Em São Januário, a equipe brasileira não saiu do zero e ouviu vaias da torcida
por
Felipe Abel Horowicz Pjevac
|
24/04/2025 - 12h

 

Nesta terça-feira (22), o Vasco da Gama recebeu o Lanús, da Argentina, no estádio de São Januário pela terceira rodada da Copa Sul-Americana. O resultado foi um empate em 0 a 0, com um desempenho abaixo do esperado da equipe vascaína.

O Vasco entrou em campo com o time titular, mas com desfalques importantes, como Maurício Lemos e Payet, lesionados, além de Tchê Tchê, com problemas familiares.

O Cruz-Maltino buscava uma vitória que garantiria a liderança isolada do grupo G. A equipe estava empatada em pontos com o Lanús — que liderava o grupo por ter um saldo de gols maior

A partida começou agitada, com o Lanús criando a primeira oportunidade. Aos cinco minutos, após cobrança de escanteio da equipe argentina, a bola sobrou para Marcich, que acertou a trave esquerda do goleiro Léo Jardim.

O Vasco ensaiou uma pressão, mas criava poucas oportunidades de perigo. Aos 26 minutos, Philippe Coutinho cruzou escanteio e Vegetti, desequilibrado, desviou fraco para defesa fácil do goleiro Nahuel Losada.

Aos 34 minutos, a melhor chance para os vascaínos: após troca de passes na ponta direita, o volante Jair recebeu um passe dentro da área, mas chutou por cima da meta.

Vasco
Jogo entre Vasco e Lanús foi truncado e com poucas oportunidades. Foto: Matheus Lima/Vasco da Gama

Ainda no primeiro tempo, Nuno Moreira teve chance clara após receber cruzamento rasteiro do lateral Paulo Henrique, mas chutou para fora.

No início do segundo tempo, o Lanús tentou construir mais jogadas no campo de ataque. Em escapada rápida, Eduardo Salvio finalizou, a bola desviou na cabeça do zagueiro Lucas Freitas e saiu com perigo.

O Vasco mantinha a posse de bola, mas não conseguiu furar a defesa do Lanús e construir jogadas de perigo. As bolas levantadas na área foram rebatidas, e o artilheiro Vegetti não teve oportunidades claras.

Aos 25 minutos, Paulinho Paula recebeu a bola na entrada da área e assustou o goleiro Losada com um chute rasteiro que passou rente à trave.

O jogo acabou com o placar de 0 a 0, para a frustração dos quase 20 mil torcedores presentes no estádio. Após o apito final, uma parte da torcida vaiou o desempenho da equipe e protestou contra o treinador, Fábio Carille.

Esse foi o terceiro jogo consecutivo sem vitória do Vasco, que agora viaja até Belo Horizonte para enfrentar o Cruzeiro, às 18h30 de domingo (27), pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

Já na Sul-Americana, Lanús e Vasco lideram o grupo G com cinco pontos; os argentinos estão na frente pelo maior saldo de gols. Na próxima rodada, o Vasco vai à Venezuela para o duelo contra o Puerto Cabello, enquanto o Lanús visita o Melgar, do Peru.

Equipe do presidente Neymar Jr. venceu o G3X FC em confronto direto pela ponta da tabela
por
Fernando Muro Schwabe
Daniel Santana Delfino
|
23/04/2025 - 12h

Idealizada por Gerard Piqué, ex-jogador do Barcelona, a Kings League chegou ao Brasil. Disputada na Oreo Arena, em Guarulhos (SP), o torneio conta com dez equipes e tem trazido muitas emoções nos dois extremos da tabela. A quinta rodada aconteceu na última segunda-feira (21) e decretou a FURIA como líder isolada do campeonato
 

Fluxo FC 2 X 7 Nyvelados FC

Em momentos diferentes na tabela, o Fluxo FC enfrentou o Nyvelados FC e foi derrotado por 7 a 2. Mesmo saindo na frente no primeiro minuto com gol de Thiago, o Nyvelados virou com Leo Gol, de pênalti, e dois gols de Bruninho, ainda na primeira etapa. 

Leo Gol é o grande destaque na boa campanha do Nyvelados FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Leo Gol é o grande destaque na boa campanha do Nyvelados FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Na segunda etapa, Bruninho e Leo Gol seguiram ditando o ritmo, com mais um do camisa 70, que chegou ao hat-trick e mais três gols do camisa 10. O Fluxo, por fim, diminuiu com Murillo, mas foi insuficiente para buscar a virada.

Capim FC 5 X 3 FC Real Elite

Em um dos duelos mais esperados da rodada, o Capim saiu na frente, com gol do goleiro Barata no primeiro minuto de jogo. No fim do primeiro tempo, Brinquinho ampliou para a equipe do presidente Luva de Pedreiro. 

Goleiro Barata abriu o placar para o Capim FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Goleiro Barata abriu o placar para o Capim FC. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Na segunda etapa, Negão marcou duas vezes e colocou quatro gols de vantagem para o Capim. O Real Elite diminuiu com Allan Stag convertendo o pênalti presidente. A equipe utilizou seu gol em dobro, vindo da carta secreta, e encostou no placar após João Vitor mandar contra o próprio gol. Mesmo após a expulsão de Henry, o Capim FC marcou com Neto, no shoot out, e saiu com a vitória por 5 a 3. 

Desimpedidos Goti 6 X 3 LOUD SC

Fora da zona de classificação, Desimpedidos e LOUD entraram em campo precisando da vitória. Aos três minutos, Jonatas abriu o placar para a equipe ligada ao canal do YouTube. No fim da primeira etapa, Gustavinho ampliou e a equipe poderia ter chegado ao terceiro, mas Toguro desperdiçou seu pênalti presidente. Mesmo assim, o Desimpedidos marcou no último minuto do primeiro tempo com Gui. Antes do apito final, a LOUD diminuiu com Pedro Augusto. 

O Desimpedidos Goti venceu sua segunda partida e entrou na zona de classificação para o mata-mata. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
O Desimpedidos Goti venceu sua segunda partida e entrou na zona de classificação para o mata-mata. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

Precisando buscar a virada, a LOUD voltou melhor para a segunda etapa e diminuiu aos 26 minutos, com Pedro Augusto batendo pênalti. Um minuto depois, Marcelinho marcou e voltou a colocar o Desimpedidos com boa vantagem. O presidente Coringa converteu seu pênalti presidente, colocando a LOUD no jogo mais uma vez. No último lance, Luisinho marcou para Desimpedidose e devido aos acréscimos, o gol valeu por dois, dando números finais ao duelo. 

G3X FC 7 X 9 FURIA FC

Em duelo valendo a liderança isolada, o G3X FC saiu na frente com gol de Ton ainda no primeiro minuto de jogo. No lance seguinte, a FURIA empatou com Leleti. Três minutos depois, Kenu marcou e voltou a colocar o G3X na frente. Aos 18 minutos, o dado foi lançado e colocou a partida na configuração dois contra dois. No período, a FURIA virou o placar ao marcar quatro vezes, com Leleti, Dedo, que deixou o campo, e Lipão, que marcou duas vezes. O G3X diminuiu novamente com gol de Kenu.

Com dez gols, Leleti é o vice-artilheiro da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Com dez gols, Leleti é o vice-artilheiro da Kings League Brazil. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

No segundo tempo, a FURIA voltou a ampliar com gols de Jeffinho e Cris Guedes convertendo o pênalti presidente. A resposta do G3X veio minutos depois, com Kelvin Oliveira marcando no pênalti e Kenu fazendo um golaço de fora da área. Nos minutos finais, Leleti e Kenu marcaram com gols dobrados, encerrando a partida com vitória por 9 a 7 e liderança isolada para a FURIA FC. 

Funkbol Clube 3 X 6 Dendele FC

Encerrando a rodada, o Dendele FC saiu na frente com gols de Lyncoln e Guilherme aos quatro e cinco minutos de jogo. Aos sete, Luqueta converteu o pênalti presidente e aumentou a vantagem. No minuto seguinte, o Funkbol diminuiu com Douglinha. O camisa 9 voltaria a marcar no minuto seguinte, mas viu sua equipe sofrer novo gol de Lyncoln. 

Elenco do Dendele FC comemora gol do Presidente Luqueta. Foto: Reprodução/Kings League Brazil
Elenco do Dendele FC comemora gol do Presidente Luqueta. Foto: Reprodução/Kings League Brazil

No fim da primeira etapa, Kaká converteu o shoot out e colocou o quinto do Dendele no placar. No segundo tempo, Lucas Hector marcou o sexto da equipe do presidente Luqueta. Já sem esperanças de virada, Douglinha marcou seu terceiro gol na partida e deu números finais ao último confronto da quinta rodada da Kings League Brazil. 

 Confira os jogos da sexta rodada, que acontece na próxima segunda-feira (28):

 

  • 17h: Funkbol Clube X Nyvelados FC

  • 18h: FC Real Elite X Fluxo FC

  • 19h: Dendele FC X G3X FC

  • 20h: Desimpedidos Goti X FURIA FC

  • 21h: Capim FC X LOUD SC

Com gols de Saka e Martinelli, os ingleses garantem a classificação
por
João Lucas Palhares
|
22/04/2025 - 12h

Nesta quarta-feira (16), o time londrino venceu o Real Madrid por 2 a 1 no Santiago Bernabéu. Com o resultado, os Gunners avançaram às semifinais da Champions League após 16 anos, superando eliminações precoces em edições anteriores 

O Arsenal chegou com uma proposta clara de controlar o jogo. Porém, os primeiros minutos foram bem movimentados. Aos 9 minutos, o jovem zagueiro Asensio cometeu o pênalti em cima do Merino. Saka tentou a cavadinha, mas parou nas mãos de Courtois.  

Os merengues estavam com dificuldade de atacar.  Aos 25 minutos, Mbappé caiu na área e o juiz deu pênalti. Mas foi anulado após a revisão do árbitro de vídeo. Já no final, Gabriel Martinelli finalizou forte, mas o goleiro belga defendeu, terminando o primeiro tempo em 0 a 0 

No segundo tempo, o Arsenal controlava a partida e jogava nos contra-ataques. Aos 20 minutos, Merino deu belo passe para Saka, que se redimiu do pênalti perdido, acertou a cavadinha e abriu o placar. 

A vantagem durou pouco. Dois minutos após o gol, Saliba errou na saída de bola, e Vinicius Júnior aproveitou, roubou a posse e fez o gol, empatando a partida em 1 a 1. 

 Já nos acréscimos, em um contra-ataque mortal, Gabriel Martinelli arrancou nas costas da zaga, ganhou na corrida dos zagueiros e bateu no canto do goleiro, garantindo a classificação. O jogo terminou em 2 a 1 para os visitantes. 

.
Gabriel Martinelli comemora seu gol/Reprodução - site Arsenal 

O próximo adversário do Arsenal será o Paris Saint-Germain, no dia 29/04 às 16h (horário de Brasília). O jogo de ida será no Emirates Stadium, em Londres. 

Equipes fazem valer o mando de campo e garantem os três pontos
por
Nathalia de Moura
Tamara Ferreira
|
22/04/2025 - 12h

A quarta rodada do Campeonato Brasileiro contou com a primeira goleada do Mirassol na história do campeonato e bons confrontos com mudanças na tabela. Apenas Bahia, São Paulo e Sport não tiveram vitórias até agora na competição. Confira como foram os jogos:

CEARÁ 2 X 1 VASCO

Na abertura da rodada, o Ceará venceu o Vasco por 2 a 1, no Castelão, em noite iluminada do atacante e um dos artilheiros do campeonato, Pedro Raul. O camisa 9 marcou duas vezes para garantir a vitória do Vozão. Vegetti descontou para o Vasco e se juntou a Pedro Raul na artilharia do Brasileirão, com quatro gols cada.

Os cearenses dominaram a equipe cruzmaltina em boa parte do jogo. No primeiro tempo, mesmo sem tanta posse de bola, o Vozão teve as chances mais perigosas e pressionava a saída de bola vascaína. A pressão surtiu efeito aos 28 minutos: o zagueiro João Victor recuo mal a bola para a defesa, Lucas Mugni aproveitou, invadiu a área e cruzou para Pedro Raul abrir o placar. Aos 31 minutos, o goleiro do time carioca, Léo Jardim, saiu errado, a bola sobrou para Galeano chutar forte. Na sobra, Pedro Raul, de frente para o goleiro, tentou driblar para finalizar, mas foi desarmado. O Vasco até tentou com Payet e Vegetti, mas foi para o vestiário com desvantagem no marcador.

1
Pedro Raul tem nove gols em dez partidas pelo Vozão. Foto: Gabriel Silva/Ceara SC

Na segunda etapa, o Vasco voltou com três mudanças feitas por Fábio Carille com  a intenção de ir mais ao ataque. A equipe até melhorou, mas não pressionou tanto o adversário. Sem Philippe Coutinho, poupado da partida pela comissão técnica, a torcida vascaína ainda viu Payet, substituto do meia brasileiro, sair da partida aos 10 minutos do segundo tempo alegando dores no joelho direito. 

Mesmo sem o francês, o Vasco foi ao ataque com Lucas Piton, mas a bola saiu por cima do gol depois da finalização de primeira. O Ceará apostava nos contra-ataques e em jogada aos 35 minutos, Galeano cruzou pela direita, Guilherme subiu nas costas de Paulo Henrique e cabeceou para o meio. Pedro Raul aproveitou o apagão da zaga vascaína e, sozinho, ampliou o placar. Na tentativa de diminuir o marcador, o cruzmaltino foi ao ataque e nos acréscimos, aos 47 minutos, Vegetti descontou após cruzamento de Rayan pela esquerda.

Com a vitória por 2 a 1, o Ceará foi a sete pontos e dormiu na terceira posição. O Vasco, por sua vez, ficou em sexto, com seis pontos. 

Na próxima rodada, a equipe nordestina visita o Bahia, na Arena Fonte Nova, na segunda-feira (21), às 20h (horário de Brasília). Já o Vasco duela contra o Flamengo, no Maracanã, no sábado (19), às 18h30 (horário de Brasília).

BOTAFOGO 2 X 2 SÃO PAULO

No jogo de abertura da quarta rodada do Brasileirão, o São Paulo saiu na frente duas vezes, com Ferreirinha e André Silva, mas o Botafogo empatou com gols de Savarino e Igor Jesus — ambos marcados poucos minutos após os tentos tricolores.

O primeiro tempo foi agitado, com chances para os dois lados, três gols marcados, pênalti e gol anulado. Aos sete minutos, Savarino recebeu na área e chutou, mas o goleiro Rafael se esticou e defendeu. Calleri respondeu aos 14, mas Jhon também fez a defesa. Nessa etapa, os dois times tiveram dificuldades para chegar até a pequena área e arriscaram finalizações de longa distância. Foi assim que saíram os primeiros gols: aos 20 minutos, Ferreirinha aproveitou a sobra de um escanteio, saiu da marcação e chutou para abrir o placar. Três minutos depois, a equipe carioca respondeu. Após troca de passes, Savarino recebeu na entrada da área e chutou — de forma semelhante ao gol paulista — para empatar.

2
Jogadores do Botafogo comemoram gol de Savarino. Foto: Vítor Silva/Botafogo

Aos 45, o árbitro marcou em campo um pênalti de Alan Franco em cima de Cuiabano, lateral botafoguense. Minutos depois,  o VAR chamou o árbitro para analisar as imagens e o lance foi anulado. Já aos 52 minutos, o São Paulo chegou a ampliar o placar com gol de Ferraresi, mas foi anulado por impedimento de Alves no lance. O Tricolor voltou a marcar aos 58 minutos, com André Silva e, desta vez, o lance foi válido.

A segunda etapa foi intensa, com direito a protestos contra o técnico Renato Paiva, que foi chamado de burro pelos torcedores presentes, quando tirou Gregore para colocar Patrick de Paula. Além disso, a etapa contou com 34 finalizações, sendo 21 finalizações do Alvinegro e 13 do Tricolor. Melhor para o Botafogo que conseguiu empatar a partida aos 38 minutos. De tanto insistir, Igor Jesus conseguiu superar Rafael e marcou para garantir mais um ponto da equipe no Brasileirão.

Com o empate, o Botafogo caiu para 11ª posição, por outro lado, o São Paulo ainda não venceu no campeonato, são quatro jogos e quatro empates, ocupando no momento a 15º colocação.

As equipes voltam ao campo no domingo (20), às 16h (horário de Brasília). O Alvinegro enfrentará o Atlético-MG, no Mineirão. Já o Tricolor recebe o Santos, no Morumbis.

SPORT 0 X 1 RB BRAGANTINO

Fora de casa, o Bragantino venceu o Sport por 1 a 0 com gol do lateral Juninho Capixaba e fez com que o Leão da Barra fosse para a lanterna do campeonato. Com a segunda vitória seguida, o Massa Bruta entrou no G4 e agora tem sete pontos. Já a equipe Rubro-Negra amargou sua terceira derrota consecutiva e tem apenas um ponto na tabela.

O primeiro tempo foi marcado pela troca de domínio entre as equipes. Mesmo o Sport ficando mais com a bola no começo, o Bragantino que foi efetivo. Aos 13 minutos, após cobrança de escanteio, Eduardo Sasha finalizou de primeira para boa defesa de Caíque França. No rebote, Juninho Capixaba aproveitou a oportunidade e abriu o placar para os visitantes. Aos 18 minutos, o árbitro assinalou pênalti para o Sport após Du Queiroz chutar no rebote e a bola bater no zagueiro da equipe paulista. Após ir ao VAR, o juiz voltou atrás na decisão. No restante da primeira etapa, o Bragantino tomou conta do jogo e impôs mais pressão ao Sport, que não conseguia reagir após o gol sofrido.

3
Com a derrota, o Sport está na lanterna do Campeonato Brasileiro. Foto: Paulo Paiva/Sport Recife

No segundo tempo, o Sport foi ao ataque em busca do empate e o Bragantino ficou mais fechado, apostando nos contra-ataques. O Leão da Barra teve oportunidades com Chrystian Barletta e Lenny Lobato. O Massa Bruta também tentava com Isidro Pitta, mas o cabeceio do atacante aos 21 minutos foi bloqueado. 

A equipe paulista seguia protegendo a área e fazia com que o Sport apostasse em chutes de longe. Os meio-campistas Atencio e Titi Ortíz protagonizaram as chances mais perigosas dos mandantes na segunda etapa. Aos 22 minutos, Ortíz chutou de fora da área e a bola explodiu no travessão do goleiro Cleiton. Aos 23, Atencio chutou colocado e viu a bola passar perto do gol. Mesmo com a pressão leonina, o Bragantino segurou o resultado e a vitória fora de casa. 

Após o apito final, o técnico Pepa, da equipe pernambucana, ouviu gritos de “burro” dos mais de 12 mil torcedores presentes na Ilha do Retiro. As manifestações da torcida já eram ouvidas quando ele substituiu, aos 30 minutos de segundo tempo, Chrystian Barletta para colocar Gustavo Maia. A pressão sobre o treinador português vem se intensificando após três jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro.

Na próxima rodada, o Sport tenta seu primeiro triunfo contra o Corinthians, na Neo Química Arena, no sábado (19), às 16h (horário de Brasília). Já o Bragantino recebe o Cruzeiro em Bragança Paulista (SP), às 20h30 (horário de Brasília), no domingo (20).

MIRASSOL 4 X 1 GRÊMIO 

Na noite de quarta-feira (16), o Mirassol conquistou sua primeira vitória na história da Série A do Brasileirão. Após vencer o Grêmio por 4 a 1 em casa, com gols dos laterais Daniel Borges e Reinaldo, a equipe do interior paulista chegou a cinco pontos e subiu para a oitava posição na tabela. Já o Tricolor Gaúcho segue com três pontos na 15ª posição.

O jogo teve um amplo domínio do Mirassol. O placar começou a ser construído antes dos 20 minutos de partida. O lateral direito, Daniel Borges, abriu o placar logo aos seis minutos, após acertar o ângulo do gol defendido por Tiago Volpi. Aos oito, o árbitro Lucas Paulo Torezin assinalou pênalti para o Grêmio, mas o VAR o chamou para revisão e ele voltou atrás na decisão. Com 17 minutos de jogo, outro pênalti foi marcado, mas dessa vez a favor dos mandantes. Tiago Volpi derrubou Gabriel na área e tomou amarelo. O lateral esquerdo Reinaldo foi para a marca da cal e ampliou o placar em 2 a 0 para o Mirassol, fazendo jus à lei do ex.

O Grêmio não se encontrou na partida e acumulou erros defensivos. Tiago Volpi trabalhou nos lances de finalização de Danielzinho e cabeceio de João Victor. A melhor chance dos gremistas na primeira etapa foi a finalização do lateral João Pedro, que chutou forte para boa defesa do goleiro Alex Muralha.

4
Reinaldo comemora seu primeiro gol no Brasileirão com a camisa do Mirassol. Foto: Pedro Zacchi/Agência Mirassol

No segundo tempo, o Grêmio se lançou ao ataque buscando reagir na partida e logo nos dois primeiros minutos, Amuzu teve duas boas finalizações. O Mirassol só voltou a atacar aos 15 minutos, quando Neto Moura finalizou no rebote. Aos 23, o zagueiro Jemerson, do Grêmio, subiu mais alto e carimbou o travessão do goleiro Alex Muralha. Os dois times criaram oportunidades, mas aos 32 minutos, Reinaldo voltou a marcar, desta vez um golaço de falta.

O tricolor gaúcho descontou aos 36 minutos com o atacante Braithwaite. A equipe sulista pressionou a saída de bola do Leão e Daniel Borges entregou a bola nos pés do camisa 22. Ele encobriu Alex Muralha e fez seu primeiro gol no campeonato. De início, foi marcado impedimento no lance, mas o VAR validou a finalização. O quarto gol do Mirassol saiu mais uma vez dos pés de Daniel Borges, aos 39 minutos, que chutou de primeira após assistência de Edson Carioca. Com a vitória por 4 a 1, o Leão também aplicou sua primeira goleada na história do Campeonato Brasleiro.

Após o revés, o treinador Gustavo Quinteros foi demitido do comando da equipe gaúcha. O anúncio foi feito pelo presidente tricolor, Alberto Guerra, em coletiva. Quinteros esteve à frente do time em 18 partidas, com oito vitórias, cinco empates e cinco derrotas. Junto a ele, os auxiliares Leandro Desábato, Maximiliano Quezada e Rodrigo Quinteros (filho) e o preparador físico Hugo Roldán também foram desligados do clube.

Na próxima rodada, o Mirassol enfrenta o Juventude, no Alfredo Jaconi, no domingo (20), às 11h (horário de Brasília). O Grêmio tem pela frente o Gre-Nal 447 contra o Internacional, no sábado (19), em sua Arena, às 21h (horário de Brasília).

INTERNACIONAL 0 X 1 PALMEIRAS

Na noite de quarta-feira (16), às 19h30 (horário de Brasília), o Internacional recebeu o Palmeiras e foi derrotado por 1 a 0, com gol de Facundo Torres. Com isso, chegou ao fim a sequência de invencibilidade do Colorado, que era o único clube do mundo ainda invicto na temporada em partidas oficiais.

O primeiro tempo foi mais estratégico, com poucas chances claras de gol. Os goleiros pouco foram exigidos, e o duelo teve ritmo baixo. As equipes tentaram assustar, mas não geraram lances de real perigo. 

A etapa final começou intensa. Com poucos segundos, Enner Valencia ficou de cara para o gol, mas finalizou para fora. O jogo esfriou por alguns minutos até que, aos 17, Gustavo Gómez lançou Richard Ríos, que ganhou de Bernabei, avançou e cruzou para Facundo Torres empurrar para as redes.

5
Facundo Torres comemora seu gol com Estêvão, Giay, Richard Ríos e Piquerez. Foto: César Greco/Palmeiras 

Aos 23, Estêvão recebeu de Vitor Roque e soltou o pé, mas um leve desvio em Anthoni tirou tinta da trave. O Colorado respondeu aos 28, quando Alan Patrick cruzou e Valencia quase empatou, mas Weverton defendeu com o peito. Nos acréscimos, aos 46, o equatoriano teve mais uma chance, mas o goleiro do Verdão brilhou novamente.

O Palmeiras ainda marcou o segundo aos 50 minutos, após sobra de bola em lance de Paulinho, que tentou driblar Anthoni e foi desarmado. Allan marcou com o gol vazio, mas o impedimento foi assinalado rapidamente.

Com o resultado, o Alviverde chegou a 10 pontos em quatro jogos e ocupa a segunda posição na tabela. Já o Inter está em décimo, com cinco pontos.

O Colorado volta a campo no sábado (19), às 21h (horário de Brasília), no Gre-Nal, na Arena do Grêmio. O Palmeiras joga no domingo (20), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Fortaleza, no Castelão.

CORINTHIANS 0 X 2 FLUMINENSE

Também às 19h30 (horário de Brasília), com gols de Renê — que gerou memes na internet — e Jhon Arias, o Fluminense venceu o Corinthians por 2 a 0 e somou mais três pontos sob o comando de Renato Gaúcho. Já o Timão não conseguiu ser efetivo, o que culminou na demissão de Ramón Díaz.

A primeira etapa teve poucos lances concretos de gol. Enquanto o Alvinegro tentava pressionar, o Tricolor esperava ter a bola para atacar, mas sem muito sucesso. O primeiro tempo terminou sem gols.

Na etapa final, a postura foi semelhante, com a diferença de que os gols saíram. Aos 17 minutos, Félix Torres afastou um cruzamento, e no rebote, Renê chutou de fora da área para abrir o placar para o Flu. O lance virou meme nas redes, já que, no começo do segundo tempo, o lateral se sentia enjoado e pediu um remédio — considerado por alguns o "estímulo" para o golaço.

6
Renê comemora o seu gol diante o Corinthians. Foto: Lucas Merçon/Fluminense F.C

Com a vantagem, o Tricolor recuou para se defender e partir em contra-ataques. Aos 36 minutos, após aproveitar erro na saída de bola do Corinthians, Serna foi derrubado por Martínez. Inicialmente, o árbitro não marcou, mas o VAR recomendou a revisão e o pênalti foi assinalado. Na cobrança, Arias deslocou Matheus Donelli e fez o segundo.

Com a vitória, o Fluminense chegou a nove pontos e ocupa o terceiro lugar na tabela. O Alvinegro, com quatro pontos, está na 14ª colocação.

Em nota publicada na última quinta-feira (17), o clube paulista comunicou o desligamento do técnico Ramón Díaz. Também deixaram o clube os auxiliares Emiliano Díaz, Bruno Urribarri, Osmar Ferreyra e o preparador físico Diego Pereira. O argentino comandou o Corinthians em 59 partidas, com 30 vitórias, 16 empates e 13 derrotas, obtendo 59,8% de aproveitamento.

Na próxima rodada, o Corinthians recebe o Sport, no sábado, às 16h (horário de Brasília). O Flu joga no domingo (20), às 18h30 (horário de Brasília), contra o Vitória, no Maracanã.

FLAMENGO 6 X 0 JUVENTUDE 

A quarta rodada também contou com a goleada por 6 a 0 do Flamengo sobre o Juventude, no Maracanã. Com gols de Pulgar, Plata, Danilo, Arrascaeta e Pedro (duas vezes), a equipe comandada por Filipe Luís permaneceu na liderança com a vitória, enquanto os gaúchos caíram para a sétima posição.

Na primeira etapa, o Rubro-Negro não teve dificuldades e controlou a partida. Arrascaeta, que foi um dos nomes do jogo, teve boa finalização aos seis minutos, mas a bola passou no canto esquerdo do goleiro Gustavo. Aos 12, após falta cobrada pelo uruguaio, Pulgar cabeceou para o fundo das redes e abriu o placar para o Flamengo. Aos 17, Gerson encontra Plata entrando na área e o equatoriano finaliza bem, fazendo 2 a 0 para os flamenguistas. Com eficiência e início avassalador, o Flamengo ampliou aos 21 minutos: após cobrança de falta de Arrascaeta, Danilo subiu sozinho para marcar de cabeça. A equipe carioca manteve o controle até o fim do primeiro tempo.

No segundo tempo, o Juventude fez substituições na intenção de entrar no jogo, mas o Mengo seguiu ditando o ritmo da partida e mantendo a posse de bola. Aos 10 minutos, Arrascaeta, que já havia dado duas assistências, marcou seu gol: Michael encontrou o camisa 14 na área, que dominou com um pé e chutou com o outro para fazer 4 a 0 no marcador e se juntar a Pedro Raul, do Ceará, e Vegetti, do Vasco, como os artilheiros do campeonato, com quatro gols cada.

7
Em três finalizações contra o Juventude, Pedro marcou dois gols. Foto: Gilvan de Souza/CRF

O técnico Filipe Luís modificou o time e as mudanças surtiram efeito. Everton Cebolinha chegava ao ataque, e Pedro, após sete meses se recuperando de uma lesão grave no joelho, marcou duas vezes. Uma aos 25 minutos, quando finalizou de cabeça após cruzamento de Wesley, e outra aos 34, quando o goleiro Jaconero, Gustavo, defendeu pênalti assinalado pelo juiz, mas o camisa 9 aproveitou o rebote para marcar seu segundo gol na partida e consagrar a vitória por 6 a 0 do Flamengo.

Na próxima rodada, o Flamengo enfrenta o Vasco, no sábado (19), às 18h30 (horário de Brasília), no Maracanã. Já o Juventude recebe o Mirassol, no Alfredo Jaconi, no domingo (20), às 11h (horário de Brasília).

VITÓRIA 2 X 1 FORTALEZA

No duelo nordestino, o Vitória saiu na frente, cedeu o empate, mas se recuperou e conquistou seus primeiros três pontos no Brasileirão. Os gols foram de Janderson e Matheuzinho, para o time baiano; Diogo Barbosa marcou para o Fortaleza.

No primeiro tempo, o Fortaleza teve mais posse de bola, enquanto o Rubro-Negro buscava se defender e sair em contra-ataques. Aos 11, Pol Fernández cabeceou após cruzamento de Mancuso, mas Lucas Arcanjo defendeu.

O Vitória só assustou aos 29, com chute de fora da área de Matheuzinho, defendido por João Ricardo. O time cearense respondeu com Mancha, mas novamente Lucas Arcanjo salvou. Aos 36, Erick cruzou na medida para Janderson cabecear e abrir o placar.

O Tricolor de Aço voltou mais ligado e empatou logo aos dois minutos da segunda etapa, com chute forte de Diogo Barbosa após desvio de Pol Fernández em cruzamento de Mancuso.

O Fortaleza chegou a virar aos 14 minutos com Lucero, após rebote de chute de Deyverson na trave, mas o gol foi anulado por impedimento. Dois minutos depois, o Vitória respondeu com Matheuzinho, mas João Ricardo defendeu.

O jogo esfriou, mas aos 28, após cruzamento de Jamerson, Matheuzinho chutou de primeira para garantir a vitória baiana.

8
Matheuzinho comemora seu gol com companheiros, que garantiu os três pontos para o Vitória. Foto: Victor Ferreira/EC Vitória 

Antes do apito final, aos 39, Arcanjo ainda defendeu cabeceio perigoso de Deyverson e garantiu o resultado.

Com o triunfo, o Vitória deixou a zona de rebaixamento e ocupa a 14ª posição, com quatro pontos. Já o Leão do Pici caiu para o 11° lugar, com cinco pontos.

O Rubro-Negro volta a campo no domingo (20), às 18h30 (horário de Brasília), no Maracanã, contra o Fluminense. No mesmo dia e horário, o Fortaleza recebe o Palmeiras, no Castelão.

SANTOS 2 X 0 ATLÉTICO-MG

Na Vila Belmiro, o Santos dominou o jogo e venceu o Atlético-MG por 2 a 0, com gols de Zé Ivaldo e Barreal ainda na etapa inicial, conquistando sua primeira vitória no campeonato. O Galo, dominado na partida, segue sem vencer no Brasileirão.

O Peixe controlou o primeiro tempo, com segurança defensiva e construção de jogadas. Abriu o placar aos 23 minutos, com Zé Ivaldo, que aproveitou sobra na área. Três minutos depois, Tiquinho Soares tocou para Gabriel Bontempo, que cruzou para Barreal marcar de carrinho.

9
Zé Ivaldo comemora seu gol. Foto: Raul Baretta/ Santos FC

O Galo tentou com Cuello e Hulk, mas sem efetividade. Aos 33, Neymar, que retornava aos campos após 42 dias e titular na partida, sentiu a coxa esquerda e foi substituído. O camisa 10 até tentou permanecer no jogo, mas minutos depois, sentou no gramado e pediu substituição.

Na segunda etapa, o Santos seguiu dominante, enquanto o Atlético buscava aproveitar as poucas chances. A equipe de Cuca finalizou mais do que na primeira etapa, mas não surtiu efeito. Apesar das oportunidades, o Peixe também não ampliou o marcador e a partida permaneceu 2 a 0 para os donos da casa.

Com a vitória, o Santos chega a quatro pontos e ocupa o 13º lugar. O Atlético-MG, com apenas dois pontos, é o vice-lanterna.

No domingo (20), às 16h (horário de Brasília), o Santos enfrenta o São Paulo no Morumbis. O Galo recebe o Botafogo, no Mineirão, no mesmo horário.

CRUZEIRO 3 X 0 BAHIA

No encerramento da rodada, o Cruzeiro não encontrou dificuldades para vencer o Bahia por 3 a 0, no Mineirão. Com dois gols de Kaio Jorge e um de Romero, a equipe celeste subiu para a quinta colocação, com sete pontos e o Bahia, que segue sem vencer no campeonato, está na zona de rebaixamento, com três pontos.

O primeiro tempo iniciou com muitas trocas de passes entre as equipes, mas aos 10 minutos, o goleiro do Bahia, Ronaldo, errou o domínio, deixou a bola escapar e precisou fazer um pênalti em Kaio Jorge. Na cobrança, o goleiro se redimiu e defendeu a finalização do camisa 19, sem dar rebote. Após o pênalti perdido, o Cruzeiro seguiu no ataque e teve chances com Wanderson e Kaio Jorge. Aos 18 minutos, o goleiro Marcos Felipe entrou no lugar de Ronaldo pela equipe do Bahia, após sentir a coxa. 

O Bahia pouco criava e via o Cruzeiro enfileirar oportunidades. Aos 41, Jean Lucas tentou de fora da área, mas a bola passou por cima do gol defendido por Cássio. Aos 48 minutos, Fabrício Bruno subiu mais alto e cabeceou para o chão, mas Marcos Felipe conseguiu fazer boa defesa. No final do primeiro tempo, aos 51 minutos, Lucas Romero abriu o placar para a equipe mineira. Após receber passe de Lucas Silva, o argentino chutou de fora da área, surpreendeu o goleiro Marcos Felipe com o golaço e levou a vantagem para o vestiário.

9
Kaio Jorge foi um dos destaques da partida contra o Bahia, com dois gols marcados. Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Para a segunda etapa, o tricolor baiano modificou o time para tentar ficar mais com a bola no ataque. Aos sete minutos, Everton Ribeiro cobrou escanteio curto para Jean Lucas, que fez cruzamento rasteiro na mão de Cássio. Logo após, aos 13, Erick Pulga tentou de fora da área, mas a bola passou por cima do travessão. O Cruzeiro voltou aos ataque aos 19 e fez 2 a 0 com Kaio Jorge. No início da jogada, Lucas Silva desarmou Everton Ribeiro e passou para Christian. O volante deu um excelente passe ao centroavante cruzeirense que, cara a cara com o goleiro, estufou as redes.

O Bahia voltou a atacar com Ademir e Erick Pulga para tentar descontar a vantagem da equipe celeste, mas não surtiu efeito. Aos 30 minutos, Kaio Jorge fez seu segundo gol após receber assistência de Lucas Silva na entrada da área, ajeitar e chutar colocado. Aos 34 minutos, Erick Pulga tentou novamente pelo Bahia ao passar por três marcadores, mas a bola passou por cima do gol. O Cruzeiro segurou o resultado até o final e levou os três pontos.

Agora, o Bahia tenta sua primeira vitória contra o Ceará, na Arena Fonte Nova, na segunda-feira (21), às 20h (horário de Brasília). Já o Cruzeiro vai à Bragança Paulista (SP), enfrentar o Bragantino no domingo (20), às 20h30 (horário de Brasília).

Jogador é acusado de manipular apostas após forçar um cartão amarelo. Flamengo emite nota sobre o caso
por
Oliver de Souza Santiago
|
17/04/2025 - 12h

Na última terça-feira (15), a Polícia Federal indiciou o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, e mais nove pessoas por fraude esportiva durante o Campeonato Brasileiro de 2023. O irmão, a cunhada, uma prima e amigos do jogador ou dos parentes dele, teriam sido beneficiados de acordo com o relatório.

As investigações começaram em agosto de 2024, após três casas de apostas emitirem alertas devido ao alto número de apostas envolvendo o jogador e o recebimento dos cartões em uma partida contra o Santos, válida pela 31ª rodada.

 

O portal Metrópoles divulgou imagens exclusivas das mensagens dos celulares dos envolvidos no dia (15). Os aparelhos foram apreendidos em operação da PF realizada em novembro do ano passado. Em agosto de 2023, Wander Nunes Pinto Junior, o irmão, perguntou a Bruno se ele tinha dois cartões amarelos no campeonato.

Conversas entre Bruno Henrique e Wender (Foto: Reprodução/Metrópoles)
Conversas entre Bruno Henrique e Wender (Foto: Reprodução/Metrópoles)

Na véspera do jogo, em 29 de outubro, o atacante rubro-negro pergunta a Wander se ele lembra de uma conversa entre eles. O irmão perguntou do que se tratava. Bruno faz uma ligação na sequência. O que indica ser provável que o contato tenha sido um aviso sobre o cartão amarelo que ele planejava forçar na partida, de acordo com relatório da PF.

Registro via WhatsApp da ligação entre o atacante e seu irmão (Foto: Reprodução/Metrópoles)
Registro via WhatsApp da ligação entre o atacante e seu irmão (Foto: Reprodução/Metrópoles)

Em dezembro, o irmão reclama de não receber após a ideia de Bruno Henrique:

“Coloquei R$ 3 mil para ganhar R$ 12 mil e eles bloquearam por suspeita”.

Ambos foram indiciados na Lei Geral do Esporte, por fraude em competição esportiva – a pena prevista é de dois a seis anos de prisão – e por estelionato, pena de um a cinco anos de prisão. Os demais suspeitos foram indiciados por estelionato.

O Ministério Público do Distrito Federal vai decidir se oferece denúncia à Justiça. O processo ocorre em Brasília pois o confronto aconteceu na mesma região. No âmbito esportivo, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) deve reabrir o caso, que foi arquivado em novembro de 2024. Na época, o órgão considerou que os relatos não eram suficientes para instauração de um inquérito.

Arena BRB Mané Garrincha, local da partida (Foto: Divulgação/Arena BRB)
Arena BRB Mané Garrincha, local da partida (Foto: Divulgação/Arena BRB)

O atacante pode ser punido com suspensão ou até mesmo o banimento do futebol. O STJD já aplicou esta pena a cinco ex-jogadores envolvidos em outro esquema de manipulação de apostas esportivas. Diego Porfirio, Gabriel Tota, Matheus Gomes, Romário e Ygor Catatau.

Em nota na última terça-feira (15), o Clube de Regatas Flamengo afirmou que:

“O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique. O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e à ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito.”

 

Enquanto busca provar judicialmente sua importância histórico-cultural para a sociedade paulistana, o centenário Santa Marina Atlético Clube se vê obrigado a fechar as portas
por
Bianca Abreu
|
30/06/2023 - 12h

 

 

 

Entrada da agremiação na manhã da reintegração. Foto por Bianca Abreu.
Entrada da agremiação na manhã da reintegração. Foto por Bianca Abreu.

 

14 de junho de 2023. 8 horas da manhã. Dependências do centenário Santa Marina Atlético Clube. Data, horário e local determinados pela justiça para mais um episódio da batalha judicial entre a agremiação e a multinacional francesa Saint-Gobain. A empresa e o Santa Marina AC estão em conflito na busca do direito de posse do espaço desde 2007. Um ato em defesa do clube foi imediatamente convocado pela comunidade Santa Marina para o momento da ação judicial.

 

Primeiro contato entre representantes do Santa Marina AC e multinacional Saint-Gobain. Foto por Bianca Abreu
Primeiro contato entre representantes do Santa Marina AC e multinacional Saint-Gobain. Foto por Bianca Abreu

 

Naquela manhã fria e chuvosa em São Paulo, os representantes da corporação se reuniram com os membros envolvidos na defesa do clube dentro da sala de troféus e, após cerca de uma hora, foi firmada a desocupação. Entre as pessoas reunidas, estavam o presidente do Santa Marina AC, Francisco Ingegnere, e sua irmã, Rose Ingegnere, juntos ao advogado da agremiação, Caio Marcelo Dias e de Kelseny Medeiros, assessora da Deputada Federal Erika Hilton (PSOL-SP), autora do projeto de lei que requer o tombamento do local como patrimônio histórico-cultural.

Ao final da reunião, Dias anunciou que o mandado seria cumprido pacificamente e “todos os bens do clube farão parte de um catálogo, que daqui de dentro não sairá um grão de areia”. Segundo o advogado, a Saint-Gobain se comprometeu a zelar pela integridade do espaço e do acervo ali presente. Rose demonstrou não confiar na promessa, e teme descuido com as instalações do clube e com os cachorros que ali viviam. “Não vão cuidar. Será que vão cuidar? Será? Eu duvido”, disse.

Além do choro de tristeza dos membros da comunidade, houve gritos fervorosos de “palhaçada, ein”, “vergonha” e “não vamo ‘para’”, intercalados com outras duras críticas dos pais, professores e demais admiradores do clube ali mobilizados direcionadas aos representantes da multinacional. “Lamentável. Empresa francesa destruindo a história do futebol brasileiro. Viva a várzea! Resistência!”, gritou um deles. Emocionado, Chiquinho prometeu: “Nós vamos reverter isso aí”.

 

Turma matutina de futsal infantil realiza sua última aula na manhã da reintegração de posse. Foto por Bianca Abreu.
Turma matutina de futsal infantil realiza sua última aula na manhã da reintegração de posse. Foto por Bianca Abreu.

 

“A gente podia continuar com as atividades aqui, porque enquanto não sair a decisão do Ministério Público, eles não vão poder fazer nada, eles não vão poder mexer. Então o que incomoda eles da gente ficar aqui. Sabe? Continuar com as atividades. A gente nunca pediu nada pra eles, a gente vive aqui dos colaboradores. A gente nunca bateu na porta deles pra pedir dinheiro”,  desabafou Rose. De acordo com ela, mais de 140 crianças ficarão desamparadas.

 

“Nós já tinha um clube muito maior, e 'ficamo' (sic) com esse pedacinho, e ainda eles quer tirar. Uma firma que é só dinheiro”, lamenta o presidente da SMAC

Francisco Ingegnere está à frente do clube desde 1989 e sua irmã, Rose, desempenha funções administrativas no local há 20 anos. Juntos, cuidam do Santa Marina AC, que está localizado em uma área avaliada em cerca de R$86 milhões. A região ocupada pela agremiação corresponde a 4% do espaço dividido com a corporação. Nos primórdios da história da localidade, o terreno era cedido pelos proprietários da fábrica, que chegavam a incentivar as práticas esportivas, segundo membros mais antigos da comunidade.

No início do século XX, os clubes de várzea chegam para compor a história de São Paulo como espaços de convivência e acolhimento. Os indesejados pela elite de então, reuniam-se para praticar esportes e gozar de momentos de lazer. Juntos, naquele cenário de transformações urbanas na capital paulista, os “varzeanos” desenvolveram novas formas de sociabilidade: a inclusão dos excluídos. O Sport Club Corinthians Paulista, fundado em 1910, foi o primeiro time varzeano a atravessar as fronteiras da segregação entre a várzea e a prática elitista do esporte, ganhando o Campeonato Paulista - organizado pela Liga Paulista de Foot-ball, criada por Charles Miller, em 1914.

O SMAC é um dos clubes esportivos mais antigos em atividade no Brasil. Há mais de 100 anos, a agremiação tem sua história intrinsecamente ligada à da cidade de São Paulo e do futebol brasileiro. Assim como o Corinthians, o Santa Marina Atlético Clube foi fundado pela classe trabalhadora e promoveu mudanças históricas na sociedade ao seu redor. Funcionários da antiga Vidraria Santa Marina e os moradores da vila operária, em 1913, fundaram o que, hoje, é símbolo de resistência do futebol de várzea ante a chegada da especulação imobiliária.

 

Representantes do clube aguardam a chegada dos oficiais e advogados da empresa Saint-Gobain. De frente para a foto, da esquerda para a direita: o advogado Caio Dias, Chiquinho e Rose. Foto por Bianca Abreu.
Representantes do clube aguardam a chegada dos oficiais e advogados da empresa Saint-Gobain. De frente para a foto, da esquerda para a direita: o advogado Caio Dias, Chiquinho e Rose. Foto por Bianca Abreu.

 

Já a Saint-Gobain, outro lado da moeda dessa disputa pelo terreno na Água Branca - bairro da Zona Oeste de São Paulo - chegou na década de 1930 em solo brasileiro. Segundo a empresa, em seu site oficial, “a história do Grupo no Brasil tem sido marcada por novas aquisições, fusões, expansão e conquista de novos mercados”. De acordo com o website, o grupo possui o propósito de “ajudar a construir um mundo mais justo, sustentável, aberto e acolhedor”.

Em nota à Agência Maurício Tragtenberg (AGEMT), quando questionada sobre o compromisso de cuidar das instalações do SMAC - assumidos na reunião - e sobre uma possível compensação aos alunos de futsal que tiveram suas aulas gratuitas suspensas por conta da reintegração, a multinacional afirmou que vai cumprir o acordo. “O acervo do Clube está em segurança junto a um fiel depositário e que será preservado. A empresa aguarda definição das autoridades do município e do Estado de São Paulo quanto ao tombamento do patrimônio cultural e histórico”, diz a nota. E pontua que está realizando estudos para "as possibilidades de uso do terreno”.

Apesar de assumirem aguardar as decisões sobre o tombamento do espaço, não tivemos respostas quando indagamos se há, por parte da organização, entendimento de que o clube promovia ações de acolhimento e justiça social importantes para a comunidade paulistana.  (A nota da Saint-Gobain, na íntegra, está disponível no final desta reportagem)

Em 2007, após investidas por parte da multinacional, o Santa Marina AC assinou um contrato de comodato - empréstimo do terreno - válido por dez anos. Vencido esse prazo, dois processos simultâneos passaram a tramitar na justiça: usucapião (aquisição por tempo de uso) e reintegração de posse (em nome da multinacional).

Em 2021, com ajuda de profissionais do Museu do Futebol, a administração chegou a empacotar os troféus para desocupação do espaço que havia sido determinada pela justiça, mas uma liminar - aos 45 do segundo tempo - suspendeu a ação. Agora, dois anos depois, o mesmo não aconteceu. A deputada Erika Hilton chegou a solicitar a suspensão da reintegração, mas dessa vez, o clube precisou fechar as portas.

 

“É bem triste a ideia de que o juiz entende que preservar esse patrimônio é só preservar o acervo, e não as atividades, que são o principal elo que gerou esse patrimônio”, lamenta Medeiros

Em paralelo aos processos já citados, há um Projeto de Lei, de 2021, que defende o tombamento do Santa Marina Atlético Clube como patrimônio cultural material da cidade de São Paulo. Erika Hilton, autora do PL, não pôde estar presente na data marcada para desocupação; mas sua assessora, Kelseny Medeiros, representou a deputada e comentou sobre o assunto. “A última etapa dessa briga judicial foi a estratégia criada pelos coletivos que acompanham o Santa Marina de mover essa discussão da posse pra questão do patrimônio cultural, porque é um patrimônio cultural. Esse é o valor do Santa Marina”, disse Medeiros sobre a argumentação usada na ação.

“Foi isso que foi construído, junto com a promotoria aqui, do Ministério Público de São Paulo, e levado por meio de uma ação civil-pública pra um novo juiz, pra que ele protegesse esse patrimônio pra além da definição da posse”, completa. Ela acompanha o caso desde 2021, ano em que a deputada Hilton entrou na defesa do clube.

“É um clube que carrega, além de tudo, muita memória, muita história. E, definitivamente, é mais que quadros e troféus, é sobre as pessoas que cuidam e usam dele todos os dias”, explica Medeiros. “Esse patrimônio, ele só existe porque existiam pessoas aqui pra cuidar dele. Pessoas que utilizavam isso aqui, que faziam disso uma segunda casa, uma comunidade mesmo”, finaliza a assessora, enquanto aponta para as fotos que representam a memória preservada no local, que tem sua integridade ameaçada com o despejo.

 

Acervo de fotos e troféus do Santa Marina Atlético Clube. A assessora Kelseny Medeiros, mães, jogadores e outros membros da comunidade SMAC discutem sobre a desocupação. Fotos por Bianca Abreu.

 

Acervo de fotos e troféus do Santa Marina Atlético Clube. A assessora Kelseny Medeiros, mães, jogadores e outros membros da comunidade SMAC discutem sobre a desocupação. Fotos por Bianca Abreu.

 

Acervo de fotos e troféus do Santa Marina Atlético Clube. A assessora Kelseny Medeiros, mães, jogadores e outros membros da comunidade SMAC discutem sobre a desocupação. Fotos por Bianca Abreu.
Acervo de fotos e troféus do Santa Marina Atlético Clube. A assessora Kelseny Medeiros, mães, jogadores e outros membros da comunidade SMAC discutem sobre a desocupação. Fotos por Bianca Abreu.

 

 

            Na conta do Instagram @santamarina.doc é possível conferir o curta-metragem que conta um pouco da história do clube e de sua briga na justiça para que siga resistindo como um dos poucos clubes de várzea centenários do Brasil. 

           A historiadora do esporte Aira Bonfim e o jornalista Juca Kfouri são algumas das personalidades presentes no curta. A conta na rede social também reúne links de reportagens sobre a briga judicial e busca atrair e mobilizar ainda mais defensores da memória afetiva paulistana.

 

Escudo do clube estampado na parede lateral de sua quadra, onde são realizadas as aulas de futsal. Foto por Bianca Abreu
Escudo do clube estampado na parede lateral de sua quadra, onde são realizadas as aulas de futsal. Foto por Bianca Abreu

 

Confira, na íntegra, a nota do Grupo Saint-Gobain à AGEMT:

“A Saint-Gobain sempre esteve disponível e aberta ao diálogo com o Santa Marina Atlético Clube (SMAC) a fim de encontrarem, em comum acordo, a melhor solução para ambas as partes em relação ao imóvel localizado na Avenida Santa Marina, nº 443/833/883, em São Paulo (SP).

Ao longo de todos os anos foram oferecidas várias alternativas, inclusive o uso do imóvel por meio de um contrato de comodato, que acabou por expirar em 2019. E, embora tenha recebido o parecer judicial favorável confirmando a posse do imóvel, e que ainda permitia a retomada do espaço então ocupado pelo SMAC, a Saint-Gobain buscou mais uma vez o diálogo.

Junto ao Ministério Público e às lideranças do Clube, a Saint-Gobain propôs um novo acordo em 2021, que garantiria a permanência do SMAC no local, como tem ocorrido nos últimos anos. Infelizmente os representantes do Clube se mostraram irredutíveis, e declararam que não estão abertos a essa alternativa, demandando outras ações que estão fora do tema em questão.

O processo seguiu seu curso e, no mês de abril de 2023, após vários recursos terem sido rejeitados em diversas instâncias judiciais, o Poder Judiciário determinou o cumprimento da ordem de reintegração da Saint-Gobain na posse à área ocupada pelo SMAC, cumprida no dia 14 de junho de 2023, com anuência e acompanhamento do Ministério Público.

A Saint-Gobain reitera que o acervo do Clube está em segurança junto a um fiel depositário e que será preservado. A empresa aguarda definição das autoridades do município e do Estado de São Paulo quanto ao tombamento do patrimônio cultural e histórico. A Saint-Gobain está realizando estudos para as possibilidades de uso do terreno.

O Grupo Saint-Gobain, que atua há mais de 80 anos no Brasil e trabalha continuamente para o desenvolvimento do setor da construção no país, é pautado nos princípios de responsabilidade social e ambiental, e reitera seu empenho para a melhor solução possível”.

A cobertura da Fórmula 1 volta para a etapa que acontece em Spielberg, com direito à corrida Sprint
por
Bianca Athaide
Helena Cardoso
|
30/06/2023 - 12h

Neste final de semana, a Fórmula 1 volta à ativa com o GP da Áustria. O circuito nomeado Red Bull Ring conta com um desenho inalterado desde 2003. Suas 71 voltas e apenas 10 curvas prometem certas emoções, já que historicamente o consumo de combustível nessa etapa costuma ser crítico e o desgaste de freios alto.  

HOJE NÃO, HOJE SIM

O GP da Áustria se tornou um marco no esporte por ser o palco do lamentável episódio envolvendo a Ferrari e seus dois pilotos, Michael Schumacher e Rubens Barrichello, em 2002. A corrida foi manchete mundial ao se tornar um dos ocorridos mais polêmicos do automobilismo: Rubinho foi forçado pela escuderia a ceder a vitória ao seu companheiro de equipe nos metros finais da pista. Schumacher que estava liderando o campeonato daquele ano e ficou em terceiro lugar na classificação devido a um problema no freio de seu carro, em comparação a Barrichello que largou em primeiro.  

No começo da última volta, o brasileiro estava com 1s de vantagem e caminhava para sua primeira vitória naquele ano. Pelo rádio, o então diretor técnico Ross Brown ordenou que Rubinho freasse na última curva para ceder passagem ao alemão, — depois Schumacher admitiu ter diminuído a velocidade por acreditar que a ordem não devesse ser cumprida — que acabou cruzando a linha de chegada em primeiro lugar, com Barrichello em segundo. 

A icônica frase “Hoje não, hoje sim!" foi proclamada com desaprovação pelo então comentarista de F1 da Globo, Cléber Machado. Tal frase representava o repúdio que não só os brasileiros, mas todo o público presente no autódromo no dia sentiu. Durante o pódio ambos os pilotos foram bruscamente vaiados, apesar do gesto de Schumacher de colocar o brasileiro no degrau mais alto de primeiro lugar.

E O QUE ACONTECEU NA PAUSA DO AGEMT NA PISTA?

As últimas três etapas da categoria foram vencidas por Max Verstappen, somando 75 no total. O holandês continua liderando o Campeonato de Pilotos com 195 pontos, 69 à frente de seu companheiro de equipe e segundo colocado no campeonato, Sergio Pérez.   

Em Mônaco, no fim de maio, Verstappen dividiu o pódio com Fernando Alonso (Aston Martin) e Esteban Ocon (Alpine). Na Espanha, a dupla da Mercedes se viu entre os primeiros colocados, com Lewis Hamilton e George Russell em segundo e terceiro, respectivamente.  O Canadá teve o pódio com os três pilotos campeões mundiais do grid: Verstappen, Alonso e Hamilton foram os mais rápidos.

Diferente de seu companheiro de equipe, Pérez não vive uma boa fase na Red Bull. Nas últimas três corridas marcou apenas 22 pontos e não conseguiu ir para o Q3 em nenhum dos treinos classificatórios, no que é considerado o melhor carro do grid. Com apenas nove pontos de vantagem para Alonso no campeonato, o mexicano – que tem contrato até o fim de 2024 – pode estar com o futuro ameaçado na Fórmula 1, ou pelo menos o da vaga na equipe austríaca.

Diretamente de Hollywood, foi anunciado que um grupo de investidores – que inclui os atores Ryan Reynolds, Rob McElhenney e Michael B. Jordan – injetará 200 milhões de euros na Alpine, significando a aquisição de 24% da equipe francesa. O grupo também tem ações no Dallas Cowboys, da NFL; AC Milan, time de futebol italiano e o Wrexham AFC, time do País de Gales que subiu para a quarta divisão e mostra tudo em um reality show.

NESTE ANO, NA ÁUSTRIA

Os vinte pilotos voltam às pistas no sábado (01) às 11h30, no horário de Brasília, para a corrida Sprint, – que estreou seu novo formato no Azerbaijão – prova com 100km e que não influencia no resultado da corrida principal, mas distribui pontos para os oito primeiros colocados. A etapa no Red Bull Ring acontece no domingo (02), às 10h00 (horário de Brasília).

A modalidade possui estádio municipal próprio na maior metrópole do Brasil, mas não atinge “boom” como outros esportes estadunidense
por
Gustavo Pereira
|
30/06/2023 - 12h
Jogador do Ibiúna posicionado para o arremesso
Jogador do Ibiúna posicionado para o arremesso – FOTO: Gustavo Pereira 

 

Os esportes praticados na terra do “Tio Sam” têm ganhado o carinho dos brasileiros nos últimos anos, exemplo disso são os “cases de sucesso da NFL (National Football League), principal liga de futebol americano e da NBA (National Basketball Association), o maior campeonato de basquete do mundo. Ambos possuem milhões de fãs, transmissões em TV aberta e por assinatura, além de eventos próprios e lojas com produtos licenciados. Porém, outra modalidade aparece “correndo por fora” e já tem praticantes e amantes fiéis no país.

O beisebol está presente há muito tempo no Brasil. Com forte relação com a imigração japonesa, a modalidade foi ganhando espaço e já aparece até no vestuário dos brasileiros. Encontrar bonés do time de Nova Iorque da MLB (Major League Baseball), os New York Yankees, é algo frequente nas lojas e nas cabeças de muitos.

Para o comentarista da ESPN Brasil, Ubiratan Leal, a moda pode ser um fator importante para o “pontapé inicial” de diversas pessoas no esporte: “Com isso, você percebe o beisebol, e acredito que perceber a existência do jogo já faz a diferença”. Ele complementa dizendo que, claro, “depois será necessário um trabalho mais de base”, como atividades de interação do esporte com os curiosos.

 

Atleta do LIGA SP no aquecimento da partida – FOTO: Gustavo Pereira
Atleta do LIGA SP no aquecimento da partida – FOTO: Gustavo Pereira 

 

Outro ponto que o comentarista aborda é o crescimento dos streamings e das novas mídias, facilitando assim a popularização do esporte em terras que o futebol impera. Ele se lembra que nos anos 1990, acompanhar beisebol no Brasil era muito difícil e que atualmente qualquer um tem meios para se tornar um especialista: “Se tornou muito mais acessível”. Por outro lado, Ubiratan ressalva que a concorrência com outras modalidades também aumentou: “Ficou muito mais fácil para todo mundo, para todos os esportes”.

Atualmente, a MLB está na temporada regular e todos os dias um dos jogos é transmitido pela ESPN Brasil ou no serviço de streaming Star Plus. Gabriel Kenji, 20 anos, fã e jogador de beisebol, adora se reunir com os amigos para assistir uma partida da MLB e afirma que com a facilidade de hoje em dia ficou muito mais acessível acompanhar as partidas: “Sempre que eu tenho um tempinho nos estudos, procuro assistir um jogo ou outro”.

Inclusive Gabriel foi um dos atletas presentes na rodada 26 do campeonato paulista de beisebol que ocorreu no Estádio Municipal Mie Nishi. O local fundado em 1958 é o centro do esporte na capital de São Paulo. Localizado no Bom Retiro e bem próximo à Marginal Tietê, o espaço se tornou um símbolo e ponto de encontro para apaixonados pelo beisebol. Carlos Tatsumi, 58 anos, gestor de equipamento público do estádio ressalta a importância do complexo para fazer com que o esporte cresça no país: “Por ser o único aqui dentro de São Paulo, é muito importante. A gente, na verdade, precisa de mais estádios como esse para o esporte crescer. Nós estamos recebendo muitas melhorias, uma iluminação nova e placar eletrônico. Isso vai ajudar o esporte a crescer”.

Ficou interessado em conhecer mais sobre o Mie Nishi, clique no aqui e assista a visita que a nossa equipe fez ao estádio.

 

Campo do Estádio Municipal Mie Nishi, no Bom Retiro – FOTO: Gustavo Pereira
Campo do Estádio Municipal Mie Nishi, no Bom Retiro – FOTO: Gustavo Pereira 

 

Como é ser atleta de beisebol no Brasil?

Cinco jogadores brasileiros já passaram pelos campos da maior liga de beisebol do mundo, sendo que Paulo Orlando e Yan Gomes já foram campeões da MLB. O último ainda foi selecionado em 2018 para participar do jogo das estrelas. Apesar da presença de alguns representantes brasileiros na luxuosa liga de beisebol americana, a realidade nacional é bem diferente dos times do norte, tanto em infraestrutura quanto na folha salarial.

A modalidade não é considerada profissional no Brasil, isso faz com que a maioria dos atletas tenham que trabalhar durante a semana e aos finais de semana ir para os campeonatos.

Esse é o caso do Victor Yasunaga, 26 anos, center fielder e arremessador do time de Ibiúna, e durante a semana, fisioterapeuta em uma clínica no bairro do Ipiranga. Victor conheceu o esporte através de sua família. Ele relata que com seus seis anos se lembra de jogar beisebol no quintal de casa com seu pai. Para o atleta, independente das dificuldades que enfrenta, não pensa em desistir da bolinha branca: “Eu acho que nunca vou parar de jogar, o beisebol só me trouxe coisas boas, tanto de amizades, disciplina e educação que aprendi com os meus amigos e com os técnicos, então eu só tenho a agradecer a esse pessoal”.

 

Vitor Yasunaga, atleta do Ibiúna - FOTO: Gustavo Pereira
Vitor Yasunaga, atleta do Ibiúna - FOTO: Gustavo Pereira 

 

Gabriel Kenji, universitário e right field do Anhanguera, reforça que apesar de já ter se sentido desanimado com a falta de incentivo do esporte no país, o beisebol foi a “melhor coisa que aconteceu na minha vida”. Ele finaliza dizendo que o esporte faz parte de quem ele é e não consegue viver sem: “Com certeza é a minha segunda casa”.

Essa casa que o jovem atleta do Anhanguera se refere não para de crescer. Pelo contrário, procura receber novos integrantes. Exemplo disso é a história do árbitro de beisebol Claudionor Arbigaus, 55 anos, tenente da polícia militar na reserva e professor de educação física. Claudionor entrou no meio do esporte após o seu filho iniciar em um time de beisebol. Desde então, também treina e há dez anos apita jogos em campeonatos federados: “Eu ‘tô’ há uns 10 anos nessa atividade bacana para vir me divertir com o pessoal, para mim é hobby, mas a gente trata com seriedade todos os jogos, por isso que eu treino e dificilmente a gente acaba tomando decisão equivocada”.

O beisebol também é utilizado para conseguir bolsas em universidades brasileiras. O técnico do GECEBS, Rodnei Tetsuya, 32 anos, relembra que no período como jogador conquistou desconto de 100% em todo o curso na universidade. Hoje formado em Engenharia Elétrica, ele retribui o que o beisebol lhe deu, treinando as divisões de base e o time adulto da equipe com sede no Arujá: “Eu tento repassar de uma forma um pouco mais simplificada para os que estão chegando agora que dá certo, que a disciplina, que o esporte em si dá muitos benefícios”.

 

Jogador do Ibiúna posicionado para rebater a bola – FOTO: Gustavo Pereira
Jogador do Ibiúna posicionado para rebater a bola – FOTO: Gustavo Pereira 

 

Futuro do beisebol no Brasil

Ubiratan Leal acredita no potencial do beisebol aqui no país. Para ele a modalidade ainda não atingiu o “boom” como os outros esportes americanos e talvez isso ainda demore um pouco, mas afirma que o esporte tem crescido gradualmente. Ubiratan diz que a CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol) precisa fazer mais a parte dela para que o esporte tenha uma expansão no país. Ele sugere que sejam feitas ações em parques da cidade com gaiolas de arremesso e rebatidas, para que assim o público tenha o contato com o esporte e quem sabe goste da modalidade. Juntamente com a MLB, que precisa trazer uma faísca para ver o comportamento do público consumidor brasileiro.

Além disso, ele defende a inserção do jogo nas escolas, mesmo que como uma ferramenta ainda lúdica: “Se tivesse na educação física, aumentaria, como o handebol por exemplo [...] tem muito pouca infraestrutura e investimento para campeonatos organizados e o handebol brasileiro vive, o handebol brasileiro respira. O Brasil tem uma seleção que já foi campeão mundial no feminino”.

 

Crianças indo para o treino da escolinha de beisebol no Mie Nishi – Foto: Gustavo Pereira
Crianças indo para o treino da escolinha de beisebol no Mie Nishi – Foto: Gustavo Pereira  

 

Já para o Carlos Tatsumi, o que falta é a divulgação do esporte: “Para a gente crescer, precisa das empresas e da mídia, é dessa forma que a gente vai conseguir crescer”. Tatsumi finaliza ressaltando que o Brasil tem nível técnico: “A Confederação mantém a academia Yakult e lá tem técnicos latinos, cubanos, venezuelanos, mas só que ainda fica muito restrito, esse que é o problema”.

Rodnei Tetsuya, técnico do GECEBS, relata que o esporte realmente não é tão difundido e que a Confederação poderia fazer um trabalho melhor, mas que a mudança deve partir dos apaixonados pelo esporte: “Se ficar dependendo de outras pessoas a gente só vai ficar no desejo e arrependimento. Se nós quiséssemos que o esporte tivesse maior visibilidade, devemos fazer por nós, nós jogadores, nós atletas, nós técnicos. A entidade eles estão fazendo o papel deles, mas como nós somos amantes, a gente deveria nos unir mais e fazer por nós mesmos”.

Entenda mais sobre uma das estreantes da Copa do Mundo Feminina 2023
por
Rafael Rizzo
|
03/07/2023 - 12h
Imagem 1
Seleção irlandesa na comemoração após a classificação para a Copa. Foto: Reprodução/ OneFootball

A Copa do Mundo Feminina 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, é o mais novo palco das futebolistas irlandesas. Não só é o primeiro mundial que elas disputam, como também é a primeira grande competição internacional na qual elas estão presentes. O elenco comandado pela técnica Vera Pauw, que conta com a estrela Denise O’Sullivan, espera não ir apenas a passeio: quer botar a prova a sua solidez defensiva e representar a sua força cultural na Oceania.

 

O PAÍS

A Irlanda é uma terra marcada pela rica cultura e desenvolvimento social. Possui um estilo musical tradicional, que envolve violinos, flautas e harpas em suas melodias. Muitos nativos têm o costume de se reunir em “pubs” (típicos bares do Reino Unido) nos finais de semana, para beberem umas cervejas. Além disso, a dança é uma arte muito praticada pelos irlandeses. O estilo “Riverdance”, com passadas rápidas e precisas, é reconhecido no mundo inteiro e integra a identidade cultural do país.

A literatura irlandesa também é reconhecida internacionalmente. Escritores como William Butler, Oscar Wilde e James Joyce viveram nos arredores da capital Dublin. Locais literários icônicos compõem a cidade, como a Biblioteca Chester Beatty e a Trinity College Library. A cultura da Irlanda está enraizada em lendas e na mitologia celta. Histórias antigas de heróis, deuses e seres míticos, como Leprechauns (duendes, em tradução), são passadas de geração em geração.

A Irlanda também é famosa por seus festivais que celebram uma variedade de eventos, como literatura, teatro e cultura celta. O “Saint Patrick's Day”, em 17 de março, é o festival originário da Irlanda mais conhecido e celebrado ao redor do mundo.

Em 2020, o IDH (Índice de desenvolvimento humano) da Irlanda chegou à marca de 0.955/1 e ficou entre os maiores índices do mundo no ranking. Isso só reflete o tamanho da influência cultural que o país perpetua nas ruas, bares, bibliotecas e ao redor das cidades. A renda média anual dos irlandeses é de 76.110 dólares (377 mil reais aproximadamente) e faz com que ocupem a 3º posição entre os países com maior poder de compra no planeta.

Imagem 2
Falésias de Moher, Irlanda. Foto: Reprodução/ Conexão Europa.

A SELEÇÃO

Em contraste com a forte cultura nativa, a seleção feminina irlandesa ainda busca um reconhecimento e um fortalecimento técnico do esporte no país. Muito por conta do futebol inglês (Premier League e as demais ligas inglesas) no qual está inserido, o país busca uma maior expressividade no âmbito internacional. Apesar de nunca ter conseguido se classificar para a Eurocopa, muito menos alcançado uma Copa do Mundo, as irlandesas apresentaram uma evolução significativa na última década. Das oito seleções estreantes deste mundial, apenas Portugal está a frente delas no Ranking FIFA das melhores seleções femininas do mundo.

 

A prancheta da Vera

 

Apesar da ascensão da equipe, o estilo de jogo adotado pela treinadora Vera Pauw é polêmico e controverso. O esquema tático 5-4-1 é questionado por ser monótono e extremamente defensivo. Muitas das vezes, os jogos são decididos por uma bola parada, após 90 minutos de “retranca” total. É o famoso “bola para o mato que o jogo é de campeonato!”.

A treinadora, em entrevistas coletivas, disse “não é que gosto de retrancas, mas eu gosto de ganhar. Jogar recuado é o que o time precisa para fazer boas exibições e vencer. Jogo com cinco defensoras porque, apesar de termos atletas fantásticas nesse setor, elas não são as mais rápidas. Se jogarmos aberto, podemos levar um 5 a 0”.

Em defesa da treinadora, esse estilo tem funcionado para a Irlanda. Após empatar fora de casa contra a Suécia nas eliminatórias para a Copa, o time surpreendeu no playoff final da UEFA e garantiu a classificação para o primeiro mundial, após vencer a seleção da Escócia por 1 a 0. Esses placares apertados e econômicos foram muito comuns na campanha de Vera Pauw. Se as redes balançaram, é muito provável que seja em lances de bola parada, como nos três gols na incomum vitória contra a Austrália, no amistoso pré-copa.

Imagem 3
Treinadora Vera Pauw. Foto: Reprodução/ Facebook FAIreland.

 

Trevos de quatro folhas

 

As principais “melodias” do elenco de Pauw são as meio-campistas Denise O’Sullivan (10) e Katie McCabe. Pela seleção, Denise contribuiu com 19 gols e Katie com 18, e lideram a artilharia, mesmo que a função das jogadores não é balançar as redes. Ambas ditam o ritmo do meio campo da seleção e Denise é o principal motorzinho da equipe.

A camisa 10 é uma das responsáveis pela classificação da seleção para a Copa. No jogo contra a Escócia, de 1 a 0, a desportiva foi a responsável pela assistência do gol que ficou marcado nos corações dos torcedores e torcedoras irlandeses. A jogadora ocupa o patamar das principais atletas do Campeonato Norte-Americano há alguns anos. “Não há nenhuma outra jogadora no mundo neste momento que consiga tanto armar as jogadas como também ser o motor do time, roubando bolas na defesa. Ela tem todas as qualidades.” disse Pauw a respeito da craque.

A elegância e protagonismo de O’Sullivan, combinados com as qualidades de sua companheira de meio campo McCabe, serão cruciais para o futuro da Irlanda na Copa do Mundo. Se a dupla estiver encaixada, as estreantes poderão aprontar algumas surpresas nesse mundial.

Além das atletas já consolidadas, Vera Pauw apostou na jovem promessa Abbie Larkin, com seu vasto talento. A ex-capitã da seleção sub-17 foi chamada para o time principal e estreou com apenas 16 anos. Não demorou muito e a centroavante, jogos depois, balançou as redes pela primeira vez. A jogadora, hoje com 17 anos, é pouco provável que seja titular. Porém, se pintar uma oportunidade, Abbie poderá ser a arma secreta da seleção irlandesa.

Imagem 4
Denise O’Sullivan com a camisa 10 da Irlanda. Foto: Reprodução/ Instagram Deniseosullivan10.

NA COPA

As irlandesas tiveram azar no sorteio da fase de grupos e caíram em uma cova de leões. As atletas terão que correr dobrado para se classificar em um grupo que inclui uma das anfitriãs (Austrália), a atual campeã olímpica (Canadá) e a seleção mais bem sucedida e vitoriosa da África (Nigéria). De longe, a Irlanda não é favorita para se classificar. Apesar disso, Vera Pauw montou um elenco, na medida do possível, capaz de dar trabalho para as adversárias balançarem as redes. Um 0 a 0 ou um 1 a 0 podem fazer total diferença para o rumo do grupo.

A solidez defensiva pode ser a pedra no sapato das grandes seleções do grupo. Logo de cara, a Irlanda enfrentará a Austrália, no dia 20 de julho, às 20h no horário local, e colocará em xeque a vantagem das adversárias de jogar em casa. Em seguida, enfrentarão a poderosa seleção do Canadá, no mesmo horário, sete dias depois.

O último jogo da fase de grupos será contra a Nigéria, no dia 31 de julho, às 20h no horário local. Esse confronto será um teste real do poder da defesa irlandesa. A forte ofensividade da seleção africana, com seu quadrado mágico e arsenal criativo, baterá de frente com a retranca de Vera Pauw e poderá decidir a miraculosa classificação da equipe.

 

Apesar de não serem as favoritas, a seleção feminina do Canadá, com sua história de sucesso recente e liderança sólida, está pronta para surpreender e competir entre as melhores equipes do mundo
por
Sophia G. Dolores
|
29/06/2023 - 12h

Localizado na América do Norte, o Canadá é um país vasto e deslumbrante, conhecido por suas paisagens de tirar o fôlego. Com montanhas majestosas, lagos cristalinos e parques nacionais impressionantes, como as icônicas Montanhas Rochosas e as famosas Cataratas do Niágara, o país encanta os visitantes com sua natureza exuberante.

Além de suas belezas naturais, o Canadá oferece uma qualidade de vida excepcional. Com um sistema de saúde público de excelência, educação de alta qualidade, baixos índices de criminalidade e um forte compromisso com a sustentabilidade ambiental, o país constantemente é classificado como um dos melhores lugares para se viver.

Um aspecto marcante do Canadá é a sua diversidade cultural. Com cidades cosmopolitas como Vancouver, Toronto, Montreal e Calgary, o país recebe pessoas de diferentes origens étnicas e culturais. O multiculturalismo é uma política valorizada, promovendo a inclusão e o respeito às diferenças, refletindo-se nas celebrações de festivais culturais realizados em todo o país.

Os canadenses também são apaixonados por esportes, sendo o hóquei no gelo considerado o esporte nacional. Além disso, o Canadá oferece uma ampla gama de atividades ao ar livre para os entusiastas da natureza, como esqui, snowboarding, caminhadas e canoagem. A riqueza de recursos naturais, como petróleo, gás natural, minerais e madeira, também desempenha um papel importante na economia do país.

Nos últimos anos, o futebol feminino no Canadá também tem experimentado um crescimento exponencial, impulsionando a visibilidade e o reconhecimento do esporte no país. A seleção feminina canadense, sob a gestão da Associação Canadense de Futebol, ostenta uma história repleta de conquistas, jogadoras que esbanjam talento e uma mentalidade preparada para trazer o ouro - e dessa vez não é o olímpico. 

Uma história antiga de conquistas recentes

A seleção canadense possui uma longa história de participação em competições esportivas, abrangendo uma variedade de conquistas em sua bagagem. Desde os Jogos Olímpicos até campeonatos mundiais e torneios continentais, o país tem acumulado conquistas notáveis ao longo dos anos. 

Diferentemente das poucas oportunidades que a seleção masculina teve em edições de Copa do Mundo, a seleção feminina participou de todas, com exceção da estreia em 1991, com apenas 12 seleções disputando o campeonato. Além do quarto lugar em 2003, elas também alcançaram as quartas de final em duas ocasiões: em 1995, na Suécia, e em 2015, no próprio Canadá, provando que suas participações mostram a consistência da equipe e seu potencial de competir com as melhores seleções do mundo.

Mas foi nos Jogos Olímpicos que o Canadá tem estado em ascensão: o país conquistou sua primeira medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, novamente demonstrando sua força e competência em competições internacionais de grande visibilidade. E foi após a histórica conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020, que a seleção feminina do Canadá está sendo cada vez mais motivada e determinada para a Copa do Mundo de 2023. O feito inédito de garantir o ouro olímpico impulsionou o futebol feminino no país e solidificou a reputação da equipe como uma potência internacional.

Última conquista da equipe nas Olimpíadas de Tokyo(Foto: Loic Venance/ AFP)
Última conquista da equipe nas Olimpíadas de Tokyo(Foto: Loic Venance/ AFP)

Com a confiança renovada, as jogadoras canadenses estão prontas para enfrentar os desafios da Copa do Mundo e buscar um desempenho excepcional. A conquista do ouro olímpico serviu como um marco histórico e um momento de união para a equipe, que está ansiosa para continuar a escrever sua história de sucesso.

Bev Priestman: A liderança por trás da conquista

Priestman é uma figura essencial por trás do sucesso recente da seleção canadense feminina de futebol. Ela assumiu o cargo de treinadora da equipe em novembro de 2020, trazendo consigo uma vasta experiência e conhecimento tático adquiridos ao longo de sua carreira. Sua liderança tem sido fundamental para a evolução e os resultados positivos da equipe.

Uma das características marcantes da treinadora inglesa é sua abordagem equilibrada do jogo: ela reconhece a importância de uma organização defensiva sólida, garantindo que a equipe seja capaz de se proteger efetivamente contra os ataques adversários. Ao mesmo tempo, ela incentiva transições rápidas e eficientes, buscando aproveitar as oportunidades de contra-ataque e criar jogadas ofensivas perigosas. Essa abordagem moderada tem se mostrado eficaz, permitindo que a seleção canadense tenha um desempenho efetivo tanto na defesa quanto no ataque.

É indiscutível a atuação de Bev Priestman: a inglesa levou um time fora de forma do Canadá, que todos consideravam ter superado na conquista do bronze olímpico em 2012 e 2016, para o primeiro ouro da história da seleção. A treinadora que teve menos de dez meses de comando e mesmo assim, levantou a conquista histórica do Canadá nas olimpíadas diz que agora o desafio é outro, mas não poderia estar mais ansiosa para mudar a cor da medalha da Copa do Mundo. “Eu tinha um grupo de jogadoras que, na minha cabeça, tinha ficado um pouco confortável com essa vitória. Se eu não tivesse aparecendo para trabalhar todos os dias tentando ganhar uma medalha de ouro, o que eu ia fazer? Eu sabia que ia ser um desafio difícil, mas eu sempre soube, que se você colocar um desafio na frente desse grupo, elas vão aceitar”, conta em entrevista para a FIFA.

Bev enfrentará alguns desafios significativos para a Copa do Mundo de 2023, especialmente considerando a ausência de jogadoras-chave, como Janine Beckie. A ausência de uma jogadora talentosa e experiente como Beckie certamente representará uma lacuna a ser preenchida na equipe. No entanto, Priestman está preparada para lidar com esse obstáculo, pois é conhecida por sua capacidade de adaptar a estratégia e fazer ajustes táticos para maximizar o potencial das jogadoras disponíveis. A inglesa buscará identificar talentos emergentes e promissores para integrar a seleção, proporcionando oportunidades para novas jogadoras brilharem e contribuírem para o sucesso da equipe na Copa do Mundo de 2023.

: Bev Priestman se prepara para mudar a cor da medalha (Foto: Reprodução/ FIFA)
Bev Priestman se prepara para mudar a cor da medalha (Foto: Reprodução/ FIFA)

As protagonistas em campo

A seleção feminina contará com a presença de algumas das principais jogadoras do cenário internacional para a Copa do Mundo de 2023. Entre elas, destaca-se Christine Sinclair, a lendária atacante e maior artilheira da história do futebol internacional. Sua liderança e experiência serão fundamentais para o desempenho da equipe, proporcionando inspiração e confiança às suas companheiras de time.

Na defensiva, Ashley Lawrence é uma lateral de grande habilidade e velocidade, capaz de superar seus oponentes com facilidade. Além de sua contribuição na linha defensiva, Lawrence também se destaca pelo seu poder ofensivo, com cruzamentos precisos e jogadas de perigo para o time adversário.

Apesar de algumas ausências notáveis, como a de Janine Beckie, que está fora desta edição da Copa do Mundo por uma lesão, a seleção canadense permanece competitiva e determinada, isso porque tem em seu elenco peças fundamentais para completar esse esquema tático desafiador para Bev. É o caso da zagueira Kadeisha Buchanan, com uma liderança defensiva incansável, conhecida por sua força física e capacidade de antecipação, sendo um pilar indispensável no sistema defensivo do time.

Vale o destaque também para Julia Grosso, uma das mais jovens meio-campistas e que chega com um grande potencial para ser a chave que completa a equipe. Sua habilidade técnica, passes precisos e inteligentíssimas assistências contribuem para o equilíbrio e a criatividade do meio de campo canadense.

Com um elenco formado por talentosas jogadoras, a seleção feminina canadense está pronta para enfrentar os desafios da Copa do Mundo de 2023. A combinação de experiência, juventude e qualidade técnica promete levar a equipe a grandes feitos e a impressionar os fãs do futebol ao redor do mundo.

Embora não seja considerada uma das favoritas absolutas para vencer a Copa do Mundo, a seleção canadense está entre os times a serem observados de perto. Sua história de sucesso recente, aliada ao talento individual de suas jogadoras e à liderança de Bev Priestman, elevam suas chances de causar surpresas e competir de igual para igual com as equipes mais renomadas do mundo.

No entanto, o futebol é imprevisível, e a competição será acirrada. A seleção canadense terá de enfrentar desafios e superar obstáculos ao longo do caminho, principalmente em seu grupo. Mas com uma combinação de habilidades, determinação e o apoio apaixonado de seus torcedores, a equipe tem o potencial de escrever um capítulo memorável na história do futebol feminino canadense, e quem sabe encerrar a trajetória de Sinclair com o ouro, até então inalcançável . A Copa do Mundo de 2023 será, com certeza, uma oportunidade para elas mostrarem sua qualidade e competirem com os melhores, deixando sua marca no torneio.