Nesta quinta-feira (27), o Corinthians recebeu o Palmeiras na Neo Química Arena pelo jogo de volta da final do Campeonato Paulista. O clássico foi intenso, com pênalti defendido por Hugo Souza, expulsões, 18 minutos de acréscimos e sinalizadores acesos antes do apito final. No fim, festa para os donos da casa, que seguraram o empate e conquistaram o 31º título estadual, encerrando um jejum de seis anos.
Enquanto o Palmeiras buscava o tetracampeonato para fazer história, o Corinthians precisava da taça para quebrar sua seca de títulos. Melhor para o Alvinegro, que venceu o jogo de ida e, diante de sua torcida, soube administrar a vantagem para garantir mais um Paulistão. A campanha campeã contou com 11 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota, além de 25 gols marcados e 14 sofridos.
A primeira etapa foi marcada por muitas faltas, empurrões e reclamações, com os times levando pouco perigo ao gol adversário. Em termos de estratégia, melhor para o Corinthians, que dominou a posse de bola, ditou o ritmo da partida e ainda criou oportunidades. O Palmeiras, por outro lado, teve dificuldades na criação de jogadas e só conseguiu chegar ao ataque nos minutos finais do primeiro tempo, mas mesmo assim, só levou perigo através de faltas ou escanteio, sem exigir muito do goleiro Hugo Souza.
O clima quente do Dérbi ficou evidente logo aos cinco minutos, quando Vitor Roque e Félix Torres se desentenderam após um choque com Hugo Souza. Seis minutos depois, Emiliano Martínez e Carrillo também trocaram farpas.
A melhor chance do Alviverde veio aos 21 minutos, em um cabeceio de Murilo para fora. Já o Timão quase marcou aos 26, quando Memphis Depay ajeitou para Rodrigo Garro finalizar na trave do goleiro Weverton.
No segundo tempo, o Palmeiras conseguiu ter mais posse de bola, mas seguiu com dificuldades para criar. A primeira boa chegada foi aos dez minutos, em um passe de Veiga para Vitor Roque, mas o atacante não conseguiu dominar, e Hugo Souza ficou com a bola.
Aos 22 minutos, saiu o lance decisivo do jogo, Vitor Roque foi derrubado por Félix Torres na área, e o árbitro marcou pênalti. Antes da cobrança, os jogadores do Palmeiras pressionaram por um cartão para o adversário, e Abel Ferreira, ao reclamar repetidamente, acabou expulso. Seis minutos depois, Raphael Veiga cobrou, mas Hugo Souza defendeu, fazendo a Arena explodir em comemoração. Essa foi a sétima defesa de pênalti do goleiro corinthiano, que inclusive, já havia parado Estêvão na fase de grupos do campeonato.

Hugo Souza defende pênalti de Raphael Veiga. Foto: Marcos Ribolli
Pouco depois, aos 30 minutos, Félix Torres cometeu nova falta em Vitor Roque e, desta vez, recebeu o segundo amarelo, sendo expulso.
Mesmo com um a mais, o Palmeiras não conseguiu furar a defesa corinthiana. Para piorar, Memphis Depay provocou ao subir na bola, o que gerou mais uma confusão generalizada. O resultado foi a expulsão de José Martínez, por dar um tapa em Marcelo Lomba, e do próprio goleiro Alviverde, que revidou com um chute no volante, ambos estavam no banco de reservas. Além disso, a torcida corinthiana acendeu sinalizadores e chegou a atirá-los no gramado, um lance que quase atingiu o jogador do próprio time, tornando insustentável a continuação da partida.
Nos acréscimos, ainda houve tempo de Depay tocar para Yuri Alberto finalizar, mas Weverton fez a defesa. Após longos 18 minutos adicionais, o árbitro encerrou a partida, confirmando o título do Corinthians, que deu o troco de 2020, quando buscava o tetracampeonato e foi impedido pelo Palmeiras.
Depois de anos sofrendo com resultados negativos no Dérbi, o Corinthians volta a dominar o confronto. Nos últimos quatro jogos entre as equipes, foram duas vitórias alvinegras e dois empates. Além disso, o triunfo no Allianz Parque quebrou um tabu histórico que já durava 6 anos.
As equipes voltam a campo no próximo domingo (30) para a estreia no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras recebe o Botafogo às 16h (horário de Brasília), enquanto o Corinthians encara o Bahia às 18h30 (horário de Brasília), fora de casa.