“Fora Xandão” e esparadrapos na boca, apoiadores de Bolsonaro promovem ato na Avenida Paulista

Manifestação teve como pauta as decisões recentes contra informações falsas determinadas pelo TSE e STF
por
Laura Mafra Boechat
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27/10/2022 - 12h

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro ocuparam parte da Avenida Paulista, em São Paulo, para uma manifestação nesta terça-feira (25). Em um carro de som, aliados direcionaram críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, acusando ele de censurar a rede Jovem Pan.

 

Na última semana, o TSE determinou uma série de condutas desfavoráveis ao atual presidente. Uma delas, limitava a emissora Jovem Pan de comentar a situação judicial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelo teor inverídico das informações, além de dar direito de resposta ao candidato petista.  

 

Com camisas com dizeres contra o que chamam de  “censura”, esparadrapos na boca e gritos de guerra, os apoiadores acompanharam entusiasmados as falas do deputado federal pelo Rio Grande do Sul, Marcel Van Hattem (Novo) e do comentarista da Jovem Pan, Adrilles Jorge. Além deles, estavam presentes membros do Instituto Von Mises e do movimento Vem Pra Rua.

 

Ato Avenida Paulista placa antivacina liberdade sem lockdown testes vacina
Manifestantes reivindicavam liberdade. Foto: Laura Boechat

Adrilles recebeu aplausos acalorados ao defender o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, membro do STF e presidente do TSE.

Ato Avenida Paulista Bolsonaro não à censura Adrilles
Adrilles Jorge e Marcel Van Hattem discursam em ato bolsonarista na Avenida Paulista. Foto: Laura Boechat

 

Apesar da ampla crítica à censura por parte de seus apoiadores, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) entrou na Justiça para tirar do ar a reportagem do UOL sobre o pagamento em dinheiro vivo de 51 imóveis adquiridos pela família Bolsonaro. 

 

Outras falas se sucederam, repetindo informações falsas e acusações já refutadas e com direito de resposta decretados pela justiça, como a culpabilidade do ex-presidente Lula e o falso apoio de presidiários. Vale lembrar que pessoas com condenação criminal transitada em julgado perdem seus direitos políticos, como o de votar.