No próximo domingo (19) acontece o 3º Grande Prêmio da Arábia Saudita, em Jeddah, conhecido por ser o circuito de rua mais rápido do campeonato.
Fundado em 1932 após uma intensa e sangrenta guerra civil, a Arábia Saudita é até hoje um país sem constituição ou parlamento, sendo o leito de uma monarquia absoluta, com costumes e leis embasados pelo radicalismo islâmico e tendo no petróleo a base da sua economia. A cidade sede da corrida deste final de semana é considerada a capital comercial do país e a mais rica do Médio Oriente.
O circuito de Jeddah conta 27 curvas, de até 12 graus de inclinação e três zonas de DRS - sistema de redução de arrasto, com finalidade de reduzir o arrasto aerodinâmico e permitir as ultrapassagens. Essas características foram cuidadosamente pensadas para garantir um maior desafio aos pilotos. Um exemplo foi o GP de 2021, marcado por bandeiras vermelhas, Safety Cars e confusão.
No meio desse alvoroço estavam Lewis Hamilton (Mercedes) e Max Verstappen (Red Bull), que protagonizaram uma disputa acirrada pelo título na temporada 2021. Nesta corrida em específico havia muito em jogo para o holandês, que dependendo do resultado poderia garantir seu campeonato mundial.
Os dois pilotos sozinhos marcaram sete ocorrências entre si durante o percurso, para mais tarde Hamilton garantir o primeiro lugar do pódio. A vitória possui uma particularidade por ter sido a última do piloto até hoje - o britânico não venceu nenhuma corrida na temporada de 2022 pela primeira vez na carreira.
Apesar da vitória do inglês em 2021, Verstappen foi o último piloto a subir na posição mais alta do pódio em Jeddah, na temporada de 2022, em um GP que quase foi boicotado pelos pilotos, após mísseis atingirem instalações de petróleo a cerca de 10km do circuito. Durante a transmissão do primeiro treino livre era possível ver a fumaça e foi necessária uma longa reunião com o CEO, Stefano Domenicali, e o diretor de automobilismo, Ross Brawn, para o fim de semana prosseguir.
A pista estreita torna as ultrapassagens mais complexas, e com isso coloca a Ferrari em desvantagem, uma vez que terá que trocar a central eletrônica de Charles Leclerc. O carro do piloto monegasco vai para a terceira troca de peça, ultrapassando o limite de duas por ano, e terá uma punição de 10 posições no grid de largada.
Em 2023, na segunda etapa do calendário, a Red Bull tem uma pequena vantagem após a corrida no Bahrein, depois de conseguir uma dobradinha com Max Verstappen e Sergio Pérez assumindo as duas primeiras colocações; seguidos por Fernando Alonso (Aston Martin). O espanhol a missão de mostrar que a equipe tem um carro com chances de disputar o Campeonato de Construtores.
Nesta sexta-feira (17), às 10h30 (horário de Brasília), aconteceu o primeiro treino livre. No sábado (18), a classificação está marcada para às 14h (horário de Brasília). E no domingo (19), a corrida acontece a partir das 14h (horário de Brasília), com 50 voltas.
No dia 18 de março de 2023 (sábado), o UFC estará de volta a The O2 Arena, em Londres, Inglaterra. A capital britânica recebe o UFC 286 que contará com um card recheado de grandes lutas, com destaque para a trilogia entre Leon Edwards e Kamaru Usman no evento principal, valendo o cinturão dos meio-médios (até 77,1 kg). Além da disputa de título, os fãs do Ultimate tem como co-evento principal o duelo entre Justin Gaethje e Rafael Fiziev, forte candidato a luta da noite, por se tratar de um confronto de dois nocauteadores.
Leon Edwards vs Kamaru Usman - A Trilogia:
O atual campeão dos meio-médios e residente de Birmingham, Inglaterra, Leon Edwards, defenderá seu cinturão contra o nigeriano Kamaru Usman, que vai a território inimigo em busca de vingança. O confronto marca o terceiro encontro entre os lutadores. O primeiro embate entre os dois ocorreu no dia 19 de dezembro de 2015 e o Nigerian Nightmare saiu como o vencedor por uma decisão unânime após três rounds de luta. Entretanto, sete anos depois, seus caminhos se cruzaram novamente, dessa vez, a luta valia o cinturão, sendo Kamaru o detentor do cinturão e Edwards o desafiante. Dessa vez, o resultado foi surpreendente e muito diferente do primeiro duelo.
Em 20 de agosto de 2022, após quatro rounds de luta, Usman vencia o combate por 3 rounds a 1 na contagem dos juízes e encaminhava mais uma defesa de cinturão ao seu cartel. Ao início do 5º, todos davam Edwards como derrotado, sem qualquer perspectiva de vitória. Porém, com apenas um minuto de luta faltando, Leon acertou um belíssimo chute de perna esquerda na cabeça de Kamaru, nocauteando o campeão e chocando o universo do MMA. O momento, seguido de uma entrevista pós-luta de arrepiar, se tornou um clássico instantâneo e já é tido para muitos como um dos maiores momentos da história do esporte.
A derrota marcou o fim da sequência de 15 vitórias consecutivas de Kamaru Usman, deixando um gosto ainda mais amargo por estar a poucos minutos de igualar o recorde de Anderson Silva (16). Agora, o nigeriano se encontra na posição de desafiante e procura uma vitória dominante para mostrar que sua derrota foi apenas um acidente de percurso e que não irá cometer o mesmo erro novamente. Do outro lado, Rocky quer provar para o mundo que seu nocaute não foi um golpe de sorte e uma nova vitória sobre o ex-campeão mostrará que ele de fato é o melhor de divisão.
Não se sabe quem sairá daquele octógono como vencedor, nas casas de apostas, Usman aparece como o favorito. No entanto, o confronto passado mostrou que é difícil apostar contra Edwards e que de fato, tudo pode acontecer em uma luta de MMA. O placar está 1 x 1 e os lutadores se preparam para seu terceiro e último combate entre si e será sem dúvidas um daqueles momentos que o fã do esporte não vai querer perder por nada.

Promessa de Luta da Noite?
A trilogia com toda certeza será o grande evento da noite, contudo, o co-evento principal promete entregar um grande show de trocação e um verdadeiro espetáculo. A luta no peso leve (até 70,3 kg) entre o americano Justin Gaethje e o cazaque Rafael Fiziev está deixando os fãs de MMA extremamente ansiosos, isso porque ambos os lutadores são conhecidos por serem grandes nocauteadores, os chamados “strikers”. Seus estilos semelhantes indicam alta probabilidade de uma luta majoritariamente em pé, concretizando-se em um grande duelo com muita trocação, exatamente aquilo que os fãs do esporte amam.
Rafael Fiziev vem de uma sequência impressionante de seis vitórias consecutivas, tendo na sua última luta o triunfo contra o lendário lutador brasileiro e ex-campeão da categoria Rafael dos Anjos. Uma vitória contra o top 3 do ranking dos Pesos-Leves o tornaria um verdadeiro candidato a uma luta pelo cinturão. Já para Gaethje, que vem de uma derrota para Charles “do Bronx” em maio de 2022, uma vitória contra um dos principais prospectos da divisão mostraria a todos que ele merece estar no topo e pode sim vir a lutar novamente pelo cinturão.
As casas de apostas apontam um certo favoritismo para Fiziev, principalmente por ser um pouco mais jovem e estar vivendo seu auge técnico e físico. Mas assim como o evento principal, é dificílimo apontar um claro vencedor, afinal, ambos são excelentes trocadores e um golpe bem dado que qualquer um dos dois acerte pode mudar completamente o rumo da luta. O que se pode de fato apostar é que essa luta dificilmente irá para a decisão dos juízes, ou seja, as chances de um nocaute, tanto para um lado como para o outro, são imensas!

Card Completo de Lutas:
→ CARD PRINCIPAL. (18:00 BRT)
- Leon Edwards (C) vs Kamaru Usman #1 (Cinturão Peso Meio-médio)
- Justin Gaethje #3 vs Rafael Fiziev #6 (Peso-Leve)
- Gunnar Nelson vs Bryan Barbarena (Peso Meio-médio)
- Jennifer Maia #8 vs Casey O'Neill #12 (Peso-Mosca feminino)
- Marvin Vettori #4 vs Roman Dolidze #9 (Peso-Médio)
→ CARD PRELIMINAR. (16:00 BRT)
- Jack Shore vs Makwan Amirkhani (Peso-Pena)
- Chris Duncan vs Omar Morales (Peso-Leve)
- Sam Patterson vs Yanal Ashmouz (Peso-Leve)
- Muhammad Mokaev #12 vs Jafel Filho (Peso-Mosca)
→ PRELIMINARES INICIAIS. (13:30 BRT)
- Lerone Murphy vs Gabriel Santos (Peso-Pena)
- Christian Leroy Duncan vs Dusko Todorovic (Peso-Médio)
- Jeke Hadley vs Malcolm Gordon (Peso-Mosca)
- Joanne Calderwood vs Luana Carolina (Peso-Mosca feminino)
- Jai Herbert vs L'udovít Klein (Peso-Leve)
- Juliana Miller vs Veronica Macedo (Peso-Mosca feminino)
Por Esther Ursulino
No início de novembro integrantes da Gaviões da Fiel, maior torcida organizada do Brasil, desbloquearam vias interditadas ilegalmente por manifestantes bolsonaristas. Inconformados com o resultado das eleições, apoiadores do atual presidente pediam por intervenção federal. O episódio, protagonizado por torcedores do timão, entrou para a lista de vezes em que a organizada se posicionou, ao decorrer de sua história, contra o autoritarismo.
Logo após o resultado das eleições ser divulgado pelo TSE na noite de 30 de outubro, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) inconformados com a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciaram protestos em diversas rodovias do país, impedindo a passagem de veículos. No dia seguinte, a Justiça Federal e o STF ordenaram que as forças de segurança realizassem o desbloqueio das estradas. Entretanto, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar não cumpriram a ordem.
Tendo em vista a omissão de quem deveria desobstruir as estradas, membros da Gaviões se mobilizaram para acabar com os bloqueios golpistas. Na noite do dia primeiro, o grupo liberou um trecho da Marginal Tietê, na altura da Ponte das Bandeiras, em São Paulo. Vídeos que repercutiram na internet mostram que, assim que os corintianos se aproximaram, os autores dos bloqueios saíram rapidamente com seus veículos. Em entrevista à Rede Brasil Atual, Chico Malfitani, um dos fundadores da Gaviões da Fiel, destaca que não houve conflito: “Ninguém foi lá para ‘quebrar o pau’, mas para dizer, ‘vamos sair’. O que a polícia poderia ter feito, é um absurdo. Isso mostra que há uma bolsonarização das forças de segurança do Brasil.”

Parte da torcida viajaria ao Rio de Janeiro para assistir ao jogo entre Flamengo e Corinthians no Maracanã. Contudo, a atitude dos torcedores do alvinegro não foi movida apenas pelo interesse em chegar até o estádio – como fez a torcida do Atlético-MG, Galoucura, que no mesmo dia furou bloqueios para assistir ao jogo contra o São Paulo no Morumbi. Os torcedores do timão expuseram o caráter político de sua ação ao arrancarem faixas e placas que pediam “intervenção federal”, penduradas em um viaduto, para estender um manto com a frase “somos pela democracia”. Também entoaram gritos de apoio a Lula, presidente eleito democraticamente.
Esse episódio de luta contra o autoritarismo, protagonizado por membros da maior torcida organizada do Brasil, se soma a um histórico de resistências que marcaram a trajetória da Gaviões da Fiel, agrupamento que nasceu para combater um ditador.

No momento em que a torcida organizada do Corinthians surge, em 1969, o Brasil começava a viver o auge do período de repressão da ditadura militar, que combatia de forma violenta qualquer reunião ou manifestação – além de perseguir opositores do regime. Em consonância com o contexto político, o Corinthians também passava por uma ditadura.
No documentário Territórios do Torcer (2015), dirigido por Bernardo Borges Buarque de Hollanda, Chico Malfitani conta que o clube era presidido desde 1961 por Wadih Helu, um político da ARENA – partido que apoiava o regime militar. Segundo o fundador da Gaviões, o deputado utilizava o time politicamente para se reeleger. Além disso, o Corinthians passava por um período que ficou conhecido como “faz-me rir”, pois não conquistava títulos de grande expressão há muitos anos.
Sendo assim, a torcida organizada Gaviões da Fiel surgiu para combater a autocracia instalada por Wadih Helu e dar um novo rumo ao timão. No documentário, Malfitani ainda diz que o intuito da organização era ser uma “força fiscalizadora” independente: “Já que o maior patrimônio do Corinthians são seus torcedores, caberia a ela [torcida] decidir o rumo do clube.”.
No livro Territórios do Torcer: depoimentos de lideranças das torcidas organizadas de futebol, José Paulo Florenzano aponta que o novo agrupamento rapidamente se revestiu de um caráter político, militante e radical. Segundo o autor, os jogos do Corinthians ofereciam aos torcedores a oportunidade aguardada para veicular suas mensagens de protesto. Inspirados no vocabulário de manifestações estudantis da época, os integrantes da Gaviões da Fiel expunham faixas com críticas ao presidente do clube, que queria se perpetuar no poder.
Um jogo entre Corinthians e Palmeiras, que ocorreu em um sábado de abril, pouco antes da Copa de 70, foi palco desses protestos. Na arquibancada do Parque Antártica, torcedores ergueram uma faixa com a frase “Basta!!! Chega de Helusão”, fazendo uma combinação entre a palavra ilusão e o sobrenome do dirigente do time.
Florenzano ainda resgata depoimentos que Flávio La Selva, sócio número um da Gaviões, deu à revista Placar sobre a relação de Wadih Helu com a organizada alvinegra. Segundo La Selva, o presidente do Corinthians se sentiu acuado pela existência de um movimento que tinha se construído com o objetivo de apoiar o time, mas sem deixar de lado a crítica e o direito de expressá-la. Por isso, Helu intensificou a repressão com o intuito de calar a revolta dos torcedores.
A partir do clássico com o São Paulo pelo Campeonato Paulista de 70 os membros da torcida não puderam mais expor suas faixas. “Dois homens que se diziam agentes do Dops aproximavam-se de quem estava mostrando as faixas e diziam que Wadi Helu era deputado, que não podia sofrer campanhas desse tipo”, conta Flávio, deixando clara a relação do dirigente do clube com os porões da ditadura.
La Selva também relata que integrantes da Gaviões, que faziam uma passeata pela avenida Pacaembu em comemoração à vitória do time contra o Santos, no início de novembro de 1970, foram alvos de uma emboscada. Enquanto os membros da organizada confraternizavam, vinham passando dois ônibus da torcida paga por Wadih Helu. Um pretexto qualquer serviu de motivo para que os veículos parassem e sessenta homens — munidos de armas, arames, porretes e barras de ferro — saltassem e começassem a agredir o grupo.
O método repressivo utilizado por Helu ganhou repercussão na imprensa através de manchetes como “Gaviões da Fiel espancados após vitória sobre o Santos”, do jornal Última Hora; e “Gaviões da Fiel massacrados”, da Folha da Tarde. A partir desse episódio de intimidação, a imagem do dirigente do time foi sendo desgastada, e a organizada alvinegra se tornou mais popular. O agrupamento teve grande influência nas eleições para presidência do clube em 1971, quando Miguel Martinez se tornou o novo cartola. Assim, a autocracia imposta por Wadih Helu foi finalmente derrotada.
Após essa conquista, a Gaviões da Fiel seguiu lutando por democracia e participação. Ainda no documentário Territórios do Torcer, Chico Malfitani destaca que a organizada sempre esteve presente em eventos políticos importantes para a história do Brasil, como nas campanhas da anistia e das diretas. Em fevereiro de 1979 atos pela anistia já tinham chegado aos campos. Em um jogo contra o Santos, torcedores do Corinthians abrem uma faixa pedindo anistia ampla, geral e irrestrita.
Tendo em vista o histórico de resistência protagonizado pela Gaviões, os novos atos em favor da democracia, como os que ocorreram em 2020 na Paulista e em novembro de 2022, nas rodovias, mostram que a organizada não abre mão dos ideais que nortearam sua fundação.
Ser um esportista e não jogar futebol no Brasil é um desafio. Em âmbito profissional é ainda mais trabalhoso e improvável. No cenário do basquete nacional não é diferente. O NBB (Novo Basquete Brasil), a primeira divisão do basquete nacional, começou a operar nesse formato apenas em 2008. Os clubes formam um corpo diretivo, administrando a competição como uma liga (todos os participantes têm o mesmo peso perante as decisões votadas pela liga). O grande desafio que esse campeonato enfrenta é a falta de estabilidade das equipes envolvidas, resultando em contratos de curto período, muitas vezes nem anuais, onde o atleta cumpre com seus deveres e utilizas as instalações recebendo pelo seu serviço apenas durante o período do campeonato vigente (menos de 6 meses se a equipe não atingir as fases finais).
O basquete profissional passa a ser encarado como um ambiente profissional, mas também de muita incerteza, como comenta o atleta do Flamengo, Gabriel “Jaú” Galvanini: “Graças a Deus hoje em dia, depois de jogar pela seleção nacional e alguns clubes, tenho estabilidade aqui no Rio (Flamengo). No começo da minha trajetória no profissional tive passagens pelo basquete espanhol e depois no interior de São Paulo (Bauru), mas sempre na expectativa de dar tudo certo, não de me estabelecer como jogador em uma equipe e incorporar seu estilo”. Segundo fontes da própria liga nacional, apenas 17 times jogarão o campeonato de 2023, totalizando aproximadamente apenas 250 atletas profissionais com uma remuneração adequada em cenário nacional.
O outro lado do espectro traz uma grande maioria de jogadores de base que enfrentam dificuldade nessa transição entre juvenil e profissional, muitas vezes abandonando a carreira de atleta, seja por falta de condições dignas de trabalho/pagamento, ou pela estabilidade que à profissão não apresenta, além de contar com o fato de ser um trabalho de curta duração, onde o atleta se aposenta das práticas esportivas na maioria dos casos em menos de 20 anos de exercício. O atleta Nicolas Ronsini comentou sobre essa transição: “Joguei na base do Palmeiras por 7 anos, passando pela maioria das categorias, jogando pela seleção de base e ganhando diversos títulos pela minha passagem. Quando completei 19 anos recebi uma proposta para jogar em Campina Grande, pelo time da Unifacisa, minha primeira chance como profissional, contrato de um ano com cláusula de renovação de mais um. Passado o primeiro, não jogando muito, fui transferido para o Corinthians, na minha cidade natal, mas nada foi como o esperado. Depois de um ano encerraram meu contrato. Como não tinha muita segurança, decidi abandonar o basquete. Hoje, trabalho com marketing digital e controle de tráfego”.
O cenário esportivo no Brasil precisa necessariamente de políticas públicas eficientes, apoio financeiro e visibilidade em âmbito nacional, para que mais atletas envolvidos em esportes que não sejam o futebol tenham a condição de praticá-los como uma profissão estável e rentável, ou seja, com reconhecimentos de todas as partes.
A Fórmula 1 comemora 50 anos do GP do Brasil em 2022 e o governo do Estado de São Paulo decidiu organizar uma exposição nostálgica que conta com diversos itens e atividades para o público.

O evento começa com uma linha do tempo com imagens e textos sobre grandes momentos de corridas realizadas no Brasil, tanto no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, quanto no Circuito de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, com fatos datados desde 1972.

Ao andar pela exposição, também pode-se observar a história do automobilismo brasileiro através dos objetos expostos. O que chama atenção é a presença dos troféus, principalmente o “gigante brilhante” que marca o quarto GP realizado aqui, em 1975, quando José Carlos Pace ganhou sua única corrida na Fórmula 1. O próprio jornalista Reginaldo leme colaborou para a exposição com a sua raríssima medalha de 500 Grande Prêmios cobertos.
Outro ponto alto da exibição são as vestimentas dos pilotos. Vários capacetes, não só dos brasileiros, mas também de nomes estrangeiros que fizeram história nos GPs do Brasil como Lewis Hamilton, Jenson Button e Mika Hakkinen podem ser observados de perto. Ainda dá para ver macacões usados em corridas históricas, como o verde e amarelo da Ferrari que Felipe Massa usou na sua vitória em Interlagos e o clássico macacão vermelho de Ayrton Senna.

Para os fanáticos, há uma seção separada com miniaturas que chama a atenção de colecionadores. Com mini réplicas da Toleman que Ayrton Senna pilotou em 1984, da McLaren de Lewis Hamilton de 2008 e a Prost de Luciano Burti, por exemplo.
Por fim, a grande atração da exposição são os carros. Poder observar de perto veículos históricos mexe com o coração daqueles mais apaixonados pelo esporte. Alguns dos carros são a Lotus de Ayrton Senna, a Ferrari onde Felipe Massa quase foi campeão em 2008 e a Jordan de Rubens Barrichello.
E se engana quem pensa que o evento só é divertido para os fãs da categoria, como afirma Julia Nunes Ferreira, uma visitante da exposição: “Eu achei a exposição bem interativa, com muitas fotos, vídeos e textos que contavam um pouco da história, sem falar nos capacetes, essa foi a parte mais legal pra mim. Eu mesmo nunca tinha chegado perto de um carro de Fórmula 1, foi muito legal. Até quem não gosta de corrida, só de ver a história, os minis carrinhos, os macacões, vale muito a pena.”

A exposição ainda conta com diversas atividades interativas para os visitantes. A exposição terá simuladores e uma pista de autorama para o público se divertir. Também acontecerão entrevistas ao vivo com personalidades do esporte brasileiro.
Aos finais de semana de corrida, será possível acompanhar tudo, desde os treinos até a linha de chegada, na garage fest. Onde um telão e um DJ serão instalados na Oca para acompanhar o GP com o clima da torcida.
O evento começou no dia 18 de outubro e vai até o dia 20 de novembro na Oca do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O ingresso é gratuito às terças, 50 reais nos outros dias e 150 reais durante os dias com garage fest. A exposição vai das 10h às 21h com grupos limitados a 200 pessoas e duração de 60 minutos.