Equipe vence o MInas e amplia a liderança no basquete brasileiro por mais um ano
por
Rafael Jorge
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26/06/2025 - 12h

 

A equipe do Sesi Franca conquistou na última quarta-feira (18) o tetracampeonato consecutivo do Novo Basquete Brasil (NBB) , principal competição do país, o que confirmou de vez sua hegemonia no cenário nacional. O time da “capital do basquete”, como é conhecida a cidade paulista no meio esportivo, conquistou o título jogando em casa contra o Minas Tênis Clube por 86 x 73.

Franca liderava a série por 2x1, e teve a oportunidade de fechá-la no Pedrocão, seu ginásio. O jogo foi marcado por algumas trocas no placar, porém, um último quarto dominante vencido por 21 x 4 pelos mandantes decidiu a partida. O americano David Jackson foi o destaque do elenco com 15 pontos e um arremesso decisivo com poucos minutos para o fim. Além disso, o ala Didi foi eleito o MVP das finais.

Jogadores comemorando no ginásio
Comemoração do título em quadra. Foto: João Pires/ LNB.

Helinho Garcia, técnico do time, comemorou o tetra: “É talvez uma das maiores alegrias da minha vida. Não tenho palavras para descrever tudo o que nós vivenciamos nesse tetracampeonato”, também declarou que a equipe poderia ter desistido depois de uma temporada com diversas lesões que atrapalharam o planejamento e ressaltou os valores e disciplina do plantel.

O comandante fez uma homenagem a duas figuras históricas do basquete francano: Pedro Morilla Fuentes, o Pedroca, precursor do basquete na cidade, além de ter sido o primeiro treinador da equipe e Hélio Rubens, seu pai, vitorioso como jogador e técnico em Franca. “O nosso maior desafio, do técnico, dos jogadores, é não abrir mão dos valores que temos como grupo. Isso foi um legado que eu recebi do meu pai e do Pedroca, que leva o nome desse ginásio”, afirma Helinho.

Técnico tirando foto com a taça
Helinho no media day da conquista. Foto: João Pires/ LNB.

É a primeira vez que o time do interior paulista é quatro vezes campeão de forma consecutiva. Nos anos 1990, quando o torneio nacional era organizado pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB) , os francanos chegaram a conquistar um tricampeonato seguido (1997,1998,1999) mas não conseguiram o tetra. Agora, a torcida comemora mais um feito na história do clube.

Apesar do sucesso recente, a tradicional equipe do interior ficou próxima de fechar as portas em 2015, com dívidas e a falta de patrocinadores fortes. A paixão pelo clube, no entanto, não permitiu o encerramento das atividades, torcedores fizeram vaquinhas e empresas da cidade se engajaram no projeto para reerguer o basquete, a principal delas foi a Magazine Luíza, que se tornou fundamental para manter o time. O Franca hoje conta com mais de 60 anos ininterruptos no basquete, algo incomum da modalidade no Brasil.

Após alguns anos de sofrimento, as dívidas foram controladas e investimentos aconteceram para fortalecer o elenco. O SESI, um dos principais parceiros do projeto até hoje, também foi essencial para melhorar a estrutura do clube, que hoje é de primeira linha, um marco dessa parceria foi a construção de um CT para o time, que leva o nome de um de seus principais ídolos, Hélio Rubens Garcia.

Jovem Hélio Rubens com Helinho criança
Hélio Rubens como jogador com seu filho Helinho, atual treinador do Franca. Foto: Antônio Lúcio/ Estadão.

A cidade de Franca voltou a se acostumar com títulos e glórias. O munícipio que tem o basquete como principal esporte viu a equipe conquistar diversas taças nos últimos anos, dentre elas, 5 campeonatos paulistas (2018,2019,2020,2022 e 2024), 4 títulos do NBB (2022, 2023, 2024, 2025), 2 Copas Super 8 (2020 e 2023), uma Liga Sul-Americana (2018), uma Basketball Champions League Américas (2023) e mais um título mundial (2023). 

Anúncio foi feito por Dana White, presidente do UFC
por
Caio Moreira
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25/06/2025 - 12h

O lutador americano Jon Bones Jones, de 37 anos e ex-campeão da categoria peso-pesado do Ultimate Fighting Championship (UFC), confirmou sua aposentadoria do Mixed Martial Arts (MMA). Dana White, atual presidente do UFC, anunciou neste sábado (21), em coletiva após o evento da organização. No domingo (22), Bones se pronunciou em suas redes sociais. Ele agradeceu aos fãs pelo apoio, ao UFC e seus organizadores, sua família e aos companheiros de equipe.

O mundo do MMA se chocou com a confirmação da sua aposentadoria, pois o lutador estava prestes a marcar a luta que unificaria o cinturão do peso-pesado com Tom Aspinall, inglês que detinha o cinturão interino da divisão. Dana deixou claro que a luta já estava fechada, com o Madison Square Garden como possível palco da decisão, até o americano mudar os planos. 

jones e dana
Jon Jones e Dana White em entrevista coletiva do UFC 309. Foto: Josh Hedges/Zuffa LLC/Getty Images

Muitos lutadores reagiram à notícia. Anderson Silva, ex-campeão do peso-médio e Hall da Fama do UFC, fez questão de exaltar Jones em suas redes sociais. “Meu irmão, obrigado por todos os momentos mágicos. Seu domínio dentro do cage é inigualável, e isso marca o fim de outra era lendária”. Já Renato Moicano, brasileiro lutador do peso-leve do UFC, teve uma opinião contrária à lenda dos médios. Em seu canal no Youtube, ele esclareceu que o americano manchou sua carreira. “O Jon Jones, foi um monstro na categoria 93kg, mas subiu com adversários escolhidos a dedo. Esperou o Francis Ngannou se aposentar, lutou com o Ciryl Gane, depois lutou com o Stipe Miocic e agora ficou dois anos sentado no cinturão, dizendo que iria lutar”. Moicano reforça sua ideia, mas explica que sua crítica não é sobre o aspecto técnico do ex-campeão, e sim pelo fato dele ter “cozinhado a categoria”. O brasileiro finaliza ressaltando que Jones caiu no doping e isso manchou o legado dele. 

Ao longo do anos, Bones empilhou polêmicas e grandes performances. Sua ascensão iniciou quando venceu Brandon Vera, Vladimir Matyushenko e Ryan Bader antes de receber a chance de enfrentar Mauricio Shogun pelo cinturão do meio-pesado no UFC 128, em março de 2011, após a lesão de Rashad Evans. O americano venceu por nocaute técnico a 2:37 do terceiro round e consagrou o título da categoria meio-pesado. Na sequência desses triunfos, ele  defendeu seu cinturão com sucesso contra Quinton Rampage Jackson, Lyoto Machida, Rashad Evans, Vitor Belfort, Chael Sonnen, Alexander Gustafsson e Glover Teixeira. 

jones
Jon Jones com seu primeiro cinturão. Foto: Al Bello/Zuffa LLC / Getty Images

A primeira grande polêmica dá início com seu maior rival na organização, Daniel Cormier. Durante um evento promocional, os dois fizeram uma encarada que resultou em socos e empurrões, a confusão terminou com Jon sendo punido em U$50 mil, e cumprindo 40 horas de serviço comunitário. As suspensões geraram mais um tumulto na sua carreira, a primeira foi causada após estar envolvido com um acidente onde bateu o carro e fugiu sem prestar assistência a uma mulher grávida, resultando em 6 meses de suspensão. As outras duas suspensões foram motivadas por uso de substâncias não permitidas pela USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos), foram elas clomifeno, letrozol e turinabol.

Campeão em duas divisões diferentes, no meio-pesado e no pesado, Jon Bones Jones encerrou sua carreira como um dos melhores de todos os tempos. Ele se despede com o cartel de 28 vitórias, uma luta sem decisão e nenhuma derrota. O americano é o lutador com mais defesas de cinturão na história (12). Além disso, é o campeão mais jovem do UFC, vencendo o título do meio-pesado em 19 de março de 2011, com 23 anos e 243 dias, quebrando o recorde do brasileiro José Aldo, campeão do peso pena aos 24 anos e 72 dias.




 

Camisas em homenagem a artistas e movimentos viram tendência no mercado mundial
por
Yan Gutterres Ricardi
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25/06/2025 - 12h

 

No dia 11 de Maio, em partida válida pelo Campeonato Espanhol, o Barcelona entrou em campo para o clássico contra o Real Madrid com uma novidade em seu uniforme: ao invés da logo do seu patrocinador, o serviço de streaming de música Spotify, o time espanhol estampou a marca da Cactus Jack, gravadora do rapper americano Travis Scott. A parceria, que também contou com uma linha de roupas e um show intimista para os fãs, fez parte de uma estratégia de colaboração entre o clube e seu patrocinador, divulgando diversos artistas de renome, já que além de Travis, nomes como Rolling Stones, Coldplay, Drake e Rosalía já estamparam o uniforme da equipe, cada um trazendo sua identidade para o esporte.

 

Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol com os braços levantados
Raphinha, atacante brasileiro do Barcelona, comemorando gol contra o Real Madrid; na camisa, patrocínio da Cactus Jack. Foto: Albert Gea/Reuters

 

Essa, porém, não foi a primeira vez que o futebol e a música se encontraram por meio dos uniformes. Ao longo dos últimos anos, diversos clubes ao redor do mundo lançaram camisas em homenagem a artistas e a movimentos culturais, como forma de celebrar raízes, e fortalecer laços com sua comunidade. Marcelo Coleto, produtor de conteúdo e colecionador de camisas, relata como essas ações ajudam a fortalecer esse vínculo e contribuem para a chegada de um novo público: “Essa mistura estampada nas camisas, atrelado ao uso no bom sentido da moda, atrai novos públicos, bem como torna essa ligação ainda mais crível. O fã de música quer ter a camisa por causa do artista e o torcedor por se identificar com o time que torce”

No Brasil, esses lançamentos vêm se tornando cada vez mais comuns. Em 2022, o Santos lançou uma coleção em homenagem à banda Charlie Brown Jr, que ganhou o Brasil após fazer sucesso na cidade, especialmente nos anos 1990 e 2000. Chorão, que morreu em 2013 e era vocalista da banda, era santista declarado. O músico, inclusive, estrelou um show na Vila Belmiro em 2010, durante apresentação do atacante Robinho, que chegou de helicóptero ao lado de Pelé. A linha contava com camisas parecidas com o uniforme 1 do Santos, branco, além de casacos e regatas. Quase todas as peças tinham a marca do Charlie Brown Jr. estampada no espaço principal do uniforme, como um patrocinador master.

 

Coleção de camisas do Santos em homenagem ao Charlie Brown jr, com camisas em um vestiário
Coleção do Santos em homenagem ao Charlie Brown Jr. Foto: Divulgação

Em 2023, foi a vez do Fluminense lançar uma camisa em homenagem à um notável torcedor. Com as cores verde e rosa, a equipe carioca homenageou o sambista Cartola, ilustre torcedor do clube, além da Estação Primeira de Mangueira, uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro, da qual Cartola foi um dos fundadores. A camisa trazia em toda a parte frontal e nas costas a letra completa de “Corra e olhe o céu”, samba clássico do artista em parceria com Dalmo Castello, em 1974. E a fonte escolhida para estampar o poema no uniforme foi inspirada na caligrafia do próprio Cartola.

A relação do sambista com o Fluminense começou ainda na infância. Nascido em 1908, no bairro do Catete, Cartola cresceu frequentando as Laranjeiras com o pai, torcedor fanático do clube, e era espectador assíduo dos treinos do time profissional - que já era tricampeão carioca de 1917/ 18/ 19. Na mesma época em que jogava bola em um terreno próximo ao clube, Cartola precisou se mudar para o Morro da Mangueira, onde mais tarde fundaria a Mangueira e escolheria as cores da escola em homenagem ao clube de coração. Em 1969, já consagrado como artista, foi convidado pelo então presidente tricolor Francisco Laport para um almoço em sua homenagem, com toda a diretoria do Fluminense.

Jogadores posando para divulgação da camisa do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola
Uniforme do Fluminense em homenagem ao sambista Cartola e à Mangueira. Foto: Divulgação

 

A moda no exterior

Fora do Brasil, dois rivais da mesma cidade já fizeram homenagens a movimentos culturais. O Manchester United lançou uma coleção inspirada no cenário musical e cultural de Manchester no início dos anos 1990, que ficou conhecido como ‘Madchester’, movimento do rock alternativo e fenômeno cultural que projetou Manchester para o mundo. Uma das influências mais marcantes desse período na cidade foi a banda The Stone Roses, e a peça central da coleção é a camisa Manchester United x Stone Roses Originals Icon, uma homenagem para a capa do álbum de estreia homônimo da banda, lançado em 1989. Para Marcelo, esse tipo de lançamento vem fazendo com que a indústria de uniformes enxergue cada vez mais o torcedor como um consumidor cultural, além do âmbito esportivo apenas: “As marcas esportivas têm trazido cada vez mais conceitos e culturas para as camisas por entender que, além do time ou uma torcida, elas podem representar outros valores. Através de uma camisa de futebol hoje é possível conhecer inúmeros tipos de culturas.” 

Já no lado azul da cidade, o Manchester City lançou no ano passado uma camisa em homenagem a banda Oasis, principal representante do ‘Britpop’, movimento cultural e musical do Reino Unido que surgiu também na década de 1990, visando celebrar a cultura britânica e colocar a música do país de volta no topo das paradas mundiais, em resposta ao grunge e ao rock alternativo norte-americano da época. Batizado de “Definitely City”, em referência ao álbum de estreia da banda inglesa, lançado em 1994, a peça foi criada em colaboração com Noel Gallagher, vocalista e guitarrista da banda, e torcedor fanático do City. A “magia” do lançamento da camisa se dá pelo fato da parceria entre o clube e a banda para comemorar os 30 anos do lançamento do primeiro álbum, mas também por coincidir com o retorno do Oasis aos palcos, após 15 anos de hiato. 

Jogadores do Manchester City e do Manchester United posando para divulgação de camisas
Equipes de Manchester e suas camisas; City com homenagem para o Oasis e o britpop e United relembrando o Madchester e o Stone Roses, banda que inspirou o próprio Oasis. Foto: Divulgação

Esses lançamentos mostram como o futebol está cada vez mais aberto a conexões que vão além das quatro linhas. Seja ao homenagear ídolos, ou ao se unir a grandes nomes da música internacional, os clubes reforçam sua identidade, aproximam-se dos torcedores e ampliam seu alcance cultural, se tornando um símbolo de memória afetiva e expressão artística. Sobre planos futuros, Marcelo comenta: “Pensando em música, tivemos movimentos como a Tropicália que foi significativo em seu tempo, ou a MPB que é atemporal, e até mesmo o sertanejo raiz dos anos 1980 e 90 são estilos que poderiam ser temas de camisas e coleções dos times. Acho que uma outra vertente, por exemplo, poderia ser a parceria entre times e marcas esportivas com eventos nascidos no Brasil. Pensando na recente parceria entre Adidas e Glastonbury [festival de música realizado na Inglaterra]. Por que não algo pensado entre uma marca esportiva e o Rock In Rio?”

Uma breve análise do desempenho dos atletas estreantes da F1 2025
por
Felipe Achoa
Anderson Santos
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25/06/2025 - 12h

Este ano trouxe novos ares para a principal divisão automobilística do planeta até agora. Com seis novos rookies (calouros) que têm chamado atenção nas pistas em meio a resultados expressivos, entre desempenhos deslumbrantes e algumas decepções, a categoria parece respirar com lampejos de renovação. 

A conquista do terceiro lugar de Andrea Kimi Antonelli na última edição do GP do Canadá, o que o coloca como terceiro atleta mais jovem da história a atingir um pódio de F1, reacendeu a discussão à respeito do desempenho dos atletas estreantes, principalmente com o meio da temporada se aproximando.

A Fórmula 1 de 2025 já ficou marcada como a sessão de novatos. Nunca antes na história recente, tantos pilotos juntos estrearam na categoria, em especial pelas características da modalidade em si; até o ano corrente são 20 assentos com rotatividade baixíssima e que partem do pressuposto de que não existe rebaixamento, nem de equipes, nem de pilotos. Esta é uma divisão esportiva de acessibilidade reduzida. 

Dentro do intervalo de 2020 - 2024, de todos os atletas que estrearam na categoria, apenas o atual líder do campeonato, Oscar Piastri, segue como titular.

Ainda assim, essa nova classe de pilotos que acaba de entrar demonstra um futuro muito promissor, com atletas que, inclusive, já desempenharam bem na Formula 1 como substitutos.

Para iniciar,  o golden boy da Ferrari, Oliver Bearman. O piloto britânico se destacou ao demonstrar grande talento durante o início da temporada da Formula 2 no ano de 2023.

Com batalhas incríveis contra o “tubarãozinho” Enzo Fittipaldi e o campeão da temporada, Theo Pourchair, Bearman garantiu seu futuro na equipe rossonera, encerrando o ano com 5 pódios. 

Apesar do pouco destaque na sua segunda passagem pela F2, o destino o premiou com duas  oportunidades em que correu na F1, em substituição aos pilotos Carlos Sainz (Ferrari) e Kevin Magnussen (Haas/Ferrari); o jovem entregou muito mais do que as equipes esperavam, com pontos em ambas as rodadas. 

Os resultados relevantes garantiram o acesso expresso à categoria principal na equipe Haas. Mesmo com um carro limitado e uma equipe menor, o britânico tem evoluído bem, demonstra, cada vez mais, confiança e já finalizou dentro da zona de pontuação em quatro corridas, incluindo o GP de abertura, no Azerbaijão.

 

Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024  Foto por: David Davies/PA Images
Oliver Bearman em substituição a Carlos Sainz no GP da Arábia Saudita de F1 em 2024 
Foto por: David Davies/PA Images 

 

A nova estrutura da equipe, a “Super” Haas/Toyota Gazoo Racing, que ainda tem como principal parceiro a Ferrari, também tem se mostrado um caminho benéfico para a evolução de Ollie, que precisa de tempo para se adaptar às novas condições de corrida e às diferentes pistas do calendário.

A expectativa no paddock é que com, aproximadamente, dois anos de maturação, o piloto já esteja apto para assumir um possível assento na Escuderia Ferrari.

Dentre os estreantes de melhor desempenho no ano corrente, está Isack Hadjar. O vice campeão da F2 no ano passado chegou a maior categoria automobilística do planeta repleto de contestações. Mesmo com resultados positivos nas categorias de base, a inconstância apresentada pelo jovem gerava dúvidas, não apenas com o público geral, mas entre os principais mandantes da RedBull. 

Ainda assim, com um cartel de opções limitado, Helmut Marko e companhia apostaram no francês que está desempenhando extremamente bem em circuitos mundo afora.

Hadjar é o único entre os estreantes que foi para todos os Q3 (fase final da classificação que contém apenas os 10 mais velozes) e inegavelmente é o que mais tem superado expectativas, uma vez que conta com um carro limitado, tem finalizado melhor que ambos os companheiros que teve até o momento e é o piloto em atuação pela matriz da RedBull em melhor fase, depois de Max Verstappen, o que o coloca na posição de um possível assento na equipe principal em um futuro não tão distante.

Outro que briga pelo título de melhor atleta ingressante em 2025 é Andrea Kimi Antonelli. Estreante pela Mercedes, a pressão por resultados já se tornou vívida desde o início; mesmo com o infortúnio, o bom carro e estrutura fornecidos pela equipe, aliados à performance inacreditável do jovem, têm não só trazido resultados à fabricante, como ao piloto. 

O Italiano, que tem uma passagem muito breve e vitoriosa pelas categorias de base do automobilismo, teve acesso prematuro dado seu enorme talento. 

Antonelli é uma aposta da Mercedes em criar um novo Max Verstappen. Não literalmente, mas criar um novo fenômeno que seria capaz de virar o jogo para a montadora, que não vive as mesmas glórias do passado.
 

Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024  Foto por: Bryn Lennon - Formula 1
Andrea Kimi Antonelli no GP da Itália de F1 em 2024 
Foto por: Bryn Lennon - Formula 1

 
A aposta tem se provado um acerto, uma vez que Kimi tem conseguido posições expressivas em pistas importantes, pontos constantes e, recentemente, no Grande Prêmio do Canadá, se tornou o terceiro atleta mais jovem da história a conquistar uma das três primeiras posições em um circuito de Formula 1. A expectativa é alta para o futuro do emiliano-romagnolo e a Mercedes espera que o jovem traga muito sucesso à equipe.

Membro da academia de pilotos da Red Bull desde 2019, Liam Lawson foi promovido à equipe no começo deste ano, substituindo Sergio Pérez.

O piloto neozelandês competiu em seis etapas do campeonato do ano passado pela equipe Racing Bulls, pontuando em duas ocasiões. O seu estilo de pilotagem agressivo e rápida adaptação a categoria impressionaram a direção da Red Bull, principalmente o chefe da equipe, Christian Horner.

Neste ano, Lawson teve muitas dificuldades em adaptar-se ao carro da equipe, que foi projetado para o estilo de pilotagem de Max Verstappen. E após somente duas etapas, onde não conseguiu ter bons desempenhos, foi substituído por Yuki Tsunoda e voltou para a Racing Bulls.

Por outro lado, Jack Doohan foi contratado pela Alpine em agosto do ano passado, após o anúncio da saída de Esteban Ocon para a Haas.

O australiano entrou na academia de pilotos da equipe francesa em fevereiro de 2022, cinco meses após ser vice-campeão da Fórmula 3 do ano anterior.

Depois de uma passagem sólida pela Fórmula 2, mas sem grandes conquistas, Doohan recebeu a oportunidade de realizar seis etapas na Fórmula 1, começando no Grande Prêmio da Austrália, em seu país natal.

Já sabendo que dependia de boas performances para seguir na equipe após receber um ultimato de seu chefe, Flavio Briatore, o piloto não conseguiu adquirir confiança e ter boas performances. 

Depois de abandonar o Grande Prêmio de Miami por conta de um acidente na primeira volta, Doohan foi comunicado por Briatore que seria substituído por Franco Colapinto para a sequência da temporada. Ele segue na Alpine como piloto reserva e de testes.

 

Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)
Jack Doohan (esquerda) seguirá como piloto reserva, com a dupla titular: Colapinto e Gasly (Foto: RevistaHG)

 

Colapinto, assim como o seu antecessor, correrá seis etapas no segundo carro da Alpine. Após esse período, sua performance será avaliada por Flavio Briatore, que definirá o seu futuro na Fórmula 1.

O argentino fez a sua estreia na Fórmula 1 no ano passado, correndo a segunda metade da temporada pela Williams, onde conseguiu um impressionante oitavo lugar no Grande Prêmio do Azerbaijão.

Mas apesar do ótimo resultado, Franco mostrou sinais de inconsistência na parte final do campeonato, abandonando três das últimas quatro corridas do ano. No entanto, o garoto ainda tem muita experiência a ganhar e também apresentou velocidade, ainda que de forma inconstante, com bons desempenhos e posições próximas à zona de pontuação no ano de 2025.

Por fim, o maior destaque recente das categorias de base, Gabriel Bortoleto fecha o grid dos calouros. Principal destaque da F3 2023, campeão em seu primeiro ano de participação e campeão da F2 logo no ano seguinte, também em sua primeira passagem pela categoria, o brasileiro se provou o grande talento de sua geração e assinou com Stake Kick Sauber.

A equipe, que tem a atual menor estrutura do Grid, vive um processo de reconstrução para em 2026 se tornar Audi F1 Team. 

Com um carro fraco e predominância no fundo do Grid, o time tem sido um bom caminho para que Gabriel conquiste experiência, mas uma experiência difícil para alguém acostumado a vencer.

 Ainda assim, a clara prioridade à Nico Hulkenberg e as falhas estratégicas do time influenciaram no desempenho pouco animador do brasileiro, que ainda não conta com ponto algum.

A jovem promessa tem demonstrado maturidade e é constantemente elogiada pelo time e outros pilotos. O estilo seguro de Bortoleto, aliado à sua velocidade, com ultrapassagens inteligentes, trazem a esperança de futuros pontos para o brasileiro, que tem desempenhado um ótimo trabalho.

 

Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1  Foto por: Chandan Khanna / AFP
Gabriel Bortoleto no GP de Miami de F1 
Foto por: Chandan Khanna / AFP

 

Muito cedo para cravar o futuro de qualquer um, mas um ótimo momento para analisar o desempenho destes jovens, fica evidente que a categoria tem se renovado e novos nomes devem assumir posições do alto escalão da Formula 1 logo.

Organização venceu seu primeiro título na modalidade
por
Pedro Premero
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24/06/2025 - 12h
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr
Jogadores da FURIA levantam a taça após derrotarem a paiN - Foto: LTA Sul/flickr

 

Neste domingo (15) a FURIA se consagrou como a primeira equipe a vencer a LTA Sul, após o fim do CBLOL, com um 3 a 0 em cima da paiN Gaming. Os panteras entraram no cenário de League of Legends em 2020, mas nunca conseguiram alcançar grandes resultados. Depois de cinco anos e muitos projetos que bateram na trave, eles enfim conquistaram o título. Confira mais detalhes da série:

 

Jogo 1 - Virada Furiosa

O early game foi bem movimentado, com um foco da FURIA de jogar pelo lado superior do mapa para abater o Wizer (Sion), deixar o Guigo (Camille) com vantagem e a paiN respondendo a essas jogadas. A partida começou a ganhar forma para os Tradicionais após um bom controle dos objetivos e utilização do Arauto para levar as torres da rota inferior.

Com boas lutas, a paiN se manteve na liderança do jogo, apesar de perder alguns objetivos, alcançando 6k de gold na frente de seus adversários. Porém, aos 36 minutos de partida, Os Panteras deram um pickoff no Wizer, que desencadeou em uma team fight na qual a FURIA saiu vitoriosa. Com apenas uma luta, eles conseguiram virar a partida e abrir o placar da final.

 

Jogo 2 - A um passo da história

A segunda partida da final pareceu um replay da primeira, as duas equipes movimentaram o mapa com muitos abates e disputas de objetivos. O jogo estava muito parelho e era muito difícil definir quem venceria, já que nenhum dos times conseguiu uma vantagem expressiva. 

A partida foi definida em mais uma luta imprevisível, que foi decidida no por Ayu (Senna) atirador da FURIA. Como no jogo anterior, os Panteras precisaram de apenas uma team fight para ganhar e buscar o match point.

 

Jogo 3 - HOJE É DIA DE FURIA

Diferente dos outros dois jogos, a FURIA não deu chances para paiN no terceiro e último jogo da final. Os Panteras dominaram do começo ao fim. Eles puniram bem os tradicionais nas rotas laterais e obtiveram muitos abates por lá. Além disso, a FURIA buscou lutas nos objetivos, respondendo a jogadas da paiN e evitando que eles se recuperassem na partida. Com isso, eles chegaram a uma vantagem de mais de 12k de ouro e foi só questão de tempo para conquistarem seu primeiro troféu na modalidade. 

 

MVP da Final: Guigo

 

Coletiva

Conquistando um título pela segunda vez na carreira, Tutsz contou o sentimento de voltar ao topo do cenário após cinco anos:

“O sentimento é muito bom. É gratificante saber que, se eu estiver trabalhando com as pessoas certas, com a comissão certa, eu consigo ser um dos melhores”

Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr
Tutsz foi campeão no 1º split de 2020, em sua primeira temporada da carreira - Foto: LTA Sul/flickr

 

O midlaner também agradeceu a confiança que a organização deu a ele desde sua chegada:

“Quando eles me contrataram, me trouxeram do Academy (Tier 2). Então desde sempre foi uma relação de confiança muito grande da FURIA comigo e queria agradecer esse laço que foi criado”, finalizou.

 

Glossário

Team fights: Lutas em equipe

TF: Abreviação de team fight

Early game: começo de jogo

MVP: Sigla de Most Valuable Player, que indica o melhor jogador da partida

Ouro: dinheiro do jogo

pickoff: Abater um adversário que está fora de posição

Objetivos: Monstros neutros em que as equipes podem abater para conseguir melhorias, ouro e experiência.

Midlaner: Jogador que atua pela rota do meio

Rotas laterais: rota que estão na extremidade do mapa, o top (rota superior) e bot (rota inferior)

Brasil sofre derrota humilhante e aumenta a pressão SOBRE Dorival Júnior no cargo
por
DANIEL SANTANA DELFINO
RENAN BARCELLOS
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26/03/2025 - 12h

A noite de 25 de março de 2025 se tornou um dos capítulos mais amargos para a seleção brasileira. No lendário Monumental de Núñez, em Buenos Aires, o Brasil foi goleado por 4 a 1 pela Argentina, em duelo válido pela 14ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. O resultado é a maior derrota da seleção brasileira na história das Eliminatórias, superando todos os tropeços anteriores e reforçando a crise na equipe comandada por Dorival Júnior.

Domínio argentino e apagão brasileiro

Desde os primeiros minutos, a Argentina impôs seu ritmo de jogo e dominou amplamente as ações. Mesmo sem a presença de Lionel Messi, os argentinos foram superiores em todos os setores do campo. Logo aos quatro minutos, Julián Álvarez abriu o placar após rápida troca de passes. Pouco depois, aos 12 minutos, Enzo Fernández ampliou, aproveitando uma falha na marcação brasileira.

 

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Raphinha e Thiago Almada na partida entre Argentina e Brasil pelas eliminatórias. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

 


O Brasil conseguiu descontar aos 26 minutos, com Matheus Cunha, em um dos poucos momentos de lucidez ofensiva da equipe. No entanto, o domínio argentino continuou e, ainda no primeiro tempo, Alexis Mac Allister marcou o terceiro aos 36 minutos, praticamente selando o destino da partida.

Na segunda etapa, a seleção brasileira tentou esboçar uma reação, mas mostrou desorganização e falta de intensidade. Aos 26 minutos, Giuliano Simeone fez o quarto gol, consolidando a goleada histórica.

Dorival Júnior pressionado e futuro incerto


A goleada expôs fragilidades técnicas e táticas do Brasil, aumentando a pressão sobre Dorival Júnior, contratado para renovar a equipe após a última Copa do Mundo. Com apenas uma vitória nas últimas quatro partidas das Eliminatórias, o treinador vê seu cargo ameaçado. Nos bastidores, a  Confederação Brasileira de Futebol (CBF) avalia possíveis alternativas, mas ainda não se pronunciou oficialmente.
 

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Nas Eliminatórias, Dorival tem seis vitórias, três empates e cinco derrotas no comando da Seleção Brasileira. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

“É um momento difícil. Precisamos refletir, corrigir nossos erros e trabalhar para recuperar a confiança do time e da torcida”, declarou Dorival Júnior após a partida.
O desempenho aquém do esperado de jogadores como Raphinha, que havia prometido "dar a vida em campo" antes do jogo, gerou frustração entre os torcedores. A apatia da equipe e a falta de reação durante a partida foram amplamente criticadas.

Classificação ameaçada e pressão crescente

Com a derrota, o Brasil caiu para a quarta posição nas Eliminatórias, restam quatro rodadas para a definição da classificação à Copa do Mundo de 2026, e o clima de pressão sobre jogadores e comissão técnica se intensifica.
A imprensa argentina celebrou o triunfo histórico, destacando a superioridade do time mesmo sem Messi. Jornais como Olé e Clarín trataram o resultado como um "massacre" e uma "humilhação inesquecível", inflamando a rivalidade histórica entre os países.

O Brasil perdeu a oportunidade de se aproximar da classificação para a Copa do Mundo após uma derrota para a Argentina, que agora lidera o torneio com 31 pontos. Com isso, o Brasil caiu para a quarta posição, sendo ultrapassado por Equador e Uruguai.

Os brasileiros precisam de um aproveitamento de 50% nos próximos quatro jogos para garantir a classificação. Os próximos desafios serão:

- Equador x Brasil (05/06)
- Brasil x Paraguai (10/06)
- Brasil x Chile (04/09)
- Bolívia x Brasil (09/09)

A classificação para a Copa do Mundo é garantida para os seis primeiros colocados, enquanto o sétimo lugar disputará a repescagem. O Brasil tem seis pontos de vantagem sobre a Venezuela, que atualmente ocupa a sétima posição.

Veja o retrospecto do confronto no campeonato estadual e quem leva a melhor historicamente
por
Gustavo Romero Pires
Felipe Oliveira
|
25/03/2025 - 12h

 

Corinthians e Palmeiras se enfrentam para decidir o campeão paulista de 2025, após o Verdão perder o primeiro jogo da final em casa por 1x0 com gol de Yuri Alberto. Já o Alvinegro vem com histórico de ser o time da Série A do Campeonato Brasileiro que menos perdeu, apesar da eliminação precoce na Pré-Libertadores.

O jogo da volta acontece na Neo Química Arena, em Itaquera, na próxima quinta-feira (27).

Além da partida se tratar de um dos maiores clássicos do país, nomeado como derby paulista, o jogo pode coroar o alviverde como o primeiro tetracampeão do torneio desde 1919, quando o Club Athletico Paulistano foi campeão quatro vezes seguidas, antes mesmo da profissionalização do campeonato.

No entanto, o alvinegro tem a chance de frustrar o sonho palmeirense, assim como o Verdão fez com o Corinthians em 2018, quando o timão tinha a mesma oportunidade do tetracampeonato.

Retrospecto dos Derbys Paulista nas finais do Paulistão

Ao todo, foram oito finais do Paulistão entre Palmeiras e Corinthians: o primeiro confronto aconteceu em 1936 e o último em 2020. Até o momento, a equipe Alviverde leva a melhor no retrospecto das finais, tendo cinco vitórias contra três dos Alvinegros do Parque São Jorge.

●     1936 - Palmeiras campeão

●     1938 - Palmeiras campeão

●     1974 - Palmeiras campeão

●     1993 - Palmeiras campeão

●     1995 - Corinthians campeão

●     1999 - Corinthians campeão

●     2018 - Corinthians campeão

●     2020 - Palmeiras campeão

Em 2018, o Corinthians estava com um elenco totalmente diferente do campeão paulista e brasileiro no ano anterior e por isso, de acordo com a mídia da época, tinha um time inferior ao do Palmeiras, que contava com o centroavante Miguel Borja. O atacante fez o gol que deu a vitória à equipe alviverde no jogo de ida da final, na Arena Corinthians.

Já no segundo jogo, o alvinegro venceu a partida com gol de Rodriguinho ainda no primeiro tempo e um pênalti polêmico retirado pela arbitragem após uma conversa com o quarto árbitro, levou a partida às penalidades. 

Nas cobranças de pênaltis, o ex -goleiro do Timão, Cássio, defendeu as batidas de jogadores palmeirenses badalados como Dudu e Lucas Lima. Porém, o chute decisivo caiu nos pés do menino da base Maycon, que converteu a cobrança que deu o título para o Corinthians, dentro do Allianz Parque.

 

Maycon
Jogadores do Corinthians comemorando logo após a confirmação do título paulista de 2018 Foto: (Nelson Almeida/AFP)

 

 

Este último confronto, seguiu um roteiro muito parecido com o da atual edição. Na época, o Corinthians, campeão das últimas três edições (2017, 2018 e 2019), encontrou dificuldades para se classificar no Paulistão 2020, conseguindo uma vaga para as quartas de final na última rodada da fase de grupos, na vitória de 2 a 0 contra o Oeste.

Com Palmeiras e Corinthians avançando de fase, as duas equipes se encontraram na grande final e após um jogo truncado e de poucas chances criadas, a partida de ida acabou empatada em 0 a 0 na Neo Química Arena. Já na volta, o Verdão levava a melhor desde os 49 minutos do segundo tempo, com um gol de cabeça do atacante Luiz Adriano. Porém, foi no último lance do jogo, aos 97 minutos, que o Timão empatou o jogo após Gustavo Gómez derrubar o Jô dentro da área em um pênalti - visto pela imprensa e torcedores - como “infantil”, levando a disputa para as penalidades. No final, o Palmeiras se sagrou campeão após 12 anos, tirando a chance do tetracampeonato do seu rival.

Patrick de Paula
Patrick de Paulo, autor do pênalti do título, comemorando enquanto Cássio lamenta (Alex Silva/Estadão)

 

Tal edição aconteceu no período da pandemia da Covid-19, o que consequentemente, afastou as torcidas dos estádios e impediu que o espetáculo fosse ainda maior. Já nesta edição (2025) - longe dos perigos pandêmicos - o destino quis novamente um derby cheio de emoções para a final, com um roteiro parecido da edição de 2020. O Palmeiras, que conseguiu sua vaga para as quartas na última rodada do Paulistão, na vitória de 3 a 2 contra o Mirassol, também chega para esta final como campeão dos últimos três anos consecutivos do torneio (2022, 2023 e 2024). A diferença é que logo no Allianz Parque, o Verdão sofreu uma derrota de 1 a 0 com gol do atacante Yuri Alberto, proporcionando mais emoções para o jogo da volta na Neo Química Arena.

 

 

Palmeiras ainda acredita no título

Após a derrota dentro de casa na partida de ida, o lateral-esquerdo do Verdão, Joaquín Piquerez, desabafou na entrevista pós jogo e disse que Corinthians “só chegou uma vez e fez o gol” e acredita no título paulista: “Palmeiras vem de três finais virando no 2° jogo”

O jogador uruguaio, se refere aos confrontos contra os times São Paulo, Água Santa e Santos, no qual o Palmeiras reverteu a desvantagem em todos os confrontos. Em 2022, a equipe alviverde perdeu para o tricolor paulista no Morumbis por 3 a 1, e reverteu o placar com uma goleada de 4 a 0 no Allianz Parque. No ano seguinte, o Palmeiras havia perdido por 2 a 1 na Arena Barueri, para o Água Santa - perdendo a chance de ser campeão invicto daquela edição. Repetindo o mesmo placar da final anterior no jogo da volta, o Verdão aplicou um sonoro 4 a 0 em seu estádio, conquistando o bicampeonato. Por fim, no ano de 2024, foi a vez do Santos se tornar uma outra vítima do Palmeiras. Após a vitória por 1 a 0 na Vila, a equipe palestrina novamente reverteu o placar no jogo de volta em seu estádio, vencendo o jogo por 2 a 0 e conquistando o tricampeonato.

 

Apesar do resultado, Corinthians mantém pés no chão

Claro que o alvinegro conseguiu buscar uma excelente vantagem no Allianz Parque ao vencer o primeiro jogo da final do campeonato, mas ainda não tem nada ganho, muito menos fácil.

Além do clube alviverde ter viradas nas últimas finais do estadual, o timão vem sofrendo com a defesa durante o ano, principalmente em bolas aéreas e sofrendo gols na maioria dos jogos. Os exemplos mais recentes em jogos decisivos são nas partidas pela pré-Libertadores, as quais o Corinthians enfrentou clubes abaixo tecnicamente, mas mesmo assim sofreu muitos gols, principalmente contra o Universidad Central, da Venezuela, tomando dois gols em casa.

No entanto, o clube sofreu apenas 1 gol nos últimos 4 jogos e a defesa se firmou com os zagueiros Gustavo Henrique e Félix Torres, o que pode ser um trunfo.

Ramon Díaz já demonstrou ser um treinador experiente, campeão da Libertadores pelo River Plate, logo sabe que administrar a vantagem pode ser perigoso com um time tão forte mental e tecnicamente do outro lado.

Esse Derby promete entrar para a história, independente do resultado. Podendo marcar a volta do Corinthians aos títulos ou a continuação da supremacia verde no maior estadual do país. 

O clube alvinegro contará com mais de 48 mil pessoas no estádio para fazer valer a vantagem de um gol para voltar a levantar taças em Itaquera. Já o Palmeiras aposta suas fichas no ataque jovem e estrelado com Vitor Roque e Estevão para diminuir a vantagem e virar o placar, ficando assim com o título na casa de seu maior rival.

 

Confira os destaques do primeiro final de semana do campeonato na etapa de Porto Alegre
por
Cecília Schwengber Leite
|
24/03/2025 - 12h

Na última sexta-feira (21) teve início a primeira etapa da STU Pro Tour 2025, sediada na cidade de Porto Alegre, que abriga a maior pista de skate da América Latina. O campeonato movimenta os cenários nacional e internacional do esporte, contando com as modalidades Skate Street e Skate Park, ambos feminino e masculino, que conheceram seus vencedores na tarde de domingo (23), além das categorias Paraskate, finalizada no sábado (22), e Mini Ramp e Vert, programadas para o próximo final de semana, nos dias 29 e 30 de março. 

Grandes nomes do skate e paraskate mundial se reuniram na Orla do Guaíba durante o final de semana e mostraram novamente porque fazem parte da elite de suas modalidades. O público se fez presente lotando as arquibancadas e vibrando junto com os atletas, e contou com, além de muito skateboard, shows de DJs e músicos ao longo do evento, que foi encerrado com o rapper Djonga no palco após o fim das competições no domingo.

Sexta-feira de classificatórias

O calor da cidade ajudou a esquentar o primeiro dia de campeonato, com todos os skatistas buscando seu lugar nas semifinais durante as etapas classificatórias, que já mostraram o nível muito elevado da competição. Inicialmente, foram disputadas quatro baterias nas modalidades femininas e seis nas masculinas. Rayssa Leal garantiu sua vaga na semifinal do Street com um 75.55, a melhor nota da bateria com folga, mas preocupou os espectadores sentindo muita dor na região do glúteo após uma queda. Os brasileiros Gui Khury e Giovanni Vianna também se destacaram no Park e Street, respectivamente.

Gui Khury, revelação no Skate Park, concentrado para a sua volta. Foto: Instagram/@skatetotalurbe
Gui Khury, revelação no Skate Park, concentrado para a sua volta. Foto: Instagram/@skatetotalurbe

Com apenas 16 anos, Khury é a promessa da nova geração do Skate Park, enquanto Vianna já é um atleta olímpico consolidado na cena do Street. Gui, apesar de jovem, já coleciona três recordes no World Guinness e um título mundial em sua modalidade original, o Vert, e vem chamando atenção com seu desempenho no Park, em que começou a competir. Em sua classificação, acertou um flip body varial 540, agitando o público. Outros dois destaques nas pistas do Park foram a espanhola Naia Laso, com a maior nota entre as baterias, e o italiano Alessandro Mazzara, que se classificou com pontuação 90.00, atingindo o nine club (nota igual ou superior a 90.00).

Sábado de semifinais e final do Paraskate

As disputas das semifinais agitaram o sábado na Orla, com verdadeiros shows de skate. No Street masculino, Giovanni Vianna e Carlos Ribeiro obtiveram as maiores notas, vencendo suas baterias, e garantindo seus lugares na final juntamente com mais três brasileiros e o peruano Angelo Caro. Já no Park feminino, a brasileira Yndiara Asp levou a melhor nota, deixando Naia Laso em segundo lugar na bateria. Ambas se classificaram ao lado das brasileiras Dora Varella, Raicca Ventura e Fernanda Tonissi, e da japonesa Mizuho Hasegawa. 

Ocorreu também no sábado a final (disputa única) do Skate Adaptado, ou Paraskate, que alterna entre as modalidades a cada etapa, sendo a vez do Park em Porto Alegre. O campeão com direito a nine club (91.33) e grande destaque foi Vini Sardi, presidente da Associação Brasileira de Paraskate. Felipe Nunes garantiu o segundo lugar, com nota 87.58, e o terceiro lugar ficou para Italo Romano, com 82.17. 

Uma mistura de ansiedade e apreensão tomou conta das arquibancadas, que clamavam por Rayssa Leal na semifinal do Street feminino, ao mesmo tempo que a viam novamente sentir dor na mesma região após cair durante o aquecimento. Apesar do desconforto, a Fadinha competiu e se garantiu com tranquilidade na final, numa disputa com notas não muito altas. 

Para encerrar o dia longo, o Park masculino pegou fogo com o nível altíssimo dos atletas, que jogaram a dificuldade lá em cima. Gui Khury voou e brilhou na pista novamente, se classificando com 91.38, atrás na tabela geral apenas do norte-americano Tate Carew, outro grande destaque, com nota 92.33. O brasileiro Luigi Cini também atingiu o nine club, pontuando 91.00. Mazzara veio em seguida, com 88.83, colado no brasileiro Kalani Konig, com 88.00, e por fim o veterano Pedro Barros, que garantiu sua classificação na última volta, ficando com 86.77, e deixando um dos favoritos à final, Augusto Akio, de fora.

Veja a lista completa dos classificados para as finais

 

Skate Street masculino:

Angelo Caro (PER)

Carlos Ribeiro (BRA)

Wallace Gabriel (BRA)

Giovanni Vianna (BRA)

Ivan Monteiro (BRA)

Bruno Silva (BRA)

Skate Street feminino:

Rayssa Leal (BRA)

Gabi Mazetto (BRA)

Kemily Suiara (BRA)

Aoi Uemura (JPN)

Daniela Terol (ESP)

Maria Lúcia (BRA)

Skate Park masculino:

Kalani Konig (BRA)

Gui Khury (BRA)

Pedro Barros (BRA)

Tate Carew (EUA)

Alessandro Mazzara (ITA)

Luigi Cini (BRA)

Skate Park feminino:

Yndiara Asp (BRA)

Naia Laso (ESP)

Fernanda Tonissi (BRA)

Dora Varella (BRA)

Raicca Ventura (BRA)

Mizuho Hasegawa (JPN)

 

Domingo de finais

O dia das finais empolgou o público com a presença de muitos atletas brasileiros nas disputas pelo pódio. Rayssa Leal, medalhista olímpica e multicampeã da modalidade, conquistou o primeiro lugar do Skate Street feminino, brilhando na pista com pontuação 81.57 e levantando a torcida com um 360 kickflip para fechar a volta do título com estilo. Em segundo lugar ficou a espanhola Daniela Terol, com 64.37, e em terceiro, a brasileira Maria Lúcia, com 51.24.

Rayssa Leal fica em primeiro lugar no Skate Street feminino. Foto: Julio Detefon
Rayssa Leal fica em primeiro lugar no Skate Street feminino. Foto: Julio Detefon

No Skate Park feminino, Naia Laso ficou no topo do pódio com nine club (90.67), seguida por Yndiara Asp em segundo, com 85.00, e Mizuho Hasegawa em terceiro, pontuando 84.51. Já na final do Street masculino, Giovanni Vianna foi o grande vencedor com nota 88.80 numa disputa intensa. Em segundo lugar, Carlos Ribeiro ficou com 85.97, e em terceiro, Angelo Caro, com 79.30.

Guardando suas melhores manobras para a final, o jovem Gui Khury não cansou de impressionar os jurados e o público e foi pela primeira vez campeão do Skate Park masculino, pontuando 91.00. Os demais brasileiros, que foram bem na semifinal, acabaram desbancados por Tate Carew, em segundo lugar com 89.00, e Alessandro Mazzara em terceiro, com 88.47. Assim foi encerrado o primeiro final de semana da STU Pro Tour na capital gaúcha, que ainda contará com Gui Khury voltando às pistas na disputa do Vert, sua especialidade.

Equipes cobram entidade sul-americana após casos de racismo e falas polêmicas de presidente
por
Annanda Deusdará
Nathalia de Moura
|
24/03/2025 - 12h

Na última segunda-feira (17), foi realizado em Luque, no Paraguai, o sorteio dos grupos da Sul-Americana e da Libertadores de 2025. Além de destacar os confrontos das competições continentais, as falas do presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, também chamaram atenção. Após o evento, o paraguaio fez uma analogia ao dizer que “a Libertadores sem times brasileiros seria como o ‘Tarzan sem a chita’”.

Antes do sorteio, o presidente da entidade sul-americana já havia discursado em português sobre o caso de racismo sofrido pelo atacante palmeirense Luighi, contra o Cerro Porteño, em partida válida pela Libertadores Sub-20, no dia seis de março. “A Conmebol é sensível a essa realidade. Como pode não ser (sensível) à dor do Luighi? Nosso desafio é sermos justos com aqueles que são responsáveis por esses atos.” Mesmo condenando os atos racistas, Alejandro Domínguez não deixou claro se a Conmebol será mais contundente para combatê-los.

Logo após a cerimônia, o presidente foi questionado sobre como seria a Libertadores sem clubes brasileiros. Essa pergunta foi em alusão a fala de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, que sugeriu que as equipes brasileiras saíssem da Conmebol e se filiassem à Concacaf, entidade que administra o futebol continental na América do Norte, América Central e o Caribe. Ele respondeu sorrindo: “Impossível. Isso seria como o Tarzan sem a Chita.”

 

Em entrevista à AGEMT, o diretor do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, Marcelo Carvalho, diz que entende a fala de Alejandro como falta de entendimento do que é racismo. “Uma fala dessas mostra que a gente 'tá' muito longe de resolver o problema. No Brasil a gente debate racismo recreativo, trabalha a questão das palavras, fora daqui isso é um debate que ainda não existe”, explica Carvalho.

A Libra, liga de clubes da Séries A, B e C do Brasileirão, divulgou uma nota repudiando a fala do presidente. O comunicado foi assinado por 16 clubes - apenas o Flamengo, entre os membros da Liga, não aparece como um dos assinantes do pronunciamento. O clube carioca declarou que “luta contra qualquer forma de racismo e discriminação, mas entende que as relações com a Conmebol devem ser conduzidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).”

Essa foi mais uma manifestação dos times brasileiros contra a Conmebol. Após o atacante palmeirense Luighi sofrer ataques racistas no Paraguai, a CBF, o Palmeiras e outros clubes se manifestaram cobrando punições mais severas nessas situações.

Entenda o caso

Palmeiras e Cerro Porteño-PAR se enfrentaram pela segunda rodada da fase de grupos da Conmebol Libertadores Sub-20 no último dia seis de março, em Assunção, no Paraguai. O Verdão venceu a partida por 3 a 0, mas o confronto ficou marcado por mais um caso de racismo no futebol sul-americano. Luighi, atacante palmeirense, foi alvo de ataques racistas quando foi substituído, saiu de campo chorando após sua revolta e desabafou na entrevista pós-jogo: “Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime.”

Os jogadores brasileiros já estavam sendo hostilizados pela torcida mandante, mas, aos 35 minutos do segundo tempo, o camisa 9 do clube paulista foi mais uma vítima de racismo. Ao ir em direção ao banco de reservas após ser substituído, ele recebeu xingamentos, cusparadas e viu um torcedor imitar um macaco em sua direção.

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Torcedor paraguaio imita um macaco em direção a palmeirenses. Foto/Reprodução: Rede Globo

Mesmo com a revolta dos atletas e da comissão técnica alviverde, o juiz reiniciou a partida. Na entrevista pós jogo, o repórter perguntou sobre a partida e Luighi prontamente desabafou: “Não, não. É sério isso? Vocês não vão me perguntar sobre o ato de racismo que ocorreu hoje comigo? É sério? Até quando vamos passar por isso? Me fala, até quando? O que fizeram comigo é crime, não vai perguntar sobre isso?” Ele também cobrou um posicionamento da CBF em relação ao caso.

Marcelo Carvalho fala que o impacto de casos de racismo em competições de base podem ser ainda maiores. “Situações como essa podem fazer um jogador desistir da carreira, ele pode impactar esse atleta de diversas formas. [...] Estamos tratando de garotos que nem sempre tem uma uma personalidade pronta e sabem como agir”, explica o diretor.

A falta de punições mais severas para crimes de racismo ocorre devido a falta de previsão nos regulamentos esportivos. O olhar voltado para os direitos humanos é algo recente. Atualmente o Estatuto da FIFA e a Carta Olímpica do Comitê Olímpico Internacional trazem o compromisso inegociável com esses direitos, porém os regulamentos privados ainda não os acompanham. 

Para Andrei Kampff, advogado e mestre em Direito Desportivo, os clubes só vão levar a questão a sério se houver um comprometimento da sociedade como um todo. Ainda lembra que o presidente da FIFA pediu para as federações internacionais incluírem a perda desportiva por atos discriminatórios nos códigos disciplinares: “Pergunto: quem colocou? Que clube cobrou? Que torcedor levantou a voz?”, indagou o especialista em entrevista à AGEMT.

O Cerro Porteño publicou uma nota de repúdio ao ataque sofrido por Luighi, declarando solidariedade a ele. O documento diz ainda que o time é contra qualquer ato discriminatório e pede apoio aos atores do futebol e da sociedade para construir um esporte saudável. “Em relação ao fato registrado no jogo entre Cerro Porteño e Palmeiras, expressamos que nenhuma provocação pode levar a este tipo de acontecimentos condenáveis, nossa total solidariedade ao jogador Luighi.”, explícita a nota, que não fala em punições para torcedores que realizarem atos parecidos.

Luighi foi às redes sociais expressar mais uma vez sua indignação com o ocorrido e cobrar que medidas rígidas fossem aplicadas. O jovem de 18 anos também fala da dor enfrentada pelos pretos na história e pede que tratem a situação como ela é: um crime.

 

Em pronunciamento oficial no início do mês, Leila Pereira declarou que vai solicitar a expulsão do clube paraguaio da competição. “Não é a primeira vez que esse clube ataca nossos jogadores e torcedores. Em 2023, nossos atletas foram chamados novamente de macacos, o Bruno Tabata foi revidar a agressão e foi punido com quatro meses de suspensão. Tentamos reverter essa penalidade e não conseguimos", declarou a presidente do Palmeiras.

Casos de racismo dentro do esporte ainda são comuns. Segundo o Observatório da Discriminação Racial no Futebol, em 2023 foram registrados 136 casos no Brasil e 26 no exterior. Andrei Kampff explica que quando ocorre uma manifestação racista, dois sistemas entram em ação: o sistema privado de esporte e o estatal. O especialista destaca também um dos fatores que dificulta um combate mais eficiente do racismo no âmbito internacional. “Quando a gente fala de racismo, a gente fala de crime no Brasil. Na maioria dos outros países sul-americanos isso não existe”, explica o advogado.

Seleção Brasileira respira na classificação e vai com uma vitória importante enfrentar a Argentina
por
DANIEL SANTANA DELFINO
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21/03/2025 - 12h

A Seleção Brasileira venceu a Colômbia por 2 a 1 na quinta-feira (20), em partida realizada no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, pela 13ª rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Raphinha abriu o placar de pênalti, Luis Díaz deixou tudo igual, mas no final do jogo Vini Jr. anotou o gol da salvação para o técnico Dorival Júnior.

Com a vitória, o Brasil alcançou a vice-liderança das Eliminatórias com 21 pontos, apenas quatro atrás da líder Argentina. No entanto, o Brasil ainda pode perder essa posição se o Uruguai vencer a atual campeã do mundo na partida de sexta-feira (21). A Colômbia, por outro lado, sofreu sua terceira derrota consecutiva e caiu para o sexto lugar, com 19 pontos.

O jogo

Após dois empates consecutivos contra Venezuela e Uruguai, o Brasil entrou em campo com grande determinação, começou a partida de forma agressiva e abriu o placar com um pênalti convertido por Raphinha aos três minutos, após Muñoz derrubar Vinicius Jr. dentro da área.

djsdap
Raphinha e Vinicius Jr. comemoram o gol que abriu o placar para o Brasil contra a Colômbia. Foto: Buda Mendes/Getty Images

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A seleção brasileira continuou pressionando e criou boas chances de ampliar com Vini Jr. e Rodrygo, mas a Colômbia foi se recuperando e igualou o jogo aos 40 minutos com um gol de Luis Díaz, o quarto em sete jogos contra o Brasil desde 2018.

No segundo tempo, o Brasil voltou a pressionar, mas a Colômbia também teve chances. Aos 24 minutos, um lance paralisou a partida por sete minutos e causou preocupação nos jogadores e na torcida: Alisson saiu para fazer uma defesa e se chocou com o zagueiro colombiano Sánchez, que caiu desacordado. Os dois jogadores receberam atendimento médico e precisaram ser substituídos.

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Sánchez é atendido após se chocar de cabeça com o goleiro Alisson. Foto: Evaristo Sá/AFP

Na mesma leva de mudanças, Dorival Júnior fez mais três alterações no Brasil. Wesley, André e Savinho entraram e o time ganhou novo gás diante da Colômbia.

Depois disso, a seleção seguiu em cima, com Wesley fazendo boas jogadas. Nos acréscimos, o time de Dorival teve uma chance de ouro de fazer o segundo, mas Savinho bateu na segunda trave. Finalmente, aos 53 minutos, Vinicius Jr. marcou o segundo gol brasileiro, garantindo a vitória por 2 a 1.

Em entrevista coletiva, o técnico da Seleção Brasileira afirmou que não gostou da mídia tratar o gol como alivio para o momento do Brasil nas Eliminatórias.

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Dorival Júnior orienta atletas em campo durante o jogo entre Brasil e Colômbia. Foto: Evaristo Sa/AFP

“Não tem alívio nenhum. Ninguém aqui está satisfeito com nada, só vamos estar satisfeitos com o resultado na Copa do Mundo. Nessa situação da classificação, temos que lamentar os resultados anteriores, de jogos que não vencemos. Mas as Eliminatórias sempre são complicadas. Acho que somente nas duas últimas, com Tite, houve uma classificação mais tranquila, mas sempre é decidido nas rodadas finais”, disse Dorival em entrevista coletiva.

Ele reiterou que vê o time em processo de evolução e destacou que nem ele nem alguns jogadores do elenco têm experiência significativa na seleção, o que contribui para a irregularidade apresentada. “Tem atletas aqui com uma, duas partidas. Não são todos com 40 jogos. O próprio treinador tem 15, 16 jogos. É uma evolução que precisa ser feita e eu gosto de olhar para frente, do que pode acontecer. O futebol sul-americano evoluiu muito, são seleções fortes, e que dificultam. A Colômbia valorizou muito nossa vitória”, afirmou o técnico.

Ele justificou que a decisão de não incluir Endrick ou Estêvão na partida, apesar da pressão da torcida, foi baseada em estratégia tática. Além disso, Dorival aproveitou a regra que permite sete substituições devido ao protocolo de concussão, após os incidentes que envolveram o goleiro Alisson e o zagueiro Sánchez, que sofreram pancadas na cabeça.

“Precisávamos de jogadores dentro da área naquele momento. E tomei a decisão de colocar atletas mais altos, chegamos a ter três jogadores dentro da área, o que foi inédito. Mas entendo a reação da torcida”, disse o treinador.’’

A seleção brasileira fica em Brasília até a próxima segunda-feira (24), quando viaja a Buenos Aires para enfrentar a Argentina na terça-feira (25), às 21h (horário de Brasília), no Monumental de Núnes.