Resultado deixa o Verdão pressionado após derrota em Quito e amplia a responsabilidade para a volta
por
Renan Barcellos
Pedro Lima
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24/10/2025 - 12h

 

Na última quinta-feira (24), a LDU venceu o Palmeiras por 3 a 0 no Estádio Rodrigo Paz Delgado, em Quito (Equador), pelo jogo de ida da semifinal da Copa Libertadores. A equipe equatoriana construiu o placar ainda no primeiro tempo e abriu vantagem para o confronto decisivo no Brasil.

O meio-campista Gabriel Villamíl marcou o primeiro gol aos 16 minutos do primeiro tempo, em finalização de fora da área após jogada pelo lado esquerdo. Aos 27, o atacante Lisandro Joel Alzugaray ampliou em cobrança de pênalti. Nos acréscimos da etapa inicial, Villamíl voltou a marcar aos 47 minutos e ampliou a vantagem antes do intervalo.

jogadores da LDU comemoram gol
Jogadores da LDU comemorando o gol de Gabriel Villamíl. Foto: Divulgação / Conmebol

O Palmeiras tentou reagir no segundo tempo, mas encontrou dificuldade para criar espaços diante de um adversário que controlou o ritmo e aproveitou o desgaste físico causado pelas condições de altitude da capital equatoriana. A equipe paulista finalizou pouco e teve pouca presença ofensiva dentro da área rival.

A LDU apresentou maior volume de jogo durante a maior parte do confronto. O time equatoriano concluiu mais vezes ao gol e teve melhor aproveitamento nas transições, enquanto o Palmeiras registrou participação ofensiva limitada. A posse de bola ficou equilibrada por alguns momentos, mas sem efetividade que revertesse o cenário.

O resultado amplia a pressão sobre o Palmeiras para o jogo de volta. Além do placar adverso, pesa o histórico recente: o clube brasileiro nunca conseguiu reverter uma desvantagem de três gols em mata-mata de Libertadores. Em caso de classificação, o time paulista precisará realizar uma atuação em alto nível diante de sua torcida para seguir no torneio.

O duelo de volta será disputado na quinta-feira (30), às 21h30 (horário de Brasília), no Allianz Parque, em São Paulo, com o Palmeiras precisando vencer por três gols de diferença para levar a decisão aos pênaltis ou por quatro ou mais para avançar no tempo normal.

 

O Rubro-Negro constrói vantagem magra em casa, porém muito importante para o segundo jogo na Argentina
por
Pedro Lima
Renan Barcellos
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23/10/2025 - 12h

Nesta quarta-feira (22), o Flamengo recebeu o time argentino, Racing, no Maracanã, válido pelo jogo de ida da semifinal da Libertadores. Foi uma missão difícil para o time carioca, que precisava construir um bom resultado em casa, tendo em vista as tendências de uma partida mais difícil, na semana que vem, em Avellaneda.

O técnico, Filipe Luís, optou por uma escalação com Pedro e Jorge Carrascal, sendo assim, um ataque menos “móvel” como o de costume. O time Argentino apostou na eficiência de sua forte defesa, com uma linha de cinco zagueiros, contando com a presença do experiente Marcos Rojo.

Com a bola rolando no Maracanã lotado, o rubro-negro tomou a iniciativa da partida. Mesmo sem oportunidades claras de gol, a pressão do Flamengo era constante e Carrascal dominava as ações ofensivas do clube carioca. Aos 20 minutos, o Flamengo teve a oportunidade mais clara ao seu favor no primeiro tempo, um cruzamento na área, o lateral Varela escorou para Arrascaeta, que acertou a trave. O Racing respondeu minutos depois com sua maior chance de gol de todo o jogo, escanteio no primeiro pau e Solari, meia atacante da equipe argentina, desviou forçando uma defesa plástica de Rossi.

Ainda no primeiro tempo, Pedro tentou algumas vezes, mas o Flamengo teve dificuldade para furar o bloqueio e a defesa muito bem treinada do time Argentino, com isso, a primeira etapa acabou sem gols.

Com o segundo tempo em andamento, o Flamengo ainda tinha dificuldade para chegar ao gol do Racing. O time argentino marcou aos 11 minutos da segunda etapa, mas uma falta no mesmo lance salvou o time carioca.

Aos 27 do segundo tempo, Filipe Luís colocou Samuel Lino e Bruno Henrique no jogo, com essa mudança no ataque o Flamengo teve mais oportunidades, empilhou chances e conseguiu furar a defesa do Racing com um ataque mais rápido. O próprio Samuel Lino marcou para o time carioca, mas devido a marcação de impedimento o gol foi anulado. Mesmo assim, a pressão rubro-negra no fim do jogo deu frutos, Jorge Carrascal fez o gol do Flamengo já aos 42 minutos, dessa vez sem falta e sem impedimento. Com o gol marcado e uma ótima atuação no geral, Carrascal foi nomeado o “herói da partida”, prêmio entregue ao melhor jogador em campo. 

Jogadores do Flamengo comemorando o gol de Carrascal. Foto: Divulgação/X/@Flamengo
Jogadores do Flamengo comemorando o gol de Carrascal. Foto: Divulgação/X/@Flamengo

1x0 Flamengo no Maracanã, um primeiro passo importante em busca do tetracampeonato rubro negro na copa Libertadores. O Flamengo teve um total de 20 finalizações e 72% de posse de bola, escancarando o amplo domínio da partida. Filipe Luís ressaltou que a vantagem construída é apenas “simbólica” e que o time não vai jogar pelo empate na Argentina, e sim pela vitória. 

O jogo de volta acontece na quarta que vem (29) na Argentina, às 21:30 no estádio “El Cilindro”.

28 das 48 vagas para a Copa do Mundo estão preenchidas e a competição começa a ganhar forma
por
João Paulo Di Bella Soma
Pedro José de Oliveira Zolési
Gabriel Ferro Agostini
Gabriel Dalto Borelli
Pedro Rodrigues Rossetti
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17/10/2025 - 12h

Nesta terça (14), chegou ao fim mais uma Data FIFA, na qual dez seleções garantiram vaga na Copa. Com isso, restam apenas 20 lugares. Os três países que vão sediar o torneio, México, Estados Unidos e Canadá, têm vaga garantida no Mundial. As demais seleções seguem se classificando aos poucos por meio das eliminatórias continentais.

O próximo Mundial, que ocorrerá de 11 a 19 de julho de 2026, será o primeiro com 48 seleções. As equipes serão divididas em 12 grupos de quatro times. As duas melhores de cada grupo, além dos oito melhores terceiros colocados, avançam para a fase eliminatória.

O aumento no número de seleções alterou a distribuição de vagas definida pela FIFA, da seguinte forma: Europa com 16; África com 9; Ásia com 8; América do Sul, América do Norte e América Central com 6 cada; Oceania com 1; e mais 2 por repescagem internacional.

EUROPA (UEFA QF)

Kane converte pênalti para inglaterra
Kane converte seu pênalti e faz 3 a 0 para a Inglaterra (Foto: England Football)

A seleção liderada por Harry Kane goleou a Letônia por 5 a 0 fora de casa, disparou na liderança do grupo com 18 pontos e garantiu a primeira vaga do continente europeu. Kane marcou duas vezes, Gordon e Eze também balançaram a rede, e houve ainda um gol contra. Nesse jogo, Kane quebrou um recorde histórico da seleção inglesa ao marcar mais de um gol em uma mesma partida pela 13ª vez na carreira, superando Nat Lofthouse, que havia alcançado a marca em 12 jogos. 

Depois de serem rebaixados para a segunda divisão da Liga das Nações e ficarem com o vice-campeonato da Eurocopa, os ingleses tiveram uma grande mudança na sua comissão técnica e elenco. A demissão de Gareth Southgate e a chegada de Thomas Tuchel como novo técnico da seleção não agradaram nada os fãs. Tuchel foi muito criticado por ser de origem alemã, maior rival da Inglaterra, porém vem mostrando um trabalho sólido e promissor à frente da seleção. 

Sob o comando dos ingleses, Tuchel tem sete vitórias e uma derrota. Derrota essa que aconteceu em um amistoso contra Senegal, em que os ingleses perderam de 3 a 1. A campanha nas eliminatórias é perfeita. Em um grupo com Albânia, Sérvia, Letônia e Andorra, a seleção não perdeu um jogo e é líder isolada do grupo K. Outras seleções, como Holanda, Portugal, França, Espanha, Áustria, Croácia, Noruega e Suíça, devem garantir vaga na próxima Data FIFA, em novembro.

 

ÁFRICA (CAF QF)

As Eliminatórias Africanas definiram os últimos classificados de forma direta para a Copa do Mundo. África do Sul, Argélia, Cabo Verde, Costa do Marfim, Egito, Gana e Senegal garantiram suas vagas.

Em uma disputa ponto a ponto com Burkina Faso, os egípcios foram os primeiros a se classificar. Venceram Djibuti por 3 a 0 e Guiné-Bissau por 1 a 0, somando 26 pontos, cinco a mais que o segundo colocado. A seleção participará pela quarta vez de sua história na Copa do Mundo. Destaque para Mohamed Salah, jogador do Liverpool e estrela do time, que marcou dois gols na vitória sobre o Djibuti.

A segunda seleção a se classificar foi a Argélia, que não disputava o torneio desde 2014 e quebrou um jejum de mais de uma década sem ir ao Mundial. Os argelinos derrotaram a Somália por 3 a 0 e Uganda por 2 a 1, com um gol de pênalti nos acréscimos do segundo tempo, que garantiu com folga a liderança do Grupo G. As raposas do deserto voltam com grandes expectativas, apostando em seus principais jogadores, Riyad Mahrez, ex-jogador do Manchester City, e Farès Chaïbi, do Eintracht Frankfurt.

Com 25 pontos e larga vantagem na liderança do Grupo I, os ganeses também carimbaram vaga ao golear, por 5 a 0, a República da África Central e vencer por 1 a 0 as Comores. Gana vai para o seu quinto Mundial seguido e aposta em seu maior talento, Mohammed Kudus, destaque do Tottenham.

Entre as classificadas, a surpresa foi Cabo Verde, que disputava com o forte time de Camarões a primeira colocação do Grupo D. A seleção empatou por 3 a 3 com a Líbia e venceu por 3 a 0 Eswatini, abrindo quatro pontos de vantagem sobre os camaroneses. É a primeira vez que o país se classifica para um Mundial, o que o torna a nação com a menor área territorial a disputar o torneio, superando Trinidad e Tobago, que competiu em 2006.

 Jogadores do Cabo Verde comemorando a classificação
Jogadores do Cabo Verde comemorando a classificação (Foto: FIFA/ND)

Outra seleção que surpreendeu foi a África do Sul. Depois de sediar a competição em 2010, o país não disputou outra edição. Quinze anos depois, está de volta para participar pela segunda vez em sua história. Nigéria e Benim brigaram até a última rodada. A seleção empatou em 0 a 0 com o Zimbábue e venceu por 3 a 0 Ruanda, finalizando com um ponto de vantagem sobre o segundo e o terceiro colocados.

Senegal foi a penúltima a se classificar. Liderada por Koulibaly e Sadio Mané, a equipe goleou nas duas partidas, 5 a 0 contra o Sudão do Sul e 4 a 0 contra a Mauritânia, e terminou com 24 pontos na liderança do Grupo B. A última seleção a se classificar foi a Costa do Marfim. Sem disputar as duas edições mais recentes do torneio, os marfinenses estão de volta após uma disputa acirrada com o Gabão. A seleção goleou as Seicheles por 7 a 0 e venceu o Quênia por 3 a 0, assim garantiu um ponto de vantagem sobre o segundo colocado.

Mesmo com os nove classificados, as Eliminatórias Africanas ainda não terminaram. Os quatro melhores segundos colocados dos grupos Nigéria, Burkina Faso, Gabão e Camarões disputarão uma semifinal e uma final entre si para definir quem representará a África na repescagem para a Copa. Esses jogos estão previstos para os dias 13 e 16 do próximo mês.

 

ÁSIA (AFC QF)

Sem conseguir vaga na terceira fase das Eliminatórias, Catar e Arábia Saudita precisaram disputar uma quarta fase para se classificar. O Catar empatou o primeiro jogo em 0 a 0 com Omã e, mesmo com um a menos, venceu os Emirados Árabes por 2 a 1. A seleção que foi anfitriã da última Copa do Mundo volta a disputar o torneio pela segunda vez em sua história. 

Os catarianos vêm de um bom retrospecto após a terrível campanha na Copa do Mundo de 2022, sendo campeões em 2024 da Taça AFC Asiática, batendo por 3 a 1 a Jordânia. A seleção ainda conta com os destaques Akram Afif, artilheiro da competição com 8 gols, e de Almoez Ali, artilheiro das eliminatórias com 12 gols. Sem contar o brasileiro naturalizado Pedro Miguel, que se tornou peça fundamental do time de Julen Lopetegui, ex-treinador do Real Madrid.

Seleção do Catar
Seleção do Catar ouvindo o hino antes da partida (Foto: Qatar Football Association)

No outro grupo, com Iraque e Indonésia, a Arábia Saudita teve dificuldades para conquistar sua vaga. Venceu os indonésios por 3 a 2 e empatou em 0 a 0 com o Iraque. Os árabes contam com o experiente Hervé Renard, treinador francês que conquistou a Copa das Nações Africanas duas vezes por Zâmbia e Costa do Marfim. Os segundos colocados dos grupos Iraque e Emirados Árabes disputarão um playoff para definir quem irá à fase de repescagem da Copa. 

Países mais famosos do continente asiático, como Japão, Coreia do Sul e Irã, se classificaram na fase anterior como líderes das suas chaves. Além deles, as novatas Jordânia e Uzbequistão também garantiram vaga no torneio. 

 

 

 

 

 

 

 

 

Vitória por 6 a 0 no Lockhart Stadium encerra série de amistosos da seleção nesta Data FIFA
por
Renan Barcellos
Pedro Lima
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15/10/2025 - 12h

 

Nesta terça-feira (14),  a Argentina venceu Porto Rico por 6 a 0 em amistoso disputado no Lockhart Stadium, em Fort Lauderdale, no estado americano da Flórida. O confronto fez parte da preparação da atual campeã mundial para a Copa do Mundo de 2026.

A Argentina dominou a partida desde o início. Alexis Mac Allister abriu o placar aos 14 minutos do primeiro tempo e ampliou aos 36. Entre os dois gols, Gonzalo Montiel fez o segundo aos 23, após passe de Lionel Messi. No segundo tempo, Steven Echevarría marcou contra aos 19 minutos, e Lautaro Martínez completou a goleada com dois gols, aos 34 e aos 39, o último com outra assistência de Messi.

O camisa 10 argentino também quebrou o recorde de assistências em jogos por seleções, superando Neymar. Messi chegou a 60 passes para gol com a camisa da Argentina. A atuação manteve o jogador como principal referência técnica do time.

O amistoso também marcou as estreias dos argentinos Flaco López, Aníbal Moreno, Lautaro Rivero e Facundo Cambeses pela seleção principal. As substituições foram usadas pelo técnico Lionel Scaloni para observar variações táticas e dar minutos aos reservas em um elenco já consolidado. 

A Argentina teve amplo domínio das ações ofensivas. Foram 25 finalizações contra cinco de Porto Rico, com 69% de posse de bola e 91% de precisão nos passes. O time caribenho tentou equilibrar o jogo nos contra-ataques, mas encontrou dificuldade para manter a posse e criar chances claras.

Jogadores da argentina comemorando vitória contra a seleção de Porto Rico
Jogadores da Argentina comemoram gol no Lockhart Stadium, em Fort Lauderdale. Foto: Divulgação / AFA

A seleção sul-americana liderou as Eliminatórias da América do Sul e chega à Copa do Mundo de 2026 como uma das favoritas. Porto Rico, que disputou as Eliminatórias da Concacaf, ficou fora do Mundial e utiliza os amistosos como parte de um processo de desenvolvimento do futebol nacional.

O amistoso encerrou a série de partidas da Argentina nos Estados Unidos. Antes da goleada, o time havia vencido a Venezuela por 1 a 0, no dia 10 de outubro. Já em setembro, na penúltima e na última rodada das Eliminatórias, respectivamente, superou a mesma Venezuela por 3 a 0 e perdeu para o Equador por 1 a 0.

Com a sequência, Scaloni mantém a base da equipe tricampeã mundial e busca ampliar o entrosamento para o próximo ciclo de competições. Os argentinos devem voltar a campo em novembro em mais uma Data FIFA.

Em um jogo de dois tempos distintos, seleção cede à pressão e sofre a primeira derrota para a seleção japonesa na história
por
Fábio Pinheiro
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14/10/2025 - 12h

 

Nesta terça-feira (14), a Seleção Brasileira foi a campo no Ajinomoto Stadium, em Tóquio, para seu segundo amistoso preparatório para a Copa do Mundo de 2026 e saiu derrotada, de virada, por 3 a 2 para o Japão. Os gols brasileiros foram marcados por Paulo Henrique e Gabriel Martinelli, enquanto Takumi Minamino, Keisuke Nakamura e Ayase Ueda garantiram a vitória histórica para os donos da casa.

Este foi o segundo e último confronto da seleção nesta data FIFA de outubro. Após uma vitória convincente sobre a Coreia do Sul por 5 a 0 na última sexta-feira (10), o técnico Carlo Ancelotti optou por realizar mudanças na equipe titular, promovendo a estreia de Hugo Souza no gol e a primeira partida de Paulo Henrique como titular na lateral direita.

A seleção entrou em campo com a seguinte escalação: Hugo Souza; Paulo Henrique, Fabrício Bruno, Lucas Beraldo e Carlos Augusto (Caio Henrique); Casemiro, Bruno Guimarães (Joelinton) e Lucas Paquetá (Richarlison); Luiz Henrique (Estêvão), Gabriel Martinelli (Matheus Cunha) e Vinícius Júnior (Rodrygo).

Já a seleção japonesa, que vinha de um empate em 2 a 2 com o Paraguai também na sexta-feira, foi escalada pelo técnico Hajime Moriyasu com: Zion Suzuki; Shogo Taniguchi, Tsuyoshi Watanabe e Junnosuke Suzuki; Takefusa Kubo (Junya Ito), Kaishu Sano, Daichi Kamada (Koki Ogawa) e Keisuke Nakamura (Yuki Soma); Ritsu Doan (Sota Mochizuki), Takumi Minamino (Ao Tanaka) e Ayase Ueda (Shuto Machino).

O início da partida foi marcado por um Brasil com maior posse de bola, trocando passes em busca de espaços na compacta defesa japonesa. A primeira etapa seguiu com poucas chances claras até os 26 minutos, quando uma bela triangulação pela direita terminou com um passe preciso de Bruno Guimarães para Paulo Henrique, que de trivela, abriu o placar para o Brasil. Seis minutos depois, aos 32, Lucas Paquetá, em posição mais adiantada, deu uma bela cavadinha para Gabriel Martinelli, que invadiu a área e ampliou a vantagem brasileira, levando o placar de 2 a 0 para o intervalo.

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Lateral Paulo Henrique marcou em sua estreia pela seleção. Foto: @rafaelribeiro/cbf

 

No entanto, a segunda etapa foi de completo domínio japonês. Logo aos sete minutos, em uma falha na saída de bola, o zagueiro Fabrício Bruno perdeu o equilíbrio e entregou a bola nos pés de Takumi Minamino, que não perdoou e diminuiu para os anfitriões. O gol animou a equipe japonesa, que empatou a partida aos 17 minutos com Keisuke Nakamura, após um rápido contra-ataque pela direita que encontrou a defesa brasileira desorganizada.

A virada japonesa veio aos 26 minutos. Após uma cabeçada no travessão, o escanteio foi cobrado na área e Ayase Ueda subiu livre para marcar o terceiro do Japão, decretando a primeira vitória da história do país sobre a Seleção Brasileira em 14 confrontos.

Apesar das tentativas do Brasil nos minutos finais, com as entradas de Rodrygo, Estêvão e Richarlison, a equipe não conseguiu furar o bloqueio defensivo japonês. O resultado ligou um alerta para a seleção de Ancelotti, que volta a campo em novembro para os próximos amistosos de preparação para o mundial.

Com a volta de estrelas, a seleção de Carlo Ancelotti deu show e venceu por 5 a 0. Equipe volta a campo nesta terça-feira (14).
por
Pedro Rossetti
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13/10/2025 - 12h

Na última sexta-feira (10), o Brasil foi a Seul, capital coreana, enfrentar a seleção da casa, como preparação para a Copa do Mundo de 2026 e fez cinco gols. Os destaques da partida foram Rodrygo, Vinícius Júnior e Estêvão.

Essa é a primeira das três datas FIFA de amistosos feitas pela seleção até o início do mundial, em junho do ano que vem. Com a volta da dupla de ataque do Real Madrid e algumas novidades na convocação, o técnico Carlo Ancelotti teve sua vitória mais expressiva até aqui, superando o 3 a 0 contra o Chile, na penúltima rodada das Eliminatórias.

O Brasil foi convocado com novas peças por conta de desfalques. No gol, Bento foi titular pela primeira vez no comando do italiano, junto à volta de Eder Militão, Vinícius Júnior e Rodrygo, que ficaram fora dos últimos jogos. Além disso, com a lesão do lateral Wesley, Ancelotti promoveu o teste de Vitinho, do Botafogo, e de Paulo Henrique, do Vasco, também convocado pela primeira vez.

A seleção entrou em campo com: Bento; Vitinho (Paulo Henrique), Gabriel Magalhães, Éder Militão e Douglas Santos (Carlos Augusto); Casemiro e Bruno Guimarães (André); Vinícius Júnior (Richarlison), Rodrygo e Estêvão (Paquetá); Matheus Cunha (Igor Jesus).

Já a seleção coreana, que enfrentou o Brasil na última Copa do Mundo, entrou com: Jo Hyeon-woo; Young-woo, Kim Min-jae (Park Jin-Seob), Ju-sung e Cho Yu-min; Hwang In-beom (Castrop) e Paik Seung-ho (Won Du-Jae); Lee Kang-in (Lee Dong-Gyeong), Jae-sung (Hwang Hee-Chan) e Tae-seok; Son Heung-min (Oh Hyeon-Gyu).

A equipe brasileira teve domínio total da partida, mostrando vontade de jogar. O primeiro gol saiu logo aos 13 minutos. Com um bom trabalho de bola do time, Bruno Guimarães achou um ótimo passe para o garoto Estêvão, que saiu frente a frente com o goleiro e abriu o placar. Com ameaças fortes ao gol adversário, o Brasil só conseguiu ampliar o placar no fim do primeiro tempo, com Rodrygo fazendo um corta luz para Casemiro, que só devolveu a bola para o camisa 10 fazer o dele, indo para o intervalo com 2 a 0.

Imagem jogadores comemorando
Jogadores brasileiros comemoram o primeiro gol da partida. Foto: Rafael Ribeiro / CBF

O time de Ancelotti voltou ainda mais forte para a etapa final. A pressão brasileira funcionou já no segundo minuto, com Estevão que roubou a bola do defensor coreano e chutou cruzado, anotando seu segundo gol na partida. Dois minutos depois, foi a vez de Rodrygo deixar mais um. Ele dominou e finalizou no canto do gol, após passe de Vini.

Com o resultado já sacramentado, Ancelotti mexeu no time para dar minutagem para outros jogadores. Aos 31 minutos, Paquetá, que tinha entrado há poucos minutos, roubou a bola e deixou com Matheus Cunha. O jogador do Manchester United lançou para Vinícius Júnior, que fez ótima jogada em velocidade e fechou o jogo em 5 a 0 para a Seleção Brasileira.

O resultado agradou muito a torcida, que viu um time com ótima intensidade, aproveitando as oportunidades de gol. O próximo compromisso da Amarelinha será contra o Japão, nesta terça-feira (14), em Tóquio, às 07h30 (horário de Brasília).

Com um placar de 3 a 0 no agregado, o time equatoriano garantiu vaga nas semifinais da competição
por
Giovanna Britto
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01/10/2025 - 12h

 

Na última quinta-feira (25) o São Paulo enfrentou a LDU Quito, no Morumbis, pela partida de volta das quartas de finais da CONMEBOL Libertadores. O jogo balançou o torcedor tricolor, que viu o clube brasileiro ser desclassificado por 1 a 0 em casa.

O São Paulo já entrou na partida com um revés de 2 a 0, após enfrentar o rival no jogo de ida em Quito, no Equador. As dificuldades do embate já apareciam antes, com jogadores do clube brasileiro passando mal devido a altitude da cidade, de 2.850 metros. Em campo, a LDU se destacou, com uma defesa compacta e sabendo aproveitar as oportunidades. Os visitantes até tiveram momentos de pressão, mas isso não foi o suficiente para marcar. 

O destaque da partida ficou para Bryan Ramírez e Michael Estrada, responsáveis por marcar ótimos gols aos 15 minutos do primeiro tempo e aos 38 do segundo tempo, respectivamente. O resultado foi um alívio para o time da casa, que já enxergava a vantagem como ótimo presságio para o jogo de volta.

Na esquerda, jogador do LDU faz sinal de coração em comemoração. Na direita, jogadores do São Paulo estão cabisbaixo  com a situação
Bryan Ramírez, da LDU, comemora gol contra o São Paulo, no jogo de ida em Quito. Foto: Divulgação/Instagram/@ldu_oficial

 

Para o jogo da volta, o tricolor paulista tinha o ponto positivo de estar em casa e contava com a torcida para causar pressão, mas teria que realizar um árduo trabalho de empatar no resultado agregado, e decidir nos pênaltis, ou virar o placar. A LDU estava confortável e, mesmo que o rival marcasse um gol, ainda estaria classificada.

Com o apito do juiz, o embate começou quente: aos oito minutos, Luciano recebeu passe de Rodriguinho e, na área, chutou em cima do goleiro Gonzalo Valle, que defendeu o lance. A bola continuou viva e Rigoni tentou marcar para o São Paulo, mas acertou o travessão. A jogada dava spoiler do que iria acontecer, com grandes oportunidades sendo desperdiçadas pelo clube brasileiro.

A dificuldade na finalização foi um problema para os donos da casa, principalmente por parte de Luciano, que perdeu outros dois gols: aos 19 minutos, quando recebeu passe rasteiro de Ferreirinha e ficou sozinho com o goleiro, e aos 27, quando um desvio de cabeça  assustou Valle.

 

Após as tentativas, a LDU resolveu mostrar como as noites de Libertadores no Morumbis são diferentes - seja para quem for. Aos 40 minutos, em uma roubada de bola no meio do campo, os equatorianos iniciaram o contra-ataque e Medina disparou contra o goleiro Rafael. Bobadilla perdeu na corrida e deixou margem para o atacante cravar na saída do goleiro o primeiro gol da partida.

O segundo tempo tinha gosto de tudo ou nada para o São Paulo, e a entrada de Lucas Moura fez os torcedores acreditarem. Mas, assim como em Quito, a defesa equatoriana não deixou a desejar e dificultou todos os lances dos rivais. Apesar de não terem tido nenhuma outra oportunidade grande, a LDU manteve o nível do jogo e saiu como o vencedor da partida.

Como semifinalista, os equatorianos enfrentarão o Palmeiras em casa no dia 23 de outubro e depois no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 30 de outubro.

Jogadores do LDU correndo em direção a câmera enquanto comemoram gol
Jogadores da LDU comemoram gol no Morumbis. Foto: Divulgação/Instagram/@libertadores 

 

O Verdão tinha a vantagem do primeiro jogo, e garantiu mais uma vitória contra a equipe argentina
por
Isabella Santos
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26/09/2025 - 12h

Na quarta-feira (24), o Allianz Parque recebeu o duelo de volta das quartas de final da Libertadores, entre Palmeiras e River Plate. Com a vantagem de 2 a 1, conquistada no primeiro jogo, o Verdão venceu em casa por 3 a 1 e carimbou sua passagem para mais uma semifinal de Libertadores.

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Vitor Roque comemora gol contra o River Plate. Foto: Divulgação/Instagram/@libertadoresbr

O começo, porém, não foi nada fácil para os palmeirenses. Logo aos oito minutos, o River abriu o placar em jogada ensaiada: Quintero cobrou a falta e Salas subiu mais que todo mundo para fazer 1 a 0. O Palmeiras até tentou reagir, mas o time de Abel Ferreira fez um primeiro tempo apagado, criou pouco e com muitas reclamações – inclusive de um pênalti não marcado. A tensão aumentou quando, no fim da etapa, Castaño saiu cara a cara com Weverton, que fez uma defesa gigante para evitar o segundo gol argentino.

Depois do intervalo, o cenário mudou. O Verdão voltou mais ligado e, aos seis minutos, Piquerez cruzou na medida e Vitor Roque cabeceou, Armani defendeu, mas o Tigrinho não perdoou no rebote: 1 a 1, garantindo a explosão da torcida no Allianz Parque. Aos 13 minutos, o River quase retomou a liderança, em um lançamento longo de Acuña, que Salas finalizou na saída de Weverton, tirando tinta da trave.

Nos acréscimos, o clima foi de drama e festa. Aos 46, Facundo Torres foi derrubado por Acuña dentro da área. O lateral argentino levou o segundo amarelo, deixou o River com um a menos e o árbitro marcou pênalti para o Palmeiras. Flaco López assumiu a responsabilidade e bateu com categoria, virando o jogo. Dois minutos depois, ele ainda guardou mais um golaço: drible de letra e chute de fora da área que desviou na defesa e encobriu Armani, selando a vitória.

Com o resultado, o Palmeiras segue firme na briga pela Glória Eterna e agora encara a LDU na semifinal.

 

Título na Fissure Playground 2 encerra seca do Brasil de quase uma década
por
Ian Nurchis Ramalho
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22/09/2025 - 12h

A FURIA voltou a fazer história no cenário do Counter-Strike mundial. A equipe brasileira venceu a The MongolZ em uma decisão de 3-2 e conquistou o título da Fissure Playground 2

A Grande Final

A final do campeonato foi marcada por um jogo intenso e mapas muito apertados. A FURIA dominou o ritmo inicial, enquanto a equipe da The MongolZ aos poucos tentava reverter a situação com um estilo de jogo e táticas agressivas. No decorrer dos outros mapas o estilo dos mongóis se provou opressivo para o time brasileiro, que teve dificuldade em impor sua estratégia de jogo trocando mapas com o time rival

Porém, com a mudança de mapa para a Dust2, mapa favorito do capitão Gabriel 'FalleN' Toledo, a FURIA se mostrou demais para o time da The MongolZ e emplacou um placar dominante de 13-5, conquistando o tão aguardado título

Imagem: HLTV/Divulgação
Imagem: HLTV/Divulgação

O Simbolismo da Vitória

A vitória encerrou um jejum de quase uma década de conquistas internacionais de grande expressão para o CS brasileiro, assim reafirmou  a relevância  do país no cenário mundial. O último título havia sido em 2017, quando a SK Gaming, também capitaneada por FalleN, derrotou a FaZe na ESL Pro League Season 6. 

Além disso, a conquista resgata um interesse do público pelo cenário competitivo de CS. Com a transmissão da FURIA em parceria com a Madhouse TV e o Podpah, alcançou  um pico de 275 mil espectadores, o que prova a paixão dos brasileiros pelo jogo e suas competições internacionais.

O Impacto do Capitão

Gabriel 'FalleN' Toledo, capitão do time, foi muito celebrado pela vitória da equipe. Não apenas pelo título em si, mas pelo simbolismo de sua longevidade e impacto no cenário competitivo brasileiro, levando a emoção todos os fãs e ex-companheiros que acompanharam sua conquista, especialmente pelo último título ter sido conquistado pelo mesmo 8 anos antes.

Em uma entrevista à Madhouse TV, Fernando 'fer' Alvarenga, ex-companheiro de longa data de FalleN, o parabenizou pela vitória: 'O cara com 34 anos ainda continua dando bala, ensinando as pessoas a jogar e ensinando como ser humano também… Parabéns, Fallenzão, obrigado por tudo, você merece'. Ele finalizou destacando o amor e a dedicação do amigo pelo jogo e pela competição, afirmando que a conquista foi fruto de todo o esforço do mesmo e de seus companheiros.

 

Acordo milionário com time de futebol evidencia tensões geopolíticas no continente, enquanto países disputam recursos naturais e influências econômicas
por
Lucas Farias Oliveira
|
18/09/2025 - 12h

Em julho, o Barcelona anunciou um acordo de patrocínio junto ao governo da República Democrática do Congo (RDC) pelo qual, durante os próximos quatro anos, a equipe catalã estampará um patch [adesivo na camisa] promovendo o turismo no país, que será tratado como “O coração da África”. Além do Barça, a RDC também fez negócios parecidos com o Monaco e o Milan. 

O acordo do patrocínio, segundo a TNT Sports, gira em torno de 1,6 milhão por quatro anos (aproximadamente R$ 10,3 milhões por temporada). Além disso, o negócio envolve a oferta de programas esportivos para jovens congoleses.

Fotografia do anúncio de patrocínio da República Democrática do Congo em conjunto com o FC Barcelona
Fotografia do anúncio de patrocínio da República Democrática do Congo em conjunto com o FC Barcelona / via FC Barcelona 

Da mesma forma que a República Democrática do Congo, a vizinha Ruanda também vem firmando acordos de patrocínios com gigantes do futebol europeu. Jogadores do PSG, Arsenal, Atlético de Madrid e Bayern de Munich passaram a estampar a frase “Visit Rwanda” em seus uniformes. A embaixada ruandesa em Londres apura que, desde que passou a estampar as camisas dos clubes, o turismo alcançou seu ápice histórico.

Esta disputa para patrocinar gigantes europeus se revela como um novo front de uma guerra que perdura desde julho de 2022. Ruanda e República Democrática do Congo vêm travando um conflito que já matou mais de 7 mil pessoas e gerou uma crise humanitária nos dois países. O jornalista Luís Fernando Filho, do podcast "Ponta de Lança", especializado em notícias do continente africano, destaca o empenho mútuo em controlar as narrativas midiáticas sobre a guerra civil. "O Visit Rwanda ou Visit Congo, para além de estimular o turismo nos dois países, é uma medida de posicionamento sobre os conflitos", diz.

Segundo maior país da África em extensão territorial, a República Democrática do Congo faz fronteira com nove países – por isso o slogan “coração da África”. Rica em diversos minérios, a nação é alvo de cobiça e de diversas interferências externas, o que a torna politicamente instável, resultando em levantes e revoltas de grupos armados. 

Um dos que têm interesse nos recursos minerais do país é Ruanda. Governada por Paul Kagame há 25 anos, Ruanda faz fronteira com importantes cidades congolesas, como Goma – principal região extratora de recursos minerais do país e epicentro do conflito. 

Em janeiro deste ano, a cidade foi tomada pelo grupo rebelde congolês M23. A facção alega ser fundada para proteger o direito dos povos tutsis que vivem a leste do território da RDC. O M23 acusa o governo de abrigar diversas milícias hutus, inclusive os responsáveis pelo genocídio da etnia tutsi, ocorrido em Ruanda, em 1994. De acordo com a ONU, após tomar a cidade de Goma, os rebeldes passaram a extrair minerais de forma ilegal e mandar para Ruanda, que, em troca, fornece tropas de apoio e armamento. 

Devido ao agravamento da guerra, mais de 400 mil pessoas deixaram suas casas no leste do Congo, segundo dados do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados). 

Soldados do grupo M23 marchando em meio aos civis após conquistarem a cidade de Goma
Soldados do grupo M23 marchando em meio aos civis após conquistarem a cidade de Goma, no leste do Congo / via STR/AFP

Ruanda nega o financiamento ao grupo M23 e a atuação no território da República Democrática do Congo. Porém, Estados Unidos e União Europeia impuseram sanções ao país africano, apontando a atividade militar ruandesa em território congolês.  

No meio futebolístico, os patrocínios referentes às nações sempre foram alvo de polêmicas. “Do ponto de vista político e simbólico, o futebol acaba sendo um meio de propagação política. A República Democrática do Congo se posicionou contra a guerra no leste do país durante um jogo da Copa Africana de Nações em 2024. Chamou atenção do mundo o posicionamento dos atletas durante o hino nacional. Por outro lado, Ruanda vê no sucesso da seleção nacional uma forma de propagar a imagem de estabilidade nacional. Resumindo: se o nosso país for bem no futebol, Ruanda também estará em paz social”, afirma Filho.  

A presença de Ruanda nas camisas de grandes equipes europeias passou a gerar ainda mais incômodo nos torcedores pela relação do país com conflitos sangrentos na RDC, e porque, de acordo com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 39% da população ruandesa vive abaixo da linha da pobreza. 

Recentemente, esses patrocínios vêm sendo alvo de protestos das torcidas, que se mostram cada vez mais indignados com o negócio. O grupo de torcedores ingleses do Arsenal “Gunners for Peace” promoveu uma campanha usando até o maior rival para criticar o patrocínio. Em nota no X, o grupo manifestou sua indignação: “O Arsenal é um ótimo clube. Temos princípios. É por isso que o ‘Visit Rwanda’ precisa acabar. Este é o mesmo regime que financia uma milícia brutal com milhares de vítimas no leste do Congo. Achamos que qualquer coisa – literalmente qualquer coisa – seria melhor do que o ‘Visit Rwanda’. Até o Tottenham”. 

E, agora, a República Democrática do Congo, ao fazer negócio com diversas equipes europeias, passa a ocupar o mesmo território de conflito, usando o futebol para mostrar seu lado da história. “O Ocidente sempre foi conivente com vários conflitos civis que ocorrem em países africanos. A Europa, por exemplo, pouco fez ou se posicionou acerca da guerra entre Ruanda e República Democrática do Congo. Então, por mais que exista uma comunidade internacional batendo na tecla do sportswashing [limpeza da imagem por meio do esporte] são as mesmas que lucram com os patrocínios de ditaduras em outras partes do globo terrestre,” finaliza Filho. Em meio a esse pandemônio, os clubes, como instituição, parecem se deixar usar apenas para adicionar mais receitas milionárias aos seus cofres.