Treinador já dirigiu o primeiro treino no clube nesta segunda
por
Khauan Wood
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28/04/2025 - 12h

O Corinthians oficializou na tarde desta segunda-feira (28) a contratação de Dorival Júnior para o cargo de treinador do time profissional.

Dorival chega ao clube com contrato válido até o mês de dezembro de 2026. Junto dele, foram contratados os auxiliares Lucas Silvestre, filho de Dorival, e Pedro Sotero, além do preparador físico Celso Rezende, para fazerem parte da nova equipe técnica do alvinegro.

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Essa é a primeira passagem do treinador, que completou 63 anos na última sexta-feira (25), no Corinthians. Foto: Rodrigo Coca/Sport Club Corinthians Paulista

Ele foi o último comandante da Seleção Brasileira, cargo que ocupava desde 2024, até ser demitido em março deste ano. Além disso, acumula passagens por equipes como: Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Santos, entre outras.

Na sua estante de títulos, Dorival acumula três Copas do Brasil, uma Libertadores, uma Recopa Sul-Americana, sete títulos estaduais, além de ter sido campeão da Série B do Campeonato Brasileiro por uma vez.

Em relato publicado nas redes sociais do clube, o técnico exaltou a torcida, que nomeou como “marca registrada” da equipe e que espera ter bons resultados ao fim dessa temporada.

Dorival chega ao Corinthians após a demissão do argentino Ramón Díaz e sua comissão técnica, no último dia 17 de abril. Díaz havia sido responsável por tirar a equipe da zona de rebaixamento na temporada passada e classificá-la para a disputa da Pré-Libertadores, além da conquista do título do Campeonato Paulista de 2025, depois de um jejum de seis anos.

A equipe de Ramón teve 30 vitórias, 16 empates e 12 derrotas, em 58 jogos. Além disso, teve um saldo de gols positivo, com 91 marcados e 60 sofridos.

Agora, Dorival tem a missão de melhorar a posição do time no Campeonato Brasileiro, que atualmente está na 12ª colocação. Além disso, ele comandará a equipe nas disputas da Copa Sul-Americana e da Copa do Brasil.

Antes do anúncio, o Corinthians havia informado em um comunicado oficial que estava em negociação com Tite, técnico campeão do Mundial de Clubes da FIFA em 2012, pela equipe. As tratativas, porém, se encerraram na última terça-feira (22), após o treinador dar uma pausa momentânea em sua carreira para cuidar de sua saúde física e mental.

Dentro de casa, o Leão foi derrotado pelos uruguaios e vira lanterna do grupo B
por
Felipe Oliveira
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28/04/2025 - 12h

Na última quarta-feira (23), o Vitória decepcionou sua torcida dentro de casa ao perder por 1 a 0 contra o time uruguaio, Cerro Largo, pela Copa Sul-Americana. Com a derrota, a equipe rubro-negra segue sem vencer na competição e liga um alerta ao ocupar a última posição do grupo, com apenas dois pontos. Com cerca de 13 mil torcedores presentes no Barradão, o Leão saiu vaiado após o péssimo resultado e por mais uma partida com muitos erros no ataque e defesa. 

Meia-atacante do Vitória, Matheuzinho, conduzindo a bola contra o Cerro Largo  Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
Meia-atacante do Vitória, Matheuzinho, conduzindo a bola entre os atletas do Cerro Largo - Foto: Victor Ferreira/EC Vitória

No primeiro tempo de jogo, as duas equipes se mantiveram equilibradas até os 22 minutos. A grande primeira grande oportunidade surgiu nos pés de Matheuzinho, que finalizou colocado de fora da área e obrigou o goleiro Santilli a fazer a primeira defesa. Na reta final da primeira etapa, o Vitória tomou conta das ações ofensivas e chegou com perigo três vezes. Aos 37 minutos, o meia Baralhas carimbou o travessão em um chute forte de fora da área. Logo após, o meia Ronald e o zagueiro Edu, respectivamente, desperdiçaram duas oportunidades na grande área com finalizações para fora.

No segundo tempo, o jogo pegou fogo. Com pressão do Cerro no início da segunda etapa, logo aos 7 minutos, Añasco aproveitou cruzamento e finalizou de primeira, no canto direito de Lucas Arcanjo que caiu e fez boa defesa. O Vitória melhorou e partiu para o ataque com tudo, criando boas chances na sequência. 

Primeiro com uma boa jogada pela direita, Cáceres cruza para área, Matheuzinho escora de cabeça e Erik isola a bola com um voleio. Aos 24 minutos, a equipe rubro-negra desperdiçou chances claras de gol. Primeiro com Lucas Braga, que finalizou colocada e por pouco não viu o Leão na frente do placar; depois veio a melhor chance do time da casa, com belo passe de Matheuzinho,deixando Janderson cara a cara com Santilli, o atacante driblou o goleiro e finalizou travado para fora. O castigo veio alguns minutos depois quando Añasco cruzou perfeitamente na cabeça de Peraza, que não desperdiçou e fez o Cerro 1 a 0. Após o gol, o Vitória seguiu para o ataque e teve um pênalti em Léo Pereira no final da partida anulado pelo VAR, por causa de uma falta anterior de Lucas Braga.

Com a derrota, a equipe rubro-negra segue com dois pontos e vira lanterna do Grupo B. Já o Cerro Largo, que nunca havia vencido em uma competição internacional, foi a quatro pontos e sobe para a segunda posição. O próximo confronto do Vitória na Sul-Americana será contra o Defensa y Justicia, no Barradão, na terça-feira , 6 de maio, às 19 horas (horário de Brasília).

Em rodada de clássicos, Palmeiras assumiu a primeira posição com Weverton virando herói
por
Theo Ortiz Fratucci
Fernando Amaral Ferreira
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28/04/2025 - 12h

Fortaleza 1 x 2 Palmeiras

O Fortaleza recebeu o Palmeiras no Castelão no último domingo (20) em busca do segundo triunfo no Brasileirão, já o Alviverde, estava confiante em conquistar sua quarta vitória seguida na competição e assumir a liderança.

No primeiro tempo, houveram boas chances para ambas as equipes, o Leão quase marcou com Deyverson, que chutou de dentro da área e passou raspando a trave de Weverton. Do outro lado, o Verdão levou perigo com Facundo Torres e Estevão, que tiveram seus arremates salvos em cima da linha pela zaga. 

Os visitantes abriram o placar nos acréscimos, após cobrança de falta de Richard Rios, a bola ficou viva na área e Facundo Torres complementou para o fundo das redes de João Ricardo. O uruguaio igualou seu conterrâneo Piquerez na artilharia do Palmeiras na competição, com dois gols.

A pressão mandante na segunda etapa começou, porém, quem marcou o segundo gol da partida foi o Palmeiras. Estevão enfiou para Flaco López e no um contra um com David Luiz, o argentino levou a melhor e finalizou no canto sem chances para o goleiro, ampliando o placar para o líder.

Minutos depois, Deyverson encontrou o caminho das redes pela primeira vez desde que chegou ao clube e diminuiu para o Leão do Pici. Nos acréscimos, o VAR detectou um toque de mão de Naves dentro da área e após revisão do árbitro, o Fortaleza recebeu um pênalti a seu favor nos últimos minutos para decretar o empate. Na cobrança, Lucero, que entrou no decorrer do jogo, bateu no canto esquerdo do goleiro Weverton, que pulou e defendeu o chute, se tornando o herói alviverde na noite de domingo.

Weverton pega pênalti nos últimos minutos em Fortaleza e Palmeiras. Foto: Esportes News Mundo
Weverton pega pênalti nos últimos minutos em Fortaleza e Palmeiras. Foto: Esportes News Mundo

O próximo compromisso do Leão no Brasileirão é contra o Sport na Ilha do Retiro no sábado (26) às 20h (horário de Brasília). Já o Verdão, receberá o Bahia no Allianz Parque no domingo às 18h30 (horário de Brasília).

Grêmio 1 x 1 Internacional 

No último sábado (19), o Grêmio recebeu o Inter na Arena do Grêmio em confronto válido pela quinta rodada do Brasileirão. Marcada por polêmicas em relação à arbitragem, a partida terminou empatada em 1 a 1.

O jogo marcou o primeiro compromisso do Imortal sem o comando de Gustavo Quinteros, demitido na quarta-feira (16) após derrota para o Mirassol, e estreia do técnico interino James Freitas. A primeira chance de perigo veio dos pés de Bernabei, que cruzou rasteiro para Enner Valencia antecipar o zagueiro e chutar para uma bela defesa de Tiago Volpi.

A resposta do Tricolor veio com Braithwaite, o dinamarquês ficou cara a cara com o goleiro e desperdiçou, no rebote, após chute para a área, Kike Oliveira chutou e a bola bateu no goleiro Anthoni e morreu no fundo das redes coloradas, placar aberto para os donos da casa. 

Na segunda etapa, o Inter chegou ao empate com Enner Valencia, porém, o gol foi anulado por impedimento. Aos 18 minutos, o árbitro marcou pênalti para os visitantes após toque de mão de João Pedro dentro da área, Alan Patrick foi para a cobrança e deslocou o goleiro, deixando tudo igual na Arena do Grêmio. 

A maior polêmica da noite veio após choque na área colorada entre Aguirre e Aravena, o lateral colorado derrubou o ponta gremista, gerando muita reclamação dos jogadores e torcedores tricolores, porém, mesmo após consulta no VAR, o árbitro Bráulio da Silva Machado não apontou penalidade máxima para o Imortal.

Lance do possível pênalti não marcado para o Grêmio no Gre-Nal 447. Foto: Reprodução / GZH
Lance do possível pênalti não marcado para o Grêmio no Gre-Nal 447. Foto: Reprodução / GZH

O Grêmio volta a campo no Brasileirão no domingo (26) contra o Vitória no Barradão, às 18h30 (horário de Brasília). Já o Inter, receberá o Juventude no Beira-Rio no sábado às 16h (horário de Brasília). 

Atlético-MG 1 x 0 Botafogo 

O Galo recebeu o Botafogo no Mineirão no último domingo (20) e conquistou sua primeira vitória na competição, já o Glorioso, amargou sua segunda derrota e viu o adversário mineiro se igualar na pontuação, com 5 pontos.

Na primeira etapa, o Atlético levou perigo nos cruzamentos com Rony e Lyanco, além da chance que Cuello desperdiçou cara a cara com o goleiro John. Do lado carioca, a melhor oportunidade foi com Artur, que após girar da marcação, bateu no canto e obrigou Éverson a fazer uma boa defesa.

O gol do jogo saiu no começo do segundo tempo, após cobrança de escanteio de Gabriel Menino, a bola encobriu John e ficou livre na segunda trave para Cuello complementar para as redes de cabeça e abrir o placar no Mineirão.

Cuello marcou o gol da vitória atleticana sobre o Botafogo. Foto: Pedro Souza/Atlético
Cuello marcou o gol da vitória atleticana sobre o Botafogo. Foto: Pedro Souza/Atlético

Aos 18 minutos, o zagueiro botafoguense David Ricardo fez uma falta em Hulk, que saíria de frente para o gol sem marcação e após revisão no VAR, o árbitro considerou a infração como uma arruinação de uma chance clara de gol para o Galo, portanto, expulsou o camisa 57, dificultando demais uma possível reação do Glorioso. Os mandantes quase ampliaram o placar com Cuello, que chutou para fora de esquerda, e com Scarpa, que desperdiçou um chute sem marcação da pequena área.

O próximo confronto do Atlético no Brasileirão é no sábado (26), quando visitará o Mirassol às 18h30 (horário de Brasília). O Fogão terá um clássico com o Fluminense no Nilton Santos no mesmo dia, às 21h (horário de Brasília).

São Paulo 2 x 1 Santos

Após quatro empates e uma derrota, o Tricolor finalmente venceu pela primeira vez no Brasileirão neste último domingo (20), derrotando o Santos no Morumbi por 2 a 1. O São Paulo, está na décima colocação com sete pontos, mesma pontuação do quinto, e o Peixe segue na zona de rebaixamento com quatro pontos.

A partida começou da melhor maneira possível para os mandantes, aos 9 minutos, André Silva cruzou para Ferreirinha empurrar para o fundo das redes sem goleiro e abrir o placar para o Tricolor Paulista. O camisa 11 chegou a marca de cinco gols nos últimos quatro jogos.

Ferreirinha marca no clássico contra o Santos e chega em melhor sequência na carreira. Foto: Renan Melo / Gazeta Press
Ferreirinha marca no clássico contra o Santos e chega em melhor sequência na carreira. Foto: Renan Melo / Gazeta Press

Aos 22 minutos, o São Paulo ampliou a vantagem com André Silva, que recebeu passe de Alves após boa jogada do camisa 47, e chutou de primeira sem chances para o goleiro Gabriel Brazão.

Nos acréscimos, o Alvinegro teve um pênalti marcado ao seu favor após toque de mão de Enzo Díaz dentro da área, na cobrança, Tiquinho Soares bateu forte no canto direito sem chances para Rafael, que até acertou o lado do chute, mas não alcançou a bola.

A pressão santista na segunda etapa cresceu e os visitantes quase chegaram ao empate com Guilherme chutando da entrada da área. Nos acréscimos, o Peixe teve sua melhor chance com Thaciano, que após cruzamento, cabeceou e obrigou Rafael a fazer uma belíssima defesa. Mesmo com volume de jogo maior nos 45 minutos finais, o Santos saiu derrotado pela terceira vez no Brasileirão.

O próximo jogo do São Paulo na competição é contra o Ceará no Castelão, sábado (26) às 18h30 (horário de Brasília). O Alvinegro Praiano receberá o Bragantino na Vila Belmiro no domingo às 20h30 (horário de Brasília).

Bahia 1 x 0 Ceará

O Bahia recebeu o embalado Ceará do artilheiro Pedro Raúl na Fonte Nova em um jogo isolado na segunda-feira (21) e conseguiu seu primeiro triunfo na competição, desocupando a zona de rebaixamento.

No primeiro tempo, nenhuma das equipes tiveram chances claras de gol, a melhor delas foi com Cauly, o meia do Tricolor recebeu cruzamento livre de marcação dentro da área e chutou de primeira, mas isolou.

Para ambos os times, as melhores oportunidades aconteceram depois dos 40 minutos da segunda etapa. Do lado baiano, Ruan Pablo tocou de perna esquerda após levantamento de Èverton Ribeiro e obrigou Fernando Miguel a fazer uma boa defesa. O Ceará respondeu aos 46, após enfiada entre a marcação de Pedro Raúl, Matheus Araújo recebeu e chutou de primeira sem ângulo, obrigando o goleiro Marcos Felipe a desviar para escanteio.

No apagar das luzes, após choque dentro da área entre Tiago e Pedro Henrique, o VAR recomendou revisão para o árbitro de campo, que até então não havia marcado nada, mas após ir ao monitor, Rafael Rodrigo Klein sinalizou pênalti para o Bahia. O lance gerou muita reclamação dos jogadores do Vozão, Fabiano inclusive levou cartão amarelo. No último minuto da partida, Éverton Ribeiro foi para a cobrança e deslocou Fernando Miguel com categoria, garantindo o triunfo para os mandantes.
 

Éverton Ribeiro e Rogério Ceni comemorando gol que garantiu os 3 pontos ao Bahia. Foto: Reprodução / Sambafoot
Éverton Ribeiro e Rogério Ceni comemorando gol que garantiu os 3 pontos ao Bahia. Foto: Reprodução / Sambafoot

O próximo jogo do Bahia na competição é contra o líder Palmeiras no Allianz Parque, domingo (26) às 18h30 (horário de Brasília). O Ceará irá receber o São Paulo no Castelão no sábado e no mesmo horário.

Corinthians 2 x 1 Sport

Memphis decide com dois gols e Corinthians vira o jogo em Itaquera.

Memphis celebrando o gol da virada do Corinthians / Foto: Jhony Inacio - Meu Timão
Memphis celebrando o gol da virada do Corinthians / Foto: Jhony Inacio - Meu Timão

O Corinthians recebeu o Sport no último sábado (19), em um jogo agitado na 5ª rodada do campeonato, o time alvinegro conseguiu reverter o placar contra o Leão na Neo Química Arena. 

O Timão dominou a primeira parte do primeiro tempo, com bolas longas, buscando afastar a má fase com forte presença ofensiva,  jogadas em profundidade, defesas do goleiro e bola na trave, porém não conseguiu fazer o resultado. Já o Sport, em um começo atordoado, conseguiu entrar no jogo e abrir o placar, mas Memphis Depay na segunda etapa, colocou o jogo no bolso e puxou a responsabilidade levando o timão à vitória.

Antes dos primeiros 15 minutos, o Corinthians criou cinco boas chances com Memphis, Romero e Yuri Alberto, que parou duas vezes em Caíque França e ainda desperdiçou outro cara a cara. Romero também acertou a trave.

Apesar do domínio e das finalizações perigosas, como um chute de Barletta que explodiu no travessão, o Timão não conseguiu marcar. O Sport soube resistir, foi mais eficiente e aos 44, Sergio Oliveira apareceu livre na área e finalizou de primeira após cruzamento para abrir o placar e levar o Leão em vantagem para o intervalo.

O Corinthians precisou de menos de um minuto para empatar no segundo tempo: Memphis Depay recebeu cruzamento de Romero, girou na área e finalizou com precisão. Dominante, o holandês voltou a brilhar aos 16 minutos da segunda etapa, tabelando com Léo Maná e marcando o gol da virada com ajuda de um desvio na zaga. Com a vantagem, o Timão controlou bem o jogo e impediu qualquer reação do Sport.

Pelo Brasileirão, o Sport recebe o Fortaleza no próximo sábado (26) às 20h (horário de Brasília), enquanto o Corinthians enfrenta o Flamengo no domingo (27) às 16h (horário de Brasília) , no Maracanã.

Vasco 0 x 0 Flamengo

Mesmo sem gols, Clássico dos Milhões é agitado e com boas chances para as duas equipes. Léo Jardim brilhou e garantiu empate para o Vasco.

Léo Jardim durante o Clássico dos Milhões / Foto: Thiago Ribeiro / AGIF
Léo Jardim durante o Clássico dos Milhões / Foto: Thiago Ribeiro / AGIF

Neste último sábado (19), o Flamengo recebeu o Vasco em um clássico movimentado no Maracanã, pela 5ª rodada do Brasileirão. O duelo teve chances claras para os dois lados, bolas na trave e grande atuação dos goleiros Rossi e, principalmente, Léo Jardim. Diferente de confrontos anteriores, o Vasco também conseguiu atacar e criar perigo. 

Os times cariocas fizeram uma partida equilibrada, com postura ofensiva de ambos os lados. O Flamengo teve mais posse e volume, com destaque para Gerson e Michael, que pararam em grandes defesas de Léo Jardim. Já o Vasco apostou nos contra-ataques e também levou perigo, com Paulo Henrique acertando a trave e Nuno Moreira exigindo uma defesa espetacular de Rossi. 

No segundo tempo, o time rubro-negro manteve a pressão, enquanto os visitantes perderam fôlego ofensivo e sequer finalizaram. As substituições vascaínas diminuíram a qualidade do time, que não teve força para reagir. Do lado rubro-negro, a saída de Gerson reduziu o ritmo, mas a equipe seguiu criando. Plata, Pedro e Cebolinha pararam em defesas salvadoras de Léo Jardim, mantendo o placar zerado apesar da insistência do Flamengo.

Os donos da casa voltam a campo pela 6º rodada do Brasileirão no próximo domingo (27) às 16h  (horário de Brasília), recebendo o Corinthians no Maracanã. Já o time da Colina, visita o Cruzeiro no mesmo dia às 18h30 (horário de Brasília).

Fluminense 1 x 1 Vitória 

Fluminense cede empate ao Vitória nos minutos finais e acaba com 100% de Renato. Com resultado amargo no Maracanã, o time baiano saiu da Z-4

Fluminense x Vitória no Maracanã / Foto: Victor Ferreira - EC Vitória
Fluminense x Vitória no Maracanã / Foto: Victor Ferreira - EC Vitória

Neste domingo (20), o Fluminense recebeu o Vitória no Maracanã, pela 5ª rodada do Brasileirão. Em um empate por 1 a 1, o Tricolor abriu o placar com Cano no primeiro tempo, mas cedeu o empate nos minutos finais. A partida foi marcada por erros defensivos e falhas dos dois times.

No primeiro tempo, o Fluminense dominou a posse de bola e tentou pressionar o Vitória desde o início, mas encontrou uma defesa bem postada. Com poucas chances claras, o Tricolor abriu o placar já nos minutos finais com Cano, que aproveitou cruzamento desviado de Arias para marcar de cabeça na segunda trave. O gol saiu mais na base da insistência e da sorte do que de uma grande chance construída.

O Vitória voltou do intervalo com uma postura mais agressiva, buscando o empate. Logo no primeiro minuto, teve boa chance, mas parou em Fábio. O Fluminense continuou controlando a posse de bola e tentou matar o jogo em algumas oportunidades. Canobbio furou uma bola dentro da área, Arias teve grande chance cara a cara com o goleiro mas não finalizou, reclamando depois de um pênalti, e Bernal desperdiçou mais uma ao chutar para fora.

Apesar da vantagem e das chances criadas, o Tricolor não conseguiu ampliar e acabou castigado no fim. Aos 44 minutos da segunda etapa, Lucas Braga iniciou uma bela jogada, tocou para Claudinho, infiltrou na área e recebeu a ajeitada de Fabri para empatar. O Vitória arrancou um ponto no Maracanã e impediu o Fluminense de assumir a vice-liderança do Brasileirão. 

Na próxima rodada o Fluminense visita o Botafogo para o clássico carioca no próximo sábado (26) às 21:00. Já o Leão tem um compromisso dentro de casa no domingo (27) contra o Grêmio às 18:30, no horário de Brasília.

Mirassol 2 x 2 Juventude

Em empate de quatro gols, Mirassol e Juventude protagonizaram duelo agitado. O time gaúcho vencia por 2 a 1, mas cedeu o empate em pênalti polêmico.

Time do Mirassol comemorando o gol de empate na segunda etapa / Reprodução: Premiere FC
Time do Mirassol comemorando o gol de empate na segunda etapa / Reprodução: Premiere FC

Neste domingo (20) o Juventude recebeu o Mirassol no Alfredo Jaconi, pela 5º rodada do Brasileirão. Em jogo frenético e com pênalti polêmico, os dois times saíram com apenas um ponto. 

O primeiro tempo foi bastante equilibrado. O time visitante começou pressionando, mas foi o Juventude quem abriu o placar. Após boa jogada individual, Ênio limpou a marcação e finalizou com categoria para marcar um belo gol. O Mirassol reagiu rapidamente: aos 33 minutos, Iury Castilho recebeu na área e bateu no canto, empatando o jogo.

Quando o empate parecia certo para o intervalo, o Juventude aproveitou um erro defensivo. Ênio roubou a bola, tocou para Taliari, que ajeitou para Batalla acertar um chute colocado no ângulo, fazendo 2 a 1 nos acréscimos. Um tempo bem jogado, com bons momentos para ambos os lados.

Na segunda etapa, o Mirassol voltou com postura mais agressiva e quase empatou logo no primeiro minuto, em chute de Reinaldo defendido por Gustavo. Os visitantes responderam em seguida com Ênio, que aproveitou falha defensiva, mas mandou por cima. Com maior posse de bola, o time paulista seguiu pressionando. Fabrício Daniel parou em outra boa defesa de Gustavo, e Cristian e Edson Carioca também levaram perigo, mas foram bloqueados.

Aos 26 minutos, uma finalização dentro da área acertou o braço de Jadson, e após revisão no VAR, o árbitro marcou pênalti. A decisão gerou muita reclamação dos gaúchos. Reinaldo cobrou bem e empatou o jogo: 2 a 2.

Nos minutos finais, o Juventude tentou reagir com a entrada de Nenê, mas não conseguiu retomar o controle. O empate persistiu até o apito final.

Pela sexta rodada do Brasileirão, o Juventude enfrenta o Internacional no próximo sábado (26), às 16h (horário de Brasília), no Beira-Rio. No mesmo dia, às 18h30, o Mirassol recebe o Atlético-MG no Estádio Maião.

Bragantino 1 x 0 Cruzeiro

 Com falha de Cássio, Bragantino segura o placar e sai com os três pontos, garantindo a terceira vitória seguida.

Cássio após gol de Jhon Jhon / Foto: Fernando Moreno - AGIF
Cássio após gol de Jhon Jhon / Foto: Fernando Moreno - AGIF

O Red Bull Bragantino venceu o Cruzeiro por 1 a 0 neste domingo (20), pela 5ª rodada do Brasileirão, em jogo que também marcou a despedida temporária do Estádio Nabi Abi Chedid, que passará por reformas. Com o resultado, o Massa Bruta somou mais três pontos em casa. O jogo marca o último jogo do Massa Bruta no “Nabizão”, que entrará em reforma nesses próximos anos.

O jogo começou com o Cruzeiro pressionando o Bragantino, mas não conseguiu transformar essa pressão em gols. O Massa Bruta conseguiu equilibrar a partida e, aos 14 minutos, aproveitou um erro de Cássio, que saiu jogando errado e entregou a bola nos pés de Lucas Barbosa. Ele encontrou Sasha entrando na área, que fez o passe para Jhon Jhon, que finalizou forte para abrir o placar. O restante do primeiro tempo foi equilibrado, com as duas equipes criando poucas chances.

Na segunda etapa, o Cruzeiro partiu para cima em busca do empate, dominando a posse de bola, mas sem conseguir ser efetivo nas finalizações. O goleiro Lucão teve trabalho, mas só foi mais exigido no final do jogo. O Bragantino, com uma marcação firme, apostou nos contra-ataques e teve boas oportunidades de ampliar, mas Cássio fez ótimas defesas. Apesar das tentativas de ambas as equipes, o placar permaneceu inalterado e o Bragantino garantiu a vitória por 1 a 0.

O Bragantino joga no próximo domingo (27), contra o Santos, fora de casa, às 20h30  (horário de Brasília). Já o Cruzeiro, recebe o Flamengo para no próximo domingo (27) às 18h30 (horário de Brasília).

No segundo tempo, a defesa cometeu muitos erros no confronto na Argentina.
por
Felipe Bragagnolo Barbosa
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28/04/2025 - 12h

 Na noite da última terça-feira (24), o Grêmio teve a oportunidade na estreia de Mano Menezes, na Argentina. No confronto entre Godoy Cruz e Grêmio, válido pela liderança do Grupo D da Copa Sul-Americana, a equipe gaúcha abriu duas vezes o marcador, porém erros defensivos resultaram no empate em 2 a 2 no Estádio Malvinas Argentinas.
 Até os primeiros 30 minutos, os donos da casa controlaram as iniciativas do jogo. No entanto, as melhores oportunidades surgiram das mãos dos gremistas. Aos oito minutos, Cristian Oliveira enganou o goleiro e falhou na finalização, que foi desviada por Petroli. 
Portanto, os anfitriões assumiram a posse da bola, circularam bastante e atacaram a defesa do tricolor pelos flancos. Realmente: quase nada de conclusão. Ao perceber que estava se sustentando, o Grêmio progrediu e, aos 34, inaugurou o marcador. Em uma sequência de disputas pela direita, Braithwaite superou os adversários e passou para Edenilson finalizar na entrada da área, enganando o goleiro. 

 No segundo tempo, Cristaldo substituiu novamente o apagado Monsalve no Grêmio. A primeira oportunidade surgiu aos 12 minutos, um minuto após Aravena substituir Edenilson. O chileno foi beneficiado por um cruzamento de Lucas Esteves, mas não conseguiu finalizar corretamente. Em seguida, Tiago Volpi fez uma defesa impecável e impediu o empate. Contudo, imediatamente após, a primeira grande falha. Jemerson proporcionou uma condição favorável para o centroavante Auzmendi, que recebeu um lançamento da intermediária e cabeceou contra o arqueiro tricolor. Aos 22 minutos, Braithwaite desperdiçou uma boa oportunidade de marcar e foi travado pelo goleiro.

 Em um belo contra-ataque conduzido por Cristaldo e com assistência de Cristian Olivera, Aravena marcou de 2 a 1 aos 35 minutos. Realizou a finalização da pintura com uma cavadinha. 
Mano Menezes optou por fechar o jogo para garantir o resultado aos 38 minutos. Ele substituiu Olivera pelo jovem Viery, que se destacou em campo. Dois minutos mais tarde, o defensor não conseguiu interceptar uma cobrança de lateral na área. Barrea pegou a bola e chutou forte. Dupuy desviou quase na área para igualar o placar.

 Ainda nos minutos finais, a trave resgatou o Tricolor - e Jemerson. O defensor falhou novamente em interceptar um cruzamento na área, porém, a cabeçada do adversário não entrou por pouco.
 

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Comemoração de Edenilson que com assistência de Braithwaite abriu o placar. FOTO: Lucas Uebel/GREMIO FBPA

A igualdade mantém os times com sete pontos no Grupo D da Sul-Americana. No entanto, o Godoy Cruz mantém a liderança devido ao maior saldo de gols. Na última noite, Atlético Grau e Sportivo Luqueño empataram em 2 a 2, praticamente deixando a competição com apenas um ponto conquistado cada.

Na segunda-feira (5), o Grêmio embarca para o Peru, onde joga contra o Atlético Grau, às 21h30.

Em São Januário, a equipe brasileira não saiu do zero e ouviu vaias da torcida
por
Felipe Abel Horowicz Pjevac
|
24/04/2025 - 12h

 

Nesta terça-feira (22), o Vasco da Gama recebeu o Lanús, da Argentina, no estádio de São Januário pela terceira rodada da Copa Sul-Americana. O resultado foi um empate em 0 a 0, com um desempenho abaixo do esperado da equipe vascaína.

O Vasco entrou em campo com o time titular, mas com desfalques importantes, como Maurício Lemos e Payet, lesionados, além de Tchê Tchê, com problemas familiares.

O Cruz-Maltino buscava uma vitória que garantiria a liderança isolada do grupo G. A equipe estava empatada em pontos com o Lanús — que liderava o grupo por ter um saldo de gols maior

A partida começou agitada, com o Lanús criando a primeira oportunidade. Aos cinco minutos, após cobrança de escanteio da equipe argentina, a bola sobrou para Marcich, que acertou a trave esquerda do goleiro Léo Jardim.

O Vasco ensaiou uma pressão, mas criava poucas oportunidades de perigo. Aos 26 minutos, Philippe Coutinho cruzou escanteio e Vegetti, desequilibrado, desviou fraco para defesa fácil do goleiro Nahuel Losada.

Aos 34 minutos, a melhor chance para os vascaínos: após troca de passes na ponta direita, o volante Jair recebeu um passe dentro da área, mas chutou por cima da meta.

Vasco
Jogo entre Vasco e Lanús foi truncado e com poucas oportunidades. Foto: Matheus Lima/Vasco da Gama

Ainda no primeiro tempo, Nuno Moreira teve chance clara após receber cruzamento rasteiro do lateral Paulo Henrique, mas chutou para fora.

No início do segundo tempo, o Lanús tentou construir mais jogadas no campo de ataque. Em escapada rápida, Eduardo Salvio finalizou, a bola desviou na cabeça do zagueiro Lucas Freitas e saiu com perigo.

O Vasco mantinha a posse de bola, mas não conseguiu furar a defesa do Lanús e construir jogadas de perigo. As bolas levantadas na área foram rebatidas, e o artilheiro Vegetti não teve oportunidades claras.

Aos 25 minutos, Paulinho Paula recebeu a bola na entrada da área e assustou o goleiro Losada com um chute rasteiro que passou rente à trave.

O jogo acabou com o placar de 0 a 0, para a frustração dos quase 20 mil torcedores presentes no estádio. Após o apito final, uma parte da torcida vaiou o desempenho da equipe e protestou contra o treinador, Fábio Carille.

Esse foi o terceiro jogo consecutivo sem vitória do Vasco, que agora viaja até Belo Horizonte para enfrentar o Cruzeiro, às 18h30 de domingo (27), pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Já na Sul-Americana, Lanús e Vasco lideram o grupo G com cinco pontos; os argentinos estão na frente pelo maior saldo de gols. Na próxima rodada, o Vasco vai à Venezuela para o duelo contra o Puerto Cabello, enquanto o Lanús visita o Melgar, do Peru.

A cobertura da Fórmula 1 volta para a etapa que acontece em Spielberg, com direito à corrida Sprint
por
Bianca Athaide
Helena Cardoso
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30/06/2023 - 12h

Neste final de semana, a Fórmula 1 volta à ativa com o GP da Áustria. O circuito nomeado Red Bull Ring conta com um desenho inalterado desde 2003. Suas 71 voltas e apenas 10 curvas prometem certas emoções, já que historicamente o consumo de combustível nessa etapa costuma ser crítico e o desgaste de freios alto.  

HOJE NÃO, HOJE SIM

O GP da Áustria se tornou um marco no esporte por ser o palco do lamentável episódio envolvendo a Ferrari e seus dois pilotos, Michael Schumacher e Rubens Barrichello, em 2002. A corrida foi manchete mundial ao se tornar um dos ocorridos mais polêmicos do automobilismo: Rubinho foi forçado pela escuderia a ceder a vitória ao seu companheiro de equipe nos metros finais da pista. Schumacher que estava liderando o campeonato daquele ano e ficou em terceiro lugar na classificação devido a um problema no freio de seu carro, em comparação a Barrichello que largou em primeiro.  

No começo da última volta, o brasileiro estava com 1s de vantagem e caminhava para sua primeira vitória naquele ano. Pelo rádio, o então diretor técnico Ross Brown ordenou que Rubinho freasse na última curva para ceder passagem ao alemão, — depois Schumacher admitiu ter diminuído a velocidade por acreditar que a ordem não devesse ser cumprida — que acabou cruzando a linha de chegada em primeiro lugar, com Barrichello em segundo. 

A icônica frase “Hoje não, hoje sim!" foi proclamada com desaprovação pelo então comentarista de F1 da Globo, Cléber Machado. Tal frase representava o repúdio que não só os brasileiros, mas todo o público presente no autódromo no dia sentiu. Durante o pódio ambos os pilotos foram bruscamente vaiados, apesar do gesto de Schumacher de colocar o brasileiro no degrau mais alto de primeiro lugar.

E O QUE ACONTECEU NA PAUSA DO AGEMT NA PISTA?

As últimas três etapas da categoria foram vencidas por Max Verstappen, somando 75 no total. O holandês continua liderando o Campeonato de Pilotos com 195 pontos, 69 à frente de seu companheiro de equipe e segundo colocado no campeonato, Sergio Pérez.   

Em Mônaco, no fim de maio, Verstappen dividiu o pódio com Fernando Alonso (Aston Martin) e Esteban Ocon (Alpine). Na Espanha, a dupla da Mercedes se viu entre os primeiros colocados, com Lewis Hamilton e George Russell em segundo e terceiro, respectivamente.  O Canadá teve o pódio com os três pilotos campeões mundiais do grid: Verstappen, Alonso e Hamilton foram os mais rápidos.

Diferente de seu companheiro de equipe, Pérez não vive uma boa fase na Red Bull. Nas últimas três corridas marcou apenas 22 pontos e não conseguiu ir para o Q3 em nenhum dos treinos classificatórios, no que é considerado o melhor carro do grid. Com apenas nove pontos de vantagem para Alonso no campeonato, o mexicano – que tem contrato até o fim de 2024 – pode estar com o futuro ameaçado na Fórmula 1, ou pelo menos o da vaga na equipe austríaca.

Diretamente de Hollywood, foi anunciado que um grupo de investidores – que inclui os atores Ryan Reynolds, Rob McElhenney e Michael B. Jordan – injetará 200 milhões de euros na Alpine, significando a aquisição de 24% da equipe francesa. O grupo também tem ações no Dallas Cowboys, da NFL; AC Milan, time de futebol italiano e o Wrexham AFC, time do País de Gales que subiu para a quarta divisão e mostra tudo em um reality show.

NESTE ANO, NA ÁUSTRIA

Os vinte pilotos voltam às pistas no sábado (01) às 11h30, no horário de Brasília, para a corrida Sprint, – que estreou seu novo formato no Azerbaijão – prova com 100km e que não influencia no resultado da corrida principal, mas distribui pontos para os oito primeiros colocados. A etapa no Red Bull Ring acontece no domingo (02), às 10h00 (horário de Brasília).

A modalidade possui estádio municipal próprio na maior metrópole do Brasil, mas não atinge “boom” como outros esportes estadunidense
por
Gustavo Pereira
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30/06/2023 - 12h
Jogador do Ibiúna posicionado para o arremesso
Jogador do Ibiúna posicionado para o arremesso – FOTO: Gustavo Pereira 

 

Os esportes praticados na terra do “Tio Sam” têm ganhado o carinho dos brasileiros nos últimos anos, exemplo disso são os “cases de sucesso da NFL (National Football League), principal liga de futebol americano e da NBA (National Basketball Association), o maior campeonato de basquete do mundo. Ambos possuem milhões de fãs, transmissões em TV aberta e por assinatura, além de eventos próprios e lojas com produtos licenciados. Porém, outra modalidade aparece “correndo por fora” e já tem praticantes e amantes fiéis no país.

O beisebol está presente há muito tempo no Brasil. Com forte relação com a imigração japonesa, a modalidade foi ganhando espaço e já aparece até no vestuário dos brasileiros. Encontrar bonés do time de Nova Iorque da MLB (Major League Baseball), os New York Yankees, é algo frequente nas lojas e nas cabeças de muitos.

Para o comentarista da ESPN Brasil, Ubiratan Leal, a moda pode ser um fator importante para o “pontapé inicial” de diversas pessoas no esporte: “Com isso, você percebe o beisebol, e acredito que perceber a existência do jogo já faz a diferença”. Ele complementa dizendo que, claro, “depois será necessário um trabalho mais de base”, como atividades de interação do esporte com os curiosos.

 

Atleta do LIGA SP no aquecimento da partida – FOTO: Gustavo Pereira
Atleta do LIGA SP no aquecimento da partida – FOTO: Gustavo Pereira 

 

Outro ponto que o comentarista aborda é o crescimento dos streamings e das novas mídias, facilitando assim a popularização do esporte em terras que o futebol impera. Ele se lembra que nos anos 1990, acompanhar beisebol no Brasil era muito difícil e que atualmente qualquer um tem meios para se tornar um especialista: “Se tornou muito mais acessível”. Por outro lado, Ubiratan ressalva que a concorrência com outras modalidades também aumentou: “Ficou muito mais fácil para todo mundo, para todos os esportes”.

Atualmente, a MLB está na temporada regular e todos os dias um dos jogos é transmitido pela ESPN Brasil ou no serviço de streaming Star Plus. Gabriel Kenji, 20 anos, fã e jogador de beisebol, adora se reunir com os amigos para assistir uma partida da MLB e afirma que com a facilidade de hoje em dia ficou muito mais acessível acompanhar as partidas: “Sempre que eu tenho um tempinho nos estudos, procuro assistir um jogo ou outro”.

Inclusive Gabriel foi um dos atletas presentes na rodada 26 do campeonato paulista de beisebol que ocorreu no Estádio Municipal Mie Nishi. O local fundado em 1958 é o centro do esporte na capital de São Paulo. Localizado no Bom Retiro e bem próximo à Marginal Tietê, o espaço se tornou um símbolo e ponto de encontro para apaixonados pelo beisebol. Carlos Tatsumi, 58 anos, gestor de equipamento público do estádio ressalta a importância do complexo para fazer com que o esporte cresça no país: “Por ser o único aqui dentro de São Paulo, é muito importante. A gente, na verdade, precisa de mais estádios como esse para o esporte crescer. Nós estamos recebendo muitas melhorias, uma iluminação nova e placar eletrônico. Isso vai ajudar o esporte a crescer”.

Ficou interessado em conhecer mais sobre o Mie Nishi, clique no aqui e assista a visita que a nossa equipe fez ao estádio.

 

Campo do Estádio Municipal Mie Nishi, no Bom Retiro – FOTO: Gustavo Pereira
Campo do Estádio Municipal Mie Nishi, no Bom Retiro – FOTO: Gustavo Pereira 

 

Como é ser atleta de beisebol no Brasil?

Cinco jogadores brasileiros já passaram pelos campos da maior liga de beisebol do mundo, sendo que Paulo Orlando e Yan Gomes já foram campeões da MLB. O último ainda foi selecionado em 2018 para participar do jogo das estrelas. Apesar da presença de alguns representantes brasileiros na luxuosa liga de beisebol americana, a realidade nacional é bem diferente dos times do norte, tanto em infraestrutura quanto na folha salarial.

A modalidade não é considerada profissional no Brasil, isso faz com que a maioria dos atletas tenham que trabalhar durante a semana e aos finais de semana ir para os campeonatos.

Esse é o caso do Victor Yasunaga, 26 anos, center fielder e arremessador do time de Ibiúna, e durante a semana, fisioterapeuta em uma clínica no bairro do Ipiranga. Victor conheceu o esporte através de sua família. Ele relata que com seus seis anos se lembra de jogar beisebol no quintal de casa com seu pai. Para o atleta, independente das dificuldades que enfrenta, não pensa em desistir da bolinha branca: “Eu acho que nunca vou parar de jogar, o beisebol só me trouxe coisas boas, tanto de amizades, disciplina e educação que aprendi com os meus amigos e com os técnicos, então eu só tenho a agradecer a esse pessoal”.

 

Vitor Yasunaga, atleta do Ibiúna - FOTO: Gustavo Pereira
Vitor Yasunaga, atleta do Ibiúna - FOTO: Gustavo Pereira 

 

Gabriel Kenji, universitário e right field do Anhanguera, reforça que apesar de já ter se sentido desanimado com a falta de incentivo do esporte no país, o beisebol foi a “melhor coisa que aconteceu na minha vida”. Ele finaliza dizendo que o esporte faz parte de quem ele é e não consegue viver sem: “Com certeza é a minha segunda casa”.

Essa casa que o jovem atleta do Anhanguera se refere não para de crescer. Pelo contrário, procura receber novos integrantes. Exemplo disso é a história do árbitro de beisebol Claudionor Arbigaus, 55 anos, tenente da polícia militar na reserva e professor de educação física. Claudionor entrou no meio do esporte após o seu filho iniciar em um time de beisebol. Desde então, também treina e há dez anos apita jogos em campeonatos federados: “Eu ‘tô’ há uns 10 anos nessa atividade bacana para vir me divertir com o pessoal, para mim é hobby, mas a gente trata com seriedade todos os jogos, por isso que eu treino e dificilmente a gente acaba tomando decisão equivocada”.

O beisebol também é utilizado para conseguir bolsas em universidades brasileiras. O técnico do GECEBS, Rodnei Tetsuya, 32 anos, relembra que no período como jogador conquistou desconto de 100% em todo o curso na universidade. Hoje formado em Engenharia Elétrica, ele retribui o que o beisebol lhe deu, treinando as divisões de base e o time adulto da equipe com sede no Arujá: “Eu tento repassar de uma forma um pouco mais simplificada para os que estão chegando agora que dá certo, que a disciplina, que o esporte em si dá muitos benefícios”.

 

Jogador do Ibiúna posicionado para rebater a bola – FOTO: Gustavo Pereira
Jogador do Ibiúna posicionado para rebater a bola – FOTO: Gustavo Pereira 

 

Futuro do beisebol no Brasil

Ubiratan Leal acredita no potencial do beisebol aqui no país. Para ele a modalidade ainda não atingiu o “boom” como os outros esportes americanos e talvez isso ainda demore um pouco, mas afirma que o esporte tem crescido gradualmente. Ubiratan diz que a CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol) precisa fazer mais a parte dela para que o esporte tenha uma expansão no país. Ele sugere que sejam feitas ações em parques da cidade com gaiolas de arremesso e rebatidas, para que assim o público tenha o contato com o esporte e quem sabe goste da modalidade. Juntamente com a MLB, que precisa trazer uma faísca para ver o comportamento do público consumidor brasileiro.

Além disso, ele defende a inserção do jogo nas escolas, mesmo que como uma ferramenta ainda lúdica: “Se tivesse na educação física, aumentaria, como o handebol por exemplo [...] tem muito pouca infraestrutura e investimento para campeonatos organizados e o handebol brasileiro vive, o handebol brasileiro respira. O Brasil tem uma seleção que já foi campeão mundial no feminino”.

 

Crianças indo para o treino da escolinha de beisebol no Mie Nishi – Foto: Gustavo Pereira
Crianças indo para o treino da escolinha de beisebol no Mie Nishi – Foto: Gustavo Pereira  

 

Já para o Carlos Tatsumi, o que falta é a divulgação do esporte: “Para a gente crescer, precisa das empresas e da mídia, é dessa forma que a gente vai conseguir crescer”. Tatsumi finaliza ressaltando que o Brasil tem nível técnico: “A Confederação mantém a academia Yakult e lá tem técnicos latinos, cubanos, venezuelanos, mas só que ainda fica muito restrito, esse que é o problema”.

Rodnei Tetsuya, técnico do GECEBS, relata que o esporte realmente não é tão difundido e que a Confederação poderia fazer um trabalho melhor, mas que a mudança deve partir dos apaixonados pelo esporte: “Se ficar dependendo de outras pessoas a gente só vai ficar no desejo e arrependimento. Se nós quiséssemos que o esporte tivesse maior visibilidade, devemos fazer por nós, nós jogadores, nós atletas, nós técnicos. A entidade eles estão fazendo o papel deles, mas como nós somos amantes, a gente deveria nos unir mais e fazer por nós mesmos”.

Entenda mais sobre uma das estreantes da Copa do Mundo Feminina 2023
por
Rafael Rizzo
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03/07/2023 - 12h
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Seleção irlandesa na comemoração após a classificação para a Copa. Foto: Reprodução/ OneFootball

A Copa do Mundo Feminina 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, é o mais novo palco das futebolistas irlandesas. Não só é o primeiro mundial que elas disputam, como também é a primeira grande competição internacional na qual elas estão presentes. O elenco comandado pela técnica Vera Pauw, que conta com a estrela Denise O’Sullivan, espera não ir apenas a passeio: quer botar a prova a sua solidez defensiva e representar a sua força cultural na Oceania.

 

O PAÍS

A Irlanda é uma terra marcada pela rica cultura e desenvolvimento social. Possui um estilo musical tradicional, que envolve violinos, flautas e harpas em suas melodias. Muitos nativos têm o costume de se reunir em “pubs” (típicos bares do Reino Unido) nos finais de semana, para beberem umas cervejas. Além disso, a dança é uma arte muito praticada pelos irlandeses. O estilo “Riverdance”, com passadas rápidas e precisas, é reconhecido no mundo inteiro e integra a identidade cultural do país.

A literatura irlandesa também é reconhecida internacionalmente. Escritores como William Butler, Oscar Wilde e James Joyce viveram nos arredores da capital Dublin. Locais literários icônicos compõem a cidade, como a Biblioteca Chester Beatty e a Trinity College Library. A cultura da Irlanda está enraizada em lendas e na mitologia celta. Histórias antigas de heróis, deuses e seres míticos, como Leprechauns (duendes, em tradução), são passadas de geração em geração.

A Irlanda também é famosa por seus festivais que celebram uma variedade de eventos, como literatura, teatro e cultura celta. O “Saint Patrick's Day”, em 17 de março, é o festival originário da Irlanda mais conhecido e celebrado ao redor do mundo.

Em 2020, o IDH (Índice de desenvolvimento humano) da Irlanda chegou à marca de 0.955/1 e ficou entre os maiores índices do mundo no ranking. Isso só reflete o tamanho da influência cultural que o país perpetua nas ruas, bares, bibliotecas e ao redor das cidades. A renda média anual dos irlandeses é de 76.110 dólares (377 mil reais aproximadamente) e faz com que ocupem a 3º posição entre os países com maior poder de compra no planeta.

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Falésias de Moher, Irlanda. Foto: Reprodução/ Conexão Europa.

A SELEÇÃO

Em contraste com a forte cultura nativa, a seleção feminina irlandesa ainda busca um reconhecimento e um fortalecimento técnico do esporte no país. Muito por conta do futebol inglês (Premier League e as demais ligas inglesas) no qual está inserido, o país busca uma maior expressividade no âmbito internacional. Apesar de nunca ter conseguido se classificar para a Eurocopa, muito menos alcançado uma Copa do Mundo, as irlandesas apresentaram uma evolução significativa na última década. Das oito seleções estreantes deste mundial, apenas Portugal está a frente delas no Ranking FIFA das melhores seleções femininas do mundo.

 

A prancheta da Vera

 

Apesar da ascensão da equipe, o estilo de jogo adotado pela treinadora Vera Pauw é polêmico e controverso. O esquema tático 5-4-1 é questionado por ser monótono e extremamente defensivo. Muitas das vezes, os jogos são decididos por uma bola parada, após 90 minutos de “retranca” total. É o famoso “bola para o mato que o jogo é de campeonato!”.

A treinadora, em entrevistas coletivas, disse “não é que gosto de retrancas, mas eu gosto de ganhar. Jogar recuado é o que o time precisa para fazer boas exibições e vencer. Jogo com cinco defensoras porque, apesar de termos atletas fantásticas nesse setor, elas não são as mais rápidas. Se jogarmos aberto, podemos levar um 5 a 0”.

Em defesa da treinadora, esse estilo tem funcionado para a Irlanda. Após empatar fora de casa contra a Suécia nas eliminatórias para a Copa, o time surpreendeu no playoff final da UEFA e garantiu a classificação para o primeiro mundial, após vencer a seleção da Escócia por 1 a 0. Esses placares apertados e econômicos foram muito comuns na campanha de Vera Pauw. Se as redes balançaram, é muito provável que seja em lances de bola parada, como nos três gols na incomum vitória contra a Austrália, no amistoso pré-copa.

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Treinadora Vera Pauw. Foto: Reprodução/ Facebook FAIreland.

 

Trevos de quatro folhas

 

As principais “melodias” do elenco de Pauw são as meio-campistas Denise O’Sullivan (10) e Katie McCabe. Pela seleção, Denise contribuiu com 19 gols e Katie com 18, e lideram a artilharia, mesmo que a função das jogadores não é balançar as redes. Ambas ditam o ritmo do meio campo da seleção e Denise é o principal motorzinho da equipe.

A camisa 10 é uma das responsáveis pela classificação da seleção para a Copa. No jogo contra a Escócia, de 1 a 0, a desportiva foi a responsável pela assistência do gol que ficou marcado nos corações dos torcedores e torcedoras irlandeses. A jogadora ocupa o patamar das principais atletas do Campeonato Norte-Americano há alguns anos. “Não há nenhuma outra jogadora no mundo neste momento que consiga tanto armar as jogadas como também ser o motor do time, roubando bolas na defesa. Ela tem todas as qualidades.” disse Pauw a respeito da craque.

A elegância e protagonismo de O’Sullivan, combinados com as qualidades de sua companheira de meio campo McCabe, serão cruciais para o futuro da Irlanda na Copa do Mundo. Se a dupla estiver encaixada, as estreantes poderão aprontar algumas surpresas nesse mundial.

Além das atletas já consolidadas, Vera Pauw apostou na jovem promessa Abbie Larkin, com seu vasto talento. A ex-capitã da seleção sub-17 foi chamada para o time principal e estreou com apenas 16 anos. Não demorou muito e a centroavante, jogos depois, balançou as redes pela primeira vez. A jogadora, hoje com 17 anos, é pouco provável que seja titular. Porém, se pintar uma oportunidade, Abbie poderá ser a arma secreta da seleção irlandesa.

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Denise O’Sullivan com a camisa 10 da Irlanda. Foto: Reprodução/ Instagram Deniseosullivan10.

NA COPA

As irlandesas tiveram azar no sorteio da fase de grupos e caíram em uma cova de leões. As atletas terão que correr dobrado para se classificar em um grupo que inclui uma das anfitriãs (Austrália), a atual campeã olímpica (Canadá) e a seleção mais bem sucedida e vitoriosa da África (Nigéria). De longe, a Irlanda não é favorita para se classificar. Apesar disso, Vera Pauw montou um elenco, na medida do possível, capaz de dar trabalho para as adversárias balançarem as redes. Um 0 a 0 ou um 1 a 0 podem fazer total diferença para o rumo do grupo.

A solidez defensiva pode ser a pedra no sapato das grandes seleções do grupo. Logo de cara, a Irlanda enfrentará a Austrália, no dia 20 de julho, às 20h no horário local, e colocará em xeque a vantagem das adversárias de jogar em casa. Em seguida, enfrentarão a poderosa seleção do Canadá, no mesmo horário, sete dias depois.

O último jogo da fase de grupos será contra a Nigéria, no dia 31 de julho, às 20h no horário local. Esse confronto será um teste real do poder da defesa irlandesa. A forte ofensividade da seleção africana, com seu quadrado mágico e arsenal criativo, baterá de frente com a retranca de Vera Pauw e poderá decidir a miraculosa classificação da equipe.

 

Apesar de não serem as favoritas, a seleção feminina do Canadá, com sua história de sucesso recente e liderança sólida, está pronta para surpreender e competir entre as melhores equipes do mundo
por
Sophia G. Dolores
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29/06/2023 - 12h

Localizado na América do Norte, o Canadá é um país vasto e deslumbrante, conhecido por suas paisagens de tirar o fôlego. Com montanhas majestosas, lagos cristalinos e parques nacionais impressionantes, como as icônicas Montanhas Rochosas e as famosas Cataratas do Niágara, o país encanta os visitantes com sua natureza exuberante.

Além de suas belezas naturais, o Canadá oferece uma qualidade de vida excepcional. Com um sistema de saúde público de excelência, educação de alta qualidade, baixos índices de criminalidade e um forte compromisso com a sustentabilidade ambiental, o país constantemente é classificado como um dos melhores lugares para se viver.

Um aspecto marcante do Canadá é a sua diversidade cultural. Com cidades cosmopolitas como Vancouver, Toronto, Montreal e Calgary, o país recebe pessoas de diferentes origens étnicas e culturais. O multiculturalismo é uma política valorizada, promovendo a inclusão e o respeito às diferenças, refletindo-se nas celebrações de festivais culturais realizados em todo o país.

Os canadenses também são apaixonados por esportes, sendo o hóquei no gelo considerado o esporte nacional. Além disso, o Canadá oferece uma ampla gama de atividades ao ar livre para os entusiastas da natureza, como esqui, snowboarding, caminhadas e canoagem. A riqueza de recursos naturais, como petróleo, gás natural, minerais e madeira, também desempenha um papel importante na economia do país.

Nos últimos anos, o futebol feminino no Canadá também tem experimentado um crescimento exponencial, impulsionando a visibilidade e o reconhecimento do esporte no país. A seleção feminina canadense, sob a gestão da Associação Canadense de Futebol, ostenta uma história repleta de conquistas, jogadoras que esbanjam talento e uma mentalidade preparada para trazer o ouro - e dessa vez não é o olímpico. 

Uma história antiga de conquistas recentes

A seleção canadense possui uma longa história de participação em competições esportivas, abrangendo uma variedade de conquistas em sua bagagem. Desde os Jogos Olímpicos até campeonatos mundiais e torneios continentais, o país tem acumulado conquistas notáveis ao longo dos anos. 

Diferentemente das poucas oportunidades que a seleção masculina teve em edições de Copa do Mundo, a seleção feminina participou de todas, com exceção da estreia em 1991, com apenas 12 seleções disputando o campeonato. Além do quarto lugar em 2003, elas também alcançaram as quartas de final em duas ocasiões: em 1995, na Suécia, e em 2015, no próprio Canadá, provando que suas participações mostram a consistência da equipe e seu potencial de competir com as melhores seleções do mundo.

Mas foi nos Jogos Olímpicos que o Canadá tem estado em ascensão: o país conquistou sua primeira medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, novamente demonstrando sua força e competência em competições internacionais de grande visibilidade. E foi após a histórica conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020, que a seleção feminina do Canadá está sendo cada vez mais motivada e determinada para a Copa do Mundo de 2023. O feito inédito de garantir o ouro olímpico impulsionou o futebol feminino no país e solidificou a reputação da equipe como uma potência internacional.

Última conquista da equipe nas Olimpíadas de Tokyo(Foto: Loic Venance/ AFP)
Última conquista da equipe nas Olimpíadas de Tokyo(Foto: Loic Venance/ AFP)

Com a confiança renovada, as jogadoras canadenses estão prontas para enfrentar os desafios da Copa do Mundo e buscar um desempenho excepcional. A conquista do ouro olímpico serviu como um marco histórico e um momento de união para a equipe, que está ansiosa para continuar a escrever sua história de sucesso.

Bev Priestman: A liderança por trás da conquista

Priestman é uma figura essencial por trás do sucesso recente da seleção canadense feminina de futebol. Ela assumiu o cargo de treinadora da equipe em novembro de 2020, trazendo consigo uma vasta experiência e conhecimento tático adquiridos ao longo de sua carreira. Sua liderança tem sido fundamental para a evolução e os resultados positivos da equipe.

Uma das características marcantes da treinadora inglesa é sua abordagem equilibrada do jogo: ela reconhece a importância de uma organização defensiva sólida, garantindo que a equipe seja capaz de se proteger efetivamente contra os ataques adversários. Ao mesmo tempo, ela incentiva transições rápidas e eficientes, buscando aproveitar as oportunidades de contra-ataque e criar jogadas ofensivas perigosas. Essa abordagem moderada tem se mostrado eficaz, permitindo que a seleção canadense tenha um desempenho efetivo tanto na defesa quanto no ataque.

É indiscutível a atuação de Bev Priestman: a inglesa levou um time fora de forma do Canadá, que todos consideravam ter superado na conquista do bronze olímpico em 2012 e 2016, para o primeiro ouro da história da seleção. A treinadora que teve menos de dez meses de comando e mesmo assim, levantou a conquista histórica do Canadá nas olimpíadas diz que agora o desafio é outro, mas não poderia estar mais ansiosa para mudar a cor da medalha da Copa do Mundo. “Eu tinha um grupo de jogadoras que, na minha cabeça, tinha ficado um pouco confortável com essa vitória. Se eu não tivesse aparecendo para trabalhar todos os dias tentando ganhar uma medalha de ouro, o que eu ia fazer? Eu sabia que ia ser um desafio difícil, mas eu sempre soube, que se você colocar um desafio na frente desse grupo, elas vão aceitar”, conta em entrevista para a FIFA.

Bev enfrentará alguns desafios significativos para a Copa do Mundo de 2023, especialmente considerando a ausência de jogadoras-chave, como Janine Beckie. A ausência de uma jogadora talentosa e experiente como Beckie certamente representará uma lacuna a ser preenchida na equipe. No entanto, Priestman está preparada para lidar com esse obstáculo, pois é conhecida por sua capacidade de adaptar a estratégia e fazer ajustes táticos para maximizar o potencial das jogadoras disponíveis. A inglesa buscará identificar talentos emergentes e promissores para integrar a seleção, proporcionando oportunidades para novas jogadoras brilharem e contribuírem para o sucesso da equipe na Copa do Mundo de 2023.

: Bev Priestman se prepara para mudar a cor da medalha (Foto: Reprodução/ FIFA)
Bev Priestman se prepara para mudar a cor da medalha (Foto: Reprodução/ FIFA)

As protagonistas em campo

A seleção feminina contará com a presença de algumas das principais jogadoras do cenário internacional para a Copa do Mundo de 2023. Entre elas, destaca-se Christine Sinclair, a lendária atacante e maior artilheira da história do futebol internacional. Sua liderança e experiência serão fundamentais para o desempenho da equipe, proporcionando inspiração e confiança às suas companheiras de time.

Na defensiva, Ashley Lawrence é uma lateral de grande habilidade e velocidade, capaz de superar seus oponentes com facilidade. Além de sua contribuição na linha defensiva, Lawrence também se destaca pelo seu poder ofensivo, com cruzamentos precisos e jogadas de perigo para o time adversário.

Apesar de algumas ausências notáveis, como a de Janine Beckie, que está fora desta edição da Copa do Mundo por uma lesão, a seleção canadense permanece competitiva e determinada, isso porque tem em seu elenco peças fundamentais para completar esse esquema tático desafiador para Bev. É o caso da zagueira Kadeisha Buchanan, com uma liderança defensiva incansável, conhecida por sua força física e capacidade de antecipação, sendo um pilar indispensável no sistema defensivo do time.

Vale o destaque também para Julia Grosso, uma das mais jovens meio-campistas e que chega com um grande potencial para ser a chave que completa a equipe. Sua habilidade técnica, passes precisos e inteligentíssimas assistências contribuem para o equilíbrio e a criatividade do meio de campo canadense.

Com um elenco formado por talentosas jogadoras, a seleção feminina canadense está pronta para enfrentar os desafios da Copa do Mundo de 2023. A combinação de experiência, juventude e qualidade técnica promete levar a equipe a grandes feitos e a impressionar os fãs do futebol ao redor do mundo.

Embora não seja considerada uma das favoritas absolutas para vencer a Copa do Mundo, a seleção canadense está entre os times a serem observados de perto. Sua história de sucesso recente, aliada ao talento individual de suas jogadoras e à liderança de Bev Priestman, elevam suas chances de causar surpresas e competir de igual para igual com as equipes mais renomadas do mundo.

No entanto, o futebol é imprevisível, e a competição será acirrada. A seleção canadense terá de enfrentar desafios e superar obstáculos ao longo do caminho, principalmente em seu grupo. Mas com uma combinação de habilidades, determinação e o apoio apaixonado de seus torcedores, a equipe tem o potencial de escrever um capítulo memorável na história do futebol feminino canadense, e quem sabe encerrar a trajetória de Sinclair com o ouro, até então inalcançável . A Copa do Mundo de 2023 será, com certeza, uma oportunidade para elas mostrarem sua qualidade e competirem com os melhores, deixando sua marca no torneio.

 

Seleção das Matildas é cotada como uma das favoritas para a Copa do Mundo 2023
por
Isabela Koch
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28/06/2023 - 12h

A Austrália, localizada no hemisfério sul, é um país fascinante que cativa os visitantes com suas vastas paisagens naturais, rica diversidade cultural e estilo de vida descontraído. Com uma história que remonta a milhares de anos, a Austrália é o lar dos aborígenes australianos, bem como de uma sociedade multicultural moderna.

Na costa leste, cidades como Sydney e Melbourne exibem uma harmoniosa combinação de praias paradisíacas e arranha-céus modernos. A Grande Barreira de Coral, considerada uma das maravilhas naturais do mundo, é um destaque na região de Queensland, oferecendo um espetáculo subaquático impressionante.

A Austrália é famosa pela sua vida selvagem única e diversa. Desde cangurus e coalas até o enigmático ornitorrinco e os coloridos papagaios, a fauna australiana é repleta de espécies endêmicas. Um dos símbolos mais icônicos é o canguru, que pode ser avistado em várias partes do país. A Grande Barreira de Coral também abriga uma rica variedade de vida marinha, incluindo tartarugas marinhas, peixes coloridos e corais impressionantes.

O país possui um sistema de saúde público de qualidade, conhecido como Medicare, que oferece cuidados médicos acessíveis para os cidadãos. O sistema educacional é bem desenvolvido, com universidades reconhecidas internacionalmente.

Uma nação multicultural, com uma população diversificada composta por pessoas de origens étnicas e culturais diferentes. Isso contribui para uma rica tapeçaria cultural, com influências de todo o mundo na culinária, nas artes, na música e na moda. A diversidade é valorizada e celebrada como um aspecto fundamental da identidade australiana.

No grupo B, as meninas prometem muito jogo e muita raça, estreando contra a Irlanda no dia 20/07, depois enfrentando a Nigéria no dia 27/07, e para finalizar os jogos do grupo, joga com o Canadá no Melbourne Rectangular Stadium no dia 31/07.

 

 

Histórico das Matildas

O futebol feminino na Austrália tem ganhado força ao longo dos anos. As jogadoras australianas têm demonstrado excelência técnica, mentalidade competitiva e uma paixão inigualável pelo esporte. O crescimento do futebol feminino também foi impulsionado por um aumento no investimento, profissionalização e visibilidade do esporte em nível nacional.

A seleção da Austrália de futebol feminino tem um histórico impressionante de conquistas. Em 2011, a equipe alcançou o segundo lugar da Copa da Ásia, em um jogo disputadíssimo, no qual o Japão levou a melhor somente na prorrogação, já na Copa da Ásia de 2015 a seleção feminina marcou território, já que jogaram em casa, e ganharam a final contra a Coréia do Sul. Apesar de nunca ter chegado a uma quarta de final da Copa do Mundo Feminina.

Além disso, a seleção australiana também teve um desempenho notável nos Jogos Olímpicos. Em 2020, nos Jogos de Tóquio, a equipe chegou às quartas de final e perdeu a medalha de bronze para a seleção feminina dos Estados Unidos.

Em abril de 2023 a plataforma de streaming Disney+ anunciou a série "Matildas: A Caminho do Mundial ". A série, que é composta por episódios em formato de documentário, conta a vida por trás das câmeras  da Seleção australiana de futebol feminino, e mostra ao mundo o crescimento do esporte feminino. 

A série que estreou dia 26 de abril relata as histórias das estrelas da seleção, revelando o que precisam fazer para chegar aonde estão, todos os sacrifícios, episódios de machismo, dificuldades que tiveram, além das pessoas que tiveram que deixar para trás para representar o país e as mulheres do mundo todo. E claro o maior desafio de todos, “Como conquistar a Copa do Mundo Feminina da FIFA de 2023, dentro de casa. 

 

 

Camisa 20

A seleção australiana montou um time muito forte para este ano. Estrela da Champions League e capitã da seleção da Austrália, a atacante do Chelsea Sam Kerr é um dos principais nomes do time, e em 2023 terá a honra de defender o seu país jogando uma Copa do Mundo em casa.

Em 2019 a camisa 20 da seleção feminina foi parar na Inglaterra, para defender o Chelsea, e em pouco tempo se tornou a famosa “máquina”. Na temporada de 2020/21, Kerr fez o possível e o impossível cravando 36 bolas na rede em 47 partidas,  e logo quebrando o seu próprio recorde marcando 41 gols em 43 partidas.

O talento e dedicação dessa mulher fez com que a australiana se tornasse a primeira mulher a posar para a capa de um jogo da FIFA. Modelando ao lado do jogador do Paris Saint-Germain, Kylian Mbappe, a diva do Chelsea aparece como estrela na embalagem de FIFA 23, última edição do jogo de futebol.

 

 

Estádios

Os jogos que ocorrerão na Austrália foram distribuídos em 6 estádios, o primeiro deles, no qual a seleção australiana fará sua estreia na Copa, é o:

 

Accor Stadium

Anteriormente conhecido como Telstra Stadium, é um estádio multiuso localizado em Sydney. Possui capacidade para 82,5 mil torcedores na configuração oval, para jogos de críquete e futebol australiano também conhecido como Aussie Rules, esse curioso esporte que foi criado em Melbourne no século 19, e 83,5 mil torcedores na configuração retangular para jogos de rugby e futebol.

Accor Stadium. Imagem: Divulgação/Austadium
Accor Stadium, em Sydney, Austrália. Imagem: Divulgação Austadiums

 

Suncorp Stadium

O Suncorp Stadium fornece a Brisbane e ao sudeste de Queensland uma capacidade de mais de 52,5 mil lugares. De última geração e de classe mundial, a locação é capaz de acomodar uma variedade de usos. Anteriormente, o terreno abrigava um cemitério e apenas em 1910 foram retirados os restos mortais para a criação de um parque. Em 1994, o Suncorp Stadium ganhou vida.

Suncorp Stadium
Suncorp Stadium, em Queensland, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

Melbourne Rectangular Stadium

Conhecido como AAMI Park por motivos de patrocínio, é um estádio esportivo ao ar livre no local do Edwin Flack Field, no Sports and Entertainment Precinct, no distrito comercial central de Melbourne. Quando concluído, em 2010, foi o primeiro grande estádio retangular construído em Melbourne.

Melbourne Rectangular Stadium
Melbourne Rectangular Stadium, em Melbourne, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

HBF Stadium

O Perth Superdrome, conhecido como HBF Stadium sob um acordo comercial, é um complexo esportivo em Perth, Austrália Ocidental. É a sede do Instituto de Esportes da Austrália Ocidental (WAIS) e possui capacidade máxima de 20,5 mil pessoas.

HBF stadium
HBF Stadium, em Perth, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

Hindmarsh Stadium

Localizado em Adelaide, Austrália Meridional, o estádio é a casa do Adelaide United. Foi fundado em 1960 e reformado em 2000. Tem capacidade para 16,5 mil pessoas.  

Hindmarsh stadium
Hindmarsh Stadium, em Adelaide, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

Sydney Football Stadium

Conhecido comercialmente como Allianz Stadium, é um estádio de futebol em Moore Park que tem capacidade para abrigar 45,5 mil pessoas e recebeu a final do futebol feminino nos Jogos Olímpicos de 2000.

Allianz Stadium
Allianz Stadium, em Sydney, Austrália. Imagem: Divulgação/Austadiums

 

 

Como funciona a Austrália

O técnico da seleção feminina, Tony Gustavsson, que esta no comando da seleção à quase 4 anos, e tem contrato firmado até o ano que vem. Gustavsson foi auxiliar técnico de Jill Ellis, treinadora dos EUA nas duas campanhas vencedoras da Copa do Mundo Feminina. Atualmente é treinador do Hammarby, da Suécia, e iniciará sua função nas Matildas em 1º de janeiro de 2021. O profissional também já trabalhou com Pia Sundhage, atualmente técnica da seleção brasileira, no ouro olímpico das americanas em 2012.

Em 2020 no ínicio da sua carreira com as Matildas, Tony foi questionado se acreditava que a seleção ganharia a Copa do Mundo Feminina de 2023 e respondeu "Eu não estaria aqui se não achasse que isso seria possível".

A seleção de Gustavsson joga num 4-4-2 sem bola com duas linhas de 4 bem definidas, dando liberdade para Sam Kerr e Mary Fowler não ter tantas obrigações defensivas. Outra variação bastante usava por Tony, é o 4-2-3-1, focando em povoar o meio campo e colocando Sam Kerr e Hayley Raso como centroavantes.