Libertadores: A história por trás da Taça

Palmeiras e Flamengo duelam pela final da Libertadores no próximo sábado (27) em Montevidéu
por
Bruno Scaciotti e Luan Leão
|
25/11/2021 - 12h

A dois dias da decisão da Libertadores 2021 entre Palmeiras e Flamengo, que acontece neste sábado (27), no Estádio Centenário, em Montevidéu, todos querem saber quem vai voltar com a taça para o Brasil. Entretanto, o vencedor do jogo terá um símbolo histórico.

Desde 1960, a taça que simboliza a Glória Eterna, recebe uma placa com o ano e o time campeão adicionado à sua base, o que fez ao longo de 61 edições aumentar o tamanho de sua base. A cada ano que passou, o campeão ao final do jogo levantava o troféu original para celebrar o título, até 2004.

Em 2004, o Once Caldas venceu o campeão da edição anterior, Boca Juniors, por 2 a 0 nos pênaltis, em jogo realizado no Estádio Palogrande, em Manizales, na Colômbia. Mas a curiosidade vem agora. Após 44 anos sendo levantada pelos campeões, em um descuido do jogador Herly Alcázar a taça original caiu e se desmanchou durante a volta olímpica de celebração. Depois do episódio cômico-trágico, a tão desejada Taça das Américas foi guardada a sete chaves pela CONMEBOL, que de 2005 em diante, passou a utilizar uma réplica para entregar aos campeões.

Taça da Libertadores desmanchada
Taça da Libertadores da América desmanchada. Foto: Reprodução/CONMEBOL

O presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, divulgou na quarta-feira (24), no canal oficial da instituição, um vídeo da restauração do troféu original em Lima, no Peru. O mandatário falou sobre a volta da entrega do troféu original aos vencedores. “A Copa já vinha sendo atingida pelo carinho, o apreço e muitas outras coisas que aconteceram ao longo do tempo. Para mim isto tem um valor histórico muito importante e era uma responsabilidade pessoal restaurar de volta para a Copa original”, disse Domínguez.

 

A prataria Camusso, onde foi produzida a taça original, restaurou o troféu, retomando a utilização de prata como material e renovando as placas de campeão. A principal mudança está no jogador no topo da taça, antes, a imagem mostrava o atleta chutando com a perna esquerda, simbolizando um pênalti, agora, ele chuta com a perna direita, em referência ao início da partida.

“As orelhas têm uma escada internamente, isso representa um estádio, a tribuna e o campo na parte plana. Vê-se uma circunferência que representa o mundo e o jogador que representa o jogador latino-americano acima do mundo, além da coluna central que eleva o jogo latino-americano a um nível mundial. Tudo está conectado. Tudo tem uma representação”, disse Carlo Tonani, responsável pela restauração. 

Agora restaurada, a taça está pronta, no aguardo para ser entregue ao campeão da América no dia 27 de Novembro, no Estádio Centenário, em Montevidéu no Uruguai.