Juntos e separados: chamadas de vídeo diárias viram rotina e aproximam casal

Juntos há 5 anos, a dupla passou a jogar e assistir filmes, entre outras atividades, para matar saudades
por
Beatriz Preto Gabriele
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08/05/2021 - 12h

"É aquela coisa de você se fazer próximo, presente de outra maneira” conta Manoela Carlucci, 18, estudante de jornalismo, que tem um relacionamento de 5 anos. Um desafio para o casal que ficou 5 meses direto sem se ver no começo da pandemia foi a saudade. Para supri-la, uma novidade entrou na vida do casal: as chamadas de vídeo que antes não aconteciam e agora são diárias. Nessas chamadas, eles jogam, assistem filmes, conversam sobre tudo e segundo Carlucci, o relacionamento se fortaleceu no último ano e o companheirismo aumentou. 

Carlucci sente que a comunicação melhorou e ambos aparentam querer muito estar na relação e participarem, mesmo que na distância, um da vida do outro. Com isso, o ano de namoro à distância, para Carlucci , foi de “fortalecimento porque a gente se cresceu muito juntos e um no outro”

Não teve a mesma sorte a relação da estudante Sophia Toledo, 19: “A gente não tinha mais assunto, não tínhamos mais o que falar”. Entre idas e vindas, o casal namorou por quase 3 anos, mas durante pandemia viveram dificuldades e uma das maiores foi a falta de diálogo.  Se viam na parte da manhã nas aulas online e, com isso, não tinham nenhuma novidade para conversarem. A falta de planejamento de atividades novas e diferentes, segundo Toledo, colaborou para caírem na rotina. 

Além disso, os dois mantiveram a quarentena muito restrita, se viram poucas vezes e, em julho do ano passado, terminaram. “Nenhum dos dois estava mais tão entregue, nenhum dos dois estava dentro do relacionamento de verdade. A pandemia só nos fez enxergar isso”. 

Já Teodoro Andrada, 18, estudante, conseguiu começar um relacionamento durante a pandemia. O namoro mesmo engrenou no começo deste ano e ele conta que o maior desafio foi a falta de inteligência emocional.  

Depois de algum tempo, o casal se organizou e conseguiu se encontrar aos finais de semana, ou a cada duas semanas. A dificuldade se encontra também, segundo Andrada, na falta do toque e de sentir o cheiro, que é seu jeito de expressar o amor. Ele conta a rotina virtual do casal: “Conversamos todos os dias por mensagem, mas nada muito intenso, é mais pra saber como foi o dia, como está e desabafar um pouco’’. 

Teodoro Andrada e a namorada Júlia Catelli em uma viagem.

 

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