A primeira rodada da competição contou com 38 gols marcados
por
DANIEL SANTANA DELFINO
FERNANDO SCHWABE
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31/03/2025 - 12h

A Kings League, liga de futebol sete fundada pelo ex-jogador Gerard Piqué em 2022, finalmente chegou ao Brasil. O torneio conta com dez equipes, cada uma com seu elenco montado a partir do draft, com jogadores como Zé Roberto, ex-Palmeiras, e presidentes como Ludmilla e Gaules, que também participam do jogo. O início da competição aconteceu no sábado (29), na Oreo Arena, em Guarulhos (SP).

Nyvelados 1 X 0 Desimpedidos Goti

Abrindo a primeira rodada, o Nyvelados, da presidente Nyvi Estephen, bateu o Desimpedidos Goti, do presidente Toguro, por 1 a 0. O único gol da partida, marcado por Leo Gol no fim da primeira etapa, dando números finais à primeira partida da história da Kings League Brazil. 

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Atleta Bruno dos Santos, do Nyvelados. Foto/Divulgação: Kings League Brazil

Dendele FC 2 X 6 Furia FC

Na sequência, a Furia FC, que conta com Neymar Jr. como um dos presidentes, goleou o Dendele FC, de Luqueta, presidente e criador de conteúdo. 
Ainda no primeiro minuto, a Furia abriu o placar com gol do goleiro Victor Hugo e ampliou dois minutos depois com gol de Leleti. O Dendele FC diminuiu no lance seguinte, mas não demorou muito para a equipe presidida por Neymar e Cris Guedes marcar mais duas vezes, indo para o intervalo com 4 a 1 no placar. 

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Lipão é um dos grandes nomes da Furia FC. Foto/Divulgação/Kings League Brasil

Na segunda etapa, o Dendele FC diminuiu novamente com gol de Lucas Godoy. Dois minutos depois, a boa troca de passes da Furia encontrou Pellegrini sozinho, que encobriu o goleiro Thales. No fim do segundo tempo, Lipão, eleito o melhor jogador do mundo de futebol sete em 2024, entrou livre atrás da defesa e apenas empurrou para as redes, fechando o placar em 6 a 2 para a Furia. 

Capim FC 6 X 4 Funkbol

Na terceira partida do dia, o Capim FC, dos presidentes Luva de Pedreiro e Jon Vlogs, superou o Funkbol, presidido pelo cantor Mc Hariel. 

Ainda no primeiro minuto, Rodrigo Rocha, goleiro do Funkbol, foi expulso após entrada violenta em Elieldo dos Santos Nascimento. No primeiro momento o juiz deu o cartão amarelo, mas com a revisão do VAR, o goleiro tomou cartão vermelho direto. Com um homem a mais, o Capim FC aproveitou e abriu 4 a 0 na primeira etapa. No fim dos primeiros 20 minutos, a equipe de Mc Hariel diminuiu com gol de Garrido no shoot out, momento em que o jogador parte do centro de campo em direção ao goleiro e deve finalizar a jogada em até cinco segundos. No segundo tempo, ambas equipes usaram suas cartas secretas. O Funkbol usou seu gol duplo, mas perdeu o power up devido à carta Curinga do Capim, que “roubou” a vantagem da equipe

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Elenco do Capim FC antes do confronto contra o Funkbol. Foto /Divulgação: Kings League Brazil


Sem muitas ações na segunda etapa, o Funkbol marcou com Douglas, cortando a desvantagem para 4 a 2. Já nos acréscimos, quando a partida automaticamente dobra os gols marcados caso o jogo não esteja empatado, o Capim FC voltou a marcar, colocando mais dois gols na conta. Um minuto depois, o Funkbol voltou a diminuir, mas não conseguiu impedir a derrota por 6 a 4. 

LOUD SC 8 X 4 Fluxo FC

No clássico dos esportes eletrônicos, LOUD e Fluxo viviam a expectativa de um grande duelo antes mesmo do apito inicial. Com muita rivalidade, a partida começou uma semana antes, ainda nas redes sociais. 

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Elenco da LOUD SC comemora vitória sobre o Fluxo FC. Foto/Divulgação: Kings League Brazil

Em campo, a LOUD saiu na frente aos três minutos, mas acabou sofrendo a virada ainda antes do primeiro quarto de partida. Aos 18 minutos, Coringa, presidente da LOUD, converteu seu pênalti presidente, o primeiro na história da Kings League Brazil, empatando a partida em 2 a 2. Antes do fim da primeira etapa, o Fluxo sofreu a virada com gol de Lucas Henrique. 

No segundo tempo, a LOUD começou melhor, marcando o quarto gol com Iago. O Fluxo não deixou a “bola cair” e conseguiu empatar faltando dez minutos para o apito final. Nos últimos minutos, Higor, camisa 9 da LOUD, brilhou, marcando três vezes - sendo um deles duplo - dando números finais à vitória de sua equipe por 8 a 4. 

FC Real Elite 3 X 4 G3X FC

Na última partida do dia, o FC Real Elite, da presidente Ludmilla, encarou o G3X FC, vice-campeão mundial em 2024, do presidente Gaules. 

A partida começou melhor para o Real Elite, que abriu o placar aos três minutos com gol de Davi Lucas. Aos 15 minutos, o G3X empatou com gol de Kelvin Oliveira, eleito o MVP da Kings League Nations, cobrando o pênalti presidente. Não demorou muito para Andreas, camisa 10 da equipe de Gaules, marcar e virar o placar. Dois minutos depois, Allan Stag empatou o placar utilizando o mesmo método que Kelvin.

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Jogadores do G3X FC comemoram a vitória com o presidente Kelvin Oliveira, presente na cabine do time. Foto/Divulgação: Kings League Brazil


No segundo tempo, Emerson Carioca marcou o terceiro do G3X faltando apenas quatro minutos para o fim. Atrás no placar, o Real Elite usou sua carta secreta e ganhou um shoot out, convertido por Davi Lucas. 

Com a partida empatada com apenas dois minutos restantes, o jogo foi para o “gol de ouro”, onde a primeira equipe a colocar a bola no fundo da rede venceria o jogo. Em bola disputada, Emerson Carioca bateu e marcou o gol da vitória do G3X por 4 a 3, fechando o primeiro dia de competições da Kings League Brazil.

Botafogo, Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Internacional, Fortaleza e Bahia são os representantes nacionais
por
João Pedro Lindolfo
Henrique Baptista
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31/03/2025 - 12h

 

A primeira rodada da Conmebol Libertadores 2025 acontece nesta semana, na terça (01), quarta (02) e quinta-feira (03). No dia 17 de março, em Luque, no Paraguai, foi realizado o sorteio que definiu os grupos da competição. Sete times brasileiros estarão nesta fase: Botafogo, Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Internacional, Fortaleza e Bahia.

 

Grupo A (Botafogo, Estudiantes, Universidad de Chile e Carabobo):

O Botafogo, atual campeão da América, enfrentará o Estudiantes, campeão da Copa da Liga Argentina 2024, o Universidad de Chile, tetracampeão da Libertadores e vice-campeão chileno na última temporada, e o Carabobo, equipe venezuelana que participará da Copa Libertadores pela quinta vez.

Grupo A da Copa Libertadores 2025
Grupo A da Copa Libertadores 2025. Foto: Divulgação/Libertadores

 

Grupo B (River Plate, Independiente del Valle, Universitário e Barcelona de Guayaquil):

No grupo B, o River Plate enfrentará o Independiente del Valle, equipe forte do Equador, o Barcelona de Guayaquil, que venceu o Corinthians na fase prévia da competição, e o Universitário, considerado o time mais modesto do grupo, mas que pode surpreender e tirar pontos dos demais.

 

 

Grupo B da Copa Libertadores 2025
Grupo B da Copa Libertadores 2025. Foto:Divulgação/Libertadores
 

 

Grupo C (Flamengo, LDU, Deportivo Táchira e Central Córdoba):

O Flamengo, cabeça de chave, terá pela frente a LDU e os 2.800 metros de altitude de Quito, sede do clube. O Deportivo Táchira, campeão venezuelano, não terá a vantagem da altitude, ao contrário das demais equipes. O Central Córdoba, estreante na Libertadores, é o atual sexto colocado do grupo A no campeonato argentino.

 

  Grupo C da Copa Libertadores 2025.
  Grupo C da Copa Libertadores 2025. Foto: Divulgação/Libertadores

   

Grupo D (São Paulo, Libertad, Talleres e Alianza Lima):

O grupo D é um dos mais equilibrados da competição, com clubes tradicionais. O São Paulo, embora não esteja em seu melhor momento, sempre chega com grandes expectativas. O Tricolor enfrentará novamente o Talleres, que esteve no mesmo grupo na temporada passada. O Alianza Lima, classificado pela Pré-Libertadores após eliminar o Boca Juniors, e o Libertad, campeão do Torneo Apertura do Paraguai, completam o grupo.

 

Grupo D da Copa Libertadores 2025.
Grupo D da Copa Libertadores 2025. Foto: Divulgação/Libertadores


Grupo E (Racing, Colo-Colo, Fortaleza e Atlético Bucaramanga):

Para o Fortaleza, que caiu em um dos grupos mais desafiadores, enfrentará o Racing, da Argentina, que vem de uma ótima campanha, sendo o atual campeão da Copa Sul-Americana e da Recopa 2025, tendo eliminado quatro brasileiros na campanha para o título. O Colo-Colo atualmente vive um estado de reconstrução, mas ainda segue competitivo sob o comando de Jorge Almirón, ex-treinador do Boca Juniors. A surpresa vem com o Atlético Bucaramanga que surpreendeu ao conquistar o Torneio Apertura da Colômbia em 2024 e vem para sua terceira participação na Copa Libertadores.

Grupo E da Copa Libertadores 2025.
Grupo E da Copa Libertadores 2025. Foto: Divulgação/Libertadores

 

Grupo F (Nacional, Internacional, Atlético Nacional e Bahia):

O grupo F terá alguns times tradicionais no torneio, sendo o primeiro, o Nacional, do Uruguai. Embora não tenha disputado nenhuma semifinal desde 2009, o time conta com o recorde de participações e três títulos da Libertadores. Já o Atlético Nacional, da Colômbia, após a conquista do título colombiano, voltou à fase de grupos de forma direta. O time conta com duas conquistas da Libertadores. Já os clubes brasileiros reeditam um duelo histórico: Bahia e Internacional já se enfrentaram na Libertadores de 1989, com o clube gaúcho levando a vitória nas quartas de final.

Grupo F da Copa Libertadores 2025.
Grupo F da Copa Libertadores 2025. Foto: Divulgação/Libertadores

 

Grupo G (Palmeiras, Bolívar, Cerro Porteño e Sporting Cristal):

O Palmeiras mais uma vez enfrentará o desafio de jogar na altitude contra o Bolívar, atual campeão boliviano, que joga no estádio Hernando Siles, a 3.637 metros acima do nível do mar. Já o Sporting Cristal, vice-campeão peruano, é uma equipe bem tradicional na competição, porém sem campanhas positivas desde o vice-campeonato em 1997. O Cerro Porteño vive bom momento no campeonato paraguaio, porém atualmente está mais marcado pelo episódio de racismo na Libertadores Sub-20

 

Grupo G da Copa Libertadores 2025.
Grupo G da Copa Libertadores 2025. Foto: Divulgação/Libertadores

 

Grupo H (Peñarol, Olimpia, Vélez Sarsfield e San Antonio Bulo-Bulo):

O grupo H é o único que não conta com nenhum clube brasileiro, porém é o grupo que mais reúne o maior número de títulos somados: Peñarol com cinco, Olimpía com três  e Vélez Sarsfield com um. Os jogos desse grupo prometem uma disputa acirrada.                                                   

Grupo H da Copa Libertadores 2025.
Grupo H da Copa Libertadores 2025. Foto: Divulgação/Libertadores

 

A primeira fase do campeonato já começa no dia 1/04 e se estende até dia 03/04.

Alvinegro segura Palmeiras e volta a levantar uma taça após seis anos
por
Tamara Ferreira
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28/03/2025 - 12h

Nesta quinta-feira (27), o Corinthians recebeu o Palmeiras na Neo Química Arena pelo jogo de volta da final do Campeonato Paulista. O clássico foi intenso, com pênalti defendido por Hugo Souza, expulsões, 18 minutos de acréscimos e sinalizadores acesos antes do apito final. No fim, festa para os donos da casa, que seguraram o empate e conquistaram o 31º título estadual, encerrando um jejum de seis anos.  

Enquanto o Palmeiras buscava o tetracampeonato para fazer história, o Corinthians precisava da taça para quebrar sua seca de títulos. Melhor para o Alvinegro, que venceu o jogo de ida e, diante de sua torcida, soube administrar a vantagem para garantir mais um Paulistão. A campanha campeã contou com 11 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, além de 25 gols marcados e 14 sofridos.  

A primeira etapa foi marcada por muitas faltas, empurrões e reclamações, com os times levando pouco perigo ao gol adversário. Em termos de estratégia, melhor para o Corinthians, que dominou a posse de bola, ditou o ritmo da partida e ainda criou oportunidades. O Palmeiras, por outro lado, teve dificuldades na criação de jogadas e só conseguiu chegar ao ataque nos minutos finais do primeiro tempo, mas mesmo assim, só levou perigo através de faltas ou escanteio, sem exigir muito do goleiro Hugo Souza.  

O clima quente do Dérbi ficou evidente logo aos cinco minutos, quando Vitor Roque e Félix Torres se desentenderam após um choque com Hugo Souza. Seis minutos depois, Emiliano Martínez e Carrillo também trocaram farpas. 

A melhor chance do Alviverde veio aos 21 minutos, em um cabeceio de Murilo para fora. Já o Timão quase marcou aos 26, quando Memphis Depay ajeitou para Rodrigo Garro finalizar na trave do goleiro Weverton.  

No segundo tempo, o Palmeiras conseguiu ter mais posse de bola, mas seguiu com dificuldades para criar. A primeira boa chegada foi aos dez minutos, em um passe de Veiga para Vitor Roque, mas o atacante não conseguiu dominar, e Hugo Souza ficou com a bola.  

Aos 22 minutos, saiu o lance decisivo do jogo, Vitor Roque foi derrubado por Félix Torres na área, e o árbitro marcou pênalti. Antes da cobrança, os jogadores do Palmeiras pressionaram por um cartão para o adversário, e Abel Ferreira, ao reclamar repetidamente, acabou expulso. Seis minutos depois, Raphael Veiga cobrou, mas Hugo Souza defendeu, fazendo a Arena explodir em comemoração. Essa foi a sétima defesa de pênalti do goleiro corinthiano, que inclusive, já havia parado Estêvão na fase de grupos do campeonato.  

Hugo Souza defende pênalti de Raphael Veiga.

Hugo Souza defende pênalti de Raphael Veiga. Foto: Marcos Ribolli

 

Pouco depois, aos 30 minutos, Félix Torres cometeu nova falta em Vitor Roque e, desta vez, recebeu o segundo amarelo, sendo expulso.  

Mesmo com um a mais, o Palmeiras não conseguiu furar a defesa corinthiana. Para piorar, Memphis Depay provocou ao subir na bola, o que gerou mais uma confusão generalizada. O resultado foi a expulsão de José Martínez, por dar um tapa em Marcelo Lomba, e do próprio goleiro Alviverde, que revidou com um chute no volante, ambos estavam no banco de reservas. Além disso, a torcida corinthiana acendeu sinalizadores e chegou a atirá-los no gramado, um lance que quase atingiu o jogador do próprio time, tornando insustentável a continuação da partida. 

Nos acréscimos, ainda houve tempo de Depay tocar para Yuri Alberto finalizar, mas Weverton fez a defesa. Após longos 18 minutos adicionais, o árbitro encerrou a partida, confirmando o título do Corinthians, que deu o troco de 2020, quando buscava o tetracampeonato e foi impedido pelo Palmeiras.  

Depois de anos sofrendo com resultados negativos no Dérbi, o Corinthians volta a dominar o confronto. Nos últimos quatro jogos entre as equipes, foram duas vitórias alvinegras e dois empates. Além disso, o triunfo no Allianz Parque quebrou um tabu histórico que já durava 6 anos.

As equipes voltam a campo no próximo domingo (30) para a estreia no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras recebe o Botafogo às 16h (horário de Brasília), enquanto o Corinthians encara o Bahia às 18h30 (horário de Brasília), fora de casa.

Jogador mudou sua versão cinco vezes, mas, após dois anos, a denúncia foi anulada
por
Amanda Campos
Lorena Basilia
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28/03/2025 - 12h

Nesta sexta-feira (28), o caso do ex-jogador brasileiro Daniel Alves teve um novo desdobramento. O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) decidiu, por unanimidade, anular sua condenação por agressão sexual, que previa uma pena de quatro anos e meio de prisão. A anulação ocorreu após o tribunal concluir que as provas eram insuficientes para sustentar a condenação, foram apontadas contradições no depoimento da denunciante e a credibilidade do testemunho foi questionada.

A defesa de Daniel Alves, representada pela advogada Inés Guardiola, expressou satisfação com a decisão. Inés afirmou que “a justiça foi finalmente alcançada” e reiterou a inocência de seu cliente. Com a absolvição, todas as medidas cautelares impostas anteriormente foram revogadas, isso permite que Alves recupere sua liberdade plena. A decisão também anulou a obrigação do ex-jogador de pagar uma indenização de 150 mil euros à vítima.

Daniel Alves deixando a prisão em Barcelona, em 25 de março de 2024. Foto: Nacho Doce/Reuters.
Daniel Alves deixando a prisão em Barcelona, em 25 de março de 2024. Foto: Nacho Doce/Reuters.

 

Entenda o caso 

Daniel Alves foi denunciado por agressão sexual no dia 30 de outubro de 2022 em uma boate de luxo catalã. Segundo a vítima, ela entrou no banheiro com o jogador por vontade própria, mas ao desistir de ter relações sexuais, foi estuprada no local. De acordo com o depoimento, após o ocorrido, a mulher foi procurar os seguranças da casa noturna, para uma denúncia. A equipe chamou a polícia e ela prestou depoimento às autoridades. O agressor já não estava mais na balada. 

Em janeiro de 2023, o jogador foi preso, sem direito a fiança, e em seus depoimentos apresentou algumas contradições, enquanto a vítima foi firme em sua versão. 

As cinco versões diferentes de Daniel Alves não foram levadas em consideração pela justiça. Inicialmente, o ex-jogador alegou que nem sequer conhecia a mulher de 23 anos. “Nunca vi essa senhora na minha vida”, disse ele. No entanto, quando soube que existiam vídeos mostrando os dois entrando juntos no banheiro, ele mudou sua versão, admitindo a entrada no local, mas negando qualquer relação sexual.

Com a ameaça do exame de DNA, Alves confessou que ela havia praticado sexo oral nele, mas insistiu que a relação foi consensual. Quando preso, ele afirmou que houve penetração, mas continuou alegando consentimento, até mudar o discurso novamente e dizer que a mulher o forçou a manter relações sexuais.

Durante o julgamento, Daniel declarou que havia bebido muito. As provas que levaram à sua condenação de quatro anos e meio de prisão se baseavam não apenas no depoimento da vítima, mas também em relatos de testemunhas e vídeos que mostravam a mulher saindo do banheiro chorando e aparentemente desesperada. Segundo ela, quando decidiu não querer mais manter intimidade com Alves, ele a jogou no chão, forçando-a a fazer sexo oral e, posteriormente, a estuprou.

Daniel assumiu a incoerência de sua fala. Segundo ele, o motivo de distorcer a história foi uma tentativa de omissão para a esposa, Joana Sanz, de sua infidelidade. Mas, nas palavras do acusado, houve consentimento de ambas as partes: “Estou de consciência limpa, O que aconteceu e o que não aconteceu ali só sabemos eu e ela”, declarou ao jornal La Vanguardia.

Em julho do mesmo ano, Daniel Alves foi incriminado por provas suficientes para a juíza Anna Marin que também estabeleceu uma indenização de 150 mil euros à vítima. 

No processo, Neymar e seu pai demonstraram apoio público ao ex-jogador, o que levantou a possibilidade de um auxílio nos custos judiciais. No entanto, até o momento, não há confirmação oficial sobre qualquer contribuição financeira por parte da família Neymar.

Reprodução/Instagram
Daniel Alves é absolvido da acusação de estupro. Foto/Reprodução: Instagram

 

Como o caso fica agora?

A acusação pode solicitar recurso para o julgamento em esfera nacional, já que ele foi absolvido em uma instância menor, na Catalunha. Ainda não há pronunciamento da promotoria espanhola e nem da parte acusadora. O futuro ainda é incerto para o caso, que pode ser reaberto. Por enquanto Daniel tem permissão para viver livremente, como um inocente. 

O desfecho do processo destaca os desafios enfrentados pelas vítimas de violência sexual para terem suas denúncias levadas a sério e expõe a vulnerabilidade do sistema judicial diante de casos que envolvem poder e influência. Para a sociedade não cabe o julgamento, mas às mulheres resta um sentimento de preocupação com a justiça. O desejo é que ninguém tenha seu corpo violado e, quando acontecer, que haja uma condenação coerente. 

 

Brasil sofre derrota humilhante e aumenta a pressão SOBRE Dorival Júnior no cargo
por
DANIEL SANTANA DELFINO
RENAN BARCELLOS
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26/03/2025 - 12h

A noite de 25 de março de 2025 se tornou um dos capítulos mais amargos para a seleção brasileira. No lendário Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Brasil foi goleado por 4 a 1 pela Argentina, em duelo válido pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O resultado é a maior derrota da seleção brasileira na história das Eliminatórias, superando todos os tropeços anteriores e reforçando a crise na equipe comandada por Dorival Júnior.

Domínio argentino e apagão brasileiro

Desde os primeiros minutos, a Argentina impôs seu ritmo de jogo e dominou amplamente as ações. Mesmo sem a presença de Lionel Messi, os argentinos foram superiores em todos os setores do campo. Logo aos quatro minutos, Julián Álvarez abriu o placar após rápida troca de passes. Pouco depois, aos 12 minutos, Enzo Fernández ampliou, aproveitando uma falha na marcação brasileira.

 

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Raphinha e Thiago Almada na partida entre Argentina e Brasil pelas eliminatórias. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

 


O Brasil conseguiu descontar aos 26 minutos, com Matheus Cunha, em um dos poucos momentos de lucidez ofensiva da equipe. No entanto, o domínio argentino continuou e, ainda no primeiro tempo, Alexis Mac Allister marcou o terceiro aos 36 minutos, praticamente selando o destino da partida.

Na segunda etapa, a seleção brasileira tentou esboçar uma reação, mas mostrou desorganização e falta de intensidade. Aos 26 minutos, Giuliano Simeone fez o quarto gol, consolidando a goleada histórica.

Dorival Júnior pressionado e futuro incerto


A goleada expôs fragilidades técnicas e táticas do Brasil, aumentando a pressão sobre Dorival Júnior, contratado para renovar a equipe após a última Copa do Mundo. Com apenas uma vitória nas últimas quatro partidas das Eliminatórias, o treinador vê seu cargo ameaçado. Nos bastidores, a  Confederação Brasileira de Futebol (CBF) avalia possíveis alternativas, mas ainda não se pronunciou oficialmente.
 

djsdap
Nas Eliminatórias, Dorival tem seis vitórias, três empates e cinco derrotas no comando da Seleção Brasileira. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

“É um momento difícil. Precisamos refletir, corrigir nossos erros e trabalhar para recuperar a confiança do time e da torcida”, declarou Dorival Júnior após a partida.
O desempenho aquém do esperado de jogadores como Raphinha, que havia prometido "dar a vida em campo" antes do jogo, gerou frustração entre os torcedores. A apatia da equipe e a falta de reação durante a partida foram amplamente criticadas.

Classificação ameaçada e pressão crescente

Com a derrota, o Brasil caiu para a quarta posição nas Eliminatórias, restam quatro rodadas para a definição da classificação à Copa do Mundo de 2026, e o clima de pressão sobre jogadores e comissão técnica se intensifica.
A imprensa argentina celebrou o triunfo histórico, destacando a superioridade do time mesmo sem Messi. Jornais como Olé e Clarín trataram o resultado como um "massacre" e uma "humilhação inesquecível", inflamando a rivalidade histórica entre os países.

O Brasil perdeu a oportunidade de se aproximar da classificação para a Copa do Mundo após uma derrota para a Argentina, que agora lidera o torneio com 31 pontos. Com isso, o Brasil caiu para a quarta posição, sendo ultrapassado por Equador e Uruguai.

Os brasileiros precisam de um aproveitamento de 50% nos próximos quatro jogos para garantir a classificação. Os próximos desafios serão:

- Equador x Brasil (05/06)
- Brasil x Paraguai (10/06)
- Brasil x Chile (04/09)
- Bolívia x Brasil (09/09)

A classificação para a Copa do Mundo é garantida para os seis primeiros colocados, enquanto o sétimo lugar disputará a repescagem. O Brasil tem seis pontos de vantagem sobre a Venezuela, que atualmente ocupa a sétima posição.

Veja o retrospecto do confronto no campeonato estadual e quem leva a melhor historicamente
por
Gustavo Romero Pires
Felipe Oliveira
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25/03/2025 - 12h

 

Corinthians e Palmeiras se enfrentam para decidir o campeão paulista de 2025, após o Verdão perder o primeiro jogo da final em casa por 1x0 com gol de Yuri Alberto. Já o Alvinegro vem com histórico de ser o time da Série A do Campeonato Brasileiro que menos perdeu, apesar da eliminação precoce na Pré-Libertadores.

O jogo da volta acontece na Neo Química Arena, em Itaquera, na próxima quinta-feira (27).

Além da partida se tratar de um dos maiores clássicos do país, nomeado como derby paulista, o jogo pode coroar o alviverde como o primeiro tetracampeão do torneio desde 1919, quando o Club Athletico Paulistano foi campeão quatro vezes seguidas, antes mesmo da profissionalização do campeonato.

No entanto, o alvinegro tem a chance de frustrar o sonho palmeirense, assim como o Verdão fez com o Corinthians em 2018, quando o timão tinha a mesma oportunidade do tetracampeonato.

Retrospecto dos Derbys Paulista nas finais do Paulistão

Ao todo, foram oito finais do Paulistão entre Palmeiras e Corinthians: o primeiro confronto aconteceu em 1936 e o último em 2020. Até o momento, a equipe Alviverde leva a melhor no retrospecto das finais, tendo cinco vitórias contra três dos Alvinegros do Parque São Jorge.

●     1936 - Palmeiras campeão

●     1938 - Palmeiras campeão

●     1974 - Palmeiras campeão

●     1993 - Palmeiras campeão

●     1995 - Corinthians campeão

●     1999 - Corinthians campeão

●     2018 - Corinthians campeão

●     2020 - Palmeiras campeão

Em 2018, o Corinthians estava com um elenco totalmente diferente do campeão paulista e brasileiro no ano anterior e por isso, de acordo com a mídia da época, tinha um time inferior ao do Palmeiras, que contava com o centroavante Miguel Borja. O atacante fez o gol que deu a vitória à equipe alviverde no jogo de ida da final, na Arena Corinthians.

Já no segundo jogo, o alvinegro venceu a partida com gol de Rodriguinho ainda no primeiro tempo e um pênalti polêmico retirado pela arbitragem após uma conversa com o quarto árbitro, levou a partida às penalidades. 

Nas cobranças de pênaltis, o ex -goleiro do Timão, Cássio, defendeu as batidas de jogadores palmeirenses badalados como Dudu e Lucas Lima. Porém, o chute decisivo caiu nos pés do menino da base Maycon, que converteu a cobrança que deu o título para o Corinthians, dentro do Allianz Parque.

 

Maycon
Jogadores do Corinthians comemorando logo após a confirmação do título paulista de 2018 Foto: (Nelson Almeida/AFP)

 

 

Este último confronto, seguiu um roteiro muito parecido com o da atual edição. Na época, o Corinthians, campeão das últimas três edições (2017, 2018 e 2019), encontrou dificuldades para se classificar no Paulistão 2020, conseguindo uma vaga para as quartas de final na última rodada da fase de grupos, na vitória de 2 a 0 contra o Oeste.

Com Palmeiras e Corinthians avançando de fase, as duas equipes se encontraram na grande final e após um jogo truncado e de poucas chances criadas, a partida de ida acabou empatada em 0 a 0 na Neo Química Arena. Já na volta, o Verdão levava a melhor desde os 49 minutos do segundo tempo, com um gol de cabeça do atacante Luiz Adriano. Porém, foi no último lance do jogo, aos 97 minutos, que o Timão empatou o jogo após Gustavo Gómez derrubar o Jô dentro da área em um pênalti - visto pela imprensa e torcedores - como “infantil”, levando a disputa para as penalidades. No final, o Palmeiras se sagrou campeão após 12 anos, tirando a chance do tetracampeonato do seu rival.

Patrick de Paula
Patrick de Paulo, autor do pênalti do título, comemorando enquanto Cássio lamenta (Alex Silva/Estadão)

 

Tal edição aconteceu no período da pandemia da Covid-19, o que consequentemente, afastou as torcidas dos estádios e impediu que o espetáculo fosse ainda maior. Já nesta edição (2025) - longe dos perigos pandêmicos - o destino quis novamente um derby cheio de emoções para a final, com um roteiro parecido da edição de 2020. O Palmeiras, que conseguiu sua vaga para as quartas na última rodada do Paulistão, na vitória de 3 a 2 contra o Mirassol, também chega para esta final como campeão dos últimos três anos consecutivos do torneio (2022, 2023 e 2024). A diferença é que logo no Allianz Parque, o Verdão sofreu uma derrota de 1 a 0 com gol do atacante Yuri Alberto, proporcionando mais emoções para o jogo da volta na Neo Química Arena.

 

 

Palmeiras ainda acredita no título

Após a derrota dentro de casa na partida de ida, o lateral-esquerdo do Verdão, Joaquín Piquerez, desabafou na entrevista pós jogo e disse que Corinthians “só chegou uma vez e fez o gol” e acredita no título paulista: “Palmeiras vem de três finais virando no 2° jogo”

O jogador uruguaio, se refere aos confrontos contra os times São Paulo, Água Santa e Santos, no qual o Palmeiras reverteu a desvantagem em todos os confrontos. Em 2022, a equipe alviverde perdeu para o tricolor paulista no Morumbis por 3 a 1, e reverteu o placar com uma goleada de 4 a 0 no Allianz Parque. No ano seguinte, o Palmeiras havia perdido por 2 a 1 na Arena Barueri, para o Água Santa - perdendo a chance de ser campeão invicto daquela edição. Repetindo o mesmo placar da final anterior no jogo da volta, o Verdão aplicou um sonoro 4 a 0 em seu estádio, conquistando o bicampeonato. Por fim, no ano de 2024, foi a vez do Santos se tornar uma outra vítima do Palmeiras. Após a vitória por 1 a 0 na Vila, a equipe palestrina novamente reverteu o placar no jogo de volta em seu estádio, vencendo o jogo por 2 a 0 e conquistando o tricampeonato.

 

Apesar do resultado, Corinthians mantém pés no chão

Claro que o alvinegro conseguiu buscar uma excelente vantagem no Allianz Parque ao vencer o primeiro jogo da final do campeonato, mas ainda não tem nada ganho, muito menos fácil.

Além do clube alviverde ter viradas nas últimas finais do estadual, o timão vem sofrendo com a defesa durante o ano, principalmente em bolas aéreas e sofrendo gols na maioria dos jogos. Os exemplos mais recentes em jogos decisivos são nas partidas pela pré-Libertadores, as quais o Corinthians enfrentou clubes abaixo tecnicamente, mas mesmo assim sofreu muitos gols, principalmente contra o Universidad Central, da Venezuela, tomando dois gols em casa.

No entanto, o clube sofreu apenas 1 gol nos últimos 4 jogos e a defesa se firmou com os zagueiros Gustavo Henrique e Félix Torres, o que pode ser um trunfo.

Ramon Díaz já demonstrou ser um treinador experiente, campeão da Libertadores pelo River Plate, logo sabe que administrar a vantagem pode ser perigoso com um time tão forte mental e tecnicamente do outro lado.

Esse Derby promete entrar para a história, independente do resultado. Podendo marcar a volta do Corinthians aos títulos ou a continuação da supremacia verde no maior estadual do país. 

O clube alvinegro contará com mais de 48 mil pessoas no estádio para fazer valer a vantagem de um gol para voltar a levantar taças em Itaquera. Já o Palmeiras aposta suas fichas no ataque jovem e estrelado com Vitor Roque e Estevão para diminuir a vantagem e virar o placar, ficando assim com o título na casa de seu maior rival.

 

Confira os destaques do primeiro final de semana do campeonato na etapa de Porto Alegre
por
Cecília Schwengber Leite
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24/03/2025 - 12h

Na última sexta-feira (21) teve início a primeira etapa da STU Pro Tour 2025, sediada na cidade de Porto Alegre, que abriga a maior pista de skate da América Latina. O campeonato movimenta os cenários nacional e internacional do esporte, contando com as modalidades Skate Street e Skate Park, ambos feminino e masculino, que conheceram seus vencedores na tarde de domingo (23), além das categorias Paraskate, finalizada no sábado (22), e Mini Ramp e Vert, programadas para o próximo final de semana, nos dias 29 e 30 de março. 

Grandes nomes do skate e paraskate mundial se reuniram na Orla do Guaíba durante o final de semana e mostraram novamente porque fazem parte da elite de suas modalidades. O público se fez presente lotando as arquibancadas e vibrando junto com os atletas, e contou com, além de muito skateboard, shows de DJs e músicos ao longo do evento, que foi encerrado com o rapper Djonga no palco após o fim das competições no domingo.

Sexta-feira de classificatórias

O calor da cidade ajudou a esquentar o primeiro dia de campeonato, com todos os skatistas buscando seu lugar nas semifinais durante as etapas classificatórias, que já mostraram o nível muito elevado da competição. Inicialmente, foram disputadas quatro baterias nas modalidades femininas e seis nas masculinas. Rayssa Leal garantiu sua vaga na semifinal do Street com um 75.55, a melhor nota da bateria com folga, mas preocupou os espectadores sentindo muita dor na região do glúteo após uma queda. Os brasileiros Gui Khury e Giovanni Vianna também se destacaram no Park e Street, respectivamente.

Gui Khury, revelação no Skate Park, concentrado para a sua volta. Foto: Instagram/@skatetotalurbe
Gui Khury, revelação no Skate Park, concentrado para a sua volta. Foto: Instagram/@skatetotalurbe

Com apenas 16 anos, Khury é a promessa da nova geração do Skate Park, enquanto Vianna já é um atleta olímpico consolidado na cena do Street. Gui, apesar de jovem, já coleciona três recordes no World Guinness e um título mundial em sua modalidade original, o Vert, e vem chamando atenção com seu desempenho no Park, em que começou a competir. Em sua classificação, acertou um flip body varial 540, agitando o público. Outros dois destaques nas pistas do Park foram a espanhola Naia Laso, com a maior nota entre as baterias, e o italiano Alessandro Mazzara, que se classificou com pontuação 90.00, atingindo o nine club (nota igual ou superior a 90.00).

Sábado de semifinais e final do Paraskate

As disputas das semifinais agitaram o sábado na Orla, com verdadeiros shows de skate. No Street masculino, Giovanni Vianna e Carlos Ribeiro obtiveram as maiores notas, vencendo suas baterias, e garantindo seus lugares na final juntamente com mais três brasileiros e o peruano Angelo Caro. Já no Park feminino, a brasileira Yndiara Asp levou a melhor nota, deixando Naia Laso em segundo lugar na bateria. Ambas se classificaram ao lado das brasileiras Dora Varella, Raicca Ventura e Fernanda Tonissi, e da japonesa Mizuho Hasegawa. 

Ocorreu também no sábado a final (disputa única) do Skate Adaptado, ou Paraskate, que alterna entre as modalidades a cada etapa, sendo a vez do Park em Porto Alegre. O campeão com direito a nine club (91.33) e grande destaque foi Vini Sardi, presidente da Associação Brasileira de Paraskate. Felipe Nunes garantiu o segundo lugar, com nota 87.58, e o terceiro lugar ficou para Italo Romano, com 82.17. 

Uma mistura de ansiedade e apreensão tomou conta das arquibancadas, que clamavam por Rayssa Leal na semifinal do Street feminino, ao mesmo tempo que a viam novamente sentir dor na mesma região após cair durante o aquecimento. Apesar do desconforto, a Fadinha competiu e se garantiu com tranquilidade na final, numa disputa com notas não muito altas. 

Para encerrar o dia longo, o Park masculino pegou fogo com o nível altíssimo dos atletas, que jogaram a dificuldade lá em cima. Gui Khury voou e brilhou na pista novamente, se classificando com 91.38, atrás na tabela geral apenas do norte-americano Tate Carew, outro grande destaque, com nota 92.33. O brasileiro Luigi Cini também atingiu o nine club, pontuando 91.00. Mazzara veio em seguida, com 88.83, colado no brasileiro Kalani Konig, com 88.00, e por fim o veterano Pedro Barros, que garantiu sua classificação na última volta, ficando com 86.77, e deixando um dos favoritos à final, Augusto Akio, de fora.

Veja a lista completa dos classificados para as finais

 

Skate Street masculino:

Angelo Caro (PER)

Carlos Ribeiro (BRA)

Wallace Gabriel (BRA)

Giovanni Vianna (BRA)

Ivan Monteiro (BRA)

Bruno Silva (BRA)

Skate Street feminino:

Rayssa Leal (BRA)

Gabi Mazetto (BRA)

Kemily Suiara (BRA)

Aoi Uemura (JPN)

Daniela Terol (ESP)

Maria Lúcia (BRA)

Skate Park masculino:

Kalani Konig (BRA)

Gui Khury (BRA)

Pedro Barros (BRA)

Tate Carew (EUA)

Alessandro Mazzara (ITA)

Luigi Cini (BRA)

Skate Park feminino:

Yndiara Asp (BRA)

Naia Laso (ESP)

Fernanda Tonissi (BRA)

Dora Varella (BRA)

Raicca Ventura (BRA)

Mizuho Hasegawa (JPN)

 

Domingo de finais

O dia das finais empolgou o público com a presença de muitos atletas brasileiros nas disputas pelo pódio. Rayssa Leal, medalhista olímpica e multicampeã da modalidade, conquistou o primeiro lugar do Skate Street feminino, brilhando na pista com pontuação 81.57 e levantando a torcida com um 360 kickflip para fechar a volta do título com estilo. Em segundo lugar ficou a espanhola Daniela Terol, com 64.37, e em terceiro, a brasileira Maria Lúcia, com 51.24.

Rayssa Leal fica em primeiro lugar no Skate Street feminino. Foto: Julio Detefon
Rayssa Leal fica em primeiro lugar no Skate Street feminino. Foto: Julio Detefon

No Skate Park feminino, Naia Laso ficou no topo do pódio com nine club (90.67), seguida por Yndiara Asp em segundo, com 85.00, e Mizuho Hasegawa em terceiro, pontuando 84.51. Já na final do Street masculino, Giovanni Vianna foi o grande vencedor com nota 88.80 numa disputa intensa. Em segundo lugar, Carlos Ribeiro ficou com 85.97, e em terceiro, Angelo Caro, com 79.30.

Guardando suas melhores manobras para a final, o jovem Gui Khury não cansou de impressionar os jurados e o público e foi pela primeira vez campeão do Skate Park masculino, pontuando 91.00. Os demais brasileiros, que foram bem na semifinal, acabaram desbancados por Tate Carew, em segundo lugar com 89.00, e Alessandro Mazzara em terceiro, com 88.47. Assim foi encerrado o primeiro final de semana da STU Pro Tour na capital gaúcha, que ainda contará com Gui Khury voltando às pistas na disputa do Vert, sua especialidade.

Equipes cobram entidade sul-americana após casos de racismo e falas polêmicas de presidente
por
Annanda Deusdará
Nathalia de Moura
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24/03/2025 - 12h

Na última segunda-feira (17), foi realizado em Luque, no Paraguai, o sorteio dos grupos da Sul-Americana e da Libertadores de 2025. Além de destacar os confrontos das competições continentais, as falas do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, também chamaram atenção. Após o evento, o paraguaio fez uma analogia ao dizer que “a Libertadores sem times brasileiros seria como o ‘Tarzan sem a chita’”.

Antes do sorteio, o presidente da entidade sul-americana já havia discursado em português sobre o caso de racismo sofrido pelo atacante palmeirense Luighi, contra o Cerro Porteño, em partida válida pela Libertadores Sub-20, no dia seis de março. “A Conmebol é sensível a essa realidade. Como pode não ser (sensível) à dor do Luighi? Nosso desafio é sermos justos com aqueles que são responsáveis por esses atos.” Mesmo condenando os atos racistas, Alejandro Domínguez não deixou claro se a Conmebol será mais contundente para combatê-los.

Logo após a cerimônia, o presidente foi questionado sobre como seria a Libertadores sem clubes brasileiros. Essa pergunta foi em alusão a fala de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que sugeriu que as equipes brasileiras saíssem da Conmebol e se filiassem à Concacaf, entidade que administra o futebol continental na América do Norte, América Central e o Caribe. Ele respondeu sorrindo: “Impossível. Isso seria como o Tarzan sem a Chita.”

 

Em entrevista à AGEMT, o diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Carvalho, diz que entende a fala de Alejandro como falta de entendimento do que é racismo. “Uma fala dessas mostra que a gente 'tá' muito longe de resolver o problema. No Brasil a gente debate racismo recreativo, trabalha a questão das palavras, fora daqui isso é um debate que ainda não existe”, explica Carvalho.

A Libra, liga de clubes da Séries A, B e C do Brasileirão, divulgou uma nota repudiando a fala do presidente. O comunicado foi assinado por 16 clubes - apenas o Flamengo, entre os membros da Liga, não aparece como um dos assinantes do pronunciamento. O clube carioca declarou que “luta contra qualquer forma de racismo e discriminação, mas entende que as relações com a Conmebol devem ser conduzidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).”

Essa foi mais uma manifestação dos times brasileiros contra a Conmebol. Após o atacante palmeirense Luighi sofrer ataques racistas no Paraguai, a CBF, o Palmeiras e outros clubes se manifestaram cobrando punições mais severas nessas situações.

Entenda o caso

Palmeiras e Cerro Porteño-PAR se enfrentaram pela segunda rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores Sub-20 no último dia seis de março, em Assunção, no Paraguai. O Verdão venceu a partida por 3 a 0, mas o confronto ficou marcado por mais um caso de racismo no futebol sul-americano. Luighi, atacante palmeirense, foi alvo de ataques racistas quando foi substituído, saiu de campo chorando após sua revolta e desabafou na entrevista pós-jogo: “Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime.”

Os jogadores brasileiros já estavam sendo hostilizados pela torcida mandante, mas, aos 35 minutos do segundo tempo, o camisa 9 do clube paulista foi mais uma vítima de racismo. Ao ir em direção ao banco de reservas após ser substituído, ele recebeu xingamentos, cusparadas e viu um torcedor imitar um macaco em sua direção.

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Torcedor paraguaio imita um macaco em direção a palmeirenses. Foto/Reprodução: Rede Globo

Mesmo com a revolta dos atletas e da comissão técnica alviverde, o juiz reiniciou a partida. Na entrevista pós jogo, o repórter perguntou sobre a partida e Luighi prontamente desabafou: “Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre isso?” Ele também cobrou um posicionamento da CBF em relação ao caso.

Marcelo Carvalho fala que o impacto de casos de racismo em competições de base podem ser ainda maiores. “Situações como essa podem fazer um jogador desistir da carreira, ele pode impactar esse atleta de diversas formas. [...] Estamos tratando de garotos que nem sempre tem uma uma personalidade pronta e sabem como agir”, explica o diretor.

A falta de punições mais severas para crimes de racismo ocorre devido a falta de previsão nos regulamentos esportivos. O olhar voltado para os direitos humanos é algo recente. Atualmente o Estatuto da FIFA e a Carta Olímpica do Comitê Olímpico Internacional trazem o compromisso inegociável com esses direitos, porém os regulamentos privados ainda não os acompanham. 

Para Andrei Kampff, advogado e mestre em Direito Desportivo, os clubes só vão levar a questão a sério se houver um comprometimento da sociedade como um todo. Ainda lembra que o presidente da FIFA pediu para as federações internacionais incluírem a perda desportiva por atos discriminatórios nos códigos disciplinares: “Pergunto: quem colocou? Que clube cobrou? Que torcedor levantou a voz?”, indagou o especialista em entrevista à AGEMT.

O Cerro Porteño publicou uma nota de repúdio ao ataque sofrido por Luighi, declarando solidariedade a ele. O documento diz ainda que o time é contra qualquer ato discriminatório e pede apoio aos atores do futebol e da sociedade para construir um esporte saudável. “Em relação ao fato registrado no jogo entre Cerro Porteño e Palmeiras, expressamos que nenhuma provocação pode levar a este tipo de acontecimentos condenáveis, nossa total solidariedade ao jogador Luighi.”, explícita a nota, que não fala em punições para torcedores que realizarem atos parecidos.

Luighi foi às redes sociais expressar mais uma vez sua indignação com o ocorrido e cobrar que medidas rígidas fossem aplicadas. O jovem de 18 anos também fala da dor enfrentada pelos pretos na história e pede que tratem a situação como ela é: um crime.

 

Em pronunciamento oficial no início do mês, Leila Pereira declarou que vai solicitar a expulsão do clube paraguaio da competição. “Não é a primeira vez que esse clube ataca nossos jogadores e torcedores. Em 2023, nossos atletas foram chamados novamente de macacos, o Bruno Tabata foi revidar a agressão e foi punido com quatro meses de suspensão. Tentamos reverter essa penalidade e não conseguimos", declarou a presidente do Palmeiras.

Casos de racismo dentro do esporte ainda são comuns. Segundo o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, em 2023 foram registrados 136 casos no Brasil e 26 no exterior. Andrei Kampff explica que quando ocorre uma manifestação racista, dois sistemas entram em ação: o sistema privado de esporte e o estatal. O especialista destaca também um dos fatores que dificulta um combate mais eficiente do racismo no âmbito internacional. “Quando a gente fala de racismo, a gente fala de crime no Brasil. Na maioria dos outros países sul-americanos isso não existe”, explica o advogado.

Seleção Brasileira respira na classificação e vai com uma vitória importante enfrentar a Argentina
por
DANIEL SANTANA DELFINO
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21/03/2025 - 12h

A Seleção Brasileira venceu a Colômbia por 2 a 1 na quinta-feira (20), em partida realizada no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela 13ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Raphinha abriu o placar de pênalti, Luis Díaz deixou tudo igual, mas no final do jogo Vini Jr. anotou o gol da salvação para o técnico Dorival Júnior.

Com a vitória, o Brasil alcançou a vice-liderança das Eliminatórias com 21 pontos, apenas quatro atrás da líder Argentina. No entanto, o Brasil ainda pode perder essa posição se o Uruguai vencer a atual campeã do mundo na partida de sexta-feira (21). A Colômbia, por outro lado, sofreu sua terceira derrota consecutiva e caiu para o sexto lugar, com 19 pontos.

O jogo

Após dois empates consecutivos contra Venezuela e Uruguai, o Brasil entrou em campo com grande determinação, começou a partida de forma agressiva e abriu o placar com um pênalti convertido por Raphinha aos três minutos, após Muñoz derrubar Vinicius Jr. dentro da área.

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Raphinha e Vinicius Jr. comemoram o gol que abriu o placar para o Brasil contra a Colômbia. Foto: Buda Mendes/Getty Images

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A seleção brasileira continuou pressionando e criou boas chances de ampliar com Vini Jr. e Rodrygo, mas a Colômbia foi se recuperando e igualou o jogo aos 40 minutos com um gol de Luis Díaz, o quarto em sete jogos contra o Brasil desde 2018.

No segundo tempo, o Brasil voltou a pressionar, mas a Colômbia também teve chances. Aos 24 minutos, um lance paralisou a partida por sete minutos e causou preocupação nos jogadores e na torcida: Alisson saiu para fazer uma defesa e se chocou com o zagueiro colombiano Sánchez, que caiu desacordado. Os dois jogadores receberam atendimento médico e precisaram ser substituídos.

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Sánchez é atendido após se chocar de cabeça com o goleiro Alisson. Foto: Evaristo Sá/AFP

Na mesma leva de mudanças, Dorival Júnior fez mais três alterações no Brasil. Wesley, André e Savinho entraram e o time ganhou novo gás diante da Colômbia.

Depois disso, a seleção seguiu em cima, com Wesley fazendo boas jogadas. Nos acréscimos, o time de Dorival teve uma chance de ouro de fazer o segundo, mas Savinho bateu na segunda trave. Finalmente, aos 53 minutos, Vinicius Jr. marcou o segundo gol brasileiro, garantindo a vitória por 2 a 1.

Em entrevista coletiva, o técnico da Seleção Brasileira afirmou que não gostou da mídia tratar o gol como alivio para o momento do Brasil nas Eliminatórias.

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Dorival Júnior orienta atletas em campo durante o jogo entre Brasil e Colômbia. Foto: Evaristo Sa/AFP

“Não tem alívio nenhum. Ninguém aqui está satisfeito com nada, só vamos estar satisfeitos com o resultado na Copa do Mundo. Nessa situação da classificação, temos que lamentar os resultados anteriores, de jogos que não vencemos. Mas as Eliminatórias sempre são complicadas. Acho que somente nas duas últimas, com Tite, houve uma classificação mais tranquila, mas sempre é decidido nas rodadas finais”, disse Dorival em entrevista coletiva.

Ele reiterou que vê o time em processo de evolução e destacou que nem ele nem alguns jogadores do elenco têm experiência significativa na seleção, o que contribui para a irregularidade apresentada. “Tem atletas aqui com uma, duas partidas. Não são todos com 40 jogos. O próprio treinador tem 15, 16 jogos. É uma evolução que precisa ser feita e eu gosto de olhar para frente, do que pode acontecer. O futebol sul-americano evoluiu muito, são seleções fortes, e que dificultam. A Colômbia valorizou muito nossa vitória”, afirmou o técnico.

Ele justificou que a decisão de não incluir Endrick ou Estêvão na partida, apesar da pressão da torcida, foi baseada em estratégia tática. Além disso, Dorival aproveitou a regra que permite sete substituições devido ao protocolo de concussão, após os incidentes que envolveram o goleiro Alisson e o zagueiro Sánchez, que sofreram pancadas na cabeça.

“Precisávamos de jogadores dentro da área naquele momento. E tomei a decisão de colocar atletas mais altos, chegamos a ter três jogadores dentro da área, o que foi inédito. Mas entendo a reação da torcida”, disse o treinador.’’

A seleção brasileira fica em Brasília até a próxima segunda-feira (24), quando viaja a Buenos Aires para enfrentar a Argentina na terça-feira (25), às 21h (horário de Brasília), no Monumental de Núnes.

 

Fim da hegemonia: Grêmio perde sequência de títulos
por
Felipe Bragagnolo Barbosa
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16/03/2025 - 12h

 O Beira-Rio foi palco da grande final gaúcha neste domingo (16), com o empate do Internacional e Grêmio por 1 a 1,  na partida de volta da final do Campeonato Gaúcho. Com a vitória por 2 a 0 no jogo de ida, o Colorado garantiu o título estadual com um placar agregado de 3 a 1, encerrando um jejum de nove anos sem levantar a taça e quebrando a sequência de sete conquistas consecutivas do rival Tricolor.

O clássico Gre-Nal 446 começou com o Internacional determinado a administrar a vantagem construída na Arena, enquanto o Grêmio precisava de uma vitória por três gols de diferença para levar o título no tempo normal. 

O primeiro tempo foi equilibrado, o tricolor subiu as linhas, criando jogadas e avançando para o gol colorado. Já o Internacional se colocou no campo de defesa e buscou contra-ataques que foram as melhores oportunidades do primeiro tempo, algumas pararam nas mãos do goleiro Volpi, já outras foram para fora. Como a cabeçada na primeira trave do meia Carbonero em um cruzamento fechado no escanteio que assustou os gremistas.

Na etapa final, o jogo ganhou emoção. Aos 11 minutos do segundo tempo, Enner Valencia abriu o placar com um golaço de falta. O equatoriano cobrou com precisão, acertando o ângulo e levantando a torcida no Beira-Rio. O gol parecia selar a conquista colorada, mas o Grêmio respondeu rapidamente. Aos 17 minutos, Wagner Leonardo subiu mais alto que a defesa adversária em uma cobrança de falta e cabeceou para o fundo das redes, empatando a partida após uma longa revisão do VAR de sete minutos, que confirmou a legalidade do lance.

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Valência se redimiu com a torcida colorada, esquecendo as mágoas da Libertadores de 2023. Foto: Gabriel Girardon

 

Com o empate, o Grêmio tentou pressionar nos minutos finais, mas esbarrou na sólida defesa do Internacional. O jogo, porém, ficou marcado por três confusões acaloradas nos instantes derradeiros. A primeira ocorreu após uma falta no meio-campo, seguida por outra envolvendo quatro bolas em campo e discussões entre os jogadores. Na terceira, o árbitro expulsou Dodi, do Grêmio, e Aguirre, do Inter, deixando ambas das equipes com dez jogadores.

Quando o apito final soou, a torcida colorada explodiu em festa. O Internacional conquistou seu 46º título gaúcho, aumentando o recorde histórico de taças estaduais, enquanto o Grêmio, com 43 conquistas, viu sua hegemonia recente chegar ao fim.

Com o resultado, o Internacional não apenas voltou a dominar no Rio Grande do Sul, mas também impediu que o Grêmio igualasse o recorde de oito títulos consecutivos, estabelecido pelo próprio Colorado entre 1969 e 1976. A conquista marca o fim de um jejum que durava desde 2016 e reacendeu a esperança da torcida em uma temporada de sucesso.