Em estreia em casa contra o San José, tricolor venceu sem sustos no Maracanã
por
Gabriel Cordeiro
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15/04/2025 - 12h

Em partida válida pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Sulamericana, na última quinta-feira (6), o tricolor das laranjeiras recebeu a equipe do San José e venceu por 5 a 0 no Rio de Janeiro.

O treinador Renato Gaúcho realizou diversas mudanças em relação à última partida pelo Campeonato Brasileiro, contra o Red Bull Bragantino. Dez jogadores foram substituídos na escalação titular, visando dar rodagem ao elenco.


Mesmo com o time considerado alternativo, o time da casa não teve dificuldades perante a equipe boliviana. Logo aos 20 minutos do primeiro tempo, o atacante Everaldo abriu a contagem após bom passe de Kevin Serna.


Everaldo voltou a marcar, desta vez com um gol de voleio depois de um cruzamento de Samuel Xavier, aos 44 da primeira etapa.


E o ímpeto da equipe carioca não parou no segundo tempo.  Aos 15 minutos, Paulo Henrique Ganso chutou no canto e após rebote do arqueiro da equipe visitante, Kevin Serna ampliou para os mandantes.

  
Aos 28, a defesa boliviana cometeu um erro na saída de bola, e após passe de Bernal, o argentino Germán Cano, que tinha entrado há poucos minutos no jogo, anotou o quarto tento, ampliando o placar. 


O Fluminense fechou a contagem com mais um gol de Cano, após passe de Nonato, anotando o quinto da partida. 
Com os dois gols, o argentino se tornou o maior artilheiro da história do Tricolor na Sul-Americana, com seis gols, superando o ídolo Fred, que tem cinco.
 

Fluminense goleia o GV San José e segue líder na Conmebol Sul-Americana —  Fluminense Football ClubCano comemora gol em Fluminense x San José — Foto: Thiago Ribeiro/AGIF


Com esta vitória, o Fluminense se mantém na liderança do grupo F com seis pontos, enquanto o Once Caldas assumiu a segunda colocação, com três pontos, após vencer fora de casa a Unión Española, que junto com a equipe do San José possui somente um ponto.


O próximo compromisso do Tricolor das Laranjeiras na competição continental será na quarta-feira (23) às 19h, quando visitará a equipe da Unión Española, em Santiago, no Chile. 

A equipe rubro-negra mantém tabu em competições internacionais, mas permanece na segunda posição do grupo
por
Felipe Oliveira
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14/04/2025 - 12h
Reprodução/Redes Sociais/X/@SudamericanaBR
Reprodução/Redes Sociais/X/@SudamericanaBR

Na última quinta-feira (10), o Vitória empatou em 0 a 0 contra o Defensa y Justicia, pela segunda rodada da Copa Sul-Americana, fora de casa, no Estádio Noberto “Tito” Tomaghello, na Argentina. Com o resultado, a equipe rubro-negra segue na segunda colocação do Grupo B.

O time ainda não triunfou na competição e preocupa os torcedores, já que na estreia empatou por 1 a 1 contra o Universidad Católica. Em um jogo morno contra os argentinos, a equipe rubro-negra segue com uma sequência negativa de seis jogos sem vencer na temporada.

No primeiro tempo de jogo, logo aos 11 minutos, o Vitória teve boa oportunidade de tirar o zero do placar. Com uma saída errada no campo defensivo do Defensa, o Leão roubou a bola e chegou com perigo. Finalizando duas vezes — uma com o atacante Erick e outra com o meia Baralhas — e forçando o goleiro Bologna a fazer duas grandes defesas. Mas, a partir dos 18 minutos de jogo, os argentinos dominaram as ações ofensivas, criando grandes chances de gol que pararam no goleiro Lucas Arcanjo. 

Já no segundo tempo, a melhor chance do jogo veio aos 72 minutos. O meia Matheuzinho fez bom passe em profundidade pela ponta, encontrando Wellington Rato livre pela direita, que devolveu a bola para o camisa 10 finalizar de primeira e carimbar o defensor argentino. O lance seguiu, com um rebote para o atacante Janderson, que, livre de marcação, furou e desperdiçou uma grande chance.

No final do jogo, Lucas Arcanjo brilhou novamente, com grande defesa na finalização de pé direito do atacante Cesar Péres no centro do gol, garantindo o empate para o Leão.

A estratégia da equipe rubro-negra para o jogo era clara, se defender ao máximo e jogar no contra-ataque, aproveitando os erros do adversário. Porém, o ataque não conseguiu ter a mesma eficiência da defesa, propiciando um empate sem gols.

Este resultado, aumentou o longo tabu do Vitória em competições internacionais. O time baiano não vence fora do seu país desde 1997, no qual teve sua última e única vitória contra o Sporting Luqueño (PAR) por 4 a 1, em Luque, no Paraguai.

O próximo confronto do Vitória na “Sula” será contra o Cerro Largo, do Uruguai, no dia 23 de abril, às 21h30, no Barradão.

Rony, Hulk, Natanael e Gustavo Scarpa foram os autores dos gols para a vitória atleticana
por
Guilherme Carvalho
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14/04/2025 - 12h

 

Nesta quinta-feira (10), o Atlético-MG conquistou a primeira vitória na Sul-Americana com uma goleada de 4 a 0 sobre o Deportes Iquique, no Mineirão, pela segunda rodada da competição.

 

O Galo começou avassalador. Logo nos primeiros 40 segundos, Rony aproveitou um cruzamento preciso de Natanael, após passe de Hulk, para abrir o marcador. O Atlético ampliou no placar seguinte em escanteio, mas foi anulado pois a cobrança do jogador Gustavo Scarpa passou pelo lado de fora do campo.

Não demorou para sair o segundo gol do clube mineiro. Aos nove minutos, Guilherme Arana sofreu pênalti, convertido por Hulk. O time chileno já estava dominado. Na saída de bola após o gol sofrido,a zaga falha no recuo e deixa o Rony sozinho para fazer o gol, que foi defendido pelo Requena. A pressão continuou, e, aos 34 minutos, Natanael finalizou com precisão após passe de Rubens, consolidando a vantagem ainda na primeira etapa.

No segundo tempo, o Atlético-MG administrou o jogo com tranquilidade. Aos 19 minutos, Gustavo Scarpa fechou a goleada cobrando outro pênalti, após a bola tocar o braço de um defensor do clube chileno. Com o resultado garantido, o técnico Cuca optou por poupar jogadores como Lyanco e Scarpa, preservando o elenco para os próximos jogos.

A vitória colocou o Atlético-MG na liderança do Grupo H, com quatro pontos e um saldo de quatro gols, superando o Caracas nos critérios de desempate. Já o Deportes Iquique permanece na última posição, sem pontos, após duas derrotas consecutivas.

O próximo do Galo na competição será como visitante contra o Caracas, no dia 23, às 21h30, no estádio Olímpico de la Universidad Central de Venezuela.

No jogo de ida, os visitantes saíram com a vantagem
por
Lorrane de Santana Cruz
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11/04/2025 - 12h

Nesta terça-feira (8), Bayern de Munique e Inter de Milão entraram em campo para o jogo de ida das quartas de final da Champions League. A partida na Allianz Arena, estádio do Bayern, seis vezes campeão da competição, foi marcada por golaços e a vitória de 2 a 1 para os italianos.

Vincent Kompany, técnico do time alemão precisou fazer algumas alterações para essa partida. Com muitos desfalques importantes, a equipe sentiu a falta de alguns jogadores que são titulares absolutos, dentre eles o goleiro Manuel Neuer, o zagueiro Upamecano que vinha fazendo uma boa temporada, o ponta Coman, o meia Pavlovic, e Musiala, jovem estrela e ponto desequilibrante do time.

O primeiro tempo começou pegado para ambos os times, a Inter que não vinha jogando bem fora de casa, tomou alguns sustos. Aos 6 minutos, Olise arriscou um chute forte e rasteiro na entrada da área e quase abriu o placar.

Os donos da casa foram criando um volume grande de ataques, porém as chances não eram efetivas. E com 14 minutos, o atacante Harry Kane, estava livre de marcação e cabeceou a bola, que foi direto para as mãos de Sommer.

Marcação forte da defesa italiana

Marcação forte da defesa italiana. (Imagem:Instagram @fcbayern)

Com o primeiro tempo corrido, as equipes tentavam disputar a posse de bola e tentar aproveitar os contra ataques. A equipe alemã, manteve o primeiro tempo muito maciço e mesmo desfalcado, as oportunidades criadas eram boas.

Aos 25 minutos, Pavard, ex-Bayern de Munique, entregou a bola nos pés de Olise, perto da grande área. O ponta inglês que atua pela seleção francesa, deixou Kane na cara do gol, porém o camisa 9 desperdiçou a chance de abrir o placar.

Com quase 30 minutos, o Inter criou uma boa jogada que começou na área defensiva, no entanto, o brasileiro Carlos Augusto chutou na rede pelo lado de fora. Mas aos 37, o mesmo cruzou para Thuram que só ajeitou a bola para o argentino Lautaro Martínez, que não desperdiçou a oportunidade, chutou de três dedos e marcou um golaço para os visitantes saírem na frente no marcador.

No início do segundo tempo, os mandantes mantiveram a posse de bola, no entanto, até os 5 minutos o time não apresentou grandes jogadas que ofereciam riscos. O Inter de Milão até conseguiu uma falta perto da área adversária, porém a Goretzka interceptou. A equipe italiana conseguiu alguns contra-ataques, e em um deles o goleiro Urbig precisou fazer uma defesa do chute de Martínez. O time alemão, apesar de trabalhar bem a bola e mantê-la, chegou pouquíssimas vezes à área rival e sofria com as subidas do Inter.

Com 19 minutos do segundo tempo, Guerreiro arriscou um chute forte que levou perigo, mas a bola foi pra fora. O time bávaro voltou a levar ameaças ao gol do rival, com 34 minutos, quando Kane recebeu um passe e chutou firme e rasteiro no canto, mas novamente a bola não entrou.

Aos 40 minutos do segundo tempo, Kimmich cruzou uma bola na área que foi em direção a Laimer que por sua vez ajustou e lançou achando Thomas Müller livre em frente ao gol. Müller, camisa 25, fez o gol que estava garantindo o empate da partida. O jogo seguia empatado, porém aos 43 minutos o time italiano encaixou um rápido contra-ataque, Barella lançou para Carlos Augusto, que tocou para Frattesi liquidar a partida fora de casa.

Thomas Muller comemorando o seu gol

Thomas Müller comemorando seu gol. (Imagem: Instagram @fcbayern)

A partida de volta ocorrerá na Itália na próxima quarta-feira (16), no San Siro, estádio do Inter, às 16h (horário de Brasília).

Franceses dominam em casa, marcam três gols e ficam perto da semifinal da Liga dos Campeões
por
Pedro Paes Barreto Monteiro
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10/04/2025 - 12h

Na última quarta-feira (9), o Paris Saint-Germain venceu o Aston Villa por 3 a 1, de virada, no Parque dos Príncipes e largou em vantagem nas quartas de final da Champions League. Apesar de um início de jogo dominado pelos franceses, quem saiu na frente foram os ingleses, mas os comandados de Luis Enrique reagiram com autoridade e marcaram três golaços para garantir o triunfo no duelo de ida.

A equipe parisiense começou a partida pressionando e criando boas chances, com Vitinha e Dembélé exigindo boas defesas do goleiro Dibu Martínez. Mesmo com o controle das ações, o PSG foi castigado em uma rara escapada do Aston Villa. Aos 34 minutos, Nuno Mendes falhou na saída de bola, Rashford foi acionado e rapidamente encontrou Tielemans, que cruzou na medida para Morgan Rogers abrir o placar.

O gol não abalou o PSG, que manteve a intensidade ofensiva e empatou pouco depois. Aos 38, Doué recebeu na ponta e soltou uma bomba no ângulo, sem chances para Dibu Martínez. O belo gol do francês  inflamou a torcida no Parc des Princes e deu confiança para o time seguir pressionando.

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Doué abraçando Kvara após o segundo gol do PSG
​​​​​Divulgação/PSG

Na volta do intervalo, o PSG manteve o domínio e conseguiu a virada logo aos 4 minutos. Kvaratskhelia foi lançado em contra-ataque, deu um drible desconcertante em Konsa e finalizou forte no canto, marcando outro belo gol para o time francês. Com o placar a favor, os donos da casa continuaram com o controle da partida, mas reduziram o ritmo. Ainda assim, conseguiram ampliar nos acréscimos. Dembélé achou Nuno Mendes em profundidade, e o lateral se redimiu do erro no primeiro gol ao driblar o goleiro e finalizar com classe para fechar o placar em 3 a 1.

Com a vitória, o PSG pode até perder por um gol de diferença no jogo de volta, que garante vaga na semifinal. Já o Aston Villa, que jogará em casa no Villa Park na próxima terça-feira (15), às 16h (horário de Brasília), precisará vencer por três gols de vantagem para avançar direto. Caso vença por dois gols, o confronto vai para a prorrogação. Persistindo o empate no agregado, a decisão será nos pênaltis.

O vencedor deste duelo enfrentará nas semifinais quem passar do confronto entre Real Madrid e Arsenal.

Com um futebol fraco da equipe santista, a Chape não tremeu e segue viva na luta contra o rebaixamento
por
Gustavo Zarza
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18/10/2024 - 12h

Na quarta-feira (17), o Santos visitou a Chapecoense na Arena Condá, pela trigésima segunda rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. A equipe de Chapecó saiu vitoriosa com os gols do atacante Mário Sérgio, do lateral Marcelinho e do meia Rafael Carvalheira. 

 

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Mário Sérgio, da Chapecoense, e Luan Peres, do Santos, brigam pela bola em jogo da Série B (Foto: Liamara Polli/AGIF)

 

PRIMEIRO TEMPO

A  partida começou em ritmo lento, com boas chances de cada lado, mas eram poucas. O jogo foi se iniciar de fato quando o lateral da base santista, Souza, que ganhou uma chance após a suspensão de Escobar, acertou um belo cruzamento na cabeça do atacante Guilherme que abriu o placar para o Peixe aos 44 minutos. A alegria do Santos não durou muito, porque minutos depois, no último lance do primeiro tempo, Rafael Carvalheira cobrou um escanteio fechado e Mário Sérgio empatou aos 47 minutos. 

 

SEGUNDO TEMPO

Na segunda etapa, esperava-se que o alvinegro praiano fosse ao ataque, mas outra vez jogou o seu futebol burocrático. A Chape, que não tinha nada a ver com isso, aproveitou a bola parada e a falha do goleiro Gabriel Brazão para virar a partida aos 23 minutos com Marcelinho. O Santos se desesperou e para piorar a situação, o meia Giuliano foi desarmado no meio de campo e a jogada originou o gol de Rafael Carvalheira, o terceiro da Chapecoense. O meia Otero chegou a diminuir o placar aos 41 minutos, mas já era tarde, a Chape venceu pelo placar de 3 a 2. 


DESEMPENHO GERAL

A equipe de Chapecó foi aguerrida e conquistou um resultado importante para se manter na Série B. Se continuar aproveitando as oportunidades que tem, o time provavelmente estará na segunda divisão em 2025. Enquanto o Peixe mais uma vez jogou um futebol aquém do que o esperado, mesmo abrindo o placar a equipe não empolgou e os erros individuais custaram caro. 

 

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Mário Sérgio comemora o gol (Foto: Liamara Polli/ AGIF)


 
PRÓXIMOS JOGOS

O Santos volta a campo na terça-feira (22), às 19h (horário de Brasília), contra o Ceará, na Vila Viva Sorte, pela trigésima terceira rodada da Série B. Já a Chapecoense recebe o Goiás, na segunda-feira (21), às 20h (horário de Brasília), pela mesma rodada.
 

Ao longo dos anos, o esporte tem enfrentado e quebrado diversos paradigmas do preconceito e do racismo
por
Eduarda Gonçalves Amaral
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16/10/2024 - 12h

 

Miguel do Carmo, um homem negro que em 1900 transformou a história do clube de futebol, Ponte Preta e da comunidade negra, sendo o primeiro jogador afrodescendente do esporte no Brasil.

Carteira de trabalho do Miguel do Carmo, funcional da Companhia Paulista
Carteira Funcional da Companhia Paulista - Foto: Reprodução/afropress

 

Jorge Araújo Miguel do Carmo, ou mais conhecido como “Migué” do Carmo, nasceu em Jundiaí (SP), no dia 10 de abril de 1885, três anos antes da abolição da escravatura no Brasil, com a lei Áurea. Como ferroviário, exercia a função de segundo fiscal de linha na Companhia Paulista de Estradas de Ferro em Campinas. Aos 15 anos foi um dos fundadores da Associação Atlética Ponte Preta, atuava também na posição de volante “Center-half”. Em 1932 Miguel morreu, aos 47 anos, devido a uma cirurgia no estômago, mas se casou e teve dez filhos. 

A Ponte Preta, fundada em 11 de agosto de 1900, é o clube mais antigo do Estado de São Paulo, ativo até hoje e um dos pioneiros na luta contra o racismo. Em uma época em que o esporte era dominado pelas elites, o time enfrentou diversas ofensas racistas sendo apelidados de ‘macacos’ tanto por torcedores quanto por adversários. Em um gesto de resistência, a Ponte Preta, reconfigurou o termo pejorativo, e o transformou em um símbolo de identidade, e assim, "Macaca" tornou-se o nome oficial de sua mascote. O Clube ainda luta pelo reconhecimento na Fifa de primeiro clube de futebol a ter democracia racial, com uma campanha de torcedores do clube que buscam provar por meio de jornais e fotografias da época que o jogador foi o primeiro negro a ser escalado em um time de futebol, antes mesmo dos times nacionais, Bangu e Vasco da Gama. 

A luta contra o racismo e o preconceito nas arquibancadas e nos campos tem sido impulsionada a debater abertamente questões como a desigualdade racial, a homofobia e a misoginia no esporte e seu papel na sociedade. O Museu do Futebol, no Pacaembu, retrata assuntos atuais com a nova reforma, que busca contar histórias reais e atuais através de pesquisas atualizadas dos últimos anos. A sala 'Origens', oferece uma verdadeira viagem no tempo pela história do futebol brasileiro, com um rico acervo fotográfico, a exposição retrata a trajetória do esporte desde a chegada ao país até os dias atuais, e homenageia figuras como Charles Miller e destaca a jornada pela igualdade racial e a importância do futebol feminino.

Ao lado esquerdo, o segundo quadro de cima para baixo está em exposição a foto da Carteira Funcional da Companhia Paulista de Miguel do Carmo
Ao lado esquerdo, o segundo quadro de cima para baixo está em exposição a foto da Carteira Funcional da Companhia Paulista de Miguel do Carmo - Foto: Thais Matos

 

Segundo a monitora do museu, Renata Beltrão, a sala aborda, “desse período (chegada do esporte) até a profissionalização do futebol no Brasil em 1933, que é quando os jogadores negros foram incorporados aos clubes oficialmente, recebendo salário, porque até então o futebol era um esporte de elite”. Ao contribuir para uma nova narrativa da história do esporte nacional, esse espaço transmite a realidade da sociedade e a necessidade por um futebol mais justo e inclusivo, ao expor histórias como a do Miguel do Carmo que transformou gerações inteiras. Comenta a monitora, “Quando o museu de futebol começa a incorporar essas narrativas (como por exemplo) o futebol de mulheres no Brasil, estamos mostrando para o nosso público uma história que não só é mais diversa mas é mais próxima da realidade”

Após decisão no caso Lassana Diarra, entidade máxima do futebol vai adaptar regulamento para cumprir as leis da União Europeia
por
Rafaela Eid
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16/10/2024 - 12h

A Federação Internacional de Futebol (FIFA) anunciou nesta segunda-feira (14) que vai mudar as regras referentes à transferências de jogadores, para seguir as leis de mercado da União Europeia (UE). A decisão veio depois que a entidade perdeu um caso envolvendo o ex-jogador Lassana Diarra, julgado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE).

O TJUE avaliou se o Regulamento da FIFA sobre o Status e Transferência de Jogadores (RSTP), no que se refere à rescisão de contrato de um atleta antes do término "sem justa causa", feria a legislação da União Europeia. 

No dia 04 de outubro, a decisão foi a favor do ex-atleta do Chelsea, afirmando que as atuais regras da FIFA dificultam que jogadores profissionais mudem de clube dentro da UE. O tribunal declarou que o regulamento da FIFA não está de acordo com as leis europeias.

"A deliberação no caso de Lass Diarra obriga à revisão de vários elementos do documento, a fim de alinhar o Regulamento sobre o Estatuto e a Transferência de Jogadores com a Lei europeia. Entendemos esta situação como a oportunidade de continuarmos a modernizar os regulamentos", afirmou Emilio García Silvero, diretor jurídico da FIFA, em vídeo publicado no perfil oficial da entidade no X.

Relembre o caso de Lassana Diarra

Aposentado do futebol desde 2018, Lassana Diarra nasceu no dia 10 de março de 1985, em Paris. Durante 14 anos atuou como volante, defendeu a seleção da França em 34 jogos e passou por grandes clubes da Europa, como Paris Saint-Germain, Chelsea, Arsenal, e Real Madrid. No time espanhol, chegou a ser camisa 10 por um curto período.

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Lassana Diarra quando jogava no Chelsea. Reprodução: Mike Hewitt/Getty Images / Esporte News Mundo.

Em 2014, Diarra rescindiu “sem justa causa” seu contrato com o time russo Lokomotiv Moscou e o Tribunal Arbitral do Esporte o condenou a pagar 10,5 milhões de euros como compensação. O atleta ficou sem clube até assinar com o Charleroi, da Bélgica. O time belga, porém, se recusou a pagar o valor da indenização.

Segundo as regras atuais da FIFA, o novo clube é o responsável por pagar a indenização ao time anterior. Com a recusa do Charleroi, a FIFA não emitiu o certificado de transferência para Diarra e o francês ficou sem clube até 2015, quando se transferiu ao Olympique de Marselha. Em 2016, o caso foi levado à Câmara de Resolução de Disputas da FIFA, que manteve a obrigação de pagar 10 milhões de euros ao time russo e suspendeu o atleta por 15 meses.

 

A equipe do interior de São Paulo não aguentou a pressão santista e cedeu o resultado
por
Gustavo Zarza
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14/10/2024 - 12h

No sábado (12), o Santos recebeu o Mirassol na Vila Viva Sorte, pela trigésima primeira rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. A equipe santista saiu vitoriosa com os gols do meia Giuliano, do atacante Willian e do zagueiro Luan Peres. 

 

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Giuliano armando o passe (Foto: Marco Miatelo/AGIF)

 

PRIMEIRO TEMPO

O alvinegro praiano iniciou a partida de maneira enérgica, pressionando a saída de bola da equipe visitante e abrindo o placar com um belo chute de Giuliano aos 2 minutos de jogo. A alegria santista durou pouco, porque o árbitro viu pênalti do lateral JP Chermont em cima do atacante Fernandinho e aos seis minutos, o meia Gabriel bateu e empatou para o Mirassol. O Santos continuou a impor a sua força e aos 13 minutos Willian soltou uma bomba de fora da área e colocou a equipe mandante na frente.

O resto do primeiro tempo continuou dinâmico, boas oportunidades do time visitante e também para o Peixe, que ficou perto de ampliar com o atacante Guilherme, ao receber de frente para o gol, mas o jogador acertou o travessão. 

 

SEGUNDO TEMPO

Na segunda etapa, o Santos queria repetir o mesmo ritmo e manteve a sua pressão no campo de ataque, o problema é que Guilherme não estava nos seus melhores dias e acertou a trave mais duas vezes. Após as oportunidades perdidas, o Peixe murchou e jogou o seu famigerado futebol burocrático. Logo aos 28 minutos, o zagueiro Lucas Gazal encontrou o atacante Dellatorre livre na área para deixar tudo igual novamente. 

Parecia que o filme iria se repetir, mais uma vez o torcedor santista veria o seu time deixar escapar uma vitória dentro de casa. Mas aos 39 minutos o meia Otero cobrou o escanteio na cabeça de Luan Peres que fez a Vila Viva Sorte explodir de alegria. No fim, o Santos venceu o Mirassol pelo placar de 3 a 2. 

 

DESEMPENHO GERAL

O alvinegro praiano fez uma boa partida dentro de casa, soube pressionar e criar boas chances. A mudança no ataque com Willian no lugar de Otero parece ter funcionado nos primeiros minutos de jogo, mas a equipe caiu de rendimento na segunda etapa e poderia ter perdido dois pontos valiosos que garantiram a liderança da Série B. Já o Mirassol jogou com as armas que tinha e equilibrou a partida que já era complicada desde o início. Mesmo com a derrota, o time saiu confiante na luta pelo acesso. 

 

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Giuliano comemora gol marcado pelo Santos contra o Mirassol pela Série B (Foto:Marco Miatelo/AGIF)


PRÓXIMOS JOGOS

O Santos volta a campo na quarta-feira (16), às 20h (horário de Brasília), contra a Chapecoense, na Arena Condá, pela trigésima segunda rodada da Série B. Já o Mirassol recebe o Novorizontino, no sábado (19), às 17h (horário de Brasília), pela mesma rodada.
 

Nos pênaltis, clube de SAF comandado pelo pai de Neymar derrotou o Votuporanguense
por
Lucas Munhoz Rossi
Gabriel Lourenço
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14/10/2024 - 12h

 

Em uma final emocionante decidida nos pênaltis, o Monte Azul sagrou-se campeão da Copa Paulista ao vencer o Votuporanguense no segundo jogo da decisão, disputado no sábado (12), no Estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol (SP).

No jogo de ida, o Votuporanguense havia conquistado uma vitória por 1 a 0, levando a vantagem para o confronto decisivo. Já o Monte Azul precisava vencer por um gol de diferença para levar a disputa para os pênaltis.

Determinado a reverter o placar, o Monte Azul começou a partida pressionando e criando oportunidades. Aos 31 minutos, Pedrinho arriscou um chute de fora da área. O goleiro adversário espalmou, mas a bola sobrou para Vitinho, que aproveitou o rebote e marcou o gol que colocou o Monte Azul em vantagem.

Com o placar de 1 a 0, que igualava o confronto no agregado e forçava a decisão por pênaltis, o AMA diminuiu o ritmo na segunda etapa. O CAV, por sua vez, melhorou na partida e criou boas oportunidades, mas não conseguiu empatar. Assim, o jogo foi para as penalidades.

Nas cobranças de pênalti, Andrey, do Monte Azul, acertou a trave, mas os jogadores do Votuporanguense, Wendel Jr. e Gabriel Moisés, desperdiçaram suas tentativas, o que garantiu o título ao Monte Azul.

Jogadores do Monte Azul celebrando com a taça. Reprodução: Rodrigo Corsi/Paulistão
Jogadores do Monte Azul celebrando com a taça. Reprodução: Rodrigo Corsi/Paulistão

O campeão da competição tem o direito de escolher entre uma vaga na série D do Campeonato Brasileiro ou da Copa do Brasil do ano que vem. A escolha do Azulão foi pela vaga na última divisão nacional, deixando o Votuporanguense com a participação na Copa do Brasil.

Vale destacar que, desde 2021, o Monte Azul é administrado como uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), que tem entre seus sócios o pai de Neymar Jr. e o ex-atacante Emerson Sheik. Esse foi o primeiro título conquistado no período.

A conquista marcou o fim de um jejum de 15 anos do AMA, que havia sido campeão pela última vez em 2009, quando conquistaram o título da série A2 do Campeonato Paulista. O título também marca uma história de redenção do clube após o rebaixamento na série A2 do Campeonato Paulista em março deste ano.