A tradicional etapa das 24 Horas de Le Mans terminou no último domingo (15), com Ferrari e Porsche no pódio. Disputada desde 1923, a corrida tem como objetivo desafiar pilotos e equipes a correrem o maior quantidade de voltas em 24 horas – uma verdadeira prova de resistência. O ex-piloto de Fórmula 1 Robert Kubica fez história ao conquistar sua primeira vitória. Junto a Yifei Ye e Philip Hanson, o trio cruzou a linha de chegada garantindo à Ferrari sua terceira vitória consecutiva em Le Mans.

A edição de 2025 mostrou a verdadeira tradição de Le Mans. A Ferrari #83 lidava com a competição e o desempenho estável da Porsche. Durante a prova, as duas equipes trocaram de posição na liderança, a Ferrari utilizou o Safety Car como benefício e diminuiu a sua desvantagem inicial. O pódio da categoria Hypercar também contou com a Ferrari #51, conduzida por Alessandro Pier Guidi e James Calado, além da Porsche #6, liderada por Kevin Estre. Apesar de sua forte atuação, a Porsche não conseguiu acompanhar o ritmo imposto pela Ferrari, e terminou na segunda colocação.
Os Cadillacs das equipes Whelen e Wayne Taylor Racing precisaram abandonar a competição por questões de potência. A BMW, que havia prometido estar na disputa, passou por uma sequência de problemas técnicos, penalizações e falhas dos condutores, encerrando a corrida fora dos 15 primeiros lugares. Tanto os carros da Peugeot, quanto os da Alpine, enfrentaram obstáculos: os franceses realizaram uma corrida mais reservada e com sérias dificuldades após colisões, como o incidente envolvendo Paul-Loup Chatin com o Peugeot número 94.
Esse ano a corrida contou com oito brasileiros, Felipe Drugovich e Felipe Nasr correram na classe dos hipercarros, Daniel Schneider e Pietro Fittipaldi na LMP2 e Dudu Barrichello, Augusto Farfus, Custódio Toledo e Daniel Serra na classe LMGT3. Nars teve o melhor desempenho entre os brasileiros, conquistando o 10° lugar com a Porsche #4. Drugovich abandonou a prova por questões técnicas.
As duas últimas horas foram marcadas por reviravoltas, a Ferrari #83 teve problemas no reabastecimento de combustível. A Porsche #6 teve seus minutos de esperança de alcance à liderança, mas Kubica apostou todas as suas cartas na estratégia para evitar uma nova parada. Nos últimos minutos da corrida, a briga pelo primeiro lugar estava mais acirrada, com a Ferrari #83 e a Porsche #6 separadas por segundos. A tensão sob os pilotos aumentava, mas, apesar da aproximação da equipe adversária, o piloto polonês não se afetou e segurou sua liderança até a bandeirada final, garantindo a primeira posição.