Equipe vence o MInas e amplia a liderança no basquete brasileiro por mais um ano
por
Rafael Jorge
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26/06/2025 - 12h

 

A equipe do Sesi Franca conquistou na última quarta-feira (18) o tetracampeonato consecutivo do Novo Basquete Brasil (NBB) , principal competição do país, o que confirmou de vez sua hegemonia no cenário nacional. O time da “capital do basquete”, como é conhecida a cidade paulista no meio esportivo, conquistou o título jogando em casa contra o Minas Tênis Clube por 86 x 73.

Franca liderava a série por 2x1, e teve a oportunidade de fechá-la no Pedrocão, seu ginásio. O jogo foi marcado por algumas trocas no placar, porém, um último quarto dominante vencido por 21 x 4 pelos mandantes decidiu a partida. O americano David Jackson foi o destaque do elenco com 15 pontos e um arremesso decisivo com poucos minutos para o fim. Além disso, o ala Didi foi eleito o MVP das finais.

Jogadores comemorando no ginásio
Comemoração do título em quadra. Foto: João Pires/ LNB.

Helinho Garcia, técnico do time, comemorou o tetra: “É talvez uma das maiores alegrias da minha vida. Não tenho palavras para descrever tudo o que nós vivenciamos nesse tetracampeonato”, também declarou que a equipe poderia ter desistido depois de uma temporada com diversas lesões que atrapalharam o planejamento e ressaltou os valores e disciplina do plantel.

O comandante fez uma homenagem a duas figuras históricas do basquete francano: Pedro Morilla Fuentes, o Pedroca, precursor do basquete na cidade, além de ter sido o primeiro treinador da equipe e Hélio Rubens, seu pai, vitorioso como jogador e técnico em Franca. “O nosso maior desafio, do técnico, dos jogadores, é não abrir mão dos valores que temos como grupo. Isso foi um legado que eu recebi do meu pai e do Pedroca, que leva o nome desse ginásio”, afirma Helinho.

Técnico tirando foto com a taça
Helinho no media day da conquista. Foto: João Pires/ LNB.

É a primeira vez que o time do interior paulista é quatro vezes campeão de forma consecutiva. Nos anos 1990, quando o torneio nacional era organizado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) , os francanos chegaram a conquistar um tricampeonato seguido (1997,1998,1999) mas não conseguiram o tetra. Agora, a torcida comemora mais um feito na história do clube.

Apesar do sucesso recente, a tradicional equipe do interior ficou próxima de fechar as portas em 2015, com dívidas e a falta de patrocinadores fortes. A paixão pelo clube, no entanto, não permitiu o encerramento das atividades, torcedores fizeram vaquinhas e empresas da cidade se engajaram no projeto para reerguer o basquete, a principal delas foi a Magazine Luíza, que se tornou fundamental para manter o time. O Franca hoje conta com mais de 60 anos ininterruptos no basquete, algo incomum da modalidade no Brasil.

Após alguns anos de sofrimento, as dívidas foram controladas e investimentos aconteceram para fortalecer o elenco. O SESI, um dos principais parceiros do projeto até hoje, também foi essencial para melhorar a estrutura do clube, que hoje é de primeira linha, um marco dessa parceria foi a construção de um CT para o time, que leva o nome de um de seus principais ídolos, Hélio Rubens Garcia.

Jovem Hélio Rubens com Helinho criança
Hélio Rubens como jogador com seu filho Helinho, atual treinador do Franca. Foto: Antônio Lúcio/ Estadão.

A cidade de Franca voltou a se acostumar com títulos e glórias. O munícipio que tem o basquete como principal esporte viu a equipe conquistar diversas taças nos últimos anos, dentre elas, 5 campeonatos paulistas (2018,2019,2020,2022 e 2024), 4 títulos do NBB (2022, 2023, 2024, 2025), 2 Copas Super 8 (2020 e 2023), uma Liga Sul-Americana (2018), uma Basketball Champions League Américas (2023) e mais um título mundial (2023). 

Anúncio foi feito por Dana White, presidente do UFC
por
Caio Moreira
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25/06/2025 - 12h

O lutador americano Jon Bones Jones, de 37 anos e ex-campeão da categoria peso-pesado do Ultimate Fighting Championship (UFC), confirmou sua aposentadoria do Mixed Martial Arts (MMA). Dana White, atual presidente do UFC, anunciou neste sábado (21), em coletiva após o evento da organização. No domingo (22), Bones se pronunciou em suas redes sociais. Ele agradeceu aos fãs pelo apoio, ao UFC e seus organizadores, sua família e aos companheiros de equipe.

O mundo do MMA se chocou com a confirmação da sua aposentadoria, pois o lutador estava prestes a marcar a luta que unificaria o cinturão do peso-pesado com Tom Aspinall, inglês que detinha o cinturão interino da divisão. Dana deixou claro que a luta já estava fechada, com o Madison Square Garden como possível palco da decisão, até o americano mudar os planos. 

jones e dana
Jon Jones e Dana White em entrevista coletiva do UFC 309. Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC/Getty Images

Muitos lutadores reagiram à notícia. Anderson Silva, ex-campeão do peso-médio e Hall da Fama do UFC, fez questão de exaltar Jones em suas redes sociais. “Meu irmão, obrigado por todos os momentos mágicos. Seu domínio dentro do cage é inigualável, e isso marca o fim de outra era lendária”. Já Renato Moicano, brasileiro lutador do peso-leve do UFC, teve uma opinião contrária à lenda dos médios. Em seu canal no Youtube, ele esclareceu que o americano manchou sua carreira. “O Jon Jones, foi um monstro na categoria 93kg, mas subiu com adversários escolhidos a dedo. Esperou o Francis Ngannou se aposentar, lutou com o Ciryl Gane, depois lutou com o Stipe Miocic e agora ficou dois anos sentado no cinturão, dizendo que iria lutar”. Moicano reforça sua ideia, mas explica que sua crítica não é sobre o aspecto técnico do ex-campeão, e sim pelo fato dele ter “cozinhado a categoria”. O brasileiro finaliza ressaltando que Jones caiu no doping e isso manchou o legado dele. 

Ao longo do anos, Bones empilhou polêmicas e grandes performances. Sua ascensão iniciou quando venceu Brandon Vera, Vladimir Matyushenko e Ryan Bader antes de receber a chance de enfrentar Mauricio Shogun pelo cinturão do meio-pesado no UFC 128, em março de 2011, após a lesão de Rashad Evans. O americano venceu por nocaute técnico a 2:37 do terceiro round e consagrou o título da categoria meio-pesado. Na sequência desses triunfos, ele  defendeu seu cinturão com sucesso contra Quinton Rampage Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort, Chael Sonnen, Alexander Gustafsson e Glover Teixeira. 

jones
Jon Jones com seu primeiro cinturão. Foto: Al Bello/Zuffa LLC / Getty Images

A primeira grande polêmica dá início com seu maior rival na organização, Daniel Cormier. Durante um evento promocional, os dois fizeram uma encarada que resultou em socos e empurrões, a confusão terminou com Jon sendo punido em U$50 mil, e cumprindo 40 horas de serviço comunitário. As suspensões geraram mais um tumulto na sua carreira, a primeira foi causada após estar envolvido com um acidente onde bateu o carro e fugiu sem prestar assistência a uma mulher grávida, resultando em 6 meses de suspensão. As outras duas suspensões foram motivadas por uso de substâncias não permitidas pela USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), foram elas clomifeno, letrozol e turinabol.

Campeão em duas divisões diferentes, no meio-pesado e no pesado, Jon Bones Jones encerrou sua carreira como um dos melhores de todos os tempos. Ele se despede com o cartel de 28 vitórias, uma luta sem decisão e nenhuma derrota. O americano é o lutador com mais defesas de cinturão na história (12). Além disso, é o campeão mais jovem do UFC, vencendo o título do meio-pesado em 19 de março de 2011, com 23 anos e 243 dias, quebrando o recorde do brasileiro José Aldo, campeão do peso pena aos 24 anos e 72 dias.




 

Camisas em homenagem a artistas e movimentos viram tendência no mercado mundial
por
Yan Gutterres Ricardi
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25/06/2025 - 12h

 

No dia 11 de Maio, em partida válida pelo Campeonato Espanhol, o Barcelona entrou em campo para o clássico contra o Real Madrid com uma novidade em seu uniforme: ao invés da logo do seu patrocinador, o serviço de streaming de música Spotify, o time espanhol estampou a marca da Cactus Jack, gravadora do rapper americano Travis Scott. A parceria, que também contou com uma linha de roupas e um show intimista para os fãs, fez parte de uma estratégia de colaboração entre o clube e seu patrocinador, divulgando diversos artistas de renome, já que além de Travis, nomes como Rolling Stones, Coldplay, Drake e Rosalía já estamparam o uniforme da equipe, cada um trazendo sua identidade para o esporte.

 

Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol com os braços levantados
Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol contra o Real Madrid; na camisa, patrocínio da Cactus Jack. Foto: Albert Gea/Reuters

 

Essa, porém, não foi a primeira vez que o futebol e a música se encontraram por meio dos uniformes. Ao longo dos últimos anos, diversos clubes ao redor do mundo lançaram camisas em homenagem a artistas e a movimentos culturais, como forma de celebrar raízes, e fortalecer laços com sua comunidade. Marcelo Coleto, produtor de conteúdo e colecionador de camisas, relata como essas ações ajudam a fortalecer esse vínculo e contribuem para a chegada de um novo público: “Essa mistura estampada nas camisas, atrelado ao uso no bom sentido da moda, atrai novos públicos, bem como torna essa ligação ainda mais crível. O fã de música quer ter a camisa por causa do artista e o torcedor por se identificar com o time que torce”

No Brasil, esses lançamentos vêm se tornando cada vez mais comuns. Em 2022, o Santos lançou uma coleção em homenagem à banda Charlie Brown Jr, que ganhou o Brasil após fazer sucesso na cidade, especialmente nos anos 1990 e 2000. Chorão, que morreu em 2013 e era vocalista da banda, era santista declarado. O músico, inclusive, estrelou um show na Vila Belmiro em 2010, durante apresentação do atacante Robinho, que chegou de helicóptero ao lado de Pelé. A linha contava com camisas parecidas com o uniforme 1 do Santos, branco, além de casacos e regatas. Quase todas as peças tinham a marca do Charlie Brown Jr. estampada no espaço principal do uniforme, como um patrocinador master.

 

Coleção de camisas do Santos em homenagem ao Charlie Brown jr, com camisas em um vestiário
Coleção do Santos em homenagem ao Charlie Brown Jr. Foto: Divulgação

Em 2023, foi a vez do Fluminense lançar uma camisa em homenagem à um notável torcedor. Com as cores verde e rosa, a equipe carioca homenageou o sambista Cartola, ilustre torcedor do clube, além da Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, da qual Cartola foi um dos fundadores. A camisa trazia em toda a parte frontal e nas costas a letra completa de “Corra e olhe o céu”, samba clássico do artista em parceria com Dalmo Castello, em 1974. E a fonte escolhida para estampar o poema no uniforme foi inspirada na caligrafia do próprio Cartola.

A relação do sambista com o Fluminense começou ainda na infância. Nascido em 1908, no bairro do Catete, Cartola cresceu frequentando as Laranjeiras com o pai, torcedor fanático do clube, e era espectador assíduo dos treinos do time profissional - que já era tricampeão carioca de 1917/ 18/ 19. Na mesma época em que jogava bola em um terreno próximo ao clube, Cartola precisou se mudar para o Morro da Mangueira, onde mais tarde fundaria a Mangueira e escolheria as cores da escola em homenagem ao clube de coração. Em 1969, já consagrado como artista, foi convidado pelo então presidente tricolor Francisco Laport para um almoço em sua homenagem, com toda a diretoria do Fluminense.

Jogadores posando para divulgação da camisa do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola
Uniforme do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola e à Mangueira. Foto: Divulgação

 

A moda no exterior

Fora do Brasil, dois rivais da mesma cidade já fizeram homenagens a movimentos culturais. O Manchester United lançou uma coleção inspirada no cenário musical e cultural de Manchester no início dos anos 1990, que ficou conhecido como ‘Madchester’, movimento do rock alternativo e fenômeno cultural que projetou Manchester para o mundo. Uma das influências mais marcantes desse período na cidade foi a banda The Stone Roses, e a peça central da coleção é a camisa Manchester United x Stone Roses Originals Icon, uma homenagem para a capa do álbum de estreia homônimo da banda, lançado em 1989. Para Marcelo, esse tipo de lançamento vem fazendo com que a indústria de uniformes enxergue cada vez mais o torcedor como um consumidor cultural, além do âmbito esportivo apenas: “As marcas esportivas têm trazido cada vez mais conceitos e culturas para as camisas por entender que, além do time ou uma torcida, elas podem representar outros valores. Através de uma camisa de futebol hoje é possível conhecer inúmeros tipos de culturas.” 

Já no lado azul da cidade, o Manchester City lançou no ano passado uma camisa em homenagem a banda Oasis, principal representante do ‘Britpop’, movimento cultural e musical do Reino Unido que surgiu também na década de 1990, visando celebrar a cultura britânica e colocar a música do país de volta no topo das paradas mundiais, em resposta ao grunge e ao rock alternativo norte-americano da época. Batizado de “Definitely City”, em referência ao álbum de estreia da banda inglesa, lançado em 1994, a peça foi criada em colaboração com Noel Gallagher, vocalista e guitarrista da banda, e torcedor fanático do City. A “magia” do lançamento da camisa se dá pelo fato da parceria entre o clube e a banda para comemorar os 30 anos do lançamento do primeiro álbum, mas também por coincidir com o retorno do Oasis aos palcos, após 15 anos de hiato. 

Jogadores do Manchester City e do Manchester United posando para divulgação de camisas
Equipes de Manchester e suas camisas; City com homenagem para o Oasis e o britpop e United relembrando o Madchester e o Stone Roses, banda que inspirou o próprio Oasis. Foto: Divulgação

Esses lançamentos mostram como o futebol está cada vez mais aberto a conexões que vão além das quatro linhas. Seja ao homenagear ídolos, ou ao se unir a grandes nomes da música internacional, os clubes reforçam sua identidade, aproximam-se dos torcedores e ampliam seu alcance cultural, se tornando um símbolo de memória afetiva e expressão artística. Sobre planos futuros, Marcelo comenta: “Pensando em música, tivemos movimentos como a Tropicália que foi significativo em seu tempo, ou a MPB que é atemporal, e até mesmo o sertanejo raiz dos anos 1980 e 90 são estilos que poderiam ser temas de camisas e coleções dos times. Acho que uma outra vertente, por exemplo, poderia ser a parceria entre times e marcas esportivas com eventos nascidos no Brasil. Pensando na recente parceria entre Adidas e Glastonbury [festival de música realizado na Inglaterra]. Por que não algo pensado entre uma marca esportiva e o Rock In Rio?”

Uma breve análise do desempenho dos atletas estreantes da F1 2025
por
Felipe Achoa
Anderson Santos
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25/06/2025 - 12h

Este ano trouxe novos ares para a principal divisão automobilística do planeta até agora. Com seis novos rookies (calouros) que têm chamado atenção nas pistas em meio a resultados expressivos, entre desempenhos deslumbrantes e algumas decepções, a categoria parece respirar com lampejos de renovação. 

A conquista do terceiro lugar de Andrea Kimi Antonelli na última edição do GP do Canadá, o que o coloca como terceiro atleta mais jovem da história a atingir um pódio de F1, reacendeu a discussão à respeito do desempenho dos atletas estreantes, principalmente com o meio da temporada se aproximando.

A Fórmula 1 de 2025 já ficou marcada como a sessão de novatos. Nunca antes na história recente, tantos pilotos juntos estrearam na categoria, em especial pelas características da modalidade em si; até o ano corrente são 20 assentos com rotatividade baixíssima e que partem do pressuposto de que não existe rebaixamento, nem de equipes, nem de pilotos. Esta é uma divisão esportiva de acessibilidade reduzida. 

Dentro do intervalo de 2020 - 2024, de todos os atletas que estrearam na categoria, apenas o atual líder do campeonato, Oscar Piastri, segue como titular.

Ainda assim, essa nova classe de pilotos que acaba de entrar demonstra um futuro muito promissor, com atletas que, inclusive, já desempenharam bem na Formula 1 como substitutos.

Para iniciar,  o golden boy da Ferrari, Oliver Bearman. O piloto britânico se destacou ao demonstrar grande talento durante o início da temporada da Formula 2 no ano de 2023.

Com batalhas incríveis contra o “tubarãozinho” Enzo Fittipaldi e o campeão da temporada, Theo Pourchair, Bearman garantiu seu futuro na equipe rossonera, encerrando o ano com 5 pódios. 

Apesar do pouco destaque na sua segunda passagem pela F2, o destino o premiou com duas  oportunidades em que correu na F1, em substituição aos pilotos Carlos Sainz (Ferrari) e Kevin Magnussen (Haas/Ferrari); o jovem entregou muito mais do que as equipes esperavam, com pontos em ambas as rodadas. 

Os resultados relevantes garantiram o acesso expresso à categoria principal na equipe Haas. Mesmo com um carro limitado e uma equipe menor, o britânico tem evoluído bem, demonstra, cada vez mais, confiança e já finalizou dentro da zona de pontuação em quatro corridas, incluindo o GP de abertura, no Azerbaijão.

 

Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024  Foto por: David Davies/PA Images
Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024 
Foto por: David Davies/PA Images 

 

A nova estrutura da equipe, a “Super” Haas/Toyota Gazoo Racing, que ainda tem como principal parceiro a Ferrari, também tem se mostrado um caminho benéfico para a evolução de Ollie, que precisa de tempo para se adaptar às novas condições de corrida e às diferentes pistas do calendário.

A expectativa no paddock é que com, aproximadamente, dois anos de maturação, o piloto já esteja apto para assumir um possível assento na Escuderia Ferrari.

Dentre os estreantes de melhor desempenho no ano corrente, está Isack Hadjar. O vice campeão da F2 no ano passado chegou a maior categoria automobilística do planeta repleto de contestações. Mesmo com resultados positivos nas categorias de base, a inconstância apresentada pelo jovem gerava dúvidas, não apenas com o público geral, mas entre os principais mandantes da RedBull. 

Ainda assim, com um cartel de opções limitado, Helmut Marko e companhia apostaram no francês que está desempenhando extremamente bem em circuitos mundo afora.

Hadjar é o único entre os estreantes que foi para todos os Q3 (fase final da classificação que contém apenas os 10 mais velozes) e inegavelmente é o que mais tem superado expectativas, uma vez que conta com um carro limitado, tem finalizado melhor que ambos os companheiros que teve até o momento e é o piloto em atuação pela matriz da RedBull em melhor fase, depois de Max Verstappen, o que o coloca na posição de um possível assento na equipe principal em um futuro não tão distante.

Outro que briga pelo título de melhor atleta ingressante em 2025 é Andrea Kimi Antonelli. Estreante pela Mercedes, a pressão por resultados já se tornou vívida desde o início; mesmo com o infortúnio, o bom carro e estrutura fornecidos pela equipe, aliados à performance inacreditável do jovem, têm não só trazido resultados à fabricante, como ao piloto. 

O Italiano, que tem uma passagem muito breve e vitoriosa pelas categorias de base do automobilismo, teve acesso prematuro dado seu enorme talento. 

Antonelli é uma aposta da Mercedes em criar um novo Max Verstappen. Não literalmente, mas criar um novo fenômeno que seria capaz de virar o jogo para a montadora, que não vive as mesmas glórias do passado.
 

Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024  Foto por: Bryn Lennon - Formula 1
Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024 
Foto por: Bryn Lennon - Formula 1

 
A aposta tem se provado um acerto, uma vez que Kimi tem conseguido posições expressivas em pistas importantes, pontos constantes e, recentemente, no Grande Prêmio do Canadá, se tornou o terceiro atleta mais jovem da história a conquistar uma das três primeiras posições em um circuito de Formula 1. A expectativa é alta para o futuro do emiliano-romagnolo e a Mercedes espera que o jovem traga muito sucesso à equipe.

Membro da academia de pilotos da Red Bull desde 2019, Liam Lawson foi promovido à equipe no começo deste ano, substituindo Sergio Pérez.

O piloto neozelandês competiu em seis etapas do campeonato do ano passado pela equipe Racing Bulls, pontuando em duas ocasiões. O seu estilo de pilotagem agressivo e rápida adaptação a categoria impressionaram a direção da Red Bull, principalmente o chefe da equipe, Christian Horner.

Neste ano, Lawson teve muitas dificuldades em adaptar-se ao carro da equipe, que foi projetado para o estilo de pilotagem de Max Verstappen. E após somente duas etapas, onde não conseguiu ter bons desempenhos, foi substituído por Yuki Tsunoda e voltou para a Racing Bulls.

Por outro lado, Jack Doohan foi contratado pela Alpine em agosto do ano passado, após o anúncio da saída de Esteban Ocon para a Haas.

O australiano entrou na academia de pilotos da equipe francesa em fevereiro de 2022, cinco meses após ser vice-campeão da Fórmula 3 do ano anterior.

Depois de uma passagem sólida pela Fórmula 2, mas sem grandes conquistas, Doohan recebeu a oportunidade de realizar seis etapas na Fórmula 1, começando no Grande Prêmio da Austrália, em seu país natal.

Já sabendo que dependia de boas performances para seguir na equipe após receber um ultimato de seu chefe, Flavio Briatore, o piloto não conseguiu adquirir confiança e ter boas performances. 

Depois de abandonar o Grande Prêmio de Miami por conta de um acidente na primeira volta, Doohan foi comunicado por Briatore que seria substituído por Franco Colapinto para a sequência da temporada. Ele segue na Alpine como piloto reserva e de testes.

 

Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)
Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)

 

Colapinto, assim como o seu antecessor, correrá seis etapas no segundo carro da Alpine. Após esse período, sua performance será avaliada por Flavio Briatore, que definirá o seu futuro na Fórmula 1.

O argentino fez a sua estreia na Fórmula 1 no ano passado, correndo a segunda metade da temporada pela Williams, onde conseguiu um impressionante oitavo lugar no Grande Prêmio do Azerbaijão.

Mas apesar do ótimo resultado, Franco mostrou sinais de inconsistência na parte final do campeonato, abandonando três das últimas quatro corridas do ano. No entanto, o garoto ainda tem muita experiência a ganhar e também apresentou velocidade, ainda que de forma inconstante, com bons desempenhos e posições próximas à zona de pontuação no ano de 2025.

Por fim, o maior destaque recente das categorias de base, Gabriel Bortoleto fecha o grid dos calouros. Principal destaque da F3 2023, campeão em seu primeiro ano de participação e campeão da F2 logo no ano seguinte, também em sua primeira passagem pela categoria, o brasileiro se provou o grande talento de sua geração e assinou com Stake Kick Sauber.

A equipe, que tem a atual menor estrutura do Grid, vive um processo de reconstrução para em 2026 se tornar Audi F1 Team. 

Com um carro fraco e predominância no fundo do Grid, o time tem sido um bom caminho para que Gabriel conquiste experiência, mas uma experiência difícil para alguém acostumado a vencer.

 Ainda assim, a clara prioridade à Nico Hulkenberg e as falhas estratégicas do time influenciaram no desempenho pouco animador do brasileiro, que ainda não conta com ponto algum.

A jovem promessa tem demonstrado maturidade e é constantemente elogiada pelo time e outros pilotos. O estilo seguro de Bortoleto, aliado à sua velocidade, com ultrapassagens inteligentes, trazem a esperança de futuros pontos para o brasileiro, que tem desempenhado um ótimo trabalho.

 

Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1  Foto por: Chandan Khanna / AFP
Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1 
Foto por: Chandan Khanna / AFP

 

Muito cedo para cravar o futuro de qualquer um, mas um ótimo momento para analisar o desempenho destes jovens, fica evidente que a categoria tem se renovado e novos nomes devem assumir posições do alto escalão da Formula 1 logo.

Organização venceu seu primeiro título na modalidade
por
Pedro Premero
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24/06/2025 - 12h
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr

 

Neste domingo (15) a FURIA se consagrou como a primeira equipe a vencer a LTA Sul, após o fim do CBLOL, com um 3 a 0 em cima da paiN Gaming. Os panteras entraram no cenário de League of Legends em 2020, mas nunca conseguiram alcançar grandes resultados. Depois de cinco anos e muitos projetos que bateram na trave, eles enfim conquistaram o título. Confira mais detalhes da série:

 

Jogo 1 - Virada Furiosa

O early game foi bem movimentado, com um foco da FURIA de jogar pelo lado superior do mapa para abater o Wizer (Sion), deixar o Guigo (Camille) com vantagem e a paiN respondendo a essas jogadas. A partida começou a ganhar forma para os Tradicionais após um bom controle dos objetivos e utilização do Arauto para levar as torres da rota inferior.

Com boas lutas, a paiN se manteve na liderança do jogo, apesar de perder alguns objetivos, alcançando 6k de gold na frente de seus adversários. Porém, aos 36 minutos de partida, Os Panteras deram um pickoff no Wizer, que desencadeou em uma team fight na qual a FURIA saiu vitoriosa. Com apenas uma luta, eles conseguiram virar a partida e abrir o placar da final.

 

Jogo 2 - A um passo da história

A segunda partida da final pareceu um replay da primeira, as duas equipes movimentaram o mapa com muitos abates e disputas de objetivos. O jogo estava muito parelho e era muito difícil definir quem venceria, já que nenhum dos times conseguiu uma vantagem expressiva. 

A partida foi definida em mais uma luta imprevisível, que foi decidida no por Ayu (Senna) atirador da FURIA. Como no jogo anterior, os Panteras precisaram de apenas uma team fight para ganhar e buscar o match point.

 

Jogo 3 - HOJE É DIA DE FURIA

Diferente dos outros dois jogos, a FURIA não deu chances para paiN no terceiro e último jogo da final. Os Panteras dominaram do começo ao fim. Eles puniram bem os tradicionais nas rotas laterais e obtiveram muitos abates por lá. Além disso, a FURIA buscou lutas nos objetivos, respondendo a jogadas da paiN e evitando que eles se recuperassem na partida. Com isso, eles chegaram a uma vantagem de mais de 12k de ouro e foi só questão de tempo para conquistarem seu primeiro troféu na modalidade. 

 

MVP da Final: Guigo

 

Coletiva

Conquistando um título pela segunda vez na carreira, Tutsz contou o sentimento de voltar ao topo do cenário após cinco anos:

“O sentimento é muito bom. É gratificante saber que, se eu estiver trabalhando com as pessoas certas, com a comissão certa, eu consigo ser um dos melhores”

Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr
Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr

 

O midlaner também agradeceu a confiança que a organização deu a ele desde sua chegada:

“Quando eles me contrataram, me trouxeram do Academy (Tier 2). Então desde sempre foi uma relação de confiança muito grande da FURIA comigo e queria agradecer esse laço que foi criado”, finalizou.

 

Glossário

Team fights: Lutas em equipe

TF: Abreviação de team fight

Early game: começo de jogo

MVP: Sigla de Most Valuable Player, que indica o melhor jogador da partida

Ouro: dinheiro do jogo

pickoff: Abater um adversário que está fora de posição

Objetivos: Monstros neutros em que as equipes podem abater para conseguir melhorias, ouro e experiência.

Midlaner: Jogador que atua pela rota do meio

Rotas laterais: rota que estão na extremidade do mapa, o top (rota superior) e bot (rota inferior)

Com a vitória, Timão se mantém fora do Z4; equipe reserva do Galo perde pontos para o lanterna da competição
por
Victória Miranda
Júlia Polito
Pedro Premero
Philipe Mor
Tamara Ferreira
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08/11/2024 - 12h

A 32ª rodada do Campeonato Brasileiro teve início na sexta-feira (01) e terminou na quarta-feira (06). Com clássicos estaduais e nacionais, as equipes seguem disputando ponto a ponto na reta final do torneio. Confira como foram os jogos:

 

FLUMINENSE 2 X 2 GRÊMIO

Na noite da última sexta (01), o Fluminense recebeu o Grêmio no Maracanã na abertura da rodada. Com emoção até o fim, o duelo terminou empatado em 2 a 2.

Os donos da casa começaram a partida de forma ofensiva, buscando abrir o placar, enquanto o Tricolor Gaúcho se defendia e apostava nos contra-ataques. Foi em um desses contra-ataques que a equipe saiu na frente. Aos 25 minutos, Reinaldo tabelou com Aravena, que devolveu; em seguida, o camisa seis chutou para o gol. Fábio chegou a defender, mas, no rebote, Braithwaite completou para a rede.

Após o gol, o Fluminense intensificou os ataques, criando boas jogadas. Aos 29 minutos, em cobrança de falta, Arias se antecipou e finalizou de cabeça, mas a bola subiu demais e foi para tiro de meta. Nove minutos depois, Kauã Elias tocou de calcanhar para Lima, que, frente a frente com Marchesín, chutou e viu o goleiro fazer uma excelente defesa. O Tricolor Carioca empatou aos 42 minutos: Arias recebeu de Ganso, cortou para dentro e bateu firme, colocando a bola no fundo das redes.

Na etapa final, as equipes mantiveram o ritmo, com Fábio e Marchesín realizando ótimas defesas. Aravena tentou pelo Grêmio, enquanto Arias e Kauã arriscaram pelo Fluminense. Foi Kauã quem marcou o segundo gol para o Tricolor Carioca. Aos 20 minutos, em cobrança de escanteio de Lima, o jovem de Xerém subiu mais alto que a defesa e cabeceou para o gol.

Com a virada, o Grêmio teve que reunir forças para buscar o empate. Aos 25 minutos, Soteldo cruzou para a área, Fábio rebateu para o meio e, na sobra, Cristaldo tentou uma cobertura, mas Thiago Santos apareceu quase em cima da linha para salvar. Aos 36 minutos, o Fluminense perdeu uma grande chance de ampliar o placar: Nonato recebeu de Arias, mas, cara a cara com o goleiro, hesitou e permitiu que a defesa recuperasse a bola. 

Teste
Reinaldo comemora o seu gol na partida. Foto: Lucas Uebel/Gremio FBPA

Aos 49 minutos, o árbitro marcou pênalti de Fábio em Arezo. A decisão foi contestada pelos jogadores do Tricolor Carioca, e Fábio, Arias e Thiago Santos foram advertidos com cartão amarelo. Quatro minutos depois, Reinaldo cobrou forte e garantiu o empate para os gremistas.

Ainda houve tempo para Felipe Melo, que estava no banco de reservas, ser expulso da partida. Além disso, durante o jogo, o lateral Marcelo chegou a se preparar para entrar em campo, mas, durante as últimas instruções de Mano Menezes, houve um desentendimento entre os dois, e o técnico desistiu da substituição. No dia seguinte, o Fluminense anunciou, em nota, que a instituição e o lateral haviam encerrado o contrato em comum acordo.

O empate, somado a outros resultados, deixou o Fluminense na 14ª posição, com 37 pontos, apenas três a mais que o Athletico-PR, primeiro time na zona de rebaixamento. Por outro lado, o Grêmio se manteve na 11ª posição, agora com 39 pontos.

O Fluminense volta a campo pelo Brasileirão na próxima sexta-feira (08), às 19h (horário de Brasília), contra o Internacional, no Beira-Rio. No mesmo dia, às 21h30 (horário de Brasília), o Grêmio enfrenta o Palmeiras no Allianz Parque.

RB BRAGANTINO 0 X 0 CUIABÁ

Na tarde de sábado (02), RB Bragantino e Cuiabá se enfrentaram no Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP), e não saíram do 0 a 0. O resultado não agradou as duas equipes, que continuam na luta contra a zona de rebaixamento. O Bragantino é o primeiro time fora do Z4, com 35 pontos. Já o Cuiabá continua na vice-lanterna com 28 pontos.

 

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A partida marcou a estreia de Fernando Seabra como técnico do RB Bragantino. Foto: Ari Ferreira/Red Bull Bragantino
 

 

Logo no primeiro minuto, Lincoln cobrou o escanteio, Eduardo Sasha dominou a bola com liberdade, mas chutou para fora. Aos quatro minutos, Pedro Henrique fez um lançamento para Sasha que, cara a cara com o goleiro, perdeu mais uma chance. O Bragantino teve mais algumas oportunidades, porém pararam em Walter. A melhor chance do Cuiabá na partida foi aos 30 minutos do segundo tempo, quando Denílson cruzou, Pitta cabeceou para o gol e obrigou Cleiton a fazer uma bela defesa.

Pela 33ª rodada, as equipes voltam a campo no sábado (09). O Cuiabá visita o líder Botafogo no Nilton Santos às 16h30 (horário de Brasília), enquanto o RB Bragantino enfrenta o lanterna Atlético-GO, em Goiânia (GO), às 19h (horário de Brasília).

JUVENTUDE 0 X 3 FORTALEZA

No sábado (02), o Fortaleza visitou o Juventude, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS), e venceu por 3 a 0. O Laion teve algumas dificuldades no início, mas conseguiu dois gols no fim da primeira etapa com Moisés e o lateral Mancuso, e no segundo tempo Kuscevic fechou o placar. Com o resultado, a equipe cearense segue firme na briga por uma vaga na Libertadores, enquanto o Juventude permanece no Z4 e vê os concorrentes ao rebaixamento se afastarem da segunda divisão.

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Moisés foi o autor do primeiro gol do Laion. Foto: Leonardo Moreira/FEC
 

Os gols do primeiro tempo saíram nos acréscimos. Aos 47 minutos, após cruzamento de Tinga, Moisés acertou um belo chute e abriu o placar. Aos 51, Hércules cruzou, Jadson “furou” a bola na tentativa de afastar o perigo da área, sobrando para Martínez que passou para Mancuso finalizar e ampliar a vantagem. O terceiro e último gol do Fortaleza saiu aos 25 minutos da segunda etapa depois de uma cobrança de falta rápida, que pegou a defesa do Juventude despreparada. Kuscevic aproveitou o cruzamento de Bruno Pacheco e se esticou para empurrar a bola para as redes.

As equipes voltam a campo no sábado (09), pela 33ª rodada, às 19h (horário de Brasília). O Fortaleza enfrenta o Vasco, no Castelão. Já o Juventude recebe o Bahia, no Alfredo Jaconi.

ATHLETICO-PR 1 X 2 VITÓRIA

No mesmo horário do jogo anterior, Athletico-PR e Vitória se enfrentaram pelo Campeonato Brasileiro. O Leão venceu o Athletico de virada na Ligga Arena, em Curitiba (PR).

No início do primeiro tempo, o Athletico se mostrou mais ofensivo, buscando explorar o estilo de jogo do Vitória, que se defendia e tentava contra-atacar. No entanto, os donos da casa tiveram dificuldades para chegar com perigo ao ataque adversário.

Os mandantes só conseguiram assustar aos 15 minutos, quando Pablo recebeu no meio, girou e chutou de fora da área, mas o goleiro Lucas Arcanjo fez uma boa defesa.

Aos 30 minutos, o Furacão abriu o placar. Julimar recebeu a bola e chutou direto para o gol. Sem desvios, a bola foi parar no fundo da rede. Contudo, a vantagem não durou muito tempo. Após o reinício da partida, o Vitória pressionou o adversário e, aos 32 minutos, teve sucesso. Cáceres lançou para frente, o zagueiro Kaíque Rocha chegou primeiro no lance, mas foi pressionado por Alerrandro e falhou. O artilheiro aproveitou e, na saída do goleiro, chutou no canto direito para empatar.

As equipes imprimiram mais intensidade na etapa final, mas não levaram tanto perigo nas finalizações. O gol da virada do Vitória saiu aos 19 minutos. Lucas Esteves tabelou com Alerrandro e cruzou para a área. Carlos Eduardo não conseguiu finalizar, mas Matheuzinho, livre de marcação, bateu firme para marcar o segundo gol do Leão.

 

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Jogadores do Vitória comemoram o resultado da partida. Foto: Victor Ferreira/EC Vitória
 

 

O Furacão tentou o empate, mas não conseguiu ampliar o placar. Com o resultado, o Vitória subiu para a 12ª posição, com 38 pontos. Já o Athletico permaneceu com 34 pontos e caiu para a 17ª colocação, primeiro lugar do Z4.

O Vitória volta a campo no próximo sábado (09), às 16h30, contra o Corinthians, no Barradão. Mais tarde, às 21h, o Athletico enfrenta o São Paulo no Morumbis. 

 

CORINTHIANS 2 X 0 PALMEIRAS

Na noite de segunda-feira (04) ocorreu o clássico paulista Dérbi. O Corinthians recebeu na Neo Química Arena seu rival Palmeiras em busca de objetivos diferentes. Os donos da casa ganharam por 2 a 0 e se afastaram da zona. A partida ainda contou com uma cena inusitada: uma cabeça de porco foi arremessada dentro do campo e agora a polícia está investigando o caso para punir o culpado.

A equipe de Abel Ferreira dominou as ações do primeiro tempo, organizou grandes jogadas, mas não concluiu nenhuma, enquanto o Corinthians jogava no contra-ataque e teve três chances claras de gol. Aos 41 minutos, Garro marcou para o Timão após Caio Paulista “furar” na tentativa de afastar a bola. Na sobra dentro da área, Matheuzinho rolou para o camisa dez e ele finalizou no alvo. A partir do primeiro gol do Corinthians, a equipe foi superior o restante do jogo, controlou a partida mesmo o Palmeiras tendo chegadas perigosas.

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Garro, jogador do Corinthians, comemora gol contra o Palmeiras. Foto: Rodrigo Coca
 

Na volta do intervalo, logo aos 11 minutos, o atacante Yuri Alberto aumentou o placar para o time da casa. No contra-ataque, Garro arrancou pela direita e deu o passe para o meio, o goleiro Weverton se atrapalhou e o camisa nove não desperdiçou a oportunidade, empurrando a bola para o gol.

Aos 28 minutos, antes da cobrança de escanteio, a cabeça de um porco foi arremessada a campo. Em imagens, é possível ver que o torcedor que cometeu o ato estava com capuz, impossibilitando sua identificação, e retirou a parte do animal de dentro de uma sacola. O caso está sendo investigado pela polícia para punir os autores.

O objetivo do jogo para as duas equipes foi diferente. O Corinthians jogou para se afastar da zona de rebaixamento e chegou a 13ª colocação, com 38 pontos. Já o Palmeiras entrou em campo correndo pelo título do campeonato, mas permaneceu em segundo lugar com 61 pontos somados.

O Corinthians volta a campo no sábado (09), contra o Vitória no Barradão, às 16h30 (horário de Brasília). Já o Palmeiras recebe o Grêmio no Allianz Parque, na sexta-feira (08), às 21h30 (horário de Brasília).

BAHIA 0 X 3 SÃO PAULO

Na terça-feira (06), o São Paulo viajou até Salvador (BA) para enfrentar o Bahia de Rogério Ceni na Arena Fonte Nova e superou a equipe nordestina por 3 a 0. O técnico do Esquadrão de Aço nunca conseguiu ganhar do Tricolor Paulista mesmo com passagens por Fortaleza, Flamengo e Bahia. Após a derrota dos baianos, o tabu segue mantido.

A primeira etapa contou com maiores ações do Bahia e o time construiu boas chances, mas não converteu em gols. Já a equipe paulista ficou apática em boa parte do primeiro tempo. Mesmo assim, o São Paulo marcou o primeiro gol da partida aos 41 minutos. O goleiro Marcos Felipe cometeu um erro na saída de bola e entregou nos pés de Luiz Gustavo, o meia aproveitou a chance e abriu o placar.

 

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Disputa de bola entre os jogadores de São Paulo e Bahia. Foto: Rafael Rodrigues/EC Bahia

 

Na volta do intervalo, o Bahia cresceu no jogo e obrigou boas defesas de Rafael. Com dez minutos da segunda etapa, a bola chegou na área depois de cruzamento de Caio Alexandre, Gabriel Xavier cabeceou no canto e o goleiro da equipe paulista realizou uma grande defesa. Aos 21 minutos, Wellington Rato desencantou e marcou o segundo gol do Tricolor na partida, seu primeiro nesta temporada. Após desatenção da zaga do Bahia, Luciano carregou a bola e passou para seu companheiro sozinho na área, que empurrou para o fundo das redes.

Já nos acréscimos, aos 46, Lucas Moura marcou um golaço para decretar a vitória da equipe de Zubeldía. Num contra-ataque, Rato carregou pela direita com espaço e passou para o camisa sete que pegou a bola de primeira e chutou direto no alvo, sem chances para o goleiro. O Bahia ainda tentou descontar no último lance da partida após levantamento de Everton Ribeiro para Arias, mas o lateral pegou de primeira e chutou ao lado do gol. Um dos destaques da partida foi Rafael que ajudou o time do Morumbi com importantes defesas durante o jogo.

Na próxima rodada, o Bahia viaja até Caxias do Sul (RS) para enfrentar o Juventude, no sábado (09), às 19h (horário de Brasília). O São Paulo recebe no Morumbis o Athletico-PR, também no sábado (09), às 21h (horário de Brasília).

INTERNACIONAL 2 X 0 CRICIÚMA

O confronto entre Internacional e Criciúma, válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, ocorreu na terça-feira (05), às 21h30 (horário de Brasília) no gramado do Beira-Rio.

Antes do início da partida, a diretoria do Colorado prestou uma homenagem ao adversário em reconhecimento ao apoio oferecido durante as enchentes que afetaram o Rio Grande do Sul, em abril e maio de 2024.

A partida começou com domínio do Internacional que impôs seu ritmo contra o Criciúma, que teve dificuldades defensivas e pouca posse de bola. O Tigre demorou para ajustar a marcação e criou apenas uma chance perigosa, com Newton aos 26 minutos. Após algumas faltas que travaram o jogo, o Inter voltou a controlar a posse e a pressionar no ataque, mas enfrentava a defesa fechada do adversário. Aos 43 minutos, Alan Patrick, camisa dez do Inter, sofreu uma falta e, ao cobrar, abriu o placar. Nos minutos finais, Felipe Vizeu, do Criciúma, foi expulso por um lance perigoso que acertou o rosto de Rogel, deixando seu time em desvantagem para o segundo tempo.

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Alan Patrick comemora seu gol contra o Criciúma. Foto: Ricardo Duarte/SC Internacional 
 

Com um a mais, o Internacional permaneceu com o domínio do jogo. Aos 35 minutos, Wesley entrou na área e após contato do jogador Allano do Criciúma, caiu no gramado. O árbitro, que já estava perto do lance, marcou pênalti a favor do Inter, gerando comemoração da torcida colorada e insatisfação dos jogadores do Criciúma, mas após recorrer ao VAR, voltou atrás na decisão e deu cartão amarelo para Wesley por simulação. Aos 47, Wesley voltou a atacar, passou da defesa adversária e acertou no canto do goleiro Alisson, ampliando para o Colorado.

Com a vitória e outros resultados da rodada, o Inter ficou na quinta colocação, com 56 pontos e ainda luta pelo G4. Já o Criciúma segue próximo da zona de rebaixamento, na 15ª posição com 37 pontos, três a mais que o Athletico-PR, o primeiro time no Z4.

BOTAFOGO 3 X 0 VASCO

Também na terça-feira (05), Botafogo e Vasco da Gama se enfrentaram no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, e o jogo terminou com uma vitória do Glorioso pelo placar de 3 a 0. 

Com o triunfo, a equipe de Luiz Henrique, Igor Jesus e companhia chegou aos 67 pontos conquistados na classificação geral e abriu seis de vantagem para o vice-líder Palmeiras. Por outro lado, o Cruzmaltino teve sua sequência de duas vitórias interrompida. O time do técnico Rafael Paiva estacionou nos 43 pontos e agora ocupa a nona colocação na tabela da competição.

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Jogadores do Glorioso comemoram gol diante do Vasco da Gama. Foto: Eurasia Sport Images/GettyImages

Empurrado por mais de 32 mil torcedores no “Tapetinho”, o Botafogo encarou o Vasco da Gama em busca de confirmar seu favoritismo rumo ao título. Para a alegria dos botafoguenses presentes no Nilton Santos, com menos de 15 minutos da etapa inicial, o roteiro do jogo já parecia apresentar um final feliz para os alvinegros. 

Savarino, aos oito minutos, aproveitou cruzamento da esquerda de Alex Telles e com um chute de primeira com a perna direita estufou as redes. Pouco tempo depois, aos 12, em contra-ataque de almanaque, Igor Jesus serviu Luiz Henrique que cara a cara com o goleiro vascaíno, Léo Jardim, não perdoou. 2 a 0 Botafogo e festa nas arquibancadas.

A primeira etapa seguiu movimentada e com chances para ambos os lados. A partir de recuperações de bola na defesa e ligações rápidas de contra-ataque os rivais construíam suas melhores oportunidades. 

Apesar da desvantagem, o Vasco não se abalou e buscou diminuir o prejuízo, mas sem sucesso. O Gigante da Colina, antes da ida ao intervalo, ainda viu o zagueiro João Victor, após falta em Igor Jesus, receber o segundo amarelo e ser expulso. A primeira metade do duelo terminou em 2 a 0 a favor dos donos da casa.

A volta dos vestiários só serviu para confirmar o roteiro. O Botafogo administrou o jogo, e apesar de desperdiçar um número considerável de chances de gol, ainda ampliou com Júnior Santos. O camisa 11 aproveitou passe de Marlon Freitas e, de cavadinha, selou o placar no Nilton Santos em 3 a 0.

Ambas as equipes voltam a campo pela 33ª rodada do Brasileirão 2024 no sábado (09). O Botafogo recebe o Cuiabá às 16h30 (horário de Brasília), no Estádio Nilton Santos. Já o Vasco, longe do Rio de Janeiro, encara o Fortaleza no Castelão, às 19h30 (horário de Brasília).

CRUZEIRO 0 X 1 FLAMENGO

Em um dos duelos que marcou o fim da 32ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2024, o Flamengo, fora de casa, venceu o Cruzeiro pelo placar de 1 a 0. O gol do confronto foi anotado pelo zagueiro rubro-negro David Luiz, em cobrança de falta. 

A vitória mantém a equipe do ex-jogador Filipe Luís no G4 com 58 pontos, 2 a mais que o Internacional – primeiro time fora da zona de classificação direta para a Copa Libertadores da América. O Cruzeiro, por sua vez, está em oitavo lugar e almeja se recuperar a fim de brigar por vagas diretas a competições internacionais. 

A equipe Celeste ainda não sabe o que é vencer no Brasileirão 2024 sob o comando de Fernando Diniz. Ao todo são três derrotas e o mesmo número de empates. 

O embate entre Cruzeiro e Flamengo, na Arena Independência, em Minas Gerais, foi marcado pela baixa efetividade nas finalizações e intensidade. Em um primeiro tempo de pouca movimentação, a Raposa começou melhor, mas logo viu o Flamengo dominar a posse de bola e tomar as rédeas do jogo, apesar de não assustar o adversário.

Com o fim do morno primeiro tempo, a emoção do duelo ficou reservada para os sete minutos após a volta dos vestiários. Em uma cobrança de falta rápida, e que pegou a barreira e o goleiro cruzeirense de surpresa, David Luiz inaugurou o placar e deu números finais a partida em Minas Gerais. 

O camisa 23 chegou ao seu terceiro gol com a camisa rubro-negra. O sétimo gol de falta da carreira do zagueiro garantiu o G4 ao time carioca e a classificação direta momentânea para a fase de grupos da Libertadores 2025.

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David Luiz comemora gol de falta. Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
 

Os rivais voltam a campo no próximo fim de semana. O Flamengo encara o Atlético-MG, às 16h (horário de Brasília), novamente em Minas Gerais, só que dessa vez pela Final da Copa do Brasil 2024. O Rubro-Negro detém a vantagem de 3 a 1 e pode perder por até um gol de diferença para garantir a taça. Pela 33ª rodada do Brasileirão 2024, o time carioca volta a enfrentar o Galo, no Maracanã, na quarta-feira, às 20h (horário de Brasília). Na mesma rodada, o Cruzeiro recebe o Criciúma em Belo Horizonte (MG) no sábado (09), às 19h (horário de Brasília).

ATLÉTIGO-GO 1 X 0 ATLÉTICO-MG

O outro confronto das 21h (horário de Brasília) foi entre Atlético Goianiense e Atlético Mineiro, no Estádio Antônio Accioly em Goiânia (GO) e os donos da casa venceram a partida por 1 a 0 no final do segundo tempo. 

O primeiro tempo foi morno entre os Atléticos, marcado por lentidão e erros. Ambos os times pareciam desconcentrados e desmotivados, o que resultou em uma primeira etapa sem muitas jogadas de perigo ou chances reais de gol. Mesmo assim, o Dragão aproveitou o time de reservas do Galo e se manteve superior na partida.

Já na segunda etapa, os mineiros voltaram melhor e quase marcaram em duas oportunidades. Aos dois minutos, Alisson cruzou para a área, o goleiro Ronaldo desviou, Rubens pegou o rebote e chutou de primeira, mas a bola saiu pela linha de fundo. Aos nove minutos, Bruno Fuchs também tentou, mas o goleiro Ronaldo novamente salvou os goianos. Guilherme Arana ainda arriscou de fora da área aos 17 minutos, mas o goleiro do Dragão seguiu trabalhando. O Galo continuou insistindo, porém não teve sucesso. Perto do fim, aos 44 minutos, os donos da casa reagiram e Baralhas tocou para Janderson dentro da área, que finalizou rasteiro e marcou o gol da vitória.

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Guilherme Romão, lateral do Dragão, e Vargas, atacante do Galo, disputam posse de bola. Foto: Pedro Souza/CAM
 

Mesmo com a vitória, o Atlético-GO continua na lanterna do campeonato com 25 pontos e o Galo se afasta do G6 do Brasileirão, com 41 pontos na décima colocação.

O próximo desafio do Dragão será contra o Bragantino em casa, no sábado (09), às 19h (horário de Brasília), pela 33ª rodada. Já o Galo visita o Flamengo na próxima quarta-feira (13), às 20h (horário de Brasília), no Maracanã. Antes disso, no domingo (10), as equipes se enfrentam pela Copa do Brasil, às 16h (horário de Brasília) na Arena MRV, com o Atlético-MG precisando reverter o placar por até três gols de diferença para ser campeão. 

 

Campeonato tem participação de atletas olímpicos e celebra a cultura urbana
por
MANUELA AMARAL SILVA
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06/11/2024 - 12h

A Skate Total Urbe (STU), maior plataforma da modalidade, realizou na Praça Duó, localizada na Barra da Tijuca, na cidade do Rio de Janeiro, as semifinais da competição entre os dias 16 e 20 de outubro. Com 110 inscritos, entre eles nomes conhecidos no cenário nacional e internacional, como Augusto Akio, Rayssa Leal, Pedro Barros, Isa Pacheco, Sky Brown e outros atletas populares na cena.

 Arte da pista de Park feita por João Lelo. Foto: Reprodução/Instagram @skatetotalurb
Arte da pista de Park feita por João Lelo. Foto: Reprodução/Instagram @skatetotalurbe

O evento, realizado desde 2017, é reconhecido por ser responsável pelo Circuito Brasileiro de Skate, e traz como sua característica principal, além do torneio, compartilhar a cultura urbana através dos shows, exibições, mídia e comércios.

 

A edição deste ano trouxe um olhar de inclusão social para diferentes causas, como acessibilidade, garantindo a integração do paraskate, ou seja, participação de pessoas com deficiência (PCD) – modalidade que espera competir nas Olimpíadas de Brisbane, em 2032. A projeção do evento também se preocupou com a sustentabilidade, em parceria com a uma empresa de energia, se comprometeram em compensar as emissões de carbono resultantes da locomoção do público, skatistas, trabalhadores e artistas ao local.

 

Além disso, ocorreram iniciativas para conectar comunidades marginalizadas ao esporte, como o projeto ‘Criativos da Favela’, que auxilia jovens das favelas na formação de Audiovisual com Inteligência Artificial. Foram feitos tours pela área, observação dos treinos dos competidores e as crianças também puderam andar na mini rampa de skate.

 

A assinatura da identidade visual das pistas, foi feita pelo artista João Lelo, cuja arte com suas cores vivas e alegres deram um ar descolado e original para o evento, combinado a arte às manobras radicais que foram apresentadas durante a semana.

 

Etapas da competição 

Ao todo, foram 20 baterias, organizadas em quatro femininas e seis masculinas, tanto para o Street, quanto para o Park. Os skatistas foram divididos em grupos e tiveram direito a um número específico de voltas, conforme a fase em que se encontravam — início, semifinal ou final. É importante destacar que essa 'final' se refere apenas à etapa realizada no Rio de Janeiro; a grande final do campeonato acontecerá posteriormente, em São Paulo, com os skatistas que avançaram nesta fase.

 

Park

A etapa acontece em um trajeto que tem formato de tigela, repleto de diferentes obstáculos que permite aos atletas ganhar velocidade e impulso para realizar manobras aéreas.

Nas semifinais, os 12 skatistas classificados foram divididos em três baterias, onde cada atleta teve três voltas de 45 segundos. A melhor volta de cada skatista foi contabilizada, e os primeiros e segundos colocados de cada bateria avançaram para a grande final.

A final apresentou um formato diferente, com seis skatistas competindo em duas sessões de 25 minutos cada. Durante essas sessões, eles puderam realizar suas melhores voltas, com até 45 segundos por tentativa, quantas vezes desejassem dentro do tempo disponível.

 

Street

São realizadas manobras em escadas, corrimãos, rampas e desníveis, em um percurso que remete ao ambiente urbano.

Na fase semifinal, 12 skatistas competiram em três baterias. Cada atleta teve três voltas de 45 segundos, além de 15 segundos para executar uma ‘best trick’ – uma manobra escolhida prelo atleta. A melhor volta e a nota da manobra são somadas para determinar a pontuação. Os primeiros e segundos colocados de cada bateria avançaram para a final.

A final teve uma única alteração em relação às semifinais: se um skatista errasse a execução da ‘best trick’, ele teria a oportunidade de uma segunda tentativa para tentar acertar.

 

A competição

O cronograma do campeonato foi alterado diversas vezes, por conta da ameaça de chuva, que tornaria a continuação das provas impossível, por causa do local aberto. Nos primeiros dois dias, quarta-feira (16) e quinta-feira (17), o clima foi tranquilo, que permitiu que o público conseguisse acompanhar os treinos e as classificatórias para as próximas fases.

 

Na sexta-feira (18), com um aumento dos espectadores e o clima parecia estável. No entanto, ao final da tarde, a chuva começou e paralisou as atividades. A tensão foi se dissipando aos poucos e mesmo debaixo da chuva, as pessoas se divertiram ao som do Viaduto de Madureira. Com uma melhora da temperatura e a secagem das pistas, aconteceu o retorno à programação previamente planejada.

 

No sábado (19), o campeonato ocorreu pela manhã, com uma alteração no horário por conta da chuva. A organização teve de ser improvisada e as etapas do Park do e Street aconteceram simultaneamente, o que não foi suficiente pois não foi possível terminar a fase semifinal do Park masculino. O sistema de pontuação foi prejudicado, já que faltaram duas voltas e a pontuação final não foi determinada nessa fase. 

 

No domingo (20), não foi diferente, a chuva era mais intensa e deu uma trégua no período da tarde, às 18h (horário de Brasília). A organização do evento, além dos funcionários, precisou da ajuda dos esportistas, para agilizar a secagem das pistas na tentativa de realizar a final. As etapas do Street e do Park também tiveram de ocorrer ao mesmo tempo para que o evento pudesse ser finalizado corretamente com a premiação.

 

As finais na praça Duó, apesar da incerteza e demora para acontecer, foram recompensadas para o Brasil, que comemorou três títulos: Rayssa Leal foi a melhor no Street feminino, Luigi Cini triunfou no Park masculino, e Kauê Augusto venceu a etapa no paraskate Street.

 

A nossa “fadinha do skate”, Rayssa, medalhista de bronze em Paris 2024, conquistou pela quarta vez consecutiva o Street feminino, pontuando 82.80 e mesmo com as quedas, nenhuma outra finalista alcançou 80 pontos. O pódio foi completo pela australiana Chloe Covell (79.13), em segundo, e a espanhola Daniela Terol (75.39) na terceira posição.

 

Já no Park feminino, a britânica Sky Brown, de 16 anos, também se destacou com 90.50, enquanto a australiana Arisa Trew, que ficou em segundo, teve a nota 86.67. A brasileira Raicca Ventura terminou a competição em terceiro com 80.00 pontos.

 

O Park masculino provocou fortes emoções, com a final foi marcada pela chuva, que impediu a conclusão da última sessão. O pódio se formou com os brasileiros Luigi Cini, que fez 88.11 pontos, Gui Khury (87.00) e Pedro Barros (85.50) . 

 

O Street masculino teve como vencedor, Matías Dell Olio que ganhou o título pela segunda vez, com 84.76, e superou os brasileiros Gabryel Aguilar (83.16) e Ivan Monteiro (82.82). No paraskate Street, Kaue Augusto foi campeão com 79.72, seguido por Felipe Nunes (76.00) e David Soares (75.00).

 

 

Em ritmo de festa, o Peixe volta a jogar bem e vence mais uma partida
por
Gustavo Zarza
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05/11/2024 - 12h

No sábado (02), o Santos recebeu o Vila Nova na Vila Viva Sorte, pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. A equipe santista saiu vitoriosa com os gols do zagueiro João Basso, do atacante Guilherme e do meia Otero. 

 

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Bicicleta de Giuliano (Foto: Guilherme Dionizio/ Gazeta Press)

 

PRIMEIRO TEMPO

O alvinegro praiano jogou com a sua torcida, pressionando e buscando o gol desde o começo, só que a bola não queria entrar. O meia Giuliano teve duas grandes chances, na primeira ele cabeceou na trave, na segunda o camisa 20 deu uma linda bicicleta e o goleiro Denis Júnior defendeu. Mesmo com algumas oportunidades, o Santos encontrava problemas para criar chances claras de marcar, por conta da boa defesa do Vila Nova. 

 

SEGUNDO TEMPO

Na segunda etapa, o meia Serginho sentiu uma lesão e foi substituído por Otero, que mudou a partida. Aos 11 minutos o jogador cobrou uma falta na medida para João Basso mandar a bola para a rede. Depois de abrir o placar, o Peixe enrolou a partida, não deixando o Vila Nova chegar, mas também não criava tantas jogadas. 

Quase no fim do jogo, Otero lutava por um lance praticamente perdido, quando o meia Alesson o derrubou na área, o árbitro revisou o lance e marcou pênalti para o Santos. Guilherme bateu e ampliou aos 50 minutos. A festa era do time da casa e ela ficou ainda mais animada quando o homem do jogo, Otero, em cobrança de falta fez o gol aos 54 minutos. O placar final foi de 3 a 0 para o alvinegro praiano.

 

DESEMPENHO GERAL

Agora o Peixe está a um passo de garantir o acesso para a Série A de 2025. Após um bom jogo, com diversas oportunidades, um placar elástico e uma festa em casa, a equipe santista se anima para a próxima partida. Em diversos momentos o torcedor ficou aflito, principalmente quando tudo ficou enrolado, mas deu para perceber que o ímpeto do Santos foi diferente. Já o Vila Nova vê que o sonho do acesso possivelmente ficará para a próxima edição. Com a derrota, o time goiano se distanciou do G4 e precisa realizar uma missão impossível para se classificar.  

 

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João Basso comemora gol (Foto: Guilherme Dionizio/ Gazeta Press)


 
PRÓXIMOS JOGOS 

O Santos volta a campo na segunda (11), às 21h (horário de Brasília), contra o Coritiba, no estádio Couto Pereira, pela 36ª rodada da Série B. Já o Vila Nova recebe a Ponte Preta, no mesmo dia, às 18h30 (horário de Brasília), pela mesma rodada.
 

Apesar da forte chuva e de um extenso atraso, Rayssa Leal brilhou no street feminino do STU Pro Tour e levou o Brasil a três vitórias na competição realizada no Rio de Janeiro.
por
João Pedro Lindolfo
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01/11/2024 - 12h

Mesmo com o clima chuvoso na maior parte do fim de semana, os atletas conseguiram fazer um show na STU Pro Tour, realizado no Rio de Janeiro. O evento teve um atraso de 10 horas, visando a secagem da pista e melhora climática. Com todo esse tempo, as finais aconteceram mais tarde do que o previsto e terminou com a conquista de três títulos por parte do Brasil. Um espetáculo para quem acompanhava presencialmente na famosa Praça Duó.

O evento da STU conta com uma grande participação em questões ambientais e inclusão de comunidades ao Skate. Esse ano, o evento promoveu diversas campanhas, como a da luta contra o aquecimento global e a arrecadação de alimentos. Tal ato, com a presença de atletas olímpicos competindo, conseguiu render milhões de visualizações para as campanhas. O destaque da competição foi para Rayssa Leal, que conquistou o título do street feminino pela quarta vez consecutiva.

A fadinha concluiu uma ótima primeira volta com a melhor manobra do evento e garantiu no final no uma nota de 82,80. Com isso, embora tenha tido algumas quedas na segunda volta e não tenha conseguido superar sua nota da primeira volta, conseguiu uma larga vantagem e passou a liderar a competição, apenas aguardando o restante das competidoras finalizarem suas voltas para concretizar a vitória.

A australiana Chloe Covell e a espanhola Daniela Terol se revezaram na disputa pelo segundo lugar. Chloe conseguiu emplacar na primeira volta uma nota de 66,53, enquanto Daniela cravou uma nota de 75,39 na segunda volta, e se manteve no segundo lugar até aquele momento. No final a australiana conseguiu anotar mais algumas manobras e finalizar com uma nota de 79,13, assim figurou no segundo lugar do pódio. Já a espanhola, não conseguiu melhorar sua nota e finalizou com um 75,39 e ocupou o terceiro lugar do pódio.

Rayssa com o troféu ao lado de Chloe Covell e Daniela Terol
 Rayssa com o troféu ao lado de Chloe Covell e Daniela Terol(Foto: Julio Detefon)

Rayssa comentou após a vitória: "A cada ano é uma experiência nova e um aprendizado diferente. Chegamos com a mentalidade de fazer algo que eu nunca havia tentado antes. Acho que nunca executei uma manobra tão pesada como a que fiz aqui. Em todas as fases, busquei dar o meu melhor, fazer algo para o público e para o meu skate".

Essa edição de 2024 da STU PRO no Rio de Janeiro já é o quarto título seguido de Rayssa pelo evento. Após vencer em 2022 contra a brasileira Pâmela Rosa e a rival Chloe Covell, Rayssa ainda ganhou as duas edições realizadas em 2023, sendo uma em São Paulo e a outra no Rio de Janeiro.

O evento teve participações de outras brasileiras, que também estiveram na final do street feminino. No caso, Pâmela Rosa que conseguiu acumular uma nota de 60,60, finalizou em quarto lugar, enquanto que Isabelly Ávilla, acumulou a nota de 50,40 e finalizou em sexto lugar.

Superando o tempo de recuperação previsto, Ricky Pearsall mostrou que pode ser uma peça importante para o ataque do San Francisco 49ers
por
João Pedro Lindolfo
|
01/11/2024 - 12h

Cinquenta dias após ser baleado no peito durante uma tentativa de assalto, o calouro do San Francisco 49ers, Ricky Pearsall, fez sua estreia na Liga Nacional de Futebol (NFL). O jogo, que aconteceu no dia 20 de outubro, entre 49ers e Kansas City Chiefs terminou em 28 a 18 para os Chiefs. O calouro finalizou a partida com três recepções e 21 jardas.

Na coletiva pós-jogo, Pearsall comentou sobre sua primeira experiência na maior liga de futebol americano do mundo, ressaltando as adversidades que levaram ao atraso em sua estreia. "Significou tudo para mim. Com todos os problemas que passei nos últimos meses, foi muito bom estar lá fora com meus companheiros de novo. […] No fim das contas, quando o incidente aconteceu, pensei na equipe e eles fizeram um ótimo trabalho ao me apoiar, garantindo que eu me mantivesse bem."

Ricky Pearsall sendo derrubado com a bola após a recepção
Ricky Pearsall sendo derrubado após uma recepção(Foto: Eakin Howard)

 

O calouro se recusou, por algum tempo, a dar informações sobre o acontecimento e só após o jogo comentou pela primeira vez sobre o caso. Na coletiva, ele reforçou que lidou com a recuperação com pensamento positivo. 

A tentativa de assalto a Pearsall aconteceu em São Francisco, na Califórnia, no dia 31 de agosto. O criminoso era um garoto de 17 anos que tentou roubar o relógio de luxo do calouro. Ao resistir ao assalto e entrar em um embate físico, Pearsall foi baleado no peito. Como o crime ocorreu em um lugar movimentado da cidade, o jogador dos 49ers foi rapidamente socorrido e levado ao hospital.

"Meu primeiro pensamento durante todo o incidente foi se eu iria sobreviver ou não. Quando soube que iria ficar bem, a próxima pergunta foi: ‘Eu vou poder jogar futebol americano?’ e assim que tive essa resposta, uma luz cresceu dentro de mim, e fiquei super animado ao ouvir isso dos médicos”, relatou Pearsall em coletiva.

Após o acontecimento e enquanto estava em recuperação, Pearsall admitiu que caiu em lágrimas quando o general manager dos 49ers, John Lynch, foi um dos primeiros a chegar ao hospital para checar a condição do calouro. Embora tenha estreado com uma derrota, foi um momento de celebração tanto para o time dos 49ers quanto para o calouro, que voltou a campo muito antes do previsto e conseguiu se mostrar como uma peça importante para o time.