Na última sexta-feira (10), o Brasil foi a Seul, capital coreana, enfrentar a seleção da casa, como preparação para a Copa do Mundo de 2026 e fez cinco gols. Os destaques da partida foram Rodrygo, Vinícius Júnior e Estêvão.
Essa é a primeira das três datas FIFA de amistosos feitas pela seleção até o início do mundial, em junho do ano que vem. Com a volta da dupla de ataque do Real Madrid e algumas novidades na convocação, o técnico Carlo Ancelotti teve sua vitória mais expressiva até aqui, superando o 3 a 0 contra o Chile, na penúltima rodada das Eliminatórias.
O Brasil foi convocado com novas peças por conta de desfalques. No gol, Bento foi titular pela primeira vez no comando do italiano, junto à volta de Eder Militão, Vinícius Júnior e Rodrygo, que ficaram fora dos últimos jogos. Além disso, com a lesão do lateral Wesley, Ancelotti promoveu o teste de Vitinho, do Botafogo, e de Paulo Henrique, do Vasco, também convocado pela primeira vez.
A seleção entrou em campo com: Bento; Vitinho (Paulo Henrique), Gabriel Magalhães, Éder Militão e Douglas Santos (Carlos Augusto); Casemiro e Bruno Guimarães (André); Vinícius Júnior (Richarlison), Rodrygo e Estêvão (Paquetá); Matheus Cunha (Igor Jesus).
Já a seleção coreana, que enfrentou o Brasil na última Copa do Mundo, entrou com: Jo Hyeon-woo; Young-woo, Kim Min-jae (Park Jin-Seob), Ju-sung e Cho Yu-min; Hwang In-beom (Castrop) e Paik Seung-ho (Won Du-Jae); Lee Kang-in (Lee Dong-Gyeong), Jae-sung (Hwang Hee-Chan) e Tae-seok; Son Heung-min (Oh Hyeon-Gyu).
A equipe brasileira teve domínio total da partida, mostrando vontade de jogar. O primeiro gol saiu logo aos 13 minutos. Com um bom trabalho de bola do time, Bruno Guimarães achou um ótimo passe para o garoto Estêvão, que saiu frente a frente com o goleiro e abriu o placar. Com ameaças fortes ao gol adversário, o Brasil só conseguiu ampliar o placar no fim do primeiro tempo, com Rodrygo fazendo um corta luz para Casemiro, que só devolveu a bola para o camisa 10 fazer o dele, indo para o intervalo com 2 a 0.

O time de Ancelotti voltou ainda mais forte para a etapa final. A pressão brasileira funcionou já no segundo minuto, com Estevão que roubou a bola do defensor coreano e chutou cruzado, anotando seu segundo gol na partida. Dois minutos depois, foi a vez de Rodrygo deixar mais um. Ele dominou e finalizou no canto do gol, após passe de Vini.
Com o resultado já sacramentado, Ancelotti mexeu no time para dar minutagem para outros jogadores. Aos 31 minutos, Paquetá, que tinha entrado há poucos minutos, roubou a bola e deixou com Matheus Cunha. O jogador do Manchester United lançou para Vinícius Júnior, que fez ótima jogada em velocidade e fechou o jogo em 5 a 0 para a Seleção Brasileira.
O resultado agradou muito a torcida, que viu um time com ótima intensidade, aproveitando as oportunidades de gol. O próximo compromisso da Amarelinha será contra o Japão, nesta terça-feira (14), em Tóquio, às 07h30 (horário de Brasília).
Na última quinta-feira (25) o São Paulo enfrentou a LDU Quito, no Morumbis, pela partida de volta das quartas de finais da CONMEBOL Libertadores. O jogo balançou o torcedor tricolor, que viu o clube brasileiro ser desclassificado por 1 a 0 em casa.
O São Paulo já entrou na partida com um revés de 2 a 0, após enfrentar o rival no jogo de ida em Quito, no Equador. As dificuldades do embate já apareciam antes, com jogadores do clube brasileiro passando mal devido a altitude da cidade, de 2.850 metros. Em campo, a LDU se destacou, com uma defesa compacta e sabendo aproveitar as oportunidades. Os visitantes até tiveram momentos de pressão, mas isso não foi o suficiente para marcar.
O destaque da partida ficou para Bryan Ramírez e Michael Estrada, responsáveis por marcar ótimos gols aos 15 minutos do primeiro tempo e aos 38 do segundo tempo, respectivamente. O resultado foi um alívio para o time da casa, que já enxergava a vantagem como ótimo presságio para o jogo de volta.

Para o jogo da volta, o tricolor paulista tinha o ponto positivo de estar em casa e contava com a torcida para causar pressão, mas teria que realizar um árduo trabalho de empatar no resultado agregado, e decidir nos pênaltis, ou virar o placar. A LDU estava confortável e, mesmo que o rival marcasse um gol, ainda estaria classificada.
Com o apito do juiz, o embate começou quente: aos oito minutos, Luciano recebeu passe de Rodriguinho e, na área, chutou em cima do goleiro Gonzalo Valle, que defendeu o lance. A bola continuou viva e Rigoni tentou marcar para o São Paulo, mas acertou o travessão. A jogada dava spoiler do que iria acontecer, com grandes oportunidades sendo desperdiçadas pelo clube brasileiro.
A dificuldade na finalização foi um problema para os donos da casa, principalmente por parte de Luciano, que perdeu outros dois gols: aos 19 minutos, quando recebeu passe rasteiro de Ferreirinha e ficou sozinho com o goleiro, e aos 27, quando um desvio de cabeça assustou Valle.
Após as tentativas, a LDU resolveu mostrar como as noites de Libertadores no Morumbis são diferentes - seja para quem for. Aos 40 minutos, em uma roubada de bola no meio do campo, os equatorianos iniciaram o contra-ataque e Medina disparou contra o goleiro Rafael. Bobadilla perdeu na corrida e deixou margem para o atacante cravar na saída do goleiro o primeiro gol da partida.
O segundo tempo tinha gosto de tudo ou nada para o São Paulo, e a entrada de Lucas Moura fez os torcedores acreditarem. Mas, assim como em Quito, a defesa equatoriana não deixou a desejar e dificultou todos os lances dos rivais. Apesar de não terem tido nenhuma outra oportunidade grande, a LDU manteve o nível do jogo e saiu como o vencedor da partida.
Como semifinalista, os equatorianos enfrentarão o Palmeiras em casa no dia 23 de outubro e depois no Allianz Parque, em São Paulo, no dia 30 de outubro.

Na quarta-feira (24), o Allianz Parque recebeu o duelo de volta das quartas de final da Libertadores, entre Palmeiras e River Plate. Com a vantagem de 2 a 1, conquistada no primeiro jogo, o Verdão venceu em casa por 3 a 1 e carimbou sua passagem para mais uma semifinal de Libertadores.

O começo, porém, não foi nada fácil para os palmeirenses. Logo aos oito minutos, o River abriu o placar em jogada ensaiada: Quintero cobrou a falta e Salas subiu mais que todo mundo para fazer 1 a 0. O Palmeiras até tentou reagir, mas o time de Abel Ferreira fez um primeiro tempo apagado, criou pouco e com muitas reclamações – inclusive de um pênalti não marcado. A tensão aumentou quando, no fim da etapa, Castaño saiu cara a cara com Weverton, que fez uma defesa gigante para evitar o segundo gol argentino.
Depois do intervalo, o cenário mudou. O Verdão voltou mais ligado e, aos seis minutos, Piquerez cruzou na medida e Vitor Roque cabeceou, Armani defendeu, mas o Tigrinho não perdoou no rebote: 1 a 1, garantindo a explosão da torcida no Allianz Parque. Aos 13 minutos, o River quase retomou a liderança, em um lançamento longo de Acuña, que Salas finalizou na saída de Weverton, tirando tinta da trave.
Nos acréscimos, o clima foi de drama e festa. Aos 46, Facundo Torres foi derrubado por Acuña dentro da área. O lateral argentino levou o segundo amarelo, deixou o River com um a menos e o árbitro marcou pênalti para o Palmeiras. Flaco López assumiu a responsabilidade e bateu com categoria, virando o jogo. Dois minutos depois, ele ainda guardou mais um golaço: drible de letra e chute de fora da área que desviou na defesa e encobriu Armani, selando a vitória.
Com o resultado, o Palmeiras segue firme na briga pela Glória Eterna e agora encara a LDU na semifinal.
A FURIA voltou a fazer história no cenário do Counter-Strike mundial. A equipe brasileira venceu a The MongolZ em uma decisão de 3-2 e conquistou o título da Fissure Playground 2
A Grande Final
A final do campeonato foi marcada por um jogo intenso e mapas muito apertados. A FURIA dominou o ritmo inicial, enquanto a equipe da The MongolZ aos poucos tentava reverter a situação com um estilo de jogo e táticas agressivas. No decorrer dos outros mapas o estilo dos mongóis se provou opressivo para o time brasileiro, que teve dificuldade em impor sua estratégia de jogo trocando mapas com o time rival
Porém, com a mudança de mapa para a Dust2, mapa favorito do capitão Gabriel 'FalleN' Toledo, a FURIA se mostrou demais para o time da The MongolZ e emplacou um placar dominante de 13-5, conquistando o tão aguardado título

O Simbolismo da Vitória
A vitória encerrou um jejum de quase uma década de conquistas internacionais de grande expressão para o CS brasileiro, assim reafirmou a relevância do país no cenário mundial. O último título havia sido em 2017, quando a SK Gaming, também capitaneada por FalleN, derrotou a FaZe na ESL Pro League Season 6.
Além disso, a conquista resgata um interesse do público pelo cenário competitivo de CS. Com a transmissão da FURIA em parceria com a Madhouse TV e o Podpah, alcançou um pico de 275 mil espectadores, o que prova a paixão dos brasileiros pelo jogo e suas competições internacionais.
O Impacto do Capitão
Gabriel 'FalleN' Toledo, capitão do time, foi muito celebrado pela vitória da equipe. Não apenas pelo título em si, mas pelo simbolismo de sua longevidade e impacto no cenário competitivo brasileiro, levando a emoção todos os fãs e ex-companheiros que acompanharam sua conquista, especialmente pelo último título ter sido conquistado pelo mesmo 8 anos antes.
Em uma entrevista à Madhouse TV, Fernando 'fer' Alvarenga, ex-companheiro de longa data de FalleN, o parabenizou pela vitória: 'O cara com 34 anos ainda continua dando bala, ensinando as pessoas a jogar e ensinando como ser humano também… Parabéns, Fallenzão, obrigado por tudo, você merece'. Ele finalizou destacando o amor e a dedicação do amigo pelo jogo e pela competição, afirmando que a conquista foi fruto de todo o esforço do mesmo e de seus companheiros.
Em julho, o Barcelona anunciou um acordo de patrocínio junto ao governo da República Democrática do Congo (RDC) pelo qual, durante os próximos quatro anos, a equipe catalã estampará um patch [adesivo na camisa] promovendo o turismo no país, que será tratado como “O coração da África”. Além do Barça, a RDC também fez negócios parecidos com o Monaco e o Milan.
O acordo do patrocínio, segundo a TNT Sports, gira em torno de € 1,6 milhão por quatro anos (aproximadamente R$ 10,3 milhões por temporada). Além disso, o negócio envolve a oferta de programas esportivos para jovens congoleses.

Da mesma forma que a República Democrática do Congo, a vizinha Ruanda também vem firmando acordos de patrocínios com gigantes do futebol europeu. Jogadores do PSG, Arsenal, Atlético de Madrid e Bayern de Munich passaram a estampar a frase “Visit Rwanda” em seus uniformes. A embaixada ruandesa em Londres apura que, desde que passou a estampar as camisas dos clubes, o turismo alcançou seu ápice histórico.
Esta disputa para patrocinar gigantes europeus se revela como um novo front de uma guerra que perdura desde julho de 2022. Ruanda e República Democrática do Congo vêm travando um conflito que já matou mais de 7 mil pessoas e gerou uma crise humanitária nos dois países. O jornalista Luís Fernando Filho, do podcast "Ponta de Lança", especializado em notícias do continente africano, destaca o empenho mútuo em controlar as narrativas midiáticas sobre a guerra civil. "O Visit Rwanda ou Visit Congo, para além de estimular o turismo nos dois países, é uma medida de posicionamento sobre os conflitos", diz.
Segundo maior país da África em extensão territorial, a República Democrática do Congo faz fronteira com nove países – por isso o slogan “coração da África”. Rica em diversos minérios, a nação é alvo de cobiça e de diversas interferências externas, o que a torna politicamente instável, resultando em levantes e revoltas de grupos armados.
Um dos que têm interesse nos recursos minerais do país é Ruanda. Governada por Paul Kagame há 25 anos, Ruanda faz fronteira com importantes cidades congolesas, como Goma – principal região extratora de recursos minerais do país e epicentro do conflito.
Em janeiro deste ano, a cidade foi tomada pelo grupo rebelde congolês M23. A facção alega ser fundada para proteger o direito dos povos tutsis que vivem a leste do território da RDC. O M23 acusa o governo de abrigar diversas milícias hutus, inclusive os responsáveis pelo genocídio da etnia tutsi, ocorrido em Ruanda, em 1994. De acordo com a ONU, após tomar a cidade de Goma, os rebeldes passaram a extrair minerais de forma ilegal e mandar para Ruanda, que, em troca, fornece tropas de apoio e armamento.
Devido ao agravamento da guerra, mais de 400 mil pessoas deixaram suas casas no leste do Congo, segundo dados do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados).

Ruanda nega o financiamento ao grupo M23 e a atuação no território da República Democrática do Congo. Porém, Estados Unidos e União Europeia impuseram sanções ao país africano, apontando a atividade militar ruandesa em território congolês.
No meio futebolístico, os patrocínios referentes às nações sempre foram alvo de polêmicas. “Do ponto de vista político e simbólico, o futebol acaba sendo um meio de propagação política. A República Democrática do Congo se posicionou contra a guerra no leste do país durante um jogo da Copa Africana de Nações em 2024. Chamou atenção do mundo o posicionamento dos atletas durante o hino nacional. Por outro lado, Ruanda vê no sucesso da seleção nacional uma forma de propagar a imagem de estabilidade nacional. Resumindo: se o nosso país for bem no futebol, Ruanda também estará em paz social”, afirma Filho.
A presença de Ruanda nas camisas de grandes equipes europeias passou a gerar ainda mais incômodo nos torcedores pela relação do país com conflitos sangrentos na RDC, e porque, de acordo com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 39% da população ruandesa vive abaixo da linha da pobreza.
Recentemente, esses patrocínios vêm sendo alvo de protestos das torcidas, que se mostram cada vez mais indignados com o negócio. O grupo de torcedores ingleses do Arsenal “Gunners for Peace” promoveu uma campanha usando até o maior rival para criticar o patrocínio. Em nota no X, o grupo manifestou sua indignação: “O Arsenal é um ótimo clube. Temos princípios. É por isso que o ‘Visit Rwanda’ precisa acabar. Este é o mesmo regime que financia uma milícia brutal com milhares de vítimas no leste do Congo. Achamos que qualquer coisa – literalmente qualquer coisa – seria melhor do que o ‘Visit Rwanda’. Até o Tottenham”.
E, agora, a República Democrática do Congo, ao fazer negócio com diversas equipes europeias, passa a ocupar o mesmo território de conflito, usando o futebol para mostrar seu lado da história. “O Ocidente sempre foi conivente com vários conflitos civis que ocorrem em países africanos. A Europa, por exemplo, pouco fez ou se posicionou acerca da guerra entre Ruanda e República Democrática do Congo. Então, por mais que exista uma comunidade internacional batendo na tecla do sportswashing [limpeza da imagem por meio do esporte] são as mesmas que lucram com os patrocínios de ditaduras em outras partes do globo terrestre,” finaliza Filho. Em meio a esse pandemônio, os clubes, como instituição, parecem se deixar usar apenas para adicionar mais receitas milionárias aos seus cofres.






