
14 de junho de 2023. 8 horas da manhã. Dependências do centenário Santa Marina Atlético Clube. Data, horário e local determinados pela justiça para mais um episódio da batalha judicial entre a agremiação e a multinacional francesa Saint-Gobain. A empresa e o Santa Marina AC estão em conflito na busca do direito de posse do espaço desde 2007. Um ato em defesa do clube foi imediatamente convocado pela comunidade Santa Marina para o momento da ação judicial.

Naquela manhã fria e chuvosa em São Paulo, os representantes da corporação se reuniram com os membros envolvidos na defesa do clube dentro da sala de troféus e, após cerca de uma hora, foi firmada a desocupação. Entre as pessoas reunidas, estavam o presidente do Santa Marina AC, Francisco Ingegnere, e sua irmã, Rose Ingegnere, juntos ao advogado da agremiação, Caio Marcelo Dias e de Kelseny Medeiros, assessora da Deputada Federal Erika Hilton (PSOL-SP), autora do projeto de lei que requer o tombamento do local como patrimônio histórico-cultural.
Ao final da reunião, Dias anunciou que o mandado seria cumprido pacificamente e “todos os bens do clube farão parte de um catálogo, que daqui de dentro não sairá um grão de areia”. Segundo o advogado, a Saint-Gobain se comprometeu a zelar pela integridade do espaço e do acervo ali presente. Rose demonstrou não confiar na promessa, e teme descuido com as instalações do clube e com os cachorros que ali viviam. “Não vão cuidar. Será que vão cuidar? Será? Eu duvido”, disse.
Além do choro de tristeza dos membros da comunidade, houve gritos fervorosos de “palhaçada, ein”, “vergonha” e “não vamo ‘para’”, intercalados com outras duras críticas dos pais, professores e demais admiradores do clube ali mobilizados direcionadas aos representantes da multinacional. “Lamentável. Empresa francesa destruindo a história do futebol brasileiro. Viva a várzea! Resistência!”, gritou um deles. Emocionado, Chiquinho prometeu: “Nós vamos reverter isso aí”.

“A gente podia continuar com as atividades aqui, porque enquanto não sair a decisão do Ministério Público, eles não vão poder fazer nada, eles não vão poder mexer. Então o que incomoda eles da gente ficar aqui. Sabe? Continuar com as atividades. A gente nunca pediu nada pra eles, a gente vive aqui dos colaboradores. A gente nunca bateu na porta deles pra pedir dinheiro”, desabafou Rose. De acordo com ela, mais de 140 crianças ficarão desamparadas.
“Nós já tinha um clube muito maior, e 'ficamo' (sic) com esse pedacinho, e ainda eles quer tirar. Uma firma que é só dinheiro”, lamenta o presidente da SMAC
Francisco Ingegnere está à frente do clube desde 1989 e sua irmã, Rose, desempenha funções administrativas no local há 20 anos. Juntos, cuidam do Santa Marina AC, que está localizado em uma área avaliada em cerca de R$86 milhões. A região ocupada pela agremiação corresponde a 4% do espaço dividido com a corporação. Nos primórdios da história da localidade, o terreno era cedido pelos proprietários da fábrica, que chegavam a incentivar as práticas esportivas, segundo membros mais antigos da comunidade.
No início do século XX, os clubes de várzea chegam para compor a história de São Paulo como espaços de convivência e acolhimento. Os indesejados pela elite de então, reuniam-se para praticar esportes e gozar de momentos de lazer. Juntos, naquele cenário de transformações urbanas na capital paulista, os “varzeanos” desenvolveram novas formas de sociabilidade: a inclusão dos excluídos. O Sport Club Corinthians Paulista, fundado em 1910, foi o primeiro time varzeano a atravessar as fronteiras da segregação entre a várzea e a prática elitista do esporte, ganhando o Campeonato Paulista - organizado pela Liga Paulista de Foot-ball, criada por Charles Miller, em 1914.
O SMAC é um dos clubes esportivos mais antigos em atividade no Brasil. Há mais de 100 anos, a agremiação tem sua história intrinsecamente ligada à da cidade de São Paulo e do futebol brasileiro. Assim como o Corinthians, o Santa Marina Atlético Clube foi fundado pela classe trabalhadora e promoveu mudanças históricas na sociedade ao seu redor. Funcionários da antiga Vidraria Santa Marina e os moradores da vila operária, em 1913, fundaram o que, hoje, é símbolo de resistência do futebol de várzea ante a chegada da especulação imobiliária.

Já a Saint-Gobain, outro lado da moeda dessa disputa pelo terreno na Água Branca - bairro da Zona Oeste de São Paulo - chegou na década de 1930 em solo brasileiro. Segundo a empresa, em seu site oficial, “a história do Grupo no Brasil tem sido marcada por novas aquisições, fusões, expansão e conquista de novos mercados”. De acordo com o website, o grupo possui o propósito de “ajudar a construir um mundo mais justo, sustentável, aberto e acolhedor”.
Em nota à Agência Maurício Tragtenberg (AGEMT), quando questionada sobre o compromisso de cuidar das instalações do SMAC - assumidos na reunião - e sobre uma possível compensação aos alunos de futsal que tiveram suas aulas gratuitas suspensas por conta da reintegração, a multinacional afirmou que vai cumprir o acordo. “O acervo do Clube está em segurança junto a um fiel depositário e que será preservado. A empresa aguarda definição das autoridades do município e do Estado de São Paulo quanto ao tombamento do patrimônio cultural e histórico”, diz a nota. E pontua que está realizando estudos para "as possibilidades de uso do terreno”.
Apesar de assumirem aguardar as decisões sobre o tombamento do espaço, não tivemos respostas quando indagamos se há, por parte da organização, entendimento de que o clube promovia ações de acolhimento e justiça social importantes para a comunidade paulistana. (A nota da Saint-Gobain, na íntegra, está disponível no final desta reportagem)
Em 2007, após investidas por parte da multinacional, o Santa Marina AC assinou um contrato de comodato - empréstimo do terreno - válido por dez anos. Vencido esse prazo, dois processos simultâneos passaram a tramitar na justiça: usucapião (aquisição por tempo de uso) e reintegração de posse (em nome da multinacional).
Em 2021, com ajuda de profissionais do Museu do Futebol, a administração chegou a empacotar os troféus para desocupação do espaço que havia sido determinada pela justiça, mas uma liminar - aos 45 do segundo tempo - suspendeu a ação. Agora, dois anos depois, o mesmo não aconteceu. A deputada Erika Hilton chegou a solicitar a suspensão da reintegração, mas dessa vez, o clube precisou fechar as portas.
“É bem triste a ideia de que o juiz entende que preservar esse patrimônio é só preservar o acervo, e não as atividades, que são o principal elo que gerou esse patrimônio”, lamenta Medeiros
Em paralelo aos processos já citados, há um Projeto de Lei, de 2021, que defende o tombamento do Santa Marina Atlético Clube como patrimônio cultural material da cidade de São Paulo. Erika Hilton, autora do PL, não pôde estar presente na data marcada para desocupação; mas sua assessora, Kelseny Medeiros, representou a deputada e comentou sobre o assunto. “A última etapa dessa briga judicial foi a estratégia criada pelos coletivos que acompanham o Santa Marina de mover essa discussão da posse pra questão do patrimônio cultural, porque é um patrimônio cultural. Esse é o valor do Santa Marina”, disse Medeiros sobre a argumentação usada na ação.
“Foi isso que foi construído, junto com a promotoria aqui, do Ministério Público de São Paulo, e levado por meio de uma ação civil-pública pra um novo juiz, pra que ele protegesse esse patrimônio pra além da definição da posse”, completa. Ela acompanha o caso desde 2021, ano em que a deputada Hilton entrou na defesa do clube.
“É um clube que carrega, além de tudo, muita memória, muita história. E, definitivamente, é mais que quadros e troféus, é sobre as pessoas que cuidam e usam dele todos os dias”, explica Medeiros. “Esse patrimônio, ele só existe porque existiam pessoas aqui pra cuidar dele. Pessoas que utilizavam isso aqui, que faziam disso uma segunda casa, uma comunidade mesmo”, finaliza a assessora, enquanto aponta para as fotos que representam a memória preservada no local, que tem sua integridade ameaçada com o despejo.



Na conta do Instagram @santamarina.doc é possível conferir o curta-metragem que conta um pouco da história do clube e de sua briga na justiça para que siga resistindo como um dos poucos clubes de várzea centenários do Brasil.
A historiadora do esporte Aira Bonfim e o jornalista Juca Kfouri são algumas das personalidades presentes no curta. A conta na rede social também reúne links de reportagens sobre a briga judicial e busca atrair e mobilizar ainda mais defensores da memória afetiva paulistana.

Confira, na íntegra, a nota do Grupo Saint-Gobain à AGEMT:
“A Saint-Gobain sempre esteve disponível e aberta ao diálogo com o Santa Marina Atlético Clube (SMAC) a fim de encontrarem, em comum acordo, a melhor solução para ambas as partes em relação ao imóvel localizado na Avenida Santa Marina, nº 443/833/883, em São Paulo (SP).
Ao longo de todos os anos foram oferecidas várias alternativas, inclusive o uso do imóvel por meio de um contrato de comodato, que acabou por expirar em 2019. E, embora tenha recebido o parecer judicial favorável confirmando a posse do imóvel, e que ainda permitia a retomada do espaço então ocupado pelo SMAC, a Saint-Gobain buscou mais uma vez o diálogo.
Junto ao Ministério Público e às lideranças do Clube, a Saint-Gobain propôs um novo acordo em 2021, que garantiria a permanência do SMAC no local, como tem ocorrido nos últimos anos. Infelizmente os representantes do Clube se mostraram irredutíveis, e declararam que não estão abertos a essa alternativa, demandando outras ações que estão fora do tema em questão.
O processo seguiu seu curso e, no mês de abril de 2023, após vários recursos terem sido rejeitados em diversas instâncias judiciais, o Poder Judiciário determinou o cumprimento da ordem de reintegração da Saint-Gobain na posse à área ocupada pelo SMAC, cumprida no dia 14 de junho de 2023, com anuência e acompanhamento do Ministério Público.
A Saint-Gobain reitera que o acervo do Clube está em segurança junto a um fiel depositário e que será preservado. A empresa aguarda definição das autoridades do município e do Estado de São Paulo quanto ao tombamento do patrimônio cultural e histórico. A Saint-Gobain está realizando estudos para as possibilidades de uso do terreno.
O Grupo Saint-Gobain, que atua há mais de 80 anos no Brasil e trabalha continuamente para o desenvolvimento do setor da construção no país, é pautado nos princípios de responsabilidade social e ambiental, e reitera seu empenho para a melhor solução possível”.
Neste final de semana, a Fórmula 1 volta à ativa com o GP da Áustria. O circuito nomeado Red Bull Ring conta com um desenho inalterado desde 2003. Suas 71 voltas e apenas 10 curvas prometem certas emoções, já que historicamente o consumo de combustível nessa etapa costuma ser crítico e o desgaste de freios alto.
HOJE NÃO, HOJE SIM
O GP da Áustria se tornou um marco no esporte por ser o palco do lamentável episódio envolvendo a Ferrari e seus dois pilotos, Michael Schumacher e Rubens Barrichello, em 2002. A corrida foi manchete mundial ao se tornar um dos ocorridos mais polêmicos do automobilismo: Rubinho foi forçado pela escuderia a ceder a vitória ao seu companheiro de equipe nos metros finais da pista. Schumacher que estava liderando o campeonato daquele ano e ficou em terceiro lugar na classificação devido a um problema no freio de seu carro, em comparação a Barrichello que largou em primeiro.
No começo da última volta, o brasileiro estava com 1s de vantagem e caminhava para sua primeira vitória naquele ano. Pelo rádio, o então diretor técnico Ross Brown ordenou que Rubinho freasse na última curva para ceder passagem ao alemão, — depois Schumacher admitiu ter diminuído a velocidade por acreditar que a ordem não devesse ser cumprida — que acabou cruzando a linha de chegada em primeiro lugar, com Barrichello em segundo.
A icônica frase “Hoje não, hoje sim!" foi proclamada com desaprovação pelo então comentarista de F1 da Globo, Cléber Machado. Tal frase representava o repúdio que não só os brasileiros, mas todo o público presente no autódromo no dia sentiu. Durante o pódio ambos os pilotos foram bruscamente vaiados, apesar do gesto de Schumacher de colocar o brasileiro no degrau mais alto de primeiro lugar.
E O QUE ACONTECEU NA PAUSA DO AGEMT NA PISTA?
As últimas três etapas da categoria foram vencidas por Max Verstappen, somando 75 no total. O holandês continua liderando o Campeonato de Pilotos com 195 pontos, 69 à frente de seu companheiro de equipe e segundo colocado no campeonato, Sergio Pérez.
Em Mônaco, no fim de maio, Verstappen dividiu o pódio com Fernando Alonso (Aston Martin) e Esteban Ocon (Alpine). Na Espanha, a dupla da Mercedes se viu entre os primeiros colocados, com Lewis Hamilton e George Russell em segundo e terceiro, respectivamente. O Canadá teve o pódio com os três pilotos campeões mundiais do grid: Verstappen, Alonso e Hamilton foram os mais rápidos.
Diferente de seu companheiro de equipe, Pérez não vive uma boa fase na Red Bull. Nas últimas três corridas marcou apenas 22 pontos e não conseguiu ir para o Q3 em nenhum dos treinos classificatórios, no que é considerado o melhor carro do grid. Com apenas nove pontos de vantagem para Alonso no campeonato, o mexicano – que tem contrato até o fim de 2024 – pode estar com o futuro ameaçado na Fórmula 1, ou pelo menos o da vaga na equipe austríaca.
Diretamente de Hollywood, foi anunciado que um grupo de investidores – que inclui os atores Ryan Reynolds, Rob McElhenney e Michael B. Jordan – injetará 200 milhões de euros na Alpine, significando a aquisição de 24% da equipe francesa. O grupo também tem ações no Dallas Cowboys, da NFL; AC Milan, time de futebol italiano e o Wrexham AFC, time do País de Gales que subiu para a quarta divisão e mostra tudo em um reality show.
NESTE ANO, NA ÁUSTRIA
Os vinte pilotos voltam às pistas no sábado (01) às 11h30, no horário de Brasília, para a corrida Sprint, – que estreou seu novo formato no Azerbaijão – prova com 100km e que não influencia no resultado da corrida principal, mas distribui pontos para os oito primeiros colocados. A etapa no Red Bull Ring acontece no domingo (02), às 10h00 (horário de Brasília).

Os esportes praticados na terra do “Tio Sam” têm ganhado o carinho dos brasileiros nos últimos anos, exemplo disso são os “cases” de sucesso da NFL (National Football League), principal liga de futebol americano e da NBA (National Basketball Association), o maior campeonato de basquete do mundo. Ambos possuem milhões de fãs, transmissões em TV aberta e por assinatura, além de eventos próprios e lojas com produtos licenciados. Porém, outra modalidade aparece “correndo por fora” e já tem praticantes e amantes fiéis no país.
O beisebol está presente há muito tempo no Brasil. Com forte relação com a imigração japonesa, a modalidade foi ganhando espaço e já aparece até no vestuário dos brasileiros. Encontrar bonés do time de Nova Iorque da MLB (Major League Baseball), os New York Yankees, é algo frequente nas lojas e nas cabeças de muitos.
Para o comentarista da ESPN Brasil, Ubiratan Leal, a moda pode ser um fator importante para o “pontapé inicial” de diversas pessoas no esporte: “Com isso, você percebe o beisebol, e acredito que perceber a existência do jogo já faz a diferença”. Ele complementa dizendo que, claro, “depois será necessário um trabalho mais de base”, como atividades de interação do esporte com os curiosos.

Outro ponto que o comentarista aborda é o crescimento dos streamings e das novas mídias, facilitando assim a popularização do esporte em terras que o futebol impera. Ele se lembra que nos anos 1990, acompanhar beisebol no Brasil era muito difícil e que atualmente qualquer um tem meios para se tornar um especialista: “Se tornou muito mais acessível”. Por outro lado, Ubiratan ressalva que a concorrência com outras modalidades também aumentou: “Ficou muito mais fácil para todo mundo, para todos os esportes”.
Atualmente, a MLB está na temporada regular e todos os dias um dos jogos é transmitido pela ESPN Brasil ou no serviço de streaming Star Plus. Gabriel Kenji, 20 anos, fã e jogador de beisebol, adora se reunir com os amigos para assistir uma partida da MLB e afirma que com a facilidade de hoje em dia ficou muito mais acessível acompanhar as partidas: “Sempre que eu tenho um tempinho nos estudos, procuro assistir um jogo ou outro”.
Inclusive Gabriel foi um dos atletas presentes na rodada 26 do campeonato paulista de beisebol que ocorreu no Estádio Municipal Mie Nishi. O local fundado em 1958 é o centro do esporte na capital de São Paulo. Localizado no Bom Retiro e bem próximo à Marginal Tietê, o espaço se tornou um símbolo e ponto de encontro para apaixonados pelo beisebol. Carlos Tatsumi, 58 anos, gestor de equipamento público do estádio ressalta a importância do complexo para fazer com que o esporte cresça no país: “Por ser o único aqui dentro de São Paulo, é muito importante. A gente, na verdade, precisa de mais estádios como esse para o esporte crescer. Nós estamos recebendo muitas melhorias, uma iluminação nova e placar eletrônico. Isso vai ajudar o esporte a crescer”.
Ficou interessado em conhecer mais sobre o Mie Nishi, clique no aqui e assista a visita que a nossa equipe fez ao estádio.

Como é ser atleta de beisebol no Brasil?
Cinco jogadores brasileiros já passaram pelos campos da maior liga de beisebol do mundo, sendo que Paulo Orlando e Yan Gomes já foram campeões da MLB. O último ainda foi selecionado em 2018 para participar do jogo das estrelas. Apesar da presença de alguns representantes brasileiros na luxuosa liga de beisebol americana, a realidade nacional é bem diferente dos times do norte, tanto em infraestrutura quanto na folha salarial.
A modalidade não é considerada profissional no Brasil, isso faz com que a maioria dos atletas tenham que trabalhar durante a semana e aos finais de semana ir para os campeonatos.
Esse é o caso do Victor Yasunaga, 26 anos, center fielder e arremessador do time de Ibiúna, e durante a semana, fisioterapeuta em uma clínica no bairro do Ipiranga. Victor conheceu o esporte através de sua família. Ele relata que com seus seis anos se lembra de jogar beisebol no quintal de casa com seu pai. Para o atleta, independente das dificuldades que enfrenta, não pensa em desistir da bolinha branca: “Eu acho que nunca vou parar de jogar, o beisebol só me trouxe coisas boas, tanto de amizades, disciplina e educação que aprendi com os meus amigos e com os técnicos, então eu só tenho a agradecer a esse pessoal”.

Gabriel Kenji, universitário e right field do Anhanguera, reforça que apesar de já ter se sentido desanimado com a falta de incentivo do esporte no país, o beisebol foi a “melhor coisa que aconteceu na minha vida”. Ele finaliza dizendo que o esporte faz parte de quem ele é e não consegue viver sem: “Com certeza é a minha segunda casa”.
Essa casa que o jovem atleta do Anhanguera se refere não para de crescer. Pelo contrário, procura receber novos integrantes. Exemplo disso é a história do árbitro de beisebol Claudionor Arbigaus, 55 anos, tenente da polícia militar na reserva e professor de educação física. Claudionor entrou no meio do esporte após o seu filho iniciar em um time de beisebol. Desde então, também treina e há dez anos apita jogos em campeonatos federados: “Eu ‘tô’ há uns 10 anos nessa atividade bacana para vir me divertir com o pessoal, para mim é hobby, mas a gente trata com seriedade todos os jogos, por isso que eu treino e dificilmente a gente acaba tomando decisão equivocada”.
O beisebol também é utilizado para conseguir bolsas em universidades brasileiras. O técnico do GECEBS, Rodnei Tetsuya, 32 anos, relembra que no período como jogador conquistou desconto de 100% em todo o curso na universidade. Hoje formado em Engenharia Elétrica, ele retribui o que o beisebol lhe deu, treinando as divisões de base e o time adulto da equipe com sede no Arujá: “Eu tento repassar de uma forma um pouco mais simplificada para os que estão chegando agora que dá certo, que a disciplina, que o esporte em si dá muitos benefícios”.

Futuro do beisebol no Brasil
Ubiratan Leal acredita no potencial do beisebol aqui no país. Para ele a modalidade ainda não atingiu o “boom” como os outros esportes americanos e talvez isso ainda demore um pouco, mas afirma que o esporte tem crescido gradualmente. Ubiratan diz que a CBBS (Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol) precisa fazer mais a parte dela para que o esporte tenha uma expansão no país. Ele sugere que sejam feitas ações em parques da cidade com gaiolas de arremesso e rebatidas, para que assim o público tenha o contato com o esporte e quem sabe goste da modalidade. Juntamente com a MLB, que precisa trazer uma faísca para ver o comportamento do público consumidor brasileiro.
Além disso, ele defende a inserção do jogo nas escolas, mesmo que como uma ferramenta ainda lúdica: “Se tivesse na educação física, aumentaria, como o handebol por exemplo [...] tem muito pouca infraestrutura e investimento para campeonatos organizados e o handebol brasileiro vive, o handebol brasileiro respira. O Brasil tem uma seleção que já foi campeão mundial no feminino”.

Já para o Carlos Tatsumi, o que falta é a divulgação do esporte: “Para a gente crescer, precisa das empresas e da mídia, é dessa forma que a gente vai conseguir crescer”. Tatsumi finaliza ressaltando que o Brasil tem nível técnico: “A Confederação mantém a academia Yakult e lá tem técnicos latinos, cubanos, venezuelanos, mas só que ainda fica muito restrito, esse que é o problema”.
Rodnei Tetsuya, técnico do GECEBS, relata que o esporte realmente não é tão difundido e que a Confederação poderia fazer um trabalho melhor, mas que a mudança deve partir dos apaixonados pelo esporte: “Se ficar dependendo de outras pessoas a gente só vai ficar no desejo e arrependimento. Se nós quiséssemos que o esporte tivesse maior visibilidade, devemos fazer por nós, nós jogadores, nós atletas, nós técnicos. A entidade eles estão fazendo o papel deles, mas como nós somos amantes, a gente deveria nos unir mais e fazer por nós mesmos”.

A Copa do Mundo Feminina 2023, na Austrália e na Nova Zelândia, é o mais novo palco das futebolistas irlandesas. Não só é o primeiro mundial que elas disputam, como também é a primeira grande competição internacional na qual elas estão presentes. O elenco comandado pela técnica Vera Pauw, que conta com a estrela Denise O’Sullivan, espera não ir apenas a passeio: quer botar a prova a sua solidez defensiva e representar a sua força cultural na Oceania.
O PAÍS
A Irlanda é uma terra marcada pela rica cultura e desenvolvimento social. Possui um estilo musical tradicional, que envolve violinos, flautas e harpas em suas melodias. Muitos nativos têm o costume de se reunir em “pubs” (típicos bares do Reino Unido) nos finais de semana, para beberem umas cervejas. Além disso, a dança é uma arte muito praticada pelos irlandeses. O estilo “Riverdance”, com passadas rápidas e precisas, é reconhecido no mundo inteiro e integra a identidade cultural do país.
A literatura irlandesa também é reconhecida internacionalmente. Escritores como William Butler, Oscar Wilde e James Joyce viveram nos arredores da capital Dublin. Locais literários icônicos compõem a cidade, como a Biblioteca Chester Beatty e a Trinity College Library. A cultura da Irlanda está enraizada em lendas e na mitologia celta. Histórias antigas de heróis, deuses e seres míticos, como Leprechauns (duendes, em tradução), são passadas de geração em geração.
A Irlanda também é famosa por seus festivais que celebram uma variedade de eventos, como literatura, teatro e cultura celta. O “Saint Patrick's Day”, em 17 de março, é o festival originário da Irlanda mais conhecido e celebrado ao redor do mundo.
Em 2020, o IDH (Índice de desenvolvimento humano) da Irlanda chegou à marca de 0.955/1 e ficou entre os maiores índices do mundo no ranking. Isso só reflete o tamanho da influência cultural que o país perpetua nas ruas, bares, bibliotecas e ao redor das cidades. A renda média anual dos irlandeses é de 76.110 dólares (377 mil reais aproximadamente) e faz com que ocupem a 3º posição entre os países com maior poder de compra no planeta.

A SELEÇÃO
Em contraste com a forte cultura nativa, a seleção feminina irlandesa ainda busca um reconhecimento e um fortalecimento técnico do esporte no país. Muito por conta do futebol inglês (Premier League e as demais ligas inglesas) no qual está inserido, o país busca uma maior expressividade no âmbito internacional. Apesar de nunca ter conseguido se classificar para a Eurocopa, muito menos alcançado uma Copa do Mundo, as irlandesas apresentaram uma evolução significativa na última década. Das oito seleções estreantes deste mundial, apenas Portugal está a frente delas no Ranking FIFA das melhores seleções femininas do mundo.
A prancheta da Vera
Apesar da ascensão da equipe, o estilo de jogo adotado pela treinadora Vera Pauw é polêmico e controverso. O esquema tático 5-4-1 é questionado por ser monótono e extremamente defensivo. Muitas das vezes, os jogos são decididos por uma bola parada, após 90 minutos de “retranca” total. É o famoso “bola para o mato que o jogo é de campeonato!”.
A treinadora, em entrevistas coletivas, disse “não é que gosto de retrancas, mas eu gosto de ganhar. Jogar recuado é o que o time precisa para fazer boas exibições e vencer. Jogo com cinco defensoras porque, apesar de termos atletas fantásticas nesse setor, elas não são as mais rápidas. Se jogarmos aberto, podemos levar um 5 a 0”.
Em defesa da treinadora, esse estilo tem funcionado para a Irlanda. Após empatar fora de casa contra a Suécia nas eliminatórias para a Copa, o time surpreendeu no playoff final da UEFA e garantiu a classificação para o primeiro mundial, após vencer a seleção da Escócia por 1 a 0. Esses placares apertados e econômicos foram muito comuns na campanha de Vera Pauw. Se as redes balançaram, é muito provável que seja em lances de bola parada, como nos três gols na incomum vitória contra a Austrália, no amistoso pré-copa.

Trevos de quatro folhas
As principais “melodias” do elenco de Pauw são as meio-campistas Denise O’Sullivan (10) e Katie McCabe. Pela seleção, Denise contribuiu com 19 gols e Katie com 18, e lideram a artilharia, mesmo que a função das jogadores não é balançar as redes. Ambas ditam o ritmo do meio campo da seleção e Denise é o principal motorzinho da equipe.
A camisa 10 é uma das responsáveis pela classificação da seleção para a Copa. No jogo contra a Escócia, de 1 a 0, a desportiva foi a responsável pela assistência do gol que ficou marcado nos corações dos torcedores e torcedoras irlandeses. A jogadora ocupa o patamar das principais atletas do Campeonato Norte-Americano há alguns anos. “Não há nenhuma outra jogadora no mundo neste momento que consiga tanto armar as jogadas como também ser o motor do time, roubando bolas na defesa. Ela tem todas as qualidades.” disse Pauw a respeito da craque.
A elegância e protagonismo de O’Sullivan, combinados com as qualidades de sua companheira de meio campo McCabe, serão cruciais para o futuro da Irlanda na Copa do Mundo. Se a dupla estiver encaixada, as estreantes poderão aprontar algumas surpresas nesse mundial.
Além das atletas já consolidadas, Vera Pauw apostou na jovem promessa Abbie Larkin, com seu vasto talento. A ex-capitã da seleção sub-17 foi chamada para o time principal e estreou com apenas 16 anos. Não demorou muito e a centroavante, jogos depois, balançou as redes pela primeira vez. A jogadora, hoje com 17 anos, é pouco provável que seja titular. Porém, se pintar uma oportunidade, Abbie poderá ser a arma secreta da seleção irlandesa.

NA COPA
As irlandesas tiveram azar no sorteio da fase de grupos e caíram em uma cova de leões. As atletas terão que correr dobrado para se classificar em um grupo que inclui uma das anfitriãs (Austrália), a atual campeã olímpica (Canadá) e a seleção mais bem sucedida e vitoriosa da África (Nigéria). De longe, a Irlanda não é favorita para se classificar. Apesar disso, Vera Pauw montou um elenco, na medida do possível, capaz de dar trabalho para as adversárias balançarem as redes. Um 0 a 0 ou um 1 a 0 podem fazer total diferença para o rumo do grupo.
A solidez defensiva pode ser a pedra no sapato das grandes seleções do grupo. Logo de cara, a Irlanda enfrentará a Austrália, no dia 20 de julho, às 20h no horário local, e colocará em xeque a vantagem das adversárias de jogar em casa. Em seguida, enfrentarão a poderosa seleção do Canadá, no mesmo horário, sete dias depois.
O último jogo da fase de grupos será contra a Nigéria, no dia 31 de julho, às 20h no horário local. Esse confronto será um teste real do poder da defesa irlandesa. A forte ofensividade da seleção africana, com seu quadrado mágico e arsenal criativo, baterá de frente com a retranca de Vera Pauw e poderá decidir a miraculosa classificação da equipe.
Localizado na América do Norte, o Canadá é um país vasto e deslumbrante, conhecido por suas paisagens de tirar o fôlego. Com montanhas majestosas, lagos cristalinos e parques nacionais impressionantes, como as icônicas Montanhas Rochosas e as famosas Cataratas do Niágara, o país encanta os visitantes com sua natureza exuberante.
Além de suas belezas naturais, o Canadá oferece uma qualidade de vida excepcional. Com um sistema de saúde público de excelência, educação de alta qualidade, baixos índices de criminalidade e um forte compromisso com a sustentabilidade ambiental, o país constantemente é classificado como um dos melhores lugares para se viver.
Um aspecto marcante do Canadá é a sua diversidade cultural. Com cidades cosmopolitas como Vancouver, Toronto, Montreal e Calgary, o país recebe pessoas de diferentes origens étnicas e culturais. O multiculturalismo é uma política valorizada, promovendo a inclusão e o respeito às diferenças, refletindo-se nas celebrações de festivais culturais realizados em todo o país.
Os canadenses também são apaixonados por esportes, sendo o hóquei no gelo considerado o esporte nacional. Além disso, o Canadá oferece uma ampla gama de atividades ao ar livre para os entusiastas da natureza, como esqui, snowboarding, caminhadas e canoagem. A riqueza de recursos naturais, como petróleo, gás natural, minerais e madeira, também desempenha um papel importante na economia do país.
Nos últimos anos, o futebol feminino no Canadá também tem experimentado um crescimento exponencial, impulsionando a visibilidade e o reconhecimento do esporte no país. A seleção feminina canadense, sob a gestão da Associação Canadense de Futebol, ostenta uma história repleta de conquistas, jogadoras que esbanjam talento e uma mentalidade preparada para trazer o ouro - e dessa vez não é o olímpico.
Uma história antiga de conquistas recentes
A seleção canadense possui uma longa história de participação em competições esportivas, abrangendo uma variedade de conquistas em sua bagagem. Desde os Jogos Olímpicos até campeonatos mundiais e torneios continentais, o país tem acumulado conquistas notáveis ao longo dos anos.
Diferentemente das poucas oportunidades que a seleção masculina teve em edições de Copa do Mundo, a seleção feminina participou de todas, com exceção da estreia em 1991, com apenas 12 seleções disputando o campeonato. Além do quarto lugar em 2003, elas também alcançaram as quartas de final em duas ocasiões: em 1995, na Suécia, e em 2015, no próprio Canadá, provando que suas participações mostram a consistência da equipe e seu potencial de competir com as melhores seleções do mundo.
Mas foi nos Jogos Olímpicos que o Canadá tem estado em ascensão: o país conquistou sua primeira medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, novamente demonstrando sua força e competência em competições internacionais de grande visibilidade. E foi após a histórica conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas de Tóquio 2020, que a seleção feminina do Canadá está sendo cada vez mais motivada e determinada para a Copa do Mundo de 2023. O feito inédito de garantir o ouro olímpico impulsionou o futebol feminino no país e solidificou a reputação da equipe como uma potência internacional.

Com a confiança renovada, as jogadoras canadenses estão prontas para enfrentar os desafios da Copa do Mundo e buscar um desempenho excepcional. A conquista do ouro olímpico serviu como um marco histórico e um momento de união para a equipe, que está ansiosa para continuar a escrever sua história de sucesso.
Bev Priestman: A liderança por trás da conquista
Priestman é uma figura essencial por trás do sucesso recente da seleção canadense feminina de futebol. Ela assumiu o cargo de treinadora da equipe em novembro de 2020, trazendo consigo uma vasta experiência e conhecimento tático adquiridos ao longo de sua carreira. Sua liderança tem sido fundamental para a evolução e os resultados positivos da equipe.
Uma das características marcantes da treinadora inglesa é sua abordagem equilibrada do jogo: ela reconhece a importância de uma organização defensiva sólida, garantindo que a equipe seja capaz de se proteger efetivamente contra os ataques adversários. Ao mesmo tempo, ela incentiva transições rápidas e eficientes, buscando aproveitar as oportunidades de contra-ataque e criar jogadas ofensivas perigosas. Essa abordagem moderada tem se mostrado eficaz, permitindo que a seleção canadense tenha um desempenho efetivo tanto na defesa quanto no ataque.
É indiscutível a atuação de Bev Priestman: a inglesa levou um time fora de forma do Canadá, que todos consideravam ter superado na conquista do bronze olímpico em 2012 e 2016, para o primeiro ouro da história da seleção. A treinadora que teve menos de dez meses de comando e mesmo assim, levantou a conquista histórica do Canadá nas olimpíadas diz que agora o desafio é outro, mas não poderia estar mais ansiosa para mudar a cor da medalha da Copa do Mundo. “Eu tinha um grupo de jogadoras que, na minha cabeça, tinha ficado um pouco confortável com essa vitória. Se eu não tivesse aparecendo para trabalhar todos os dias tentando ganhar uma medalha de ouro, o que eu ia fazer? Eu sabia que ia ser um desafio difícil, mas eu sempre soube, que se você colocar um desafio na frente desse grupo, elas vão aceitar”, conta em entrevista para a FIFA.
Bev enfrentará alguns desafios significativos para a Copa do Mundo de 2023, especialmente considerando a ausência de jogadoras-chave, como Janine Beckie. A ausência de uma jogadora talentosa e experiente como Beckie certamente representará uma lacuna a ser preenchida na equipe. No entanto, Priestman está preparada para lidar com esse obstáculo, pois é conhecida por sua capacidade de adaptar a estratégia e fazer ajustes táticos para maximizar o potencial das jogadoras disponíveis. A inglesa buscará identificar talentos emergentes e promissores para integrar a seleção, proporcionando oportunidades para novas jogadoras brilharem e contribuírem para o sucesso da equipe na Copa do Mundo de 2023.

As protagonistas em campo
A seleção feminina contará com a presença de algumas das principais jogadoras do cenário internacional para a Copa do Mundo de 2023. Entre elas, destaca-se Christine Sinclair, a lendária atacante e maior artilheira da história do futebol internacional. Sua liderança e experiência serão fundamentais para o desempenho da equipe, proporcionando inspiração e confiança às suas companheiras de time.
Na defensiva, Ashley Lawrence é uma lateral de grande habilidade e velocidade, capaz de superar seus oponentes com facilidade. Além de sua contribuição na linha defensiva, Lawrence também se destaca pelo seu poder ofensivo, com cruzamentos precisos e jogadas de perigo para o time adversário.
Apesar de algumas ausências notáveis, como a de Janine Beckie, que está fora desta edição da Copa do Mundo por uma lesão, a seleção canadense permanece competitiva e determinada, isso porque tem em seu elenco peças fundamentais para completar esse esquema tático desafiador para Bev. É o caso da zagueira Kadeisha Buchanan, com uma liderança defensiva incansável, conhecida por sua força física e capacidade de antecipação, sendo um pilar indispensável no sistema defensivo do time.
Vale o destaque também para Julia Grosso, uma das mais jovens meio-campistas e que chega com um grande potencial para ser a chave que completa a equipe. Sua habilidade técnica, passes precisos e inteligentíssimas assistências contribuem para o equilíbrio e a criatividade do meio de campo canadense.
Com um elenco formado por talentosas jogadoras, a seleção feminina canadense está pronta para enfrentar os desafios da Copa do Mundo de 2023. A combinação de experiência, juventude e qualidade técnica promete levar a equipe a grandes feitos e a impressionar os fãs do futebol ao redor do mundo.
Embora não seja considerada uma das favoritas absolutas para vencer a Copa do Mundo, a seleção canadense está entre os times a serem observados de perto. Sua história de sucesso recente, aliada ao talento individual de suas jogadoras e à liderança de Bev Priestman, elevam suas chances de causar surpresas e competir de igual para igual com as equipes mais renomadas do mundo.
No entanto, o futebol é imprevisível, e a competição será acirrada. A seleção canadense terá de enfrentar desafios e superar obstáculos ao longo do caminho, principalmente em seu grupo. Mas com uma combinação de habilidades, determinação e o apoio apaixonado de seus torcedores, a equipe tem o potencial de escrever um capítulo memorável na história do futebol feminino canadense, e quem sabe encerrar a trajetória de Sinclair com o ouro, até então inalcançável . A Copa do Mundo de 2023 será, com certeza, uma oportunidade para elas mostrarem sua qualidade e competirem com os melhores, deixando sua marca no torneio.