Festival de cinema Varilux celebra 15ª edição

Evento é francês, apresenta 20 filmes inéditos e mostra de realidade virtual no Brasil
por
Sophia Razel
Letícia Alcântara
|
12/11/2024 - 12h

Entre os dias 7 e 20 de novembro, os amantes de cinema poderão conferir a décima quinta edição do Festival Varilux de Cinema Francês. O evento contará com a exibição de 20 filmes inéditos em 60 cidades do Brasil. 

 Em São Paulo, os filmes serão exibidos nos seguintes espaços: Cine Marquise, Cine LT3, Cinemark Iguatemi, Cinépolis Jardim Pamplona, Espaço de Cinema Augusta, Cinesystem Frei Caneca, Cinesystem Pompeia, Kinoplex Itaim e REAG Belas Artes, sempre das 14h às 21h.

 Além da programação regular, o Varilux tem a segunda edição de uma Mostra de Realidade Virtual, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro – com entrada gratuita. O evento exibirá oito filmes selecionados na competição oficial de conteúdo criativo de realidade virtual da Bienal de Veneza. As sessões contam com cadeiras giratórias e óculos de RV, que proporcionam uma imersão completa ao espectador.  

Na capital paulista, os filmes da mostra serão exibidos no Espaço Augusta de Cinema, de 7 a 13 de novembro, e no Centro Cultural São Paulo, de 21 a 28 de novembro. Já no Rio de Janeiro, as exibições acontecem no Estação Net Rio, entre os dias 7 e 13 de novembro, e no Cinesystem Botafogo, de 14 a 20 de novembro, das 14h às 21h.

O Festival Varilux foi criado em 2008 pela Unifrance – organização que promove o cinema e a televisão franceses – com apoio da Embaixada da França no Brasil e da Delegação das Alianças Francesas. Fora da França, tornou-se o maior festival de cinema francês do mundo. Este ano, a curadoria dos filmes foi realizada por Michel Reilhac, produtor especializado em narrativas interativas.  

Confira mais informações sobre os curtas da Mostra de Realidade Virtual abaixo:   

All unsaved progress will be lost, de Melanie Courtinat (Venice Immersive 2022) – 10 min
O filme é uma viagem introspectiva a uma cidade abandonada e envolta em névoa, inspirada pela história de uma mulher que se recusou a deixar sua vila natal após um desastre. Uma presença ameaçadora continua a pairar de forma enigmática, criando um espaço onde o espectador pode projetar seus próprios medos e inseguranças.

Campo verde no entardecer, com uma ponte à direita, encoberto por névoa
Pôster do filme “All unsaved progress will be lost”. Foto: Bonfilm/Divulgação

 

Astra, de Oriane Hurard (Venice Immersive 2024) – 60 min
Uma imersão no universo da astronomia, em que se exploram diversos planetas, além de suas paisagens e atmosferas. O longa oferece uma abordagem interativa que permite aos espectadores entender o sistema solar de maneira direta.

Planeta, céu estrelado e formações rochosas
Pôster do filme “Astra”. Foto: Bonfilm/Divulgação

 

Champ de bataille, de François Vautier (Venice Immersive 2024) – 20 min
No ano de 1916, os campos de Verdun, na França, vivenciaram momentos de extrema violência. Em meio a esse cenário desolador, um soldado, chamado Julien, vivencia o horror da guerra, deixando para trás sua juventude e alegria. A experiência é no formato de um vídeo 360º e oferece uma imersão na vida nas trincheiras durante a Batalha de Verdun.

Homem caminhando num campo de batalha ao entardecer
 Pôster do filme “Champ de bataille”. Foto: Bonfilm/Divulgação

 

Empereur, de Marion Burger e Ilan Cohen (Prêmio Melhor Realização Venice Immersive 2023) – 40 min
Uma jornada ao interior da mente de um pai que perdeu a capacidade de se comunicar devido à afasia. Apresentada em uma estética monocromática, a narrativa íntima se desenrola como uma viagem com elementos surrealistas, enquanto explora a transformação emocional e mental do protagonista.

Imagem de uma mão encoberta por névoa
Pôster do filme “Empereur”. Foto: Bonfilm/Divulgação

 

Ito Meikyu, de Boris Labbé (Grande Prêmio de Venice Immersive 2024) – 15 min
Interior e exterior, exibição e observação, feminino e masculino; todas essas dualidades se confrontam ou se entrelaçam no interminável ciclo de um labirinto sem fim. A vida, neste contexto, se revela como uma tela viva, onde cada fio e cada caminho ramificado formam uma trama complexa e em constante evolução.

Linhas brancas que compõem uma imagem abstrata
Pôster do filme “Ito Meikyu”. Foto: Bonfilm/Divulgação

 

Mamie Lou, de Isabelle Andreani (Venice Immersive 2024) – 25 min
Mergulhado no universo espiritual dos ancestrais, o público acompanha Nana Lou em sua última jornada. Enquanto sua neta, Clémentine, dá à luz em uma maternidade em Tóquio, Nana Lou sofre um derrame em sua casa, na França, e é levada ao hospital, onde se encontra entre a vida e a morte. Como uma presença luminosa ao seu lado, o espectador a guia em uma viagem pelas suas lembranças, ajudando-a a encontrar serenidade e a fazer a passagem em paz. O filme promove uma reflexão sobre a morte e a maneira de enfrentá-la.

Senhora Idosa sentada em uma cadeira posicionada em um jardim, observando um porta retrato
Pôster do filme “Mamie Lou”. Foto: Bonfilm/Divulgação

 

Oto’s planet, de Oriane Hurard (Prêmio especial do Juri Venice Immersive 2024) – 28 min
Uma fábula animada que narra a colonização de um astronauta em um microplaneta habitado por uma preguiça gentil. O filme explora as diferentes barreiras que separam as culturas ao invés de promover a convivência harmoniosa entre diferentes modos de vida.

Duas pessoas observando uma árvore em um planeta no espaço
Pôster do filme “Oto’s Planet”. Foto: Bonfilm/Divulgação

 

Une eau la nuit, de Chelanie Beaudin-Quintin (Venice Immersive 2024) – 23 min
Filme de cine-dança de realidade virtual subaquática, com coreografia de Caroline Laurin- Beaucage. Com os bailarinos Léonie Bélanger, Luca Lazylegz Patuelli, Rowan Mercille, Jimmy Chung, Rachel Harris e Emmanuel Jouthe.

Mulher nadando
 Pôster do filme “Une eau la nuit”. Foto: Bonfilm/Divulgação

 

A programação completa, dias e horários das exibições do Festival Varilux podem ser conferidas AQUI.  

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