Brasileirão tem hat-trick de Yuri Alberto, pênalti defendido por João Ricardo e demissão de Pepa no Sport
por
Felipe Pjevac
Tamara Ferreira
|
13/05/2025 - 12h

São Paulo 0x0 Fortaleza 

Empate pesa, e Leão do Pici cai para o 17° lugar na tabela

No jogo de abertura da sétima rodada do Brasileirão, realizado no Morumbis na última sexta-feira (02), São Paulo e Fortaleza desperdiçaram as chances que tiveram de marcar e ficaram no 0 a 0 com resultado ruim para ambas as equipes, mas pior para o Fortaleza, que agora ocupa a primeira posição na zona de rebaixamento.

O primeiro tempo foi morno, com o Tricolor paulista sem conseguir impor ritmo ou levar perigo ao time visitante. Por outro lado, o Fortaleza, que precisava da vitória, teve as melhores chances da etapa inicial. A primeira veio aos oito minutos, quando Yago Pikachu roubou a bola no campo de defesa e puxou o contra-ataque. A jogada terminou com Breno Lopes, que ganhou dos marcadores, mas foi bloqueado por Wendell na hora da finalização. Aos 12 minutos, Breno teve outra oportunidade, mas chutou para fora. Ainda no primeiro tempo, Lucero arriscou da entrada da área, mas a bola desviou e saiu pela linha de fundo.

O São Paulo só respondeu aos 25 minutos, com um cabeceio de André que passou à direita do gol. Aos 39, Breno Lopes recuperou a bola no meio de campo, avançou e arriscou de longe, mas Rafael defendeu com tranquilidade. A última chance da etapa foi  em uma cobrança de falta de Alisson que também saiu à direita da meta defendida por João Ricardo.

Jogadores do São Paulo e Fortaleza conversam com o árbitro da partida. Foto: Marcelo Zambrana/AGIF

A segunda etapa começou mais animada. Logo no primeiro minuto, André Silva roubou a bola e tocou para Lucas Ferreira, que com liberdade invadiu a área e finalizou para boa defesa de João Ricardo. Três minutos depois, Ferreirinha inverteu para Ferreira, que cortou para o meio e bateu — novamente o goleiro defendeu.

Aos 15, André Silva girou com categoria e tocou para Ferreirinha, que ganhou da marcação, invadiu a área sozinho e foi derrubado pelo goleiro. O árbitro marcou pênalti na hora. O próprio camisa 11 foi para a cobrança, mas João Ricardo defendeu com tranquilidade. 

Depois do lance, o jogo seguiu morno e a única chance real de gol saiu aos 41 e foi para os visitantes. Deyverson aproveitou um erro da defesa do Tricolor Paulista, recebeu a bola e chutou, mas foi travado por Ruan.

Com o empate, o São Paulo chegou a nove pontos e ocupa o 11° lugar na tabela. Por outro lado, a situação do Fortaleza se complicou: com sete pontos conquistados até aqui, a equipe caiu para a 17ª posição. Na próxima rodada, o Leão do Pici enfrenta o Juventude, no sábado (10), às 16h  (horário de Brasília). Já o Tricolor Paulista volta a campo no domingo (11), às 17h30 (horário de Brasília), contra o Palmeiras.

 

Corinthians 4x2 Internacional 

Com hat-trick do camisa 9, Alvinegro e Colorado protagonizam duelo com direito a oito gols

Na Neo Química Arena, Corinthians e Internacional realizaram um duelo eletrizante, com direito a viradas e oito gols marcados — seis deles validados. Com três gols de Yuri Alberto e um de Igor Coronado, o Timão venceu o Colorado por 4 a 2. Os tentos da equipe gaúcha foram anotados por Braian Aguirre e Thiago Maia. A expulsão do volante Bruno Henrique, no segundo tempo, pesou na queda de rendimento dos visitantes, que chegaram a estar vencendo por 2 a 1, mas não conseguiram sustentar a vantagem.

O primeiro tempo foi bem movimentado, a primeira grande chance foi para os donos da casa. Aos 11 minutos, Romero cruzou para Memphis Depay cabecear, acertando o travessão da meta defendida por Anthoni. Já a primeira finalização do Inter foi aos 22, com Bruno Henrique, mas o chute subiu demais e saiu pela linha de fundo.

Aos 24 minutos, Memphis tocou para Yuri Alberto limpar e chutar no cantinho para abrir o placar da partida. Depois do gol para o Alvinegro, a equipe gaúcha teve boas chances de marcar, mas até então, Hugo Souza estava se sobressaindo nos lances. Até que, aos 37, Wesley cruzou, o goleiro corintiano não conseguiu afastar e Braian Aguirre, livre de marcação, completou para empatar o placar. Quatro minutos depois, a equipe do Internacional virou. Aos 41, após troca de passes rápida, Thiago Maia recebeu sozinho para marcar e virar o jogo para o Colorado. 

Atrás no placar, a equipe do Corinthians voltou para mais intensa para a etapa inicial. Com chances de tirar o fôlego desde o primeiro minuto, a equipe empatou a partida logo aos sete minutos, com Yuri, que recebeu livre e chutou, mas após revisão do VAR, o lance foi anulado por uma falta de Matheuzinho sobre Wesley na origem da jogada.

Com 15 minutos do segundo tempo, Bruno Henrique, volante do Colorado, cometeu falta em Raniele recebeu o segundo cartão amarelo e deixou a equipe com um a menos. Três minutos depois, Matheus Bidu ajeitou de cabeça para Yuri Alberto completar e empatar o placar da partida — e, desta vez, o lance foi validado pela arbitragem. 

Yuri Alberto comemora seu gol com Foto: Rodrigo Coca/ Agência Corinthians

A virada quase veio aos 33, quando Carrillo cruzou para Memphis pegar de primeira e marcar um golaço. No entanto, o lance foi revisado e invalidado por uma falta de André Ramalho em Luis Otávio. 

Aos 45, o VAR entrou em campo novamente, desta vez a favor do Timão, e o árbitro marcou um pênalti de Óscar Romero em Bidu. Yuri foi para a cobrança e completou, virando o placar da partida e garantindo seu hat-trick. Ainda deu tempo de Igor Coronado receber livre, aos 57 minutos, e marcar o último gol do jogo.

Com o resultado, o Corinthians chegou aos 10 pontos e ocupa o oitavo lugar da tabela, um a mais do que o Internacional, que é o nono colocado. Na próxima rodada, o Timão enfrenta o Mirassol no sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília) . Já o Inter encara o Botafogo, no domingo (11), às 18h30 (horário de Brasília), no Nilton Santos.

 

Ceará 1x0 Vitória 

                                                                                            Ceará conquista vitória magra em casa

Também no início da noite de sábado (03), às 18h30, O Ceará derrotou o Vitória por 1 a 0, com gol de Marlon na etapa final, e manteve a sua invencibilidade no Estádio Presidente Vargas.

O Leão da Barra teve mais chances no começo do primeiro tempo, utilizando-se de uma marcação alta e, consequentemente, criando boas chances de abrir o marcador. Aos cinco minutos, após cruzamento de Jamerson, Janderson cabeceou com força, mas a bola saiu em tiro de meta. Aos 14, Carlinhos se jogou para finalizar após cruzamento de Claudinho, mas, desequilibrado, mandou para fora. O Ceará respondeu aos 18 minutos, com uma cobrança de falta de Lucas Mugni que passou longe do gol.

Os minutos finais da etapa inicial, reservaram grandes chances para as duas equipes. Aos 43, Matheuzinho desarmou e partiu em contra-ataque, finalizando da entrada da área, mas o goleiro defendeu. Na sequência, Pedro Raul recebeu cruzamento para cabecear, mas Lucas Arcanjo defendeu. Aos 45 minutos, Galeano arriscou de longe, a bola desviou em Pedro Henrique e passou muito perto do gol. O Vitória respondeu cinco minutos depois, com finalização desviada de Lucas Braga que também passou muito perto da meta.

Na segunda etapa, o Ceará voltou mais agressivo. Logo aos dois minutos, após cobrança de falta ensaiada, Matheus Bahia chutou de longe e Arcanjo defendeu. No rebote, Pedro Henrique tentou finalizar, mas foi travado por Carlinhos. Aos oito minutos, Pedro Henrique cobrou falta e acertou o travessão. Dois minutos depois, Marllon aproveitou cruzamento e, sem precisar subir muito, cabeceou sozinho para abrir o placar.

Marllon comemora seu gol com Foto: Stephan Eilert / Ceará SC

Depois do gol, o Vozão ainda teve mais uma boa chance aos 15 minutos, com Pedro Henrique finalizando de fora da área e parando em boa defesa de Lucas Arcanjo. O Rubro-negro buscou o gol de empate em duas oportunidades, ambas com Wellington Rato. Na primeira, aos 26 minutos, o camisa 10 arriscou de fora da área, mas Fernando Miguel — em dois tempos — defendeu e na outra, aos 30 minutos, o atacante ficou com uma sobra com pouco ângulo, exigindo mais uma boa defesa do goleiro.

O Ceará voltou a assustar aos 36 minutos. Rômulo arriscou de longe, Arcanjo defendeu e, no rebote, Pedro Henrique chutou, mas parou mais uma vez no goleiro rubro-negro.

Com o resultado, o Vozão chegou aos 11 pontos e ocupa o sétimo lugar na tabela. Já o Vitória caiu para a 18ª colocação, com apenas seis pontos somados.

Na próxima rodada, o Rubro-Negro enfrenta o Vasco da Gama no sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília), no Barradão. O Ceará entra em campo apenas na segunda-feira (12), contra o Santos, às 20h, na Vila Belmiro.

 

Fluminense 2x1 Sport

Após mais uma derrota, Pepa não é mais o técnico do Leão da Ilha

Na noite de sábado (03), o Fluminense marcou, no último minuto, o gol que garantiu a vitória de virada da equipe sobre o Sport, por 2 a 1, com gols de Pablo para o Leão e Serna e Everaldo para o Tricolor carioca.  Após a partida, o Sport anunciou a demissão do técnico Pepa.

Nos primeiros minutos, o Tricolor buscava controlar o ritmo da partida com troca de passes e jogadas pelos lados do campo, mas o Sport se defendia bem e levava perigo nos contra-ataques. Aos oito minutos, Cariús tocou para Chrystian Barletta, que apareceu livre e finalizou para boa defesa de Fábio.

Aos 23 minutos, Lucas Lima cruzou e Pablo, de cabeça, abriu o placar para o Leão da Ilha. O Sport seguiu se lançando ao ataque e aos 28 minutos, Pablo tocou para Barletta, que chutou dentro da área e Fábio defendeu. No rebote, Atencio acertou a trave, e na sequência, Lucas Lima finalizou, mas o goleiro do Flu segurou com segurança.

O time carioca respondeu um minuto depois, com chute de fora da área de Canobbio, que contou com um leve desvio de Caíque França antes de sair à esquerda do gol. Aos 37, o camisa 17 recebeu cruzamento de Arias, mas Caíque defendeu. O Tricolor ainda teve duas boas chances para empatar no fim da etapa inicial, aos 42, com Ganso, e aos 44, com Arias — ambos de cabeça —, mas a bola passou por cima do gol.

No segundo tempo, o Fluminense partiu para a pressão e aos 14 empatou o placar. Arias recebeu, se livrou da marcação e cruzou na medida para Serna completar para o fundo das redes. 

Aos 26, o árbitro chegou a apitar um pênalti em Arias, mas depois de analisar o lance, anulou o pênalti. Depois disso, o Flu seguiu buscando o gol e no último minuto da partida, aos 51 minutos, em cobrança de lateral, Arias repetiu o passe do primeiro gol e Everaldo marcou de cabeça, garantindo a virada e os três pontos para a equipe.

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Serna comemora seu gol. Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C

Com o resultado, o Sport permanece na lanterna do Brasileirão, com apenas dois pontos conquistados. Já o Fluminense chegou aos 13 pontos e ocupa a quinta colocação na tabela.

Ainda no sábado, o Sport anunciou oficialmente a demissão do técnico Pepa. O treinador, que comandava a equipe desde o ano passado e teve papel fundamental no acesso à Série A com aproveitamento de 64,5% em 28 rodadas, não resistiu ao mau início no campeonato. Nos sete jogos disputados até aqui, o time teve cinco derrotas e dois empates. Além dele, os auxiliares Samuel Correia, Hugo Silva, Pedro Oliveira e Pedro Azevedo também foram desligados.

Na próxima rodada o Sport receberá o Cruzeiro, no domingo (11), às 16h (horário de Brasília). Já o Fluminense enfrentará também no domingo (11), o Atlético-MG, fora de casa, às 17h30.

 

Bahia 1x0 Botafogo

Tricolor conquista mais um resultado importante no Brasileirão

No último sábado (3), o Bahia venceu o Botafogo por 1 a 0 na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. O time baiano vinha em boa fase, com quatro vitórias consecutivas, enquanto o Botafogo vinha de dois triunfos seguidos.

Tomada pela forte chuva em Salvador, a partida foi marcada pelo equilíbrio no início, com ambas as equipes tendo dificuldades para criar chances claras de gol. Porém, o Bahia começou o primeiro tempo dominando o jogo, com seu estilo baseado em passes rápidos, e passou a pressionar o adversário.

Aos 30 minutos, o Botafogo tentou uma jogada ensaiada em falta cobrada por Marlon Freitas e Artur, mas a bola não levou perigo. Em seguida, Vitinho fez uma boa jogada pela direita, mas o cruzamento não foi aproveitado por Mastriani.

O Bahia seguiu com grande volume ofensivo e, aos 38 minutos, após uma jogada brilhante de Erick Pulga, que driblou três jogadores do Fogão, Cauly recebeu o passe e marcou um gol com muita categoria.

Sob forte chuva, Bahia comemora gol da vitória. Foto: Reprodução/Instagram/Bahia

No segundo tempo, os donos da casa tiveram um gol anulado após revisão do VAR, que marcou impedimento de Juba. O Glorioso tentou pressionar, e aos 24 minutos, Artur teve uma boa chance após um roubo de bola, mas finalizou em cima do goleiro Marcos Felipe.

O goleiro John, do Botafogo, foi expulso por colocar a mão na bola fora da área, mas após revisão do VAR, a punição foi revertida para cartão amarelo. O Tricolor conseguiu segurar o placar magro e garantiu a vitória.

Com o resultado, o Bahia subiu para a sexta posição no Campeonato Brasileiro, com 12 pontos, enquanto o Botafogo estacionou no meio da tabela, com 8 pontos.

O próximo compromisso das equipes é pela Copa Libertadores. O Fogão visita o Carabobo, da Venezuela, às 19h desta terça-feira (6), enquanto o Tricolor recebe o Nacional, do Uruguai, às 19h de quarta-feira (7).

 

Grêmio 1x0 Santos

Após seis partidas sem vencer, Grêmio se recupera com placar magro

Na tarde deste domingo (4), o Grêmio venceu o Santos por 1 a 0 na Arena e se recuperou após uma sequência sem vitórias. Em um jogo marcado por muitos erros e pouco brilho técnico, o destaque ficou por conta de Cristian Oliveira, autor do gol que garantiu a vitória do time gaúcho.

A partida começou com o Santos tomando a iniciativa e mantendo mais a posse de bola. Nos primeiros minutos, o jogo foi intenso, com entradas duras e cartões amarelos para ambos os lados.

A primeira grande chance foi do time paulista, quando Soteldo acionou Deivid Washington, mas a defesa gremista conseguiu interceptar. O Grêmio respondeu logo em seguida com uma boa chance de Cristian Oliveira, que parou na defesa do goleiro Brazão.

Apesar das tentativas, o primeiro tempo foi truncado, com muitas falhas defensivas e erros de passe dos dois times. O Peixe tentou pressionar no fim da primeira etapa, mas sem sucesso. O placar ficou no zero a zero até o intervalo.

Na volta para o segundo tempo, o time gaúcho apresentou mais intensidade e passou a controlar melhor as ações. Cristian Oliveira quase marcou aos 12 minutos, mas a jogada foi cortada por Zé Ivaldo.

Jogadores do Grêmio celebram gol de Cristian Olivera. Foto: Reprodução/Instagram/Grêmio

A insistência gremista foi recompensada aos 31 minutos, quando o próprio Cristian recebeu assistência de Alysson e finalizou com precisão para garantir o gol da vitória.

Após sofrer o gol, o Santos tentou reagir e buscou o empate, mas encontrou dificuldades para furar a marcação do Grêmio. A equipe gaúcha soube administrar a vantagem até o apito final, somando três pontos importantes.

O resultado alivia a situação do Grêmio, que subiu para a 12ª colocação com oito pontos, enquanto o Santos permanece em situação delicada, ocupando a vice-lanterna da tabela com apenas quatro pontos. Os gaúchos vão ao Peru para enfrentar o Club Atlético Grau, pela Copa Sul-Americana, enquanto o Peixe só volta a campo na próxima segunda (12), quando recebe o Ceará.

 

Vasco 0x1 Palmeiras

Vitor Roque marca pela primeira vez, e Verdão vence Vasco no Mané Garrincha

Em Brasília, o Palmeiras venceu o Vasco por 1 a 0, com gol de Vitor Roque — que balançou as redes pela primeira vez com a camisa alviverde — e retornou a liderar o Campeonato Brasileiro.

A primeira grande chance da partida saiu aos oito minutos e foi para o Palmeiras. Estêvão recebeu passe de Piquerez, invadiu a área e chutou para a defesa de Léo Jardim. O Gigante da Colina respondeu aos 14, com Loide Augusto, que recebeu cruzamento de Paulo Henrique e, livre de marcação, chutou de primeira, para defesa tranquila de Weverton. Um minuto depois, Loide ganhou de Giay e tocou para Rayan finalizar, mas o goleiro palmeirense defendeu mais uma.

Aos 17, foi a vez do Palmeiras responder, Estêvão cobrou escanteio para a entrada da área, Felipe Anderson cabeceou para o meio e Bruno Fuchs desviou para fora. A melhor chance da etapa inicial saiu aos 48 minutos, Nuno Moreira cobrou uma falta em direção à área, Weverton saiu da meta para afastar, mas a bola sobrou para João Victor chutar para o gol, mas Giay, de bicicleta, afastou o perigo.

O Alviverde voltou mais ofensivo para a segunda etapa e, logo aos três minutos, teve uma grande chance. Piquerez tocou para Emiliano Martínez finalizar de fora da área, a bola ainda desviou na zaga do Vasco, mas Léo Jardim se esticou todo e defendeu, evitando o gol do Verdão.

Antes de balançar as redes, o Palmeiras teve chances com Piquerez e Richard Rios, ambos em finalizações de fora da área. Aos 15 minutos, Facundo Torres pressionou Hugo Moura, que errou na saída de bola. Estêvão recuperou e rolou para Vitor Roque completar e marcar seu primeiro gol com a camisa do Alviverde.

Vitor Roque comemora seu gol. Foto: César Greco/Palmeiras

Com a vantagem no placar, a equipe comandada por Abel Ferreira controlou o ritmo de jogo e garantiu mais três pontos no campeonato nacional.

Com o resultado, o Palmeiras chegou aos 16 pontos e assumiu a liderança do Brasileirão. Por outro lado, o Vasco segue com sete pontos e caiu para o 14° lugar. 

O Gigante da Colina volta a campo no próximo sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Vitória, fora de casa. Já o Verdão recebe o São Paulo, às 17h30, no domingo (11). 

 

Cruzeiro 2x1 Flamengo

Rubro-Negro sofre primeira derrota no Brasileirão e deixa a liderança

Fechando o domingo (4), o Mineirão foi palco de um clássico nacional. O Cruzeiro venceu o Flamengo por 2 a 1, em uma partida marcada por emoções até o apito final.

O Flamengo começou o jogo com uma proposta ofensiva, mas foi o Cruzeiro que saiu na frente. Aos 14 minutos, Kaio Jorge driblou Léo Pereira, arrancou e acertou um chute no canto, abrindo o placar para o Cabuloso.

A equipe carioca respondeu rapidamente, com uma ótima defesa de Cássio após cabeçada de Léo Ortiz. Kaio Jorge ainda teve nova oportunidade aos 31 minutos, mas parou no travessão.

O empate veio aos 43 minutos, quando Gerson ajeitou e Arrascaeta chutou no ângulo de Cássio; o uruguaio,que jogava no Cruzeiro, não comemorou o gol em respeito ao ex-clube.

O segundo tempo teve ritmo ainda mais intenso, com chances claras para os dois lados. O Cruzeiro foi quem mais pressionou, exigindo boas defesas do goleiro Rossi, principalmente em finalizações de Matheus Pereira e Kaio Jorge.

Gabigol pega rebote de pênalti perdido para desempatar o jogo nos acréscimos. Foto: Reprodução/X/Cruzeiro

Aos 43 minutos, Gabigol, ídolo do Flamengo, entrou em campo pela primeira vez contra a equipe carioca. E foi dele o lance final: aos 48, perdeu um pênalti, defendido por Rossi, mas aproveitou o rebote para marcar o gol da vitória cruzeirense.

Com o resultado, a equipe mineira manteve-se no G4, próxima do topo da tabela, enquanto o Flamengo perdeu a invencibilidade e a liderança da competição, agora ocupada pelo Palmeiras.

Os dois clubes entram em campo nesta quarta-feira (7), às 21h30, por competições internacionais. O Flamengo vai à Argentina encarar o Central Córdoba pela Libertadores, enquanto o Cruzeiro visita o Mushuc Runa no Equador, pela Copa Sul-Americana.

 

Juventude 0x1 Atlético-MG

Com gol de Scarpa, Galo conseguiu sua segunda vitória no campeonato

O Atlético-MG conquistou sua primeira vitória fora de casa no Brasileirão ao derrotar o Juventude por 1 a 0 nesta segunda-feira (5), em uma partida repleta de lances polêmicos e revisões do VAR.

O gol da vitória foi marcado por Gustavo Scarpa, em cobrança de falta com desvio, ainda no primeiro tempo. O resultado tirou o Galo da zona de rebaixamento, levando o time à décima colocação, enquanto o Juventude caiu para o 15º lugar.

O jogo começou agitado, com boas chances para os dois lados. O Juventude quase abriu o placar logo no início, com Jadson driblando o goleiro Everson, mas Fausto Vera salvou de cabeça. O Atlético chegou a marcar com Rony após lançamento de Cuello, mas o gol foi anulado por impedimento.

Gustavo Scarpa comemora o gol da vitória do Galo. Foto: Reprodução/X/Atlético-MG

Aos 29 minutos, após perder chance clara, Scarpa cobrou falta em direção à área, a bola passou por todos os defensores e morreu no fundo das redes, abrindo o placar para o Galo.

O time mineiro manteve o domínio durante todo o primeiro tempo e voltou para a segunda etapa pressionando ainda mais. Apesar das oportunidades criadas, o Galo pecou nas finalizações.

O Juventude, mesmo com dificuldades, conseguiu balançar as redes aos 22 minutos com Nenê, mas o gol foi anulado por toque de mão de Ênio na origem da jogada.

A partida seguiu com o Atlético desperdiçando chances e o Juventude crescendo no jogo. Aos 34 minutos, o time da casa teve pênalti marcado, mas novamente o VAR entrou em ação e anulou a jogada por impedimento, frustrando a torcida mandante. Apesar da pressão final, o placar não se alterou, e o Atlético confirmou uma vitória importante fora de casa.

Agora, o Juventude se prepara para enfrentar o Fortaleza no próximo sábado (10), enquanto o Atlético-MG viaja ao Chile para encarar o Deportes Iquique às 19h de quinta-feira (8), pela Copa Sul-Americana.

 

Red Bull Bragantino 1x0 Mirassol

Com a vitória em casa, Massa Bruta empatou com o Palmeiras em pontos

O Red Bull Bragantino venceu o Mirassol por 1 a 0 nesta segunda-feira (5), e assumiu a vice-liderança da competição, com 16 pontos — mesma pontuação do líder Palmeiras, que leva vantagem no saldo de gols.

O jogo também marcou a estreia do novo estádio do clube, o Estádio Cícero de Souza, em Bragança Paulista, e contou com um gol salvador do atacante Isidro Pitta nos acréscimos do segundo tempo.

O primeiro tempo foi movimentado e com boas chances para ambos os lados. O Bragantino foi mais ofensivo e acertou duas bolas na trave com Jhon Jhon e Lucas Barbosa. Walter, goleiro do Mirassol, fez defesas importantes, evitando gols em finalizações de Juninho Capixaba e Sasha.

Pitta salva o Bragantino com gol nos acréscimos. Foto: Reprodução/X/Red Bull Bragantino

Do lado do Mirassol, Reinaldo quase surpreendeu em cobrança de falta direta, mas parou em Cleiton.

No segundo tempo, o Mirassol voltou com mais intensidade e quase abriu o placar com Fabrício Daniel e Edson Carioca, que levaram perigo em jogada de contra-ataque.

O Bragantino seguiu com mais posse de bola e criou oportunidades importantes com Vinicinho e Juninho Capixaba, mas sem sucesso nas finalizações. A defesa do Mirassol, liderada por Yago Felipe, conseguiu afastar o perigo em várias ocasiões.

A partida parecia caminhar para um empate, até que, aos 46 minutos da etapa final, Pedro Henrique fez boa jogada e encontrou Isidro Pitta livre na área. O atacante dominou e bateu cruzado para garantir a vitória do Massa Bruta, que segue firme na briga pela liderança do Brasileirão.

O Bragantino vai a Porto Alegre para enfrentar o Grêmio no próximo sábado (10), enquanto o Mirassol, que tem 7 pontos e está na 16ª posição, recebe o Corinthians, também no sábado.

Trio se junta à FURIA como representantes do Brasil na Kings World Cup Clubs
por
Fernando Muro Schwabe
Daniel Santana Delfino
|
13/05/2025 - 12h

A Kings League, liga de futebol sete fundada pelo ex-jogador Gerard Piqué em 2022, está em sua primeira temporada no Brasil. Disputada na Oreo Arena, em Guarulhos (SP), o torneio definiu, na última sexta-feira (9), as quatro equipes classificadas para as semifinais e que representarão o Brasil no mundial da categoria, que acontece em Paris, no mês de junho. 


Capim FC 4 X 5 Desimpedidos Goti

Abrindo o mata-mata da Kings League Brazil, o Capim FC começou com tudo, marcando com o goleiro Barata ainda no primeiro minuto. A equipe ampliou quatro minutos depois com boa finalização de Igo. O terceiro gol do Capim foi marcado por GB Medeiros, aos dez minutos da etapa inicial. Antes do apito final no primeiro tempo, Luisinho marcou e diminuiu para o Desimpedidos Goti.

Desimpedidos Goti chegou a perder por 3 a 0, mas buscou a virada e a vaga na semifinal da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Desimpedidos Goti chegou a perder por 3 a 0, mas buscou a virada e a vaga na semifinal da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

No segundo tempo, Marcelinho diminuiu a desvantagem do Desimpedidos no primeiro minuto, cobrando pênalti. Aos 30, Cadu acertou chute preciso e empatou o jogo. O camisa 6 voltou a marcar um minuto depois e virou o jogo para o Desimpedidos Goti. Aos 36 minutos, o Capim FC empatou com o presidente Jon Vlogs cobrando pênalti. No lance seguinte, foi a vez de Toguro converter o pênalti presidente, colocando o quinto gol do Desimpedidos no marcador e dando números finais à partida.

Com a vitória, o Desimpedidos Goti está classificado para as semifinais da competição e também vai ao Kings World Cup Clubs 2025. 

Nyvelados FC 1 X 4 Fluxo FC

Na segunda partida da noite, o Fluxo FC saiu na frente com Boolt aos sete minutos. Aos 19, Luan marcou e empatou para o Nyvelados. A igualdade no placar não durou muito tempo, já que Vini voltou a colocar o Fluxo na frente aos 20 minutos de jogo.

O Fluxo FC surpreendeu o favorito Nyvelados FC nas quartas de final da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O Fluxo FC surpreendeu o favorito Nyvelados FC nas quartas de final da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Precisando empatar, o Nyvelados teve grandes oportunidades. A equipe, entretanto, acabou não conseguindo vazar a rede adversária. Aos 32 minutos, Chaveirinho marcou o terceiro do Fluxo na cobrança de shoot out. Aos 37, Helber mandou a bola para o fundo da rede, marcando o quarto do Fluxo e carimbando o passaporte da equipe para o mundial de clubes em Paris. 

Dendele FC 8 X 4 G3X FC

Na última partida da noite, o jogo começou movimentado. Aos quatro minutos, o Dendele abriu o placar com Lucas Hector. Aos oito, Romarinho mandou contra o próprio gol e empatou para o G3X FC. Aos 13, Lucas voltou a ampliar para o Dendele. Um minuto depois, a equipe presidida por Gaules empatou com Rufino. O G3X virou o placar aos 19, com Ton empurrando a bola pro fundo da rede. 

No segundo tempo, o Dendele FC utilizou a carta secreta, o Jogador Estrela, em Tuco. O camisa 92 marcou aos 22. Devido ao power up da carta, o gol valeu por dois, virando o placar para o Dendele. Aos 24, Luqueta converteu o pênalti presidente e aumentou a vantagem de sua equipe.

O capitão Tuco virou o jogo pro Dendele FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O capitão Tuco virou o jogo pro Dendele FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Aos 35, Kelvin Oliveira acabou perdendo o shoot out, utilizado no lugar do pênalti presidente. Três minutos depois, o G3X utilizou sua carta secreta, que deu nova cobrança de shoot out para o camisa 9, que converteu. Aos 40 minutos, o VAR revisou uma disputa na área e marcou pênalti para o Dendele. Lucas Hector bateu e converteu. Como a partida já estava nos minutos finais, o gol do camisa 29 valeu por dois. Aos 41 minutos, Rufino acabou expulso por falta dura, encerrando o sonho do G3X FC em buscar o empate. 

Com a vitória surpreendente, o Dendele, que se classificou para o mata-mata no último lance da fase regular, também representará o Brasil em Paris, no mês de junho. 

Na segunda-feira (12), as semifinais da Kings League Brazil trazem emoção e definem os finalistas da primeira edição do torneio. A decisão acontece no domingo (18), no Allianz Parque, em São Paulo (SP). 

Vale ressaltar que a FURIA já estava classificada para as semifinais da Kings League Brazil porque terminou a fase regular na primeira posição geral. Confira os horários dos confrontos:

 

  • 19h: FURIA FC X Desimpedidos Goti
  • 20h: Fluxo FC X Dendele FC
O time venceu a primeira na Inglaterra e garantiu a classificação na França
por
Lorrane de Santana Cruz
|
13/05/2025 - 12h

Na última quarta-feira (7) Paris Saint Germain e Arsenal voltaram a campo para disputar o segundo jogo válido pela semifinal da Liga dos Campeões.

Jogando em casa, o PSG precisava de um empate para classificar, enquanto os ingleses viajaram precisando de dois gols para garantir a classificação direta. O técnico Luis Enrique escalou o time francês com Dembélé no banco, o artilheiro é o principal jogador da equipe e marcou o gol da vitória na Inglaterra no primeiro jogo. No placar agregado a partida acabou 3 a 1 para os franceses.

Perdendo por 1 a 0, o Arsenal iniciou o primeiro tempo mantendo a posse de bola, diferente do que foi na primeira partida. Com 2 minutos de jogo, Declan Rice, camisa 41 do time inglês subiu mais que Marquinhos e cabeceou em direção ao gol, mas a bola foi para fora. Logo depois, em uma cobrança de lateral, Thomas Partey lançou a bola para área francesa e Martinelli apareceu de trás para chutar, mas a bola parou em Donnarumma que salvou o Paris de tomar gol cedo.

Uma das defesas do goleiro do Paris na partida
Uma das defesas do goleiro Donnarumma na partida (imagem: Instagram oficial @psg)

Aos 7 minutos em outra cobrança de lateral realizada por Partey, a bola entrou na meta do Paris, e os zagueiros sumiram para tirar, porém no rebote Odegaard chutou e obrigou o goleiro do time francês a fazer outra difícil defesa. Com a pressão feita pelo Arsenal, o PSG teve sua primeira boa oportunidade aos 16 minutos, quando Doué tocou para Kvaratskhelia que chutou firme, carimbando a trave de Raya.

Em um erro da defesa inglesa aos 22, Barcola roubou a bola e arrancou em direção a área onde achou Doué livre, o camisa 14 do Paris bateu fraco em direção ao gol e o goleiro do Arsenal defendeu.

O time de Londres acumulou chances perdidas de abrir o placar ainda no primeiro tempo. Com 26 minutos, Rice deu uma entrada forte em Kvaratskhelia e foi punido com o cartão amarelo.

O Paris Saint-Germain aproveitou a falta e lançou a bola na área que foi interceptada pela defesa do Arsenal, no entanto, Fabián Ruiz aproveitou o rebote e lançou um chute em direção ao gol para abrir o marcador no Parc des Princes.

Na volta do intervalo, os visitantes se mantiveram no ataque. A equipe treinada por Arteta via a pressão aumentar junto com o placar agregado de 2 a 0. Saka tentou levar perigo em uma cobrança de escanteio, porém o goleiro do Paris interceptou. Aos 18 minutos, o Arsenal seguia buscando diminuir a diferença no placar, Bukayo Saka recebeu um passe, entrou na área e chutou forte no alto e no canto do gol de Donnarumma, que mais uma vez brilhou na partida.

No entanto, um minuto depois em uma jogada criada pelo Paris, Hakimi, chutou em direção a trave inglesa, mas a bola desviou na mão de Lewis-Skelly e o árbitro foi chamado pelo VAR que após revisão marcou pênalti para o time francês. Na cobrança, Vitinha bateu no canto e Raya foi buscar.

Os donos da casa voltaram a marcar aos 27 minutos, quando Hakimi recebeu a bola e bateu livre em direção ao gol, ampliando o placar para 3 a 0 e confirmando sua classificação para a final.

A equipe inglesa só conseguiu marcar um gol aos 30 minutos, quando Saka aproveitou um desvio do goleiro do Paris Saint-Germain e fez o primeiro do time na semifinal. Porém, o roteiro do primeiro tempo se repetiu, e a equipe voltou a perder chances de gol.

Comemoração dos jogadores do Paris Saint-Germain após classificação
Comemoração dos jogadores do Paris Saint-Germain após classificação (imagem: Instagram oficial @psg)

A final acontece dia (31) deste mês, às 16h (horário de Brasília), na Alemanha, no estádio Allianz Arena, em Munique.

A CBF finalmente conseguiu o “sim” do técnico italiano após anos de espera
por
Amanda Campos
Lorena Basilia
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12/05/2025 - 12h

 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta segunda-feira (12), oficialmente, Carlo Ancelotti como o novo técnico da Seleção Brasileira. O renomado treinador italiano, de 65 anos, deixará o comando do Real Madrid ao final da La Liga, campeonato espanhol, e assumirá o cargo no dia 26 de maio. O anúncio aconteceu pelas redes sociais da associação, após semanas de especulações e expectativas.

As idas e vindas da decisão expôs o quanto a CBF estava disposta a tudo para garantir o nome de peso. Nas redes sociais, a entidade se tornou "chacota", desde discursos públicos até silêncios constrangedores, todas as fichas foram apostadas em um nome que não demonstrava interesse.

 

Uma enrolação digna de novela

No fim de 2022, com a eliminação do Brasil nas quartas de finais da Copa do Mundo e a saída de Tite, Ancelotti passou a ser tratado como “plano A",  a CBF garantiu que ele viria. Em 2023, o presidente Ednaldo Rodrigues falou publicamente sobre a vinda dele, como se o contrato estivesse fechado – sem nunca ter um anúncio oficial. Enquanto isso, Ancelotti seguia em silêncio, focado no Real Madrid e nas vitórias, e nunca confirmou nada. 

Sem técnico fixo, a Seleção ficou à deriva. O técnico do sub-20 da amarelinha, Ramon Menezes, assumiu como interino e comandou o Brasil em amistosos e no início da preparação olímpica. Era um nome de transição e a pressão pós-copa não ajudou. Logo após, Fernando Diniz entrou como técnico interino enquanto, ao mesmo tempo, comandava o Fluminense. Nesse cenário, a campanha nas Eliminatórias foi um desastre. O Brasil colecionou derrotas e ficou pela primeira vez fora do G-6 da América do Sul.

Em 2024, Dorival Júnior foi chamado para arrumar a casa, e ainda assim, o nome do italiano continuava a circular.  A “Era Ancelotti” era uma ilusão sustentada pela esperança e promessas. 

Com a demissão do último técnico, Dorival Júnior, no fim de março, o nome de Ancelotti foi novamente citado como um possível substituto. A ideia era convencer o técnico a vir imediatamente, para encerrar de vez o ciclo. Mas o clima esfriou de novo. Internamente, pesava o fato de ele ainda estar no Real Madrid e sem dar sinais claros de querer mudar os ares. O nome sumiu no noticiário por alguns dias, até reaparecer, dessa vez com mais força.

A contratação é histórica, por ser a primeira vez em quase 60 anos que um estrangeiro assume a Seleção Brasileira. O último foi o argentino Filpo Núñez em 1965, que comandou o time por apenas uma partida, em um amistoso contra o Uruguai. 

É oficial e imediato. Ancelotti vai fazer sua primeira atuação ainda neste mês de maio, para a convocação de dois jogos das eliminatórias da Copa de 2026. O primeiro acontecerá no dia 05 de junho, contra o Equador no Estádio Monumental Banco Pichincha, em Guayaquil. O segundo acontecerá no dia 10 de junho, contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo. 

 

 A escalação de estrelas do futebol 

Carlo Ancelotti começou a treinar clubes no futebol italiano em 1995,  assumiu o comando do Reggiana, depois Parma e Juventus. Mas sua trajetória de maior destaque iniciou em 2001 no Milan.

A palavra que define o esquema tático de Ancelotti é adaptabilidade, quando o técnico escalava o Milan em 4-3-2-1, o que possibilitava que um meio campo de Kaká, Pirlo, Seedorf e Gattuso pudessem, juntos, criar jogadas para o atacante mais avançado. Com a equipe italiana, ele conquistou duas Liga dos Campeões (2002-3, 2006-07) e um Mundial de Clubes FIFA em 2007, além das competições nacionais.

Kaká e Ancelotti na época de Milan — Foto: AFP PHOTO PHILIPPE MERLE
Kaká e Ancelotti na época de Milan — Foto: AFP PHOTO PHILIPPE MERLE
 

Em 2009, Carlo precisou se adequar aos moldes ingleses quando decidiu migrar para o Chelsea. As diferenças do futebol jogado não foram um problema para ele, na temporada de estreia já venceu a Premier League. Ao assumir um esquema tático mais ofensivo e móvel, o técnico conseguia dar espaço para as estrelas Lampard e Drogba serem artilheiros. A era no futebol inglês ficou marcada por uma posição mais conservadora na defesa e de inovação do meio para a frente.

Dois anos depois, Ancelotti recebeu o desafio para comandar um clube de uma liga de segundo escalão e com um jejum de títulos de quase duas décadas. Pode-se dizer que existiu um PSG antes e outro, totalmente diferente, da passagem do técnico. O italiano saiu de Paris com o sonhado título nacional e uma base para uma equipe em evolução rumo à elite do futebol.

Como se a sua glória fosse infinita, em 2014 Ancelotti somou ao extenso histórico de títulos a La Décima, o 10º título da Liga dos Campeões pelo Real Madrid. No ataque o trio BBC e o meio campo seguro de Toni Kroos e Luka Modric, criaram um 4-3-3 sólido que não deixava espaço para o adversário marcar.

Carlo Ancelotti
Ancelotti com os jogadores do Real Madrid após o título da Champions League em 2024. — Foto: Reprodução/X Twitter/ Carlo Ancelotti

Depois de Itália, Inglaterra, França e Espanha, Carlo chegou aos estádios alemães. Em 2016, no Bayern de Munique, para não perder o costume,  venceu a Bundesliga no ano em que estreou. O técnico manteve a flexibilidade e espaço para as estrelas do time brilharem. 

O retorno do craque tático para a Espanha não fugiu do esperado, o Real Madrid de 2021 estava em processo de adaptação aos jovens que chegavam e Ancelotti soube administrar e lapidar jogadores. Os brasileiros Vinicius Jr e Rodrygo foram conquistando a confiança do técnico e cresceram dentro do time de veteranos. A equipe ficou marcada por viradas históricas e a conquista da tríplice coroa em 2022.

 

Expectativa para a Copa de 2026

Com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando, Ancelotti assume com tempo suficiente para testar, errar e acertar. Mas não há espaço para o fracasso, a pressão é imensa. O Brasil não vence a Copa há mais de 20 anos, e a seleção masculina anda colecionando frustrações. A chegada do italiano é vista como um divisor de águas, para dar esperança à torcida desesperada para resgatar o protagonismo que o país já teve. 

O placar agregado ficou 7 a 6 a favor da Inter contra o Barcelona
por
Guilherme Carvalho
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12/05/2025 - 12h

 

Nesta terça-feira (6), a Inter de Milão garantiu sua vaga na final da Champions League ao derrotar o Barcelona por 4 a 3 na prorrogação, pela segunda partida da semifinal. 

 

Assim como no jogo de ida no estádio do Barcelona, o tempo normal neste jogo da volta também encerrou com 3 a 3, no qual o placar agregado ficou em 6 a 6, levando a decisão para o tempo extra, onde o jogador Davide Frattesi marcou o gol decisivo para a Inter de Milão.

Comemoração do Davide Fratessi, jogador da Inter da Milão, após marcar o gol da classificação do time italiano para a final da Champions League
Comemoração de Davide Fratessi após ter feito o gol da classificação da Inter para a final. Foto: Divulgação/Inter de Milão

Desde o apito inicial, os italianos sufocaram o Barcelona, impedindo que os espanhóis construíssem jogadas com sua tradicional posse de bola.

 Aos 21 minutos, a recompensa veio: Dimarco interceptou um passe descuidado na saída de bola do Barcelona e, com um toque preciso, encontrou Dumfries invadindo a área. O lateral holandês, em vez de finalizar, rolou com altruísmo para Lautaro Martínez, que, sem goleiro, apenas empurrou para o gol, fazendo 1 a 0 e incendiando o San Siro. 

O Barcelona, apesar de ter mais posse, não conseguia furar o bloqueio defensivo da Inter, com Çalhanoglu e Barella neutralizando as tentativas de Pedri e Dani Olmo no meio-campo. O time italiano ainda criou chances, como um gol anulado de Acerbi por impedimento após cruzamento de Çalhanoglu.

Nos acréscimos, o momento decisivo: O atacante Lautaro Martínez da Inter foi derrubado pelo zagueiro Cubarsí na área após um giro rápido. Inicialmente, o árbitro mandou seguir, mas após revisão no VAR confirmou o pênalti. Çalhanoglu, com frieza, bateu forte no canto direito, enganando o goleiro Szczesny, que caiu para o lado oposto, fechando o primeiro tempo em 2 a 0. 

O placar refletiu a superioridade italiana, enquanto o Barcelona parecia perdido, sem criar chances claras.

O segundo tempo trouxe um Barcelona completamente diferente, impulsionado pela urgência e ajustes táticos de Hans Flick. Os espanhóis voltaram com intensidade, utilizando a velocidade de Lamine Yamal e Raphinha pelas pontas e a criatividade de Pedri no meio. 

Aos 8 minutos, a reação começou: o espanhol Gerard Martín, explorando o corredor direito, cruzou na medida para o zagueiro Eric García, que acertou um chute colocado no ângulo, sem chances para Sommer, reduzindo para 2 a 1. O gol deu vida ao Barcelona, que passou a pressionar. 

Apenas sete minutos depois veio o empate. Martín brilhou novamente, cruzando com precisão para Dani Olmo, que ganhou no corpo da zaga “interista”e cabeceou para empatar em 2 a 2. 

A Inter, atordoada, dependia das grandes defesas de seu goleiro, Sommer. Primeiro, salvou um chute à queima-roupa de Eric García após novo passe de Martín, depois, se esticou para desviar um chute de Yamal de fora da área.  

Após diversas chances empilhadas pelo Barcelona, aos 42 minutos, veio a virada. Pedri achou Raphinha perto da área no lado esquerdo, o brasileiro chutou, Sommer defendeu, mas, no rebote, Raphinha bateu no contrapé do goleiro, fazendo 3 a 2 no estádio San Siro. 

A eliminação parecia iminente, mas a Inter mostrou resiliência. Aos 48 minutos, com o tempo esgotado, Thuram avançou pela direita e cruzou rasteiro para o zagueiro Acerbi, que, posicionado como centroavante, finalizou de primeira no ângulo, empatando em 3 a 3 e levando o jogo à prorrogação. 

No tempo complementar, as equipes estavam visivelmente desgastadas, mas a Inter encontrou forças para buscar a vaga. 

Aos 9 minutos do primeiro tempo extra, Thuram deu um show de força e habilidade pela direita, segurando a marcação e tocando para Taremi. O iraniano, com inteligência, deixou a bola passar para Frattesi, que chegou livre e finalizou de canhota, vencendo Szczesny e colocando a Inter de Milão na frente, 4 a 3.

 O gol reacendeu o San Siro, e o clube italiano passou a jogar com inteligência, fechando espaços. O Barcelona, desesperado, tentou reagir. Aos 12 minutos, Yamal quase empatou com um chute colocado da direita, mas Sommer, em noite inspirada, voou para fazer outra defesa espetacular. 

No segundo tempo da prorrogação, Lewandowski teve uma chance de ouro, cabeceando livre após cruzamento improvável de Yamal, mas mandou por cima, desperdiçando a oportunidade. 

A Inter, com Sommer seguro e uma defesa sólida, segurou o resultado nos minutos finais, garantindo a classificação. Yamal, novamente, ainda tentou uma última finalização com efeito, mas Sommer, mais uma vez, salvou, consolidando-se como o grande destaque da partida.

A grande final está marcada para 31 de maio, às 16h (horário de Brasília), na Allianz Arena, em Munique, contra o vencedor da outra semifinal entre PSG e Arsenal.

Após longos quatro meses, maior liga de basquete do mundo volta com mais de 40 jogos para curtir até domingo
por
Allan Henrique dos Santos Freires
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18/10/2022 - 12h

Nesta terça (18), a temporada regular da NBA volta oficialmente após longos quatro meses. Em sua noite de abertura, dois jogos prometem trazer grandes emoções para os fãs da maior liga de basquete do mundo. 

Às 20h30, Boston Celtics enfrenta o Philadelphia 76ers no TD Garden. Às 23h, o atual campeão Golden State Warriors recebe o Los Angeles Lakers na Chase Center. O confronto também deve marcar a tradicional entrega dos anéis de campeões para a equipe californiana.

A LIGA

A NBA é composta por 30 franquias divididas em duas conferências.

Conferência Leste: Boston Celtics, Brooklyn Nets, New York Knicks, Philadelphia 76ers, Toronto Raptors, Atlanta Hawks, Miami Heat, Charlotte Hornets, Orlando Magic, Washington Wizards, Indiana Pacers, Detroit Pistons, Chicago Bulls, Cleveland Cavaliers e Milwaukee Bucks.

Conferência Oeste: Los Angeles Lakers, Los Angeles Clippers, Sacramento Kings, Phoenix Suns, Golden State Warriors, Denver Nuggets, Portland Trail Blazers, Oklahoma City Thunder, Utah Jazz, Minnesota Timberwolves, New Orleans Pelicans, Memphis Grizzlies, Houston Rockets, San Antonio Spurs e Dallas Mavericks.

Todas as 30 franquias se enfrentam entre si ao longo de 82 rodadas. Ao final, as oito franquias com mais vitórias em suas conferências se classificam para os playoffs (desde a temporada 2020-2021, a NBA também implementou o play-in, fase preliminar aos playoffs em que o sétimo, oitavo, nono e décimo colocado da conferência competem por duas vagas).

Os playoffs funcionam como um mata-mata, em que as equipes se enfrentam em séries de melhor de sete partidas para avançar à próxima fase. O campeão de cada conferência então, se enfrenta em uma série de melhor de sete pelo título da NBA.

divulgação// NBA

O QUE HÁ DE MELHOR 

A noite de abertura já conta com dois grandes jogos. Nesta terça-feira (18), às 20h30, horário de Brasília, o Boston Celtics, vice-campeão da última temporada, vai enfrentar o Philadelphia 76ers. Os Celtics vivem um momento com suas turbulências por conta da lesão do pivô Robert Williams III e da suspensão do treinador Ime Udoka, que após campanha exemplar em seu primeiro ano como técnico, foi afastado por toda a temporada após a investigação em torno de um relacionamento com uma funcionária da franquia. 

Apesar disso, o Boston conta com seus líderes Jayson Tatum e Jaylen Brown, além do DPOY (Melhor Defensor da Temporada) Marcus Smart, e apoiados por sua torcida, são favoritos para o jogo de hoje. O 76ers, no entanto, promete dar trabalho, já que se reforçou com bons jogadores como PJ Tucker e contando com as estrelas de Joel Embiid e James Harden, são também um dos favoritos para a temporada.

No outro confronto da noite, além do prestígio da entrega dos anéis para os jogadores do Warriors, destaca-se o duelo individual entre as prováveis duas maiores lendas do basquete na última década: Stephen Curry, do Warriors, e Lebron James, dos Lakers. Os jogadores já se enfrentaram em quatro finais da NBA - sendo três vitórias do armador do Warriors contra uma de Lebron James, e devem protagonizar mais um grande confronto nesta noite. 

Outros aspectos da partida também devem chamar atenção. No lado do Warriors, a agressão de Draymond Green ao armador Jordan Poole em um treino da equipe abalou muito o ambiente na última semana, mas a princípio, já foi apaziguada. 

Pelos Lakers, o armador Russell Westbrook é incógnita para a partida e caso tenha condições de jogo, também é dúvida sua condição de titular ou reserva. Vale lembrar que o jogador já foi uma das maiores estrelas da liga, mas teve uma temporada muito ruim com o Lakers ano passado.

Até domingo, mais de 40 jogos estão marcados. Veja os principais confrontos e os horários (seguindo fuso de Brasília):

Quarta-feira (19)

20h30 – Brooklyn Nets x New Orleans Pelicans

23h – Phoenix Suns x Dallas Mavericks

Quinta-Feira (20)

20h30 – Philadelphia 76ers x Milwaukee Bucks

23h – Los Angeles Lakers x Los Angeles Clippers

Sexta-Feira (21)

20h30 – Miami Heat x Boston Celtics

23h – Golden State Warriors x Denver Nuggets

Sábado (22)

21h – Chicago Bulls x Cleveland Cavaliers

21h30 – Dallas Mavericks x Memphis Grizzlies

Domingo (23)

18h – Atlanta Hawks x Charlotte Hornets

23h – Los Angeles Clippers x Phoenix Suns

A pouco mais de duas semanas para o início oficial da temporada, a NBA promove mais de 60 partidas dentro e fora dos Estados Unidos
por
Allan Henrique dos Santos Freires
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03/10/2022 - 12h

Após quase quatro meses de off-season, os times da maior liga de basquete do mundo, a NBA, voltam à ativa em preparação para a próxima temporada, que começa no dia 18 de outubro. Desde a última sexta-feira (30), várias equipes vem disputando amistosos dentro e fora dos Estados Unidos visando ganhar ritmo e testar rotações de seus elencos.

A pré-temporada começou com a excursão de alguns times para promover a liga em outros países. No Japão, o atual campeão Golden State Warriors venceu o Washington Wizards em duas partidas entre sexta-feira (96 x 87) e domingo (104 x 95). Apesar de em um jogo de pré-temporada o resultado final não ser o mais importantes para as equipes, as atuações do jovem pivô James Wiseman (que enfrentou dificuldades de se manter saudável nas últimas temporadas) e da lenda da franquia Stephen Curry foram o suficiente para empolgar a torcida da equipe de São Francisco. 

Pelo lado dos Wizards, a presença de Rui Hachimura na quadra animou a torcida anfitriã, ao ver um dos únicos dois jogadores japonês na NBA tendo a oportunidade de jogar dentro de seu próprio país.

Além dos confrontos em si, um encontro em particular também chamou muita atenção durante a visita dos campeões da NBA ao país asiático. Trata-se do astro do k-pop SUGA, que conheceu os jogadores dos Warriors e posou para fotos com astros como Klay Thompson e Stephen Curry. As estrelas ainda se arriscaram em outras áreas da cultura japonesa, como o sumô.

Dentro dos Estados Unidos algumas franquias recebem times estrangeiros para partidas amistosas. Também na sexta-feira (30), o Los Angeles Clippers enfrentou o Maccabi Ironi Raana, de Israel, e venceu por 121 x 81. O Adelaide 36ers, da Austrália, enfrentou neste domingo (02) o Phoenix Suns, em partida que terminou em surpreendente vitória dos australianos por 134 x 124. 

Ambas as equipes ainda tem amistosos contra o Oklahoma City Thunder, sendo o Adelaide 36ers na quinta-feira (06) e o Maccabi no próximo domingo (09). A equipe israelense ainda enfrenta o Portland Trail Blazers, também na quinta-feira. Essas cinco partidas marcam o fim de uma série de três anos desde o último jogo entre franquias da NBA e equipes estrangeiras, já que após a pandemia, os protocolos de segurança da liga se tornaram mais rigorosos.

Por último, alguns outros jogos na pré-temporada já chamam a atenção. Neste domingo (02), após uma semana de muitas polêmicas em meio à severa suspensão de Ime Udoka por conta de uma relação entre o treinador e uma funcionária da franquia - na qual a investigação do Celtics identificou que Udoka utilizou de linguagem imprópria à funcionária, segundo reportou a ESPN americana -, os vice-campeões da NBA iniciaram a pré-temporada com vitória sobre o Charlotte Hornets por 134 x 93.

Nesta segunda-feira (03), outro confronto deve atrair os olhos dos amantes da liga de basquete. Trata-se de Brooklyn Nets x Philadelphia 76ers, recheado de rivalidades recentes que devem aumentar a expectativa para a partida, apesar de um amistoso. Será a primeira partida do armador Ben Simmons com a camisa dos Nets desde que saiu justamente da Philadelphia na temporada passada após relação extremamente desgastada com os jogadores, staff técnico e torcida local durante as quatro temporadas e meia em que foi um dos principais jogadores da franquia. 

O jogador, inclusive, se recusou a treinar e jogar pelos 76ers durante a última temporada enquanto a franquia procurava trocar o atleta. Após enfim ser trocado pela superestrela James Harden, o jogador sofreu com uma lesão nas costas e ficou fora de toda a última temporada, mas agora se encontra em condições de jogo e pronto para iniciar sua jornada em Brooklyn junto de Kevin Durant e Kyrie Irving. O confronto está marcado para às 20h30 no horário de Brasília.

Até o início da temporada, mais de 60 partidas amistosas estão marcadas para este mês de outubro. O primeiro jogo oficial da temporada será entre Boston Celtics x Philadelphia 76ers, no dia 18, 3a.feira.

Timão goleia Internacional em jogo com recorde de público e conquista o tetra
por
Lucas G. Azevedo
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27/09/2022 - 12h

No último sábado (24), Corinthians e Internacional se encontraram na Neo Química Arena para o jogo decisivo do Campeonato Brasileiro Feminino de Futebol. No jogo de ida, as duas equipes empataram no Beira-Rio com um gol para cada lado. Millene marcou para as coloradas e Jheniffer empatou para o Timão. Antes do fim, a lateral-esquerda Belinha, do Inter, foi expulsa após uma consulta ao VAR. 

A partida contou com 36.330 pessoas presentes no estádio e bateu o recorde de maior público no futebol feminino de clubes no Brasil. A marca acabou não durando tanto. No jogo decisivo, a torcida corinthiana compareceu em peso com o apoio da #invasãoporelas, criada por torcedores. Na Neo Química Arena, 41.070 torcedores assistiram de perto a grande final. 

Neo Química Arena lotada de torcedores. Divulgação: Twitter/Corinthians.
Neo Química Arena lotada de torcedores. Divulgação: Twitter/Corinthians.

O número não apenas bateu o recorde da ida, se tornando o maior público no futebol feminino de clubes no Brasil, como também se tornou o maior público da modalidade entre clubes em todo o continente sul-americano.

A competição desse ano também contou com a maior premiação da história, rendendo ao campeão o direito de levar R$1 milhão para casa, enquanto o vice faturou metade desse valor.

A bola começou a rolar as 14h no horário de Brasília, o Corinthians foi a campo com a seguinte escalação:

Escalação do Corinthians. Divulgação: Twitter/Corinthians.
Escalação do Corinthians. Divulgação: Twitter/Corinthians.

O Internacional foi escalado da seguinte forma:

Escalação do Internacional. Divulgação: Twitter/Internacional.
Escalação do Internacional. Divulgação: Twitter/Internacional.

O 1º tempo foi digno da grande final, Corinthians e Internacional se apresentaram para o jogo e fizeram um espetáculo para o torcedor. Logo aos 2 minutos, Gabi Zanotti, meia-atacante do Corinthians, aproveitou um cruzamento para mandar, de cabeça, uma bola para o fundo da rede colorada. Porém, o VAR revisou o lance e encontrou uma falta na origem da jogada, o que acabou anulando o gol.

As brabas, como são chamadas as jogadoras do Corinthians, estavam melhores em campo e chegaram a acertar uma bola no travessão, mas foi o time do Sul que abriu o placar. Aos 13 minutos, foi cobrado um escanteio na área corintiana, a bola foi dividida e acabou sobrando para Sorriso abrir o placar para o Inter.

As coloradas aproveitaram o ânimo do gol e chegaram algumas vezes com perigo, mas logo o time anfitrião se organizou e voltou a controlar a partida. Aos 22 minutos, Yasmim avançou até a linha de fundo pelo lado esquerdo e cruzou para Jaqueline, na segunda trave, pegar de primeira e deixar tudo igual no placar.

O jogo começou a ficar mais confortável para o Timão que passou a criar mais chances até que, aos 45 minutos, as donas da casa viraram o jogo. Em jogada ensaiada na cobrança de escanteio, Tamires cobrou curto para Adriana que devolveu para a lateral-esquerdo que, com muito capricho, cruzou para Diany cabecear, a bola ainda desviou em uma zagueira adversária e tirou as chances da goleira. O Timão foi para o intervalo a frente.

No 2° tempo, o Corinthians não deu chance da conversa no intervalo surtir efeito e, logo no 1º minuto, Gabi Portilho partiu pelo lado direito e rolou na entrada da área para Vic Albuquerque bater de primeira no canto direito e ampliar o placar, 3 a 1.

Comemoração da Vic Albuquerque. Divulgação: Twitter/Corinthians - Rodrigo Gazzanel.
Comemoração da Vic Albuquerque. Divulgação: Twitter/Corinthians - Rodrigo Gazzanel.

O Inter sentiu o gol e a partir daí as Brabas dominaram o jogo. Apesar de ter criado chances, o placar permaneceu o mesmo até que, aos 46 minutos, Jheniffer aproveitou um cruzamento para fechar a conta e decretar a vitória, 4 a 1.

Esse foi o 4º título do Corinthians na competição, o terceiro seguido. Além disso, foi a sexta final consecutiva do time de Itaquera.

Comemoração do título pelas jogadoras do Corinthians. Divulgação: Twitter/Corinthians - Rodrigo Gazzanel.
Jogadoras do Corinthians levantando o troféu. Divulgação: Twitter/Corinthians - Rodrigo Gazzanel.

Pelo lado colorado, essa foi a 1ª final disputada pelas meninas, além disso, garantiram a participação do Inter na Libertadores de 2023, outro feito inédito.

Agora, o time do Sul direciona sua atenção para o Campeonato Gaúcho. Enquanto o Timão foca no Paulista e começa a olhar para a Libertadores desse ano.

 

Mesmo com as dificuldades econômicas cotidianas, o futebol amador ainda é o espaço de celebração e trocas afetivas para algumas pessoas.
por
Gustavo Oliveira de Souza
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23/09/2022 - 12h

O futebol de várzea é uma das modalidades esportivas mais antigas praticadas no Brasil. Antes mesmo de ser profissional, o esporte já era praticado às margens do rio Tietê e se expandiu até a organização de clubes que apenas participam de campeonatos amadores, chamados de campeonatos de várzea. Nas periferias, o futebol de várzea é tratado como uma das principais atividades dos moradores - tanto os jovens que sonham em se tornarem grandes jogares de futebol - quanto os mais veteranos, que dedicaram grande parte de suas vidas aos clubes dos bairros.

Na cidade de Santo André, São Paulo, o futebol amador possui grande incentivo da prefeitura - sendo a cidade fora de São Paulo a possuir mais campos sintéticos (campos com grama artificial), tendo 20 ao todo. O clube mais tradicional da cidade é o Esporte Clube Guaraciaba, fundado no ano de 1956 e que foi cinco vezes campeão da Divisão Especial - maior campeonato de várzea de Santo André. Mesmo após dois anos sem jogar oficialmente, o clube ainda conseguiu se manter devido o incentivo público e ao esforço dos seus torcedores e moradores do bairro que fizeram campanhas de doação para que as instalações ainda pudessem funcionar durante a pandemia da Covid-19. Sua torcida organizada, a Fúria Vermelha que foi fundada em 2015, é quem apoia o time tanto dentro quanto fora de seus domínios e Márcio Santos, um dos fanáticos pelo clube alvirrubro explica sua paixão pelo Guaraciaba:

“Moro a vida toda aqui, e o Guaraciaba sempre fez parte da minha vida. Quando eu era criança, vi meu pai jogando pelo clube e sua dedicação pelo clube me fez ver meu pai de outra forma. Ele trabalhava a semana toda, e aos fins de semana jogava e era muito feliz e foi aí que enxerguei uma das felicidades da vida dele, e desde lá sou apaixonado pelo clube também”.

“Estamos em todos os lugares. Já viajamos pela cidade toda pelo time, e em todos os lugares nós somos respeitados. A força do nosso time se deve muito à nossa torcida também, por que os jogadores se sentem muito motivados quando entram em campo e escutam aquele barulho - tanto dentro quanto fora de casa”.

“A várzea junta tanto o novo quanto o velho. Várias crianças que podiam ter ido para o crime foram resgatadas pelo futebol, e o sonho de muitas delas é jogar em um clube grande, mas infelizmente não são todas que conseguem.”

O poder do futebol de várzea é explicado nas aspas de Márcio. Ele consegue gerar uma identificação da pessoa com o bairro em que ela mora através do time e ele ainda junta vários dos moradores num único propósito - trazendo um senso de pertencimento. Assim como o entrevistado, vários dos torcedores trabalham durante a semana e aproveitam os jogos do time para se reunirem e celebrarem além do esporte, o fato de que ainda estão vivos e podem ter um motivo pra viver.

Durante corrida sprint, piloto da MP teve problemas no carro e precisou abandonar, mas Théo Pourchaire foi mal e troféu acabou na mão do brasileiro
por
Lucas G. Azevedo
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13/09/2022 - 12h

A Fórmula 2 visitou o Circuito de Monza, na Itália, durante o último final de semana. O clima foi ensolarado em todos os dias do evento.

Corrida sprint

No sábado (10), ocorreu a corrida 1, ou sprint, que distribui pontos para o top 8. O grid de largada é definido ao inverter os 10 primeiros definidos na classificação.

A pole position na corrida sprint após a inversão de grid acabou com Frederik Vesti, da ART. Completando a primeira fila estava Logan Sargeant, Carlin. Logo atrás vinha Jüri Vips, da Hitech, e a seu lado Ayumu Iwasa, da DAMS.

Felipe Drugovich (MP) deveria sair de 7° no sábado, mas foi punido por ter melhorado seu tempo de volta durante bandeira amarela na classificação e largou de 12°. Seu rival pelo campeonato, Théo Pourchaire, da ART, largou exatamente atrás do carro do brasileiro, em 14°. Enzo Fittipaldi não foi bem na classificação e saiu em 16°.

Grid de largada na corrida sprint do GP da Itália. Divulgação: F2.
Grid de largada na corrida sprint do GP da Itália. Divulgação: F2.

A expectativa era grande entre os fãs brasileiros, afinal, Felipe Drugovich tinha grandes chances de se tornar campeão ao final da corrida sprint. Mas a esperança logo daria lugar a angústia. Durante a 2ª curva da corrida, Drugovich entrou com mais da metade do carro na brita, mas não conseguiu evitar uma pequena colisão com Amaury Cordeel, da Van Amersfoort.

O que parecia um pequeno incidente no início se provou o suficiente para causar danos no carro do brasileiro. A suspensão dianteira direita quebrou e o veículo foi retirado para a garagem pouco depois. Restava ao líder do campeonato torcer para que Théo Pourchaire não conseguisse pontuar bem.

Um pouco mais na parte traseira do grid, ocorreu um toque entre Olli Caldwell, da Campos, e Tatiana Calderón, da Charouz, que obrigou a direção de prova a chamar um safety car. Os 2 pilotos abandonaram.

A bandeira verde foi dada durante a 4ª volta, Pourchaire conseguiu chegar a 12ª colocação, mas lutava para escalar o pelotão até a 6ª posição. Enquanto avançava, o francês encontrou Liam Lawson, da Carlin, David Beckmann, da Van Amersfoort, e Cordeel embolados numa disputa para ficar em 9°.

Assim como fez com Drugovich, Cordeel bateu as rodas com Pourchaire, mas o piloto francês teve sorte e não houve problemas com o seu carro, além de conseguir a ultrapassagem. Enzo Fittipaldi, da Charouz, vinha num bom ritmo e também ultrapassou o belga. O brasileiro perseguiu Pourchaire por algumas voltas, mas não havia velocidade para atrapalhar a corrida do atleta da ART.

Durante o meio da prova Ralph Boschung, da Campos, e Clément Novalak, da MP, também apresentaram problemas na suspensão e abandonaram a corrida.

Na parte frontal do grid, Jehan Daruvala, da Prema, aproveitou seu bom ritmo e ultrapassou Sargeant e Iwasa para tomar a 3ª posição. O estadunidense aproveitou a oportunidade e também deixou o japonês para trás.

No início da 14ª volta, Richard Verschoor, da Trident, disputava com Iwasa a 5ª colocação, ele obrigou o piloto da DAMS a travar as rodas na curva 1 e o fez perder mais uma posição.

Faltando 7 voltas para o fim, Théo Pourchaire precisava ser mais ofensivo para chegar à parte dianteira do pelotão. Porém, o francês foi muito agressivo numa disputa com Liam Lawson, da Carlin, e acabou tomando uma pancada no meio do carro, nada preocupante, mas o suficiente para tirá-lo do traçado e o fazer cair para a 17ª posição.

Durante a última volta, Jüri Vips, da Hitech, ultrapassava a linha de chegada tranquilamente para levar a vitoria. Atrás dele estavam Frederik Vesti, da ART, e Jehan Daruvala, da Prema, para completar o pódio.

Apesar disso, o foco dos torcedores estava na parte de trás do pelotão. Pourchaire não conseguiu se recuperar após a batida, e ainda foi punido em 5s pela colisão. Depois disso, o francês até conseguiu ganhar mais uma posição, mas não havia mais nada que pudesse fazer. Felipe Drugovich se tornou campeão da Fórmula 2!

Felipe Drugovich levantou o troféu após a corrida sprint. Divulgação: F2.
Felipe Drugovich levantou o troféu após a corrida sprint. Divulgação: F2.

Drugovich é o 1º campeão brasileiro na história da Fórmula 2 e, 22 anos depois, trouxe o título para o Brasil de uma categoria na escada da Fórmula 1. O último foi Bruno Junqueira, campeão da F3000 em 2000.

Classificação final dos pilotos que pontuaram na corrida sprint do GP da Itália. Divulgação: F2.
Classificação final dos pilotos que pontuaram na corrida sprint do GP da Itália. Divulgação: F2.

Classificação

A pole position e os 2 pontos extras ficaram com Jack Doohan, da Virtuosi. Na 2ª posição estava Liam Lawson, da Carlin. Abrindo a 2ª fila, estava Marcus Armstrong da Hitech, com Felipe Drugovich, da MP, em 4°.

Enzo Fittipaldi largou em 15° e precisava fazer uma corrida de recuperação.

Grid de largada na corrida principal do GP da Itália. Divulgação: F2.
Grid de largada na corrida principal do GP da Itália. Divulgação: F2.

Corrida principal

Com o campeonato decidido, a corrida principal acabou se tornando secundária em Monza. Apesar disso, o domingo trouxe um evento movimentado para os fãs.

Antes mesmo da volta de apresentação o pole Jack Doohan ficou parado no grid após a liberação para ir a pista, ele afirmou problemas na embreagem. Na largada o defeito apareceu novamente e perdeu algumas posições.

Logo no apagar das luzes houve o primeiro incidente. Ralph Boschung, da Campos, escapou da pista e, ao voltar, bateu em Théo Pourchaire que acertou a barreira de proteção. Mais à frente, Doohan foi esmagado por Jehan Daruvala, da Prema, e bateu em Logan Sargeant, da Carlin. Um safety car foi chamado para retirar os carros da pista.

Na relargada, Enzo Fittipaldi, que já estava no top 10 após os acidentes, continuou escalando o pelotão e assumia a 9ª posição ao ultrapassar Amaury Cordeel, da Van Amersfoort.

Na volta 7, outra interrupção na corrida, Calan Williams, da Trident, foi tocado e o seu carro acabou na barreira de pneus. Inicialmente a direção de prova optou pelo safety car, mas no 10° giro viu a necessidade de ativar a bandeira vermelha. Alguns pilotos, como Drugovich, acabaram sendo prejudicados já que perderam posições ao pararem durante o safety car.

O reinício viria 15 minutos depois e Marcus Armstrong, da Hitech, assumiu a 3ª posição, mas teve que cumprir uma punição de 10s na volta seguinte por irregularidades no pit lane. Na parte de trás, Fittipaldi pulava de 9° para 7° colocado. Na volta seguinte, o brasileiro aproveitou que Clément Novalak, da MP, errou a curva e saiu da pista, para conquistar mais uma posição.

Na mesma volta Liam Lawson, da Carlin, e Jüri Vips, da Hitech, se enroscaram. O piloto da Carlin teve seu bico danificado e precisou parar para trocar. Enquanto o piloto da Hitech sofreu uma punição de 10s.

A partir do 22° giro, Enzo Fittipaldi, da Charouz, estava em 5° e brigava com Ayumu Iwasa, da DAMS, pelo 4° lugar. O japonês defendeu com firmeza sua posição e conseguiu segurar o brasileiro até o final.

Fittipaldi brigava com Iwasa pela 4ª posição. Divulgação: F2.
Fittipaldi brigava com Iwasa pela 4ª posição. Divulgação: F2.

Na volta 25 Jehan Daruvala, da Prema, assumiu a liderança após parada de Richard Verschoor, da Trident. A corrida seguiu até a bandeirada com tranquilidade e poucas possibilidades nas disputas por posições.

Resultados

O topo do pódio ficou com Jehan Daruvala, da Prema. Ao seu lado estava Frederik Vesti, da Art.

Ayumu Iwasa, da DAMS, atravessou a linha de chegada em 3°. Porém, após a corrida, a inspeção constatou que seu carro tinha a parte de trás da prancha abaixo da espessura máxima permitida pelo regulamento técnico. Resultando na desclassificação do piloto japonês.

No seu lugar, completando o pódio, entrou o piloto brasileiro Enzo Fittipaldi, da Charouz, que fez uma ótima corrida ao sair de 15°.

O campeão Felipe Drugovich fez uma corrida discreta e terminou em 6°.

A volta mais rápida ficou com Richard Veschoor, da Trident. Registrou 1m33s155 no 29° giro.

Classificação final dos pilotos que pontuaram na corrida principal do GP da Itália. Divulgação: F2.
Classificação final dos pilotos que pontuaram na corrida principal do GP da Itália. Divulgação: F2.

Com esse resultado, Felipe Drugovich levantou o troféu e a expectativa da última etapa fica para a possibilidade de Enzo Fittipaldi conquistar o 3º lugar no campeonato. Na disputa entre as equipes, MP e ART estão empatadas na liderança e decidirão tudo na última corrida.

Tabelas dos campeonatos de equipes e pilotos. Divulgação: F2.
Tabelas dos campeonatos de equipes e pilotos. Divulgação: F2.

A Fórmula 2 volta daqui a 2 meses para a corrida final da temporada no Circuito de Yas Marina, em Abu Dhabi. A corrida sprint está marcada para sábado, dia 19 de novembro. Enquanto a corrida principal ocorre no domingo, dia 20 de novembro. O horário de largada ainda não está definido.