Neste domingo (02), o circuito histórico de Albert Park recebe mais uma rodada do campeonato de Fórmula 1, com a etapa de Melbourne, na Austrália.
As corridas em Melbourne acontecem desde 1996 e o circuito teve como último vencedor, Charles Leclerc, da Ferrari, em 2022. Neste ano, pela primeira vez, as corridas da Fórmula 2 e da Fórmula 3 acompanharão a categoria principal e serão realizadas no país da Oceania.
Mudanças no regulamento
Depois das punições de Fernando Alonso (Aston Martin) e Esteban Ocon (Alpine) na última corrida, na Arábia Saudita, por terem largado ligeiramente fora da posição, a Federação Internacional de Automobilismo determinou que os colchetes no grid de largada em Melbourne fossem estendidos em 20 centímetros na largura, além de uma linha central para guiar os pilotos, que reclamaram da dificuldade em avista as linhas limitantes.
Outra novidade que causou ruído no mundo automobilístico nesta semana foi o envio de uma notificação às equipes proibindo uma tradição na Fórmula 1. No comunicado, a FIA adverte que mecânicos e engenheiros não podem subir no alambrado para comemorar a chegada dos pilotos de suas equipes, rompendo uma prática que acontece a anos. O descumprimento pode resultar em multas, dificultando financeiramente a equipe, especialmente na atual era de teto orçamentário.
Com 4 zonas de DRS, esse trajeto apoderou-se de seu lugar na história do esporte em 2020, quando após longa espera, pouco antes do primeiro treino livre, o GP foi cancelado, depois de integrantes da McLaren testarem positivo para o Covid-19. O país só voltou a receber a competição em 2022, já que em 2021, mesmo com o adiamento, não foi possível relizá-lo devido as regras sanitárias impostas pelo governo australiano
Em 2023...
A corrida deste ano promete, como nas últimas etapas, uma disputa acalorada entre os companheiros de equipe Max Verstappen e Sergio Pérez, da Red Bull. O mexicano, cada vez mais tentando se provar como mais que um 'segundo piloto', trocou farpas com o holandês, de forma pública, em uma disputa que acreditam ter começado no GP de Mônaco de 2022.
Enquanto isso, também pela Red Bull, Daniel Ricciardo volta ao paddock no seu país natal, como terceiro piloto da equipe. Depois de sua polêmica saída da categoria, ele estará presente para ajudar no marketing e nas ativações dos patrocinadores, e à postos caso aconteça algo com a dupla titular de pilotos da equipe austríaca.
No ano de 2023, o circuito Albert Park terá apenas um australiano no grid: Oscar Piastri, estreante na categoria com 21 anos, correndo pela McLaren. A equipe laranja, que não tem um bom início de temporada, vem com mudanças para a terceira etapa, com a saída do diretor executivo, James Key e uma reestruturação na parte técnica, existe uma expectativa para a reação dos ingleses.
Nos treinos livres que aconteceram na noite de quinta (29) e na madrugada de sexta (30), o atual campeão mundial liderou o primeiro, seguido por Lewis Hamilton (Mercedes) e Pérez. Já no TL2, Alonso, Leclerc e Verstappen foram os mais rápidos, nesta ordem.
A corrida da Fórmula 1 está prevista para às 02h (horário de Brasília), na madrugada do domingo (02), com 58 voltas de duração.
Após quase duas semanas de parada devido ao período reservado pela Fifa (Federação Internacional de Futebol) para jogos entre seleções, a Premier League volta neste fim de semana com uma grande partida entre Manchester City e Liverpool. Os times se enfrentam neste sábado (01), às 8h30 (de Brasília), no Etihad Stadium, casa dos Citizens. A dez rodadas do fim do campeonato inglês e separadas por quase 20 pontos, as equipes brigam por objetivos diferentes na competição.
Invicto a dez partidas somando todas as competições, o Manchester City entra em campo buscando se aproximar da liderança da competição. No momento, a equipe comandada por Pep Guardiola está a 8 pontos do líder Arsenal. Além do campeonato inglês, o City ainda briga por duas competições na temporada, enquanto os Gunners já foram eliminados dos outros torneios e lutam apenas pelo título da Premier League.
Na Copa da Inglaterra (FA Cup), o time de Manchester está classificado para a semifinal, onde enfrentará o Sheffield United. Na Liga dos Campeões, competição mais importante do futebol europeu e ainda não vencida por Guardiola no comando dos ingleses, o City vai encarar o Bayern de Munique nas quartas de final, em dois confrontos que ocorrem no mês de abril.
No outro lado do confronto, o Liverpool passa por uma temporada instável. Eliminado da FA Cup e da Liga dos Campeões por Brighton e Real Madrid, respectivamente, os Reds não lutam por mais nenhum título na temporada e estão, no momento, na sexta posição da Premier League. A equipe está a 7 pontos do Tottenham, 4º colocado e último clube no bloco dos times que se classificam para a próxima edição da Liga dos Campeões.
No DM
Ambos os times têm problemas de lesões para a partida. O City, além de não poder contar com o meia Phil Foden (apendicite), também não tem confirmada a presença do atacante Erling Haaland, devido a uma lesão na virilha. O norueguês é um dos principais destaques do futebol europeu e mundial na temporada, com 42 gols e 5 assistências em 37 partidas disputadas. Na Premier League, Haaland tem 28 gols e está a 4 de igualar o recorde do egípcio Mohammed Salah, que marcou 32 gols na competição durante a temporada 2017-2018.
Para o Liverpool, a lista de dúvidas/desfalques também é preocupante. Jürgen Klopp, técnico da equipe, não contará com o meia Thiago Alcantara (lesão muscular) e o zagueiro Stefan Bajcetic (lesão na virilha); e ainda tem como dúvidas as presenças do lateral Konstantinos Tsimikas, do meia e capitão Jordan henderson, e dos atacantes Darwin Núñez e Luis Díaz.
Quem leva ?
Jogando diante do seu torcedor e em um momento melhor na temporada, a expectativa é de favoritismo para o Manchester City no confronto deste sábado (01). O Liverpool, no entanto, já provou diversas vezes que sabe como se recuperar em momentos de dificuldades. A expectativa é de um grande duelo na cidade de Manchester.
Ser reconhecido pelo país e bem remunerado pelo seu talento é o sonho de muitos. Mas, para viver de esporte no Brasil, é preciso muita perseverança e um pouco de sorte. Além, da falta de investimento e políticas públicas para fomentar o meio esportivo nacional, o número de atletas na NBB é restrito. São apenas 17 equipes que disputam o título de melhor time de basquete contando com, em média, 15 atletas em seu plantel cada uma.
Antes de alcançar a limitada lista de jogadores do NBB, é preciso passar pelas categorias de base e assim tentar uma vaga no time profissional. Nicolas Ronsini, natural de São Bernardo, embarcou nessa jornada para viver do esporte: “Sempre fui um amante do esporte, desde pequeno meus pais sempre me incentivaram a praticar algum esporte, quando eu tinha por volta de quatro anos de idade, minha mãe me colocou no futsal, fiz alguns anos de escolinha, também pratiquei natação, xadrez, judô, todos os esportes que minha escola podia proporcionar. Sempre gostei de jogar, me dava bem na maioria das modalidades e, quando tinha nove anos, tive meu primeiro contato com o basquete, na escola”, explica o ex-atleta.
Depois de um convite de sua professora de educação física e treinadora do time de basquete do São Bernardo, Nicolas começou a fazer parte da equipe, onde aprendeu e desenvolveu os requisitos básicos para a modalidade como passes, bandejas e arremessos. Após anos de treinamento e conhecendo mais a parte interna do clube, Nicolas percebeu que não concordava com todas as decisões dos dirigentes da equipe. Desanimado com o desencontro de valores entre ele e seu time, o até então menino de 15 anos, pensou em abandonar a modalidade. Antes que isso fosse possível, ele teve um encontro despretensioso com o técnico recém contratado para comandar a equipe sub-16 do Palmeiras ao ir treinar sozinho em um parque público. No encontro, ele foi convidado para participar da peneira da equipe: “joguei um pouco com todos e ele me convidou para um peneira, no próximo ano, no Palmeiras. Depois dos testes, fui aprovado e comecei a reparar na mudança de estrutura e mentalidade do Palmeiras, o que me motivou ainda mais a querer ser um jogador profissional”.
A mudança de ânimos foi instantânea para Nicolas. Mesmo recebendo apenas uma ajuda de custo do clube no valor de R$ 100,00 e tendo que fazer o trajeto de São Bernardo até o bairro da Pompéia em São Paulo todos os dias, ele estava motivado e via o basquete como seu futuro profissional. Entretanto, a modalidade não é unanimidade no país e por questões políticas dentro do clube, o Palmeiras deixava de ter um time de basquete no NBB. “Palmeiras não tinha mais um time no NBB, me fazendo questionar se eu ficava na equipe, procurava um outro local com time profissional, porque eu tinha só mais 2 ou 3 anos de base e precisava achar um clube para continuar. Eu escolhi ficar no Palmeiras, por conta da estrutura, treino, motivação, etc. Tive propostas para deixar o clube e ir para um local com equipe profissional estável, mas apostei no projeto do clube”, disse Nicolas. A aposta deu certo, aos 17 anos ele foi convocado para a seleção de base brasileira da sua categoria.
Depois de uma conquista, volta a insegurança e falta de estabilidade que os jogadores e jogadoras do país passam na tentativa de realizarem seus sonhos: “O meu último ano de base, com 18 anos, obviamente bate a insegurança , o Palmeiras não tinha uma equipe principal, então não existia uma transição (...) No final do ano veio a proposta do Corinthians, para jogar profissionalmente na Liga Ouro (Divisão de acesso para o NBB), não pensei duas vezes em aceitar a proposta. Recebia um salário de mil reais por mês e ajuda de custos como comida e roupas do time.” lembra Nicolas.
Em seu segundo ano, sem muito espaço no time e sendo o terceiro armador da equipe, o Corinthians decidiu por não renovar seu contrato. Nicolas ainda não tinha se dado por vencido e continuou em busca de seu sonho, agora jogando pela Unifacisa de Campina Grande: “O técnico da equipe foi meu técnico no primeiro ano de base no Palmeiras. Durante a temporada, que foi difícil pela distância da família e amigos, não tive o tempo de quadra que achava justo pelo meu desempenho e acumulei algumas pequenas lesões, o que me fez questionar cada vez mais minha carreira no basquete”. Com 22 anos, algumas lesões na bagagem e somado com o início da pandemia, o jovem atleta decidiu encerrar de vez sua carreira, buscando outros caminhos profissionais.
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A história de Yago Mateus foi diferente. Jogador natural de Tupã, ele também atravessou o árduo caminho pelas categorias de base do basquete e, aos 13 anos, fazia parte da equipe de base do Palmeiras: “Comecei a jogar basquete por influência do meu irmão mais velho, depois de alguns anos jogando por campeonatos menores o Palmeiras me fez um convite para jogar base e aceitei na hora. O clube me dava uma ajuda de custos e me mudei para São Paulo com essa idade. A estrutura do Palmeiras comparada ao que eu tinha era surreal”, disse ele. Quando o Palmeiras tinha decidido não ter mais uma equipe na NBB, Yago mudou de clube: “Em 2016 mudei pro Paulistano, recebi uma oferta salarial melhor e o clube tinha uma equipe disputando o campeonato do NBB, algo que o Palmeiras não podia me oferecer no momento e pesou muito na decisão de mudar”, lembra o jogador.
Alguns anos após ingressar no Paulistano, Yago teve sua primeira convocação para a seleção principal do Brasil, o que lhe abriu portas e a chegada de novos interessados em sua contratação: “Já em 2020, depois de algumas conversas com equipes do Brasil e de fora, aceitei a oferta do Flamengo e virei jogador do time, foi uma realização enorme, o Flamengo tem um dos melhores times do campeonato e uma estrutura sem igual no Brasil”.
A partir daí, a carreira do atleta teve passos positivos e apesar da insegurança e medo da instabilidade da categoria, Yago se recusou a desistir de sua aspiração. Hoje, atleta do ULM da Alemanha, ele olha para trás com orgulho das decisões que tomou: “Óbvio que existe a insegurança da mudança, em confiar em você, aceitar os desafios, porém, acredito que acertei nas decisões e agora posso dizer que estou estabilizado como atleta profissional. No ULM, outra decisão difícil de ser tomada, mas que agora sei que foi totalmente certa(...). O basquete me abriu portas que eu jamais conseguiria de outra forma na vida”, conta o atleta.
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Em 1950, o Brasil se preparava para receber o maior evento esportivo do mundo, a Copa do Mundo. Naquela ocasião, o clima era de festa e altas expectativas eram atribuídas à seleção para ser campeã, a possibilidade de uma derrota não era cogitada pela população. Com o decorrer das partidas, as vitórias foram conquistadas. Os jornais já tratavam a seleção brasileira como postulante ao título, como foi o caso do Jornal dos Sports.
O jogo Brasil x Uruguai, no dia 16 de junho de 1950, um empate já garantiria a taça para a seleção canarinho. Os brasileiros saíram na frente, mas sofreram o empate. Faltando 11 minutos, a celeste olímpica vira o jogo, ganhando a copa do mundo daquele ano, na casa de seus adversários. A partida teve um peso muito grande para a história do futebol. O recorde de público em um estádio foi atingido pelas 199.854 pessoas. Marca histórica.

Depois da derrota, a população brasileira necessitava de culpados para apontar. Os escolhidos foram três jogadores: Barbosa, Juvenal e Bigode, os únicos negros da equipe. Barbosa foi o mais criticado. Nos anos seguintes, a imprensa, ativamente, colocou sobre o ombro do arqueiro todo o fardo da derrota. Para eles, o gol da virada era culpa do goleiro, mas não por motivos técnicos e táticos, e sim, pela cor.
A cultura racista internalizada se refletiu no esporte. Barbosa, ídolo do Vasco, eleito um dos melhores goleiros do século XX, enfrentou a massacrante imprensa, que o tratava como um jogador ruim, sem qualidades técnicas e mentais.
Com o avanço dos estudos sobre o racismo institucionalizado, pesquisadores se dedicaram a estudar o caso da copa de 50. Para tratar de casos atuais no esporte, como o do jogador brasileiro Vinícius Júnior, era necessário revisitar as memórias passadas. O entendimento do caso do ídolo vascaíno, está intimamente ligado às teorias de inferioridade racial, criadas entre o século XIX e XX. Para Antonio Jorge Soares e Bruno Otávio de Lacerda Abrahão em seu artigo “O Que o brasileiro Não Esquece Nem a Tiro É chamado Frango de Barbosa: questões sobre o racismo no futebol brasileiro”.
“Os diferentes autores destacam, guardadas as devidas diferenças, que a culpa que recaiu sobre esses jogadores fez renascer as teorias acerca da inferioridade racial brasileira”. As suposições sobre os motivos que levaram a seleção brasileira a perder, colocavam as simbologias da hierarquização cultural no centro. Para Lilian Schwarcz, historiadora da Universidade de São Paulo.
“Esse preconceito se fundamenta pelas representações hegemônicas construídas pela ciência século XIX que, ao hierarquizar as raças, suspeitava da capacidade racional, moral e psicológica dos negros”.
Através dos diversos meios de manifestações culturais, como o esporte, a sociedade foi alertada sobre o racismo estrutural. O futebol está intimamente ligado com as causas sociais e políticas. Segundo Jorge Soares e Lacerda Abrahão. “As idas e vindas sobre um mesmo tema revelam que o racismo ainda é um dilema político, ideológico e cultural da sociedade brasileira.”

O ídolo da seleção, Barbosa, teve sua história injustiçada por uma cultura racista internalizada nos diversos meios da sociedade. Ele teve uma carreira vitoriosa em seu clube, Vasco da Gama, e foi eleito um dos onze melhores goleiros do século XX pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol.
A Seleção Brasileira entra em campo neste sábado (25), às 19h (de Brasília), pela primeira vez após a Copa do Mundo do Catar, que teve a Argentina como grande campeã no fim do ano passado. A partida será um amistoso contra a Seleção de Marrocos, sensação e semifinalista do último mundial. O confronto será no Estádio Ibn Batouta, em Tânger, cidade no norte do país africano.
Na última Copa, a seleção marroquina terminou como líder do disputado grupo F, que contava também com Croácia, Bélgica e Canadá. Depois disso, eliminou Espanha e Portugal nas oitavas e quartas de final, respectivamente, e só se despediu da competição na semifinal, ao enfrentar a vice-campeã França. Marrocos fez história e se tornou a primeira seleção africana a chegar em uma semifinal de Copa do Mundo.
O Brasil, por outro lado, amargou mais uma eliminação nas quartas de final, dessa vez pela Croácia. Considerando que o próximo torneio, que ocorrerá em três países (México, Estados Unidos e Canadá), será apenas em 2026, a Seleção Brasileira igualará seu maior jejum sem conquistar uma Copa do Mundo - 24 anos. Após vencer em 1970, no México, com o esquadrão de Pelé, a seleção só chegou a uma nova conquista em 1994, nos Estados Unidos.
A Seleção de Marrocos, além de contar com diversos nome de destaque como o lateral Achraf Hakimi, do Paris Saint-Germain (PSG), e o ponta Hakim Ziyech, do Chelsea, se mostrou um time muito bem treinado por Walid Regragui. Um dos principais destaques da equipe é a solidez defesiva, tendo sofrido apenas um gol na Copa do Catar até a semifinal contra a França, quando foi derrotada por 2 a 0.
Diante de todo esse cenário e com a expectativa de estádio lotado pela torcida marroquina - que deu show durante a última Copa - , a expectativa para este sábado (25) é de uma partida complicada para o Brasil. Vencer o sistema defensivo de Marrocos e evitar as saídas rápidas de contra-ataque da equipe africana será o desafio da seleção verde e amarela.
Ainda nas buscas por um novo comandante, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) escolheu Ramon Menezes, técnico da seleção brasileira sub-20, para assumir o lugar de Tite e comandar a equipe de forma interina. O plano A da entidade máxima do futebol brasileiro para o comando da seleção é o italiano Carlo Ancelotti, atual técnico do Real Madrid. A negociação, no entanto, é complexa, visto que o treinador tem contrato com o clube espanhol até o meio de 2024, e já disse que gostaria de cumprir este contrato.
No último treino aberto antes da partida, Ramon Menezes escalou o seguinte time: Ederson, Emerson Royal, Militão, Ibañez e Alex Telles; Casemiro, Andrey Santos e Lucas Paquetá; Rony, Rodrygo e Vini Jr.