Com gol de Jules Koundé na prorrogação, os catalães conquistaram o segundo título da temporada
por
Guilbert Inácio
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29/04/2025 - 12h

O Barcelona venceu o Real Madrid por 3 a 2 no último sábado (26) e conquistou seu 32° título da Copa do Rei. A partida no Estádio de La Cartuja, em Sevilha, foi marcada pela pressão sobre a arbitragem e o poder de reação dos dois times.

A imagem mostra o elenco do Barcelona, em frente ao gol e a torcida comemorando com a taça, e réplicas menores, da Copa do Rei. Com o elenco, há bandeiras da Catulha.
Barcelona segue forte na busca da “quádrupla” coroa / Foto: German Parga/FC Barcelona

A final entre as equipes começou antes do apito inicial. Quando a comissão de arbitragem foi divulgada na quinta-feira (24), o Real publicou um vídeo em sua TV oficial criticando a escolha do árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea.

Na sexta-feira (25), o árbitro de campo e Pablo González Fuertes, responsável pelo VAR, participaram de uma coletiva de imprensa organizada pela Real Federação Espanhola de Futebol (RFFE), algo comum antes da final. Na entrevista, ambos foram perguntados sobre o vídeo dos merengues. Ricardo Bengoetxea se emocionou ao falar dos ataques que o filho recebe na escola devido às críticas ao pai. Já o árbitro do VAR falou dos perigos gerados pelos comunicados oficiais de clubes à comunidade de árbitros.

O Real não gostou das declarações e emitiu uma nota oficial solicitando a troca da arbitragem, pois, segundo eles, as entrevistas demonstram "clara e manifesta animosidade e hostilidade destes árbitros" contra o time de Madrid. Contudo, a RFFE manteve os juízes escalados.

O jogo

As equipes entraram em campo com mudanças na escalação. Pelo lado do Barcelona, Ferran Torres entrou no lugar de Lewandowski, lesionado, e no time de Madrid, Rodrygo ficou com a vaga de Mbappé, que começou no banco, pois não estava 100%. No início da primeira etapa, a equipe blaugrana manteve a posse de bola e pressionou o rival. 

Aos 18 minutos, Yamal cortou para dentro e finalizou, a bola passou triscando a trave à direita de Courtois. Dois minutos depois, Koundé subiu sozinho na área e cabeceou na meta adversária, mas o goleiro belga fez ótima defesa e mandou para escanteio. O Real se manteve recuado, sem conseguir avançar no campo.

Aos 27, Pedri lançou para Yamal na ponta direita. O camisa 19 entrou na área puxando toda a marcação para si, porém ele devolveu para Pedri que estava entrando sozinho na meia-lua. O camisa 8 bateu no ângulo, abrindo o placar. Aos 43, Asencio puxou Curbasí na área, mas a arbitragem não viu pênalti no lance.

Para o segundo tempo, o Real trocou Rodrygo por Mbappé, e o time inverteu o cenário da primeira etapa. Aos três minutos, Vinicius Jr. finalizou, Szczesny espalmou no pé do camisa 7 que chutou novamente, mas o goleiro mandou para escanteio. Aos dez minutos, Vini, dentro da área, driblou Curbasí e finalizou, porém Koundé cortou. Os merengues reclamaram de pênalti no lance, mas o árbitro seguiu o jogo.

Com a entrada de Modrić e Arda Güler, o Real Madrid dominou o rival. Aos 21, Mbappé deu uma caneta em Martínez e armou o chute, mas foi puxado por Frenkie de Jong. Os merengues foram para cima do árbitro pedindo a expulsão do camisa 21, mas o holandês só recebeu o amarelo.

A imagem mostra Vinicius Jr., Mbappé e Tchouaméni reclamando com o Juiz
Jogadores do Real reclamam com o árbitro durante a partida. Foto: Burak Akbulut/Anadolu via Getty Images

Mbappé bateu a falta no canto direito de Szczesny e empatou o jogo. Dez minutos depois, Tchouaméni subiu sozinho na área e cabeceou para a meta, virando o jogo para o time de Madrid.

A alegria durou sete minutos, quando Yamal recebeu no lado direito e lançou para Ferran. Cara a cara com o goleiro, ele driblou Courtois e empatou o jogo novamente. Nos acréscimos, Raphinha caiu na área e o árbitro marcou pênalti para o Barcelona, mas após revisão do VAR, a decisão foi anulada e o atacante brasileiro ainda recebeu cartão amarelo por simulação. Com o empate por 2 a 2 no tempo normal, as equipes foram para a prorrogação.

Mais 30 minutos de emoção

No tempo complementar, ambas as equipes demonstraram cansaço com muitos passes errados. Nos primeiros 15 minutos, apenas uma finalização para cada lado. Na segunda parte, Kounde interceptou o passe de Modrić e bateu de fora da área no canto direito do goleiro Courtois, colocando o Barça em vantagem.

A imagem mostra Jules Koundé comemorando o gol da vitória jundo com outros jogadores do Barcelona
Jules Koundé foi eleito o melhor jogador em campo / Foto: German Parga/FC Barcelona

Dois minutos depois, Mbappé caiu na área e o árbitro apontou pênalti, mas o bandeirinha já havia marcado posição irregular no início do lance. Nos minutos finais, o banco merengue se revoltou com falta marcada de Mbappé. Rüdiger, que arremessou um cubo de gelo em direção ao juiz, e Lucas Vázquez, que invadiu o campo, foram expulsos. Após o apito final, Bellinghan também foi expulso ao se dirigir à comissão de arbitragem para reclamar.

Com o placar de 3 a 2, o Barcelona se tornou, pela 32ª vez, campeão da Copa do Rei, competição em que é o maior ganhador. Já é o segundo título blaugrana na temporada e a terceira vitória em três jogos contra o rival no mesmo período.

O próximo confronto dos culés é na próxima quarta-feira (30), quando recebe a Inter de Milão, às 16h (horário de Brasília), pela ida das semifinais da Liga dos Campeões. Já o Real Madrid volta a campo no próximo domingo (04), quando recebe o Celta De Vigo, às 09h (horário de Brasília), pela 34ª rodada da La Liga, campeonato em que está quatro pontos atrás do Barça.

O Cabuloso amarga a última colocação do grupo após mais um jogo sem vencer
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29/04/2025 - 12h

Nesta quinta-feira (24), com uma falha do goleiro Cássio, o Cruzeiro perdeu por 2 a 1 para o Palestino, em partida válida pela terceira fase da Copa Sul-Americana. Com a derrota, a Raposa está quase fora do torneio. 

Cássio
O goleiro Cássio vem sendo contestado pelas falhas pelo cabuloso. (Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

A Raposa, com um recorde de 30 anos sem perder para uma equipe do Chile, protagonizou mais uma vergonha em sua história. O time sofreu uma dura derrota para o Palestino fora de casa e está praticamente fora da Copa Sul-Americana. O clube Celeste ocupa a última posição do grupo E, sem ter conquistado qualquer ponto.

O início para a Raposa foi catastrófico. A equipe Celeste dominou o jogo, criou oportunidades, mas falhou na hora de finalizar. A primeira chance surgiu com Lautaro. Gabigol recebeu na ponta esquerda e fez um passe para o meio da área, onde Lautaro Díaz chutou e o goleiro defendeu. Na sequência, o meio-campista, Rodriguinho, chutou e a defesa afastou.

O Cruzeiro pressionava o frágil Palestino, Rodriguinho teve uma nova oportunidade. Após um cruzamento de Lautaro, o goleiro defendeu e a bola sobrou para Rodriguinho, que acabou chutando para fora. O mesmo teve uma nova chance, quando recebeu um passe livre de frente para o goleiro, mas acabou sendo desarmado pelo goleiro do Palestino. 

Os donos da casa tiveram apenas uma chance, após um escanteio cobrado pela Raposa, a defesa afastou a bola da área. No entanto, sobrou para o meio-campista Benítez que chutou, desviou e não deu chances para o goleiro Cássio. Palestino 1 x 0.

Na segunda etapa, o Cruzeiro não conseguiu se sobressair como fez na primeira, fazendo com que o Palestino ganhasse confiança no jogo. A primeira chance pertenceu ao time chileno, quando o atacante Marabel teve a oportunidade de frente para Cássio, mas acabou chutando para fora.

Ao ver a chegada do Palestino, o técnico do Cruzeiro realizou quatro mudanças simultâneas. Saíram os atacantes Dudu e Lautaro, juntamente com o meio-campista Rodriguinho e o lateral esquerdo Kaiki. Os atacantes Marquinhos, Kaique Kenji, Kaio Jorge e Wanderson foram introduzidos. Apesar das alterações, a equipe não foi capaz de criar chances, sendo a mais clara com Gabigol, que chutou e o goleiro fez uma boa defesa. 

A Raposa foi se adaptando ao jogo e, em um contra-ataque, Marquinhos recebeu no meio e partiu em disparada. Ele encontrou Wanderson que fez o lançamento e Eduardo, de cabeça, igualou o placar para a equipe.

Depois de marcar o gol, o Palestino partiu para o ataque e em uma saída imprudente de Cássio, a equipe quase empatou. No escanteio subsequente, o atacante Arias desviou de cabeça e Cássio acabou aceitando, recolocando o Palestino na liderança do placar. Final, Palestino 2 x 1 Cruzeiro.

A Raposa agora enfrenta o Muschuc Runa, fora de casa, na próxima quarta-feira (07), para tentar uma sobrevida e se classificar na Sul-americana.

 

Gabrielle Botário e Letícia Pinho compartilham desafios e conquistas no jornalismo esportivo
por
Laila Santos
Tamara Ferreira
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29/04/2025 - 12h

No futebol, cada voz feminina que ecoa é uma conquista. No episódio “Vozes em Campo”, trouxemos a história e a visão da repórter Gabrielle Botário e da narradora Letícia Pinho, que compartilharam como lidam com as críticas machistas e as comparações no jornalismo esportivo. Com resistência e determinação, elas mostram que ocupar espaços é também transformar o jogo.

Treinador já dirigiu o primeiro treino no clube nesta segunda
por
Khauan Wood
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28/04/2025 - 12h

O Corinthians oficializou na tarde desta segunda-feira (28) a contratação de Dorival Júnior para o cargo de treinador do time profissional.

Dorival chega ao clube com contrato válido até o mês de dezembro de 2026. Junto dele, foram contratados os auxiliares Lucas Silvestre, filho de Dorival, e Pedro Sotero, além do preparador físico Celso Rezende, para fazerem parte da nova equipe técnica do alvinegro.

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Essa é a primeira passagem do treinador, que completou 63 anos na última sexta-feira (25), no Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Sport Club Corinthians Paulista

Ele foi o último comandante da Seleção Brasileira, cargo que ocupava desde 2024, até ser demitido em março deste ano. Além disso, acumula passagens por equipes como: Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Santos, entre outras.

Na sua estante de títulos, Dorival acumula três Copas do Brasil, uma Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, sete títulos estaduais, além de ter sido campeão da Série B do Campeonato Brasileiro por uma vez.

Em relato publicado nas redes sociais do clube, o técnico exaltou a torcida, que nomeou como “marca registrada” da equipe e que espera ter bons resultados ao fim dessa temporada.

Dorival chega ao Corinthians após a demissão do argentino Ramón Díaz e sua comissão técnica, no último dia 17 de abril. Díaz havia sido responsável por tirar a equipe da zona de rebaixamento na temporada passada e classificá-la para a disputa da Pré-Libertadores, além da conquista do título do Campeonato Paulista de 2025, depois de um jejum de seis anos.

A equipe de Ramón teve 30 vitórias, 16 empates e 12 derrotas, em 58 jogos. Além disso, teve um saldo de gols positivo, com 91 marcados e 60 sofridos.

Agora, Dorival tem a missão de melhorar a posição do time no Campeonato Brasileiro, que atualmente está na 12ª colocação. Além disso, ele comandará a equipe nas disputas da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil.

Antes do anúncio, o Corinthians havia informado em um comunicado oficial que estava em negociação com Tite, técnico campeão do Mundial de Clubes da FIFA em 2012, pela equipe. As tratativas, porém, se encerraram na última terça-feira (22), após o treinador dar uma pausa momentânea em sua carreira para cuidar de sua saúde física e mental.

Dentro de casa, o Leão foi derrotado pelos uruguaios e vira lanterna do grupo B
por
Felipe Oliveira
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28/04/2025 - 12h

Na última quarta-feira (23), o Vitória decepcionou sua torcida dentro de casa ao perder por 1 a 0 contra o time uruguaio, Cerro Largo, pela Copa Sul-Americana. Com a derrota, a equipe rubro-negra segue sem vencer na competição e liga um alerta ao ocupar a última posição do grupo, com apenas dois pontos. Com cerca de 13 mil torcedores presentes no Barradão, o Leão saiu vaiado após o péssimo resultado e por mais uma partida com muitos erros no ataque e defesa. 

Meia-atacante do Vitória, Matheuzinho, conduzindo a bola contra o Cerro Largo  Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
Meia-atacante do Vitória, Matheuzinho, conduzindo a bola entre os atletas do Cerro Largo - Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

No primeiro tempo de jogo, as duas equipes se mantiveram equilibradas até os 22 minutos. A grande primeira grande oportunidade surgiu nos pés de Matheuzinho, que finalizou colocado de fora da área e obrigou o goleiro Santilli a fazer a primeira defesa. Na reta final da primeira etapa, o Vitória tomou conta das ações ofensivas e chegou com perigo três vezes. Aos 37 minutos, o meia Baralhas carimbou o travessão em um chute forte de fora da área. Logo após, o meia Ronald e o zagueiro Edu, respectivamente, desperdiçaram duas oportunidades na grande área com finalizações para fora.

No segundo tempo, o jogo pegou fogo. Com pressão do Cerro no início da segunda etapa, logo aos 7 minutos, Añasco aproveitou cruzamento e finalizou de primeira, no canto direito de Lucas Arcanjo que caiu e fez boa defesa. O Vitória melhorou e partiu para o ataque com tudo, criando boas chances na sequência. 

Primeiro com uma boa jogada pela direita, Cáceres cruza para área, Matheuzinho escora de cabeça e Erik isola a bola com um voleio. Aos 24 minutos, a equipe rubro-negra desperdiçou chances claras de gol. Primeiro com Lucas Braga, que finalizou colocada e por pouco não viu o Leão na frente do placar; depois veio a melhor chance do time da casa, com belo passe de Matheuzinho,deixando Janderson cara a cara com Santilli, o atacante driblou o goleiro e finalizou travado para fora. O castigo veio alguns minutos depois quando Añasco cruzou perfeitamente na cabeça de Peraza, que não desperdiçou e fez o Cerro 1 a 0. Após o gol, o Vitória seguiu para o ataque e teve um pênalti em Léo Pereira no final da partida anulado pelo VAR, por causa de uma falta anterior de Lucas Braga.

Com a derrota, a equipe rubro-negra segue com dois pontos e vira lanterna do Grupo B. Já o Cerro Largo, que nunca havia vencido em uma competição internacional, foi a quatro pontos e sobe para a segunda posição. O próximo confronto do Vitória na Sul-Americana será contra o Defensa y Justicia, no Barradão, na terça-feira , 6 de maio, às 19 horas (horário de Brasília).

Entenda mais sobre uma das estreantes da Copa do Mundo Feminina 2023
por
Rafael Rizzo
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03/07/2023 - 12h
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Seleção irlandesa na comemoração após a classificação para a Copa. Foto: Reprodução/ OneFootball

A Copa do Mundo Feminina 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, é o mais novo palco das futebolistas irlandesas. Não só é o primeiro mundial que elas disputam, como também é a primeira grande competição internacional na qual elas estão presentes. O elenco comandado pela técnica Vera Pauw, que conta com a estrela Denise O’Sullivan, espera não ir apenas a passeio: quer botar a prova a sua solidez defensiva e representar a sua força cultural na Oceania.

 

O PAÍS

A Irlanda é uma terra marcada pela rica cultura e desenvolvimento social. Possui um estilo musical tradicional, que envolve violinos, flautas e harpas em suas melodias. Muitos nativos têm o costume de se reunir em “pubs” (típicos bares do Reino Unido) nos finais de semana, para beberem umas cervejas. Além disso, a dança é uma arte muito praticada pelos irlandeses. O estilo “Riverdance”, com passadas rápidas e precisas, é reconhecido no mundo inteiro e integra a identidade cultural do país.

A literatura irlandesa também é reconhecida internacionalmente. Escritores como William Butler, Oscar Wilde e James Joyce viveram nos arredores da capital Dublin. Locais literários icônicos compõem a cidade, como a Biblioteca Chester Beatty e a Trinity College Library. A cultura da Irlanda está enraizada em lendas e na mitologia celta. Histórias antigas de heróis, deuses e seres míticos, como Leprechauns (duendes, em tradução), são passadas de geração em geração.

A Irlanda também é famosa por seus festivais que celebram uma variedade de eventos, como literatura, teatro e cultura celta. O “Saint Patrick's Day”, em 17 de março, é o festival originário da Irlanda mais conhecido e celebrado ao redor do mundo.

Em 2020, o IDH (Índice de desenvolvimento humano) da Irlanda chegou à marca de 0.955/1 e ficou entre os maiores índices do mundo no ranking. Isso só reflete o tamanho da influência cultural que o país perpetua nas ruas, bares, bibliotecas e ao redor das cidades. A renda média anual dos irlandeses é de 76.110 dólares (377 mil reais aproximadamente) e faz com que ocupem a 3º posição entre os países com maior poder de compra no planeta.

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Falésias de Moher, Irlanda. Foto: Reprodução/ Conexão Europa.

A SELEÇÃO

Em contraste com a forte cultura nativa, a seleção feminina irlandesa ainda busca um reconhecimento e um fortalecimento técnico do esporte no país. Muito por conta do futebol inglês (Premier League e as demais ligas inglesas) no qual está inserido, o país busca uma maior expressividade no âmbito internacional. Apesar de nunca ter conseguido se classificar para a Eurocopa, muito menos alcançado uma Copa do Mundo, as irlandesas apresentaram uma evolução significativa na última década. Das oito seleções estreantes deste mundial, apenas Portugal está a frente delas no Ranking FIFA das melhores seleções femininas do mundo.

 

A prancheta da Vera

 

Apesar da ascensão da equipe, o estilo de jogo adotado pela treinadora Vera Pauw é polêmico e controverso. O esquema tático 5-4-1 é questionado por ser monótono e extremamente defensivo. Muitas das vezes, os jogos são decididos por uma bola parada, após 90 minutos de “retranca” total. É o famoso “bola para o mato que o jogo é de campeonato!”.

A treinadora, em entrevistas coletivas, disse “não é que gosto de retrancas, mas eu gosto de ganhar. Jogar recuado é o que o time precisa para fazer boas exibições e vencer. Jogo com cinco defensoras porque, apesar de termos atletas fantásticas nesse setor, elas não são as mais rápidas. Se jogarmos aberto, podemos levar um 5 a 0”.

Em defesa da treinadora, esse estilo tem funcionado para a Irlanda. Após empatar fora de casa contra a Suécia nas eliminatórias para a Copa, o time surpreendeu no playoff final da UEFA e garantiu a classificação para o primeiro mundial, após vencer a seleção da Escócia por 1 a 0. Esses placares apertados e econômicos foram muito comuns na campanha de Vera Pauw. Se as redes balançaram, é muito provável que seja em lances de bola parada, como nos três gols na incomum vitória contra a Austrália, no amistoso pré-copa.

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Treinadora Vera Pauw. Foto: Reprodução/ Facebook FAIreland.

 

Trevos de quatro folhas

 

As principais “melodias” do elenco de Pauw são as meio-campistas Denise O’Sullivan (10) e Katie McCabe. Pela seleção, Denise contribuiu com 19 gols e Katie com 18, e lideram a artilharia, mesmo que a função das jogadores não é balançar as redes. Ambas ditam o ritmo do meio campo da seleção e Denise é o principal motorzinho da equipe.

A camisa 10 é uma das responsáveis pela classificação da seleção para a Copa. No jogo contra a Escócia, de 1 a 0, a desportiva foi a responsável pela assistência do gol que ficou marcado nos corações dos torcedores e torcedoras irlandeses. A jogadora ocupa o patamar das principais atletas do Campeonato Norte-Americano há alguns anos. “Não há nenhuma outra jogadora no mundo neste momento que consiga tanto armar as jogadas como também ser o motor do time, roubando bolas na defesa. Ela tem todas as qualidades.” disse Pauw a respeito da craque.

A elegância e protagonismo de O’Sullivan, combinados com as qualidades de sua companheira de meio campo McCabe, serão cruciais para o futuro da Irlanda na Copa do Mundo. Se a dupla estiver encaixada, as estreantes poderão aprontar algumas surpresas nesse mundial.

Além das atletas já consolidadas, Vera Pauw apostou na jovem promessa Abbie Larkin, com seu vasto talento. A ex-capitã da seleção sub-17 foi chamada para o time principal e estreou com apenas 16 anos. Não demorou muito e a centroavante, jogos depois, balançou as redes pela primeira vez. A jogadora, hoje com 17 anos, é pouco provável que seja titular. Porém, se pintar uma oportunidade, Abbie poderá ser a arma secreta da seleção irlandesa.

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Denise O’Sullivan com a camisa 10 da Irlanda. Foto: Reprodução/ Instagram Deniseosullivan10.

NA COPA

As irlandesas tiveram azar no sorteio da fase de grupos e caíram em uma cova de leões. As atletas terão que correr dobrado para se classificar em um grupo que inclui uma das anfitriãs (Austrália), a atual campeã olímpica (Canadá) e a seleção mais bem sucedida e vitoriosa da África (Nigéria). De longe, a Irlanda não é favorita para se classificar. Apesar disso, Vera Pauw montou um elenco, na medida do possível, capaz de dar trabalho para as adversárias balançarem as redes. Um 0 a 0 ou um 1 a 0 podem fazer total diferença para o rumo do grupo.

A solidez defensiva pode ser a pedra no sapato das grandes seleções do grupo. Logo de cara, a Irlanda enfrentará a Austrália, no dia 20 de julho, às 20h no horário local, e colocará em xeque a vantagem das adversárias de jogar em casa. Em seguida, enfrentarão a poderosa seleção do Canadá, no mesmo horário, sete dias depois.

O último jogo da fase de grupos será contra a Nigéria, no dia 31 de julho, às 20h no horário local. Esse confronto será um teste real do poder da defesa irlandesa. A forte ofensividade da seleção africana, com seu quadrado mágico e arsenal criativo, baterá de frente com a retranca de Vera Pauw e poderá decidir a miraculosa classificação da equipe.

 

Apesar de não serem as favoritas, a seleção feminina do Canadá, com sua história de sucesso recente e liderança sólida, está pronta para surpreender e competir entre as melhores equipes do mundo
por
Sophia G. Dolores
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29/06/2023 - 12h

Localizado na América do Norte, o Canadá é um país vasto e deslumbrante, conhecido por suas paisagens de tirar o fôlego. Com montanhas majestosas, lagos cristalinos e parques nacionais impressionantes, como as icônicas Montanhas Rochosas e as famosas Cataratas do Niágara, o país encanta os visitantes com sua natureza exuberante.

Além de suas belezas naturais, o Canadá oferece uma qualidade de vida excepcional. Com um sistema de saúde público de excelência, educação de alta qualidade, baixos índices de criminalidade e um forte compromisso com a sustentabilidade ambiental, o país constantemente é classificado como um dos melhores lugares para se viver.

Um aspecto marcante do Canadá é a sua diversidade cultural. Com cidades cosmopolitas como Vancouver, Toronto, Montreal e Calgary, o país recebe pessoas de diferentes origens étnicas e culturais. O multiculturalismo é uma política valorizada, promovendo a inclusão e o respeito às diferenças, refletindo-se nas celebrações de festivais culturais realizados em todo o país.

Os canadenses também são apaixonados por esportes, sendo o hóquei no gelo considerado o esporte nacional. Além disso, o Canadá oferece uma ampla gama de atividades ao ar livre para os entusiastas da natureza, como esqui, snowboarding, caminhadas e canoagem. A riqueza de recursos naturais, como petróleo, gás natural, minerais e madeira, também desempenha um papel importante na economia do país.

Nos últimos anos, o futebol feminino no Canadá também tem experimentado um crescimento exponencial, impulsionando a visibilidade e o reconhecimento do esporte no país. A seleção feminina canadense, sob a gestão da Associação Canadense de Futebol, ostenta uma história repleta de conquistas, jogadoras que esbanjam talento e uma mentalidade preparada para trazer o ouro - e dessa vez não é o olímpico. 

Uma história antiga de conquistas recentes

A seleção canadense possui uma longa história de participação em competições esportivas, abrangendo uma variedade de conquistas em sua bagagem. Desde os Jogos Olímpicos até campeonatos mundiais e torneios continentais, o país tem acumulado conquistas notáveis ao longo dos anos. 

Diferentemente das poucas oportunidades que a seleção masculina teve em edições de Copa do Mundo, a seleção feminina participou de todas, com exceção da estreia em 1991, com apenas 12 seleções disputando o campeonato. Além do quarto lugar em 2003, elas também alcançaram as quartas de final em duas ocasiões: em 1995, na Suécia, e em 2015, no próprio Canadá, provando que suas participações mostram a consistência da equipe e seu potencial de competir com as melhores seleções do mundo.

Mas foi nos Jogos Olímpicos que o Canadá tem estado em ascensão: o país conquistou sua primeira medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, novamente demonstrando sua força e competência em competições internacionais de grande visibilidade. E foi após a histórica conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020, que a seleção feminina do Canadá está sendo cada vez mais motivada e determinada para a Copa do Mundo de 2023. O feito inédito de garantir o ouro olímpico impulsionou o futebol feminino no país e solidificou a reputação da equipe como uma potência internacional.

Última conquista da equipe nas Olimpíadas de Tokyo(Foto: Loic Venance/ AFP)
Última conquista da equipe nas Olimpíadas de Tokyo(Foto: Loic Venance/ AFP)

Com a confiança renovada, as jogadoras canadenses estão prontas para enfrentar os desafios da Copa do Mundo e buscar um desempenho excepcional. A conquista do ouro olímpico serviu como um marco histórico e um momento de união para a equipe, que está ansiosa para continuar a escrever sua história de sucesso.

Bev Priestman: A liderança por trás da conquista

Priestman é uma figura essencial por trás do sucesso recente da seleção canadense feminina de futebol. Ela assumiu o cargo de treinadora da equipe em novembro de 2020, trazendo consigo uma vasta experiência e conhecimento tático adquiridos ao longo de sua carreira. Sua liderança tem sido fundamental para a evolução e os resultados positivos da equipe.

Uma das características marcantes da treinadora inglesa é sua abordagem equilibrada do jogo: ela reconhece a importância de uma organização defensiva sólida, garantindo que a equipe seja capaz de se proteger efetivamente contra os ataques adversários. Ao mesmo tempo, ela incentiva transições rápidas e eficientes, buscando aproveitar as oportunidades de contra-ataque e criar jogadas ofensivas perigosas. Essa abordagem moderada tem se mostrado eficaz, permitindo que a seleção canadense tenha um desempenho efetivo tanto na defesa quanto no ataque.

É indiscutível a atuação de Bev Priestman: a inglesa levou um time fora de forma do Canadá, que todos consideravam ter superado na conquista do bronze olímpico em 2012 e 2016, para o primeiro ouro da história da seleção. A treinadora que teve menos de dez meses de comando e mesmo assim, levantou a conquista histórica do Canadá nas olimpíadas diz que agora o desafio é outro, mas não poderia estar mais ansiosa para mudar a cor da medalha da Copa do Mundo. “Eu tinha um grupo de jogadoras que, na minha cabeça, tinha ficado um pouco confortável com essa vitória. Se eu não tivesse aparecendo para trabalhar todos os dias tentando ganhar uma medalha de ouro, o que eu ia fazer? Eu sabia que ia ser um desafio difícil, mas eu sempre soube, que se você colocar um desafio na frente desse grupo, elas vão aceitar”, conta em entrevista para a FIFA.

Bev enfrentará alguns desafios significativos para a Copa do Mundo de 2023, especialmente considerando a ausência de jogadoras-chave, como Janine Beckie. A ausência de uma jogadora talentosa e experiente como Beckie certamente representará uma lacuna a ser preenchida na equipe. No entanto, Priestman está preparada para lidar com esse obstáculo, pois é conhecida por sua capacidade de adaptar a estratégia e fazer ajustes táticos para maximizar o potencial das jogadoras disponíveis. A inglesa buscará identificar talentos emergentes e promissores para integrar a seleção, proporcionando oportunidades para novas jogadoras brilharem e contribuírem para o sucesso da equipe na Copa do Mundo de 2023.

: Bev Priestman se prepara para mudar a cor da medalha (Foto: Reprodução/ FIFA)
Bev Priestman se prepara para mudar a cor da medalha (Foto: Reprodução/ FIFA)

As protagonistas em campo

A seleção feminina contará com a presença de algumas das principais jogadoras do cenário internacional para a Copa do Mundo de 2023. Entre elas, destaca-se Christine Sinclair, a lendária atacante e maior artilheira da história do futebol internacional. Sua liderança e experiência serão fundamentais para o desempenho da equipe, proporcionando inspiração e confiança às suas companheiras de time.

Na defensiva, Ashley Lawrence é uma lateral de grande habilidade e velocidade, capaz de superar seus oponentes com facilidade. Além de sua contribuição na linha defensiva, Lawrence também se destaca pelo seu poder ofensivo, com cruzamentos precisos e jogadas de perigo para o time adversário.

Apesar de algumas ausências notáveis, como a de Janine Beckie, que está fora desta edição da Copa do Mundo por uma lesão, a seleção canadense permanece competitiva e determinada, isso porque tem em seu elenco peças fundamentais para completar esse esquema tático desafiador para Bev. É o caso da zagueira Kadeisha Buchanan, com uma liderança defensiva incansável, conhecida por sua força física e capacidade de antecipação, sendo um pilar indispensável no sistema defensivo do time.

Vale o destaque também para Julia Grosso, uma das mais jovens meio-campistas e que chega com um grande potencial para ser a chave que completa a equipe. Sua habilidade técnica, passes precisos e inteligentíssimas assistências contribuem para o equilíbrio e a criatividade do meio de campo canadense.

Com um elenco formado por talentosas jogadoras, a seleção feminina canadense está pronta para enfrentar os desafios da Copa do Mundo de 2023. A combinação de experiência, juventude e qualidade técnica promete levar a equipe a grandes feitos e a impressionar os fãs do futebol ao redor do mundo.

Embora não seja considerada uma das favoritas absolutas para vencer a Copa do Mundo, a seleção canadense está entre os times a serem observados de perto. Sua história de sucesso recente, aliada ao talento individual de suas jogadoras e à liderança de Bev Priestman, elevam suas chances de causar surpresas e competir de igual para igual com as equipes mais renomadas do mundo.

No entanto, o futebol é imprevisível, e a competição será acirrada. A seleção canadense terá de enfrentar desafios e superar obstáculos ao longo do caminho, principalmente em seu grupo. Mas com uma combinação de habilidades, determinação e o apoio apaixonado de seus torcedores, a equipe tem o potencial de escrever um capítulo memorável na história do futebol feminino canadense, e quem sabe encerrar a trajetória de Sinclair com o ouro, até então inalcançável . A Copa do Mundo de 2023 será, com certeza, uma oportunidade para elas mostrarem sua qualidade e competirem com os melhores, deixando sua marca no torneio.

 

Seleção das Matildas é cotada como uma das favoritas para a Copa do Mundo 2023
por
Isabela Koch
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28/06/2023 - 12h

A Austrália, localizada no hemisfério sul, é um país fascinante que cativa os visitantes com suas vastas paisagens naturais, rica diversidade cultural e estilo de vida descontraído. Com uma história que remonta a milhares de anos, a Austrália é o lar dos aborígenes australianos, bem como de uma sociedade multicultural moderna.

Na costa leste, cidades como Sydney e Melbourne exibem uma harmoniosa combinação de praias paradisíacas e arranha-céus modernos. A Grande Barreira de Coral, considerada uma das maravilhas naturais do mundo, é um destaque na região de Queensland, oferecendo um espetáculo subaquático impressionante.

A Austrália é famosa pela sua vida selvagem única e diversa. Desde cangurus e coalas até o enigmático ornitorrinco e os coloridos papagaios, a fauna australiana é repleta de espécies endêmicas. Um dos símbolos mais icônicos é o canguru, que pode ser avistado em várias partes do país. A Grande Barreira de Coral também abriga uma rica variedade de vida marinha, incluindo tartarugas marinhas, peixes coloridos e corais impressionantes.

O país possui um sistema de saúde público de qualidade, conhecido como Medicare, que oferece cuidados médicos acessíveis para os cidadãos. O sistema educacional é bem desenvolvido, com universidades reconhecidas internacionalmente.

Uma nação multicultural, com uma população diversificada composta por pessoas de origens étnicas e culturais diferentes. Isso contribui para uma rica tapeçaria cultural, com influências de todo o mundo na culinária, nas artes, na música e na moda. A diversidade é valorizada e celebrada como um aspecto fundamental da identidade australiana.

No grupo B, as meninas prometem muito jogo e muita raça, estreando contra a Irlanda no dia 20/07, depois enfrentando a Nigéria no dia 27/07, e para finalizar os jogos do grupo, joga com o Canadá no Melbourne Rectangular Stadium no dia 31/07.

 

 

Histórico das Matildas

O futebol feminino na Austrália tem ganhado força ao longo dos anos. As jogadoras australianas têm demonstrado excelência técnica, mentalidade competitiva e uma paixão inigualável pelo esporte. O crescimento do futebol feminino também foi impulsionado por um aumento no investimento, profissionalização e visibilidade do esporte em nível nacional.

A seleção da Austrália de futebol feminino tem um histórico impressionante de conquistas. Em 2011, a equipe alcançou o segundo lugar da Copa da Ásia, em um jogo disputadíssimo, no qual o Japão levou a melhor somente na prorrogação, já na Copa da Ásia de 2015 a seleção feminina marcou território, já que jogaram em casa, e ganharam a final contra a Coréia do Sul. Apesar de nunca ter chegado a uma quarta de final da Copa do Mundo Feminina.

Além disso, a seleção australiana também teve um desempenho notável nos Jogos Olímpicos. Em 2020, nos Jogos de Tóquio, a equipe chegou às quartas de final e perdeu a medalha de bronze para a seleção feminina dos Estados Unidos.

Em abril de 2023 a plataforma de streaming Disney+ anunciou a série "Matildas: A Caminho do Mundial ". A série, que é composta por episódios em formato de documentário, conta a vida por trás das câmeras  da Seleção australiana de futebol feminino, e mostra ao mundo o crescimento do esporte feminino. 

A série que estreou dia 26 de abril relata as histórias das estrelas da seleção, revelando o que precisam fazer para chegar aonde estão, todos os sacrifícios, episódios de machismo, dificuldades que tiveram, além das pessoas que tiveram que deixar para trás para representar o país e as mulheres do mundo todo. E claro o maior desafio de todos, “Como conquistar a Copa do Mundo Feminina da FIFA de 2023, dentro de casa. 

 

 

Camisa 20

A seleção australiana montou um time muito forte para este ano. Estrela da Champions League e capitã da seleção da Austrália, a atacante do Chelsea Sam Kerr é um dos principais nomes do time, e em 2023 terá a honra de defender o seu país jogando uma Copa do Mundo em casa.

Em 2019 a camisa 20 da seleção feminina foi parar na Inglaterra, para defender o Chelsea, e em pouco tempo se tornou a famosa “máquina”. Na temporada de 2020/21, Kerr fez o possível e o impossível cravando 36 bolas na rede em 47 partidas,  e logo quebrando o seu próprio recorde marcando 41 gols em 43 partidas.

O talento e dedicação dessa mulher fez com que a australiana se tornasse a primeira mulher a posar para a capa de um jogo da FIFA. Modelando ao lado do jogador do Paris Saint-Germain, Kylian Mbappe, a diva do Chelsea aparece como estrela na embalagem de FIFA 23, última edição do jogo de futebol.

 

 

Estádios

Os jogos que ocorrerão na Austrália foram distribuídos em 6 estádios, o primeiro deles, no qual a seleção australiana fará sua estreia na Copa, é o:

 

Accor Stadium

Anteriormente conhecido como Telstra Stadium, é um estádio multiuso localizado em Sydney. Possui capacidade para 82,5 mil torcedores na configuração oval, para jogos de críquete e futebol australiano também conhecido como Aussie Rules, esse curioso esporte que foi criado em Melbourne no século 19, e 83,5 mil torcedores na configuração retangular para jogos de rugby e futebol.

Accor Stadium. Imagem: Divulgação/Austadium
Accor Stadium, em Sydney, Austrália. Imagem: Divulgação Austadiums

 

Suncorp Stadium

O Suncorp Stadium fornece a Brisbane e ao sudeste de Queensland uma capacidade de mais de 52,5 mil lugares. De última geração e de classe mundial, a locação é capaz de acomodar uma variedade de usos. Anteriormente, o terreno abrigava um cemitério e apenas em 1910 foram retirados os restos mortais para a criação de um parque. Em 1994, o Suncorp Stadium ganhou vida.

Suncorp Stadium
Suncorp Stadium, em Queensland, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

Melbourne Rectangular Stadium

Conhecido como AAMI Park por motivos de patrocínio, é um estádio esportivo ao ar livre no local do Edwin Flack Field, no Sports and Entertainment Precinct, no distrito comercial central de Melbourne. Quando concluído, em 2010, foi o primeiro grande estádio retangular construído em Melbourne.

Melbourne Rectangular Stadium
Melbourne Rectangular Stadium, em Melbourne, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

HBF Stadium

O Perth Superdrome, conhecido como HBF Stadium sob um acordo comercial, é um complexo esportivo em Perth, Austrália Ocidental. É a sede do Instituto de Esportes da Austrália Ocidental (WAIS) e possui capacidade máxima de 20,5 mil pessoas.

HBF stadium
HBF Stadium, em Perth, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

Hindmarsh Stadium

Localizado em Adelaide, Austrália Meridional, o estádio é a casa do Adelaide United. Foi fundado em 1960 e reformado em 2000. Tem capacidade para 16,5 mil pessoas.  

Hindmarsh stadium
Hindmarsh Stadium, em Adelaide, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

Sydney Football Stadium

Conhecido comercialmente como Allianz Stadium, é um estádio de futebol em Moore Park que tem capacidade para abrigar 45,5 mil pessoas e recebeu a final do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de 2000.

Allianz Stadium
Allianz Stadium, em Sydney, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

 

Como funciona a Austrália

O técnico da seleção feminina, Tony Gustavsson, que esta no comando da seleção à quase 4 anos, e tem contrato firmado até o ano que vem. Gustavsson foi auxiliar técnico de Jill Ellis, treinadora dos EUA nas duas campanhas vencedoras da Copa do Mundo Feminina. Atualmente é treinador do Hammarby, da Suécia, e iniciará sua função nas Matildas em 1º de janeiro de 2021. O profissional também já trabalhou com Pia Sundhage, atualmente técnica da seleção brasileira, no ouro olímpico das americanas em 2012.

Em 2020 no ínicio da sua carreira com as Matildas, Tony foi questionado se acreditava que a seleção ganharia a Copa do Mundo Feminina de 2023 e respondeu "Eu não estaria aqui se não achasse que isso seria possível".

A seleção de Gustavsson joga num 4-4-2 sem bola com duas linhas de 4 bem definidas, dando liberdade para Sam Kerr e Mary Fowler não ter tantas obrigações defensivas. Outra variação bastante usava por Tony, é o 4-2-3-1, focando em povoar o meio campo e colocando Sam Kerr e Hayley Raso como centroavantes.

 

 

Com a craque Asisat Oshoala, a seleção nigeriana não se intimida com as difíceis adversárias do Grupo B
por
Beatriz Barboza
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28/06/2023 - 12h

A Nigéria, com cerca de 225 milhões de habitantes, é o país mais populoso do continente africano. Segundo previsões da ONU, a nação nigeriana pode alcançar a marca de 400 milhões de habitantes até 2050 e superar os Estados Unidos. Além disso, o país é a maior potência econômica da África atualmente, sua economia concentra-se na exploração de petróleo, que compreende 80% de suas exportações.  

Com sua população predominantemente jovem, a Nigéria tem se dedicado à produção cultural. O país possui a terceira maior indústria cinematográfica do mundo, conhecida como Nollywood. O cinema nigeriano cultiva a autenticidade das narrativas africanas, são cerca de 2500 filmes gravados anualmente em cenários cotidianos, com elenco nacional e enredos que perpassam a realidade dos diferentes povos do continente. “Lionheart” (2018), “Your Excellency” (2019) e “Por Uma Vida Melhor” (2020) são exemplos de produções de Nollywood disponíveis na Netflix.  

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Sharon Ooja, Omoni Oboli, Beverly Osu, Kemi Lala Akindoju são algumas das atrizes nigerianas que estrelam Òlòtūré - Por Uma Vida Melhor (Imagem: Divulgação/Netflix)  

O país é um verdadeiro mosaico cultural, são cerca de 250 grupos étnicos e mais de 500 línguas faladas. Sua pluralidade é justamente o que ilustra todos os anos a maior festa de rua do continente: o Carnaval de Calabar. O festival acontece em dezembro e reúne turistas de todo o mundo e nigerianos de todo o país. Os blocos de foliões tomam as ruas da cidade de Calabar com músicas e danças tradicionais, e as atenções se voltam à atração principal: a Batalha das Bandas, um espetáculo semelhante ao desfile das escolas de samba do Brasil.   

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Desfile das Bandas no Carnaval de Calabar, na Nigéria, em 2023. A maior festa de rua no continente africano. (Imagem: Niyi Fagbemi) 

Melhor seleção feminina da Confederação Africana de Futebol 

Segundo o ranking da FIFA, a seleção nigeriana de futebol feminino é a melhor da Confederação Africana. Trata-se do país mais titulado do continente. Seus títulos são, em sua maioria, da Copa das Nações Africanas: de 14 edições, 11 foram conquistadas pela seleção alviverde. Em sua última edição, em 2022, a Nigéria se classificou em 4° lugar para o Mundial, juntamente com a África do Sul, Marrocos e Zâmbia.  

A performance das “Super Falcons”, como são conhecidas, foi prejudicada pela ausência de sua principal jogadora: Asisat Oshoala, atacante que permaneceu afastada dos campos devido uma contusão muscular. O título foi então conquistado pela África do Sul, que derrotou a equipe do Marrocos na decisão por 2 a 1. O terceiro lugar foi ocupado pela Zâmbia que, por um único gol, venceu as nigerianas.  

A Nigéria participou de todas as edições da Copa do Mundo. Sua melhor performance foi em 1999, nos Estados Unidos, quando alcançou a 7° colocação no ranking final do campeonato. Naquela ocasião, a seleção chegou às quartas de final e foi eliminada pelo Brasil em um jogo que terminou em 4 a 3 para as brasileiras. Na última edição, em 2019, foi eliminada nas oitavas de final pela Alemanha, por 3 a 0. 

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Seleção nigeriana de futebol feminino, as “Super Falcões”, na Copa do Mundo de 2019, na França. (Imagem: Getty Images)  

Prancheta de Randy Waldrum 

O técnico americano Randy Waldrum, anteriormente treinador de times universitários nos Estados Unidos, assumiu a equipe nigeriana em 2020. Sua formação preferida é o 4-2-3-1, com constante rotatividade das 4 jogadoras ofensivas, tanto em nome, quanto em função. Waldrum é conhecido pela rápida substituição das atletas em campo quando os resultados não correspondem ao esperado. As mudanças acontecem no intervalo ou no início do segundo tempo.  

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O técnico da seleção feminina da Nigéria, Randy Waldrum, no jogo contra Estados Unidos durante o Amistoso Internacional em 2022. (Imagem: Brad Smith/ISI Photos/Getty Images)  

Na formação do trio ofensivo, a experiente jogadora Francisca Ordega, que joga no Mundial pela terceira vez, é peça fundamental no ataque da Nigéria. Sua performance como atacante lhe rendeu repetidas indicações ao prêmio de melhor jogadora africana. Ao seu lado, Rasheedat Ajibade, atacante do Atlético de Madrid e Uchenna Kanu, que atua no time estadunidense Racing Louisville, apoiam Asisat Oshoala, principal ameaça ofensiva da equipe, na zona central.

Olho nelas! 

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Ajibade e Kanu, jogadoras nigerianas, durante a Copa das Nações Africanas em 2022. (Imagem: Brila Media) 

Rasheedat Ajibade foi o grande destaque ofensivo da Nigéria no Mundial Sub-20 de 2018. Desde 2020, joga pelo Atlético de Madrid, time campeão da Copa da Rainha de 2023, na qual Ajibade foi responsável por uma das assistências na final. Embora ainda não tenha feito parte do time titular de sua seleção, a jogadora merece atenção pela excelente atuação na liga europeia e pela velocidade que garante ao ataque nigeriano.  

Uchenna Kanu se prepara para sua segunda Copa do Mundo Feminina. A FIFA pede atenção para a atuação da jogadora e a define como uma boa atacante, visto sua notória performance na derrota por 2 a 1 para os Estados Unidos no ano passado. Kanu entrou em campo durante o segundo tempo e marcou o único gol da Nigéria no jogo. Para o Mundial deste ano, resta saber se Randy Waldrum vai aproveitar a sua habilidade desde o início da partida, ou vai manter a estratégia de trazê-la após o intervalo, o que funcionou muito bem contra os EUA.  

 

Estrela Nigeriana: Asisat Oshoala

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Asisat Lamina Oshoala, primeira africana a vencer a Liga dos Campeões, o principal campeonato europeu. (Imagem: fcbarcelona)

Em 2014, durante a Copa do Mundo sub-20 no Canadá, o futebol internacional conheceu Asisat Oshoala. Com uma sequência de 4 vitórias, 1 hat-trick e uma goleada de 6 a 2 sobre as norte-coreanas, a jogadora recebeu a Chuteira e Bola de Ouro aos 19 anos. Hoje, quase uma década depois, a Super Zee é considerada o maior destaque do futebol africano, 5 vezes eleita a melhor jogadora do continente pela CAF Awards.  

Oshoala foi a primeira africana a vencer a Liga dos Campeões. O Barcelona, seu atual clube, levantou a taça do principal campeonato do futebol europeu em 2021 e 2023 - na recente final contra Wolfsburg. No ano passado, foi considerada a artilheira da Super Copa Feminina da Espanha. Com passagem pelo Liverpool, Arsenal e Dalian Quanjian, na China, a estrela se destaca por sua velocidade e pela otimização dos lances ofensivos - bola no pé, é gol! Na Copa de 2019, Oshoala foi responsável pelo único tento marcado pela Nigéria na edição.  

Em entrevista para a FIFA, o técnico Waldrum destacou o desejo de Oshoala em liderar uma campanha de sucesso na Oceania. “Ela põe muita pressão sobre si mesma porque ama a Nigéria e quer que a seleção vá bem na Copa do Mundo”. A Rainha de Lagos fez e permanece com o objetivo de fazer história com a camisa de seu país. “Vê-la jogando na TV e mandando bem nos jogos nos mostra que há esperança para jogadoras africanas. Há muito espaço para ocupar, há possibilidade de levarem nossos jogos a sério”, declarou Gift Monday, jogadora de uma liga local da Nigéria.  

Jogadora essencial para o time, Oshoala, atacante e “máquina de fazer gols do Barcelona”, comanda o ataque nigeriano com velocidade excepcional, construindo os lances ofensivos e garantindo o aproveitamento em assistências e finalizações. Em entrevista para a FIFA, a atleta reconheceu o potencial das adversárias, mas declarou confiante: “Quem disse que a Nigéria não pode vencer a Copa?”. 

As nigerianas enfrentarão o Canadá, atual campeão olímpico, a Austrália, uma das anfitriãs de 2023 e a Irlanda na fase de grupos. Os dois primeiros adversários são difíceis, estão entre as 10 melhores seleções femininas de acordo com a FIFA. Julia Grosso, destaque canadense, e Samantha May Kerr, estrela australiana, não intimidam a supercraque nigeriana. Para Randy Waldrum: "Com alguém como a Oshoala, você tem chances contra qualquer equipe". 

Classificada pela segunda vez para a Copa do Mundo e buscando fazer história
por
Fabio Pinheiro
|
27/06/2023 - 12h

A Suíça é um dos países mais desenvolvidos do mundo, com uma qualidade de vida distinta. Localizada na região central da Europa, sua população é de aproximadamente 8,7 milhões de habitantes, sendo Berna a sua capital. Um país que conta com uma economia sólida, baseando-se no setor de serviços e na indústria, com especialidade na produção de alimentos e de maquinário.

Vista aerea de Berna, capital da Suíça. Imagem: Domínio público.
Vista aérea de Berna, capital da Suíça. Imagem: Domínio público.

O país se tornou uma federação no ano de 1848, mas há registros arqueológicos que apontam que o território suíço já era povoado há centenas de milhares de anos. Fez parte do Grande Império Romano no período expansionista e, durante o enfraquecimento do domínio romano, povos germânicos migraram para a região, cuja influência na cultura permanece até hoje.

A Suíça tem um longo histórico de neutralidade frente a conflitos externos. Devido a isso, é sede de muitas organizações internacionais como o Fórum Econômico Mundial, a Cruz Vermelha, o segundo maior escritório das Nações Unidas, entre outros.

 

Segunda participação em Copa

A seleção suíça teve início na década de 1970, porém não foi um começo com rápido desenvolvimento. Sua primeira partida oficial ocorreu em 1972.

A primeira vez que participou de uma competição com a seleção principal foi em 2015, na Copa do Mundo do Canadá. Para uma iniciante, teve uma campanha ótima, chegando às oitavas de final, mas perdendo para as anfitriãs. A seleção suíça não se classificou para a Copa do Mundo de 2019, na França.

Fabienne Humm e Ramona Bachmann após ambas marcarem um hat-trick na estreia da Suíça na Copa do Mundo de 2015. Foto: Mike Hewitt/Getty Images.
Fabienne Humm e Ramona Bachmann após ambas marcarem um hat-trick na estreia da Suíça na Copa do Mundo de 2015. Foto: Mike Hewitt/Getty Images.

 

Prancheta da Grings

O elenco da seleção suíça conta com alguns bons nomes de jogadoras que atuam por grandes times na Europa, além da jovem técnica alemã Inka Grings, que tem um histórico positivo como jogadora e agora tenta se provar do lado de fora das quatro linhas. Assumiu a seleção em janeiro de 2023 e acumula quatro jogos, com três empates e uma derrota, mas terá a oportunidade de ajustar melhor seu time em dois amistosos pré-Copa, contra a Zâmbia e contra o Marrocos. A treinadora costuma escalar a equipe no esquema 4-4-3, e prefere as jogadas pelas pontas, onde consegue usar suas principais jogadoras.

 

Destaques

Na linha defensiva temos Noelle Maritz, que atua no Arsenal da Inglaterra como lateral direita. No meio-campo, a atleta do PSG, Ramona Bachmann, que já vem jogando pela seleção principal desde seus 16 anos e sendo uma das melhores no elenco. Pelo ataque, Ana-Maria Crnogorcevic, jogadora do poderoso Barcelona, também é uma das peças principais deste time.

Noelle Maritz, zagueira da seleção da Suíça. Imagem: Catherine Ivill/Getty Images.
Noelle Maritz, zagueira da seleção da Suíça. Imagem: Catherine Ivill/Getty Images.

Na Copa do Mundo, a equipe se encontra no grupo A, disputando com Nova Zelândia, Noruega e Filipinas. A estreia será no dia 21 de julho contra a seleção de Filipinas.