As principais notícias desta segunda-feira, 11/10.

Corte no orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia, Pandora Papers, 25 anos sem Renato Russo.
por
Letícia Coimbra e Luan Leão
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11/10/2021 - 12h

Sérgio Camargo impedido de exonerar ou nomear funcionários da Fundação Palmares. 

Sergio Camargo, presidente da Fundação Palmares, em imagem de arquivo — Foto: Fundação Palmares/Divulgação
Sergio Camargo, presidente da Fundação Palmares, em imagem de arquivo — Foto: Fundação Palmares/Divulgação

      Nessa segunda-feira, 11 de outubro, a 21ª Vara do Trabalho de Brasília decidiu impedir Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares, de participar da gestão de pessoas na Fundação. Com isso, Camargo não pode mais exonerar e nomear funcionários, o que pode ser feito apenas pelo presidente Jair Bolsonaro ou outra autoridade que seja indicada por ele. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Trabalho que solicitou o afastamento de Camargo da presidência. Segundo a determinação, ele é responsável por perseguição político-ideológica, discriminação e tratamento desrespeitoso.

Corte no orçamento do Ministério de Ciência e Tecnologia, a pedido do Ministério da Economia.

      Ontem, domingo, 10 de outubro, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, chamou de “falta de consideração” o corte de recursos que seriam atribuídos a sua pasta, e pediu que essa ação seja revertida com urgência. Pontes se referiu à aprovação de um projeto que retira R$600 milhões que estavam previstos para o financiamento de pesquisas, remanejando-os para outras áreas. Já na sexta-feira, 8 de outubro, o ministro declarou ter sido pego de surpresa e alegou que ficou muito chateado com isso. 

      Apesar disto, o corte de verbas foi pedido pelo próprio governo, atendendo a um requerimento do Ministério da Economia.

      "Falta de consideração. Os cortes de recursos sobre o pequeno orçamento de Ciência do Brasil são equivocados e ilógicos. Ainda mais quando são feitos sem ouvir a comunidade científica e o setor produtivo. Isso precisa ser corrigido urgentemente."

 

 

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, na sexta cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, no México - Ministério das Relações Exteriores do México/via AFP
O presidente do Equador, Guillermo Lasso, na sexta cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, no México - Ministério das Relações Exteriores do México/via AFP

      No dia 10 de outubro, o Congresso do Equador aprovou a abertura de investigação para averiguar se o presidente do país, Guillermo Lasso, atuou de maneira ilegal ao manter dinheiro em paraísos fiscais. De acordo com o que foi exposto pela investigação denominada Pandora Papers, uma série de reportagens publicadas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.

       A investigação feita pelo consórcio expôs operações financeiras realizadas em paraísos fiscais por pelo menos 35 líderes mundiais, inclusive Lasso. Declaradamente conservador, o banqueiro  assumiu a presidência do Equador em maio deste ano, e, de acordo com a investigação, controlou 14 sociedades offshores, sendo a maioria delas com sede no Panamá. O termo offshore é utilizado para definir empresas abertas em países onde as regras tributárias são menos rígidas e não é necessário declarar o beneficiário, a origem e o destino do dinheiro.

      Personalidades brasileiras como o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também foram citadas.

Diminuição da taxa de mortes por covid 

      O Brasil registrou 7.211 novos casos de coronavírus e 219 mortes pelo vírus no país nesta segunda-feira, 11/10. A média nos últimos 7 dias é de 440 óbitos, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. O Brasil já soma 21.581.094 casos registrados, e 601.266 mortes por COVID-19, segundo dados do Ministério da Saúde. A boa notícia é que a vacinação segue avançando, 99.315.948 pessoas já receberam as duas doses de vacina, o que representa 46,7% da população. E 154.364.921 pessoas receberam ao menos 1 dose, o que representa 72,6% da população.

Campeonato brasileiro, eliminatórias da Copa e final da Liga das Nações

França conquista a segunda edição da Liga das Nações, ao vencer de virada a Espanha (Foto: Reuters)
França conquista a segunda edição da Liga das Nações, ao vencer de virada a Espanha - Foto: Reuters

 

      O final de semana foi de muito futebol. Na Europa, a França venceu a Espanha e conquistou o título da Liga das Nações. Na América do Sul, a Colômbia interrompeu a sequência invicta do Brasil e segurou o empate sem gols, enquanto a Argentina aplicou 3 a 0 no Uruguai, ambos os jogos válidos pelas eliminatórias da Copa do Mundo.

      No campeonato brasileiro, o Atlético-MG segue na ponta da tabela, seguido por Flamengo, Palmeiras e Fortaleza. Fecham o G-6, o RedBull Bragantino e Corinthians. Já no limite inferior da tabela, na Z-4, temos Bahia, Sport, Grêmio e o lanterna Chapecoense. 

      Às 20h desta 2a.feira, Cuiabá e São Paulo fecham a 25ª rodada do campeonato. 

 

 Nobel de Economia de 2021 vai para David Card,  Joshua D. Angrist e Guido W. Imbes

David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbes, ganhadores do Nobel de Economia 2021.
David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbes, ganhadores do Nobel de Economia 2021.

      Nesta segunda-feira (11) foram anunciados os nomes dos premiados com o Nobel de Economia em 2021. David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens receberam a premiação pelo uso de experimentos naturais - situações da vida real para calcular seus impactos no mundo - para entender relações de causa e efeito em áreas como mercado de trabalho, e educação. 

      A premiação é de 10 milhões de coroas suecas, cerca de US $1,1 milhão. Metade vai para David Card e a outra metade será dividida entre Joshua Angrist e Guido Imbens, já que a premiação é por estudo. 

 

25 anos sem Renato Russo

Renato Russo faleceu há 25 anos, ainda com 36 anos de idade, devido a complicações da AIDS - Foto: Divulgação
Renato Russo faleceu há 25 anos, ainda com 36 anos de idade, devido a complicações da AIDS - Foto: Divulgação 


      Há exatos 25 anos, no dia 11 de outubro de 1996, faleceu o cantor e compositor Renato Russo, vítima de complicações causadas pela AIDS, com apenas 36 anos de idade, deixando o país em luto. Depois que a banda Legião Urbana, da qual era vocalista, ficou conhecida pelo grande público, na década de 80, o cantor se tornou uma referência musical. 

      Renato deu voz a canções atemporais, como “Que país é esse”, cuja letra os jovens se identificam até hoje. Lançada em um contexto pós-ditatorial, ele cantou: “Nas favelas, no senado / Sujeira pra todo lado / Ninguém respeita a constituição / Mas todos acreditam no futuro da nação / Que país é esse?”. O Brasil de 2021, que enfrenta uma crise política, econômica e uma pandemia, ainda se conecta com a letra da música. 

      O longa-metragem “Eduardo e Mônica”, dirigido por René Sampaio, inspirado na canção homônima, presente no Disco Dois, da Legião Urbana, ainda espera a volta do público aos cinemas para ser lançado. Também há um documentário sendo produzido pela Gávea Filmes, baseado na vida de Renato Russo a partir do acervo mantido pelo filho, Giuliano Manfredini. Segundo a produtora Bianca de Felippes, não haverá censura, abordando, inclusive, os problemas emocionais do cantor, uso de drogas, sexualidade, confusões e o HIV. 

      Apesar disso, enquanto aguardamos o lançamento dessas produções, é possível conferir outras obras em sua homenagem, como Somos Tão Jovens, um filme de drama musical disponível no Telecine e dirigido por Antonio Carlos da Fontoura, que acompanha Renato de 1973 em diante, quando ele se mudou para Brasília com a família. Nesse período, ele sofria de epifisiólise, uma doença rara que o deixou de cadeira de rodas após a cirurgia, e foi forçado a ficar em casa, e a partir daí surgiu seu interesse pela música, aos 15 anos de idade. 

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