Seguido pela dupla da McLaren, grid foi definido para o Grande Prêmio da Emilia-Romagna, na Itália
por
Guilherme Silvério Tirelli
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20/05/2024 - 12h

Em final de semana carregado de emoção e homenagens aos 30 anos da morte de Ayrton Senna, Max Verstappen (Red Bull) roubou a cena. Na manhã do último sábado (18), o holandês superou a jovem dupla da McLaren e conquistou a 39ª pole-position da carreira em Ímola.

Porém, se engana quem pensa que o treino classificatório não teve espaço para a emoção. Isso porque a tônica das últimas corridas se repetiu novamente no autódromo Enzo e Dino Ferrari. Para delírio dos ferraristas, o tricampeão demorou a encontrar o ajuste ideal para o RB20 e teve um desempenho aquém das expectativas nos treinos livres.

No entanto, o indicativo de que o sábado poderia reservar surpresas não se concretizou. No fim do treino, o piloto da Red Bull baixou ainda mais seu próprio tempo e cravou a pole, a 8ª consecutiva. Antes de Verstappen, apenas Ayrton Senna conseguiu tal feito. 

Oscar Piastri, da McLaren, surpreendeu ao superar o companheiro de equipe, Lando Norris, mas não vai dividir a primeira fila com o atual campeão mundial. O australiano foi punido em três posições por bloquear uma tentativa rápida de Kevin Magnussen (Haas) e largará em 5º. Charles Leclerc e Carlos Sainz, da Ferrari, herdam uma posição cada e saem do 3º e do 4º lugar, respectivamente.

CAMPEÃO É ELIMINADO LOGO DE CARA

Inegavelmente, Fernando Alonso é um dos pilotos mais talentosos que já passaram pela F1, mas até os grandes campeões têm dias ruins. No treino livre que precedeu a tomada de tempos oficial, o espanhol perdeu o controle de sua Aston Martin e colidiu com o muro. A equipe britânica fez um ótimo trabalho ao recuperar o carro do bicampeão, contudo, outra saída de pista, desta vez nos momentos finais do Q1, comprometeu o resultado do carro 14.

No domingo, o espanhol largará apenas na 19ª colocação. Além de Alonso, Valtteri Bottas e Zhou Guanyu, – ambos da Sauber – Kevin Magnussen e Logan Sargeant (Williams) também não avançaram ao Q2.

Fernando Alonso de fora do Q2
Alonso desapontado com resultado pífio no Q1 / Reprodução: F1

FESTA DE UM LADO DA GARAGEM, DECEPÇÃO DO OUTRO

Se o mexicano Sérgio Pérez já estava sob pressão por não conseguir acompanhar o ritmo de Verstappen, a situação se complicou ainda mais após o treino classificatório deste sábado. Apesar dos seus esforços, o tempo de 1min15s706 não foi o suficiente para colocá-lo na disputa pela pole. “Checo” largará na 11ª colocação e precisará fazer uma corrida de recuperação caso queira manter a segunda posição na tabela de pilotos.

O destaque do Q2 ficou com Yuki Tsunoda (Racing Bulls). O japonês, de 23 anos, registrou o terceiro melhor tempo da sessão, ficando atrás apenas de Verstappen e Leclerc. No mais, nenhuma grande surpresa, foram eliminados: Esteban Ocon (Alpine); Lance Stroll (Aston Martin); Alexander Albon (Williams) e Pierre Gasly, também da francesa Alpine.

NO LIVRO DOS RECORDES

Poucos pilotos um dia terão o privilégio de igualar os números de Ayrton Senna. O brasileiro é amplamente considerado por especialistas o maior da história da categoria, o que torna o feito de Max Verstappen ainda mais especial. Além de largar na posição de honra na corrida de domingo, o holandês colocou, definitivamente, seu nome entre os gigantes da Fórmula 1.

Em sua primeira volta cronometrada, Verstappen anotou, até então, o tempo mais rápido do Q3, com 1min14s869. Porém, ao cruzar a linha de chegada pela última vez na classificação, o tricampeão voou e marcou 1min14s746, desbancando a concorrência. George Russell e Lewis Hamilton tiveram atuações apagadas, mas podem surpreender na largada.

Classificação ao final do Q3
Posições de largada após punição de Oscar Piastri / Reprodução: F1

O Grande-Prêmio da Emilia-Romagna tem início às 10h da manhã deste domingo (19).

A Seleção brasileira não tomou conhecimento da Coreia do Sul, vencendo o jogo por 3x0.
por
Matheus Monteiro da Luz
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20/05/2024 - 12h

Nesta quinta-feira(16), O Brasil venceu seu segundo confronto na Liga das Nações de vôlei feminino. A seleção verde amarelo venceu a Coreia do Sul em duelo realizado no Ginásio do Maracanãzinho por 3x (25/15, 25/19 e 25/17).

Ana Cristina foi o grande nome da partida com 18 pontos, 16 de ataque e 2 de bloqueios.Gabi foi outro destaque com 12 pontos. Sohwi com 9 pontos  e Hoyoung com 8 foram os destaques no lado sul-coreano.

 

A central Ana Cristina foi o destaque da partida com 18 pontos. Maurício Val/Confederação Brasileira de Vôlei
A central Ana Cristina foi o destaque da partida com 18 pontos. Maurício Val/Confederação Brasileira de Vôlei



No primeiro set, o Brasil abriu uma vantagem confortável logo na primeira passagem de saque. Com um 7x0 no turno de saque da Gabi coube a nossa seleção apenas administrar fechando o set em 25x15;


O roteiro do segundo set foi parecido, uma boa primeira passagem no saque do Brasil garantiu uma vantagem de quatro pontos que trouxe tranquilidade para o andamento do set. A seleção sul-coreano até diminuiu o placar mas na reta final não aguentou a pressão do Brasil que fechou o set em 25 x 19.

No último set, o técnico José Roberto Guimarães entrou com uma escalação alternativa para dar um pouco de rodagem para suas jogadores. Mesmo com as mudanças o Brasil manteve a dominância aplicando um 25x17, sem dar chances às sul-coreanas.

Agora com duas vitórias, a seleção brasileira voltará a jogar nesta sexta-feira (17), às 21h, contra os EUA.

Grande jornalista esportivo lutava contra o câncer cerebral desde 2022. Amigos, familiares e figuras importantes do esporte prestam homenagem.
por
Giovanna Brito
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18/05/2024 - 12h

Antero Greco, jornalista esportivo, morreu aos 69 anos, na madrugada desta quinta-feira (16) em São Paulo. Antero estava internado desde o dia 12 no Hospital Beneficência Portuguesa e faleceu em decorrência de complicações com um tumor.

Diagnosticado com câncer cerebral desde junho de 2022, Antero estava em tratamento contra a doença. Segundo amigos e pessoas próximas, ele passou dias em coma e se alimentava através de sonda.

Em nota, o hospital divulgou o falecimento do jornalista: "A Beneficência Portuguesa de São Paulo informa, com pesar, o falecimento do jornalista Antero Greco, no dia de hoje, 16 de maio, às 3h, em nossa unidade hospitalar BP Mirante, em decorrência de complicações de um meningioma (tumor). Antero Greco era amplamente conhecido e respeitado por sua integridade e dedicação ao jornalismo, deixando um legado de imenso valor para a comunicação no Brasil. Neste momento de luto, a BP se solidariza com a família, amigos e admiradores do profissional."

Familiares também confirmaram a morte e anunciaram o velório em um comunicado. Antero deixou a esposa, Leila Maria de Brito Greco, os filhos João Paulo de Brito Greco e Maria Cristina de Brito Greco e os netos Pedro Shellard Greco e Carolina Shellard Greco.

Sua despedida ocorreu na tarde do mesmo dia, no Cemitério do Redentor, também na capital paulista. Além da família, amigos de Greco, como Casagrande, Mauro Beting, Benja e outros famosos, estiveram no velório e se emocionaram ao se despedir do grande amigo.

 

Antero Greco sorrindo com a mão esquerda levantada. Ao fundo diversos quadros.
Antero Greco. Foto: Reprodução/Instagram.

 

VIDA PROFISSIONAL

Antero se formou em Jornalismo pela ECA (Escola de Comunicação e Artes) da USP (Universidade de São Paulo). Começou sua carreira jornalística em 1974, como revisor do “O Estado de São Paulo”, jornal para o qual retornaria em 1992 e no final dos anos 2000 em outras funções. Três anos depois do início de sua carreira, foi promovido a repórter esportivo. 

Trabalhou na “Agência Estado”, no extinto “Popular da Tarde”e na “Folha de São Paulo” durante o ano de 1989 e no “Diário Popular” (atualmente “Diário de São Paulo”) entre 1994 e 2000. Teve passagem pela “Band”, “SBT” e participou das primeiras transmissões do Campeonato Italiano em 1983. O jornalista também cobriu in loco as Copas do Mundo de 1982, 1986, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014.

 

ESPN

Com certeza Antero ficou marcado pelo seu trabalho na ESPN. Sua ligação com a emissora começou em fevereiro de 1994, quando ainda se chamava “TVA Esportes”. Na ocasião, foi chamado para compor a primeira equipe de transmissão do canal. Participou da criação do programa “Futebol no Mundo”, do qual foi um dos redatores até o início de 2000. 

Ainda naquele ano, passou a participar também do SportsCenter e foi ali que a famosa dupla “Antero e Amigão” surgiu. Ao lado de Paulo Soares, os dois se fixaram como apresentadores oficiais do programa e protagonizaram momentos inesquecíveis durante os finais de noite, horário em que o programa era transmitido. 

Antero e Paulo, o “amigão”, conduziam o programa com descontração e seriedade, o que cativou sua audiência. Os ataques de riso da dupla eram frequentes e muitos deles viralizaram na internet, eternizando bons momentos entre os dois.

Paulo Soares, na esquerda, e Antero Greco, na direita, na bancada do programa "SportsCenter".
Paulo, o amigão, e Antero apresentando o SportsCenter. Foto: Reprodução/ESPN.

Mesmo depois da descoberta do câncer, Antero continuou a contribuir para o SportsCenter, seja de casa ou do estúdio, sempre atendendo as orientações médicas. 

A ESPN prestou uma série de homenagens nas redes sociais e no seu site. André Kfouri, em um edital especial chamado “Até um dia, querido Antero”, emocionou a todos com suas palavras e em uma outra matéria afirmam: “Antero deixa órfão não só o Jornalismo, mas também o fã de esporte que se acostumou a assistir à extraordinária dupla durante tantas e tantas noites de SportsCenter. A TV brasileira perde um dos maiores. E a nós, da família ESPN, ficará a saudade, o exemplo e as grandes memórias proporcionadas por Antero. Descanse em paz, Anterito!”

Em um momento de estúdio, Paulo Soares entra ao vivo no SportsCenter e se despede de Antero: “Vamos dar risada, gente. A Glaucia abriu o programa chorando. Como eu posso falar alguma coisa agora?”, disse Amigão, com a voz embargada. “São 40 anos de amizade. Desses 40, 30 são de ESPN e 20 de Sportscenter. Hoje a gente tem convicção de que, graças ao fã de esporte, graças a todas as pessoas que sempre estiveram com a gente fazendo o programa, graças à iniciativa do Trajano, de fazer uma dupla diferente no surgimento do Sportscenter, sabemos hoje, com simplicidade e humildade, que formamos a maior dupla da história da televisão brasileira. E isso ninguém vai poder tirar do Antero e de mim. (...) Tenho certeza que ele está do nosso lado. Ele vai ser nosso chão sempre. Mas o fato é que ele é um cabeçudo, não podia ter feito isso com a gente agora”.

 

Um dos maiores locutores esportivos estava internado desde 8 de maio
por
Gustavo Zarza
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18/05/2024 - 12h

O narrador Silvio Luiz veio a falecer na quinta-feira (16/05), aos 89 anos. Ele estava internado desde o dia 8 de maio na UTI do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. Silvio deixa a sua esposa Márcia e os filhos, Alexandre, Andréa e André.  

 

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Silvio Luiz, narrador esportivo (Foto: Reprodução/Instagram)

 

Ele sofreu um derrame enquanto trabalhava na transmissão do jogo entre Palmeiras x Santos, válido pela final do Campeonato Paulista, pelo canal online da Record. O narrador  foi internado após o incidente e se recuperou, chegando a ter alta dias depois. Depois de um mal estar, voltou a ser hospitalizado. 

Silvio Luiz Peres Machado de Souza nasceu em julho de 1934, em São Paulo. Antes de se consolidar como um dos maiores narradores do Brasil, Silvio atuou em duas novelas (Éramos Seis e Cela da Morte) ao lado da irmã. Ele também chegou a ser árbitro de futebol pela Federação Paulista de Futebol no fim da década de 60. 

O narrador trabalhou em diversas Copas do Mundo e Olimpíadas, além dos campeonatos estaduais e nacionais. Também foi um dos precursores em transmitir em TV aberta campeonatos europeus no Brasil, destacando-se o Italiano e o Inglês.  

 

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Silvio Luiz ao lado de Carioca e Bola na Record TV (Foto: Reprodução/Instagram)

 

O jeito descontraído e diferente de narrar é uma das marcas da sua carreira. Serão eternamente lembradas frases como "pelas barbas do profeta", "pelo amor dos meus filhinhos" e "o que eu vou dizer lá em casa?"

Silvio foi diretor de programação da Rede Record e trabalhou em diversos veículos de comunicação, como as rádios Bandeirantes, Record, TV Excelsior, SBT, TV Paulista, entre outras. Lugares onde os seus famosos bordões ecoaram pelo país. 
 

O país superou a candidatura europeia e foi escolhido pela Fifa como sede da competição
por
Victória Fernanda Neres Miranda
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17/05/2024 - 12h

Após 13 anos, o Brasil voltará a sediar uma Copa do Mundo. O país do futebol já havia recebido duas copas masculinas, em 1950 e em 2014; mas essa será a primeira vez que o país sediará a competição feminina e a primeira vez que ela será disputada em um país da América do Sul.

A decisão foi anunciada no 74º Congresso da FIFA (Federação Internacional de Futebol), durante a madrugada desta sexta-feira (17), no congresso da federação em Bangkok, na Tailândia.

O Brasil recebeu 119 votos contra 78 para Alemanha, Bélgica e Holanda que fizeram uma proposta conjunta. Os Estados Unidos e o México também eram concorrentes a proposta do Brasil, mas desistiram da disputa em abril.

 

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Presidente Lula, Janja, Ednaldo Rodrigues(presidente da CPF) e Ana Moser (ministra dos Esportes) no Palácio do Planalto em evento que oficializou a candidatura do Brasil. Foto: Ricardo Stuckert / PR

 

 

A 10° edição da Copa do Mundo Feminina será sediada pela primeira vez, na América do Sul, após já ter passado por China, Canadá, Estados Unidos, Suécia, Alemanha, França, Austrália e Nova Zelândia(em conjunto). A Copa contará com 32 equipes, assim como na última edição, onde a seleção espanhola conquistou o título, igualando-se a Noruega e Japão em número de conquistas. A seleção alemã é bicampeã, enquanto os Estados Unidos é o país com mais títulos, tendo vencido a competição quatro vezes.

Apesar da seleção brasileira não ter conquistado o título ainda, ela tem a maior goleadora da história das Copas femininas e masculinas. A artilheira Marta tem 17 gols pela competição.

A camisa 10, eleita pela FIFA seis vezes como a melhor jogadora do mundo, comemorou em sua rede social a escolha do Brasil como sede da principal competição de seleções do futebol feminino: “Fiquei muito feliz com a notícia e tenho certeza de que a Copa do Mundo Feminina de 2027 será um sucesso, e o povo brasileiro, como sempre, estará de braços abertos para receber a comunidade mundial do Futebol! “.

O Brasil já possuía aspectos favoráveis para ser escolhido como país-sede, por ter recebido grandes eventos como: Copa das Confederações em 2013; Copa do Mundo 2014; Copa América em 2019 e 2021; Mundial Sub-17 em 2019, entre outros. O Rio de Janeiro, especificamente, se beneficia da estrutura preparada para o Jogos Pan-Americanos 2007, as Olimpíadas e Paralímpiadas Rio 2016.

 

Além disso, no dia 20 de fevereiro, o país recebeu uma comitiva de especialistas da FIFA para avaliar as condições de alguns locais que poderiam receber uma eventual candidatura para os jogos do torneio. Rio de Janeiro, Brasília, Recife e Salvador foram as cidades escolhidas para a vistoria. Após a avaliação, recebeu nota 4 (de uma escala até 5), enquanto a candidatura europeia recebeu 3,7.

Em Bangkok, a delegação brasileira contou com a presença do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, o ministro do Esporte, André Fufuca, Aline Pellegrino (vice-campeã mundial em 2007 e gerente de Competições Femininas da CBF), Kerolin (atacante da Seleção Brasileira), Formiga (ex-jogadora e única atleta a disputar sete Copas do Mundo da FIFA), as consultoras Valesca Araújo, Jacqueline Barros, Manuela Biz e o consultor Ricardo Trade.

Em sua apresentação final em Bangkok, a comitiva brasileira destacou a defesa dos direitos das mulheres, a sustentabilidade, o desenvolvimento esportivo e a liderança feminina no futebol, utilizando o slogan “Uma escolha natural”.

 

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Delegação brasileira comemorando. Reprodução:FIFA

 

O planejamento apresentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prevê que dez cidades que sediaram a Copa do Mundo Masculina de 2014 também sejam anfitriãs da Copa do Mundo Feminina de 2027. As únicas exceções são Curitiba e Natal.

Todos os estádios incluídos na proposta brasileira fizeram parte do evento de 2014. São eles: Maracanã (Rio de Janeiro); Neo Química Arena (São Paulo); Mineirão (Belo Horizonte); Arena Pantanal (Cuiabá); Arena Castelão (Fortaleza); Arena da Amazônia (Manaus); Arena de Pernambuco (Recife); Arena Fonte Nova (Salvador); Mané Garrincha (Brasília); Estádio Beira-Rio (Porto Alegre).

A final e o jogo de abertura serão realizados no Maracanã.

Por ser o país-sede, o Brasil já está classificado e as outras noves seleções da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) disputarão três vagas para o torneio.

O perfil do Instagram da Copa do Mundo Feminina já entrou no clima verde e amarelo:

Com trocas de equipe, 57 voltas e críticas aos shows de abertura, a Fórmula 1 está de volta para a sexta etapa da temporada
por
Luiza Zequim
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02/05/2024 - 12h

Neste final de semana, duas semanas depois do Grande Prêmio da China, os pilotos estão de volta ao Autódromo Internacional de Miami – a primeira etapa, de três, que acontecerá nos Estados Unidos neste ano.  

A pista foi construída ao redor do Hard Rock Stadium, casa dos Miami Dolphins durante a temporada da National Football League (NFL) e teve sua primeira corrida realizada em 2022. Os quatro dias de evento sempre contam com a presença de diversos famosos, como Serena Williams, David Beckham, Michelle Obama e Michael Jordan. Sendo alvo de muitas críticas dos pilotos no primeiro ano, melhorias foram feitas no percurso, em 2023. Porém, um dos maiores desafios continua sendo o calor intenso da cidade nessa época.

Ano passado, o show de Will.l.Am antes da corrida e a apresentação de cada piloto, pelo rapper LL Cool J, também gerou reclamações. Essas, giram em torno do tempo gasto na apresentação no estilo americano. “É uma distração para nós porque ficamos meia-hora debaixo do sol, no grid, com nossos macacões. E não acho que haja nenhum outro esporte no mundo em que, 30 minutos antes de você fazer o seu trabalho, você fique exposto ao sol, cercado por câmeras e fazendo um show. Aprecio isso no mundo do entretenimento, mas só queremos o melhor para o esporte.” comentou George Russell, piloto da Mercedes. 

 

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George Russell na apresentação dos pilotos no Grande Prêmio de Miami, em 2023 Foto: Mario Renzi/Formula 1 via Getty Images

DURANTE A PAUSA

As duas semanas, desde a etapa da China, tiveram movimentações inesperadas no mundo do automobilismo. A troca de vaga, ao final de 2024, de Nico Hülkenberg, e a saída de Adrian Newey da Red Bull, foram os destaques. 

Na última quinta-feira (26), veio o anúncio da mudança de Hülkenberg. O piloto deixará a Haas, após duas temporadas, e retornará à Kick Sauber, equipe que será casa da Audi em 2026. Com o seu companheiro de equipe ainda indefinido. 

A confirmação de Newey fora da RBR, por sua vez, veio somente na quarta-feira (01). As especulações de sua saída, após uma parceria de 19 anos, e a ida para Ferrari já circulavam o paddock. Em comunicado oficial, Christian Horner – chefe da Red Bull – disse que Newey só estará presente em certas corridas de 2024, mas que continuará trabalhando no projeto do RB17. A contratação dele pela Ferrari, ou qualquer outra equipe, ainda não é oficial.

 

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Anúncios das saídas de Nico Hulkenberg e Adrian Newey Reprodução: Instagram/@f1

 

Em Ímola, foram feitas homenagens em recordação dos 30 anos da morte do austríaco Roland Ratzenberger e do ídolo brasileiro, Ayrton Senna. No autódromo italiano, autoridades esportivas e fãs se reuniram, levaram flores e prestaram um minuto de silêncio em respeito aos dois atletas. 

 

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Uma das homenagens feitas em Ímola, dos 30 anos sem Ayrton Senna – Foto: Reprodução/X

 

EM 2024

Em relação ao campeonato deste ano, o GP traz uma nova chance para os sete pilotos do grid que ainda não pontuaram. A dúvida é se o vencedor invicto da pista, Max Verstappen (Red Bull), conquistará mais uma vitória ou se o pódio contará com novos nomes, como Carlos Sainz (Ferrari), o único, sem ser o holandês, a vencer corridas no último ano.

 

Confira os horários do Grande Prêmio de Miami:

Sexta-feira:

  • Treino Livre 1 às 13h30 (horário de Brasília) 

  • Qualificação Sprint às 17h30 (horário de Brasília)

 

Sábado: 

  • Corrida Sprint à 13h00 (horário de Brasília) 

  • Qualificação às 17h00 (horário de Brasília)

 

Domingo: 

  • Corrida às 17h00 (horário de Brasília)

Mandatário do Botafogo ficará afastado de qualquer atividade relacionada ao futebol por 45 dias, além de pagar multa
por
Giovanna Brito
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02/05/2024 - 12h

Na sexta-feira (26), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) suspendeu o empresário John Textor, CEO do Botafogo, por 45 dias longe de qualquer atividade relacionada ao futebol. Por já ter ficado suspenso por 28 dias, faltam apenas 17 de afastamento para cumprir. Ainda pelas punições, Textor terá de pagar multa de R$100 mil, sendo R$50 mil para à CBF e R$50 mil para instituições de caridade. 

As punições foram consequência das acusações, sem provas, feitas pelo empresário após o jogo entre Botafogo e Palmeiras, no Campeonato Brasileiro de 2023. Na ocasião, a equipe paulista venceu de virada por 4 a 3, no Estádio Nilton Santos. 

No final do jogo, o dirigente do time carioca disparou contra a arbitragem e Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). As reclamações do empresário eram por conta da expulsão do zagueiro Adryelson, no segundo tempo, em lance com o atacante Breno Lopes. 

“O mundo todo viu, isso não é cartão vermelho. Ele (Adryelson) pegou a bola primeiro. Não tenho certeza nem se foi falta. Mas não é cartão vermelho, ele mudou o jogo. Isso é corrupção, isso é roubo. Por favor, me multa, Ednaldo, mas você precisa renunciar amanhã de manhã. É isso que precisa acontecer. Esse campeonato se tornou uma piada”, disse Textor à TV Globo.

Após a sua fala, Textor foi punido de forma preventiva por 30 dias. A suspensão chegou a ser aumentada para 35 dias, mas o time carioca conseguiu efeito suspensivo para que o empresário conseguisse acompanhar a reta final do Brasileirão.

Ao final da temporada, o alviverde paulista terminou como campeão do Brasileirão série A, com 70 pontos, enquanto o Glorioso ficou apenas na quinta colocação, com 64 pontos.

John Textor em sessão da CPI falando ao microfone e com a mão esquerda levantada.
John Textor depondo para a CPI. Foto: Roque de Sá / Agência Senado

 

Polêmica para gringo ver

Já em 2024, John Textor voltou a fazer acusações sobre manipulação de resultados e favorecimento de times. Em março, o dirigente do Botafogo publicou em site próprio um vídeo onde acusava árbitros de “divisão menor”. A explicação aconteceu após o CEO apontar que árbitros teriam reclamado por não receber propina após um jogo. 

“Eu nunca disse que tenho gravação de árbitro envolvido em manipulação de resultados em jogos da Série A do Campeonato Brasileiro, ou em jogos do Botafogo, na Série A ou Série B”, argumentou. “Foi numa divisão menor. É um jogo conhecido por nós. Tem um treinador, tem um time, tem pessoas que identificamos. E tem uma gravação de um juiz falando que ele estava triste de ter perdido dinheiro porque o jogo que ele estava tentando manipular não tinha ido do jeito que ele tentava influenciar. Ele foi específico. Ele deu um minuto de acréscimo, deu um pênalti que não devia, e o atacante bateu o pênalti na trave. E ele reclamou, disse ter feito tudo que podia. É um sotaque carioca. Isso nos permite identificar o árbitro. Ele tentou de tudo, mas não conseguiu achar outro pênalti”, completou Textor ao contextualizar em que ocasião teria ocorrido a suposta gravação.

A suposta gravação teria sido autenticada e entregue para autoridades competentes. No entanto, Textor foi denunciado com base nos artigos 220-A e 223 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por “deixar de colaborar com os órgãos da Justiça Desportiva e com as demais autoridades desportivas na apuração de irregularidades ou infrações disciplinares e deixar de cumprir ou retardar o cumprimento de decisão, resolução, transação disciplinar desportiva ou determinação da Justiça Desportiva”.

Outra acusação feita pelo empresário diz respeito a manipulação em partidas do Campeonato Brasileiro nas temporadas de 2022 e 2023 - ambos vencidos pelo Palmeiras. Segundo o próprio empresário, a base das acusações são relatórios feitos por uma inteligência artificial especializada.

Diante das denúncias, o STJD iniciou uma investigação e exigiu que todas as provas fossem apresentadas em três dias. Porém, Textor não cumpriu com os prazos, o que levou a decisão do Tribunal pelas punições. 

Essa não foi a única vez que Textor foi punido por não apresentar provas. Em novembro de 2023, o mandatário acusou a CBF de corrupção, devido a erros de arbitragem e foi denunciado por não apresentar provas referente às afirmações.

Durante entrevista ao  “Canal do Medeiros” no dia 01 de abril deste ano, Textor continuou comentando sobre a situação vivida no último campeonato, onde o Botafogo chegou a abrir 13 pontos de vantagem para o segundo colocado Palmeiras e terminou na quinta colocação, enquanto a equipe paulista ergueu a taça. 

“Ano passado foi turbulento. Não vou deixar o que aconteceu ano passado passar batido. Estamos em uma nova temporada. Temos provas pesadas, 100% confirmadas de que o Palmeiras vem sendo beneficiado por manipulação de resultados por pelo menos duas temporadas. Desculpe se isso vai criar barulho, mas tenho provas, vou mandar aos procuradores. Estou aqui para defender a honra do meu clube. Posso prometer a vocês que ninguém vai mexer nas nossas partidas desse ano”, afirmou.

Com tantas alegações, Textor foi convidado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis manipulações de jogos no futebol brasileiro. O empresário apresentou relatórios e documentos que, de acordo com ele, evidenciam a manipulação de resultados no futebol. 

“Sou dono de um clube, quero ganhar campeonatos e se eu puder provar, além de uma margem de dúvida, que 2022 foi manipulado, que 2023 foi manipulado, juntos de outras evidências de anormalidades, poderia fazer com que o Tribunal Desportivo, a polícia e esse corpo legislativo possam tomar ações”, disse durante a sessão na CPI.

Em novas denúncias, sem apresentar nenhuma evidência, o CEO da SAF do Botafogo menciona uma suposta manipulação dos jogadores no confronto entre Palmeiras e São Paulo, quando o Verdão venceu por 5 a 0. 

O alviverde paulista já classificou a acusação como “bizarra tentativa” de justificar a perda do título Brasileiro de 2023, e acionou o empresário juridicamente. A equipe tricolor também interpelou criminalmente o dirigente norte-americano, chamando de “ato impensado” e “irresponsável” as acusações. 

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e o do São Paulo, Julio Casares, também foram convidados a depor no na CPI das Apostas no Senado. Ambos já se pronunciaram publicamente e negaram todas as acusações e criticaram Textor. 

Os relatórios produzidos por inteligência artificial também colocaram sob suspeita um confronto entre Palmeiras e Fortaleza, pelo Brasileirão de 2022. Na ocasião, pela 32ª rodada do campeonato, o Palmeiras venceu a equipe cearense por 4 a 0. O Leão do Pici também repudiou “de forma veemente” as declarações do presidente do Botafogo. 

 

Nota do Palmeiras: “O Palmeiras vem adotando todas as medidas jurídicas cabíveis contra o dono da SAF do Botafogo, John Textor, e não pretende se manifestar novamente sobre a bizarra tentativa do caricato cartola de justificar a perda do título brasileiro de 2023. Confiamos que as autoridades competentes tomarão as providências necessárias com a urgência que o tema exige.”

 

Nota do São Paulo: “O São Paulo Futebol Clube tomou conhecimento e repudia veementemente as graves e infundadas acusações de participação de atletas do elenco tricolor em manipulação de resultado feitas pelo dono da SAF Botafogo. Tal afirmação sem nenhum vestígio de prova ataca a idoneidade de jogadores do elenco profissional masculino e a lisura da instituição São Paulo FC em seus 94 anos de história. O clube já acionou seu departamento jurídico, que estudará e tomará as medidas cabíveis na esfera legal.”

 

Nota do Fortaleza: "O Fortaleza repudia de forma veemente as declarações do Sr. John Textor, dono da SAF do Botafogo, que acusa atletas do tricolor de estarem envolvidos em esquema de manipulação de resultados. Lamentamos que essas afirmações proferidas, sem a apresentação de quaisquer provas, possam macular a reputação de nossa instituição centenária, gerando assim danos na imagem do clube. Não acreditamos nessa forma de fazer futebol, preferimos o caminho da verdade, e caso o Sr. John Textor tenha provas, que as apresente para que os culpados sejam punidos. O Fortaleza Esporte Clube espera que tudo, seja esclarecido de forma legal, e caso necessário, tomará todas as medidas judiciais cabíveis."

A influência da liga no basquete do país e na formação de novos ídolos brasileiros no esporte
por
Isabela Fabiana
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02/05/2024 - 12h

No último sábado (27), Gui Santos, jogador do Golden State Warriors, realizou uma tarde de autógrafos na NBA Store do Shopping Morumbi Town, em São Paulo. A AGEMT entrevistou o jornalista e comentarista, Ricardo Bulgarelli, que foi questionado sobre a influência da National Basketball Association (NBA) no Brasil e do atleta brasileiro nos torcedores e nos adolescentes brasileiros praticantes do esporte. Além disso, fãs na fila do evento foram questionados pela AGEMT sobre o que sentem, ao ver um brasileiro em quadra pela principal liga de basquete no mundo.  

A INFLUÊNCIA DA NBA NO BRASIL 

Quando questionado sobre a popularização da NBA no Brasil, Ricardo Bulgarelli disse que o Brasil sempre foi apaixonado pela modalidade. “O basquete sempre foi o segundo esporte dos brasileiros. A seleção durante os anos 50 e 60 sempre foi bem competitiva, sendo uma das quatro potencias do basquete até a metade dos anos 80. Depois sim, com a separação da União Soviética e com mais equipes participando, surgiram mais adversários. A globalização da NBA também ajuda demais nessa popularização”, afirmou o comentarista da Prime Video.  

Bulgarelli é um dos principais comentaristas de basquete na televisão brasileira – Foto: Reprodução/X @Bulgarelli1971
Bulgarelli é um dos principais comentaristas de basquete na televisão brasileira – Foto: Reprodução/X @Bulgarelli1971 

A liga americana começou a ganhar relevância no Brasil, com a chegada de grandes jogadores, como Magic Johnson e Larry Bird. Nos anos 80, chegou o principal deles, Michael Jordan, que revolucionou a competição, tanto dentro de quadra, quanto fora. “O brasileiro sempre foi apaixonado por basquete, a NBA é consequência”, completou Bulgarelli.  

Gui Santos, draftado para a temporada de 2024 pelo Golden State Warriors, tem a oportunidade de jogar em uma das franquias mais queridas pelo público no Brasil, com uma grande base de fãs. Porém, o jogador não foi o primeiro brasileiro a atuar na liga, e sim, o décimo nono. Antes dele, Anderson Varejão, Tiago Splitter e, Leandrinho Barbosa foram alguns dos principais jogadores do Brasil na NBA.  

“A gente torce para os brasileiros que vão para lá, permanecerem. O fato dele ter sido draftado em uma grande franquia não, mas sua permanência é o que influencia, porque as características dele ajudam demais o Warriors. Ele é um cara que pensa no jogo coletivo, não tem vergonha de fazer um bloqueio e não está preocupado em ser o cestinha, ele joga pelo amor ao esporte”. Bulgarelli não acredita que a posição de Gui Santos influencia a criação de novos brasileiros querendo jogar na liga, apenas por estar em uma equipe relevante: “Os garotos que jogam basquete hoje, jogam para jogar na NBA, independente se tem brasileiro lá. Já chegamos a ter nove brasileiros em uma só temporada e não transformamos esse país, no país do basquete”, completou.  

Porém, é inegável que ter o Brasil na NBA, faz com que os brasileiros tenham a sensação de estar mais próximos da liga. Mas, o jornalista revelou que fazer uma narração in loco foi o que fez ele se sentir mais conectado ao basquete americano. “Eu tenho quase 30 anos de profissão e já tinha ido para os Estados Unidos assistir, coordenar e produzir matérias para os All Stars de 98, 2001 e 2002. Mas, como comentarista, foi no ano passado, nas finais do Leste, aí sim, estando lá comentando na cabine do lado de uma televisão importante, descer na coletiva pré e pós jogo, sentir o calor da partida, isso sim me faz me sentir mais próximo da NBA.” 

TARDE DE AUTÓGRAFOS

O evento de sábado (27), contou com a presença de milhares de pessoas, a maioria da torcida do Golden State Warriors, mas também alguns fanáticos por outras franquias. Durante os encontros com o atleta, era possível ver crianças e adolescentes emocionados, ao lado da estrela brasileira.  

Fila para tarde de autógrafos com Gui Santos, na NBA Store do Shopping Morumbi Town – Foto: Isabela Fabiana/AGEMT
Fila para tarde de autógrafos com Gui Santos, na NBA Store do Shopping Morumbi Town – Foto: Isabela Fabiana/AGEMT 

Alguns desses fãs abriram o coração, e falaram um pouco sobre a relevância de ter um brasileiro NBA. Isabela Santos, torcedora dos Warriors, disse que é incrível ver Gui Santos fazendo cestas em jogos tão importantes, como contra o Lakers, e ainda ter o trio principal da equipe [Stephan Curry, Klay Thompson e Draymond Green] comemorando por ele.  

orcedores puderam ficar um pouco mais perto da jóia brasileira na liga americana basquete – Foto: Isabela Fabiana/AGEMT
Torcedores puderam ficar um pouco mais perto da jóia brasileira na liga americana basquete – Foto: Isabela Fabiana/AGEMT 

Camilla, de 25 anos, e torcedora do Minnesota Timberwolves comentou: “Eu acompanho o Gui, o Mãozinha [brasileiro no Memphis Grizzlies] e a Kamilla Cardoso [jogadora brasileira draftada na WNBA] e vejo como uma representatividade muito legal, especialmente porque temos um público brasileiro muito grande assistindo “.  

Sobre a valorização do esporte no país, foi a vez da torcedora de 19 anos do Boston Celtics, Graice Silva, dizer: “Eu pratico esportes e sei como é difícil aqui no Brasil. Ver um jogador tendo uma carreira fora do nosso país é maravilhoso, é saber que a pessoa deu duro e no final conseguiu chegar em um lugar onde o esporte é valorizado.”  Gustavo Almeida, torcedor do Miami Heat, afirmou que é muito bacana ter alguém representando o país, o que abre chances para os brasileiros um dia sonharem em ter um lugar na NBA.

No dia 1° de Maio de 1994, o mundo testemunhou o que seria uma das maiores perdas para o automobilismo mundial
por
Juliana Bertini de Paula
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03/05/2024 - 12h

 

Nesta quarta-feira (01), completam exatamente 30 anos da morte de Ayrton Senna. Enquanto fazia a sétima volta e entrou na curva Tamburello, no circuito de Ímola, na Itália, Senna – na época correndo pela Williams – colidiu fortemente contra o muro. Exatamente às 13h17, o mundo se calou diante do trágico falecimento do ídolo, não somente brasileiro, mas de todo o mundo.

 

A primeira vitória de Senna em Interlagos, após uma corrida em condições extremas, levantando com dificuldade a bandeira brasileira – Foto: Fernando Pereira
A primeira vitória de Senna em Interlagos, após uma corrida em condições extremas, levantando com dificuldade a bandeira brasileira – Foto: Fernando Pereira

 

 

 

Trajetória

Ayrton Senna da Silva nasceu na cidade de São Paulo, no bairro de Santana, no dia 21 de março de 1960. Filho mais novo de Milton Teodoro Guirado da Silva e de Neide Senna, iniciou no kart quando tinha apenas 4 anos, e corria com o pequeno carro que foi construído pelo pai. O motor do veículo, que foi retirado de um cortador de grama, atingia até 60km/h.

 

Aos 13, enquanto corria no Kartódromo de Interlagos, – que agora leva o seu nome -- Senna conquistou o que seriam as primeiras de muitas poles positions e vitórias em sua carreira. Em 1974 e 1975, o piloto venceu o Campeonato Paulista de Kart, na categoria Júnior e, quatro anos depois, foi campeão brasileiro da modalidade. 

 

Em 1983, Ayrton se mudou para a Europa. Foi quando estreou e venceu a Fórmula 3 britânica, atingindo uma marca impressionante: das 20 corridas na temporada, foram 12 vitórias, 14 pódios e apenas seis abandonos. Ele não subiu ao pódio somente nas corridas em que não pôde completar a prova. Após esse desempenho impressionante, as oportunidades de competir na tão sonhada Fórmula 1 começaram a surgir.

 

Enquanto corria no campeonato inglês, Frank Williams – ex-piloto e fundador da equipe Williams Racing – convidou o jovem Senna para realizar um teste com um carro da principal categoria do automobilismo.

Senna, aos 21 anos, correndo no mundial de Kart em 1981. – Foto: Reprodução/Veja.com
Senna, aos 21 anos, correndo no mundial de Kart em 1981. – Foto: Reprodução/Veja.com

 

 

Fórmula 1 

No ano seguinte, em 1984, Senna iniciou sua carreira na Fórmula 1 com a equipe Toleman – que, anos depois, seria chamada de Benetton. Sua estreia foi realizada em solo brasileiro, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Devido a uma falha mecânica, ele foi obrigado a abandonar a prova. 

 

Porém, seus primeiros pontos não demoraram para vir. No Grande Prêmio seguinte, na África do Sul, ele passou pela bandeira quadriculada em sexto lugar, conquistando seu primeiro ponto. Neste ano, o piloto brasileiro terminou em nono, na frente do piloto Nigel Mansell, da Lotus, que já era considerado experiente na F1. 

 

Neste mesmo ano, Senna ganhou o título de Rei da Chuva e Mestre de Mônaco, na primeira vez em que correu nas pistas molhadas do GP de Monte Carlo, considerado por muitos o circuito mais difícil do calendário.  Largando em 13°, em 10 voltas já havia ultrapassado seis outros pilotos. Ele alcançou a terceira posição na volta 19, atrás apenas de Niki Lauda e Alain Prost.

Na 31ª volta, depois de uma colisão de Lauda, o brasileiro estava a apenas sete segundos do primeiro colocado, e foi quando o então atual diretor de provas da Fórmula 1, Jacky Ickx, interrompeu a corrida alegando que a chuva estava muito intensa e que não haviam condições dos pilotos continuarem a disputa.

Senna em sua Toleman, correndo nas pistas molhadas de Mônaco. – Foto: Reprodução/Getty Images
Senna em sua Toleman, correndo nas pistas molhadas de Mônaco. – Foto: Reprodução/Getty Images

 

Em 1985, seu segundo ano na categoria, Ayrton trocou a Toleman pela Lotus, onde conseguiu sua primeira vitória. No domingo chuvoso de 21 de abril, no GP de Portugal, ele garantiu seu triunfo com mais de um minuto de diferença para o segundo carro, de Michele Alboreto, da Ferrari. 

 

Em 1987, na sua última passagem pela Lotus, Senna foi o primeiro piloto brasileiro a vencer no sofisticado Grande Prêmio de Mônaco. Essa seria a primeira de seis vitórias nesse mesmo circuito – sendo, até hoje, o maior vencedor do traçado. 

 

Um ano depois, Ayrton Senna e Alain Prost dirigiam para a McLaren. Apesar de companheiros de equipe, a disputa entre os dois foi eternizada como uma das maiores rivalidades na história do automobilismo. Após a estreia na nova equipe, no Rio de Janeiro, Senna teve seu melhor desempenho até então, foi quando o brasileiro quebrou o recorde de mais poles em uma temporada, em 12 oportunidades. Além disso, depois de vencer oito, das 16 corridas da temporada, conquistou seu primeiro Campeonato de Pilotos. 

Senna venceu seu primeiro título de campeão mundial em 1988 e Prost comemorou o segundo lugar. – Foto: Reprodução/GE
Senna venceu seu primeiro título de campeão mundial em 1988 e Prost comemorou o segundo lugar. – Foto: Reprodução/GE

 

Senna também venceu os campeonatos de 1990 e 1991 com a McLaren. E, em 24 de março de 91, teve sua vitória mais emocionante. Com chuva e o carro preso na sexta marcha, Ayrton venceu pela primeira vez no Grande Prêmio de Interlagos. A corrida foi extremamente complicada e exaustiva para o piloto brasileiro, que precisou de ajuda para sair do carro e quase não teve forças para levantar o troféu e mostrá-lo ao público brasileiro, que foi ao delírio com a vitória do ídolo nacional. 

 

Em 1993, Ayrton fez a chamada “Volta Mágica - a melhor primeira volta de todos os tempos”, no GP da Europa, na Inglaterra – quando ultrapassou Michael Schumacher (Benetton), Karl Wendlinger (Sauber), Damon Hill (Williams) e Alain Prost (Williams) na pista molhada e em um intervalo de apenas um minuto e meio. O brasileiro venceu a prova com maestria, dando uma volta completa em 18 dos outros 19 pilotos, deixando somente Damon Hill, o segundo colocado da prova, de fora.

Torcedores brasileiros invadindo a pista do autódromo de Interlagos, para comemorar a vitória de Senna, em 1991. – Foto: Ormuzd Alves
Torcedores brasileiros invadindo a pista do autódromo de Interlagos, para comemorar a vitória de Senna, em 1991. – Foto: Ormuzd Alves

 

Porém, três anos depois, o GP de San Marino – atual GP de Ímola – estava fadado à tragédia. Na sexta-feira, Rubens Barrichello sofreu um grave acidente, que o deixou com uma luxação na costela e uma fratura no nariz. No sábado, durante o treino classificatório, o iniciante austríaco Roland Ratzenberger sofreu um acidente fatal, na curva Villeneuve. Mesmo assim, a direção de prova determinou que a corrida deveria ocorrer normalmente.

 

No início da corrida do dia 1 de maio de 1994, um primeiro acidente envolvendo JJ Lehto (Benetton) e Pedro Lamy (Lotus) deixou nove pessoas na arquibancada feridas por conta dos destroços que voaram da pista. A competição continuou e, na sétima volta, Senna colidiu com o muro da curva Tamburello.

 

O impacto quebrou a barra de suspensão de sua Williams e atingiu o piloto na testa, atravessando o capacete. Ayrton Senna sofreu uma morte cerebral instantânea devido ao traumatismo craniano. Por ter falecido na pista, a prova deveria ter sido interrompida imediatamente, porém, após o socorro retirar o brasileiro da pista, a corrida continuou e Schumacher conquistou o primeiro lugar e subiu no pódio sem comemoração, mesmo ainda sem saber sobre o estado de Senna. 

 

Reações

Após a notícia do falecimento do piloto, considerado herói nacional, foi declarado luto oficial de três dias e nos dias do velório, dia 4 e 5 de maio, as repartições públicas na capital paulista tiveram ponto facultativo decretado.

O corpo de Senna foi velado na Assembleia Legislativa de São Paulo e o cortejo levou o piloto e mais de um milhão de pessoas até o cemitério do Morumbi. Para carregar o caixão, vários pilotos vieram a São Paulo. Até mesmo Alain Prost, o maior rival de Senna, deixou de lado a competição e prestou suas condolências.

Emerson Fittipaldi, Alain Prost, Jackie Stewart, Wilson Fittipaldi, Rubens Barrichello, Damon Hill e outros pilotos conduzindo o caixão de Ayrton Senna, no Cemitério do Morumbi. Foto: Egberto Nogueira
Emerson Fittipaldi, Alain Prost, Jackie Stewart, Wilson Fittipaldi, Rubens Barrichello, Damon Hill e outros pilotos conduzindo o caixão de Ayrton Senna, no Cemitério do Morumbi. Foto: Egberto Nogueira

 

 

Senna na visão jornalística

Em entrevista à AGEMT, o comentarista de automobilismo do Grupo Globo, Rafael Lopes, contou como o piloto brasileiro teve relevância na sua vida. “Quem me apresentou ao mundo da Fórmula 1 foi a minha mãe, e quando eu tinha uns oito anos eu comecei a ver o Senna correndo. Se eu estou aqui hoje, falando sobre automobilismo, é por influência dele”, comentou.  

 

“Ele tinha muito talento. Para a população do Brasil, ver um outro brasileiro ser o melhor naquilo que fazia, era maravilhoso. A rivalidade com o francês Alain Prost aumentava ainda mais essa torcida, tendo um lado do ‘bem’ e do 'mal’. No nível mundial, acho que principalmente os ingleses e alemães reconheciam e idolatravam Senna por seu talento. Além disso, ele era muito adorado pelos japoneses, juntando multidões pelo país.”, disse o jornalista, com mais de 18 anos de experiência, sobre a grandiosidade do piloto, não apenas no Brasil, mas mundialmente. 

 

Rafael se emocionou ao falar sobre como era ver seu ídolo nas pistas, ele afirma que o piloto corria em outro patamar e superava os limites do próprio carro que dirigia. “Se eu pudesse escolher uma corrida do Senna para ir fazer uma reportagem, não teria como eu falar outra que não seja a de 1991, no Brasil. Aquela vitória foi histórica, foi como final de Copa.”, continuou.

 

Rafael Lopes em Interlagos, em 2019, com réplica da McLaren de Senna. – Foto: Arquivo Pessoal
Rafael Lopes em Interlagos, em 2019, com réplica da McLaren de Senna. – Foto: Arquivo Pessoal

 

Quando Senna sofreu o acidente no GP italiano, Lopes tinha apenas 10 anos, e falou como foi, tão novo, lidar com a morte de um ídolo no esporte: “Todos estavam esperando ele sair do carro, porque era o que acontecia. Depois começaram a chegar médicos, ambulância e o helicóptero, então pensamos ‘ele vai ficar fora de algumas corridas, mas depois ele volta’. Mais tarde veio a notícia do falecimento e eu lembro que eu e minha mãe choramos. No dia seguinte, só se falava sobre isso na escola, ninguém nem lembrava que o Schumacher tinha vencido a corrida, eu até fui repreendido pela professora por ter terminado de ver a corrida depois do acidente.”

 

O jornalista também falou sobre o legado que Ayrton Senna deixou na segurança no automobilismo: “Infelizmente, ou felizmente para os pilotos atuais, o legado dele foi a melhoria na parte de segurança do carro. Antigamente, era possível ver até os ombros dos pilotos e  os equipamentos de segurança não eram tão efetivos como são hoje. Depois da morte do Senna, só houve mais uma morte na Fórmula 1, e foi erro da direção de prova”.

 

Julianne Cerasoli, jornalista e dona da coluna ‘Pole Position’ no UOL, já atendeu mais de 160 Grandes Prêmios e também falou à AGEMT, sobre a figura de Senna: “Ele era um personagem muito interessante como um todo, capaz ao mesmo tempo de atos de muita generosidade fora da pista e extremo egoísmo dentro dela. De fala doce e de manobras arrojadas, ele também era marcado pelo perfeccionismo que elevou o nível do esporte”.

 

A jornalista comentou sobre quando assistia as corridas na sua infância: “Minhas lembranças são mais de criança mesmo, mais afetuosas, então não conseguiria apontar um momento em especial”. Além disso, ela destacou Senna como orgulho nacional, por conta do período desestabilizado economicamente. “Ele sempre fazia questão de passar uma mensagem de orgulho de ser brasileiro e de mostrar que nós também éramos capazes de fazer coisas boas.”.

 

Julianne contou como Senna a fez perceber a disparidade entre os pilotos e equipes europeias, quando comparadas aos brasileiros que estavam envolvidos no automobilismo, mas que ele também mostrou ao mundo que podemos ser respeitados.

 

Julianne Cerasoli na frente da placa Ayrton Senna Road, na cidade inglesa de Reading. – Foto: Reprodução/Instagram @myf1life
Julianne Cerasoli na frente da placa Ayrton Senna Road, na cidade inglesa de Reading. – Foto: Reprodução/Instagram @myf1life

 

“Ele elevou o nível do esporte como um todo. Não era apenas um piloto muito talentoso, mas era alguém também que trabalhava bem sua relação com os jornalistas e internamente nas equipes por que passou, que cuidava do preparo físico, da alimentação. Era um homem de negócios, se preocupava em usar sua posição para ajudar os menos privilegiados. Depois dele, esse passou a ser o novo padrão esperado de um grande campeão da F1”, a jornalista completou, sobre o legado de Ayrton Senna no mundo do automobilismo.


 

Fórmula 1 depois do Senna

Em 2014, Jules Bianchi sofreu um grave acidente no GP de Suzuka, no Japão, que o deixou em coma por 9 meses. Após uma bandeira amarela, um guindaste entrou na pista para remover o carro de Adrian Sutil, enquanto os outros pilotos ainda estavam correndo. Por conta do tufão Phanfone, uma forte chuva atingia o autódromo, Bianchi derrapou e bateu embaixo do equipamento. Ele foi o último piloto a falecer enquanto competia na F1.

Esse acidente fez com que novas medidas de segurança fossem tomadas, de maneira que protegessem melhor os pilotos enquanto estivessem no cockpit. Apesar de muito criticado na época,  a instalação do Halo – peça curvada que fica sob a cabeça dos pilotos – já salvou a vida de mais de oito pilotos, entre eles Lewis Hamilton em Monza, em 2021; Charles Leclerc em Spa-Francorchamps, em 2018; Romain Grosjean, na batida em que sua Haas partiu ao meio e explodiu no Bahrein, em 2020 e o mais recente, com Guanyu Zhou preso entre a barreira de pneus e o alambrado, em 2022, na etapa de Silverstone.

Ayrton Senna no GP do Brasil em 1993. – Foto: Paul-Henri Cahier/Getty Images
Ayrton Senna no GP do Brasil em 1993. – Foto: Paul-Henri Cahier/Getty Images

 

Desde a morte de Senna, em 1994, já foram 11 pilotos diferentes sendo campeões mundiais, oito equipes campeãs e 542 GPs disputados. A Williams venceu mais dois campeonatos de Construtores, enquanto a McLaren venceu apenas um. Senna ainda mantém alguns recordes até hoje, como mais vitórias em Mônaco, maior número de poles e primeira fila consecutivas. 

Em jogo com quatro gols, a reedição da final do Campeonato Baiano ficou no 2 a 2
por
Daniel Dias, Felipe Volpi Botter
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01/05/2024 - 12h

Depois de cinco anos, Bahia e Vitória voltaram a se enfrentar pela série A do Campeonato Brasileiro. Em jogo válido pela 3ª rodada, no domingo (21), no Barradão, as equipes baianas empataram em 2 a 2. Esse foi o quinto confronto entre os dois times no ano, que decidiram o Campeonato Baiano no início da temporada, com título do Vitória.

O jogo começou de maneira bastante disputada e estudada. As primeiras investidas partiram do Bahia, que arriscou principalmente com chutes de fora da área. Porém, foi o Vitória que abriu o placar, aos 20 minutos. Depois de Jean Lucas perder a bola, Zeca encontrou Matheusinho na área, que cabeceou. Marcos Felipe, goleiro do Bahia, fez uma grande defesa, mas o meia aproveitou o rebote para colocar o Leão à frente no placar.

Jogadores disputam a posse da bola
Foto: Mauricia da Matta / Bahia Notícias

A partida continuou equilibrada, ambas as equipes criaram boas oportunidades e os goleiros realizaram defesas importantes para manter o placar sem mudanças. A partir dos 35 minutos, o Bahia passou a dominar todas as jogadas até o final da primeira etapa. No entanto, pecou nas finalizações e encontrou dificuldades para superar o goleiro Lucas Arcanjo.

Durante o segundo tempo, o Vitória foi superior. O time subiu para o ataque desde o minuto inicial da etapa, e conseguiram chegar ao segundo gol, aos 12 minutos, com Wagner Leonardo de cabeça, após escanteio cobrado por Matheusinho.

O Bahia teve três chances em um intervalo de três minutos, punindo o bom segundo tempo do Vitória. Após a bola bater no travessão, Biel só empurrou a sobra para dentro do gol, aos 23 minutos. Aos 27, com assistência do próprio Biel, Everaldo soltou um míssil do meio da rua e fez um golaço, que garantiu o empate para o Bahia.

 

PRÓXIMOS CONFRONTOS

Os clubes voltam a jogar pelo Campeonato Brasileiro, no próximo final de semana, pela quarta rodada. O Bahia enfrenta o Grêmio às 21h do próximo sábado (27), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O Vitória enfrenta o Cruzeiro, fora de casa, às 16h, no próximo domingo (28), no Estádio Mineirão.