Nos dias 30/06 a 07/09, o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), realizou a segunda de duas exposições dedicadas ao Comodato MASP Landmann, com 906 peças que chegaram em 2016, onde permanecerá até 2026.
A exposição de 721 artefatos de cerâmicas e metais pré-colombianos, produzidos por povos ameríndios entre os séculos 2 a.C. e 16 c.C., localizado no 2º subsolo do museu conta com a curadoria de Marcia Arcuri, curadora-adjunta de arte pré-colombiana do MASP e Leandro Muniz, como assistente curatorial da mesma instituição.
Cobrindo 35 culturas arqueológicas do continente americano, com peças Chavín, Paracas, Nasca, Moche, Huari, Lambayeque, Chimú, Chancay, Inca, Calima, Tolima, Zenú e Muísca, assim como as Marajoara, da Amazônia brasileira, que hoje correspondem aos territórios do Equador, Peru, Colômbia, Venezuela, Panamá, México, Brasil e dos países caribenhos.
As peças seguem a catalogação científica utilizada pela coleção original, mas sua exposição se deu pelo critério artístico, colocando lado a lado peças de diferentes povos em diferentes momentos, mas que continham elementos estéticos parecidos, uma forma diferente de se apresentar a arqueologia, no mínimo.
Apresentadas por seus números da coleção, com uma seleção que priorizou a exposição estética dos artefatos, colocados dentro de prateleiras de vidros, num salão branco e aberto, me deixou com uma sensação extremamente impessoal, o que se confirmou na seleção das fotos, como se os artefatos estivessem ‘aprisionados’ na coleção avaliada em US$ 6 milhões, que de alguma forma acabaram nas mãos de Landmann.
Ao questionar os seguranças que rondavam a exposição sobre a presença de um arqueólogo ou educador no local, fui surpreendido com a resposta, o MASP não trabalha com setor educativo nas exposições, apenas com orientadores de público.