Skatistas vencem a etapa de Miami e pela segunda vez consecutiva levantam juntos o troféu da competição
por
Cecília Schwengber Leite
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06/05/2025 - 12h

No último sábado (03) ocorreu a etapa de Miami da Street League Skateboarding (SLS), abrindo a temporada de 2025 do campeonato mundial de skate street, que conta com a participação de gigantes da modalidade. Alguns dos atletas olímpicos brasileiros marcaram sua tradicional presença: Rayssa Leal, Kelvin Hoefler, Felipe Gustavo e Giovanni Vianna; além do talentoso Filipe Mota. 

Outros nomes de peso do street internacional também deram seu show de skate e compuseram a prateleira dos finalistas, sendo estes e estas:

Masculino:

Giovanni Vianna (BRA)

Kairi Netsuke (JAP)

Nyjah Huston (EUA)

Gustavo Ribeiro (POR)

Sora Shirai (JAP)

Felipe Gustavo (BRA)

Feminino:

Funa Nakayama (JAP)

Momihi Nishiya (JAP)

Rayssa Leal (BRA)

Chloe Covell (AUS)

Coco Yoshizawa (JAP)

Yumeka Oda (JAP)

Donos das melhores voltas, os grandes campeões da etapa de Miami de 2025 foram Nyjah Huston, o maior vencedor da SLS, com sete títulos, e Rayssa Leal, a brasileira tricampeã da competição. A curiosidade é que essa dupla já foi campeã algumas vezes, incluindo na etapa derradeira - Super Crown - da temporada de 2024, em São Paulo. 

A final foi disputada em um nível muito elevado de skate, levando Nyjah Huston a conquistar sua vitória na última manobra. Durante uma de suas voltas, o skatista atingiu o centésimo nine club (nota igual ou acima de 9) de sua carreira profissional. Sua pontuação final foi 36.8.

Rayssa Leal também brilhou e protagonizou uma reviravolta. Começou caindo em sua primeira descida na pista, mas conseguiu recuperar o fôlego e assumir a liderança da tabela com a melhor volta entre as competidoras. Com frieza, superou a australiana Chloe Covell nas manobras individuais, e cravou sua vitória somando 32.1.

Rayssa Leal disputou sua 20ª final em etapas da SLS. Foto: Reprodução/Instagram/@sls
Rayssa Leal disputou sua 20ª final em etapas da SLS. Foto: Reprodução/Instagram/@sls

Na formação dos pódios, em segundo lugar do feminino ficou Chloe Covell, e em terceiro Coco Yoshizawa. No masculino, a segunda posição ficou para o português Gustavo Ribeiro, e a terceira foi ocupada pelo brasileiro Felipe Gustavo.

Completando o pódio, Gustavo Ribeiro somou 36.7 pontos e Felipe Gustavo, 36.5. Foto: Reprodução/Instagram/@sls
Completando o pódio, Gustavo Ribeiro somou 36.7 pontos e Felipe Gustavo, 36.5. Foto: Reprodução/Instagram/@sls

As próximas etapas da temporada de 2025 da SLS ocorrerão em Paris, no dia 11 de outubro, e a SLS Super Crown em São Paulo, nos dias 6 e 7 de dezembro. Além disso, haverá quatro etapas Spot Takeovers, com a primeira marcada para o Píer de Santa Mônica, no dia 23 de maio.

Yamal, do Barcelona, e Dumfries, da Inter, foram os destaques desse confronto
por
Guilherme Carvalho
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06/05/2025 - 12h

 

Em duelo pelo jogo de ida da semifinal da Champions League, Barcelona e Inter de Milão empataram por 3 a 3 na última quarta-feira (30), no Estádio Olímpico Lluís Companys, na Espanha. 

O jogo começou com a Inter de Milão mostrando sua força logo aos 30 segundos. Denzel Dumfries avançou pela direita e cruzou rasteiro para Marcus Thuram, que, aproveitando um escorregão do zagueiro Iñigo Martínez, marcou o gol com um toque de calcanhar.

Marcus Thuram da inter de milão abre o placar com gol de letra contra o Barcelona pelo primeiro jogo da semifinal da Champions League
Marcus Thuram abriu o placar com gol de letra. Foto: Divulgação/Champions League

O Barcelona, ainda atordoado pelo gol relâmpago, tentou responder com uma jogada de Ferran Torres, que finalizou com perigo, mas a bola passou rente à trave esquerda de Yann Sommer. 

O time italiano, porém, não diminuiu o ímpeto, e aos 21 minutos ampliou o placar. Após uma cobrança de escanteio, Nicolò Barella desviou de cabeça, e a bola sobrou para Dumfries, que emendou um voleio aéreo na pequena área, estufando as redes no estádio catalão.

O Barcelona, acuado, encontrou esperança na jovem estrela Lamine Yamal. Aos 24 minutos, o atacante recebeu pela direita, resistiu a um encontrão de Thuram, driblou Henrikh Mkhitaryan com uma arrancada e finalizou com um chute colocado que raspou a trave antes de entrar, diminuindo a vantagem. 

Lamine Yamal faz o primeiro gol do Barcelona contra a Inter de Milão pelo primeiro jogo da semifinal da Champions League
Lamine Yamal fez o primeiro gol do Barcelona na partida. Foto: Divulgação/Champions League

O gol deu novo ânimo ao Barcelona, e Yamal quase empatou na sequência: ele invadiu a área, driblou o lateral Frederico Dimarco e bateu forte, mas o goleiro Sommer desviou com a ponta dos dedos, e a bola bateu no travessão. 

A pressão catalã continuou, e o empate veio aos 38 minutos. O espanhol Pedri lançou a bola para área, o meia Raphinha ajeitou de cabeça na segunda trave, e Ferran Torres apareceu livre para completar.

Antes do intervalo, Dani Olmo ainda teve uma chance com um chute colocado da entrada da área, mas Sommer fez uma defesa segura, garantindo o 2 a 2 no fim do primeiro tempo.

O segundo tempo começou em um ritmo menos intenso, com as equipes se estudando mais. A Inter voltou a atacar com perigo aos poucos, e quase marcou o terceiro gol quando Alessandro Bisseck cruzou rasteiro pela direita, e Dimarco, na segunda trave, finalizou mal, desperdiçando uma chance perigosa. 

A partida ganhou contornos dramáticos aos 18 minutos, quando a Inter voltou à frente. Após outra cobrança de escanteio, Dumfries subiu mais alto que a defesa do Barcelona e, com uma “ombrada” na bola, venceu o goleiro Szczesny, recolocando os nerazzurri em vantagem.

A vantagem do time italiano, porém, durou apenas dois minutos. Yamal rolou a bola em um escanteio curto, e Raphinha, com espaço na entrada da área, soltou uma paulada que explodiu no travessão. A bola voltou nas costas de Sommer e entrou, em um lance de azar para o goleiro suíço, registrado como gol contra na súmula do jogo. 3 a 3 no placar.

A partir daí, o confronto ficou ainda mais aberto. A Inter chegou a balançar as redes aos 30 minutos, quando Mkhitaryan completou um cruzamento rasteiro de Dumfries, mas o VAR anulou o gol por um impedimento milimétrico do jogador da Inter de Milão.

Nos minutos finais, o Barcelona pressionou em busca da virada. Já nos acréscimos, Yamal tentou um cruzamento, mas a bola, mal tocada, ganhou altura, encobriu Sommer e acertou o travessão. Apesar das chances claras de ambos os lados, o placar não se alterou, e o apito final confirmou o empate.

A vaga para a final será decidida no jogo de volta, marcado para a próxima terça-feira (6), no Estádio Giuseppe Meazza, em Milão, às 16h (horário de Brasília).

Após vencer o Campinas, equipe celeste conquista seu nono campeonato
por
Nathalia de Moura
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06/05/2025 - 12h

O Cruzeiro sagrou-se campeão da Superliga Masculina de Vôlei 2024/25 após vencer a equipe do Campinas por 3 sets a 1, de virada. Em final realizada no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, a equipe do técnico Filipe Ferraz venceu a partida com parciais de 18/25, 25/23, 25/23 e 25/21 e se isolou como a maior vencedora da competição, com nove títulos. O Minas vem em segundo, com oito troféus.

Era esperado um confronto equilibrado entre as equipes, mas no primeiro set o Campinas surpreendeu e ditou o ritmo do jogo. Os campineiros abriram uma larga vantagem e mesmo com o Cruzeiro tentando reagir, controlaram o placar e fecharam a parcial em 25 a 18, com ponto de Bruno Lima.

No segundo set, o panorama da partida mudou. A equipe mineira começou melhor e chegou a abrir seis pontos de vantagem, mas oscilou e viu o Campinas encostar no placar. Conduzido pelo oposto Welinton Oppenkoski e pelo ponteiro Gabriel Vaccari, que entraram na partida ainda na primeira parcial no lugar dos medalhistas olímpicos Douglas Souza e Wallace, o Cruzeiro conseguiu fechar o set por 25 a 23 e empatar o jogo.

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Cruzeiro venceu a Superliga pela nona vez. Foto: Agência i7/Sada Cruzeiro

O terceiro set foi marcado pelo que se esperava da partida: equilíbrio. Naquele momento, ninguém disparou no placar e a parcial foi decidida ponto a ponto. O Cruzeiro, além de contar com Vaccari e Oppenkoski, tinha seu central multicampeão, Lucão, inspirado e foi dele o ponto de ataque que deu a vitória no set e marcou a virada dos mineiros.

O quarto set era decisivo para o Campinas. A equipe do técnico argentino Horacio Dileo precisaria ser ainda mais contundente contra o embalado Cruzeiro. No início da parcial, o equilíbrio veio à tona novamente e os times trocavam pontos. Mas a equipe celeste aproveitou os bons saques e abriu 16 a 10 no placar. Os campineiros tentaram encostar com Bruno Lima, Maurício Borges e Adriano, mas o Cruzeiro se impôs, manteve o ritmo e a vantagem, e fechou o set em 25 a 21, dando números finais a partida e levantando o quinto troféu na temporada 2024/25. Além da Superliga, o Cruzeiro conquistou também a Supercopa do Brasil, o Campeonato Mineiro, o Sul-Americano e o Mundial de Clubes.

O central Lucão foi eleito o Jogador Mais Valioso (MVP) da competição, além de ser escolhido como melhor central e melhor atleta em quadra na final. O time mineiro compôs boa parte da seleção da Superliga Masculina. Veja a lista: 

MVP: Lucão (Cruzeiro)

Melhor levantador: Matheus Brasília (Cruzeiro)

Melhor oposto: Darlan (Sesi-Bauru)

Melhores ponteiros: Douglas Souza (Cruzeiro) e Adriano (Campinas)

Melhores centrais: Lucão (Cruzeiro) e Judson (Campinas)

Melhor líbero: Alê (Cruzeiro)

Melhor técnico: Filipe Ferraz (Cruzeiro)

Revelação: Léo Lukas (Guarulhos)

O time inglês viaja a Paris pressionado precisando marcar
por
Lorrane de Santana Cruz
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05/05/2025 - 12h

Na última terça-feira (28), Arsenal e Paris Saint Germain se enfrentaram no primeiro jogo válido pela semifinal da Champions League. As expectativas para as duas torcidas eram grandes, já que atualmente os times apresentam bons números e competitividade. E foi assim desde o início da partida.

O primeiro tempo começou com um gol do Paris aos 4 minutos, Kvaratskhelia camisa 7 da equipe francesa, recebeu um passe e tocou para Dembélé artilheiro do time abrir o placar contra o Arsenal. 

Comemoração dos jogadores do PSG após o gol
Comemoração dos jogadores do Paris após o gol- (Imagem: instagram @psg)

As ações eram todas do visitante, que aos 14 minutos levou perigo com Marquinhos, jogador brasileiro que cabeceou a bola nas mãos de Raya, goleiro do time inglês. Após a tentativa de gol, o time francês voltou a levar ameaças quando Kvaratskhelia fez fila dentro da área e foi derrubado, e apesar das reclamações o VAR mandou o jogo seguir.

Com 25 minutos, os donos da casa continuavam bagunçados e sem muitas chances criadas. O time de Luis Enrique foi muito dominante e amassou o Arsenal taticamente. Aos 30 minutos, Doué chutou para a defesa de Raya que deu rebote para Fabián Ruiz acertar a trave.

A equipe comandada por Arteta começou a demonstrar reação por volta dos 36, quando o Arsenal criou uma ótima chance de gol desperdiçada por Merino. O time inglês passou a ser mais participativo no ataque quase no fim do primeiro tempo.

Aos 40 minutos, após um contra-ataque,o brasileiro Gabriel Martinelli que estava sozinho em frente ao gol, não conseguiu alcançar a bola que foi cruzada por Saka e os gunners aumentaram ainda mais o número de gols perdidos.

O primeiro tempo terminou com outro desperdício de Martinelli, que recebeu um passe e chutou para uma defesa espetacular do goleiro Donnarumma. O Paris foi para o intervalo ganhando por 1 a 0.

A partida reiniciou com o time inglês na área adversária. Aos 2 minutos, o Arsenal cobrou uma falta na área com uma jogada ensaiada, a bola sobrou para Merino mandar para o fundo da rede. No entanto, após análise o VAR anulou o gol por impedimento.

Jogando em casa, os gunners passaram a ter mais volume de jogo e com 11 minutos o goleiro do Paris foi obrigado a fazer outra defesa difícil e com as pontas dos dedos colocou a bola de Trossard. Apesar de manter a posse de bola, o Paris Saint Germain passou a administrar a partida e tentar sair em jogadas encaixadas.

Aos 15 minutos Dembélé tocou para Hakimi, mas Saliba, zagueiro do Arsenal apareceu para interceptar. Com 20 minutos, a partida mudou muito em relação ao primeiro tempo. As duas equipes tentavam aproveitar ao máximo os contra-ataques e os erros de marcação uma da outra, porém o Arsenal estava mais pressionado pois jogava em casa.

Saka, camisa 7 do time de Londres, chutou em direção ao gol, o goleiro italiano do Paris até defendeu, mas o impedimento já havia sido marcado. No segundo tempo a quantidade de faltas cometidas também deixou o jogo mais lento e parado.

O jogo não permitia nenhuma falha enquanto os visitantes queriam voltar para casa com a vantagem o Arsenal buscava pelo menos um empate dentro de casa. Barcola recebeu um passe de Gonçalo Ramos na entrada da área aos 38 minutos, o jogador francês chutou rasteiro no canto esquerdo do gol de Raya, mas a bola foi para fora.

Momentos da partida entre Arsenal x Psg no primeiro jogo
Momentos da partida entre Arsenal x Psg (Imagem: instagram @arsenal)

A partida de volta acontece quarta-feira (7), no estádio Parc des Princes, na França. O jogo será às 16h (horário de Brasília). O Paris joga por um empate, enquanto o Arsenal tem a difícil missão de vencer o time francês fora de casa por dois gols de diferença.

Ex-auxiliar de Tite tem contrato até dezembro de 2025 com o clube paulista
por
Enrico Peres
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30/04/2025 - 12h

 

Duas semanas depois da demissão de Pedro Caixinha, que aconteceu após a derrota para o Fluminense, no dia 14 de abril, e negociações falhas com Tite e Dorival Jr., o Santos finalmente achou seu novo treinador. Cléber Xavier, que trabalhou com Tite por 24 anos como auxiliar técnico, contando com a passagem pela seleção brasileira de 2016 até 2022 e o vitorioso trabalho nas duas passagens pelo Corinthians, foi anunciado na tarde desta terça-feira (29). 

 

 

O gaúcho de 61 anos contará com Matheus Bachi, filho de Tite, como auxiliar técnico. César Sampaio, que é membro fixo da comissão do Santos e comandou o clube interinamente nas últimas três partidas, também fará parte da comissão. Após 24 anos sendo auxiliar de Tite, essa será a primeira vez que Cléber Xavier assumirá o comando de uma equipe. 

Cleber Xavier realizou seu primeiro treino com o elenco do Santos. Foto: Divulgação/X/@SantosFC
Cleber Xavier realizou seu primeiro treino com o elenco do Santos. Foto: Divulgação/X/@SantosFC

Com contrato até dezembro de 2025, o técnico já comandou o treino da tarde desta quarta-feira (30). A apresentação oficial do gaúcho aconteceu às 12h30 (horário de Brasília). Com isso, ele está apto para estrear como novo técnico do alvinegro praiano na quinta-feira (01), contra o CRB, na Vila Belmiro. 

 

Em Miami, o quarto embate entre Alex “Poatan” Pereira e Israel Adesanya marca o fim de uma rivalidade histórica.
por
Guilherme Gastaldi
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07/04/2023 - 12h

No dia 8 de abril (sábado), o UFC estará centrado em Miami, EUA, mais especificamente, na Miami-Dade Arena. Com um card cheio de estrelas, o UFC 287 terá como destaque a “tetralogia” entre Alex Pereira e Israel Adesanya no evento principal, valendo o cinturão dos médios (até 83,9 kg). Antes da disputa de título, o co-evento principal traz um embate entre dois grandes lutadores favoritos dos fãs. O duelo entre Gilbert Burns e Jorge Masvidal promete muita ação e tem grandes chances de não chegar para as decisões dos juízes. Para iniciar o card principal, o lutador mais jovem da história da organização, Raul Rosas Jr., fará sua segunda luta pelo UFC.

 

Poster oficial do UFC 287. (Foto: Divulgação / UFC)
Poster oficial do UFC 287. (Foto: Divulgação / UFC)

 

Alex Pereira vs. Israel Adesanya - "A Tetralogia"

O brasileiro Alex Poatan Pereira é, desde o UFC 281, o rei dos pesos-médios após ter derrotado o nigeriano Israel The Last Stylebender Adesanya. De ancestralidade indígena da tribo Pataxó, Poatan significa em tupi “Mãos de Pedra”, apelido que faz juz ao estilo mortal e nocauteador do lutador, principalmente com sua mão esquerda. Apesar de terem se encontrado pela primeira vez no UFC apenas no ano passado, esse não foi o primeiro encontro entre os lutadores. Ambos possuem um background de kickboxing, ou seja, antes de realizarem a transição para o MMA, disputaram a arte marcial no mais alto nível da modalidade. Nesse universo, seus caminhos se cruzaram duas vezes, com finais diferentes, mas com o mesmo resultado final.

No primeiro confronto, em 2016, o embate foi extremamente técnico e disputado até o final, com o brasileiro saindo vitorioso por decisão unânime na pontuação dos juízes. Já em 2017, o roteiro foi um pouco diferente. No combate que aconteceu no Ginásio de Ibirapuera, em São Paulo, Adesanya vinha vencendo a luta de maneira convincente, desferindo os principais golpes da luta, no entanto, foi no 3º round que o golpe letal da luta aterrissou. Com um poderoso cruzado de esquerda, Poatan nocauteou o nigeriano, que caiu praticamente inconsciente no chão do ringue e teve sua mão erguida mais uma vez.

Anos depois, em novembro de 2022, seus caminhos se cruzaram novamente e com um script semelhante ao da segunda luta. “The Last Stylebender”, campeão da categoria a época, vencia a luta de maneira confortável por três rounds a um, inclusive quase nocauteando o brasileiro ainda no final do 1º round, interrompido pelo soar do gongo, indicando o encerramento do round e que acabou salvando a pele do brasileiro. 

Já no 5º round, vendo a vitória nas mãos de seu adversário, Alex Pereira acertou Adesanya, novamente com seu famoso cruzado de esquerda, dessa vez, seguido por diversos golpes variados. Assim, o árbitro Marc Goddard parou o combate, declarando vitória ao brasileiro por nocaute técnico e o coroando o novo campeão da divisão dos médios (até 83,9 kg).

Poucos meses depois, após perder sua sequência de cinco defesas de cinturão, Israel Adesanya enfrenta seu carrasco pela quarta vez, no UFC 287. O placar atual é de ampla vantagem para o brasileiro com 3 x 0 ao seu favor, entretanto, nas casas de apostas, Izzy é o favorito nesse confronto. Como foi dito anteriormente, ambos possuem um background de kickboxing, sendo assim, as expectativas giram em torno de um duelo majoritariamente em pé, com muitos chutes e trocação. Contudo, visto que esse estilo de luta resultou em três derrotas, o nigeriano pode tentar alterar seu plano de jogo, optando mais por tentativas de queda, o que torna o resultado final do confronto ainda mais imprevisível.

 

Alex Pereira e Israel Adesanya se encaram pela última vez antes de seu duelo no UFC 287. (Reprodução / Twitter: @ufc) 
Alex Pereira e Israel Adesanya se encaram pela última vez antes de seu duelo no UFC 287. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

A Última Chance.

Mesmo com a luta principal sendo a história da noite, o co-evento principal definitivamente não deixa a desejar e é uma das lutas mais esperadas deste sábado. Estamos falando do confronto entre o brasileiro Gilbert “Durinho” Burns e o norte-americano Jorge “Gamebred” Masvidal. Com um duelo entre dois lutadores muito explosivos, a chance dos fãs do Ultimate serem presenteados com momentos marcantes é altíssima. 

Entretanto, por mais esperada que essa luta seja, o momento atual de ambos os lutadores não poderia ser mais diferente. Burns vem de uma vitória dominante contra Neil Magny no UFC 283, em frente ao público brasileiro e está no topo da divisão, além de ser um dos claros desafiantes ao cinturão dos meio-médios (até 77,1 kg). Do outro lado, Masvidal vem de uma sequência dura de três derrotas seguidas, dois desses reveses em disputas pelo título. Gamebred teve uma escalada brilhante em sua carreira e se tornou uma das principais estrelas da organização no ano de 2019, quando venceu o popular Nate Diaz e derrotou Ben Askren com uma joelhada voadora em apenas cinco segundos, o tornando o detentor do recorde de nocaute mais rápido da história do Ultimate.

Para Jorge Masvidal, essa é sua última chance de mostrar que merece figurar no topo e quem sabe lutar futuramente pelo cinturão. Inclusive, existe uma grande especulação por parte dos fãs de que caso venha a perder a luta, o norte-americano se aposente de uma vez por toda do esporte, o que traz um toque de suspense e curiosidade ainda maior para o combate de sábado. Pelo momento, Durinho é o claro favorito nas casas de apostas, porém, é difícil simplesmente descartar qualquer possibilidade de vitória por parte de alguém como o Masvidal, que por um bom tempo lutou contra algum dos melhores lutadores da organização.

 

Gilbert Burns e Jorge Masvidal se encaram frente a seu duelo no UFC 287. (Reprodução / Instagram: @ufc)
Gilbert Burns e Jorge Masvidal se encaram frente a seu duelo no UFC 287 (Reprodução / Instagram: @ufc)

 

A Jornada de uma Estrela.

Abrindo o card principal, o mexicano Raul Rosas Jr. enfrenta o norte-americano Christian Rodriguez e pretende continuar trilhando seu caminho no Ultimate rumo ao cinturão. A jovem estrela fez história no UFC 282 quando se tornou o lutador mais novo a competir pela organização com apenas 18 anos de idade. Com uma vitória dominante ainda no 1º round por meio de finalização, El Niño Problema se encaminha para sua segunda luta no UFC.

Contratado pela organização através de uma performance impressionante no Dana White’s Contender Series, o jovem mexicano busca alçar voôs altos e ficar marcado como o campeão mais novo da história do UFC, recorde de Jon Jones, quando venceu o cinturão com apenas 23 anos. Para sábado, Raul é o claro favorito nas casas de apostas e quer passar por cima de seu adversário, Rodriguez, que por sua vez, vai querer dar uma pausa no frenético “hype-train” do mexicano.

 

Raul Rosas Jr. comemorando sua vitória em sua estreia no UFC 282. (Louis Grasse/Px Images/Icon Sportswire via Getty Images)
Raul Rosas Jr. comemorando sua vitória em sua estreia no UFC 282. (Louis Grasse/Px Images/Icon Sportswire via Getty Images)

 

Card Completo de Lutas:

→ CARD PRINCIPAL. (23:00 BRT)

  • Alex Pereira (C) vs Israel Adesanya #1  (Cinturão Peso-Médio)
  • Gilbert Burns #5 vs Jorge Masvidal #11  (Peso Meio-médio)
  • Rob Font #6 vs Adrian Yanez #12  (Peso-Galo)
  • Kevin Holland vs Santiago Ponzinibbio  (Peso Meio-médio)
  • Raul Rosas Jr. vs Christian Rodriguez  (Peso-Galo)

 

→ CARD PRELIMINAR. (21:00 BRT)

  • Chris Curtis #14 vs Kelvin Gastelum #15  (Peso-Médio)
  • Michelle Waterson #10 vs Luana Pinheiro #15  (Peso-Palha feminino)
  • Gerald Meerschaert vs Joe Pyfer  (Peso-Médio)
  • Karl Williams vs Chase Sherman  (Peso-Pesado)

 

→ PRELIMINARES INICIAIS. (19:00 BRT)

  • Cynthia Calvillo #15 vs Loopy Godinez  (Peso-Palha feminino)
  • Ignacio Bahamondes vs Trey Ogden  (Peso Casado)
  • Shayilan Nuerdanbieke vs Steve Garcia  (Peso-Pena)
  • Jaqueline Amorim vs Sam Highes  (Peso-Palha feminino) 
A expectativa da comissão técnica e jogadores do clube antes de um jogo decisivo
por
Daniel Santana Delfino
Rodrigo Silva Marques
|
04/04/2023 - 12h

Por Daniel Santana Delfino, Rodrigo Silva Marques

Todo profissional que deseja trabalhar com jornalismo esportivo, especificamente como repórter, tem o sonho de entrevistar um jogador famoso ou técnico de prestígio, dependendo do campeonato, até mesmo algum coordenador de futebol. Nessa reportagem fomos ao Clube Atlético Juventus, no bairro da Mooca, em São Paulo, bater um papo com os integrantes do quase centenário time paulista.

No final de um treino pré-jogo, o técnico do Clube Atlético Juventus, Jorge Luís da Silva, conhecido popularmente como Jorginho, falou sobre como é a expectativa às vésperas de um jogo importante. Recém-chegado ao clube, ele contou como foi recebido pelo seu torcedor e de que maneira equilibra no time os veteranos com os mais jovens. O técnico também deu sua opinião se de fato existe essa história de jogador derrubar treinador. "Para se manter você precisa vencer o máximo de jogos possíveis, pois não vai ganhar todos", diz Jorginho. No futebol, você deve estar preparado para vencer, não para empatar”. Jorginho afirma que a concentração total está no próximo jogo, contra o Novorizontino, sendo lucro o que vier depois. Em sua chegada ao time, ele diz ter sido muito bem recebido e com muito carinho por parte dos torcedores, mesmo historicamente sendo adversário do Juventus em suas passagens anteriores pela Portuguesa de Desportos. Na sua visão, um time verdadeiramente competitivo é aquele que balanceia a experiência de jogadores veteranos com a capacidade dos jovens que vem da base, ao mesmo tempo em que mantém o bom relacionamento com o elenco como um todo.

Técnico Jorginho Imagem: Daniel Santana
Técnico Jorginho
Imagem: Daniel Santana
 

Sobre a polêmica de que o mal desempenho dos jogadores é proposital para derrubar um técnico, Jorginho diz que “isso sempre existiu e sempre existirá, é uma questão de caráter e não acontece apenas no futebol”. Ele enfatiza que se sente feliz no clube onde está e na hora em que perceber que não está entregando a qualidade que deveria, ele mesmo saberá o momento de sair. Na sua carreira como técnico, Jorginho além da passagem pela Portuguesa, teve um período como interino no Palmeiras, em 2009, e treinou a Chapecoense que, sob seu comando, goleou o Internacional de Porto Alegre por 5 a 1, no Brasileirão de 2014.

Na conversa com Marcel Barbosa, coordenador técnico do clube, que já morou e trabalhou no Canadá, também exerceu o cargo como treinador pelo sub 20 do próprio Juventus, foi questionado a dificuldade de exercer a profissão no meio futebolístico, Para ele, o desafio é conciliar várias atividades. “Sou formado e licenciado pela CBF e hoje aqui no clube estou como coordenador. Hoje, a minha função aqui é fazer toda a gestão do departamento de futebol, cuidar do departamento médico. Estruturar, olhar a gestão de cada departamento, de futebol, médico, de atletas até a rouparia, cuidar de todos os registros e dar o suporte técnico no campo, ver como estão atuando os atletas, se o treinador precisa de algum suporte e discutir toda a relação dos treinamentos e jogos com o clube’’ enfatizou.

Coordenador Marcel Barbosa Imagem: Rodrigo Marques
Coordenador Marcel Barbosa
Imagem: Rodrigo Marques
 

Em relação à dificuldade de um coordenador em colocar o atleta sempre em alto nível, de modo a obter o máximo rendimento, Barbosa diz que às vezes o atleta pode não estar num dia bom, mas você quer dar aquela cobrada, assim não vamos tentar jogar. O importante é nós entendermos esse lado do jogador, ele é um ser humano, né? O importante é a gente entender essa relação social”. Ele ainda observa que a cobrança dentro de campo já é grande, então é preciso saber dosar “É muito difícil você extrair do ser humano o seu máximo. Se ele não estiver bem estruturado você não consegue tirar o melhor de ninguém. Como coordenador, é preciso entender o processo”, pondera. O coordenador acredita que a parte mais importante do seu trabalho é agregar junto com a comissão técnica, identificando quem tem potencial que pode ser mais bem utilizado em cada momento. “É uma relação do ser humano, no sentido de uma comunidade. A comunidade é bem dividida e a gente entende quando as pessoas estão em situações menos privilegiadas e tenta estabelecer a igualdade. Essa é a ideia do coordenador e a nossa gestão é fazer isso”. 

Questionado sobre o ambiente dentro do vestiário, a exemplo do que ocorreu em 2022 com o Corinthians e Vitor Pereira, onde os jogadores falam mal do ex-treinador e exalta o novo técnico Fernando Lazaro, Marcel Barbosa diz que é difícil trabalhar com gestão de pessoas. Para ele, tudo faz parte de um processo e que acredita no ser humano. Na sua visão, é sempre bom um ambiente leve e produtivo, o que também depende de o próprio atleta estar num rendimento bom. O ambiente fora do vestiário conta muito.  “Eu faço a relação disso com os atletas nas minhas conversas com eles, na hora de mostrar a eles o erro e o acerto. Em casa, você é um pai de família, como é que se relaciona com seus filhos? Porque a decisão do treinador para eles é sempre errada? Procuro fazer eles enxergarem um horizonte perfeito e se questionarem. Estou treinando bem? Estou dando o meu máximo? Como eu cobraria o meu filho? Que exemplo eu daria a ele? Resumindo, ambiente sempre é importante pra que a gente possa sempre entregar o melhor”, acredita Barbosa.

Para entender como funciona a mente de um jogador, nada melhor do que ouvir eles mesmos: o ex-atacante Bruno Moraes da Juventus e o goleiro André Dias.

Ao ultrapassar a marca de duzentos jogos com a camisa do Juventus, o goleiro Dias diz que já teve oportunidade de sair do clube, mas se sente feliz onde está e na sua decisão, pesou a possibilidade de ficar perto da família. De acordo com ele, mudar de clube implica em mudanças de cidade e distanciamento dos familiares. “Criei raízes aqui no clube, o que foi muito importante para a minha carreira e a minha perspectiva é crescer junto e trazer o Juventus de volta à elite", destaca.

Goleiro André Dias Imagem: Reprodução Internet
Goleiro André Dias
Imagem: Reprodução Internet
 

Dias entende que o preparo pré-jogo é importante, já que o foco é alto rendimento em qualquer partida, mas não esconde que as disputas eliminatórias e clássicas exigem mais preparo psicológico. Ele discorda que os atletas façam em campo algum tipo de pressão para a troca de treinador. “Fazer corpo mole não existe, isso prejudica o próprio jogador. Os jogos são televisionados, sempre vai ter alguém olhando. Se existiu no passado, hoje isso não funciona mais”, acredita. Como veterano, ele entende que a conduta dentro e fora de campo é o melhor exemplo para a nova geração.

Em relação ao papel no time, Dias reflete que o goleiro está numa linha tênue entre o milagre e o erro. “O nível de atenção e de cobrança do goleiro nos treinamentos e em campo é sempre maior. A cada jogo é entrar em campo com a faca nos dentes, não dá para errar”. Mesmo assim, ele entende que a cobrança é sempre positiva, mas é preciso saber filtrar o que vê de positivo e negativo. “nem tudo é verdade, nem nada é mentira. O importante é na hora do jogo, dar zero atenção ao entorno”.

Se por um lado a preparação física é necessária, o preparo psicológico é fundamental na opinião do goleiro, quando o atleta está em alta, seu desempenho naturalmente é melhor. Mas quando ele se abate, “o melhor é focar nas jogadas profissionais dos treinos, elevar a concentração e saber trabalhar as oscilações que acontecem em todos os jogos”. Como um dos mais experientes do time, ele se mesmo se encaixa no papel de mais cobrador, “no bom sentido, para dar o incentivo e o bom exemplo para a molecada”, finaliza.

Bruno Moraes também entende o peso de sua responsabilidade, ao comentar o resultado de marcar três dos quatro gols na partida contra o Lemense. Ele diz que centroavante vive de gols e lamenta que a decisão da classificação tenha ficado para o último jogo antes do mata-mata. Quando a questão é desempenho profissional, o centroavante entende que seja qual for a posição em campo, quando o desempenho não está dentro do esperado, o atleta se sente incomodado e vai buscar ajuda para voltar a dar bom resultado. “Como em qualquer profissão, a gente também tem um dia ruim”, reflete. Ele compartilha da opinião de Jorginho, quando o assunto é derrubar técnico. “Quando existe caráter, ninguém pensa em tirar o emprego de uma pessoa que tem família para cuidar”.

Atacante Bruno Moraes Imagem: Reprodução Internet
Atacante Bruno Moraes
Imagem: Reprodução Internet
 

Independentemente de como esteja o quadro de pontuação para o Juventus, Moraes acredita que cada jogo é a responsabilidade do jogador cumprir com o seu papel. “Não adianta ficar olhando o resultado dos outros, Vamos focar no nosso objetivo e depois ver o que vai acontecer”. Vindo da Inter de Limeira, Moraes destaca que o Juventus é um clube de uma torcida familiar e tradicional e isso representou um tom de acolhimento muito positivo para ele, embora não esteja nos seus planos se aposentar no clube. “Tenho muita lenha para queimar ainda”, finaliza.

Próximo de completar os 100 anos de existência, o tradicional clube da Mooca jogou contra o forte Novorizontino fora de casa, precisando vencer para garantir a classificação para tentar conseguir o acesso novamente à elite do futebol paulista. Infelizmente, o time acabou perdendo por 1 a 0, e terá que amargar mais um ano na série A2 do campeonato paulista.

Diferentemente da TV aberta, usuários detêm maior autonomia sobre partidas desportivas
por
Felipe Oliveira
Jalile Elias
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04/04/2023 - 12h

 Por Felipe Oliveira e Jalile Elias

      As plataformas de streaming esportivo estão crescendo cada vez mais no Brasil. De acordo com um levantamento feito neste ano pela Hibou, organização voltada para pesquisas de consumo e tecnologias, sete a cada dez brasileiros têm assinatura em pelo menos uma plataforma de streaming. O que era antes uma limitação para se ter acesso aos jogos de diferentes campeonatos e de ligas estrangeiras, dependendo apenas dos canais fechados, hoje em dia podemos ter o controle do que assistir na “palma das nossas mãos”, em diversos dispositivos como smartphones, tablets e TVs. Desta forma, o ato de torcer e acompanhar seu time de coração ou jogador favorito ficou ainda mais fácil.  As plataformas de streaming mais famosas no Brasil e seus preços (valores mensais): Amazon Prime Video (R$14,90), HBO Max (R$34,90), Star Plus (R$32,90), Paramount Plus (R$19,90) e DAZN (R$34,90).

     Primeiramente, é importante analisar possíveis diferenças entre transmissões televisivas e de streaming, visando entender as vantagens e desvantagens que cada uma pode trazer para o público. De acordo com Bruno Maia, CEO da Feel The Match, desenvolvedora de propriedades intelectuais voltada para streaming e blockchain, e executivo de inovação e novas tecnologias no esporte e entretenimento, uma das únicas diferenças impactantes aos telespectadores é o meio de transmissão, já que é necessário uma conexão com a internet para consumir um streaming, diferentemente dos canais de televisão. "A diferença entre o streaming para TV é o meio onde ela é feita e as características inerentes ao meio. Naturalmente, a TV se transmite via satélite, para streaming você transmite via dados, então você precisa ter algumas questões técnicas de estrutura com alguma diferença. Antigamente você tinha uma unidade móvel e vendo sinal por um satélite, hoje você precisa ter uma conexão ligada a uma estrutura de internet para poder transmitir o sinal".

     Em contrapartida, para os profissionais da área há uma grande diferença na roteirização e, consequentemente, na comunicação com o telespectador, que pode ser feita de maneira mais livre e informal. Com isso, é gerada uma aproximação entre quem transmite determinado conteúdo e quem o assiste. Jordana Araújo, repórter da BandNews FM e do canal do Paulistão no YouTube, comentou que a diferença mais clara é justamente a leveza e criação de novas possibilidades dentro da transmissão. "Acho que a primeira e mais perceptível diferença é a leveza. O compromisso com a informação está presente na transmissão, mas a forma como ela é levada a quem está consumindo o streaming é diferente. As possibilidades no âmbito da liberdade de poder criar durante o ao vivo é uma outra coisa legal. A roteirização também passa por algumas mudanças técnicas que permitem interações mais livres e mais espaço para o público que acompanha também com enquetes e comentários", diz Jordana.

     O streaming pode ser caracterizado como uma transmissão de vídeo ou áudio on demand (sob demanda), mas visando as partidas desportivas que não têm essa propriedade - já que tem hora para acontecer -, os assinantes da plataforma optam por assistir as transmissões ao vivo. Bruno Maia diz que o esporte pode ser considerado como uma linguagem nativa do streaming que se coloca como meio de transmissão e aumentando seu engajamento. "Eu entendo o esporte como uma linguagem nativa de streaming, mas se pluga como um meio de transmissão. Quando ele encontra esse meio de transmissão, ele está encontrando canais fechados. É assim que a NBA começa com o seu AT&T, então o canal tem como foco transmitir basquete para quem gosta, e às vezes com dez tipos de transmissões diferentes de um mesmo jogo. As pessoas querendo escolher qualquer esporte e tendo ferramentas para viverem mais aquilo, certamente faz com que a qualidade e quantidade do consumo dela seja maior. Eu acho que o esporte se beneficia sim com esses usuários".

     Outro debate diante das características dos streamings e os possíveis benefícios em relação às transmissões televisivas está no fato de que para consumir um streaming, é necessário, na grande maioria, uma assinatura. Logo, será que é de fato para todo mundo ou essas plataformas acabam criando uma ‘elitização’ no público? Bruno Maia acredita que o streaming cria uma reflexão sobre as escolhas feitas pela sociedade e que por ser um produto mais customizado e, claro, mais caro que a comunicação de massa, acaba sendo elitista como um efeito, não como a causa.

Foto: Jalile Elias
Foto: Jalile Elias

     "O streaming não cria nada, o streaming reflete. Reflete uma sociedade de nicho, onde a gente cada vez tem mais acesso à informação, mais capacidade de curar o que a gente gosta, o que a gente não gosta, em todos os nossos níveis de consumo. Ele é um espelho disso materializado em transmissão de conteúdo. O outro ponto é você pagar e poder ver o que você quer na hora que você quer. Esse poder de consumo não chega para todo mundo, nem todo mundo pode escolher o que vai ver, nem sequer tem tempo para isso. Eu acho que o streaming não é causa, o streaming é mais uma das milhares de consequências de produtos contemporâneos de uma sociedade altamente conectada, com alto poder de customização de hábitos e de consumo, sendo naturalmente mais cara do que a comunicação de massa. O efeito no final do dia, sim, é mais elitista em algum sentido porque quem pode pagar para um posto produto customizado, naturalmente é quem tem mais tempo para poder customizar seu tempo, para quem tem mais dinheiro para poder gastar com isso. Então acaba gerando isso como efeito, mas eu não acho que isso é causa", afirma o CEO da Feel the Match.

     Um dos principais objetivos dos streamings é prender a atenção de seus telespectadores e satisfazê-los. Para isso, as plataformas usam uma série de estratégias para assegurar e aumentar sua audiência. Bruno conta que a precisão do que deve ser dito é crucial para cativar ainda mais quem está em frente à tela. Ele também afirma que se contenta com isso. "O streaming é uma plataforma que de fato o telespectador tem que escolher ver você. A sua precisão no que está contando tem que ser muito maior. A pessoa está o tempo todo meio que te avaliando para ver se continua ali, porque ao contrário da TV - que o programa que está passando aqui e agora - ele tem dezenas de opções naquela mesma hora para ver. No consultório eu cadencio, dou ritmo, ponho muito detalhe, muita gordura na informação para causar um impacto. E isso me dá prazer, como profissional eu sei que estou ali manipulando a linguagem também. Quanto coloco uma série no ar na qual a pessoa fala, 'não consigo levantar pra beber água', isso me traz prazer", conclui.

Após derrota no 1º turno, time de Guardiola vence de virada os Reds e mantém vivo o sonho do tricampeonato em sequência
por
Gabriel Alves Dutra
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03/04/2023 - 12h

Com superioridade, o Manchester City venceu o Liverpool por 4 a 1, no último sábado (1), no Etihad Stadium, em Manchester, na Inglaterra. Em partida válida pela Premier League, os comandados de Pep Guardiola não tomaram conhecimento da equipe comandada pelo alemão Jürgen Klopp, golearam e ainda sonham com a conquista do campeonato inglês pela terceira vez consecutiva e pela nona vez na sua história.

 

Como foi o jogo ?

No melhor estilo Pep Guardiola, o Manchester City se impôs coletivamente na partida desde o primeiro minuto. Mesmo com todo este domínio, quem saiu na frente foi o Liverpool. Após lançamento para Diogo Jota, a bola sobrou para Mohammed Salah mandar, de chapa, no canto direito de Ederson, e abrir o placar aos 17 minutos do primeiro tempo.

Dez minutos depois, aos 27, em uma jogada rápida e muito bem trabalhada pelo City, Julián Álvarez empatou o jogo no Etihad, após cruzamento rasteiro de Jack Grealish pela esquerda. Na partida, o argentino foi o substituto do astro Erling Haaland, que era dúvida para a partida por conta de uma lesão na virilha. O primeiro tempo acabou com igualdade no placar.

No segundo tempo, o Manchester City foi avassalador. Logo no primeiro minuto, Mahrez recebeu pela direita e tocou para o belga Kevin De Bruyne, sem goleiro, virar o jogo para o City.

Aos 7 minutos da etapa complementar, Gündogan aproveitou sobra na área e ampliou o placar, 3 a 1. Jack Grealish, confirmando uma grande atuação, fez o quarto gol aos 30 minutos, fechando a goleada a favor da equipe de Manchester, 4 a 1 - fora o passeio.

 

E a temporada ?

Com o resultado, o Manchester City chegou aos 64 pontos na Premier League e segue na vice-liderança da competição. A equipe não conseguiu reduzir a diferença em relação ao líder Arsenal, mas, com uma partida a menos, mantém viva a esperança do título, faltando dez rodadas para o fim do campeonato. No sábado (01), os Gunners venceram o Leeds United, no Emirates Stadium, também pelo placar de 4 a 1.

Na temporada, o City ainda disputará a semifinal da FA Cup, a Copa da Inglaterra, contra o Sheffield United, e as quartas de final da Liga dos Campeões, em dois jogos contra o Bayern de Munique.

Já o Liverpool vive uma temporada para o torcedor esquecer. A irregularidade toma conta do time de Jürgen Klopp, que soma três derrotas consecutivas – Bournemouth (Premier League), Real Madrid (Liga dos Campeões) e Manchester City (Premier League) – após a goleada histórica de 7 a 0 aplicada no Manchester United, seu maior rival, no início de março.

Os Reds já foram eliminados da FA Cup e da Liga dos Campeões, para Brighton e Real Madrid, respectivamente. A oito pontos do Manchester United, 4º colocado da Premier League, o objetivo do Liverpool na temporada é conseguir uma vaga para a próxima edição da Liga dos Campeões.

Prova em Melbourne termina com o Safety Car na pista, e apenas doze pilotos.
por
Bianca Athaide
Helena Cardoso
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03/04/2023 - 12h

Na madrugada do domingo (02) aconteceu a terceira etapa do calendário da Fórmula 1, em Melbourne, na Austrália. O pódio foi ocupado pelos três campeões mundiais do grid, com Max Verstappen (Red Bull) na primeira colocação, seguido por Lewis Hamilton (Mercedes) e Fernando Alonso (Aston Martin). O treino classificatório, na madrugada do sábado (01), consagrou o holandês com a pole position, mas não foi tão positiva para o seu companheiro de equipe, Sérgio Pérez.  

O mexicano teve problemas técnicos nos freios, ainda no Q1, o que obrigou a equipe a fazer ajustes no seu carro para a corrida. A bateria e a central eletrônica do carro de número 11 foram trocadas e, por isso, o piloto teve que largar do pitlane. Junto com ele, o finlandês Valteri Bottas (Alfa Romeo) teve que fazer um acerto na suspensão e largou da última colocação. 

Open Safety Car

Apesar de largar na primeira posição, instantes depois, Verstappen foi ultrapassado pelos dois carros da Mercedes. George Russell assumiu a ponta, seguido pelo seu companheiro de equipe Lewis Hamilton, deixando o holandês da Red Bull para trás. 

Ainda na primeira volta, Charles Leclerc (Ferrari) disputou a posição e colidiu levemente com Lance Stroll (Aston Martin), sendo obrigado a abandonar a corrida. O piloto monegasco acabou causando a entrada do Safety Car, que permaneceu por duas voltas.  

O Safety Car fez outra aparição no início da etapa, quando o piloto da Willians, Alexander Albon, escapou em uma curva e bateu, deixando seu carro atravessado na pista. Após uma volta, foi decidido pela organização a interrupção da corrida com a bandeira vermelha, para limpeza dos resquícios da colisão na pista. Quinze minutos depois, os carros se posicionaram para relargada.  

O maior prejudicado com a situação foi Russell, atrapalhado pela decisão antecipada de ir para o box, antes da bandeira vermelha, perdeu a liderança. Mas o azar do britânico não acabou por aí: na 18ª volta, o motor de seu carro quebrou e pegou fogo, obrigando o piloto da Mercedes a abandonar a prova. Mais uma vez o Safety Car é acionado por duas voltas.  

Enquanto isso, durante 12ª volta, Verstappen realizou, sem grandes dificuldades, uma bela ultrapassagem em cima de Hamilton, abrindo uma boa vantagem e garantindo o primeiro lugar no pódio.

Dois é bom, três é demais...

A corrida seguiu tranquila, com algumas disputas de posição no meio do pelotão. Na volta 54, Kevin Magnussen (Haas) bateu a traseira direita na barreira da curva 2, perdeu o pneu e deixou muitos detritos na pista, obrigando a entrada do Safety Car - mais uma vez - e posteriormente, ocasionando a segunda bandeira vermelha da corrida.

Com duas voltas para o fim, o reinício da prova seria estático, e sem o uso de DRS no final da prova. Na nova largada, o caos foi instaurado: Logan Sargeant (Williams) atingiu Nyck De Vries (Alpha Tauri) e os dois abandonaram a corrida; Pérez caiu algumas posições depois de sair do traçado e Lance Stroll (Aston Martin) escapou para a brita, mas conseguiu voltar para a corrida.

Além disso, um toque de Carlos Sainz (Ferrari) em Alonso fez o veterano rodar na pista. Em uma rivalidade conhecida desde o kart, as Alpines também saíram prejudicadas após Pierre Gasly espremer o companheiro de equipe, Esteban Ocon, na parede e os dois franceses terem danos significativos nos carros, forçando a saída da dupla da corrida.

Advinha?! Nova bandeira vermelha foi balançada, a terceira da prova. A direção investigou o procedimento de largada e resolveu punir Sainz com 5 segundos, fazendo o espanhol cair para 12ª colocação. Os comissários, porém, decidiram não punir Gasly, com a justificativa de se tratar de um ‘incidente de primeira volta’; curiosamente, o francês está a um ponto na licença de ser suspenso por uma corrida.

A corrida terminou com o Safety Car liderando o pelotão, na mesma ordem da largada anterior, sem a permissão de ultrapassagens. Com os incidentes, apenas doze pilotos terminaram a corrida, com Sainz e Bottas sendo os únicos fora da zona de pontuação.

Tabela

Com a vitória, Verstappen abriu uma vantagem maior sobre Sergio Perez, que terminou a prova na quinta colocação e conseguiu pontuar mesmo largando do pitlane. No campeonato de construtores, a Aston Martin, que teve os pilotos em 3º e 4º lugar, conseguiu 28 pontos em Melbourne e se estabelece no segundo lugar.

A Fórmula 1 tem uma pausa de quase um mês, e retorna no dia 28 de abril, no circuito de rua de Baku, no Azerbaijão, para a quarta etapa da temporada.