru (FRA) x Alan Cleland Quinonez (MEX)
- Bateria 5: Gabriel Medina (BRA) x Kanoa Igarashi (JPN)
- Bateria 6: João Chianca (BRA) x Ramzi Boukhiam (MAR)
- Bateria 7: Jhon Jhon Florence (USA) x Jack Robinson (AUS)
- Bateria 8: Ethan Ewing (AUS) x O’Leary Connor (JPN)
As quartas de final também já estão definidas:
- Disputa 1: Vencedor da bateria 1 x Vencedor da bateria 2
- Disputa 2: Vencedor da bateria 3 x Vencedor da bateria 3
- Disputa 3: Vencedor da bateria 5 x Vencedor da bateria 6
- Disputa 4: Vencedor da bateria 7 x Vencedor da bateria 8
A semifinal segue o mesmo formato:
- Vencedor da disputa 1 x Vencedor da disputa 2
- Vencedor da disputa 3 x Vencedor da disputa 5
Na modalidade feminina, a ordem é a mesma. O chaveamento para as oitavas de final ficou da seguinte forma:
- Bateria 1: Caroline Marks (USA) x Yang Siqi (CHI)
- Bateria 2: Tyler Wright (AUS) x Anat Lelior (ISR)
- Bateria 3: Vahine Fierro (FRA) x Johanne Defay (FRA)
- Bateria 4: Carissa Moore (USA) x Sarah Baum (RSA)
- Bateria 5: Nadia Erostarbe (ESP) x Shino Matsuda (JPN)
- Bateria 6: Caitlin Simmers (USA) x Tatiana Weston-Webb (BRA)
- Bateria 7: Luana Silva (BRA) x Tainá Hinckel (BRA)
- Bateria 8: Brisa Hennessy (CRC) x Yolanda Sequeira (POR)

Filipe Toledo dá adeus ao sonho olímpico
Em disputa contra o japonês, Reo Inaba, o bicampeão mundial Filipe Toledo saiu derrotado. Diferentemente do Round 2, em que Filipinho conquistou a vitória na repescagem com um mar calmo, a terceira fase teve mar grande e forte, desafiando os competidores.
Ainda no início da bateria, ambos os atletas tiveram suas pranchas quebradas após serem engolidos pela água. O brasileiro sofreu e parecia estar inseguro, nas tentativas errou com a escolha de ondas sem potencial ou era esmagado pelos tubos. O adversário escolheu arriscar mais e se deu melhor.

Surfando em seu “lar”, Medina fez história
Gabriel Medina é projetado como o grande favorito ao ouro no surfe em Paris. Confirmando o favoritismo, venceu mais uma bateria, está com 100% de aproveitamento na competição e bateu um novo recorde. A disputa foi contra o japonês Kanoa Igarashi, algoz que impediu a medalha do brasileiro em Tóquio 2020, quando o venceu com notas polêmicas na semifinal, revoltando a torcida brasileira.

A exibição de Igarashi foi bem tímida. Medina, se sentindo em casa, executou um exímio tubo logo no início da disputa, pediu o 10 para os juízes e ficou com 9.90: a maior nota da modalidade na história dos Jogos Olímpicos. O tricampeão do mundo continuou dominando o mar, realizou um outro tubo de 7.50 e se manteve líder com um somatório de 17.40. Um verdadeiro atropelo.

Chumbinho e a melhor bateria da competição
Considerada pelo público a melhor bateria da edição até o momento, João Chianca e Ramzi Boukhiam, do Marrocos, protagonizaram uma disputa acirrada, com tubos excelentes e notas semelhantes. O somatório final foi de 18.10 para o brasileiro e de 17.80 para o adversário.
Um drop — movimento em que o surfista passa da posição deitado para a posição em pé sobre a prancha — difícil auxiliou na primeira nota de Chumbinho, 9.30. Mas logo depois o marroquino respondeu com um tubo de 9.70.
Tudo parecia perdido nos últimos cinco minutos da competição, Chianca tinha as menores notas, porém, tudo mudou quando tirou um 8.80 no final. Agora, a disputa do jovem nas quartas de final será contra Gabriel Medina.

A previsão para o retorno do torneio de surfe nos Jogos Olímpicos de 2024 é na chamada desta terça-feira (30), às 14h (horário de Brasília).
A partida entre Brasil e Japão, válida pela segunda rodada do Grupo C, ocorreu neste domingo (28), às 12h (horário de Brasília), no estádio Parque dos Príncipes. No 200º jogo de Marta com a camisa verde e amarela, a seleção brasileira buscava a segunda vitória na competição, depois de vencer a Nigéria na estreia por 1 a 0. O Brasil também buscava garantir a classificação para a próxima fase, e o Japão a primeira vitória na competição.
Primeiro tempo
O primeiro tempo foi caracterizado pela dificuldade do ataque brasileiro e pelos contra-ataques perigosos da seleção japonesa. Aos 18 minutos, Tanaka perdeu a maior chance do Japão no começo da primeira etapa, ela recebeu o cruzamento livre na área, porém chutou para fora. Aos 22 minutos, Yasmin cobrou escanteio, e Rafaelle apareceu para desviar de cabeça. A bola passou com perigo à esquerda do gol.
Aos 45 minutos, a bola bateu no braço da camisa 4 brasileira Rafaelle e foi marcado pênalti a favor do Japão, Tanaka tentou converter, mas a goleira Lorena impediu. Aos 49 minutos, a atacante Haramo arriscou fora da área, porém a bola foi para fora e a árbitra encerrou a primeira etapa.
Segundo tempo
Logo aos 5 minutos, a seleção brasileira perdeu a oportunidade de abrir o placar, com uma jogada individual de Ludmila, que chutou fraco dentro da área e entregou a bola nas mãos da goleira japonesa. Aos 10, a atacante recebeu um passe da Marta, ganhou na velocidade e passou para Jhenifer, que chutou no canto esquerdo e marcou o gol do Brasil.

Após o gol, o Brasil tentou controlar o jogo, mas foi o Japão quem pressionou e chegou perto da meta brasileira. Aos 22 minutos, Tanaka chutou, mas Lorena fez uma bela defesa. Entretanto, aos 30, a goleira cometeu um erro, entregando a bola de presente para Hasegawa, que chutou fraco e perdeu a chance de marcar o gol de empate.
Aos 46 minutos, após revisão do VAR, foi marcado mais um pênalti a favor do Japão. Na cobrança, Kumagai bateu rasteiro, deslocando a goleira brasileira, e empatou o jogo. Aos 50 minutos, a defesa brasileira falhou e, fora da área, Tanikawa arriscou e marcou um golaço de cobertura, virando o jogo.

Com o resultado, a seleção feminina lutará para avançar na última rodada contra a Espanha, na quarta-feira (31) às 12h(horário de Brasília). O Japão enfrenta a Nigéria no mesmo dia e horário, buscando a classificação.
O confronto entre França e Guiné, válido pela segunda rodada do Grupo A, ocorreu neste sábado (27), às 16h (horário de Brasília) no Estádio Allianz Riviera, em Nice.
A seleção francesa também venceu os Estados Unidos por 3 a 0 na estreia. Enquanto, a Guiné, além de perder essa partida, foi derrotada pela Nova Zelândia por 2 a 1.
Primeiro tempo
A partida começou disputada, logo no início, Lacazette cobrou uma falta perigosa, mas a bola passou em cima do gol.
Nos minutos seguintes, a Guiné pressionou a defesa francesa, que logo teve chances de contra ataque.
Aos 33 minutos, a França perdeu uma bela chance de marcar: o atacante Mateta recebeu e ficou cara a cara com o goleiro Sylla, mas desperdiçou.
Aos 39 e 46 minutos, a seleção africana chegou a marcar, mas ambos gols foram anulados por impedimento.
Aos 54 minutos, Guiné teve mais uma oportunidade, porém não converteu e a primeira etapa terminou de forma equilibrada, com as duas seleções criando algumas chances de gol.
Segundo tempo
Depois dos sustos no primeiro tempo, a seleção francesa começou mais cautelosa.
Após várias tentativas, aos 29 minutos, Olise cruzou no meio da área e Sildillia completou de cabeça, marcando o gol da partida.

Guiné ainda tentou empatar, mas não teve sucesso.
O Brasil passou em branco no primeiro dia de disputa no Judô, neste sábado (27). Michel Augusto, em disputa na categoria de 60 kg, estreou com vitória contra o costa-riquenho Sebastian Sanch, mas parou nas oitavas depois de perder para o japonês Ryuju Nagayama.

Foto: REUTERS
Apesar da derrota, o confronto foi bem equilibrado. Michel iniciou a luta de forma agressiva, diminuindo a intensidade do adversário, e depois de muito esforço de ambos os lados, a disputa foi para o golden score - tempo extra que é dado após um empate entre os judocas no tempo normal. Na reta final, Michel levou duas punições e com isso, foi eliminado.

Foto: Luis Robayo / AFP
No lado feminino, a brasileira Natasha Ferreira não deu sorte no chaveamento e perdeu na estreia após enfrentar a forte japonesa Natsumi Tsunoda, tricampeã mundial de judô e a atual número quatro no mundo na categoria de até 48 kg. A disputa entre as duas foi rápida, a japonesa não deu chances para Natasha e a lutaterminou em menos de um minuto. A brasileira foi derrubada e tomou um Waza-ari após ser imobilizada pela Natsumi.
Disputas pelo bronze

No masculino, o japonês Ryuju Nagayama, um dos melhores judocas do mundo e que eliminou o Michel Augusto nas oitavas, conseguiu avançar até a semifinal. Na disputa pelo terceiro lugar, o atleta enfrentou o turco Salih Yildiz e saiu com a vitória, garantindo a medalha de bronze. No outro lado, o espanhol Francisco Garrigós garantiu a outra medalha de bronze, também na categoria de até 60 kg, ao vencer o georgiano Giorgi Sardalashvili.

Foto: REUTERS
No lado feminino, ainda na disputa na categoria de até 48 kg, a judoca francesa Shirine Boukli venceu a espanhola Laura Martinez e garantiu a primeira medalha para os donos da casa. Shirine saiu com a vitória com um Waza-ari após imobilizar a adversária, ponto que quase escapou da francesa, mas após uma revisão de vídeo, a vitória foi decretada.
Também em disputa pelo bronze, a sueca Tara Babulffath, de apenas dezoito anos, fez história e conseguiu a primeira medalha feminina da Suécia nos Jogos Olímpicos. A atleta levou o bronze para casa após passar pela cazaquistã Abiba Abuzhakynova.
A busca pelo ouro
Na categoria masculina, a final foi marcada por um confronto de peso. De um lado, o cazaque Yeldos Smetov, forte judoca que já havia marcado as últimas olimpíadas com uma prata e um bronze conquistados, e do outro, o francês Luka Mkhdeize que vem se destacando nos últimos campeonatos mundiais e que chegou a final para garantir mais uma medalha para a frança.
Nessa disputa acirrada, o cazaque levou a melhor e garantiu a tão sonhada medalha de ouro olímpica, a única conquista que faltava para o judoca em jogos olímpicos. Apesar da derrota, o francês Luka saiu com a prata, a segunda medalha consecutiva do lutador depois de um bronze conquistado nas olimpíadas de Tóquio 2020.

Foto: AFP
No lado feminino, a japonesa Natsumi Tsunoda saiu vitoriosa em cima da Mongol Bavuudorjiin Basankusu e conquistou a primeira medalha olímpica após sair como campeã em três torneios mundiais. A final foi acirrada, mas a japonesa levou a melhor e ganhou a luta ainda no tempo normal.
Programação do Judô no segundo dia de disputas
Os próximos confrontos de Judô acontecem neste domingo (28), a partir das 5 horas da manhã (horário de Brasília), que contará com as lutas masculinas na categoria de até 66 kg, e no feminino, os combates na categoria de até 52 kg. Os competidores que conseguirem passar pelas primeiras rodadas, irão disputar o mata a mata às 11 horas da manhã (horário de Brasília). O Brasil será representado por William Lima e Larissa Pimenta.