A troca de passes, considerada a mais democrática do país e que mais se popularizou durante os anos, demonstra uma face excludente quando se trata da prática feminina.
A primeira partida da modalidade entre mulheres no Brasil aconteceu em 1921, durante a comemoração de uma festa junina, e naquele momento, nem se imaginava que após duas décadas, no auge de um governo dúbio — uma vez que posicionava-se de forma neutra em relação à Segunda Guerra, porém, aproximava-se de ideais fascistas — a prática seria proibida, em prol de ideias conservadoras.
A primeira partida de futebol transmitida entre mulheres, aconteceu no estádio do Pacaembu, dia 17 de maio de 1940, em São Paulo. Coincidentemente é nele onde se instalou o Museu do Futebol, em 2008.
Manchete exposta no Museu do Futebol que divulgou a proibição do futebol feminino, em 1941. Foto: Laura Celis
O acervo contou com duas exposições grandes sobre o futebol feminino. A primeira, em 2015: “Visibilidade para o Futebol Feminino”, e a segunda, e mais recente, em 2019: "CONTRA-ATAQUE! As mulheres do futebol”, além de sete exposições virtuais, audioguias e eventos sobre o assunto, reafirmando o compromisso contra movimentos que invalidam a prática entre mulheres.
De acordo com a divulgação da primeira exposição citada, "há uma grande desigualdade no tratamento de homens e mulheres na história do futebol no Brasil e isso não se dá ao acaso”. Essa informação é reiterada por mulheres inseridas nesse cenário, como Isabela Cristina, jogadora e espectadora do futebol feminino brasileiro: “É difícil pensar sobre futebol feminino sem relacionar o machismo. Quando você é criado em uma cultura onde as mulheres são ensinadas a serem submissas, sair desse pensamento para um mundo onde as mulheres não se calam mais é tentar furar a própria bolha, mas os homens não querem isso, e sim que nós sejamos reféns, e quando eles veem uma mulher, jogadora de futebol, ganhando mais que eles, entram em retrocesso”.
Ainda assim, as jogadoras continuam enfrentando impasses, como diferenças salariais e nas premiações entre as modalidades feminina e masculina e o próprio desprezo por parte daqueles que as acompanham, além disso, é ignorado o fato de que algumas delas possuem mais recordes do que jogadores homens, e mesmo assim não são valorizadas de forma honesta. A artilheira Marta Silva, por exemplo, possui 119 gols pela seleção brasileira, enquanto Neymar Júnior (aclamado pela população nacional e internacional), possui 77 gols.
É necessário então, um olhar crítico e anti-machista por parte da população que hostiliza jogadoras de futebol, e nega a admiração devida a essa categoria do esporte. Assim, finalmente, poderemos tirar as mulheres do banco de reserva e colocá-las debaixo dos holofotes, lugar de onde nunca deveriam ter saído.
No domingo (19) aconteceu a segunda etapa da temporada da Fórmula 1 2023, em Jeddah, no GP da Arábia Saudita. No segundo circuito mais rápido do campeonato, dois pilotos da Red Bull subiram no pódio, repetindo a dobradinha que aconteceu na semana passada no Bahrein. Dessa vez, Sérgio Perez ficou em primeiro e Max Verstappen em segundo. Enquanto o mexicano largou da pole position, o atual campeão mundial largou da 15ᵃ posição, depois do eixo de transmissão de seu carro quebrar no treino classificatório, e se viu obrigado a escalar o pelotão, terminando na segunda colocação.
Hoje não… hoje sim?!
A grande polêmica da corrida ficou pelo último lugar do pódio, com decisão apenas horas após a corrida. Fernando Alonso, da Aston Martin, chegou a assumir a primeira colocação, logo após a largada. Porém, um erro na posição de seu carro no grid depois da volta de apresentação resultou em uma penalização de 5 segundos, que deveria ser cumprida durante o seu primeiro pit-stop na corrida. O acréscimo não alterou o desfecho, já que piloto cruzou a bandeira quadriculada com o terceiro melhor tempo e com 5.1 segundos de vantagem para George Russell (Mercedes), que corria logo atrás.
Após uma avaliação que aconteceu depois do encerramento e celebração do pódio, o piloto espanhol foi punido por um suposto erro de sua equipe. Ao entrar no box na volta 18, o carro de Alonso deveria ficar 5 segundos parado, sem receber nenhuma alteração, cumprindo sua primeira punição, para depois os ajustes necessários serem feitos. No entanto, a organização avaliou que um dos mecânicos da equipe teria tocado em um dos pneus durante esse tempo. Com o descumprimento da punição, o 3° lugar iria para Russell, que chegou a receber o troféu.
Horas depois a Aston Martin questionou o resultado, uma vez que o regulamento não diz que as peças do carro não podem ser tocadas durante a penalização. O Centro de Operações Remotas da FIA reavaliou as ações dos mecânicos durante a parada e voltou atrás na decisão, favorecendo o piloto espanhol e lhe devolvendo o pódio, que fica marcado como o de número 100 em sua carreira.
A volta 18 rendeu…
Lance Stroll, companheiro de equipe de Fernando Alonso, também teve sua corrida marcada pela volta 18. Ainda com dores nos punhos, depois de seu acidente de bicicleta no início da temporada, o canadense foi instruído a parar o carro pelo chefe de equipe, Mike Krack, após problemas relacionados à recuperação de energia. Mesmo abandonando o carro fora do trajeto, a direção de prova colocou o Safety Car na pista, que permaneceu durante três voltas, tempo propício aos demais pilotos para fazerem suas paradas.
Tabela
Mesmo com a vitória de Pérez, quem lidera o campeonato dos pilotos é Max Verstappen, com uma vantagem de apenas um ponto em relação ao seu companheiro de equipe, após conquistar a volta mais rápida no fim da corrida. Seguidos pelos espanhóis Fernando Alonso, com 30 pontos, e Carlos Sainz (Ferrari), com 20. No campeonato de construtores, a Red Bull lidera com 87 pontos, enquanto Aston Martin e Mercedes estão empatadas com 38 pontos cada, na segunda posição.
A Fórmula 1 tem uma pausa de uma semana e retorna no próximo dia 31 de março, em Melbourne, na Austrália, para a próxima etapa da temporada.
A grande rivalidade entre Leon Edwards e Kamaru Usman enfim teve um desfecho no dia 18 de março de 2023 (sábado) no UFC 286. No terceiro e último confronto realizado em Londres, Inglaterra, na The O2 Arena, foi Edwards quem saiu como vencedor após cinco rounds de luta muito disputados. Além do combate valendo cinturão, o co-evento principal entre Justin Gaethje e Rafael Fiziev foi tudo aquilo que os fãs esperavam e mais um pouco. Para fechar a noite com chave de ouro, os brasileiros que assistiam e acompanhavam o evento puderam enfim dormir felizes ao verem o grande Anderson Silva finalmente ser indicado ao Hall da Fama do UFC.
AND STILL!
Após duas primeiras lutas cheias de história, enfim chegou o terceiro e último embate e, junto dele, as diversas dúvidas que rondavam ambos os lutadores, trazendo um toque especial de tensão para o espetáculo. De um lado, questionavam Edwards, se o chute nocauteador não havia sido um mero golpe de sorte. E para Usman, como ele se recuperaria de um nocaute tão brutal como o que ele levou. No final das contas, as perguntas foram finalmente respondidas com uma excelente performance de “Rocky” Edwards. O inglês levou a vitória e concretizou sua primeira defesa de cinturão dos pesos meio-médios (até 77,1 kg) após cinco rounds muito disputados.
Com vitória por decisão majoritária, as pontuações foram as seguintes: 48/46, 48/46 e 47/47, fazendo de Edwards o vencedor. Na visão de dois dos oficiais, Edwards venceu quatro dos cinco rounds, enquanto na visão do terceiro, ele ganhou três. A parte controvérsia da luta gira em torno do 2º round, quando Usman preparava uma queda e Edwards acaba a evitando ao se segurar na grade. Essa ação é ilegal e o previniu de ser colocado em uma posição claramente desconfortável, o que acabou culminando em um ponto reduzido. Além disso, alguns golpes baixos desferidos por Leon geraram um burburinho nas redes sociais por parte da comunidade de MMA. Entretanto, tal controversa não foi o suficiente para diminuir ou ofuscar o feito de "Rocky", afinal, houve pouca contestação por parte dos juízes e fãs em relação aos rounds vencidos pelo inglês, que os fez de maneira convincente.
Nesse terceiro duelo vimos o estilo de Kamaru Usman, que o levou a 15 vitórias consecutivas no UFC e diversas defesas de cinturão, não surtindo efeito como uma vez já surtiu. Para isso existem, diversas questões: talvez tenha havido um certo receio por parte do nigeriano devido a sua última derrota, sendo mais precavido para não ser nocauteado novamente. Ou talvez seja simplesmente um sinal de que de fato a sua vitoriosa e longeva carreira esteja acabando e que após anos no topo da divisão e já com um certos problemas nos joelhos, o fim esteja mais próximo do que imaginávamos. Já para Edwards o futuro como campeão é, assim como para qualquer outro lutador, incerto. A divisão dos meio-médios é extremamente densa e complexa, repleta de lutadores de alto calibre, mas após suas vitórias mais recentes, os fãs do esporte enxergam o inglês mais preparado do que nunca para qualquer desafio que vier à sua frente.
Dessa maneira, se encerra uma das mais intrigantes e interessantes trilogias da história do UFC e o mais importante, se encerra com respeito. Na entrevista pós-luta, quando Kamaru começou a falar, os fãs atendentes vaiaram, mas Edwards ao seu lado pediu com suas mãos para que o público o respeitasse. No microfone, o nigeriano disse aos apoiadores ingleses: “Eu sempre dei a ele o reconhecimento que merece (...) Londres, vocês tem um baita de um cara”, se referindo a Edwards e mostrando que, mesmo após provocações e muita tensão, o respeito mútuo entre os lutadores prevalece.
Crédito: Zuffa LLC via Getty Images | Reprodução: @UFC)
Luta da Noite!
Apesar do espetáculo de emoções que rodearam a disputa por cinturão, a luta da noite foi de fato - assim como esperado - o co-evento principal entre Justin Gaethje vs Rafael Fiziev. A luta, ao contrário do que muitos imaginavam, durou todos os três rounds e, no final, Justin Gaethje saiu como vencedor. Conhecido como o “Human Highlight Reel”, apelido que exemplifica seu estilo animador e explosivo de lutar, Gaethje mostra que ainda consegue trocar e disputar em alto nível e pretende, assim como declarou em sua entrevista pós-luta, fazer uma última corrida em direção ao cinturão dos pesos-leve.
Para Rafael Fiziev, esse está muito longe de ser o fim. Com apenas 30 anos, o cazaque ainda tem muita lenha para queimar e ainda vai lutar no topo da divisão por um bom tempo. Inclusive, esse tipo de luta serve como um teste ao lutador, que pode facilmente aproveitar a oportunidade e melhorar questões do seu jogo que ainda não estão muito bem definidas. Sem contar, é claro, que uma luta contra alguém como Justin Gaethje acaba trazendo um reconhecimento ao lutador por parte de um público mais casual - o que é importante para construir sua fama e reconhecimento dentro da organização e do octógono.
O Spider é Hall da Fama
Já no card principal, entre as lutas de Marvin Vettori vs Roman Dolidze e Casey O’Neill vs Jennifer Maia, a transmissão, através de um vídeo promocional confirmou a indicação de Anderson Silva (era pioneira) para o Hall da Fama do UFC. Com um estilo de luta incomparável e inspirador para toda uma geração de lutadores, “O Spider” teve uma carreira extremamente vitoriosa que conta com 11 vitórias em lutas de cinturão e o recorde de vitórias consecutivas na organização com 16. Fãs, principalmente brasileiros, chegaram a questionar ao longo dos ano o porque da demora por parte do UFC para concretizar a indicação de Anderson, que sempre foi colocado entre os melhores de todos os tempos no esporte.
A premiação do Hall da Fama ocorrerá entre 3 e 9 de julho, durante a International Fight Week em Las Vegas e já conta com outros dois nomes: o lendário lutador brasileiro José Aldo (era moderna) e o americano Jens Pulver (era pioneira), totalizando até o momento três lutadores indicados. Para entender melhor o sistema, o hall da fama do UFC é dividido entre quatro categorias:
1.) Lutadores da "Era Moderna" | Estrearam em / depois de 17 de Novembro de 2000.
- José Aldo - (2023) *
- Daniel Cormier - (2022)
- Khabib Nurmagomedov - (2022)
- Geroges St. Pierre - (2020)
- Rashad Evans - (2019)
- Michael Bisping - (2019)
- Ronda Rousey - (2018)
- Urijah Faber - (2017)
- B.J. Penn - (2015)
- Forrest Griffin - (2013)
2.) Lutadores da "Era Pioneira" | Estrearam antes de 17 de Novembro de 2000.
- Anderson Silva - (2023) *
- Jens Pulver - (2023) *
- Kevin Randleman - (2021)
- Rich Franklin - (2019)
- Matt Sera - (2018)
- Kazushi Sakuraba - (2017)
- Maurice Smith - (2017)
- Don Frye - (2016)
- Antonio Rodrigo Nogueira - (2016)
- Bas Rutten - (2015)
- Pat Miletich - (2014)
- Tito Ortiz - (2012)
- Matt Hughes - (2010)
- Chuck Lidell - (2009)
- Mark Coleman - (2008)
- Randy Couture - (2006)
- Dan Severn - (2005)
- Ken Shamrock - (2003)
- Royce Gracie - (2003)
3.) Lutas com grande significado histórico.
- Cub Swanson vs. Dohoo Choi / UFC 206 - (2022)
- Jon Jones vs. Alexander Gustafsson / UFC 165 - (2021)
- Diego Sanchez vs. Clay Guida / TUF: US vs. UK Finale - (2019)
- Mauricio "Shogun" Rua vs. Dan Henderson / UFC 139 - (2018)
- Mark Coleman vs. Pete Williams / UFC 17 - (2016)
- Matt Hughes vs. Frank Trigg II / UFC 52 - (2015)
- Forrest Griffin vs. Stephan Bonnar / TUF 1 Finale - (2013)
4.) Grandes contribuidores para o UFC fora da competição ativa (ou seja, não participantes).
- Marc Ratner - (2021)
- Art Davie - (2018)
- Bruce Connal - (2018)
- Joe Silva - (2017)
- Bob Meyrowitz - (2016)
- Jeff Blatnick - (2015)
- Charles Lewis Jr. - (2009)
*** O UFC 28 – realizado em 17 de novembro de 2000 – foi o primeiro evento a usar as Regras Unificadas de Mixed Martial Arts e, portanto, é considerado por muitos historiadores e especialistas – incluindo os estatísticos oficiais do UFC FightMetric – como o primeiro evento da era moderna. Antes do UFC 28, as regras de cada evento – e até mesmo de cada luta – variavam dependendo de onde, quando e quem estava lutando. Após o UFC 28, as regras foram padronizadas. ***
(Fonte: ufc.com.br)
Todos os Resultados do UFC 286:
Luta da Noite - Justin Gaethje vs Rafael Fiziev
Performance da Noite - Gunnar Nelson; Jake Hadley
*** (Os vencedores ganham uma premiação extra de 50 mil dólares) ***
→ Card Principal:
- Leon Edwards derrotou Kamaru Usman por Decisão (majoritária) - 48/46, 48/46, 47/47;
- Justin Gaethje derrotou Rafael Fiziev por Decisão (majoritária) - 29/28, 29/28, 28/28;
- Gunnar Nelson derrotou Bryan Barbarena por Finalização (chave de braço) no 1º round;
- Jennifer Maia derrotou Casey O'Neill por Decisão (unânime) - 30/27, 29/28, 29/28;
- Marvin Vettori derrotou Roman Dolidze por Decisão (unânime) - 29/28, 29/28, 30/27.
→ Card Preliminar:
- Jack Shore derrotou Makwan Amirkhani por Finalização (mata leão) no 2º round;
- Chris Duncan derrotou Omar Morales por Decisão (dividida) - 27/30, 29/28, 29/28;
- Yanal Ashmoz derrotou Sam Patterson por Nocaute (socos) no 1º round;
- Muhammad Mokaev derrotou Jafel Filho por Finalização (mata leão) no 3º round.
→ Preliminares Iniciais:
- Lerone Murphy derrotou Gabriel Santos por Decisão (dividida) - 28/29, 29/28, 29/28;
- Christian Leroy Duncan derrotou Dusko Todorovic por Nocaute Técnico (lesão no joelho) no 1º round;
- Jake Hadley derrotou Malcolm Gordon por Nocaute Técnico (socos) no 1º round;
- Joanne Wood derrotou Luana Carolina por Decisão (dividida) - 28/29, 30/27, 29/28;
- Jai Herbert vs L'udovít Klein acabou em Empate (majoritário) - 29/27, 28/28, 28/28;
- Veronica Hardy derrotou Juliana Miller por Decisão (unânime) - 30/27, 30/27, 30/27.
No próximo domingo (19) acontece o 3º Grande Prêmio da Arábia Saudita, em Jeddah, conhecido por ser o circuito de rua mais rápido do campeonato.
Fundado em 1932 após uma intensa e sangrenta guerra civil, a Arábia Saudita é até hoje um país sem constituição ou parlamento, sendo o leito de uma monarquia absoluta, com costumes e leis embasados pelo radicalismo islâmico e tendo no petróleo a base da sua economia. A cidade sede da corrida deste final de semana é considerada a capital comercial do país e a mais rica do Médio Oriente.
O circuito de Jeddah conta 27 curvas, de até 12 graus de inclinação e três zonas de DRS - sistema de redução de arrasto, com finalidade de reduzir o arrasto aerodinâmico e permitir as ultrapassagens. Essas características foram cuidadosamente pensadas para garantir um maior desafio aos pilotos. Um exemplo foi o GP de 2021, marcado por bandeiras vermelhas, Safety Cars e confusão.
No meio desse alvoroço estavam Lewis Hamilton (Mercedes) e Max Verstappen (Red Bull), que protagonizaram uma disputa acirrada pelo título na temporada 2021. Nesta corrida em específico havia muito em jogo para o holandês, que dependendo do resultado poderia garantir seu campeonato mundial.
Os dois pilotos sozinhos marcaram sete ocorrências entre si durante o percurso, para mais tarde Hamilton garantir o primeiro lugar do pódio. A vitória possui uma particularidade por ter sido a última do piloto até hoje - o britânico não venceu nenhuma corrida na temporada de 2022 pela primeira vez na carreira.
Apesar da vitória do inglês em 2021, Verstappen foi o último piloto a subir na posição mais alta do pódio em Jeddah, na temporada de 2022, em um GP que quase foi boicotado pelos pilotos, após mísseis atingirem instalações de petróleo a cerca de 10km do circuito. Durante a transmissão do primeiro treino livre era possível ver a fumaça e foi necessária uma longa reunião com o CEO, Stefano Domenicali, e o diretor de automobilismo, Ross Brawn, para o fim de semana prosseguir.
A pista estreita torna as ultrapassagens mais complexas, e com isso coloca a Ferrari em desvantagem, uma vez que terá que trocar a central eletrônica de Charles Leclerc. O carro do piloto monegasco vai para a terceira troca de peça, ultrapassando o limite de duas por ano, e terá uma punição de 10 posições no grid de largada.
Em 2023, na segunda etapa do calendário, a Red Bull tem uma pequena vantagem após a corrida no Bahrein, depois de conseguir uma dobradinha com Max Verstappen e Sergio Pérez assumindo as duas primeiras colocações; seguidos por Fernando Alonso (Aston Martin). O espanhol a missão de mostrar que a equipe tem um carro com chances de disputar o Campeonato de Construtores.
Nesta sexta-feira (17), às 10h30 (horário de Brasília), aconteceu o primeiro treino livre. No sábado (18), a classificação está marcada para às 14h (horário de Brasília). E no domingo (19), a corrida acontece a partir das 14h (horário de Brasília), com 50 voltas.
No dia 18 de março de 2023 (sábado), o UFC estará de volta a The O2 Arena, em Londres, Inglaterra. A capital britânica recebe o UFC 286 que contará com um card recheado de grandes lutas, com destaque para a trilogia entre Leon Edwards e Kamaru Usman no evento principal, valendo o cinturão dos meio-médios (até 77,1 kg). Além da disputa de título, os fãs do Ultimate tem como co-evento principal o duelo entre Justin Gaethje e Rafael Fiziev, forte candidato a luta da noite, por se tratar de um confronto de dois nocauteadores.
Leon Edwards vs Kamaru Usman - A Trilogia:
O atual campeão dos meio-médios e residente de Birmingham, Inglaterra, Leon Edwards, defenderá seu cinturão contra o nigeriano Kamaru Usman, que vai a território inimigo em busca de vingança. O confronto marca o terceiro encontro entre os lutadores. O primeiro embate entre os dois ocorreu no dia 19 de dezembro de 2015 e o Nigerian Nightmare saiu como o vencedor por uma decisão unânime após três rounds de luta. Entretanto, sete anos depois, seus caminhos se cruzaram novamente, dessa vez, a luta valia o cinturão, sendo Kamaru o detentor do cinturão e Edwards o desafiante. Dessa vez, o resultado foi surpreendente e muito diferente do primeiro duelo.
Em 20 de agosto de 2022, após quatro rounds de luta, Usman vencia o combate por 3 rounds a 1 na contagem dos juízes e encaminhava mais uma defesa de cinturão ao seu cartel. Ao início do 5º, todos davam Edwards como derrotado, sem qualquer perspectiva de vitória. Porém, com apenas um minuto de luta faltando, Leon acertou um belíssimo chute de perna esquerda na cabeça de Kamaru, nocauteando o campeão e chocando o universo do MMA. O momento, seguido de uma entrevista pós-luta de arrepiar, se tornou um clássico instantâneo e já é tido para muitos como um dos maiores momentos da história do esporte.
A derrota marcou o fim da sequência de 15 vitórias consecutivas de Kamaru Usman, deixando um gosto ainda mais amargo por estar a poucos minutos de igualar o recorde de Anderson Silva (16). Agora, o nigeriano se encontra na posição de desafiante e procura uma vitória dominante para mostrar que sua derrota foi apenas um acidente de percurso e que não irá cometer o mesmo erro novamente. Do outro lado, Rocky quer provar para o mundo que seu nocaute não foi um golpe de sorte e uma nova vitória sobre o ex-campeão mostrará que ele de fato é o melhor de divisão.
Não se sabe quem sairá daquele octógono como vencedor, nas casas de apostas, Usman aparece como o favorito. No entanto, o confronto passado mostrou que é difícil apostar contra Edwards e que de fato, tudo pode acontecer em uma luta de MMA. O placar está 1 x 1 e os lutadores se preparam para seu terceiro e último combate entre si e será sem dúvidas um daqueles momentos que o fã do esporte não vai querer perder por nada.

Promessa de Luta da Noite?
A trilogia com toda certeza será o grande evento da noite, contudo, o co-evento principal promete entregar um grande show de trocação e um verdadeiro espetáculo. A luta no peso leve (até 70,3 kg) entre o americano Justin Gaethje e o cazaque Rafael Fiziev está deixando os fãs de MMA extremamente ansiosos, isso porque ambos os lutadores são conhecidos por serem grandes nocauteadores, os chamados “strikers”. Seus estilos semelhantes indicam alta probabilidade de uma luta majoritariamente em pé, concretizando-se em um grande duelo com muita trocação, exatamente aquilo que os fãs do esporte amam.
Rafael Fiziev vem de uma sequência impressionante de seis vitórias consecutivas, tendo na sua última luta o triunfo contra o lendário lutador brasileiro e ex-campeão da categoria Rafael dos Anjos. Uma vitória contra o top 3 do ranking dos Pesos-Leves o tornaria um verdadeiro candidato a uma luta pelo cinturão. Já para Gaethje, que vem de uma derrota para Charles “do Bronx” em maio de 2022, uma vitória contra um dos principais prospectos da divisão mostraria a todos que ele merece estar no topo e pode sim vir a lutar novamente pelo cinturão.
As casas de apostas apontam um certo favoritismo para Fiziev, principalmente por ser um pouco mais jovem e estar vivendo seu auge técnico e físico. Mas assim como o evento principal, é dificílimo apontar um claro vencedor, afinal, ambos são excelentes trocadores e um golpe bem dado que qualquer um dos dois acerte pode mudar completamente o rumo da luta. O que se pode de fato apostar é que essa luta dificilmente irá para a decisão dos juízes, ou seja, as chances de um nocaute, tanto para um lado como para o outro, são imensas!

Card Completo de Lutas:
→ CARD PRINCIPAL. (18:00 BRT)
- Leon Edwards (C) vs Kamaru Usman #1 (Cinturão Peso Meio-médio)
- Justin Gaethje #3 vs Rafael Fiziev #6 (Peso-Leve)
- Gunnar Nelson vs Bryan Barbarena (Peso Meio-médio)
- Jennifer Maia #8 vs Casey O'Neill #12 (Peso-Mosca feminino)
- Marvin Vettori #4 vs Roman Dolidze #9 (Peso-Médio)
→ CARD PRELIMINAR. (16:00 BRT)
- Jack Shore vs Makwan Amirkhani (Peso-Pena)
- Chris Duncan vs Omar Morales (Peso-Leve)
- Sam Patterson vs Yanal Ashmouz (Peso-Leve)
- Muhammad Mokaev #12 vs Jafel Filho (Peso-Mosca)
→ PRELIMINARES INICIAIS. (13:30 BRT)
- Lerone Murphy vs Gabriel Santos (Peso-Pena)
- Christian Leroy Duncan vs Dusko Todorovic (Peso-Médio)
- Jeke Hadley vs Malcolm Gordon (Peso-Mosca)
- Joanne Calderwood vs Luana Carolina (Peso-Mosca feminino)
- Jai Herbert vs L'udovít Klein (Peso-Leve)
- Juliana Miller vs Veronica Macedo (Peso-Mosca feminino)