Com gol de Jules Koundé na prorrogação, os catalães conquistaram o segundo título da temporada
por
Guilbert Inácio
|
29/04/2025 - 12h

O Barcelona venceu o Real Madrid por 3 a 2 no último sábado (26) e conquistou seu 32° título da Copa do Rei. A partida no Estádio de La Cartuja, em Sevilha, foi marcada pela pressão sobre a arbitragem e o poder de reação dos dois times.

A imagem mostra o elenco do Barcelona, em frente ao gol e a torcida comemorando com a taça, e réplicas menores, da Copa do Rei. Com o elenco, há bandeiras da Catulha.
Barcelona segue forte na busca da “quádrupla” coroa / Foto: German Parga/FC Barcelona

A final entre as equipes começou antes do apito inicial. Quando a comissão de arbitragem foi divulgada na quinta-feira (24), o Real publicou um vídeo em sua TV oficial criticando a escolha do árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea.

Na sexta-feira (25), o árbitro de campo e Pablo González Fuertes, responsável pelo VAR, participaram de uma coletiva de imprensa organizada pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFFE), algo comum antes da final. Na entrevista, ambos foram perguntados sobre o vídeo dos merengues. Ricardo Bengoetxea se emocionou ao falar dos ataques que o filho recebe na escola devido às críticas ao pai. Já o árbitro do VAR falou dos perigos gerados pelos comunicados oficiais de clubes à comunidade de árbitros.

O Real não gostou das declarações e emitiu uma nota oficial solicitando a troca da arbitragem, pois, segundo eles, as entrevistas demonstram "clara e manifesta animosidade e hostilidade destes árbitros" contra o time de Madrid. Contudo, a RFFE manteve os juízes escalados.

O jogo

As equipes entraram em campo com mudanças na escalação. Pelo lado do Barcelona, Ferran Torres entrou no lugar de Lewandowski, lesionado, e no time de Madrid, Rodrygo ficou com a vaga de Mbappé, que começou no banco, pois não estava 100%. No início da primeira etapa, a equipe blaugrana manteve a posse de bola e pressionou o rival. 

Aos 18 minutos, Yamal cortou para dentro e finalizou, a bola passou triscando a trave à direita de Courtois. Dois minutos depois, Koundé subiu sozinho na área e cabeceou na meta adversária, mas o goleiro belga fez ótima defesa e mandou para escanteio. O Real se manteve recuado, sem conseguir avançar no campo.

Aos 27, Pedri lançou para Yamal na ponta direita. O camisa 19 entrou na área puxando toda a marcação para si, porém ele devolveu para Pedri que estava entrando sozinho na meia-lua. O camisa 8 bateu no ângulo, abrindo o placar. Aos 43, Asencio puxou Curbasí na área, mas a arbitragem não viu pênalti no lance.

Para o segundo tempo, o Real trocou Rodrygo por Mbappé, e o time inverteu o cenário da primeira etapa. Aos três minutos, Vinicius Jr. finalizou, Szczesny espalmou no pé do camisa 7 que chutou novamente, mas o goleiro mandou para escanteio. Aos dez minutos, Vini, dentro da área, driblou Curbasí e finalizou, porém Koundé cortou. Os merengues reclamaram de pênalti no lance, mas o árbitro seguiu o jogo.

Com a entrada de Modrić e Arda Güler, o Real Madrid dominou o rival. Aos 21, Mbappé deu uma caneta em Martínez e armou o chute, mas foi puxado por Frenkie de Jong. Os merengues foram para cima do árbitro pedindo a expulsão do camisa 21, mas o holandês só recebeu o amarelo.

A imagem mostra Vinicius Jr., Mbappé e Tchouaméni reclamando com o Juiz
Jogadores do Real reclamam com o árbitro durante a partida. Foto: Burak Akbulut/Anadolu via Getty Images

Mbappé bateu a falta no canto direito de Szczesny e empatou o jogo. Dez minutos depois, Tchouaméni subiu sozinho na área e cabeceou para a meta, virando o jogo para o time de Madrid.

A alegria durou sete minutos, quando Yamal recebeu no lado direito e lançou para Ferran. Cara a cara com o goleiro, ele driblou Courtois e empatou o jogo novamente. Nos acréscimos, Raphinha caiu na área e o árbitro marcou pênalti para o Barcelona, mas após revisão do VAR, a decisão foi anulada e o atacante brasileiro ainda recebeu cartão amarelo por simulação. Com o empate por 2 a 2 no tempo normal, as equipes foram para a prorrogação.

Mais 30 minutos de emoção

No tempo complementar, ambas as equipes demonstraram cansaço com muitos passes errados. Nos primeiros 15 minutos, apenas uma finalização para cada lado. Na segunda parte, Kounde interceptou o passe de Modrić e bateu de fora da área no canto direito do goleiro Courtois, colocando o Barça em vantagem.

A imagem mostra Jules Koundé comemorando o gol da vitória jundo com outros jogadores do Barcelona
Jules Koundé foi eleito o melhor jogador em campo / Foto: German Parga/FC Barcelona

Dois minutos depois, Mbappé caiu na área e o árbitro apontou pênalti, mas o bandeirinha já havia marcado posição irregular no início do lance. Nos minutos finais, o banco merengue se revoltou com falta marcada de Mbappé. Rüdiger, que arremessou um cubo de gelo em direção ao juiz, e Lucas Vázquez, que invadiu o campo, foram expulsos. Após o apito final, Bellinghan também foi expulso ao se dirigir à comissão de arbitragem para reclamar.

Com o placar de 3 a 2, o Barcelona se tornou, pela 32ª vez, campeão da Copa do Rei, competição em que é o maior ganhador. Já é o segundo título blaugrana na temporada e a terceira vitória em três jogos contra o rival no mesmo período.

O próximo confronto dos culés é na próxima quarta-feira (30), quando recebe a Inter de Milão, às 16h (horário de Brasília), pela ida das semifinais da Liga dos Campeões. Já o Real Madrid volta a campo no próximo domingo (04), quando recebe o Celta De Vigo, às 09h (horário de Brasília), pela 34ª rodada da La Liga, campeonato em que está quatro pontos atrás do Barça.

O Cabuloso amarga a última colocação do grupo após mais um jogo sem vencer
por |
29/04/2025 - 12h

Nesta quinta-feira (24), com uma falha do goleiro Cássio, o Cruzeiro perdeu por 2 a 1 para o Palestino, em partida válida pela terceira fase da Copa Sul-Americana. Com a derrota, a Raposa está quase fora do torneio. 

Cássio
O goleiro Cássio vem sendo contestado pelas falhas pelo cabuloso. (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

A Raposa, com um recorde de 30 anos sem perder para uma equipe do Chile, protagonizou mais uma vergonha em sua história. O time sofreu uma dura derrota para o Palestino fora de casa e está praticamente fora da Copa Sul-Americana. O clube Celeste ocupa a última posição do grupo E, sem ter conquistado qualquer ponto.

O início para a Raposa foi catastrófico. A equipe Celeste dominou o jogo, criou oportunidades, mas falhou na hora de finalizar. A primeira chance surgiu com Lautaro. Gabigol recebeu na ponta esquerda e fez um passe para o meio da área, onde Lautaro Díaz chutou e o goleiro defendeu. Na sequência, o meio-campista, Rodriguinho, chutou e a defesa afastou.

O Cruzeiro pressionava o frágil Palestino, Rodriguinho teve uma nova oportunidade. Após um cruzamento de Lautaro, o goleiro defendeu e a bola sobrou para Rodriguinho, que acabou chutando para fora. O mesmo teve uma nova chance, quando recebeu um passe livre de frente para o goleiro, mas acabou sendo desarmado pelo goleiro do Palestino. 

Os donos da casa tiveram apenas uma chance, após um escanteio cobrado pela Raposa, a defesa afastou a bola da área. No entanto, sobrou para o meio-campista Benítez que chutou, desviou e não deu chances para o goleiro Cássio. Palestino 1 x 0.

Na segunda etapa, o Cruzeiro não conseguiu se sobressair como fez na primeira, fazendo com que o Palestino ganhasse confiança no jogo. A primeira chance pertenceu ao time chileno, quando o atacante Marabel teve a oportunidade de frente para Cássio, mas acabou chutando para fora.

Ao ver a chegada do Palestino, o técnico do Cruzeiro realizou quatro mudanças simultâneas. Saíram os atacantes Dudu e Lautaro, juntamente com o meio-campista Rodriguinho e o lateral esquerdo Kaiki. Os atacantes Marquinhos, Kaique Kenji, Kaio Jorge e Wanderson foram introduzidos. Apesar das alterações, a equipe não foi capaz de criar chances, sendo a mais clara com Gabigol, que chutou e o goleiro fez uma boa defesa. 

A Raposa foi se adaptando ao jogo e, em um contra-ataque, Marquinhos recebeu no meio e partiu em disparada. Ele encontrou Wanderson que fez o lançamento e Eduardo, de cabeça, igualou o placar para a equipe.

Depois de marcar o gol, o Palestino partiu para o ataque e em uma saída imprudente de Cássio, a equipe quase empatou. No escanteio subsequente, o atacante Arias desviou de cabeça e Cássio acabou aceitando, recolocando o Palestino na liderança do placar. Final, Palestino 2 x 1 Cruzeiro.

A Raposa agora enfrenta o Muschuc Runa, fora de casa, na próxima quarta-feira (07), para tentar uma sobrevida e se classificar na Sul-americana.

 

Treinador já dirigiu o primeiro treino no clube nesta segunda
por
Khauan Wood
|
28/04/2025 - 12h

O Corinthians oficializou na tarde desta segunda-feira (28) a contratação de Dorival Júnior para o cargo de treinador do time profissional.

Dorival chega ao clube com contrato válido até o mês de dezembro de 2026. Junto dele, foram contratados os auxiliares Lucas Silvestre, filho de Dorival, e Pedro Sotero, além do preparador físico Celso Rezende, para fazerem parte da nova equipe técnica do alvinegro.

1
Essa é a primeira passagem do treinador, que completou 63 anos na última sexta-feira (25), no Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Sport Club Corinthians Paulista

Ele foi o último comandante da Seleção Brasileira, cargo que ocupava desde 2024, até ser demitido em março deste ano. Além disso, acumula passagens por equipes como: Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Santos, entre outras.

Na sua estante de títulos, Dorival acumula três Copas do Brasil, uma Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, sete títulos estaduais, além de ter sido campeão da Série B do Campeonato Brasileiro por uma vez.

Em relato publicado nas redes sociais do clube, o técnico exaltou a torcida, que nomeou como “marca registrada” da equipe e que espera ter bons resultados ao fim dessa temporada.

Dorival chega ao Corinthians após a demissão do argentino Ramón Díaz e sua comissão técnica, no último dia 17 de abril. Díaz havia sido responsável por tirar a equipe da zona de rebaixamento na temporada passada e classificá-la para a disputa da Pré-Libertadores, além da conquista do título do Campeonato Paulista de 2025, depois de um jejum de seis anos.

A equipe de Ramón teve 30 vitórias, 16 empates e 12 derrotas, em 58 jogos. Além disso, teve um saldo de gols positivo, com 91 marcados e 60 sofridos.

Agora, Dorival tem a missão de melhorar a posição do time no Campeonato Brasileiro, que atualmente está na 12ª colocação. Além disso, ele comandará a equipe nas disputas da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil.

Antes do anúncio, o Corinthians havia informado em um comunicado oficial que estava em negociação com Tite, técnico campeão do Mundial de Clubes da FIFA em 2012, pela equipe. As tratativas, porém, se encerraram na última terça-feira (22), após o treinador dar uma pausa momentânea em sua carreira para cuidar de sua saúde física e mental.

Dentro de casa, o Leão foi derrotado pelos uruguaios e vira lanterna do grupo B
por
Felipe Oliveira
|
28/04/2025 - 12h

Na última quarta-feira (23), o Vitória decepcionou sua torcida dentro de casa ao perder por 1 a 0 contra o time uruguaio, Cerro Largo, pela Copa Sul-Americana. Com a derrota, a equipe rubro-negra segue sem vencer na competição e liga um alerta ao ocupar a última posição do grupo, com apenas dois pontos. Com cerca de 13 mil torcedores presentes no Barradão, o Leão saiu vaiado após o péssimo resultado e por mais uma partida com muitos erros no ataque e defesa. 

Meia-atacante do Vitória, Matheuzinho, conduzindo a bola contra o Cerro Largo  Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
Meia-atacante do Vitória, Matheuzinho, conduzindo a bola entre os atletas do Cerro Largo - Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

No primeiro tempo de jogo, as duas equipes se mantiveram equilibradas até os 22 minutos. A grande primeira grande oportunidade surgiu nos pés de Matheuzinho, que finalizou colocado de fora da área e obrigou o goleiro Santilli a fazer a primeira defesa. Na reta final da primeira etapa, o Vitória tomou conta das ações ofensivas e chegou com perigo três vezes. Aos 37 minutos, o meia Baralhas carimbou o travessão em um chute forte de fora da área. Logo após, o meia Ronald e o zagueiro Edu, respectivamente, desperdiçaram duas oportunidades na grande área com finalizações para fora.

No segundo tempo, o jogo pegou fogo. Com pressão do Cerro no início da segunda etapa, logo aos 7 minutos, Añasco aproveitou cruzamento e finalizou de primeira, no canto direito de Lucas Arcanjo que caiu e fez boa defesa. O Vitória melhorou e partiu para o ataque com tudo, criando boas chances na sequência. 

Primeiro com uma boa jogada pela direita, Cáceres cruza para área, Matheuzinho escora de cabeça e Erik isola a bola com um voleio. Aos 24 minutos, a equipe rubro-negra desperdiçou chances claras de gol. Primeiro com Lucas Braga, que finalizou colocada e por pouco não viu o Leão na frente do placar; depois veio a melhor chance do time da casa, com belo passe de Matheuzinho,deixando Janderson cara a cara com Santilli, o atacante driblou o goleiro e finalizou travado para fora. O castigo veio alguns minutos depois quando Añasco cruzou perfeitamente na cabeça de Peraza, que não desperdiçou e fez o Cerro 1 a 0. Após o gol, o Vitória seguiu para o ataque e teve um pênalti em Léo Pereira no final da partida anulado pelo VAR, por causa de uma falta anterior de Lucas Braga.

Com a derrota, a equipe rubro-negra segue com dois pontos e vira lanterna do Grupo B. Já o Cerro Largo, que nunca havia vencido em uma competição internacional, foi a quatro pontos e sobe para a segunda posição. O próximo confronto do Vitória na Sul-Americana será contra o Defensa y Justicia, no Barradão, na terça-feira , 6 de maio, às 19 horas (horário de Brasília).

Em rodada de clássicos, Palmeiras assumiu a primeira posição com Weverton virando herói
por
Theo Ortiz Fratucci
Fernando Amaral Ferreira
|
28/04/2025 - 12h

Fortaleza 1 x 2 Palmeiras

O Fortaleza recebeu o Palmeiras no Castelão no último domingo (20) em busca do segundo triunfo no Brasileirão, já o Alviverde, estava confiante em conquistar sua quarta vitória seguida na competição e assumir a liderança.

No primeiro tempo, houveram boas chances para ambas as equipes, o Leão quase marcou com Deyverson, que chutou de dentro da área e passou raspando a trave de Weverton. Do outro lado, o Verdão levou perigo com Facundo Torres e Estevão, que tiveram seus arremates salvos em cima da linha pela zaga. 

Os visitantes abriram o placar nos acréscimos, após cobrança de falta de Richard Rios, a bola ficou viva na área e Facundo Torres complementou para o fundo das redes de João Ricardo. O uruguaio igualou seu conterrâneo Piquerez na artilharia do Palmeiras na competição, com dois gols.

A pressão mandante na segunda etapa começou, porém, quem marcou o segundo gol da partida foi o Palmeiras. Estevão enfiou para Flaco López e no um contra um com David Luiz, o argentino levou a melhor e finalizou no canto sem chances para o goleiro, ampliando o placar para o líder.

Minutos depois, Deyverson encontrou o caminho das redes pela primeira vez desde que chegou ao clube e diminuiu para o Leão do Pici. Nos acréscimos, o VAR detectou um toque de mão de Naves dentro da área e após revisão do árbitro, o Fortaleza recebeu um pênalti a seu favor nos últimos minutos para decretar o empate. Na cobrança, Lucero, que entrou no decorrer do jogo, bateu no canto esquerdo do goleiro Weverton, que pulou e defendeu o chute, se tornando o herói alviverde na noite de domingo.

Weverton pega pênalti nos últimos minutos em Fortaleza e Palmeiras. Foto: Esportes News Mundo
Weverton pega pênalti nos últimos minutos em Fortaleza e Palmeiras. Foto: Esportes News Mundo

O próximo compromisso do Leão no Brasileirão é contra o Sport na Ilha do Retiro no sábado (26) às 20h (horário de Brasília). Já o Verdão, receberá o Bahia no Allianz Parque no domingo às 18h30 (horário de Brasília).

Grêmio 1 x 1 Internacional 

No último sábado (19), o Grêmio recebeu o Inter na Arena do Grêmio em confronto válido pela quinta rodada do Brasileirão. Marcada por polêmicas em relação à arbitragem, a partida terminou empatada em 1 a 1.

O jogo marcou o primeiro compromisso do Imortal sem o comando de Gustavo Quinteros, demitido na quarta-feira (16) após derrota para o Mirassol, e estreia do técnico interino James Freitas. A primeira chance de perigo veio dos pés de Bernabei, que cruzou rasteiro para Enner Valencia antecipar o zagueiro e chutar para uma bela defesa de Tiago Volpi.

A resposta do Tricolor veio com Braithwaite, o dinamarquês ficou cara a cara com o goleiro e desperdiçou, no rebote, após chute para a área, Kike Oliveira chutou e a bola bateu no goleiro Anthoni e morreu no fundo das redes coloradas, placar aberto para os donos da casa. 

Na segunda etapa, o Inter chegou ao empate com Enner Valencia, porém, o gol foi anulado por impedimento. Aos 18 minutos, o árbitro marcou pênalti para os visitantes após toque de mão de João Pedro dentro da área, Alan Patrick foi para a cobrança e deslocou o goleiro, deixando tudo igual na Arena do Grêmio. 

A maior polêmica da noite veio após choque na área colorada entre Aguirre e Aravena, o lateral colorado derrubou o ponta gremista, gerando muita reclamação dos jogadores e torcedores tricolores, porém, mesmo após consulta no VAR, o árbitro Bráulio da Silva Machado não apontou penalidade máxima para o Imortal.

Lance do possível pênalti não marcado para o Grêmio no Gre-Nal 447. Foto: Reprodução / GZH
Lance do possível pênalti não marcado para o Grêmio no Gre-Nal 447. Foto: Reprodução / GZH

O Grêmio volta a campo no Brasileirão no domingo (26) contra o Vitória no Barradão, às 18h30 (horário de Brasília). Já o Inter, receberá o Juventude no Beira-Rio no sábado às 16h (horário de Brasília). 

Atlético-MG 1 x 0 Botafogo 

O Galo recebeu o Botafogo no Mineirão no último domingo (20) e conquistou sua primeira vitória na competição, já o Glorioso, amargou sua segunda derrota e viu o adversário mineiro se igualar na pontuação, com 5 pontos.

Na primeira etapa, o Atlético levou perigo nos cruzamentos com Rony e Lyanco, além da chance que Cuello desperdiçou cara a cara com o goleiro John. Do lado carioca, a melhor oportunidade foi com Artur, que após girar da marcação, bateu no canto e obrigou Éverson a fazer uma boa defesa.

O gol do jogo saiu no começo do segundo tempo, após cobrança de escanteio de Gabriel Menino, a bola encobriu John e ficou livre na segunda trave para Cuello complementar para as redes de cabeça e abrir o placar no Mineirão.

Cuello marcou o gol da vitória atleticana sobre o Botafogo. Foto: Pedro Souza/Atlético
Cuello marcou o gol da vitória atleticana sobre o Botafogo. Foto: Pedro Souza/Atlético

Aos 18 minutos, o zagueiro botafoguense David Ricardo fez uma falta em Hulk, que saíria de frente para o gol sem marcação e após revisão no VAR, o árbitro considerou a infração como uma arruinação de uma chance clara de gol para o Galo, portanto, expulsou o camisa 57, dificultando demais uma possível reação do Glorioso. Os mandantes quase ampliaram o placar com Cuello, que chutou para fora de esquerda, e com Scarpa, que desperdiçou um chute sem marcação da pequena área.

O próximo confronto do Atlético no Brasileirão é no sábado (26), quando visitará o Mirassol às 18h30 (horário de Brasília). O Fogão terá um clássico com o Fluminense no Nilton Santos no mesmo dia, às 21h (horário de Brasília).

São Paulo 2 x 1 Santos

Após quatro empates e uma derrota, o Tricolor finalmente venceu pela primeira vez no Brasileirão neste último domingo (20), derrotando o Santos no Morumbi por 2 a 1. O São Paulo, está na décima colocação com sete pontos, mesma pontuação do quinto, e o Peixe segue na zona de rebaixamento com quatro pontos.

A partida começou da melhor maneira possível para os mandantes, aos 9 minutos, André Silva cruzou para Ferreirinha empurrar para o fundo das redes sem goleiro e abrir o placar para o Tricolor Paulista. O camisa 11 chegou a marca de cinco gols nos últimos quatro jogos.

Ferreirinha marca no clássico contra o Santos e chega em melhor sequência na carreira. Foto: Renan Melo / Gazeta Press
Ferreirinha marca no clássico contra o Santos e chega em melhor sequência na carreira. Foto: Renan Melo / Gazeta Press

Aos 22 minutos, o São Paulo ampliou a vantagem com André Silva, que recebeu passe de Alves após boa jogada do camisa 47, e chutou de primeira sem chances para o goleiro Gabriel Brazão.

Nos acréscimos, o Alvinegro teve um pênalti marcado ao seu favor após toque de mão de Enzo Díaz dentro da área, na cobrança, Tiquinho Soares bateu forte no canto direito sem chances para Rafael, que até acertou o lado do chute, mas não alcançou a bola.

A pressão santista na segunda etapa cresceu e os visitantes quase chegaram ao empate com Guilherme chutando da entrada da área. Nos acréscimos, o Peixe teve sua melhor chance com Thaciano, que após cruzamento, cabeceou e obrigou Rafael a fazer uma belíssima defesa. Mesmo com volume de jogo maior nos 45 minutos finais, o Santos saiu derrotado pela terceira vez no Brasileirão.

O próximo jogo do São Paulo na competição é contra o Ceará no Castelão, sábado (26) às 18h30 (horário de Brasília). O Alvinegro Praiano receberá o Bragantino na Vila Belmiro no domingo às 20h30 (horário de Brasília).

Bahia 1 x 0 Ceará

O Bahia recebeu o embalado Ceará do artilheiro Pedro Raúl na Fonte Nova em um jogo isolado na segunda-feira (21) e conseguiu seu primeiro triunfo na competição, desocupando a zona de rebaixamento.

No primeiro tempo, nenhuma das equipes tiveram chances claras de gol, a melhor delas foi com Cauly, o meia do Tricolor recebeu cruzamento livre de marcação dentro da área e chutou de primeira, mas isolou.

Para ambos os times, as melhores oportunidades aconteceram depois dos 40 minutos da segunda etapa. Do lado baiano, Ruan Pablo tocou de perna esquerda após levantamento de Èverton Ribeiro e obrigou Fernando Miguel a fazer uma boa defesa. O Ceará respondeu aos 46, após enfiada entre a marcação de Pedro Raúl, Matheus Araújo recebeu e chutou de primeira sem ângulo, obrigando o goleiro Marcos Felipe a desviar para escanteio.

No apagar das luzes, após choque dentro da área entre Tiago e Pedro Henrique, o VAR recomendou revisão para o árbitro de campo, que até então não havia marcado nada, mas após ir ao monitor, Rafael Rodrigo Klein sinalizou pênalti para o Bahia. O lance gerou muita reclamação dos jogadores do Vozão, Fabiano inclusive levou cartão amarelo. No último minuto da partida, Éverton Ribeiro foi para a cobrança e deslocou Fernando Miguel com categoria, garantindo o triunfo para os mandantes.
 

Éverton Ribeiro e Rogério Ceni comemorando gol que garantiu os 3 pontos ao Bahia. Foto: Reprodução / Sambafoot
Éverton Ribeiro e Rogério Ceni comemorando gol que garantiu os 3 pontos ao Bahia. Foto: Reprodução / Sambafoot

O próximo jogo do Bahia na competição é contra o líder Palmeiras no Allianz Parque, domingo (26) às 18h30 (horário de Brasília). O Ceará irá receber o São Paulo no Castelão no sábado e no mesmo horário.

Corinthians 2 x 1 Sport

Memphis decide com dois gols e Corinthians vira o jogo em Itaquera.

Memphis celebrando o gol da virada do Corinthians / Foto: Jhony Inacio - Meu Timão
Memphis celebrando o gol da virada do Corinthians / Foto: Jhony Inacio - Meu Timão

O Corinthians recebeu o Sport no último sábado (19), em um jogo agitado na 5ª rodada do campeonato, o time alvinegro conseguiu reverter o placar contra o Leão na Neo Química Arena. 

O Timão dominou a primeira parte do primeiro tempo, com bolas longas, buscando afastar a má fase com forte presença ofensiva,  jogadas em profundidade, defesas do goleiro e bola na trave, porém não conseguiu fazer o resultado. Já o Sport, em um começo atordoado, conseguiu entrar no jogo e abrir o placar, mas Memphis Depay na segunda etapa, colocou o jogo no bolso e puxou a responsabilidade levando o timão à vitória.

Antes dos primeiros 15 minutos, o Corinthians criou cinco boas chances com Memphis, Romero e Yuri Alberto, que parou duas vezes em Caíque França e ainda desperdiçou outro cara a cara. Romero também acertou a trave.

Apesar do domínio e das finalizações perigosas, como um chute de Barletta que explodiu no travessão, o Timão não conseguiu marcar. O Sport soube resistir, foi mais eficiente e aos 44, Sergio Oliveira apareceu livre na área e finalizou de primeira após cruzamento para abrir o placar e levar o Leão em vantagem para o intervalo.

O Corinthians precisou de menos de um minuto para empatar no segundo tempo: Memphis Depay recebeu cruzamento de Romero, girou na área e finalizou com precisão. Dominante, o holandês voltou a brilhar aos 16 minutos da segunda etapa, tabelando com Léo Maná e marcando o gol da virada com ajuda de um desvio na zaga. Com a vantagem, o Timão controlou bem o jogo e impediu qualquer reação do Sport.

Pelo Brasileirão, o Sport recebe o Fortaleza no próximo sábado (26) às 20h (horário de Brasília), enquanto o Corinthians enfrenta o Flamengo no domingo (27) às 16h (horário de Brasília) , no Maracanã.

Vasco 0 x 0 Flamengo

Mesmo sem gols, Clássico dos Milhões é agitado e com boas chances para as duas equipes. Léo Jardim brilhou e garantiu empate para o Vasco.

Léo Jardim durante o Clássico dos Milhões / Foto: Thiago Ribeiro / AGIF
Léo Jardim durante o Clássico dos Milhões / Foto: Thiago Ribeiro / AGIF

Neste último sábado (19), o Flamengo recebeu o Vasco em um clássico movimentado no Maracanã, pela 5ª rodada do Brasileirão. O duelo teve chances claras para os dois lados, bolas na trave e grande atuação dos goleiros Rossi e, principalmente, Léo Jardim. Diferente de confrontos anteriores, o Vasco também conseguiu atacar e criar perigo. 

Os times cariocas fizeram uma partida equilibrada, com postura ofensiva de ambos os lados. O Flamengo teve mais posse e volume, com destaque para Gerson e Michael, que pararam em grandes defesas de Léo Jardim. Já o Vasco apostou nos contra-ataques e também levou perigo, com Paulo Henrique acertando a trave e Nuno Moreira exigindo uma defesa espetacular de Rossi. 

No segundo tempo, o time rubro-negro manteve a pressão, enquanto os visitantes perderam fôlego ofensivo e sequer finalizaram. As substituições vascaínas diminuíram a qualidade do time, que não teve força para reagir. Do lado rubro-negro, a saída de Gerson reduziu o ritmo, mas a equipe seguiu criando. Plata, Pedro e Cebolinha pararam em defesas salvadoras de Léo Jardim, mantendo o placar zerado apesar da insistência do Flamengo.

Os donos da casa voltam a campo pela 6º rodada do Brasileirão no próximo domingo (27) às 16h  (horário de Brasília), recebendo o Corinthians no Maracanã. Já o time da Colina, visita o Cruzeiro no mesmo dia às 18h30 (horário de Brasília).

Fluminense 1 x 1 Vitória 

Fluminense cede empate ao Vitória nos minutos finais e acaba com 100% de Renato. Com resultado amargo no Maracanã, o time baiano saiu da Z-4

Fluminense x Vitória no Maracanã / Foto: Victor Ferreira - EC Vitória
Fluminense x Vitória no Maracanã / Foto: Victor Ferreira - EC Vitória

Neste domingo (20), o Fluminense recebeu o Vitória no Maracanã, pela 5ª rodada do Brasileirão. Em um empate por 1 a 1, o Tricolor abriu o placar com Cano no primeiro tempo, mas cedeu o empate nos minutos finais. A partida foi marcada por erros defensivos e falhas dos dois times.

No primeiro tempo, o Fluminense dominou a posse de bola e tentou pressionar o Vitória desde o início, mas encontrou uma defesa bem postada. Com poucas chances claras, o Tricolor abriu o placar já nos minutos finais com Cano, que aproveitou cruzamento desviado de Arias para marcar de cabeça na segunda trave. O gol saiu mais na base da insistência e da sorte do que de uma grande chance construída.

O Vitória voltou do intervalo com uma postura mais agressiva, buscando o empate. Logo no primeiro minuto, teve boa chance, mas parou em Fábio. O Fluminense continuou controlando a posse de bola e tentou matar o jogo em algumas oportunidades. Canobbio furou uma bola dentro da área, Arias teve grande chance cara a cara com o goleiro mas não finalizou, reclamando depois de um pênalti, e Bernal desperdiçou mais uma ao chutar para fora.

Apesar da vantagem e das chances criadas, o Tricolor não conseguiu ampliar e acabou castigado no fim. Aos 44 minutos da segunda etapa, Lucas Braga iniciou uma bela jogada, tocou para Claudinho, infiltrou na área e recebeu a ajeitada de Fabri para empatar. O Vitória arrancou um ponto no Maracanã e impediu o Fluminense de assumir a vice-liderança do Brasileirão. 

Na próxima rodada o Fluminense visita o Botafogo para o clássico carioca no próximo sábado (26) às 21:00. Já o Leão tem um compromisso dentro de casa no domingo (27) contra o Grêmio às 18:30, no horário de Brasília.

Mirassol 2 x 2 Juventude

Em empate de quatro gols, Mirassol e Juventude protagonizaram duelo agitado. O time gaúcho vencia por 2 a 1, mas cedeu o empate em pênalti polêmico.

Time do Mirassol comemorando o gol de empate na segunda etapa / Reprodução: Premiere FC
Time do Mirassol comemorando o gol de empate na segunda etapa / Reprodução: Premiere FC

Neste domingo (20) o Juventude recebeu o Mirassol no Alfredo Jaconi, pela 5º rodada do Brasileirão. Em jogo frenético e com pênalti polêmico, os dois times saíram com apenas um ponto. 

O primeiro tempo foi bastante equilibrado. O time visitante começou pressionando, mas foi o Juventude quem abriu o placar. Após boa jogada individual, Ênio limpou a marcação e finalizou com categoria para marcar um belo gol. O Mirassol reagiu rapidamente: aos 33 minutos, Iury Castilho recebeu na área e bateu no canto, empatando o jogo.

Quando o empate parecia certo para o intervalo, o Juventude aproveitou um erro defensivo. Ênio roubou a bola, tocou para Taliari, que ajeitou para Batalla acertar um chute colocado no ângulo, fazendo 2 a 1 nos acréscimos. Um tempo bem jogado, com bons momentos para ambos os lados.

Na segunda etapa, o Mirassol voltou com postura mais agressiva e quase empatou logo no primeiro minuto, em chute de Reinaldo defendido por Gustavo. Os visitantes responderam em seguida com Ênio, que aproveitou falha defensiva, mas mandou por cima. Com maior posse de bola, o time paulista seguiu pressionando. Fabrício Daniel parou em outra boa defesa de Gustavo, e Cristian e Edson Carioca também levaram perigo, mas foram bloqueados.

Aos 26 minutos, uma finalização dentro da área acertou o braço de Jadson, e após revisão no VAR, o árbitro marcou pênalti. A decisão gerou muita reclamação dos gaúchos. Reinaldo cobrou bem e empatou o jogo: 2 a 2.

Nos minutos finais, o Juventude tentou reagir com a entrada de Nenê, mas não conseguiu retomar o controle. O empate persistiu até o apito final.

Pela sexta rodada do Brasileirão, o Juventude enfrenta o Internacional no próximo sábado (26), às 16h (horário de Brasília), no Beira-Rio. No mesmo dia, às 18h30, o Mirassol recebe o Atlético-MG no Estádio Maião.

Bragantino 1 x 0 Cruzeiro

 Com falha de Cássio, Bragantino segura o placar e sai com os três pontos, garantindo a terceira vitória seguida.

Cássio após gol de Jhon Jhon / Foto: Fernando Moreno - AGIF
Cássio após gol de Jhon Jhon / Foto: Fernando Moreno - AGIF

O Red Bull Bragantino venceu o Cruzeiro por 1 a 0 neste domingo (20), pela 5ª rodada do Brasileirão, em jogo que também marcou a despedida temporária do Estádio Nabi Abi Chedid, que passará por reformas. Com o resultado, o Massa Bruta somou mais três pontos em casa. O jogo marca o último jogo do Massa Bruta no “Nabizão”, que entrará em reforma nesses próximos anos.

O jogo começou com o Cruzeiro pressionando o Bragantino, mas não conseguiu transformar essa pressão em gols. O Massa Bruta conseguiu equilibrar a partida e, aos 14 minutos, aproveitou um erro de Cássio, que saiu jogando errado e entregou a bola nos pés de Lucas Barbosa. Ele encontrou Sasha entrando na área, que fez o passe para Jhon Jhon, que finalizou forte para abrir o placar. O restante do primeiro tempo foi equilibrado, com as duas equipes criando poucas chances.

Na segunda etapa, o Cruzeiro partiu para cima em busca do empate, dominando a posse de bola, mas sem conseguir ser efetivo nas finalizações. O goleiro Lucão teve trabalho, mas só foi mais exigido no final do jogo. O Bragantino, com uma marcação firme, apostou nos contra-ataques e teve boas oportunidades de ampliar, mas Cássio fez ótimas defesas. Apesar das tentativas de ambas as equipes, o placar permaneceu inalterado e o Bragantino garantiu a vitória por 1 a 0.

O Bragantino joga no próximo domingo (27), contra o Santos, fora de casa, às 20h30  (horário de Brasília). Já o Cruzeiro, recebe o Flamengo para no próximo domingo (27) às 18h30 (horário de Brasília).

Pela décima vez em La Liga, o atacante Vinicius Júnior, do Real Madrid, foi alvo de insultos racistas. Episódios de racismo não se restringem apenas a Europa.
por
Laura Souza
Mohara Ogando Cherubin
|
21/06/2023 - 12h

Domingo, 21 de Maio, Valência e Real Madrid disputavam uma partida pela La Liga, o campeonato espanhol, no Estádio Mestalla, casa do Valência. Durante a partida era possível ouvir pela transmissão de televisão gritos de "mono" - que significa macaco em espanhol - vindos da torcida do clube mandante do jogo. O alvo era o atacante brasileiro Vinícius Junior, do Real Madrid. Aos 24 minutos do segundo tempo, o brasileiro chama o árbitro da partida, Ricardo de Burgos. O atleta apontava para torcedores que estão proferindo os gritos

Torcedores do Valencia chamam o atacante do Real Madrid de macaco durante a partida no domingo - Foto: Reprodução Declaração do Vini Jr/ reprodução: instagram

Atendendo ao protocolo da FIFA, o árbitro da partida paralisou o jogo. Os alto-falantes anunciaram que a partida estava interrompida por um episódio de racismo. Pouco mais de oito minutos depois, o jogo é retomado. Já nos acréscimos, Vinícius Junior se envolve em um lance com o goleiro Mamardashvili, do Valência, dentro da área e próximo a torcida mandante. 

O brasileiro foi atacado por um mata-leão do jogador Hugo Duro, do Valência, e ao reagir, atinge o goleiro Mamardashvili. O árbitro de vídeo (VAR) chamou o árbitro principal até a cabine para avaliar melhor o lance. O que ele sugeriu ? A expulsão do atacante brasileiro pela agressão ao goleiro. Após a revisão, de Burgos voltou a campo e aplicou o cartão vermelho para o jogador brasileiro. 

Na saída do gramado, entre vaias e mais gritos racistas, Vinícius aplaudiu ironicamente ao que havia acabado de acontecer. Pela décima vez em La Liga o atleta era alvo de racismo, e nesta ainda foi punido com a expulsão. Nas redes sociais o atelta ironizou a competição. "Não foi a primeira vez, nem a segunda e em a terceira. O racismo é o normal na La Liga [...] Mas eu sou forte e vou até o fim contra os racistas", disse o jogador. Entre publicação, Vini Jr. ironiza o slogan do campeonato. "O prêmio que os racistas ganharam foi a minha expulsão! Não é futebol, é La Liga", desabafou o atacante.

 

A atitude das mais de 46 mil pessoas no Estádio Mestalla nesse jogo, abriu um amplo debate mundial sobre racismo no futebol europeu. Javier Tebas, diretor da “La Liga”, afirmou não ter acontecido racismo e questionou quando Vini Jr. iria pedir desculpas aos torcedores do Valência pelo ocorrido.

Ao final da partida, o Valência divulgou um comunicado oficial sobre o ocorrido, dizendo que condena a violência física e verbal nos estádios. De acordo com a nota, o acontecido foi um "caso isolado", e afirmou que o clube "está investigando o ocorrido e tomará as medidas mais severas".

 

Reprodução Super Deporte-ESP- 22/05/2023 

A imprensa espanhola, mesmo após a repercussão do caso, continuou atribuindo a culpa a Vinicius Jr, afirmando que ele provocou a torcida e que os xingamentos foram um caso único.

 

“O racismo abala a nossa relação com nós mesmos”

Quando tinha 12 anos, a estudante de enfermagem Camila Esteves, que hoje tem 18 anos, participou de uma competição de judô e ouviu da arquibancada: “Macaco tá permitido ganhar qualquer luta”. A fala criou na jovem uma insegurança em relação a sua vitória no confronto. "O racismo abala a nossa relação com nós mesmos, nos torna inseguros, com medo de seguir em frente", disse à AGEMT.

Ao comentar o episódio de racismo sofrido por Vinicius Junior, a jovem lamentou, não apenas pelo caso de racismo, mas também a falta de intervenção por parte da La Liga. "As atitudes tomadas durante o jogo conseguiram tornar a situação ainda mais cruel", afirma. 

"O governo espanhol deve impor à população medidas mais radicais em relação a atos racistas, porém, a população deva acatar a essas medidas". Entendemos toda a construção histórica da Europa no que diz respeito ao racismo, como foi feito durante o período colonial, por exemplo. Portanto as medidas devem ser tomadas com seriedade dentro de um país tão habituado com situações como a de Vinícius Júnior. 

 

Não foi a primeira vez e provavelmente não será a última.

No total, Vinícius Júnior já sofreu mais de 10 casos de racismo dentro de campo. O primeiro ocorreu em 24 de outubro de 2021, durante uma partida contra o Barcelona no Camp Nou. Vinícius Júnior foi insultado pelos torcedores depois de ser substituído, no segundo tempo. Como resposta, o jogador apontou para o placar: o Real Madrid vencia por 1 a 0.

Em 14 de março de 2022, o Real Madrid vem por 3 a 0 contra o Mallorca, fora de casa. Durante a partida, torcedores do time da casa foram flagrados insultando Vinícius Júnior, chegando a pedir ao atacante para "pegar bananas", em clara referência racista. Além de ofensas, sons de macaco também foram ouvidos no estádio.

"Pare de fazer macaquices", disse o empresário Pedro Bravo, em 26 de setembro do mesmo ano em um programa esportivo da televisão espanhola, em referência às danças de Vini nas comemorações de gols. A situação deu início ao movimento "Baila, Vini!", que tinha como objetivo apoiar o jogador em meio aos ataques racistas. 

No fim daquele ano, em 30 de dezembro, torcedores do Valladolid atacaram Vinícius Júnior em partida contra o Real Madrid, que venceu por 2 a 0, resultando em inúmeras ofensas racistas destinadas ao atacante. "Os racistas seguem indo aos estádios e assistindo ao maior clube do mundo de perto e a La Liga segue sem fazer nada... Seguirei de cabeça erguida e comemorando as minhas vitórias e do Madrid. No final a culpa é MINHA", desabafou o jogador.

No ano seguinte, em 26 de janeiro, às ações conseguiram passar ainda mais dos limites, na qual torcedores colchoneros penduraram um boneco de Vinícius Júnior enforcado em uma ponte na cidade de Madri. O fato chocou a todos, porém clubes como a La Liga e Federação Espanhola apenas publicaram notas oficiais pedindo "sanções severas". O jogador atuou normalmente e foi provocado em campo.

No mês seguinte, em 05 de fevereiro, o atacante brasileiro foi alvo novamente de racistas durante a partida do Real Madrid contra o Mallorca, quando um torcedor o chamou de "mono" (macaco). Dessa vez o criminoso foi identificado e foi impedido de frequentar estádios por um ano e multado em 4 mil euros (aproximadamente R$ 22 mil).

A sétima denúncia de racismo contra Vinícius Júnior ocorreu em 5 de março, durante a partida entre Betis e Real Madrid. Torcedores do time rival chamaram o atacante de "macaco" e viraram alvos de uma queixa prestada ao Juizado de Instruções de Sevilha, com imagens de televisão como prova. Em comunicado, LaLiga tratou a situação como "comportamento racista intolerável".

O último caso conhecido de racismo contra o jogador ocorreu neste domingo. Apenas um desses episódios resultou em algum tipo de consequência para o criminoso, porém em todos os casos houve queixas de Vinícius Júnior para o clube La Liga e para a Federação Espanhola, mas nada tem sido feito. A pergunta que fica é: até quando essa humilhação será considerada tolerável pelo clube espanhol?

 

Um problema além da Europa

O futebol é só mais uma das formas em que o racismo é ser exposto. Mas a questão não se restringe apenas a Europa, os jogos brasileiros também já tiveram diversos episódios de racismo, tanto jogadores quanto torcedores já foram alvo de hostilização por parte de racistas.

Segundo o Observatório da discriminação racial do futebol, casos de racismo registrados em campo aumentaram em 40% em 2022. Esse é o estudo mais atualizado sobre a injúria racial do esporte no país. Em 2021 o Instituto Locomotiva apontou que apenas 4% da população se considera racista, enquanto 84% percebe o racismo no outro.

Em entrevista à AGEMT, o doutor em história, pesquisador de relações étnico-raciais e professor da PUC-SP, Amailton Azevedo, afirmou que esse comportamento do brasileiro se dá de maneira histórica. "Esta postura de achar que o racismo está sempre no outro e não em nós é o que marca a ideologia que ensinou os brasileiros que aqui não havia problemas raciais. De maneira geral, o brasileiro trabalha com esse dispositivo ideológico ", afirma o professor.


O combate ao racismo

Em 2019, a FIFA divulgou um novo código disciplinar para determinadas ações dentro do campo. O principal foco dessa nova declaração era o combate ao racismo, lá ele prevê quais são os passos que devem ser dados, sendo eles: 1) Interrupção do jogo pelo sistema de som do estádio, dando um anúncio formal contra os comportamentos racistas; (2) Suspensão temporária do jogo pelo árbitro, solicitando uma nova mensagem oficial; (3) Abandono da partida, com a saída de todos em campo.

 

Inspirados, brasileiros e canadenses saem por cima com vitórias importantes e o apoio da torcida.
por
Guilherme Gastaldi
|
18/06/2023 - 12h

Em um evento negligenciado por parte dos fãs na internet, os resultados das lutas, somados à atmosfera eletrizante da Rogers Arena em Vancouver, Canadá, culminaram em uma noite memorável e inesquecível. Na luta principal, após dominar Irene Aldana por cinco rounds, Amanda Nunes manteve seu cinturão dos pesos galos e logo em seguida, anunciou a sua aposentadoria do esporte. No coevento da noite, Charles Oliveira derrotou Beneil Dariush com um nocaute explosivo no primeiro round, o impulsionando para uma nova disputa pelo cinturão. Além disso, em solo canadense, os seis lutadores que representavam o país venceram suas respectivas lutas, colocando novamente o Canadá no mapa do MMA.

 

Amanda Nunes chora sobre os seus dois cinturões, logo após ter anunciado a sua aposentadoria do esporte. (Reprodução / Twitter: @ufc)
Amanda Nunes chora sobre os seus dois cinturões, logo após ter anunciado a sua aposentadoria do esporte. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

"And Still Forever!"

Em cinco rounds de completa dominância, Amanda Nunes derrotou Irene Aldana e defendeu seu cinturão dos pesos galos com uma facilidade surpreendente. Muitos chegaram a duvidar da brasileira, inclusive questionando como responderia ao boxe “afiado” da sua adversária, mas no final, Amanda resolveu trocar com a mexicana, mostrando que de fato era a lutadora superior. Com um jab potente somado a combinações de golpes, conseguiu se defender bem e impor um volume sufocante, impossibilitando qualquer grande avanço de Aldana. Além da trocação em pé, no chão foi total controle da Leoa, que terminou o combate com impressionantes 142 golpes significativos.

Ao final da luta, Amanda Nunes encerrou sua carreira inigualável, anunciando a sua aposentadoria do esporte. No microfone, ela chamou um cutman para cortar suas luvas, que foram colocadas no centro do octógono junto de seus dois cinturões. A brasileira deixa para trás um legado extraordinário, tendo vencido as melhores lutadoras do mundo, com uma dominância e imposição poucas vezes vistas na história da organização. Com a aposentadoria de Amanda, o Brasil oficialmente fica sem nenhum campeão no UFC e a Leoa não perdeu a grande oportunidade de passar um recado, “lutadores brasileiros, arrumem suas coisas e venham buscar o cinturão, eu estou indo embora”.

 

Amanda comemora sua vitória e aposentadoria com sua filha Raegan. (Reprodução / Twitter: @ufc)
Amanda comemora sua vitória e aposentadoria com sua filha Raegan. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

A Maior de Todos os Tempos

Nascida em Pojuca, Bahia, Amanda Nunes começou sua carreira no MMA em 2008. Durante esses 15 anos dentro do esporte, a brasileira finaliza com um cartel de 23 vitórias e 5 derrotas, com triunfos sobre algumas das melhores lutadoras da história e recordes absolutos do UFC feminino: 

  • Mais vitórias (16);
  • Mais vitórias consecutivas (12);
  • Mais vitórias em lutas pelo cinturão (11);
  • Mais finalizações (9).

Com um começo espetacular na organização, Amanda derrotou nomes como Germaine de Randamie, Shayna Baszler, Sara McMann e Valentina Shevchenko, sendo catapultada a sua primeira disputa de título dos pesos galos femininos no UFC 200. No confronto, a brasileira finalizou a então campeã, Miesha Tate, com um mata-leão no primeiro round, conquistando o cinturão da divisão. Em seu combate seguinte, a Leoa recepcionou a grande estrela do MMA feminino, Ronda Rousey, que estava há mais de um ano da organização após a derrota para Holly Holm. Na ocasião, 48 segundos foram o suficiente para encerrar de vez a passagem de Ronda pelo esporte.

Amanda ainda derrotou Valentina Shevchenko, uma das lutadoras mais condecoradas da história, pela segunda vez no UFC 215 e Raquel Pennington no UFC 224, mas foi em dezembro de 2018 o maior momento da carreira da brasileira, quando ela desafiou Cris Cyborg pelo cinturão do peso pena feminino, em busca do status de dupla campeã. Em apenas 51 segundos, a Leoa nocauteou a lutadora mais temida do mundo naquele momento e a grande favorita para a luta, fazendo assim, história na organização ao se tornar a primeira e única mulher a carregar dois cinturões simultaneamente no UFC.

Após o embate com a Cyborg, derrotou Holly Holm, Germaine de Randamie (novamente), Felicia Spencer e Megan Anderson, todas elas com a facilidade e dominância que o público do esporte já estava acostumado, até que no UFC 269, a brasileira se deparou com Julianna Peña. Considerada uma das maiores zebras da história do esporte, Peña finalizou Amanda e chocou o mundo, acabando com a sequência de 12 vitórias consecutivas da brasileira. Entretanto, na revanche entre as duas lutadoras, Amanda Nunes dominou completamente os cinco rounds, concretizando três knockdowns e mostrando para o mundo inteiro que sua derrota havia sido um mero deslize e que ela é de fato a maior lutadora de todos os tempos.

 

Os dois cinturões e a luva de Amanda colocados no centro do octógono. (Reprodução / Twitter: @ufc)
Os dois cinturões e a luva de Amanda colocados no centro do octógono. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

O futuro das divisões

Com a aposentadoria de Amanda Nunes, os cinturões peso galo e pena feminino acabam sendo desocupados, ficando sem um dono. No caso da divisão dos galos, as escolhas não parecem ser tão difíceis assim. Por mais que haja rumores de que Erin Blanchfield pense em subir de divisão para lutar pelo cinturão, o cenário mais provável é a realização do confronto entre Julianna Peña e Raquel Pennington. Peña é a única lutadora da categoria que conseguiu vencer Amanda, então deve ser uma das opções claras, assim como Raquel, que foi a lutadora reserva para o confronto de Amanda Nunes e Irene Aldana. Entretanto, as coisas não são tão simples na divisão dos penas.

Nos últimos anos, as brasileiras Cris Cyborg e Amanda Nunes sustentaram a divisão dos penas feminino em suas costas, no entanto, como ambas as lutadoras não fazem mais parte da organização, a manutenção da categoria se torna praticamente impossível. Com a falta de lutadoras de alto nível, não existem pretendentes reais ao cinturão, inclusive, essa falta de talento pode ser observada pelo fato dos penas feminino ser a única categoria a nunca ter tido um ranking oficial. Na coletiva de imprensa pós-evento, Dana White, foi perguntado se o rumo da divisão seria de fato o seu encerramento: “a resposta é provavelmente sim, quer dizer, não tomo essas decisões logo após uma luta, mas faz sentido”, disse o presidente do UFC.

 

Ranking oficial do UFC, dos pesos galo e pena feminino. (Reprodução: https://www.ufc.com.br/rankings)
Ranking oficial do UFC, dos pesos galo e pena feminino. (Reprodução: https://www.ufc.com.br/rankings) 

 

O Problema da Divisão

No co-evento principal, o brasileiro Charles “Do Bronx” Oliveira e o norte-americano Beneil Dariush entregaram para os fãs um duelo intenso e eletrizante, que resultou na vitória do brasileiro por nocaute técnico ainda no primeiro round. Com a vitória, Charles se tornou o primeiro lutador da história do UFC a chegar a 20 finalizações, encerrando do outro lado, a sequência impressionante de oito vitórias consecutivas do norte-americano. 

Assim que ambos os lutadores entraram dentro do octógono, os fãs do esporte já perceberam estar diante de um clássico instantâneo. Logo de início, Charles tentou levar Beneil para o chão, mas o norte-americano acabou caindo sobre o brasileiro. De costas para o chão, Charles conseguiu, com tranquilidade, anular qualquer ofensiva do adversário e depois de alguns minutos nessa posição, se levantou sem grandes problemas. Poucos segundos depois, já em pé, conectou um chute de direita perfeito na cabeça de Dariush e apartir daí, acertou socos afiados que derrubaram Benny. Com o adversário no chão, a pressão era imensa e com uma sequência de golpes pesados, foi questão de tempo até o árbitro parar a luta, concretizando a vitória por nocaute técnico no primeiro round.

 

Charles comemorando sua vitória. (Reprodução / Twitter: @ufc)
Charles comemorando sua vitória no UFC 289. (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

Ao longo da semana, usuários das redes sociais duvidaram bastante da capacidade de Charles, curiosos para ver como ele iria se recuperar de uma derrota devastadora como a que sofreu para Islam Makhachev no UFC 280. Inclusive, nesse período, foi levantado diversas vezes o retrospecto do brasileiro em solo candadense, que não era nenhum pouco favorável. Do Bronx já havia lutado quatro vezes no Canadá, entretanto, saiu derrotado em todos os combates: Jim Miller (2010), Cub Swanson (2012), Max Holloway (2015) e Anthony Pettis (2016). 

Com um estilo de luta intrigante e divertido de se acompanhar, Charles Oliveira rapidamente se tornou uma das figuras mais populares da organização e acumula hoje milhões de fãs pelo mundo todo. Na coletiva de imprensa pós-evento, Charles foi perguntado sobre a recepção do povo canadense e o apoio que tem recebido sempre que luta fora do Brasil: “é como se fosse um filme, a maioria das minhas derrotas foram aqui e você ser aplaudido de pé pela torcida, parecia que eu estava dentro de uma comunidade, parecia que eu estava no Brasil. Isso são coisas que eu nunca vou esquecer”.

 

Charles “do Bronx” chora em cima da grade do octógono, emocionado com sua vitória. (DARRYL DYCK / LaPresse)
Charles “do Bronx” chora em cima da grade do octógono, emocionado com sua vitória. (DARRYL DYCK / LaPresse)

 

Com uma vitória impressionante, Charles “Do Bronx” se torna o principal desafiante a disputar o título dos pesos leves. Em outubro, no UFC 294, a organização voltará para a Etihad Arena em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, praticamente um ano depois do fatídico UFC 280 e deve contar com o campeão russo, Islam Makhachev, na luta principal do evento. Sendo assim, com uma performance irretocável e um apelo gigantesco por parte do público, tanto presencialmente quanto nas redes sociais, as chances do brasileiro conseguir a sua tão sonhada revanche são grandes.

Inclusive, na coletiva de imprensa pós-evento, Dana White, foi perguntado sobre o possível reencontro entre os lutadores. Ele respondeu dizendo que diversas questões ainda precisam ser levadas em conta para definir a próxima disputa de cinturão, mas concluiu sua fala expressando a sua vontade de ver novamente esse embate, “essa luta faz sentido, essa é a luta que deveria acontecer e estou ansioso para vê-la novamente”.

 

Após a luta, Islam Makhachev e Charles Oliveira se provocaram em suas redes sociais de maneira “amistosa”.  (Reprodução / Twitter: @CharlesDoBronxs)
Após a luta, Islam Makhachev e Charles Oliveira se provocaram em suas redes sociais de maneira “amistosa”. (Reprodução / Twitter: @CharlesDoBronxs)

 

Canadá: 6 x 0

No dia 14 de setembro de 2019, Donald Cerrone e Justin Gaethje se enfrentaram no UFC Fight Night realizado em Vancouver, Canadá. Agora, após quase quatro anos, a organização finalmente decidiu retornar ao país e mesmo após todo esse tempo fora, os fãs entregaram uma atmosfera eletrizante na Rogers Arena. Mas é claro, um importante fator favoreceu o “bom humor” do público ali presente: todos os lutadores canadenses do card venceram suas respectivas lutas.

Ao todo, foram seis lutadores presentes no evento, Diana Belbita, Kyle Nelson, Aiemann Zahabi, Jasmine Jasudavicius, Marc-André Barriault e Mike Malott. Para um país que já teve lutadores como Mark Hominick,  Rory MacDonald e um dos maiores da história, Georges St Pierre, hoje o Canadá não apresenta grandes estrelas consolidadas na organização. Entretanto, continuar recebendo eventos como esse ajuda a popularizar e expandir o mercado do MMA no país, plantando assim, sementes para o futuro. 

Essa presença ativa é de extrema importância para aqueles que querem ver o país crescer no esporte, como é o caso de Mike Proper Malott, a nova sensação do MMA canadense. Após derrotar Adam Fugitt com uma guilhotina no segundo round, Malott foi ovacionado pelos fãs presentes e entregou um discurso emocionante em sua entrevista pós-luta ainda dentro do octógono: “vamos esclarecer uma coisa sobre esta noite, este show é para nós, este foi um show canadense, este foi o MMA canadense voltando forte. Poder representar meu país no maior palco do mundo, em casa, é um sonho meu desde criança. Isso estava na minha cabeça há 30 anos. Eu não posso acreditar que finalmente consegui fazer isso”. Com o seu mais novo triunfo, o lutador chega a três vitórias consecutivas no UFC e pretende continuar trilhando seu caminho de sucesso, enquanto carrega com orgulho a bandeira do Canadá. 

 

Mike Malott sendo recebido pelo público canadense da Rogers Arena.  (Reprodução / Twitter: @ufc)
Mike Malott sendo recebido pelo público canadense da Rogers Arena.  (Reprodução / Twitter: @ufc) 

 

TODOS OS RESULTADOS DO UFC 289:

Luta da Noite - Marc-André Barriault vs. Eryk Anders

Performance da Noite - Charles Oliveira; Mike Malott; Stephen Erceg.

*** (Os vencedores ganham uma premiação extra de 50 mil dólares) ***

 

→ Card Principal. 

  • Amanda Nunes derrotou Irene Aldana por Decisão (unânime) - 50/44, 50/44, 50/43;
  • Charles Oliveira derrotou Beneil Dariush por Nocaute Técnico (socos) no 1º round;
  • Mike Malott derrotou Adam Fugitt por Finalização (guilhotina) no 2º round;
  • Dan Ige derrotou Nate Landwehr por Decisão (unânime) - 30/27, 29/28, 29/28;
  • Marc-André Barriault derrotou Eryk Anders por Decisão (unânime) - 30/27, 30/27, 30/27.

 

→ Card Preliminar.

  • Nassourdine Imavov vs. Chris Curtis acabou Sem Resultado (encontro de cabeças) no 2 round;
  • Jasmine Jasudavicius derrotou Miranda Maverick por Decisão (unânime) - 29/28, 29/28, 29/28;
  • Aiemann Zahabi derrotou Aoriqileng por Nocaute (socos) no 1º round;
  • Kyle Nelson derrotou Blake Bilder por Decisão (unânime) - 30/27, 30/27, 29/28.

 

→ Preliminares Iniciais.

  • Stephen Erceg derrotou David Dvorak por Decisão (unânime) - 29/28, 29/28, 30/27;
  • Diana Belbita derrotou Maria Oliveira por Decisão (unânime) - 30/27, 30/27, 29/28.
Equipe do Colorado derrota o Miami Heat em cinco jogos e vence primeiro título da liga de sua história
por
Philipe Mor
Gabriel Cordeiro
|
14/06/2023 - 12h

Na última segunda-feira (12) o Denver Nuggets e o Miami Heat se enfrentaram pelo jogo 5 das Finais da NBA. A partida foi disputada na Ball Arena, em Denver, no Colorado, e terminou em 94 a 89 a favor dos mandantes. Com o resultado, a equipe do Denver comandada pelo pivô Nikola Jokic, eleito MVP das Finais, conquistou o primeiro título da história da franquia. A série decisiva melhor de sete terminou em 4 a 1 para o Nuggets e garantiu o troféu Larry O’brien à organização.

A última partida da temporada 22-23 foi tensa e disputada. Apesar de atuar em seus domínios, a equipe do Colorado viu o Miami Heat iniciar o jogo melhor e sair vencedor do primeiro quarto. Os visitantes contaram com um período inspirado do pivô Bam Adebayo, que inaugurou o placar no duelo decisivo da série com uma enterrada e anotou seus primeiros dois pontos. Além disso o atleta do Heat foi quem converteu o último arremesso das equipes, já no fim da parcial e mandou o confronto para o tempo antes do intervalo em 24 a 22 a favor de Miami. Os maiores pontuadores dos primeiros 12 minutos de embate foram Adebayo (Heat) com 14 pontos e Michael Porter Jr. (Nuggets) com 7.

O panorama do segundo período continuou o mesmo e a partida seguiu com muito equilíbrio entre as equipes. Jimmy Butler, com quatro pontos seguidos, iniciou o quarto impondo uma vantagem de seis pontos do Heat sobre o Denver (28 a 22). A equipe da Flórida, pressionada pela necessidade de vitória no duelo para seguir viva na série, estava aplicada e consistente no embate. Por outro lado, os donos da casa não conseguiam produzir a partir das bolas do perímetro e a pontuação do Nuggets se restringia a lances livres e cestas próximas ao garrafão. Apesar disso o time mandante continuou na busca de reduzir a diferença no placar que chegou a ser de 9 pontos (51 a 42).

Denver Nuggets e Miami Heat pelo jogo 5 da NBA Finals Foto: GettyImages
Denver Nuggets e Miami Heat pelo jogo 5 da NBA Finals Foto: GettyImages

As equipes foram para o intervalo em 51 a 44 a favor do Miami Heat. O destaque da partida até o momento era Bam Adebayo. O pivô da equipe da Flórida terminou a primeira metade com 18 pontos e nove rebotes. Já pelo Denver Nuggets não houve nenhum jogador com uma atuação acima da média somando o primeiro e o segundo quarto do duelo. Os mandantes não estavam atuando bem coletivamente, cometeram 10 turnovers (perda de posse), acertaram apenas 1/15 na bola de três pontos e 3/8 nos lances livres. Além disso o time estava preocupado com o número de faltas, já que Aaron Gordon tinha três e Jokic, Jamal Murray e Jeff Green duas.

Mesmo com um primeiro tempo abaixo, o Denver voltou dos vestiários disposto a reagir no confronto. Nikola Jokic, com um and-one (cesta e falta) iniciou os trabalhos no terceiro período. O penúltimo tempo do jogo ficou caracterizado pela alternância de lideranças no placar. Os mandantes, querendo confirmar o título, buscaram a virada após bola tripla de Michael Porter Jr. e deixaram o resultado parcial em 69 a 66. O Heat, com um cenário de vida ou morte na série, conseguiu reagir e assumir frente novamente com um arremesso, também para três, do armador Kyle Lowry.

O último quarto iniciou com o Miami Heat liderando por 71 a 70. Nikola Jokic ditou o ritmo de jogo do Nuggets no período e colocou o time em vantagem. A equipe do Colorado viu nos instantes decisivos do duelo a estrela de Jimmy Butler aparecer na partida. O ala do Heat, que não estava bem no jogo, acertou dois arremessos seguidos do perímetro e incendiou o duelo na Ball Arena. Apesar da boa atuação no “clutch time”, Butler cometeu uma perda de posse que praticamente encaminhou a conquista para o time de Jokic e companhia. Com a tensão elevada no fim do confronto, o Denver Nuggets soube administrar a pequena vantagem, fechou o jogo em 94 a 89 e garantiu o título da NBA.

Denver Nuggets campeão da NBA 22-23 Foto:NBA/Divulgação
Denver Nuggets campeão da NBA 22-23 Foto:NBA/Divulgação

O grande responsável pela conquista do Nuggets na noite de segunda-feira (12) foi o pivô Nikola Jokic. O sérvio terminou o jogo com 28 pontos e 16 rebotes, conseguindo mais um duplo-duplo. Outro atleta que também conseguiu dígitos duplos em dois fundamentos de quadra foi o ala Michael Porter Jr. O jogador do Denver anotou 16 pontos e buscou 13 rebotes. Do quinteto titular, apenas Aaron Gordon (4)  não ultrapassou a marca dos 10 pontos. O bancário Bruce Brown, que entrou ao longo da partida e atuou por 28 minutos, ainda contribuiu com 10 pontos e 6 rebotes.

O “The Joker”, assim como aconteceu nas Finais de Conferência, foi eleito o MVP (jogador mais valioso) da NBA Finals. O camisa 15 do Denver Nuggets terminou a série final com médias de 30.2 pontos por jogo, 14 rebotes e 7.2 assistências. Nikola Jokic também se tornou o primeiro atleta da história a liderar uma pós-temporada em todos os três principais fundamentos de quadra (pontos, rebotes e assistências).

O Miami Heat encerra a temporada 22-23 sem o titulo das finais, mas com muito a se orgulhar. Com uma campanha histórica de 8° colocado, superando as adversidades desde seu primeiro jogo de Playoffs, a equipe da Flórida ainda tem esperanças na busca por um título com o elenco atual. A franquia, que conta com o técnico multicampeão Erick Spoelstra e Jimmy Butler, jogador acostumado a momentos decisivos e principal estrela do Heat, promete voltar a brigar por grandes objetivos no próximo ano.

A nova temporada da NBA tem previsão para iniciar no mês de outubro de 2023.

Brasileiros ficam ansiosos com as lutas de Amanda Nunes e Charles “Do Bronx”.
por
Guilherme Gastaldi
|
09/06/2023 - 12h

No dia 10 de junho (sábado), o UFC aterrissa em Vancouver, British Columbia, Canadá e com apenas 11 lutas e poucas estrelas, a esperança desse evento vazio cai sobre os ombros dos brasileiros. Na luta principal, pela disputa do cinturão peso-galo feminino (até 61,2kg), a desafiante mexicana Irene Aldana enfrenta a campeã brasileira Amanda Nunes, que pretende adicionar mais uma defesa em seu extenso currículo. Já no coevento principal da noite, o grande nome do MMA brasileiro, Charles “Do Bronx”, retorna ao octógono oito meses após sua última luta e enfrenta o norte-americano Beneil Dariush, em um confronto que colocará o vencedor muito próximo de uma disputa pelo cinturão dos pesos-leves.

 

Poster oficial do UFC 289. (Foto: Divulgação / UFC)
Poster oficial do UFC 289. (Foto: Divulgação / UFC)


 

O fim está próximo.

 

A atual campeã dos galos e dos penas, Amanda Nunes defenderá seu cinturão contra a número 5 do ranking, Irene Aldana. Com vitórias sobre nomes como, Ronda Rousey, Valentina Shevchenko e Cris Cyborg, a brasileira é amplamente considerada a GOAT (Maior de Todos os Tempos) do MMA feminino e pretende continuar fazendo história no esporte. A luta de sábado marca sua 18ª luta no UFC e sua 12ª em disputas de cinturão, mais do que qualquer outra lutadora na história da organização.

 

No UFC 269, a azarona Julianna Peña chocou o mundo, finalizando Amanda em uma das maiores zebras da história. A derrota inesperada fez muitos questionarem a brasileira, entretanto, na revanche entre as duas, ela dominou completamente o combate, escancarando que o confronto passado não havia passado de um golpe de sorte. Agora no UFC 289, “A Leoa” enfrenta uma nova oponente e quer mostrar que continua sendo a melhor e que ainda está no topo do seu jogo.

 

Do outro lado desse confronto temos Irene Aldana, o completo oposto de Amanda Nunes. Enquanto a carreira da brasileira é marcada por sua dominância, a mexicana viveu altos e baixos dentro da organização e com o surpreendente cancelamento de Julianna Peña - marcada originalmente para a trilogia no UFC 289, mas acabou sofrendo uma lesão - e uma divisão com poucas pretendentes ao título, a mexicana recebeu no colo a sua chance de ouro. Agora, Aldana terá pela frente sua primeira disputa de cinturão e pretende se inspirar no feito de Peña para surpreender os fãs do esporte.

 

As casas de apostas marcam um grande favoritismo da campeã, no entanto, como vimos em um passado não tão distante, não podemos apenas ignorar a força da adversária, seja ela quem for. Aldana tem um boxe afiado e vai tentar manter a todo custo a luta em pé, enquanto Nunes, com sua faixa preta de jiu jitsu, pode levar o confronto para o chão se as coisas acabarem se complicando. Entretanto, independentemente do que possa vir a acontecer, precisamos aproveitar essa luta, afinal, com seus 35 anos, Amanda já conta com mais de 15 anos dentro do esporte e por mais que doa dizer e até pensar neste assunto, podemos estar vivenciando seus últimos momentos dentro do octógono. 


 

Amanda Nunes e Irene Aldana se encaram a frente de seu duelo no UFC 289. (Foto: Jeff Bottari | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images)
Amanda Nunes e Irene Aldana se encaram a frente de seu duelo no UFC 289. (Foto: Jeff Bottari | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images)

Em busca da redenção.

 

De volta ao octógono, Charles “Do Bronx” Oliveira enfrenta Beneil Dariush em um confronto que muitos consideram ser o mais empolgante e importante da noite. Após uma derrota muito dura para Islam Makhachev no UFC 280 e perder a chance de recuperar o cinturão dos leves, Charles retorna com sangue nos olhos e mais pronto do que nunca para começar sua retomada rumo ao título da divisão. O brasileiro, que derrotou Michael Chandler, Dustin Poirier e Justin Gaethje em um dos reinados mais encantadores da divisão, pretende recuperar seu posto no posto da categoria.

 

No entanto, sua luta está bem longe de ser uma moleza. Beneil Dariush, número 4 do ranking, vem em uma sequência avassaladora de oito vitórias consecutivas e na opinião de muitos já merece uma oportunidade de lutar pelo cinturão. Com um estilo de luta mais contido e menos explosivo que o do brasileiro, o norte-americano consegue ler muito bem seus adversários e se adaptar em meio a adversidades, seja mandando no ritmo da luta ou contra atacando, Beneil é extremamente perigoso e competente naquilo que propõe executar. 

 

Com um leve favoritismo para Dariush, as casas de apostas indicam Charles como o azarão do confronto, contudo, o passado do brasileiro mostra que não se pode duvidar do seu potencial. Em um confronto equilibrado e que promete não chegar até o final dos três rounds estipulados, qualquer erro pode ser fatal. Ambos os lutadores são excelentes na luta de pé, mas no chão quem tem a vantagem é “Do Bonx”, o maior finalizador da história do UFC. Em uma luta de altíssimo nível, a recompensa não poderia ser menor, o vencedor do confronto muito provavelmente enfrentará o campeão Islam Makhachev, e pode ter certeza, não há nada nesse mundo que o nosso Charlinho queira mais do que essa revanche.

 

Charles Oliveira e Beneil Dariush se encaram a frente de seu duelo no UFC 289. (Foto: Jeff Bottari | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images)
Charles Oliveira e Beneil Dariush se encaram a frente de seu duelo no UFC 289. (Foto: Jeff Bottari | Crédito: Zuffa LLC via Getty Images)


 

Card Completo de Lutas:

 

→ CARD PRINCIPAL. (23:00 BRT)

  • Amanda Nunes (C) vs Irene Aldana #5  (Cinturão Peso-Galo feminino)

  • Charles Oliveira #1 vs Beneil Dariush #4  (Peso-Leve)

  • Mike Malott vs Adam Fugitt  (Peso Meio-médio)

  • Dan Ige #13 vs Nate Landwehr  (Peso-Pena)

  • Marc-André Barriault vs Eryk Anders  (Peso-Médio)

 

→ CARD PRELIMINAR. (21:00 BRT)

  • Nassourdine Imavov #12 vs Chris Curtis #14  (Peso-Médio)

  • Miranda Maverick #15 vs Jasmine Jasudavicius  (Peso-Mosca feminino)

  • Aiemann Zahabi vs Aoriqileng  (Peso-Galo) 

  • Kyle Nelson vs Blake Bilder  (Peso-Pena)

 

→ PRELIMINARES INICIAIS. (20:00 BRT)

  • David Dvorak #10 vs Stephen Erceg  (Peso-Mosca)

  • Diana Belbita vs Maria Oliveira  (Peso-Palha feminino)

Com mais uma atuação histórica do pivô Nikola Jokic, Nuggets vence o Heat na Flórida, e abre 2 a 1 na série decisiva da NBA.
por
Philipe Mor
|
09/06/2023 - 12h

Na quarta-feira (7) o Denver Nuggets e o Miami Heat se enfrentaram pelo jogo 3 das Finais da NBA. A partida que aconteceu no Kaseya Center, ginásio do Heat, na Flórida, e terminou em 109 a 94 a favor da equipe visitante. O grande destaque do jogo foi novamente o pivô do Nuggets, Nikola Jokic. O sérvio, em mais uma noite de gala, anotou seu segundo triplo-duplo em três duelos decisivos até aqui e conduziu a equipe do Colorado para a segunda vitória na série (2 a 1).

Apesar de um primeiro quarto equilibrado, a equipe do Miami Heat iniciou o jogo em vantagem. Com uma bandeja do pivô Bam Adebayo e uma bola tripla de Kevin Love, o time da Flórida abriu 5 a 0 em relação ao Denver Nuggets. Os visitantes, por sua vez, empataram o duelo aos 5:32 com um arremesso de Nikola Jokic, deixando o confronto em 14 a 14. Logo na sequência, o Nuggets, com mais uma participação ofensiva do atleta sérvio, virou o embate e assumiu a liderança do placar. A partida seguiu parelha e foi para o segundo período igualada em 24 a 24. Jimmy Butler e Jokic foram os cestinhas da primeira parcial, ambos anotaram 10 pontos.

O segundo quarto continuou muito equilibrado e com algumas trocas de liderança no placar. Bam Adebayo, com boa participação no ataque, após um arremesso da meia distância chegou aos nove pontos no jogo e deixou a partida em 29 a 29. O Denver Nuggets, apesar de atuar longe de seus domínios, continuou forte na parte ofensiva e chegou a abrir cinco pontos de frente já na reta final do período, com dois lances livres convertidos por Jokic. Kyle Lowry, armador do Miami Heat, tentou uma bola do perímetro no estouro do cronômetro para diminuir a desvantagem dos mandantes, mas errou. O embate na Flórida foi para o intervalo em 53 a 48 a favor de Denver.

A vantagem imposta pelo Nuggets sobre o Heat foi o que caracterizou o terceiro período. A equipe do Colorado voltou melhor dos vestiários e chegou a abrir 13 pontos de frente em relação aos mandantes, após bola tripla de Nikola Jokic (73 a 60). A eficiência dos arremessos de quadra de ambos os times diminuiu no quarto. Apesar disso, o Denver utilizou da imposição física e vantagem técnica para conseguir pontuar. Butler e Adebayo seguiram bem no jogo e juntos somavam 41 pontos. Mesmo com a dupla de estrelas do Miami Heat tendo uma boa atuação no duelo, o restante da equipe não correspondia na mesma intensidade. O placar da terceira parcial ficou em 82 a 68 para os visitantes.

Miami Heat x Denver Nuggets pela NBA Finals Foto: Reprodução Twitter/nba
Miami Heat x Denver Nuggets pela NBA Finals Foto: Reprodução Twitter/nba

A vitória do Denver Nuggets foi confirmada no último quarto. A equipe liderada por Nikola Jokic administrou o resultado construído ao longo da partida, conteve o ímpeto do Miami Heat e abriu 2 a 1 na série decisiva da temporada.

Para conseguir a vitória atuando no Kaseya Center, o Denver Nuggets contou mais uma vez com uma ótima atuação de Nikola Jokic. O “The Joker”, como é apelidado carinhosamente na liga, anotou mais um triplo-duplo em finais, seu segundo nessa edição, que também é sua primeira participação em decisões da NBA. O atleta terminou a partida com 32 pontos e 21 rebotes anotados. Além disso, ele ainda contribuiu com 10 assistências. O camisa 15 do Nuggets se tornou o primeiro jogador na história da NBA Finals a conseguir mais de 30 pontos, 20 rebotes e 10 assistências em um único jogo.

Jamal Murray, do Denver, foi mais um atleta da equipe do Colorado que teve uma atuação acima da média. O armador do Nuggets, que teve um jogo 2 discreto, se recuperou na série e conseguiu anotar seu primeiro triplo-duplo em finais. Murray marcou 34 pontos, buscou 10 rebotes e assistiu seus companheiros 10 vezes.

Uma das chaves para a vitória do time como visitante foi a regularidade no ataque de suas principais estrelas, que combinaram para 66 pontos, e também a eficiente participação do bancário Christian Braun no jogo. O ala-armador reserva do Denver Nuggets fez 15 pontos vindo do banco. Braun teve um excelente aproveitamento nos arremessos de quadra, beirando os 90% (7/8). Aaron Gordon também fez mais um jogo consistente nos dois lados da quadra, o ala-pivô pegou 10 rebotes e marcou 11 pontos, conseguindo um duplo-duplo.

Já o Heat, que começou bem o jogo e equilibrou as coisas até a metade da partida, teve uma atuação coletiva ruim. Jimmy Butler contribuiu com 28 pontos, dois rebotes e quatro assistências. No embate anterior Butler foi mais participativo ofensivamente e distribuiu um número maior de assistências (9), colocando seus companheiros em melhores condições de arremessos, algo que não aconteceu nesse confronto. Bam Adebayo marcou 22 pontos e pegou 17 rebotes.

O baixo aproveitamento no ataque, após a volta do intervalo, e o fato do Heat não ter conseguido neutralizar as ações ofensivas de Nikola Jokic e Jamal Murray, refletiram na derrota da equipe. Além disso, apenas Butler e Adebayo ultrapassaram a marca de 10 pontos.

O próximo jogo entre as equipes ocorre nesta sexta-feira (9). A partida número quatro da série, no Kaseya Center, na Flórida, está programada para iniciar às 21h30 (horário de Brasília).