
No sábado (20), jogando em casa, o Los Angeles Lakers enfrentou o Denver Nuggets pelo terceiro jogo da série melhor de sete da Final da Conferência Oeste dos Playoffs da NBA. Os visitantes levaram a melhor pelo placar de 119 a 108 e abriram 3 a 0 na série. Nunca na história da NBA um time que perdia por três a zero conseguiu reverter a situação. São 149 séries perdidas e nenhuma vencida.
O Lakers veio para a partida após dois jogos com domínio total do Denver. Nikola Jokic, pivô do Nuggets, anotou um triplo-duplo (dígitos duplos em três estatísticas diferentes) em ambas as partidas. Jamal Murray somou 68 pontos e anotou incríveis 23 apenas no último quarto do jogo 2.
Depois da derrota no jogo 2, Lebron destacou que ainda havia chance. "Até um time conseguir quatro vitórias, nós ainda temos chances”, disse o astro do Lakers. Até o jogo 3, a equipe do Los Angeles tinha o retrospecto de 100% quando jogou à frente de sua torcida nesta pós-temporada.
NO JOGO

O primeiro quarto começou com equilíbrio. Porém, a partir dos sete minutos, o Lakers perdeu o controle da partida e chegou a ficar atrás do placar por 14 pontos de diferença. Na parcial, Jamal Murray anotou 17 pontos e fez parecer fácil jogar basquete. Em contraste, o LakeShow errou 11 arremessos consecutivos. Contudo, Lebron ajudou o time a voltar a pontuar, mas ainda assim o time terminou o quarto muito atrás. Denver 32, Lakers 20.
No segundo quarto, o Lakers acordou e encurtou para 36 a 30. O jogo seguiu acirrado, mas a defesa de Los Angeles não conseguia parar Murray, que anotou 30 pontos até o intervalo, com 65% de aproveitamento. Com o apoio da torcida, os Purple and Gold empataram o jogo com menos de um minuto para o fim. Em seguida, sofreram uma cesta de três de K. Caldwell Pope e foram para o intervalo com apenas três pontos de diferença no placar. Denver 58, Lakers 55.
Anthony Davis (A.D.) e Austin Reaves foram os grandes responsáveis por colocar o Lakers próximo ao placar. Ambos os jogadores anotaram 15 pontos. Além deles, Lebron James distribuiu bem a bola e foi para o intervalo com 9 pontos e 7 assistências. Mas o nome da partida era Jamal Murray, que contribuiu com 30 dos 58 pontos de Denver.

Na volta do intervalo, a batalha seguiu equilibrada. Aos 7:24, Nikola Jokic cometeu a sua quarta falta (com seis o atleta é expulso) e preocupou o técnico Michael Malone, que optou por poupá-lo durante o restante do quarto. Em seguida, Austin Reaves converteu arremesso de três e empatou o jogo (71-71). No entanto, o Nuggets retomou o controle e, mesmo com duas cestas de três consecutivas de Lebron James, foi para o último quarto à frente por 84 a 82. Apesar da desvantagem, Los Angeles conseguiu acertar a defesa em Jamal Murray, que ficou zerado na parcial.
No início do último quarto, a torcida ficou de pé. Rui Hachimura converteu uma cesta de três e virou a partida. O Lakers não liderava o jogo desde o começo do primeiro quarto. Porém, a felicidade durou pouco. Com Jokic na organização, Denver retomou a liderança e jogou a pressão para o adversário. Durante três minutos, apenas o Nuggets pontuou e o Lakers ficou atrás por 106 a 94.
Para piorar a situação, Denver começou a usar o relógio a seu favor e gastou o tempo. A vantagem seguiu enorme e o Nuggets fechou a partida com certa facilidade. Lakers perdeu a terceira por 119 a 108. Esse foi o primeiro jogo que o Lakers perdeu a frente de sua torcida neste Playoff, até então eram seis vitórias em seis jogos.
O time da Califórnia não conseguiu administrar a partida em nenhum momento. Pareceu que faltava energia para os donos da casa saírem com o triunfo. Nas outras séries, o Lakers venceu o jogo três com certa folga. Na ocasião, Lebron, Austin Reaves e A.D. foram movidos pela torcida e conseguiram corresponder ao apoio. Desta vez, não funcionou.
O Denver Nuggets está a um passo de fazer história. A franquia nunca chegou a uma Final da NBA em seus 56 anos de história e está a uma vitória de conquistar a vaga.
As estatísticas colocam o Lakers em busca do inédito. Nunca na história da NBA um time que perdia por 3 a 0 conseguiu reverter a situação.
Lebron James já chegou a perder por 3 a 1 na Final da NBA de 2016 e conseguiu reverter a situação, que na época era inédita. A próxima partida acontecerá nesta segunda-feira (22), ainda em Los Angeles, às 21h30 (horário de Brasília).

DESTAQUES DO JOGO:
LAKERS:
Lebron James: 23 pontos, 7 rebotes e 12 assistências;
Anthony Davis: 28 pontos, 18 rebotes e 2 tocos;
Austin Reaves: 23 pontos, 7 rebotes e 5 assistências.
NUGGETS:
Jamal Murray: 37 pontos, 7 rebotes, 6 assistências, 2 roubos e 5 cestas de três;
Nikola Jokic: 24 pontos, 6 rebotes e 8 assistências;
Michael Porter Jr.: 14 pontos, 10 rebotes, 6 assistências e 4 cestas de três.
ESTATÍSTICAS DO JOGO:
LAL X DEN
108 PTS 119 PTS
45 REB 39 REB
27 AST 30 AST
3 ROUBOS 7 ROUBOS
2 TOCOS 1 TOCO
45,2% FG 50%FG
31,2% 3ptFG 41,5% 3ptFG
75,9% FT 73,7% FT
12 ERROS 5 ERROS


O Los Angeles Lakers visitou a equipe do Denver Nuggets pelos dois primeiros jogos da série melhor de sete da Final da Conferência Oeste dos Playoffs da NBA. A equipe da casa levou a melhor pelo placar de 132 a 126 no jogo 1 e 108 a 103 no jogo 2 e abriu 2 a 0 na série.
O Denver Nuggets se classificou após eliminar o Phoenix Suns por 4 a 2 na série. O Lakers avançou após mandar para casa os atuais campeões Golden State Warriors, também por 4 a 2. O Nuggets conta com a estrela do pivô Nikola Jokic - duas vezes MVP ( Most Valuable Player) - presente na atual segunda melhor seleção da NBA. Além dele, a equipe também conta com o armador Jamal Murray, os alas Aaron Gordon e Michael Porter Junior. O jogo coletivo do Los Angeles Lakers conquistou os fãs e a defesa é uma das melhores nesta pós-temporada. O pivô Anthony Davis (A.D.) lidera esse Playoff em tocos e rebotes por partida.
A última vez que as equipes se enfrentaram nos Playoffs foi em 2020, na “bolha”, novamente na Final da Conferência Oeste. Na ocasião, o Lakers levou a melhor com quatro vitórias e apenas uma derrota. Na série, Lebron James anotou triplo-duplo (dígitos duplos em três estatísticas diferentes ) e Anthony Davis converteu Game Winner (cesta que dá a vitória para o time) no estouro do cronômetro . Naquele ano, o Lakers foi campeão da NBA e era favorito no duelo. Três anos depois, o Denver Nuggets terminou em primeiro colocado no oeste e está em busca da sua revanche.
NO JOGO 1

Depois de LeBron James abrir o marcador, o Denver tomou o controle do jogo e Jokic mostrou a sua genialidade. O atleta terminou o primeiro quarto com oito pontos, doze rebotes, cinco assistências e dois tocos. O Los Angeles teve dificuldade de conter o poder ofensivo do time da casa. Denver 37, Lakers 25.
No início do segundo quarto, o jogo ficou muito acelerado. Foram várias cestas em um curto período de tempo. O Lakers não conseguiu diminuir a vantagem de dez pontos em nenhum momento e o Denver foi cirúrgico no ataque. Murray chegou a 17 pontos na primeira metade da partida e o Denver foi para o intervalo na frente por 72 a 54. A dupla Lebron James e A.D. somou 29 pontos e liderou o ataque de Los Angeles.
Na volta do intervalo, aos 6:05 no relógio, Nikola Jokic já tinha um triplo-duplo (23 pontos, 17 rebotes e 11 assistências). Aos dois minutos, Los Angeles ainda perdia por 20 pontos de diferença (101-81). Porém, com paciência, Lebron liderou o time a encurtar a desvantagem para 11 (103-92), com 6.7 segundos restantes para o fim. O momento era todo dos visitantes até Jokic acertar uma cesta de três, na cara de A.D., no estouro do cronômetro, para fechar vencendo o terceiro quarto por 106 a 92.
No último quarto, apesar do balde de água fria, o Lakers reduziu o prejuízo para oito pontos (108-09) ainda nos dois primeiros minutos. Denver pediu tempo e Jamal Murray guiou o time a abrir uma vantagem de 118 a 104. Em seguida, Darvin Ham, técnico de Los Angeles, reorganizou o time e ajudou o elenco a encurtar a diferença para 129 a 126, aos 1:12 para o fim. No último minuto do jogo, o Lakers atacou e cometeu faltas para tentar voltar para o jogo. Nenhum dos ataques deu certo e, por pouco, o Los Angeles Lakers perdeu a primeira batalha para o Denver Nuggets por 132 a 126.
Nikola Jokic, com 34 pontos, 21 rebotes e 14 assistências; e Jamal Murray, com 31 pontos, 5 rebotes e 5 assistências foram os destaques da equipe da casa. Pelo lado do Lakers, Anthony Davis registrou 40 pontos e 10 rebotes; Lebron foi embora com 26 pontos, 12 rebotes e 9 assistências; e Austin Reaves deixou a quadra com 23 pontos e 8 assistências.
NO JOGO 2

O jogo 2 começou equilibrado e o Lakers conseguiu administrar. Rui Hachimura veio do banco e fez a diferença para a equipe. Com algumas trocas de lideranças, o placar terminou igual: 27 para cada lado.
No segundo quarto, Lebron James abriu com bandeja e deu assistência para Rui Hachimura acertar um arremesso de três, o Lakers abriu vantagem de 47 a 36 e parecia dominar a partida. Porém, com a dupla Jokic e Murray o Nuggets reagiu, mas não foi suficiente. Lakers 53, Denver 48.
De um lado, Rui Hachimura fazia uma partida perfeita, anotou 17 pontos, com 100% de aproveitamento. Lebron James também foi bem e foi para o intervalo com 10 pontos, 5 rebotes e 6 assistências. Por Denver, Jokic e Murray somaram 26 pontos, 12 rebotes, 10 assistências e 4 roubos de bola.
Na volta do intervalo, Austin Reaves anotou cinco pontos em sequência e animou o elenco a abrir uma vantagem de 10 pontos (60 a 50), ainda nos 9:30 do terceiro quarto. Com a administração de Lebron, o Lakers manteve a vantagem por boa parte do quarto (74-64). Porém, novamente Denver reagiu e empatou o placar em menos de um minuto e meio (74 a 74). Los Angeles reassumiu a ponta e fechou o quarto com 79 a 76 no placar.
Com Denver em bom momento na partida, Michael Porter Jr. abriu o último quarto com cesta de três e empatou o placar. O jogo seguiu e aos nove minutos o Nuggets assumiu a ponta. Foi a primeira liderança do Nuggets desde o primeiro quarto. Com show de Murray, o Denver abriu vantagem e o Lakers pediu tempo e perdia por 96 a 84.
Depois do tempo técnico, o Lakers ainda tentou recuperar o placar, mas Murray acabou com os visitantes. Lebron ainda acreditou na virada e deu energia para os seus companheiros encostarem no placar. De repente, com cesta de três monumental de Austin Reaves, o placar estáva 101 a 99 para o Denver, com um minuto para o fim da partida. Em um piscar de olhos o Lakers estava de volta.
O jogo de faltas começou e o Los Angeles, como no jogo 1, não conseguiu converter os seus ataques. Lebron James até conseguiu roubar a bola, mas errou a bandeja em seguida. Lebron e A.D. jogaram mais de 40 minutos, e sem sucesso. Los Angeles Lakers perdeu para a equipe do Denver Nuggets por 108 a 103.
Nikola Jokic encerrou a partida com mais um triplo-duplo com 23 pontos, 17 rebotes e 12 assistências. No entanto, o grande destaque da noite foi o Jamal Murray, que anotou 37 pontos, 10 rebotes, 5 assistências e 4 roubos. Pelo lado do Lakers, Lebron contribuiu com 22 pontos, 9 rebotes, 10 assistências, 4 roubos e 2 tocos; Rui Hachimura com 21 pontos; Austin Reaves com 22 pontos e 5 assistências; e Anthony Davis com 18 pontos, 14 rebotes e 4 tocos.
Os próximos dois jogos da série acontecerão na Crypto.com Arena, casa do Lakers, onde o técnico Darvin Ham ainda não perdeu nesta pós-temporada. A desvantagem de duas derrotas preocupa os fãs, mas Lebron James já viveu momentos como esse e a equipe espera contar com a experiência do jogador. O jogo três acontecerá no próximo sábado (20), às 21h30 (horário de Brasília).
ESTATÍSTICAS DO JOGO 1
LAL X DEN
126 PTS 132 PTS
30 REB 47 REB
3O AST 29 AST
6 ROUBOS 5 ROUBOS
4 TOCOS 7 TOCOS
54,8% FG 54,9% FG
45,8% 3ptFG 46,9% 3ptFG
88,5% FT 77,3% FT
7 ERROS 11 ERROS
ESTATÍSTICAS DO JOGO 2
LAL X DEN
103 PTS 108 PTS
40 REB 49 REB
26 AST 27 AST
10 ROUBOS 8 ROUBOS
7 TOCOS 2 TOCOS
43,9% FG 43,8%FG
26,7% 3ptFG 36,8% 3ptFG
88,5% FT 88,9%FT
12 ERROS 15 ERROS

Em um evento surpreendentemente movimentado na cidade de Charlotte, Carolina do Norte, EUA, o brasileiro Jailton Malhadinho Almeida derrotou de maneira dominante e incontestável Jairzinho Bigi Boy Rozenstruik e adentrou o top 10 da divisão dos pesos pesados. No coevento principal, o também brasileiro Johnny Walker venceu Anthony Smith por decisão unânime e se aproxima de uma possível luta pelo cinturão. Além disso, Ian Machado Garry bateu Daniel Rodriguez convincentemente, provando que o hype em volta do lutador é mais do que real.

Futuro campeão?
Em duelo dominante, a sensação do momento, Jailton Almeida, venceu o veterano Jairzinho Rozenstruik. A grande dúvida em volta do confronto estava relacionada ao brasileiro, se ele seria capaz de derrubar um lutador com mãos pesadas como Jairzinho e entrar no top 10. Mas, no final das contas, Malhadinho não teve problemas algum para obter êxito no combate.
Ainda no 1º round, o brasileiro conseguiu derrubar seu adversário com facilidade. Já no chão, com um bom trabalho de solo e se aproximando sempre de tentativas de montada e de uma possível finalização, Almeida pegou as costas de Jairzinho e aplicou um mata-leão apertadíssimo, garantindo mais uma vitória Ultimate. Agora, Jailton, orgulho de Salvador, Bahia, conta com cinco vitórias seguidas na organização, nesse período, recebeu apenas dois golpes significativos e nove no total, sendo que no sábado, não foi atingido nenhuma vez pelo oponente.
Forte, habilidoso e com um jiu-jitsu extremamente afiado, Malhadinho consegue se defender bem dos golpes do adversário ao mesmo tempo em que tem facilidade de levar a luta para o chão sempre que necessário. No momento, o restante da divisão dos pesados está de olho no baiano, nesse caso, certamente assustados com o lutador, que não cansa de subir posições e ganhar espaço na categoria, se aproximando cada vez mais de se firmar como um dos principais desafiantes ao cinturão.
Agora é TOP 5!
No co-evento principal, Johnny Walker derrotou o norte-americano Anthony Lionheart Smith por decisão unânime (29/28, 30/27, 30/27) e agora faz parte do top 5 dos pesos meio-pesados. Em uma luta mais morna do que o esperado, Walker conseguiu achar o caminho do triunfo com seus chutes baixos, danificando bastante as pernas de Smith. Entretanto, o desgaste evidente de seu adversário fez muitos fãs questionarem as ações do carioca, principalmente ao final da luta, quando ele poderia ter sido mais agressivo e encerrado o combate pela via rápida.
Conhecido pelo seu estilo extravagante e explosivo, Walker fez uma luta mais cadenciada e cautelosa do que o normal, respeitando o seu difícil adversário Lionheart. Sem dúvidas uma finalização seria mais impactante e faria melhor para o brasileiro, entretanto, a vitória pode vir de diversas formas, e assim, Johnny Walker deve enfrentar em sua próxima luta um oponente alto no ranking e caso vença, pode disputar pelo cinturão no confronto seguinte.

"The Future"
Em sua quinta luta na organização, Ian Machado Garry recebeu o maior desafio de sua carreira em Daniel Rodriguez, seu primeiro adversário ranqueado. Carregando o apelido “The Future”, o lutador irlandês precisava provar para o público que ele de fato é o futuro, que ele é um dos principais prospectos do UFC e apresentar uma atuação decisiva e incontestável. Ainda no 1º round, Garry derrubou Rodriguez com um chute preciso de perna direita na cabeça, seguido por golpes no chão, finalizando completamente seu adversário.
Com a vitória, Ian agora adentra o top 15 da divisão dos pesos meio-médios e se diz pronto para marcar seu nome na história da organização. O irlandês, altamente inspirado por Conor McGregor, está invicto em sua carreira com 12 vitórias, e afirmou na entrevista pós-luta, ainda no octógono, “UFC, você tem uma nova estrela!” Quanto ao futuro de Ian Garry, o objetivo é enfrentar os principais nomes da divisão até chegar finalmente no cinturão. Na coletiva de imprensa pós evento, o presidente do UFC, Dana White, contou que o lutador disse a ele que quer vencer todos os caras do top 10, todos os caras do top 5 e garantir que não haja dúvidas quando ele finalmente lutar pelo título.


Na sexta-feira (12), o Los Angeles Lakers enfrentou, em casa, a equipe do Golden State Warriors pelo sexto jogo da série melhor de sete da Semifinal da Conferência Oeste dos Playoffs da NBA. O Lakers levou a melhor pelo placar de 122 a 101 e fechou a série com quatro vitórias e duas derrotas.
A equipe da casa veio para o confronto em vantagem, com um saldo de três vitórias e duas derrotas. Na partida anterior, fora de casa, o elenco perdeu a oportunidade de fechar a série mais cedo e voltou para Los Angeles com mais uma chance. O Lakers segue com 100% de aproveitamento quando joga a frente de sua torcida.
O Golden State Warriors sobreviveu a uma possível eliminação precoce e veio para o jogo em busca de mais um suspiro. Antes da série começar, por serem os atuais campeões, o Warriors era considerado favorito. Porém, como um balde de água fria, o Lakers encaçapou três vitórias e complicou a vida do técnico Steve Kerr, que para avançar teria que vencer todos os próximos jogos da série, sem direito a tropeços.
O Lakers começou a temporada regular com duas vitórias e dez derrotas, dando a eles uma probabilidade de classificação aos Playoffs de 0,3%. O time chegou a ficar em 13° colocado (vaga direto aos Playoffs: até o 6°. Vagas passando pelo Play-in: até o 10°) durante boa parte das rodadas. Apesar disso, o Los Angeles reformulou o elenco e na reta final, em uma sequência de 17 triunfos e 7 derrotas, conseguiu se classificar em 7° colocado.
A superação não parou por aí. Os Purple and Gold enfrentaram- na primeira rodada dos Playoffs - o elenco do Memphis Grizzlies, do armador Ja Morant, que terminou em 2° colocado na Conferência Oeste. Novamente não eram favoritos e mesmo assim se classificaram, vencendo quatro jogos e perdendo dois.

NO JOGO
A partida começou com Lebron James muito agressivo e dominante. O atleta guiou o elenco na sequência de 18 a 7 para a equipe da casa, restando 7:39 para o fim do primeiro quarto. Dava tudo certo para o Lakers e as bolas de três do Warriors não estavam caindo. Steve Kerr pediu tempo técnico para conter o bom início do adversário.
Apesar do Timeout, os visitantes não conseguiram frear um Lakers guiado por uma torcida fervorosa. Com cesta de três pontos de Austin Reaves, o LakeShow liderava por 27 a 10 (4:40), forçando Steve Kerr a pedir tempo novamente.
Desta vez, o Warriors conseguiu voltar melhor, muito por conta de Stephen Curry, que anotou 12 pontos apenas no primeiro quarto. Mesmo com ótimo início de Curry, a dupla Lebron e Anthony Davis foi o destaque do quarto. Cada um com nove pontos - A. Davis ainda anotou 10 rebotes - ajudaram o Lakers a fechar o primeiro quarto vencendo por 31 a 26.
No início do segundo quarto, Lebron James abriu os trabalhos para o Lakers com um lance livre. Donte Divincenzo, do Warriors, respondeu com cesta de três. O jogo seguiu equilibrado. Aos 6:48, a torcida foi à loucura com lance habilidoso de Austin Reaves em cima de Stephen Curry. O atleta driblou a marcação e converteu o AndOne - cesta e a falta - para o delírio dos fãs presentes na Crypto.com Arena. Daí em diante, A.R. desfilou no segundo quarto. Teve assistência para cesta de três de Lebron James, converteu lance livre e até enterrou no contra-ataque.
Para fechar com chave de ouro, Anthony Davis deu toco em D. Divincenzo e passou para Austin Reaves, que - antes do meio da quadra - converteu o arremesso de três no estouro do cronômetro. Os torcedores ficaram de pé e o clima da arena foi para o intervalo da melhor maneira possível. 56 a 46 para o Lakers.
Na primeira metade da partida, Lebron foi bem e contribuiu com 15 pontos, 3 rebotes e 3 assistências. Austin Reaves, o queridinho da torcida, ajudou com 13 pontos, 3 rebotes e 3 assistências. Anthony Davis foi um monstro no garrafão e fechou com 9 pontos e 12 rebotes. Curry não converteu nenhum arremesso no segundo quarto e manteve a mesma pontuação do primeiro (12). D. Divincenzo contribuiu para 10 pontos e 4 rebotes.

Na volta do Break, Austin Reaves - o Kobe Caipira - não perdeu o ritmo e abriu com cesta de três. O jogo seguiu e, aos oito minutos, Lebron anotou quatro pontos consecutivos e abriu a vantagem para 70 a 53. O Warriors pediu tempo imediatamente, na esperança de parar o Lakers, que voltou do intervalo muito bem.
Depois do tempo técnico, para abalar ainda mais o adversário, Austin Reaves anotou dois pontos. Mesmo com Curry bem no ataque, a defesa do Warriors não conseguia parar o poder ofensivo dos donos da casa. O Lakers seguiu atento e conseguiu forçar muitos erros do adversário, o que obrigou o Golden State a pedir mais um tempo, restando dois minutos no relógio e mais de 17 pontos de diferença no placar.
Para fechar o terceiro quarto, Jordan Poole ajudou o Warriors a encurtar a diferença para 14 (91 a 77) e ir para o último quarto correr atrás do prejuízo.
As estatísticas estavam do lado do Lakers. Lebron James, por exemplo, teve 100% de aproveitamento nos Playoffs quando chega no último quarto da partida à frente no placar por 10 pontos. São 73 vitórias e nenhuma derrota.
No início do último quarto, J. Poole converteu AndOne e deu esperanças para a equipe visitante. Porém, essas expectativas foram para o ralo. Lebron James chamou a responsabilidade e destruiu a frágil defesa do Warriors. O jogador chegou a 30 pontos ao final da partida, coisa que não acontecia desde o jogo cinco da NBA Finals de 2020. Para completar, Lebron deu assistência sem olhar - A La Magic Johnson - para Rui Hachimura enterrar e fechar o caixão. Lakers 106, Warriors 82, restando sete minutos para o fim da batalha.
Depois disso foi só administrar. Aos 3:45, perdendo por 116 a 94, Steve Kerr aceitou a derrota e colocou todos os reservas em quadra. Fim de jogo, Lakers 122, Warriors 101.
O Los Angeles Lakers, contra todas as probabilidades, está na Final da Conferência Oeste. Após a partida, Anthony Davis comemorou e esabanjou confiança. “Estamos prontos para chocar o mundo!”, afirmou A.D.
Após eliminarem o atual campeão, o Lakers mostrou para seus adversários que não estão se rendendo às expectativas e às baixas chances de triunfo. A equipe agora irá enfrentar o Denver Nuggets, do duas vezes MVP, Nikola Jokic, e o primeiro jogo da série será nesta terça-feira (16) - em Denver - às 21h30 (horário de Brasília).
DESTAQUES DO JOGO:
LAKERS:
Lebron James: 30 pontos, 9 rebotes, 9 assistências, 2 roubos e 71,4% de aproveitamento
Austin Reaves: 23 pontos, 4 rebotes, 6 assistências e 4 cestas de três.
Anthony Davis: 17 pontos, 20 rebotes, 2 roubos e 2 tocos.
WARRIORS:
Stephen Curry: 32 pontos, 6 rebotes e 5 assistências
Donte Divincenzo: 16 pontos, 4 rebotes e 4 cestas de três
ESTATÍSTICAS DA PARTIDA:
LAL X GSW
122 PTS 101 PTS
46 REB 53 REB
25 AST 25 AST
6 ROUBOS 3 ROUBOS
6 TOCOS 2 TOCOS
6 ERROS 10 ERROS
52%FG 37,9% FG
50%3ptFG 27,1% 3ptFG
73,8%FT 71,4% FT

No fim de fevereiro, a quinta temporada de "Fórmula 1: Drive To Survive" (DTS) foi lançada. O reality show retrata os bastidores da categoria de uma forma que os fãs nunca tiveram acesso: seguindo os pilotos e chefes de equipes para contar as tensões, rivalidades e suas disputas dentro e fora do grid durante o ano.
A última temporada mostra os bastidores de 2022, com a nova geração de carros e o bicampeonato de Max Verstappen (Red Bull) conquistado no Japão, além do retorno do piloto ao documentário, já que ficou fora da quarta temporada por não concordar com, segundo ele, a “abordagem exagerada” utilizada pelos produtores da série.
O holandês, porém, não foi o único que teve essa visão. Quando a primeira temporada estreou, em 2019, ela foi recebida com diversas críticas. Grande p arte do público a rotulou como sensacionalista e fora da realidade. No entanto, depois de quatro anos, o impacto do documentário ficou claro na história da F1: a humanização e a proximidade que a série ofereceu entre os pilotos e seus fãs trouxe para ela um sucesso imenso, a tornando um dos principais conteúdos originais da Netflix, e consequentemente tendo maior visibilidade por um novo público e de marcas interessadas no crescente alcance do reality.
Depois do sucesso de séries documentais esportivas, como “All or Nothing” – produzida pela Amazon e lançada em 2016, que começou seguindo times de futebol americano, mas também teve participação em temporadas de times na Europa (Juventus, Manchester City e Bayern de Munique são alguns exemplos) –, a Liberty Media, dona dos direitos comerciais da Fórmula 1 desde 2017, viu a chance de criar algo similar na categoria mais popular do automobilismo, seguindo todo o grid durante o ano. Na época, a empresa tinha o objetivo de popularizar o esporte nos Estados Unidos, país que receberá três corridas em 2023 e é esperado que conquiste mais finais de semanas nos próximos anos.
Na primeira temporada da série, que acompanha o ano de 2018 da F1, equipes como Mercedes e Ferrari resolveram não participar, uma vez que não se sabia ao certo o formato e o conteúdo que seria exibido ao público. O documentário, no entanto, não tem como foco o que acontece nas corridas em si e no aspecto técnico do esporte.
Em entrevista para a AGEMT, Rafael Lopes, comentarista de automobilismo da Globo, comenta que “recontar a corrida de outro jeito, para o público que não conhece a Fórmula 1, não vai funcionar. Drive to Survive está na medida certa, já que para conquistar um público novo é preciso mostrar coisas diferentes: o lado humano, a relação entre as equipes e as discussões, não só carros acelerando, aerodinâmica e batidas.”
Mesclando os trechos dos bastidores e das corridas com os relatos e entrevistas dos envolvidos no dia a dia da Fórmula 1, DTS tenta mostrar o lado mais humano do esporte. “Você tem pessoas que estão fazendo a categoria acontecer, que são os pilotos, os chefes, os engenheiros, os mecânicos, e é importante mostrá-los”, o autor do blog Voando Baixo continuou.
Na parte mais técnica das chamadas ‘docudramas’, Alessandro Toller, dramaturgo e roteirista, concorda que “parte da atração que muitas séries documentais têm exercido diz respeito à carga dramática pela qual as personagens reais vivem ou provocam. E isso certamente vai ser explorado”.
É possível ver isso no reality: o novo público, que não necessariamente tem um conhecimento automobilístico prévio, foi conquistado por personagens que também fizeram sucesso fora do paddock, como o piloto Daniel Ricciardo (na época, na Red Bull) e o chefe de equipe Günther Steiner (Haas), personalidades marcantes do reality.
Drive To Survive, porém, também atraiu diversas críticas, vindas principalmente do público antigo e tradicional (majoritariamente masculino e mais velho) do automobilismo, que acredita que a série não é factual e linear, por não mostrar tanto das corridas. “Existe o público chamado de ‘heavy user’, que é aquele que consome Fórmula 1 de qualquer jeito, não importa onde a corrida esteja sendo transmitida – seja no streaming, na TV a cabo ou na TV aberta –, que não é o público-alvo de DTS. Ele vai assistir porque consome a categoria de qualquer forma, mas vai reclamar que a história não está sendo contada do jeito que deveria”, disse Rafael.
Outro argumento dos críticos é o de alguns eventos serem distorcidos ou exagerados, tornando a série sensacionalista. As rivalidades supostamente inexistentes, o excesso de dramatização e falas fora de contexto afastaram inclusive o bicampeão mundial Max Verstappen do seriado, em 2021 – ano que protagonizou uma disputa até a última volta com Lewis Hamilton. Ele queria ter mais controle sobre o que era divulgado e impôs condições para voltar à série. Christian Horner (chefe da Red Bull), afirmou no podcast “Pardon my Take”, que é importante lembrar que o objetivo do seriado é entreter o público, uma vez que pega apenas trechos de uma temporada inteira e transforma em um programa de televisão.
Por outro lado, como estratégia de marketing, Drive to Survive deu muito certo. Em uma pesquisa promovida pelo veículo Motorsport Network, no final de 2021, com mais de 167 mil entrevistados em 187 países, foi concluído que a média de idade dos fãs é de 32, quatro anos mais baixa do que o resultado de uma enquete anterior, de 2017. Também foi constatado que a participação feminina dobrou nos últimos anos, mostrando que o lançamento da série teve um efeito significante na mudança do público da Fórmula 1.
Apesar das polêmicas, a série continua sendo uma mina de ouro para a Netflix. Pagando uma pequena parcela do que as emissoras pagam para possuir os direitos de transmissão das corridas, o seriado no streaming conquistou mais de 50 milhões de visualizações desde o lançamento da quarta temporada, em 2022. Rafael complementa: “Drive To Survive é o maior case de sucesso como peça publicitária da história. A Netflix paga uma licença para a Fórmula 1 para fazer aquilo, é a única peça publicitária que a empresa que anuncia recebe para ser anunciada”.
Os pilotos, agora, também podem ser considerados celebridades, com milhares de seguidores nas redes sociais, que conseguem ver o que acontece fora das pistas. Para Isamara Fernandes, repórter e social media do Motorsport.com, é possível perceber uma mudança na relação entre os fãs e os pilotos após o lançamento da série: “agora os fãs não se sentem tão longe dos seus ídolos, eles não são mais vistos como ‘seres superiores’ porque a série te permite ver e entender muito daquilo que acontece durante todo o ano e porque determinadas escolhas foram tomadas por parte deles”.
A nova leva do público, em sua maioria influenciada pelo seriado, tem mais acesso à vida dos pilotos do que as gerações anteriores. “O fã consegue em imagens os bastidores de situações que acontecem além dos treinos livres, do classificatório e da corrida. É a negociação de um piloto com alguma equipe, uma reação genuína a algum acontecimento bombástico, uma discussão dentro da própria equipe, coisas que sem as imagens do seriado jamais seriam vistas”, continuou a jornalista.
A combinação dos momentos behind the scenes da série documental, com os milionários investimentos por parte da Liberty Media, resultaram em um show de entretenimento do esporte. Drive To Survive pode dividir opiniões, mas é inegável o seu impacto na atenção voltada à categoria. A sexta temporada vai mostrar o campeonato de 2023, já está em produção e deve ser lançada no primeiro semestre do próximo ano, servindo como uma porta de entrada para ainda mais fãs.