Em partida realizada nesta sexta-feira (21) no Estádio Olímpico de Berlim, a Áustria treinada por Ralf Rangnick derrotou a Polônia com gols de Trauner, Baumgartner e Arnautović. Piątek fez o gol de honra polonês.
A Áustria abriu o placar aos nove minutos do primeiro tempo. Após um cruzamento de Mwene pela esquerda, Trauner marcou de cabeça, colocando os austríacos na frente.
O empate da Polônia veio aos 30 minutos. Após sobra de bola dentro da área, Piątek ajeitou para a direita e estufou as redes austríacas, igualando o placar.
O gol que ampliou o placar para a Áustria saiu aos 66 minutos. Prass recebeu pela esquerda e achou Baumgartner na entrada da área, que bateu colocado e deslocou o goleiro Szczęsny.

Aos 78 minutos, veio o terceiro gol. Após um pênalti sofrido por Sabitzer, Arnautović bateu, deslocou Szczęsny e fez mais um para a Áustria, consolidando a vitória.
Com a vitória, a Áustria assumiu a terceira colocação do grupo com chances de ficar na liderança do grupo na rodada final, enquanto a Polônia foi eliminada com essa derrota. As duas seleções voltam a campo na terça-feira (25). A Áustria irá encarar a Holanda, às 16h, no. Enquanto no mesmo horário a Polônia enfrentará a França.
A natação, um dos esportes mais tradicionais das Olimpíadas, começa suas primeiras baterias nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 no dia 27 de julho e a Arena Paris La Défense será estreada com os eventos nas piscinas. O Brasil também está preparado, com 18 atletas, incluindo destaques como Guilherme Costa e Maria Fernanda Costa. Grandes nomes como Katie Ledecky dos Estados Unidos e novas revelações prometem acirrar a disputa nas águas parisienses.
Surgimento da natação
A natação é praticada desde muitos anos antes de Cristo, e isso pode ser comprovado por meio de pinturas rupestres e relatos que demonstram uma relação de longa data dos humanos com a atividade.
A origem se relaciona à teoria da observação dos animais aquáticos por grupos antigos de humanos, o que possibilitou a observação de como se dava o deslocamento do corpo na água. Assim, a natação começou a ser consolidada enquanto uma prática que permite a movimentação corporal de maneira fluida no ambiente aquático.
A capacidade de nadar possibilitou avanços em questões relacionadas à sobrevivência e ao desenvolvimento humano, pois os antigos precisavam atravessar rios e lagos para obter alimento. Na Grécia antiga, a natação assumiu uma relação com a saúde e educação. E no Império Romano, a natação fazia parte do sistema de treinamento e condicionamento físico dos soldados.
As primeiras competições organizadas de natação aconteceram em Londres, em 1837. E em 1874 é redigido o primeiro livro de regras da natação.
Trajetória Olímpica do esporte
Nos Jogos Olímpicos, a natação marcou presença em todas as edições da era moderna, mas os atletas começaram a praticar o esporte em piscinas apenas em 1908, em Londres. Na primeira edição dos jogos, a disputa aconteceu em um ambiente natural, sediado na baía de Zea, em Atenas (1896) – onde apenas os eventos de estilo livre foram disputados. Os estilos costas e peito foram adicionados às Olimpíadas de 1904, em St. Louis e o nado borboleta, apenas 52 anos depois, nos jogos de Melbourne, em 1956. Já as mulheres, entraram para a programação Olímpica somente em 1912. Atualmente, tanto a categoria feminina, quanto a masculina são idênticas.

Os Estados Unidos lideram o ranking de países com mais medalhas na modalidade, são 579 no total, já tendo conquistado 258 ouros, 178 pratas e 143 bronzes. Michael Phelps, o nadador norte-americano, é o atleta olímpico que mais vezes subiu ao pódio e na carreira conquistou 23 ouros, 8 pratas e 2 bronzes. A Austrália é o segundo destaque, com 188 medalhas, sendo 60 ouros, 64 pratas e 64 bronzes. O Brasil ocupa o 30° lugar da lista, com um ouro de Cesar Cielo, 4 pratas e 10 bronzes.
Diferentes estilos
Existem quatro estilos das provas Olímpicas da natação, tanto individuais quanto de revezamento. São elas: peito, borboleta, costas e crawl.
O crawl é usado predominantemente em provas de estilo livre e, dessa forma, o termo “livre” é frequentemente usado como sinônimo. É o estilo mais conhecido, mais praticado e simples de natação. Nele, o nadador alterna movimentos do braço para cima e para baixo com os braços de forma a puxar a água à sua frente, enquanto os pés estendidos se movimentam em golpes curtos.

O nado de costas é o único em que o nadador fica com o peito voltado para cima. O movimento é bem semelhante ao do crawl: os pés batem de forma constante, e os braços alternam movimentos ora dentro, ora fora d'água. Como não está virado para a mesma direção em que nada, o atleta se orienta pelo número de braçadas ou pelas bandeiras que são penduradas sobre a piscina, a 5 metros de cada borda.
No nado de peito, o mais lento entre estilos, os atletas realizam o movimento que se assemelha ao de uma rã. As mãos, juntas na altura do peito, são levadas para a frente e empurradas para trás horizontalmente, com a palma voltada para fora. Ao mesmo tempo, as pernas, dobradas junto ao tronco, devem ser impelidas para trás, resultando em um corpo completamente estendido sob a água
No nado borboleta, também conhecido como "nado golfinho", o nadador gira os braços e flexiona o corpo para cima e para baixo formando uma ondulação, em um movimento que lembra o nado do animal. As pernas que devem estar alongadas e juntas, se movimentam como se fossem uma grande cauda. É conhecido como o mais difícil da natação, por ser o "mais pesado", exigindo maior movimentação e força do atleta.

Uma quinta prova, o medley, envolve os quatro estilos, com os nadadores alternando entre eles. Em competições individuais, cada quarto da prova é disputado sob determinado estilo, elas podem ser de 200m, (50m para cada estilo) ou de 400m (100m para cada estilo). Nos revezamentos, que contam com quatro atletas, cada nadador realiza um nado específico (exclusivamente 4x100m).
Regras
O esporte deve ser praticado em piscinas com padrões olímpicos, exigindo certa profundidade e tamanho, com área de 50x25 metros e três de profundidade. Além das oito raias divididas para os atletas, onde cada competidor deve permanecer no seu espaço. Além disso, em qualquer estilo de nado, é proibido saltar na piscina antes do sinal. A famosa expressão “queimar largada”.
É necessário que os atletas usem obrigatoriamente óculos e touca, além das roupas como maiô para as mulheres e sunga para os homens.
Dentre os quatro tipos de nado praticados, cada um deles recebe regras diferentes a serem aplicadas. Mas, no geral, o esporte consiste no posicionamento correto do tórax e dos movimentos de pernas e braços.
Nado Crawl: São feitas provas que seguem padrões de 50m, 100m, 200m, 400m 800m (exclusiva para mulheres), 1500m (exclusivo para homens) ou revezamento de quatro atletas.
Nado Costas: Existem provas de 100m e 200m, a largada deve ser realizada dentro da piscina, com os competidores batendo as duas mãos na parede no movimento de virada.
Nado Peito: Provas de 100m e 200m, é obrigatório bater as duas mãos na parede no momento da virada.
Nado Borboleta: O atleta pode permanecer submerso por no máximo 15 metros após a partida ou virada, também é necessário que a braçada tenha obrigatoriamente uma fase fora da água. As provas do estilo são de 100m e 200m.
Onde serão as competições?
As diferentes provas de natação acontecerão na Arena Paris La Défense em Nanterre, próximo ao distrito comercial de La Défense e do Grande Arco. Em 2024, a arena que normalmente sedia jogos de Rugby, acolherá eventos aquáticos pela primeira vez, graças a sua estrutura modular e polivalente.

Time Brasil
O time brasileiro foi definido na Seletiva Olímpica para Paris 2024, o Troféu Brasil de Natação, disputado na piscina da Comissão de Desportos da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, no mês de maio. A lista de classificados conta com 18 atletas: Guilherme Costa, Maria Fernanda Costa, Gabrielle Roncatto, Beatriz Dizotti, Guilherme Caribé, Kayky Mota, Nicolas Albiero, Stephanie Balduccini, Maria Paula Heitmann, Marcelo Chierighini, Gabriel Santos, Breno Correia, Murilo Sartori, Fernando Scheffer, Eduardo Moraes, Ana Carolina Vieira, Giovana Reis e Guilherme Basseto.

Guilherme Costa, conhecido como o Cachorrão, e Maria Fernanda Costa, a Mafê, são os nomes brasileiros que podem ser destaque na França. Cachorrão é cotado à medalha olímpica nos 400m livres, prova em que é, atualmente, o 4° colocado no ranking Mundial. Mafê é uma das revelações brasileiras, ao lado de Stephanie Balduccini e Guilherme Caribé, que pode surpreender nas águas, ela irá disputar os 400m e 200m livres, além dos revezamentos 4x100m e 4x200m livres.
Quem chega favorito?
Caeleb Dressel (EUA), campeão dos 100m livres em Tóquio 2020, era esperado para defender seu título olímpico, mas o norte-americano não se classificou para a prova. Chris Guiliano e Jack Alexy ficaram com as vagas pelos Estados Unidos. Após ter ficado em 3° lugar na seletiva pré-olímpica, Dressel se garantiu no revezamento 4x100m livre, e nas seletivas americanas também conseguiu a vaga nos 50m livres e nos 100m borboleta.
Na disputa feminina, Katie Ledecky (EUA) chega forte na França para os nados livres, a norte-americana venceu a prova dos 400m na Seletiva Olímpica Americana, batendo abaixo dos 4 minutos pela pela 30° vez. Em meio a polêmica do doping, a chinesa Zhang Yufei, especialista no nado borboleta e duas vezes medalhista de ouro em Tóquio, também foi selecionada para Paris. E pela Austrália, Kaylee Mckeown terá que defender seu título olímpico nos 100m costa, com Regan Smith, dos Estados Unidos, tendo batido seu recorde mundial na seletiva pré-olímpica.
A vela é uma das mais antigas modalidades olímpicas, o esporte tem uma história rica que se inicia no século 17, quando surgiu, na Holanda, um tipo de embarcação chamado "Jaghtstchip". Prático e fácil de conduzir, o “barco” chamou a atenção do rei inglês Carlos II, que estava exilado no país. Ao retornar ao seu reino, Carlos II fez melhorias na embarcação e promoveu as primeiras regatas em águas britânicas.
O primeiro clube de vela foi fundado na Irlanda em 1720, conhecido como Royal Cork Yacht Club. Em 1907, nasceu a União Internacional de Corridas de Iates (IYUR), hoje chamada Federação Internacional de Vela (ISAF), que administra o esporte mundialmente. A modalidade deveria ter sido disputada na primeira edição dos Jogos Olímpicos, em 1896, em Atenas, mas as condições meteorológicas desfavoráveis impediram as provas. Assim, a modalidade estreou nas Olimpíadas de Paris, em 1900.

Como funciona?
O objetivo principal da vela, é mover o barco aproveitando apenas a força dos ventos, com regras estipuladas pela ISAF. As competições são divididas em uma série de regatas, e os atletas acumulam pontos de acordo com a sua colocação em cada uma delas: o primeiro recebe um ponto, o segundo dois e assim por diante. Os dez melhores disputam a regata da medalha, que tem pontuação duplicada, e os vencedores são aqueles que, ao final, somarem menos pontos.
A disputa de cada classe Olímpica é realizada em barcos idênticos, sendo as regatas decididas exclusivamente pelo talento individual dos atletas. O percurso é definido por dois barcos da organização que se posicionam em posições paralelas, formando uma linha imaginária, de onde é dada a largada de cada regata. Os trajetos são definidos por boias posicionadas pela área de regata. Em um esporte em que o vento é combustível para o barco, vence quem melhor se adapta às condições climáticas e de navegação.
Classes
Os Jogos em Paris contarão com 10 classes de barcos, divididas em categorias masculinas, femininas e mistas, garantindo um espetáculo para todos os gostos. Pela primeira vez, em 2024, dois eventos acontecerão nas Olimpíadas: o iQFoil – que substitui RS:X no windsurfing – e o Fórmula Kite. Confira a divisão da competição:
Skiffs:
Laser, Laser Radial: Barcos individuais de vela com casco idêntico, mas com diferentes tamanhos de velas; Laser Radial é uma versão adaptada para velejadores mais leves.
Double Sculls:
49er, 49er FX: Barcos de vela rápidos para duas pessoas, sendo o 49erFX uma versão com velas menores para mulheres.
Multihull:
Nacra 17: Multicasco de alta performance para dois velejadores, projetado para mistas competições (homens e mulheres).
Kitesurf:
Fórmula Kite (M/F): Competição de kitesurf onde os competidores usam kites e pranchas para navegar, divididos em categorias masculina e feminina.
Windsurf:
IQFoil (M/F): Windsurf com pranchas equipadas com foils, permitindo velocidades elevadas e competição em categorias masculina e feminina.
470:
470 Misto: Barco de dois tripulantes, com competições mistas exigindo uma tripulação de um homem e uma mulher.
Brasil
Ao todo, a modalidade rendeu 19 medalhas olímpicas para o país, sendo oito medalhas de ouro, três de prata e oito de bronze. Este é o esporte em que o Brasil mais alcançou o lugar mais alto do pódio na história das Olimpíadas – porém, está longe de ser o país com mais triunfos. O quadro geral é liderado pela Grã-Bretanha, com 64 medalhas gerais somadas, e logo em seguida vem os Estados Unidos, com 61.

Em 2024, o Time Brasil levará 12 atletas, divididos em oito barcos. Nomes como Martine Grael e Kahena Kunze, dupla na categoria 49erFX; Marco Grael – irmão de Martine – e Gabriel Simões, na classe 49er; Matheus Isaac, no IQ Foil e Bruno Lobo na Fórmula Kite são alguns dos destaques brasileiros em Paris.
A família Grael
Uma das mais destacadas na vela mundial, é liderada por Torben Grael, que possui cinco medalhas olímpicas, que o faz o maior medalhista da história do Brasil – dividindo o posto com Robert Scheidt, também velejador – sendo duas de ouro, duas de prata e uma de bronze, além de vitórias na Volvo Ocean Race.
Seus irmãos, Lars Grael e Axel Grael, também são velejadores de renome. Lars conquistou duas medalhas de bronze olímpicas, em Seul 1988 e Atlanta 1996, e é conhecido por suas contribuições para o esporte e para a segurança na vela. Axel, por sua vez, é velejador e político, tendo seguido os passos de seus irmãos na vela competitiva.

Além disso, a filha de Torben também é uma velejadora de destaque. Martine Grael foi medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, e de Tóquio, em 2021, na classe 49erFX, ao lado de Kahena Kunze. Ela é conhecida por suas habilidades técnicas e conquistas em regatas internacionais, sendo uma inspiração para a vela brasileira e mundial. Martine competirá nos Jogos Olímpicos de Paris novamente ao lado de Kunze, em busca de mais um ouro para o Brasil.
Em Paris
Para os eventos de vela na França em 2024, a Marina de Roucas-Blanc, ponto de partida para embarcações, será adaptada para acolher uma competição do tamanho dos Jogos Olímpicos. O programa prevê cerca de 7.000 m2 de prédios e reorganização de 17.000 m2 de espaços externos, bem como a requalificação da própria bacia, transformando-a em um palco de excelência para competições.

Candidatos ao ouro
A competição, por suas diversas classes, possuiu alguns nomes para ficar de olho:
Matt Wearn (Austrália):
Wearn foi medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, na classe Laser, após finalizar a série de treze regatas com 53 pontos.
Anne-Marie Rindom (Dinamarca):
Rindom representou seu país no Rio de Janeiro em 2016, nos quais conquistou a medalha de bronze na laser radial. Obteve o ouro na mesma classe em Tóquio 2020.
Peter Burling e Blair Tuke (Nova Zelândia):
A dupla foi porta-bandeira da Nova Zelândia nos Jogos Olímpicos de 2016, na qual conquistaram medalha de ouro na classe 49er, com uma campanha muito segura, venceram antes mesmo da regata da medalha.
Martine Grael e Kahena Kunze (Brasil):
As brasileiras formam uma das duplas mais destacadas na vela brasileira e mundial. Em 2014, Martine e Kahena conquistaram o título mundial na Espanha, sendo a primeira vez que velejadoras brasileiras alcançaram esse feito. Em 2016, nos Jogos Olímpicos do Rio, elas ganharam a medalha de ouro na categoria 49erFX, repetindo o feito em Tóquio 2020.

Ruggero Tita e Caterina Banti (Itália):
Tita e Banti participaram dos Jogos Olímpicos de Tóqui, em 2020, onde competiram na classe Nacra 17, conquistando a medalha de ouro com a totalização de 35 pontos ao final das treze regatas.
Nico Parlier (França):
Nos últimos anos, o atleta tem se destacado na Fórmula Kite. O francês foi campeão mundial por três anos consecutivos: 2017, 2018 e 2019.
Daniela Moroz (EUA):
Com apenas 23 anos, Morez foi campeã mundial de Fórmula Kite seis vezes. E foi escolhida a Velejadora Rolex do Ano dos EUA quatro vezes.
Kiran Badloe (Países Baixos):
Badloe participou dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, onde participou da classe RS:X conquistando a medalha de ouro após finalizar a série de treze regatas com 36 pontos.
Hannah Mills e Eilidh McIntyre (Reino Unido):
A dupla conquistou o ouro em Tóquio 2020, na classe 470. Além disso, Mills tem outras duas medalhas na categoria – uma de prata, em Londres 2012, e outra de ouro, no Rio de Janeiro, em 2016.
O vôlei de praia, uma variação do vôlei jogado na areia, apareceu pela primeira vez nas praias de Santa Monica, Califórnia, em 1920. A primeira associação de jogadores profissionais e o primeiro torneio internacional sancionado pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) apareceram 60 anos depois, na década de 80, quando o vôlei de quadra já estava bem estabelecido no mundo dos esportes.
A modalidade fez sua estreia olímpica nos Jogos de Atlanta 1996, depois de aparecer pela primeira vez como esporte de demonstração nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona.
Diferente do tradicional, nesta categoria o jogo é disputado por duas duplas em uma quadra de areia de 16m de comprimento e 8m de largura - um pouco menor do que uma coberta. A primeira equipe a ganhar dois sets vence a partida. Os dois primeiros sets são disputados com 21 pontos cada e, o terceiro, se necessário, é disputado em 15 pontos. As partidas de vôlei de praia são disputadas ao ar livre, onde vento, sol e chuva podem afetar as condições de jogo.

Brasil e Estados Unidos são os principais países no Vôlei de Praia durante os Jogos, com um sucesso considerável, ganharam um total de 24 medalhas, – sendo dez dessas, de ouro – das 42 possíveis. Na última Olimpíada, em 2021, a seleção norte-americana levou o ouro nos jogos femininos, enquanto a Noruega levou o ouro no masculino; foi também, a primeira vez na história em que o Brasil ficou fora do pódio.
Quais são os caminhos para a classificação?
O vôlei de praia possibilita a participação de 24 duplas masculinas e 24 duplas femininas. Como tradição, uma das cotas vai para o país sede, ou seja, a França. As restantes vagas são conquistadas por 3 rotas:
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A dupla que ganhou o último Mundial: no feminino, essa vaga ficou com as americanas Sara Hughes e Kelly Cheng. Já no masculino, foram os checos Ondřej Perušič e David Schweiner que conquistaram;
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Ranking Olímpico da FIVB (Federação Internacional de Voleibol): são 17 vagas por gênero, que são preenchidas pelas duplas mais bem ranqueadas. Como o ranking é dinâmico, mudando a cada campeonato disputado, esse caminho é uma análise da performance das duplas desde 01 de janeiro de 2023 até 10 de junho deste ano.
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Torneios Olímpicos Continentais. As cinco vagas remanescentes vão ser para os vencedores deste campeonato. Por se tratar de competições continentais, isso garante a participação universal (de, pelo menos, um país por cada continente) dos jogadores. Esses eventos vão do dia 13 ao 23 de junho.
Cada país pode ter, no máximo, duas duplas participantes de cada gênero.
Destaques brasileiros

O Brasil garantiu a participação máxima na modalidade, com quatro duplas classificadas:
No feminino, Duda e Ana Patrícia se classificaram por meio do ranking mundial. Após avançarem para as quartas-de-final na etapa de Doha (Catar) do Circuito Mundial do Vôlei de Praia, elas conquistaram sua vaga ao atingir uma pontuação que impossibilitava qualquer dupla de superá-las.
Atuais líderes do ranking, elas são a dupla mais consistente e vitoriosa nesse ciclo olímpico, além de serem as favoritas ao lugar mais alto do pódio. Foram ouro no Mundial de Vôlei de Praia de 2022, e prata em 2023.

A segunda vaga brasileira feminina foi conquistada por Bárbara Seixas e Carol Solberg. Elas seguiram o mesmo caminho de Duda e Ana Patrícia. Ao avançarem para as quartas de finais na etapa de Tepic (México), também válida pelo Circuito Mundial, a dupla se fixou no terceiro lugar do ranking, e, pela quantidade de pontos, não podiam ser alcançadas por outro par.
Já no masculino, André e George foram a primeira dupla a carimbar seu passaporte para as Olimpíadas. A classificação deles se deu pelo ranking também, e foi confirmada após a desistência de Pedro Solberg e Guto da fase de Brasília do Circuito Mundial. Juntos desde 2019, André e George são, atualmente, a segunda melhor dupla do mundo. Foram bronze na etapa de Espinho, a mais recente do Circuito, ao vencerem os holandeses Van de Velde e Immers.
A segunda vaga do masculino ficou com Evandro e Arthur Lanci. Depois de vencerem os compatriotas, – já classificados – André e George, na semifinal da etapa de Brasília, eles asseguraram, matematicamente, a vaga.
O palco da disputa
Neste ano, em Paris, a disputa acontecerá em frente a um dos principais cartões postais da cidade. Com a Torre Eiffel no campo de visão, a competição da modalidade ocorrerá entre os dias entre os dias 27 de julho e 10 de agosto, com as finais acontecendo nos últimos dois dias – a feminina no dia 09, e a masculina no dia 10.
O breaking é um estilo de dança que surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 nas festas do bairro do Bronx, em Nova York, durante o ápice da cultura hip hop. Ela é identificada pelos movimentos acrobáticos, pelo footwork estilizado e pelo papel fundamental do DJ e do MC (mestre de cerimônia) durante as batalhas. As competições internacionais de breakdance começaram na década de 90, popularizando o estilo e o hip-hop para um público maior.
Nessas batalhas, os dançarinos precisam improvisar ao ritmo do DJ e recebem notas dos jurados. A modalidade teve sua estreia nos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018, em Buenos Aires e, devido ao seu sucesso, foi escolhida para estrear como uma nova modalidade nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
A competição começa com disputas individuais, em dois eventos: um masculino e outro feminino. As disputas já se iniciam em um formato de “mata-mata”, eliminatório, nas oitavas-de-final. Serão ao todo 32 breakers, 16 masculinos, – chamados de B-Boys – e 16 femininos – chamadas de B-Girls. Um começa a performance e então seu adversário retoma.
Enquanto isso, cinco juízes utilizam seis critérios para a avaliação dos atletas: criatividade, personalidade, técnica, variedade, performance e musicalidade. Cada jurado conta a pontuação dos participantes por cada elemento e vence quem fizer a melhor apresentação, em três rounds.
Sem brasileiros em Paris
Mesmo com nomes relevantes para o cenário do Breakdance, a delegação brasileira não conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos de 2024. Leony Pinheiro, o principal b-boy brasileiro e a b-girl Mayara Collins, conhecida como Mini Japa, participaram do Olympic Qualifier Series, em Budapeste, na Hungria, no final de junho – a última seletiva para a vaga olímpica – mas não conseguiram passar da primeira fase.
Favoritos a medalha
Apesar da ausência de breakers da América Latina, alguns nomes asiáticos, europeus e norte-americanos se destacam. Por causa do seu surgimento, nos Estados Unidos, o país é uma potência no esporte, além de Japão e a França.

Do lado dos b-boys, o favoritismo fica com o japonês Shigeyuki Nakarai, o Shigekix – campeão dos Jogos Asiáticos de 2022 – e, com Philip Kim, ou Phil Wizard, canadense, campeão do pan-americano em 2023.
Na competição feminina, o destaque fica por conta da b-girl francesa Sysa Dembélé, a Syssy e da lituana Dominika Banevic, ou Nicka, como é conhecida.

Nas Olimpíadas, o palco do espetáculo será a Praça da Concórdia, – que também sediará outras disputas urbanas, como o Basquete 3x3, o Ciclismo BMX Freestyle e o Skate – a mais antiga na capital francesa, entre os dias 9 e 10 de agosto de 2024. A competição feminina acontecerá no primeiro dia de disputas e a masculina, no segundo.
Passos comuns
Top Rock é uma sequência de passos feitos em pé, logo antes do B-Boy ou B-Girl iniciar seus movimentos no chão. Não existem regras quanto à duração de um top rock, mas ele não costuma ultrapassar oito tempos de uma música. Nesse momento, é combinado variações de top rock e movimentos de mãos e braços, e o dançarino mostra toda sua ginga e capacidade de entrar no ritmo da música.
Go Down ("descer", em inglês) é um movimento intermediário que o breaker usa para sair do top rock e começar a dançar no solo. O ideal é que essa transição seja feita naturalmente, sem que haja quebra no ritmo.
Footwork ("trabalho de pé", em inglês) é quando um breaker já está no solo e coloca as mãos no chão para dar suporte a seu corpo enquanto move os pés e as pernas de diversas maneiras – principalmente em movimentos rítmicos de rotação circular, utilizando também os quadris, ou ainda estabelecendo padrões de movimentos em linhas retas, diagonais ou da maneira que bem entender.
Flip ("giro", em inglês) é quando um breaker pula e gira uma ou mais vezes enquanto está no ar. Esses movimentos acrobáticos e cambalhotas são utilizadas por B-Boys e B-Girls para deixar suas apresentações mais dinâmicas.




