A Noruega garantiu seu retorno à Copa do Mundo depois de 28 anos. Em casa, mesmo abrindo o placar, a Itália não resistiu à pressão norueguesa. A vaga veio com a vitória por 4 a 1 sobre os tetra campeões do mundo, em Milão, no jogo que confirmou a liderança do grupo europeu. A seleção nórdica virou a partida no segundo tempo e fechou a campanha de volta de forma segura. Para os italianos, o resultado significou a ida a mais uma repescagem, a terceira seguida.
A classificação teve direito à dois gols de Erling Haaland, que conduziu o time nos momentos de maior pressão. Ele terminou as eliminatórias europeias com números incomuns até mesmo para um jogador do nível dele. Haaland marcou 16 vezes em oito jogos e alterou o placar em todas as partidas disputadas, tendo uma média de dois gols por partida. Isso garantiu ao atacante a artilharia das eliminiatórias e o recorde compartilhado de jogador com mais gols em uma única edição das classificatórias europeias. Os números se igualam aos de Robert Lewandowski, pela Polônia, nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.
Outros nomes também apareceram na reta final. Nusa e Larsen fecharam o placar contra a Itália e mostraram que o time não depende apenas de Haaland para decidir. Mesmo assim, o atacante concentrou grande parte das ações ofensivas e influenciou o ritmo da equipe em praticamente todos os jogos.

O resultado encerrou um afastamento da equipe do maior campeonato do mundo, que já durava quase três décadas. A última participação da Noruega em uma Copa havia sido em 1998, quando a seleção avançou na fase de grupos e chamou atenção ao vencer o Brasil. Naquele Mundial, porém, a equipe caiu para a própria Itália nas oitavas de final. Desde então, a seleção colecionava campanhas irregulares e mudanças de geração que não se firmavam.
A classificação de agora tem peso simbólico. O atual grupo combina jovens em crescimento com jogadores já consolidados no futebol europeu. Haaland é o nome mais visível, mas a volta ao Mundial também passa pela evolução coletiva e por um ataque que funcionou de forma constante nas eliminatórias.
A Noruega chega ao Mundial de 2026 com a expectativa de mostrar esse progresso em campo. O desempenho até aqui mostra que o time recuperou identidade e encontrou um caminho que não aparecia desde 1998. A partir de agora, o desafio é transformar essa campanha de volta em resultados também na Copa do Mundo.