Brasileirão tem hat-trick de Yuri Alberto, pênalti defendido por João Ricardo e demissão de Pepa no Sport
por
Felipe Pjevac
Tamara Ferreira
|
13/05/2025 - 12h

São Paulo 0x0 Fortaleza 

Empate pesa, e Leão do Pici cai para o 17° lugar na tabela

No jogo de abertura da sétima rodada do Brasileirão, realizado no Morumbis na última sexta-feira (02), São Paulo e Fortaleza desperdiçaram as chances que tiveram de marcar e ficaram no 0 a 0 com resultado ruim para ambas as equipes, mas pior para o Fortaleza, que agora ocupa a primeira posição na zona de rebaixamento.

O primeiro tempo foi morno, com o Tricolor paulista sem conseguir impor ritmo ou levar perigo ao time visitante. Por outro lado, o Fortaleza, que precisava da vitória, teve as melhores chances da etapa inicial. A primeira veio aos oito minutos, quando Yago Pikachu roubou a bola no campo de defesa e puxou o contra-ataque. A jogada terminou com Breno Lopes, que ganhou dos marcadores, mas foi bloqueado por Wendell na hora da finalização. Aos 12 minutos, Breno teve outra oportunidade, mas chutou para fora. Ainda no primeiro tempo, Lucero arriscou da entrada da área, mas a bola desviou e saiu pela linha de fundo.

O São Paulo só respondeu aos 25 minutos, com um cabeceio de André que passou à direita do gol. Aos 39, Breno Lopes recuperou a bola no meio de campo, avançou e arriscou de longe, mas Rafael defendeu com tranquilidade. A última chance da etapa foi  em uma cobrança de falta de Alisson que também saiu à direita da meta defendida por João Ricardo.

Jogadores do São Paulo e Fortaleza conversam com o árbitro da partida. Foto: Marcelo Zambrana/AGIF

A segunda etapa começou mais animada. Logo no primeiro minuto, André Silva roubou a bola e tocou para Lucas Ferreira, que com liberdade invadiu a área e finalizou para boa defesa de João Ricardo. Três minutos depois, Ferreirinha inverteu para Ferreira, que cortou para o meio e bateu — novamente o goleiro defendeu.

Aos 15, André Silva girou com categoria e tocou para Ferreirinha, que ganhou da marcação, invadiu a área sozinho e foi derrubado pelo goleiro. O árbitro marcou pênalti na hora. O próprio camisa 11 foi para a cobrança, mas João Ricardo defendeu com tranquilidade. 

Depois do lance, o jogo seguiu morno e a única chance real de gol saiu aos 41 e foi para os visitantes. Deyverson aproveitou um erro da defesa do Tricolor Paulista, recebeu a bola e chutou, mas foi travado por Ruan.

Com o empate, o São Paulo chegou a nove pontos e ocupa o 11° lugar na tabela. Por outro lado, a situação do Fortaleza se complicou: com sete pontos conquistados até aqui, a equipe caiu para a 17ª posição. Na próxima rodada, o Leão do Pici enfrenta o Juventude, no sábado (10), às 16h  (horário de Brasília). Já o Tricolor Paulista volta a campo no domingo (11), às 17h30 (horário de Brasília), contra o Palmeiras.

 

Corinthians 4x2 Internacional 

Com hat-trick do camisa 9, Alvinegro e Colorado protagonizam duelo com direito a oito gols

Na Neo Química Arena, Corinthians e Internacional realizaram um duelo eletrizante, com direito a viradas e oito gols marcados — seis deles validados. Com três gols de Yuri Alberto e um de Igor Coronado, o Timão venceu o Colorado por 4 a 2. Os tentos da equipe gaúcha foram anotados por Braian Aguirre e Thiago Maia. A expulsão do volante Bruno Henrique, no segundo tempo, pesou na queda de rendimento dos visitantes, que chegaram a estar vencendo por 2 a 1, mas não conseguiram sustentar a vantagem.

O primeiro tempo foi bem movimentado, a primeira grande chance foi para os donos da casa. Aos 11 minutos, Romero cruzou para Memphis Depay cabecear, acertando o travessão da meta defendida por Anthoni. Já a primeira finalização do Inter foi aos 22, com Bruno Henrique, mas o chute subiu demais e saiu pela linha de fundo.

Aos 24 minutos, Memphis tocou para Yuri Alberto limpar e chutar no cantinho para abrir o placar da partida. Depois do gol para o Alvinegro, a equipe gaúcha teve boas chances de marcar, mas até então, Hugo Souza estava se sobressaindo nos lances. Até que, aos 37, Wesley cruzou, o goleiro corintiano não conseguiu afastar e Braian Aguirre, livre de marcação, completou para empatar o placar. Quatro minutos depois, a equipe do Internacional virou. Aos 41, após troca de passes rápida, Thiago Maia recebeu sozinho para marcar e virar o jogo para o Colorado. 

Atrás no placar, a equipe do Corinthians voltou para mais intensa para a etapa inicial. Com chances de tirar o fôlego desde o primeiro minuto, a equipe empatou a partida logo aos sete minutos, com Yuri, que recebeu livre e chutou, mas após revisão do VAR, o lance foi anulado por uma falta de Matheuzinho sobre Wesley na origem da jogada.

Com 15 minutos do segundo tempo, Bruno Henrique, volante do Colorado, cometeu falta em Raniele recebeu o segundo cartão amarelo e deixou a equipe com um a menos. Três minutos depois, Matheus Bidu ajeitou de cabeça para Yuri Alberto completar e empatar o placar da partida — e, desta vez, o lance foi validado pela arbitragem. 

Yuri Alberto comemora seu gol com Foto: Rodrigo Coca/ Agência Corinthians

A virada quase veio aos 33, quando Carrillo cruzou para Memphis pegar de primeira e marcar um golaço. No entanto, o lance foi revisado e invalidado por uma falta de André Ramalho em Luis Otávio. 

Aos 45, o VAR entrou em campo novamente, desta vez a favor do Timão, e o árbitro marcou um pênalti de Óscar Romero em Bidu. Yuri foi para a cobrança e completou, virando o placar da partida e garantindo seu hat-trick. Ainda deu tempo de Igor Coronado receber livre, aos 57 minutos, e marcar o último gol do jogo.

Com o resultado, o Corinthians chegou aos 10 pontos e ocupa o oitavo lugar da tabela, um a mais do que o Internacional, que é o nono colocado. Na próxima rodada, o Timão enfrenta o Mirassol no sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília) . Já o Inter encara o Botafogo, no domingo (11), às 18h30 (horário de Brasília), no Nilton Santos.

 

Ceará 1x0 Vitória 

                                                                                            Ceará conquista vitória magra em casa

Também no início da noite de sábado (03), às 18h30, O Ceará derrotou o Vitória por 1 a 0, com gol de Marlon na etapa final, e manteve a sua invencibilidade no Estádio Presidente Vargas.

O Leão da Barra teve mais chances no começo do primeiro tempo, utilizando-se de uma marcação alta e, consequentemente, criando boas chances de abrir o marcador. Aos cinco minutos, após cruzamento de Jamerson, Janderson cabeceou com força, mas a bola saiu em tiro de meta. Aos 14, Carlinhos se jogou para finalizar após cruzamento de Claudinho, mas, desequilibrado, mandou para fora. O Ceará respondeu aos 18 minutos, com uma cobrança de falta de Lucas Mugni que passou longe do gol.

Os minutos finais da etapa inicial, reservaram grandes chances para as duas equipes. Aos 43, Matheuzinho desarmou e partiu em contra-ataque, finalizando da entrada da área, mas o goleiro defendeu. Na sequência, Pedro Raul recebeu cruzamento para cabecear, mas Lucas Arcanjo defendeu. Aos 45 minutos, Galeano arriscou de longe, a bola desviou em Pedro Henrique e passou muito perto do gol. O Vitória respondeu cinco minutos depois, com finalização desviada de Lucas Braga que também passou muito perto da meta.

Na segunda etapa, o Ceará voltou mais agressivo. Logo aos dois minutos, após cobrança de falta ensaiada, Matheus Bahia chutou de longe e Arcanjo defendeu. No rebote, Pedro Henrique tentou finalizar, mas foi travado por Carlinhos. Aos oito minutos, Pedro Henrique cobrou falta e acertou o travessão. Dois minutos depois, Marllon aproveitou cruzamento e, sem precisar subir muito, cabeceou sozinho para abrir o placar.

Marllon comemora seu gol com Foto: Stephan Eilert / Ceará SC

Depois do gol, o Vozão ainda teve mais uma boa chance aos 15 minutos, com Pedro Henrique finalizando de fora da área e parando em boa defesa de Lucas Arcanjo. O Rubro-negro buscou o gol de empate em duas oportunidades, ambas com Wellington Rato. Na primeira, aos 26 minutos, o camisa 10 arriscou de fora da área, mas Fernando Miguel — em dois tempos — defendeu e na outra, aos 30 minutos, o atacante ficou com uma sobra com pouco ângulo, exigindo mais uma boa defesa do goleiro.

O Ceará voltou a assustar aos 36 minutos. Rômulo arriscou de longe, Arcanjo defendeu e, no rebote, Pedro Henrique chutou, mas parou mais uma vez no goleiro rubro-negro.

Com o resultado, o Vozão chegou aos 11 pontos e ocupa o sétimo lugar na tabela. Já o Vitória caiu para a 18ª colocação, com apenas seis pontos somados.

Na próxima rodada, o Rubro-Negro enfrenta o Vasco da Gama no sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília), no Barradão. O Ceará entra em campo apenas na segunda-feira (12), contra o Santos, às 20h, na Vila Belmiro.

 

Fluminense 2x1 Sport

Após mais uma derrota, Pepa não é mais o técnico do Leão da Ilha

Na noite de sábado (03), o Fluminense marcou, no último minuto, o gol que garantiu a vitória de virada da equipe sobre o Sport, por 2 a 1, com gols de Pablo para o Leão e Serna e Everaldo para o Tricolor carioca.  Após a partida, o Sport anunciou a demissão do técnico Pepa.

Nos primeiros minutos, o Tricolor buscava controlar o ritmo da partida com troca de passes e jogadas pelos lados do campo, mas o Sport se defendia bem e levava perigo nos contra-ataques. Aos oito minutos, Cariús tocou para Chrystian Barletta, que apareceu livre e finalizou para boa defesa de Fábio.

Aos 23 minutos, Lucas Lima cruzou e Pablo, de cabeça, abriu o placar para o Leão da Ilha. O Sport seguiu se lançando ao ataque e aos 28 minutos, Pablo tocou para Barletta, que chutou dentro da área e Fábio defendeu. No rebote, Atencio acertou a trave, e na sequência, Lucas Lima finalizou, mas o goleiro do Flu segurou com segurança.

O time carioca respondeu um minuto depois, com chute de fora da área de Canobbio, que contou com um leve desvio de Caíque França antes de sair à esquerda do gol. Aos 37, o camisa 17 recebeu cruzamento de Arias, mas Caíque defendeu. O Tricolor ainda teve duas boas chances para empatar no fim da etapa inicial, aos 42, com Ganso, e aos 44, com Arias — ambos de cabeça —, mas a bola passou por cima do gol.

No segundo tempo, o Fluminense partiu para a pressão e aos 14 empatou o placar. Arias recebeu, se livrou da marcação e cruzou na medida para Serna completar para o fundo das redes. 

Aos 26, o árbitro chegou a apitar um pênalti em Arias, mas depois de analisar o lance, anulou o pênalti. Depois disso, o Flu seguiu buscando o gol e no último minuto da partida, aos 51 minutos, em cobrança de lateral, Arias repetiu o passe do primeiro gol e Everaldo marcou de cabeça, garantindo a virada e os três pontos para a equipe.

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Serna comemora seu gol. Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C

Com o resultado, o Sport permanece na lanterna do Brasileirão, com apenas dois pontos conquistados. Já o Fluminense chegou aos 13 pontos e ocupa a quinta colocação na tabela.

Ainda no sábado, o Sport anunciou oficialmente a demissão do técnico Pepa. O treinador, que comandava a equipe desde o ano passado e teve papel fundamental no acesso à Série A com aproveitamento de 64,5% em 28 rodadas, não resistiu ao mau início no campeonato. Nos sete jogos disputados até aqui, o time teve cinco derrotas e dois empates. Além dele, os auxiliares Samuel Correia, Hugo Silva, Pedro Oliveira e Pedro Azevedo também foram desligados.

Na próxima rodada o Sport receberá o Cruzeiro, no domingo (11), às 16h (horário de Brasília). Já o Fluminense enfrentará também no domingo (11), o Atlético-MG, fora de casa, às 17h30.

 

Bahia 1x0 Botafogo

Tricolor conquista mais um resultado importante no Brasileirão

No último sábado (3), o Bahia venceu o Botafogo por 1 a 0 na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. O time baiano vinha em boa fase, com quatro vitórias consecutivas, enquanto o Botafogo vinha de dois triunfos seguidos.

Tomada pela forte chuva em Salvador, a partida foi marcada pelo equilíbrio no início, com ambas as equipes tendo dificuldades para criar chances claras de gol. Porém, o Bahia começou o primeiro tempo dominando o jogo, com seu estilo baseado em passes rápidos, e passou a pressionar o adversário.

Aos 30 minutos, o Botafogo tentou uma jogada ensaiada em falta cobrada por Marlon Freitas e Artur, mas a bola não levou perigo. Em seguida, Vitinho fez uma boa jogada pela direita, mas o cruzamento não foi aproveitado por Mastriani.

O Bahia seguiu com grande volume ofensivo e, aos 38 minutos, após uma jogada brilhante de Erick Pulga, que driblou três jogadores do Fogão, Cauly recebeu o passe e marcou um gol com muita categoria.

Sob forte chuva, Bahia comemora gol da vitória. Foto: Reprodução/Instagram/Bahia

No segundo tempo, os donos da casa tiveram um gol anulado após revisão do VAR, que marcou impedimento de Juba. O Glorioso tentou pressionar, e aos 24 minutos, Artur teve uma boa chance após um roubo de bola, mas finalizou em cima do goleiro Marcos Felipe.

O goleiro John, do Botafogo, foi expulso por colocar a mão na bola fora da área, mas após revisão do VAR, a punição foi revertida para cartão amarelo. O Tricolor conseguiu segurar o placar magro e garantiu a vitória.

Com o resultado, o Bahia subiu para a sexta posição no Campeonato Brasileiro, com 12 pontos, enquanto o Botafogo estacionou no meio da tabela, com 8 pontos.

O próximo compromisso das equipes é pela Copa Libertadores. O Fogão visita o Carabobo, da Venezuela, às 19h desta terça-feira (6), enquanto o Tricolor recebe o Nacional, do Uruguai, às 19h de quarta-feira (7).

 

Grêmio 1x0 Santos

Após seis partidas sem vencer, Grêmio se recupera com placar magro

Na tarde deste domingo (4), o Grêmio venceu o Santos por 1 a 0 na Arena e se recuperou após uma sequência sem vitórias. Em um jogo marcado por muitos erros e pouco brilho técnico, o destaque ficou por conta de Cristian Oliveira, autor do gol que garantiu a vitória do time gaúcho.

A partida começou com o Santos tomando a iniciativa e mantendo mais a posse de bola. Nos primeiros minutos, o jogo foi intenso, com entradas duras e cartões amarelos para ambos os lados.

A primeira grande chance foi do time paulista, quando Soteldo acionou Deivid Washington, mas a defesa gremista conseguiu interceptar. O Grêmio respondeu logo em seguida com uma boa chance de Cristian Oliveira, que parou na defesa do goleiro Brazão.

Apesar das tentativas, o primeiro tempo foi truncado, com muitas falhas defensivas e erros de passe dos dois times. O Peixe tentou pressionar no fim da primeira etapa, mas sem sucesso. O placar ficou no zero a zero até o intervalo.

Na volta para o segundo tempo, o time gaúcho apresentou mais intensidade e passou a controlar melhor as ações. Cristian Oliveira quase marcou aos 12 minutos, mas a jogada foi cortada por Zé Ivaldo.

Jogadores do Grêmio celebram gol de Cristian Olivera. Foto: Reprodução/Instagram/Grêmio

A insistência gremista foi recompensada aos 31 minutos, quando o próprio Cristian recebeu assistência de Alysson e finalizou com precisão para garantir o gol da vitória.

Após sofrer o gol, o Santos tentou reagir e buscou o empate, mas encontrou dificuldades para furar a marcação do Grêmio. A equipe gaúcha soube administrar a vantagem até o apito final, somando três pontos importantes.

O resultado alivia a situação do Grêmio, que subiu para a 12ª colocação com oito pontos, enquanto o Santos permanece em situação delicada, ocupando a vice-lanterna da tabela com apenas quatro pontos. Os gaúchos vão ao Peru para enfrentar o Club Atlético Grau, pela Copa Sul-Americana, enquanto o Peixe só volta a campo na próxima segunda (12), quando recebe o Ceará.

 

Vasco 0x1 Palmeiras

Vitor Roque marca pela primeira vez, e Verdão vence Vasco no Mané Garrincha

Em Brasília, o Palmeiras venceu o Vasco por 1 a 0, com gol de Vitor Roque — que balançou as redes pela primeira vez com a camisa alviverde — e retornou a liderar o Campeonato Brasileiro.

A primeira grande chance da partida saiu aos oito minutos e foi para o Palmeiras. Estêvão recebeu passe de Piquerez, invadiu a área e chutou para a defesa de Léo Jardim. O Gigante da Colina respondeu aos 14, com Loide Augusto, que recebeu cruzamento de Paulo Henrique e, livre de marcação, chutou de primeira, para defesa tranquila de Weverton. Um minuto depois, Loide ganhou de Giay e tocou para Rayan finalizar, mas o goleiro palmeirense defendeu mais uma.

Aos 17, foi a vez do Palmeiras responder, Estêvão cobrou escanteio para a entrada da área, Felipe Anderson cabeceou para o meio e Bruno Fuchs desviou para fora. A melhor chance da etapa inicial saiu aos 48 minutos, Nuno Moreira cobrou uma falta em direção à área, Weverton saiu da meta para afastar, mas a bola sobrou para João Victor chutar para o gol, mas Giay, de bicicleta, afastou o perigo.

O Alviverde voltou mais ofensivo para a segunda etapa e, logo aos três minutos, teve uma grande chance. Piquerez tocou para Emiliano Martínez finalizar de fora da área, a bola ainda desviou na zaga do Vasco, mas Léo Jardim se esticou todo e defendeu, evitando o gol do Verdão.

Antes de balançar as redes, o Palmeiras teve chances com Piquerez e Richard Rios, ambos em finalizações de fora da área. Aos 15 minutos, Facundo Torres pressionou Hugo Moura, que errou na saída de bola. Estêvão recuperou e rolou para Vitor Roque completar e marcar seu primeiro gol com a camisa do Alviverde.

Vitor Roque comemora seu gol. Foto: César Greco/Palmeiras

Com a vantagem no placar, a equipe comandada por Abel Ferreira controlou o ritmo de jogo e garantiu mais três pontos no campeonato nacional.

Com o resultado, o Palmeiras chegou aos 16 pontos e assumiu a liderança do Brasileirão. Por outro lado, o Vasco segue com sete pontos e caiu para o 14° lugar. 

O Gigante da Colina volta a campo no próximo sábado (10), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Vitória, fora de casa. Já o Verdão recebe o São Paulo, às 17h30, no domingo (11). 

 

Cruzeiro 2x1 Flamengo

Rubro-Negro sofre primeira derrota no Brasileirão e deixa a liderança

Fechando o domingo (4), o Mineirão foi palco de um clássico nacional. O Cruzeiro venceu o Flamengo por 2 a 1, em uma partida marcada por emoções até o apito final.

O Flamengo começou o jogo com uma proposta ofensiva, mas foi o Cruzeiro que saiu na frente. Aos 14 minutos, Kaio Jorge driblou Léo Pereira, arrancou e acertou um chute no canto, abrindo o placar para o Cabuloso.

A equipe carioca respondeu rapidamente, com uma ótima defesa de Cássio após cabeçada de Léo Ortiz. Kaio Jorge ainda teve nova oportunidade aos 31 minutos, mas parou no travessão.

O empate veio aos 43 minutos, quando Gerson ajeitou e Arrascaeta chutou no ângulo de Cássio; o uruguaio,que jogava no Cruzeiro, não comemorou o gol em respeito ao ex-clube.

O segundo tempo teve ritmo ainda mais intenso, com chances claras para os dois lados. O Cruzeiro foi quem mais pressionou, exigindo boas defesas do goleiro Rossi, principalmente em finalizações de Matheus Pereira e Kaio Jorge.

Gabigol pega rebote de pênalti perdido para desempatar o jogo nos acréscimos. Foto: Reprodução/X/Cruzeiro

Aos 43 minutos, Gabigol, ídolo do Flamengo, entrou em campo pela primeira vez contra a equipe carioca. E foi dele o lance final: aos 48, perdeu um pênalti, defendido por Rossi, mas aproveitou o rebote para marcar o gol da vitória cruzeirense.

Com o resultado, a equipe mineira manteve-se no G4, próxima do topo da tabela, enquanto o Flamengo perdeu a invencibilidade e a liderança da competição, agora ocupada pelo Palmeiras.

Os dois clubes entram em campo nesta quarta-feira (7), às 21h30, por competições internacionais. O Flamengo vai à Argentina encarar o Central Córdoba pela Libertadores, enquanto o Cruzeiro visita o Mushuc Runa no Equador, pela Copa Sul-Americana.

 

Juventude 0x1 Atlético-MG

Com gol de Scarpa, Galo conseguiu sua segunda vitória no campeonato

O Atlético-MG conquistou sua primeira vitória fora de casa no Brasileirão ao derrotar o Juventude por 1 a 0 nesta segunda-feira (5), em uma partida repleta de lances polêmicos e revisões do VAR.

O gol da vitória foi marcado por Gustavo Scarpa, em cobrança de falta com desvio, ainda no primeiro tempo. O resultado tirou o Galo da zona de rebaixamento, levando o time à décima colocação, enquanto o Juventude caiu para o 15º lugar.

O jogo começou agitado, com boas chances para os dois lados. O Juventude quase abriu o placar logo no início, com Jadson driblando o goleiro Everson, mas Fausto Vera salvou de cabeça. O Atlético chegou a marcar com Rony após lançamento de Cuello, mas o gol foi anulado por impedimento.

Gustavo Scarpa comemora o gol da vitória do Galo. Foto: Reprodução/X/Atlético-MG

Aos 29 minutos, após perder chance clara, Scarpa cobrou falta em direção à área, a bola passou por todos os defensores e morreu no fundo das redes, abrindo o placar para o Galo.

O time mineiro manteve o domínio durante todo o primeiro tempo e voltou para a segunda etapa pressionando ainda mais. Apesar das oportunidades criadas, o Galo pecou nas finalizações.

O Juventude, mesmo com dificuldades, conseguiu balançar as redes aos 22 minutos com Nenê, mas o gol foi anulado por toque de mão de Ênio na origem da jogada.

A partida seguiu com o Atlético desperdiçando chances e o Juventude crescendo no jogo. Aos 34 minutos, o time da casa teve pênalti marcado, mas novamente o VAR entrou em ação e anulou a jogada por impedimento, frustrando a torcida mandante. Apesar da pressão final, o placar não se alterou, e o Atlético confirmou uma vitória importante fora de casa.

Agora, o Juventude se prepara para enfrentar o Fortaleza no próximo sábado (10), enquanto o Atlético-MG viaja ao Chile para encarar o Deportes Iquique às 19h de quinta-feira (8), pela Copa Sul-Americana.

 

Red Bull Bragantino 1x0 Mirassol

Com a vitória em casa, Massa Bruta empatou com o Palmeiras em pontos

O Red Bull Bragantino venceu o Mirassol por 1 a 0 nesta segunda-feira (5), e assumiu a vice-liderança da competição, com 16 pontos — mesma pontuação do líder Palmeiras, que leva vantagem no saldo de gols.

O jogo também marcou a estreia do novo estádio do clube, o Estádio Cícero de Souza, em Bragança Paulista, e contou com um gol salvador do atacante Isidro Pitta nos acréscimos do segundo tempo.

O primeiro tempo foi movimentado e com boas chances para ambos os lados. O Bragantino foi mais ofensivo e acertou duas bolas na trave com Jhon Jhon e Lucas Barbosa. Walter, goleiro do Mirassol, fez defesas importantes, evitando gols em finalizações de Juninho Capixaba e Sasha.

Pitta salva o Bragantino com gol nos acréscimos. Foto: Reprodução/X/Red Bull Bragantino

Do lado do Mirassol, Reinaldo quase surpreendeu em cobrança de falta direta, mas parou em Cleiton.

No segundo tempo, o Mirassol voltou com mais intensidade e quase abriu o placar com Fabrício Daniel e Edson Carioca, que levaram perigo em jogada de contra-ataque.

O Bragantino seguiu com mais posse de bola e criou oportunidades importantes com Vinicinho e Juninho Capixaba, mas sem sucesso nas finalizações. A defesa do Mirassol, liderada por Yago Felipe, conseguiu afastar o perigo em várias ocasiões.

A partida parecia caminhar para um empate, até que, aos 46 minutos da etapa final, Pedro Henrique fez boa jogada e encontrou Isidro Pitta livre na área. O atacante dominou e bateu cruzado para garantir a vitória do Massa Bruta, que segue firme na briga pela liderança do Brasileirão.

O Bragantino vai a Porto Alegre para enfrentar o Grêmio no próximo sábado (10), enquanto o Mirassol, que tem 7 pontos e está na 16ª posição, recebe o Corinthians, também no sábado.

Trio se junta à FURIA como representantes do Brasil na Kings World Cup Clubs
por
Fernando Muro Schwabe
Daniel Santana Delfino
|
13/05/2025 - 12h

A Kings League, liga de futebol sete fundada pelo ex-jogador Gerard Piqué em 2022, está em sua primeira temporada no Brasil. Disputada na Oreo Arena, em Guarulhos (SP), o torneio definiu, na última sexta-feira (9), as quatro equipes classificadas para as semifinais e que representarão o Brasil no mundial da categoria, que acontece em Paris, no mês de junho. 


Capim FC 4 X 5 Desimpedidos Goti

Abrindo o mata-mata da Kings League Brazil, o Capim FC começou com tudo, marcando com o goleiro Barata ainda no primeiro minuto. A equipe ampliou quatro minutos depois com boa finalização de Igo. O terceiro gol do Capim foi marcado por GB Medeiros, aos dez minutos da etapa inicial. Antes do apito final no primeiro tempo, Luisinho marcou e diminuiu para o Desimpedidos Goti.

Desimpedidos Goti chegou a perder por 3 a 0, mas buscou a virada e a vaga na semifinal da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Desimpedidos Goti chegou a perder por 3 a 0, mas buscou a virada e a vaga na semifinal da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

No segundo tempo, Marcelinho diminuiu a desvantagem do Desimpedidos no primeiro minuto, cobrando pênalti. Aos 30, Cadu acertou chute preciso e empatou o jogo. O camisa 6 voltou a marcar um minuto depois e virou o jogo para o Desimpedidos Goti. Aos 36 minutos, o Capim FC empatou com o presidente Jon Vlogs cobrando pênalti. No lance seguinte, foi a vez de Toguro converter o pênalti presidente, colocando o quinto gol do Desimpedidos no marcador e dando números finais à partida.

Com a vitória, o Desimpedidos Goti está classificado para as semifinais da competição e também vai ao Kings World Cup Clubs 2025. 

Nyvelados FC 1 X 4 Fluxo FC

Na segunda partida da noite, o Fluxo FC saiu na frente com Boolt aos sete minutos. Aos 19, Luan marcou e empatou para o Nyvelados. A igualdade no placar não durou muito tempo, já que Vini voltou a colocar o Fluxo na frente aos 20 minutos de jogo.

O Fluxo FC surpreendeu o favorito Nyvelados FC nas quartas de final da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O Fluxo FC surpreendeu o favorito Nyvelados FC nas quartas de final da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Precisando empatar, o Nyvelados teve grandes oportunidades. A equipe, entretanto, acabou não conseguindo vazar a rede adversária. Aos 32 minutos, Chaveirinho marcou o terceiro do Fluxo na cobrança de shoot out. Aos 37, Helber mandou a bola para o fundo da rede, marcando o quarto do Fluxo e carimbando o passaporte da equipe para o mundial de clubes em Paris. 

Dendele FC 8 X 4 G3X FC

Na última partida da noite, o jogo começou movimentado. Aos quatro minutos, o Dendele abriu o placar com Lucas Hector. Aos oito, Romarinho mandou contra o próprio gol e empatou para o G3X FC. Aos 13, Lucas voltou a ampliar para o Dendele. Um minuto depois, a equipe presidida por Gaules empatou com Rufino. O G3X virou o placar aos 19, com Ton empurrando a bola pro fundo da rede. 

No segundo tempo, o Dendele FC utilizou a carta secreta, o Jogador Estrela, em Tuco. O camisa 92 marcou aos 22. Devido ao power up da carta, o gol valeu por dois, virando o placar para o Dendele. Aos 24, Luqueta converteu o pênalti presidente e aumentou a vantagem de sua equipe.

O capitão Tuco virou o jogo pro Dendele FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O capitão Tuco virou o jogo pro Dendele FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Aos 35, Kelvin Oliveira acabou perdendo o shoot out, utilizado no lugar do pênalti presidente. Três minutos depois, o G3X utilizou sua carta secreta, que deu nova cobrança de shoot out para o camisa 9, que converteu. Aos 40 minutos, o VAR revisou uma disputa na área e marcou pênalti para o Dendele. Lucas Hector bateu e converteu. Como a partida já estava nos minutos finais, o gol do camisa 29 valeu por dois. Aos 41 minutos, Rufino acabou expulso por falta dura, encerrando o sonho do G3X FC em buscar o empate. 

Com a vitória surpreendente, o Dendele, que se classificou para o mata-mata no último lance da fase regular, também representará o Brasil em Paris, no mês de junho. 

Na segunda-feira (12), as semifinais da Kings League Brazil trazem emoção e definem os finalistas da primeira edição do torneio. A decisão acontece no domingo (18), no Allianz Parque, em São Paulo (SP). 

Vale ressaltar que a FURIA já estava classificada para as semifinais da Kings League Brazil porque terminou a fase regular na primeira posição geral. Confira os horários dos confrontos:

 

  • 19h: FURIA FC X Desimpedidos Goti
  • 20h: Fluxo FC X Dendele FC
O time venceu a primeira na Inglaterra e garantiu a classificação na França
por
Lorrane de Santana Cruz
|
13/05/2025 - 12h

Na última quarta-feira (7) Paris Saint Germain e Arsenal voltaram a campo para disputar o segundo jogo válido pela semifinal da Liga dos Campeões.

Jogando em casa, o PSG precisava de um empate para classificar, enquanto os ingleses viajaram precisando de dois gols para garantir a classificação direta. O técnico Luis Enrique escalou o time francês com Dembélé no banco, o artilheiro é o principal jogador da equipe e marcou o gol da vitória na Inglaterra no primeiro jogo. No placar agregado a partida acabou 3 a 1 para os franceses.

Perdendo por 1 a 0, o Arsenal iniciou o primeiro tempo mantendo a posse de bola, diferente do que foi na primeira partida. Com 2 minutos de jogo, Declan Rice, camisa 41 do time inglês subiu mais que Marquinhos e cabeceou em direção ao gol, mas a bola foi para fora. Logo depois, em uma cobrança de lateral, Thomas Partey lançou a bola para área francesa e Martinelli apareceu de trás para chutar, mas a bola parou em Donnarumma que salvou o Paris de tomar gol cedo.

Uma das defesas do goleiro do Paris na partida
Uma das defesas do goleiro Donnarumma na partida (imagem: Instagram oficial @psg)

Aos 7 minutos em outra cobrança de lateral realizada por Partey, a bola entrou na meta do Paris, e os zagueiros sumiram para tirar, porém no rebote Odegaard chutou e obrigou o goleiro do time francês a fazer outra difícil defesa. Com a pressão feita pelo Arsenal, o PSG teve sua primeira boa oportunidade aos 16 minutos, quando Doué tocou para Kvaratskhelia que chutou firme, carimbando a trave de Raya.

Em um erro da defesa inglesa aos 22, Barcola roubou a bola e arrancou em direção a área onde achou Doué livre, o camisa 14 do Paris bateu fraco em direção ao gol e o goleiro do Arsenal defendeu.

O time de Londres acumulou chances perdidas de abrir o placar ainda no primeiro tempo. Com 26 minutos, Rice deu uma entrada forte em Kvaratskhelia e foi punido com o cartão amarelo.

O Paris Saint-Germain aproveitou a falta e lançou a bola na área que foi interceptada pela defesa do Arsenal, no entanto, Fabián Ruiz aproveitou o rebote e lançou um chute em direção ao gol para abrir o marcador no Parc des Princes.

Na volta do intervalo, os visitantes se mantiveram no ataque. A equipe treinada por Arteta via a pressão aumentar junto com o placar agregado de 2 a 0. Saka tentou levar perigo em uma cobrança de escanteio, porém o goleiro do Paris interceptou. Aos 18 minutos, o Arsenal seguia buscando diminuir a diferença no placar, Bukayo Saka recebeu um passe, entrou na área e chutou forte no alto e no canto do gol de Donnarumma, que mais uma vez brilhou na partida.

No entanto, um minuto depois em uma jogada criada pelo Paris, Hakimi, chutou em direção a trave inglesa, mas a bola desviou na mão de Lewis-Skelly e o árbitro foi chamado pelo VAR que após revisão marcou pênalti para o time francês. Na cobrança, Vitinha bateu no canto e Raya foi buscar.

Os donos da casa voltaram a marcar aos 27 minutos, quando Hakimi recebeu a bola e bateu livre em direção ao gol, ampliando o placar para 3 a 0 e confirmando sua classificação para a final.

A equipe inglesa só conseguiu marcar um gol aos 30 minutos, quando Saka aproveitou um desvio do goleiro do Paris Saint-Germain e fez o primeiro do time na semifinal. Porém, o roteiro do primeiro tempo se repetiu, e a equipe voltou a perder chances de gol.

Comemoração dos jogadores do Paris Saint-Germain após classificação
Comemoração dos jogadores do Paris Saint-Germain após classificação (imagem: Instagram oficial @psg)

A final acontece dia (31) deste mês, às 16h (horário de Brasília), na Alemanha, no estádio Allianz Arena, em Munique.

A CBF finalmente conseguiu o “sim” do técnico italiano após anos de espera
por
Amanda Campos
Lorena Basilia
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12/05/2025 - 12h

 

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou, nesta segunda-feira (12), oficialmente, Carlo Ancelotti como o novo técnico da Seleção Brasileira. O renomado treinador italiano, de 65 anos, deixará o comando do Real Madrid ao final da La Liga, campeonato espanhol, e assumirá o cargo no dia 26 de maio. O anúncio aconteceu pelas redes sociais da associação, após semanas de especulações e expectativas.

As idas e vindas da decisão expôs o quanto a CBF estava disposta a tudo para garantir o nome de peso. Nas redes sociais, a entidade se tornou "chacota", desde discursos públicos até silêncios constrangedores, todas as fichas foram apostadas em um nome que não demonstrava interesse.

 

Uma enrolação digna de novela

No fim de 2022, com a eliminação do Brasil nas quartas de finais da Copa do Mundo e a saída de Tite, Ancelotti passou a ser tratado como “plano A",  a CBF garantiu que ele viria. Em 2023, o presidente Ednaldo Rodrigues falou publicamente sobre a vinda dele, como se o contrato estivesse fechado – sem nunca ter um anúncio oficial. Enquanto isso, Ancelotti seguia em silêncio, focado no Real Madrid e nas vitórias, e nunca confirmou nada. 

Sem técnico fixo, a Seleção ficou à deriva. O técnico do sub-20 da amarelinha, Ramon Menezes, assumiu como interino e comandou o Brasil em amistosos e no início da preparação olímpica. Era um nome de transição e a pressão pós-copa não ajudou. Logo após, Fernando Diniz entrou como técnico interino enquanto, ao mesmo tempo, comandava o Fluminense. Nesse cenário, a campanha nas Eliminatórias foi um desastre. O Brasil colecionou derrotas e ficou pela primeira vez fora do G-6 da América do Sul.

Em 2024, Dorival Júnior foi chamado para arrumar a casa, e ainda assim, o nome do italiano continuava a circular.  A “Era Ancelotti” era uma ilusão sustentada pela esperança e promessas. 

Com a demissão do último técnico, Dorival Júnior, no fim de março, o nome de Ancelotti foi novamente citado como um possível substituto. A ideia era convencer o técnico a vir imediatamente, para encerrar de vez o ciclo. Mas o clima esfriou de novo. Internamente, pesava o fato de ele ainda estar no Real Madrid e sem dar sinais claros de querer mudar os ares. O nome sumiu no noticiário por alguns dias, até reaparecer, dessa vez com mais força.

A contratação é histórica, por ser a primeira vez em quase 60 anos que um estrangeiro assume a Seleção Brasileira. O último foi o argentino Filpo Núñez em 1965, que comandou o time por apenas uma partida, em um amistoso contra o Uruguai. 

É oficial e imediato. Ancelotti vai fazer sua primeira atuação ainda neste mês de maio, para a convocação de dois jogos das eliminatórias da Copa de 2026. O primeiro acontecerá no dia 05 de junho, contra o Equador no Estádio Monumental Banco Pichincha, em Guayaquil. O segundo acontecerá no dia 10 de junho, contra o Paraguai, na Neo Química Arena, em São Paulo. 

 

 A escalação de estrelas do futebol 

Carlo Ancelotti começou a treinar clubes no futebol italiano em 1995,  assumiu o comando do Reggiana, depois Parma e Juventus. Mas sua trajetória de maior destaque iniciou em 2001 no Milan.

A palavra que define o esquema tático de Ancelotti é adaptabilidade, quando o técnico escalava o Milan em 4-3-2-1, o que possibilitava que um meio campo de Kaká, Pirlo, Seedorf e Gattuso pudessem, juntos, criar jogadas para o atacante mais avançado. Com a equipe italiana, ele conquistou duas Liga dos Campeões (2002-3, 2006-07) e um Mundial de Clubes FIFA em 2007, além das competições nacionais.

Kaká e Ancelotti na época de Milan — Foto: AFP PHOTO PHILIPPE MERLE
Kaká e Ancelotti na época de Milan — Foto: AFP PHOTO PHILIPPE MERLE
 

Em 2009, Carlo precisou se adequar aos moldes ingleses quando decidiu migrar para o Chelsea. As diferenças do futebol jogado não foram um problema para ele, na temporada de estreia já venceu a Premier League. Ao assumir um esquema tático mais ofensivo e móvel, o técnico conseguia dar espaço para as estrelas Lampard e Drogba serem artilheiros. A era no futebol inglês ficou marcada por uma posição mais conservadora na defesa e de inovação do meio para a frente.

Dois anos depois, Ancelotti recebeu o desafio para comandar um clube de uma liga de segundo escalão e com um jejum de títulos de quase duas décadas. Pode-se dizer que existiu um PSG antes e outro, totalmente diferente, da passagem do técnico. O italiano saiu de Paris com o sonhado título nacional e uma base para uma equipe em evolução rumo à elite do futebol.

Como se a sua glória fosse infinita, em 2014 Ancelotti somou ao extenso histórico de títulos a La Décima, o 10º título da Liga dos Campeões pelo Real Madrid. No ataque o trio BBC e o meio campo seguro de Toni Kroos e Luka Modric, criaram um 4-3-3 sólido que não deixava espaço para o adversário marcar.

Carlo Ancelotti
Ancelotti com os jogadores do Real Madrid após o título da Champions League em 2024. — Foto: Reprodução/X Twitter/ Carlo Ancelotti

Depois de Itália, Inglaterra, França e Espanha, Carlo chegou aos estádios alemães. Em 2016, no Bayern de Munique, para não perder o costume,  venceu a Bundesliga no ano em que estreou. O técnico manteve a flexibilidade e espaço para as estrelas do time brilharem. 

O retorno do craque tático para a Espanha não fugiu do esperado, o Real Madrid de 2021 estava em processo de adaptação aos jovens que chegavam e Ancelotti soube administrar e lapidar jogadores. Os brasileiros Vinicius Jr e Rodrygo foram conquistando a confiança do técnico e cresceram dentro do time de veteranos. A equipe ficou marcada por viradas históricas e a conquista da tríplice coroa em 2022.

 

Expectativa para a Copa de 2026

Com a Copa do Mundo de 2026 se aproximando, Ancelotti assume com tempo suficiente para testar, errar e acertar. Mas não há espaço para o fracasso, a pressão é imensa. O Brasil não vence a Copa há mais de 20 anos, e a seleção masculina anda colecionando frustrações. A chegada do italiano é vista como um divisor de águas, para dar esperança à torcida desesperada para resgatar o protagonismo que o país já teve. 

O placar agregado ficou 7 a 6 a favor da Inter contra o Barcelona
por
Guilherme Carvalho
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12/05/2025 - 12h

 

Nesta terça-feira (6), a Inter de Milão garantiu sua vaga na final da Champions League ao derrotar o Barcelona por 4 a 3 na prorrogação, pela segunda partida da semifinal. 

 

Assim como no jogo de ida no estádio do Barcelona, o tempo normal neste jogo da volta também encerrou com 3 a 3, no qual o placar agregado ficou em 6 a 6, levando a decisão para o tempo extra, onde o jogador Davide Frattesi marcou o gol decisivo para a Inter de Milão.

Comemoração do Davide Fratessi, jogador da Inter da Milão, após marcar o gol da classificação do time italiano para a final da Champions League
Comemoração de Davide Fratessi após ter feito o gol da classificação da Inter para a final. Foto: Divulgação/Inter de Milão

Desde o apito inicial, os italianos sufocaram o Barcelona, impedindo que os espanhóis construíssem jogadas com sua tradicional posse de bola.

 Aos 21 minutos, a recompensa veio: Dimarco interceptou um passe descuidado na saída de bola do Barcelona e, com um toque preciso, encontrou Dumfries invadindo a área. O lateral holandês, em vez de finalizar, rolou com altruísmo para Lautaro Martínez, que, sem goleiro, apenas empurrou para o gol, fazendo 1 a 0 e incendiando o San Siro. 

O Barcelona, apesar de ter mais posse, não conseguia furar o bloqueio defensivo da Inter, com Çalhanoglu e Barella neutralizando as tentativas de Pedri e Dani Olmo no meio-campo. O time italiano ainda criou chances, como um gol anulado de Acerbi por impedimento após cruzamento de Çalhanoglu.

Nos acréscimos, o momento decisivo: O atacante Lautaro Martínez da Inter foi derrubado pelo zagueiro Cubarsí na área após um giro rápido. Inicialmente, o árbitro mandou seguir, mas após revisão no VAR confirmou o pênalti. Çalhanoglu, com frieza, bateu forte no canto direito, enganando o goleiro Szczesny, que caiu para o lado oposto, fechando o primeiro tempo em 2 a 0. 

O placar refletiu a superioridade italiana, enquanto o Barcelona parecia perdido, sem criar chances claras.

O segundo tempo trouxe um Barcelona completamente diferente, impulsionado pela urgência e ajustes táticos de Hans Flick. Os espanhóis voltaram com intensidade, utilizando a velocidade de Lamine Yamal e Raphinha pelas pontas e a criatividade de Pedri no meio. 

Aos 8 minutos, a reação começou: o espanhol Gerard Martín, explorando o corredor direito, cruzou na medida para o zagueiro Eric García, que acertou um chute colocado no ângulo, sem chances para Sommer, reduzindo para 2 a 1. O gol deu vida ao Barcelona, que passou a pressionar. 

Apenas sete minutos depois veio o empate. Martín brilhou novamente, cruzando com precisão para Dani Olmo, que ganhou no corpo da zaga “interista”e cabeceou para empatar em 2 a 2. 

A Inter, atordoada, dependia das grandes defesas de seu goleiro, Sommer. Primeiro, salvou um chute à queima-roupa de Eric García após novo passe de Martín, depois, se esticou para desviar um chute de Yamal de fora da área.  

Após diversas chances empilhadas pelo Barcelona, aos 42 minutos, veio a virada. Pedri achou Raphinha perto da área no lado esquerdo, o brasileiro chutou, Sommer defendeu, mas, no rebote, Raphinha bateu no contrapé do goleiro, fazendo 3 a 2 no estádio San Siro. 

A eliminação parecia iminente, mas a Inter mostrou resiliência. Aos 48 minutos, com o tempo esgotado, Thuram avançou pela direita e cruzou rasteiro para o zagueiro Acerbi, que, posicionado como centroavante, finalizou de primeira no ângulo, empatando em 3 a 3 e levando o jogo à prorrogação. 

No tempo complementar, as equipes estavam visivelmente desgastadas, mas a Inter encontrou forças para buscar a vaga. 

Aos 9 minutos do primeiro tempo extra, Thuram deu um show de força e habilidade pela direita, segurando a marcação e tocando para Taremi. O iraniano, com inteligência, deixou a bola passar para Frattesi, que chegou livre e finalizou de canhota, vencendo Szczesny e colocando a Inter de Milão na frente, 4 a 3.

 O gol reacendeu o San Siro, e o clube italiano passou a jogar com inteligência, fechando espaços. O Barcelona, desesperado, tentou reagir. Aos 12 minutos, Yamal quase empatou com um chute colocado da direita, mas Sommer, em noite inspirada, voou para fazer outra defesa espetacular. 

No segundo tempo da prorrogação, Lewandowski teve uma chance de ouro, cabeceando livre após cruzamento improvável de Yamal, mas mandou por cima, desperdiçando a oportunidade. 

A Inter, com Sommer seguro e uma defesa sólida, segurou o resultado nos minutos finais, garantindo a classificação. Yamal, novamente, ainda tentou uma última finalização com efeito, mas Sommer, mais uma vez, salvou, consolidando-se como o grande destaque da partida.

A grande final está marcada para 31 de maio, às 16h (horário de Brasília), na Allianz Arena, em Munique, contra o vencedor da outra semifinal entre PSG e Arsenal.

A corrida será realizada neste domingo. O circuito é o segundo mais rápido do calendário, perdendo apenas para o de Monza.
por
Bianca Athaide
Helena Cardoso
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17/03/2023 - 12h

No próximo domingo (19) acontece o 3º Grande Prêmio da Arábia Saudita, em Jeddah, conhecido por ser o circuito de rua mais rápido do campeonato.

Fundado em 1932 após uma intensa e sangrenta guerra civil, a Arábia Saudita é até hoje um país sem constituição ou parlamento, sendo o leito de uma monarquia absoluta, com costumes e leis embasados pelo radicalismo islâmico e tendo no petróleo a base da sua economia. A cidade sede da corrida deste final de semana é considerada a capital comercial do país e a mais rica do Médio Oriente.

O circuito de Jeddah conta 27 curvas, de até 12 graus de inclinação e três zonas de DRS - sistema de redução de arrasto, com finalidade de reduzir o arrasto aerodinâmico e permitir as ultrapassagens. Essas características foram cuidadosamente pensadas para garantir um maior desafio aos pilotos. Um exemplo foi o GP de 2021, marcado por bandeiras vermelhas, Safety Cars e confusão.

No meio desse alvoroço estavam Lewis Hamilton (Mercedes) e Max Verstappen (Red Bull), que protagonizaram uma disputa acirrada pelo título na temporada 2021. Nesta corrida em específico havia muito em jogo para o holandês, que dependendo do resultado poderia garantir seu campeonato mundial.

Os dois pilotos sozinhos marcaram sete ocorrências entre si durante o percurso, para mais tarde Hamilton garantir o primeiro lugar do pódio. A vitória possui uma particularidade por ter sido a última do piloto até hoje - o britânico não venceu nenhuma corrida na temporada de 2022 pela primeira vez na carreira.

Apesar da vitória do inglês em 2021, Verstappen foi o último piloto a subir na posição mais alta do pódio em Jeddah, na temporada de 2022, em um GP que quase foi boicotado pelos pilotos, após mísseis atingirem instalações de petróleo a cerca de 10km do circuito. Durante a transmissão do primeiro treino livre era possível ver a fumaça e foi necessária uma longa reunião com o CEO, Stefano Domenicali, e o diretor de automobilismo, Ross Brawn, para o fim de semana prosseguir. 

A pista estreita torna as ultrapassagens mais complexas, e com isso coloca a Ferrari em desvantagem, uma vez que terá que trocar a central eletrônica de Charles Leclerc. O carro do piloto monegasco vai para a terceira troca de peça, ultrapassando o limite de duas por ano, e terá uma punição de 10 posições no grid de largada. 

Em 2023, na segunda etapa do calendário, a Red Bull tem uma pequena vantagem após a corrida no Bahrein, depois de conseguir uma dobradinha com Max Verstappen e Sergio Pérez assumindo as duas primeiras colocações; seguidos por Fernando Alonso (Aston Martin). O espanhol a missão de mostrar que a equipe tem um carro com chances de disputar o Campeonato de Construtores.   

Nesta sexta-feira (17), às 10h30 (horário de Brasília), aconteceu o primeiro treino livre. No sábado (18), a classificação está marcada para às 14h (horário de Brasília). E no domingo (19), a corrida acontece a partir das 14h (horário de Brasília), com 50 voltas.

Com a volta da organização para a Inglaterra, a rivalidade de Leon Edwards e Kamaru Usman chega ao fim.
por
Guilherme Gastaldi
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17/03/2023 - 12h

No dia 18 de março de 2023 (sábado), o UFC estará de volta a The O2 Arena, em Londres, Inglaterra. A capital britânica recebe o UFC 286 que contará com um card recheado de grandes lutas, com destaque para a trilogia entre Leon Edwards e Kamaru Usman no evento principal, valendo o cinturão dos meio-médios (até 77,1 kg). Além da disputa de título, os fãs do Ultimate tem como co-evento principal o duelo entre Justin Gaethje e Rafael Fiziev, forte candidato a luta da noite, por se tratar de um confronto de dois nocauteadores.

 

Poster oficial do UFC 286. (Foto: Divulgação/ UFC)
Poster oficial do UFC 286. (Foto: Divulgação/ UFC)

 

Leon Edwards vs Kamaru Usman - A Trilogia:

O atual campeão dos meio-médios e residente de Birmingham, Inglaterra, Leon Edwards, defenderá seu cinturão contra o nigeriano Kamaru Usman, que vai a território inimigo em busca de vingança. O confronto marca o terceiro encontro entre os lutadores. O primeiro embate entre os dois ocorreu no dia 19 de dezembro de 2015 e o Nigerian Nightmare saiu como o vencedor por uma decisão unânime após três rounds de luta. Entretanto, sete anos depois, seus caminhos se cruzaram novamente, dessa vez, a luta valia o cinturão, sendo Kamaru o detentor do cinturão e Edwards o desafiante. Dessa vez, o resultado foi surpreendente e muito diferente do primeiro duelo.

Em 20 de agosto de 2022, após quatro rounds de luta, Usman vencia o combate por 3 rounds a 1 na contagem dos juízes e encaminhava mais uma defesa de cinturão ao seu cartel. Ao início do 5º, todos davam Edwards como derrotado, sem qualquer perspectiva de vitória. Porém, com apenas um minuto de luta faltando, Leon acertou um belíssimo chute de perna esquerda na cabeça de Kamaru, nocauteando o campeão e chocando o universo do MMA. O momento, seguido de uma entrevista pós-luta de arrepiar, se tornou um clássico instantâneo e já é tido para muitos como um dos maiores momentos da história do esporte. 

A derrota marcou o fim da sequência de 15 vitórias consecutivas de Kamaru Usman, deixando um gosto ainda mais amargo por estar a poucos minutos de igualar o recorde de Anderson Silva (16). Agora, o nigeriano se encontra na posição de desafiante e procura uma vitória dominante para mostrar que sua derrota foi apenas um acidente de percurso e que não irá cometer o mesmo erro novamente. Do outro lado, Rocky quer provar para o mundo que seu nocaute não foi um golpe de sorte e uma nova vitória sobre o ex-campeão mostrará que ele de fato é o melhor de divisão.

Não se sabe quem sairá daquele octógono como vencedor, nas casas de apostas, Usman aparece como o favorito. No entanto, o confronto passado mostrou que é difícil apostar contra Edwards e que de fato, tudo pode acontecer em uma luta de MMA. O placar está 1 x 1 e os lutadores se preparam para seu terceiro e último combate entre si e será sem dúvidas um daqueles momentos que o fã do esporte não vai querer perder por nada.

 

Leon Edwards e Kamaru Usman se encaram a frente de seu duelo no UFC 286. (Foto: Jeff Bottari | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images)
Leon Edwards e Kamaru Usman se encaram a frente de seu duelo no UFC 286. (Foto: Jeff Bottari | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images)

 

Promessa de Luta da Noite?

A trilogia com toda certeza será o grande evento da noite, contudo, o co-evento principal promete entregar um grande show de trocação e um verdadeiro espetáculo. A luta no peso leve (até 70,3 kg) entre o americano Justin Gaethje e o cazaque Rafael Fiziev está deixando os fãs de MMA extremamente ansiosos, isso porque ambos os lutadores são conhecidos por serem grandes nocauteadores, os chamados “strikers”. Seus estilos semelhantes indicam alta probabilidade de uma luta majoritariamente em pé, concretizando-se em um grande duelo com muita trocação, exatamente aquilo que os fãs do esporte amam.

Rafael Fiziev vem de uma sequência impressionante de seis vitórias consecutivas, tendo na sua última luta o triunfo contra o lendário lutador brasileiro e ex-campeão da categoria Rafael dos Anjos. Uma vitória contra o top 3 do ranking dos Pesos-Leves o tornaria um verdadeiro candidato a uma luta pelo cinturão. Já para Gaethje, que vem de uma derrota para Charles “do Bronx” em maio de 2022, uma vitória contra um dos principais prospectos da divisão mostraria a todos que ele merece estar no topo e pode sim vir a lutar novamente pelo cinturão.

As casas de apostas apontam um certo favoritismo para Fiziev, principalmente por ser um pouco mais jovem e estar vivendo seu auge técnico e físico. Mas assim como o evento principal, é dificílimo apontar um claro vencedor, afinal, ambos são excelentes trocadores e um golpe bem dado que qualquer um dos dois acerte pode mudar completamente o rumo da luta. O que se pode de fato apostar é que essa luta dificilmente irá para a decisão dos juízes, ou seja, as chances de um nocaute, tanto para um lado como para o outro, são imensas!

 

Justin Gaethje e Rafael Fiziev se encaram a frente de seu duelo no UFC 286. (Foto: Jeff Bottari | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images)
Justin Gaethje e Rafael Fiziev se encaram a frente de seu duelo no UFC 286. (Foto: Jeff Bottari | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images)

 

Card Completo de Lutas:

CARD PRINCIPAL. (18:00 BRT)

  • Leon Edwards (C) vs Kamaru Usman #1  (Cinturão Peso Meio-médio)
  • Justin Gaethje #3 vs Rafael Fiziev #6  (Peso-Leve)
  • Gunnar Nelson vs Bryan Barbarena  (Peso Meio-médio)
  • Jennifer Maia #8 vs Casey O'Neill #12  (Peso-Mosca feminino)
  • Marvin Vettori #4 vs Roman Dolidze #9  (Peso-Médio)

 

CARD PRELIMINAR. (16:00 BRT)

  • Jack Shore vs Makwan Amirkhani  (Peso-Pena)
  • Chris Duncan vs Omar Morales  (Peso-Leve)
  • Sam Patterson vs Yanal Ashmouz  (Peso-Leve)
  • Muhammad Mokaev #12 vs Jafel Filho  (Peso-Mosca)

 

PRELIMINARES INICIAIS. (13:30 BRT)

  • Lerone Murphy vs Gabriel Santos  (Peso-Pena)
  • Christian Leroy Duncan vs Dusko Todorovic  (Peso-Médio)
  • Jeke Hadley vs Malcolm Gordon  (Peso-Mosca)
  • Joanne Calderwood vs Luana Carolina  (Peso-Mosca feminino)
  • Jai Herbert vs L'udovít Klein  (Peso-Leve)
  • Juliana Miller vs Veronica Macedo  (Peso-Mosca feminino)

Fundada durante o auge da ditadura militar, a maior torcida organizada do país acumula episódios de resistência
por
Esther Ursulino
|
01/12/2022 - 12h

Por Esther Ursulino

No início de novembro integrantes da Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do Brasil, desbloquearam vias interditadas ilegalmente por manifestantes bolsonaristas. Inconformados com o resultado das eleições, apoiadores do atual presidente pediam por intervenção federal. O episódio, protagonizado por torcedores do timão, entrou para a lista de vezes em que a organizada se posicionou, ao decorrer de sua história, contra o autoritarismo. 

Logo após o resultado das eleições ser divulgado pelo TSE na noite de 30 de outubro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) inconformados com a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciaram protestos em diversas rodovias do país, impedindo a passagem de veículos. No dia seguinte, a Justiça Federal e o STF ordenaram que as forças de segurança realizassem o desbloqueio das estradas. Entretanto, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar não cumpriram a ordem.

Tendo em vista a omissão de quem deveria desobstruir as estradas, membros da Gaviões se mobilizaram para acabar com os bloqueios golpistas. Na noite do dia primeiro, o grupo liberou um trecho da Marginal Tietê, na altura da Ponte das Bandeiras, em São Paulo. Vídeos que repercutiram na internet mostram que, assim que os corintianos se aproximaram, os autores dos bloqueios saíram rapidamente com seus veículos. Em entrevista à Rede Brasil Atual, Chico Malfitani, um dos fundadores da Gaviões da Fiel, destaca que não houve conflito: “Ninguém foi lá para ‘quebrar o pau’, mas para dizer, ‘vamos sair’. O que a polícia poderia ter feito, é um absurdo. Isso mostra que há uma bolsonarização das forças de segurança do Brasil.”

Gaviões da Fiel estendem faixa com a frase "Somos pela democracia".
Membros da Gaviões da Fiel estendem uma faixa com a frase "Somos pela democracia" após abrirem rodovia interditada por bolsonaristas que pediam intervenção federal. 

Parte da torcida viajaria ao Rio de Janeiro para assistir ao jogo entre Flamengo e Corinthians no Maracanã. Contudo, a atitude dos torcedores do alvinegro não foi movida apenas pelo interesse em chegar até o estádio – como fez a torcida do Atlético-MG, Galoucura, que no mesmo dia furou bloqueios para assistir ao jogo contra o São Paulo no Morumbi. Os torcedores do timão expuseram o caráter político de sua ação ao arrancarem faixas e placas que pediam “intervenção federal”, penduradas em um viaduto, para estender um manto com a frase “somos pela democracia”. Também entoaram gritos de apoio a Lula, presidente eleito democraticamente.

Esse episódio de luta contra o autoritarismo, protagonizado por membros da maior torcida organizada do Brasil, se soma a um histórico de resistências que marcaram a trajetória da Gaviões da Fiel, agrupamento que nasceu para combater um ditador. 

Gaviões estendem faixa pedindo anistia
Torcedores da Gaviões da Fiel estendem faixa que pede por anistia ampla, geral e irrestrita

No momento em que a torcida organizada do Corinthians surge, em 1969, o Brasil começava a viver o auge do período de repressão da ditadura militar, que combatia de forma violenta qualquer reunião ou manifestação – além de perseguir opositores do regime. Em consonância com o contexto político, o Corinthians também passava por uma ditadura. 

No documentário Territórios do Torcer (2015), dirigido por Bernardo Borges Buarque de Hollanda, Chico Malfitani conta que o clube era presidido desde 1961 por Wadih Helu, um político da ARENA – partido que apoiava o regime militar. Segundo o fundador da Gaviões, o deputado utilizava o time politicamente para se reeleger. Além disso, o Corinthians passava por um período que ficou conhecido como “faz-me rir”, pois não conquistava títulos de grande expressão há muitos anos.

Sendo assim, a torcida organizada Gaviões da Fiel surgiu para combater a autocracia instalada por Wadih Helu e dar um novo rumo ao timão. No documentário, Malfitani ainda diz que o intuito da organização era ser uma “força fiscalizadora” independente: “Já que o maior patrimônio do Corinthians são seus torcedores, caberia a ela [torcida] decidir o rumo do clube.”. 

No livro Territórios do Torcer: depoimentos de lideranças das torcidas organizadas de futebol, José Paulo Florenzano aponta que o novo agrupamento rapidamente se revestiu de um caráter político, militante e radical. Segundo o autor, os jogos do Corinthians ofereciam aos torcedores a oportunidade aguardada para veicular suas mensagens de protesto. Inspirados no vocabulário de manifestações estudantis da época, os integrantes da Gaviões da Fiel expunham faixas com críticas ao presidente do clube, que queria se perpetuar no poder.

Um jogo entre Corinthians e Palmeiras, que ocorreu em um sábado de abril, pouco antes da Copa de 70, foi palco desses protestos. Na arquibancada do Parque Antártica, torcedores ergueram uma faixa com a frase “Basta!!! Chega de Helusão”, fazendo uma combinação entre a palavra ilusão e o sobrenome do dirigente do time. 

Florenzano ainda resgata depoimentos que Flávio La Selva, sócio número um da Gaviões, deu à revista Placar sobre a relação de Wadih Helu com  a organizada alvinegra. Segundo La Selva, o presidente do Corinthians se sentiu acuado pela existência de um movimento que tinha se construído com o objetivo de apoiar o time, mas sem deixar de lado a crítica e o direito de expressá-la. Por isso, Helu intensificou a repressão  com o intuito de calar a revolta dos torcedores. 

A partir do clássico com o São Paulo pelo Campeonato Paulista de 70 os membros da torcida não puderam mais expor suas faixas. “Dois homens que se diziam agentes do Dops aproximavam-se de quem estava mostrando as faixas e diziam que Wadi Helu era deputado, que não podia sofrer campanhas desse tipo”, conta Flávio, deixando clara a relação do dirigente do clube com os porões da ditadura.  

La Selva também relata que integrantes da Gaviões, que faziam uma passeata pela avenida Pacaembu em comemoração à vitória do time contra o Santos, no início de novembro de 1970, foram alvos de uma emboscada. Enquanto os membros da organizada confraternizavam, vinham passando dois ônibus da torcida paga por Wadih Helu. Um pretexto qualquer serviu de motivo para que os veículos parassem e sessenta homens — munidos de armas, arames, porretes e barras de ferro — saltassem e começassem a agredir o grupo. 

O método repressivo utilizado por Helu ganhou repercussão na imprensa através de manchetes como “Gaviões da Fiel espancados após vitória sobre o Santos”, do jornal Última Hora; e “Gaviões da Fiel massacrados”, da Folha da Tarde. A partir desse episódio de intimidação, a imagem do dirigente do time foi sendo desgastada, e a organizada alvinegra se tornou mais popular. O agrupamento teve grande influência nas eleições para presidência do clube em 1971, quando Miguel Martinez se tornou o novo cartola. Assim, a autocracia imposta por  Wadih Helu foi finalmente derrotada. 

Após essa conquista, a Gaviões da Fiel seguiu lutando por democracia e participação. Ainda no documentário Territórios do Torcer, Chico Malfitani destaca que a organizada sempre esteve presente em eventos políticos importantes para a história do Brasil, como nas campanhas da anistia e das diretas. Em fevereiro de 1979 atos pela anistia já tinham chegado aos campos. Em um jogo contra o Santos, torcedores do Corinthians abrem uma faixa pedindo anistia ampla, geral e irrestrita.

Tendo em vista o histórico de resistência protagonizado pela Gaviões, os novos atos em favor da democracia, como os que ocorreram em 2020 na Paulista e em novembro de 2022, nas rodovias, mostram que a organizada não abre mão dos ideais que nortearam sua fundação.

Como é o processo de profissionalização de um atleta de basquete no Brasil
por
Vitor Coelho Palhares
Cristiane Santos Gabriel
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18/11/2022 - 12h

                 Ser um esportista e não jogar futebol no Brasil é um desafio. Em âmbito profissional é ainda mais trabalhoso e improvável. No cenário do basquete nacional não é diferente. O NBB (Novo Basquete Brasil), a primeira divisão do basquete nacional, começou a operar nesse formato apenas em 2008. Os clubes formam um corpo diretivo, administrando a competição como uma liga (todos os participantes têm o mesmo peso perante as decisões votadas pela liga). O grande desafio que esse campeonato enfrenta é a falta de estabilidade das equipes envolvidas, resultando em contratos de curto período, muitas vezes nem anuais, onde o atleta cumpre com seus deveres e utilizas as instalações recebendo pelo seu serviço apenas durante o período do campeonato vigente (menos de 6 meses se a equipe não atingir as fases finais).

                O basquete profissional passa a ser encarado como um ambiente profissional, mas também de muita incerteza, como comenta o atleta do Flamengo, Gabriel “Jaú” Galvanini: “Graças a Deus hoje em dia, depois de jogar pela seleção nacional e alguns clubes, tenho estabilidade aqui no Rio (Flamengo). No começo da minha trajetória no profissional tive passagens pelo basquete espanhol e depois no interior de São Paulo (Bauru), mas sempre na expectativa de dar tudo certo, não de me estabelecer como jogador em uma equipe e incorporar seu estilo”. Segundo fontes da própria liga nacional, apenas 17 times jogarão o campeonato de 2023, totalizando aproximadamente apenas 250 atletas profissionais com uma remuneração adequada em cenário nacional.

                O outro lado do espectro traz uma grande maioria de jogadores de base que enfrentam dificuldade nessa transição entre juvenil e profissional, muitas vezes abandonando a carreira de atleta, seja por falta de condições dignas de trabalho/pagamento, ou pela estabilidade que à profissão não apresenta, além de contar com o fato de ser um trabalho de curta duração, onde o atleta se aposenta das práticas esportivas na maioria dos casos em menos de 20 anos de exercício. O atleta Nicolas Ronsini comentou sobre essa transição: “Joguei na base do Palmeiras por 7 anos, passando pela maioria das categorias, jogando pela seleção de base e ganhando diversos títulos pela minha passagem. Quando completei 19 anos recebi uma proposta para jogar em Campina Grande, pelo time da Unifacisa, minha primeira chance como profissional, contrato de um ano com cláusula de renovação de mais um. Passado o primeiro, não jogando muito, fui transferido para o Corinthians, na minha cidade natal, mas nada foi como o esperado. Depois de um ano encerraram meu contrato. Como não tinha muita segurança, decidi abandonar o basquete. Hoje, trabalho com marketing digital e controle de tráfego”.

                O cenário esportivo no Brasil precisa necessariamente de políticas públicas eficientes, apoio financeiro e visibilidade em âmbito nacional, para que mais atletas envolvidos em esportes que não sejam o futebol tenham a condição de praticá-los como uma profissão estável e rentável, ou seja, com reconhecimentos de todas as partes.

Evento realizado no Parque Ibirapuera conta com itens históricos e acontece até o dia 20 de novembro
por
Gabriel Alberto
Lucas G. Azevedo
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09/11/2022 - 12h

A Fórmula 1 comemora 50 anos do GP do Brasil em 2022 e o governo do Estado de São Paulo decidiu organizar uma exposição nostálgica que conta com diversos itens e atividades para o público.

Entrada especial instalada na Oca. Foto: Gabriel Alberto.
Entrada especial instalada na Oca. Foto: Gabriel Alberto.

O evento começa com uma linha do tempo com imagens e textos sobre grandes momentos de corridas realizadas no Brasil, tanto no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, quanto no Circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com fatos datados desde 1972.

Fotos de momentos históricos. Foto: Gabriel Alberto.

Ao andar pela exposição, também pode-se observar a história do automobilismo brasileiro através dos objetos expostos. O que chama atenção é a presença dos troféus, principalmente o “gigante brilhante” que marca o quarto GP realizado aqui, em 1975, quando José Carlos Pace ganhou sua única corrida na Fórmula 1. O próprio jornalista Reginaldo leme colaborou para a exposição com a sua raríssima medalha de 500 Grande Prêmios cobertos. 

Outro ponto alto da exibição são as vestimentas dos pilotos. Vários capacetes, não só dos brasileiros, mas também de nomes estrangeiros que fizeram história nos GPs do Brasil como Lewis Hamilton, Jenson Button e Mika Hakkinen podem ser observados de perto. Ainda dá para ver macacões usados em corridas históricas, como o verde e amarelo da Ferrari que Felipe Massa usou na sua vitória em Interlagos e o clássico macacão vermelho de Ayrton Senna. 

Macacão histórico de Rubinho Barrichello. Foto: Gabriel Alberto.
Macacão histórico de Rubinho Barrichello. Foto: Gabriel Alberto.

Para os fanáticos, há uma seção separada com miniaturas que chama a atenção de colecionadores. Com mini réplicas da Toleman que Ayrton Senna pilotou em 1984, da McLaren de Lewis Hamilton de 2008 e a Prost de Luciano Burti, por exemplo. 

Por fim, a grande atração da exposição são os carros. Poder observar de perto veículos históricos mexe com o coração daqueles mais apaixonados pelo esporte. Alguns dos carros são a Lotus de Ayrton Senna, a Ferrari onde Felipe Massa quase foi campeão em 2008 e a Jordan de Rubens Barrichello.  

E se engana quem pensa que o evento só é divertido para os fãs da categoria, como afirma Julia Nunes Ferreira, uma visitante da exposição: “Eu achei a exposição bem interativa, com muitas fotos, vídeos e textos que contavam um pouco da história, sem falar nos capacetes, essa foi a parte mais legal pra mim. Eu mesmo nunca tinha chegado perto de um carro de Fórmula 1, foi muito legal. Até quem não gosta de corrida, só de ver a história, os minis carrinhos, os macacões, vale muito a pena.”  

Carro da Ferrari na temporada 2008. Foto: Gabriel Alberto.
Carro da Ferrari na temporada 2008. Foto: Gabriel Alberto.

A exposição ainda conta com diversas atividades interativas para os visitantes. A exposição terá simuladores e uma pista de autorama para o público se divertir. Também acontecerão entrevistas ao vivo com personalidades do esporte brasileiro. 

Aos finais de semana de corrida, será possível acompanhar tudo, desde os treinos até a linha de chegada, na garage fest. Onde um telão e um DJ serão instalados na Oca para acompanhar o GP com o clima da torcida. 

O evento começou no dia 18 de outubro e vai até o dia 20 de novembro na Oca do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O ingresso é gratuito às terças, 50 reais nos outros dias e 150 reais durante os dias com garage fest. A exposição vai das 10h às 21h com grupos limitados a 200 pessoas e duração de 60 minutos.