Pierpaolo Piccioli estava na marca desde 1999, e fez o pronunciamento por meio de um post no Instagram, onde escreveu uma longa mensagem: ‘’nem todas as histórias têm começo e fim, algumas vivem uma espécie de presente eterno que brilha com uma luz intensa, tão forte que não deixa sombras. Estou nesta empresa há 25 anos, e há 25 anos existo e convivo com as pessoas que comigo teceram os fios desta linda história que é minha e nossa. (...) Obrigado ao Sr. Valentino e Giancarlo Giammetti que me deram seus sonhos. (...) Com amor, PP.’’
A história da Valentino começa bem antes do jovem designer Piccioli, em 1959, quando o estilista italiano Valentino Garavani fundou a casa de moda em Roma, na Itália. Garavani, desde cedo, demonstrou seu talento para o ofício, atraindo a atenção da elite hollywoodiana e da alta sociedade mundo afora. Suas criações repletas de glamour e bossa conquistaram uma clientela fiel que fizeram da maison uma das principais marcas de moda do mundo.
Durante as décadas de 60 e 70, ele se consolidou como um dos principais nomes da alta-costura italiana, conhecido por suas criações elegantes e sua atenção minuciosa aos detalhes. Vestiu celebridades como as atrizes Audrey Hepburn, Elizabeth Taylor e a ex-primeira dama dos Estados Unidos, Jacqueline Kennedy Onassis, assim solidificando sua reputação como um dos estilistas favoritos das mulheres mais influentes da época.
Em 2008, Maria Grazia Chiuri e Pierpaolo Piccioli foram nomeados co-diretores criativos da Valentino, trabalhando lado a lado para revitalizar a marca. Juntos, proporcionaram uma estética moderna, combinando a herança da marca com toques contemporâneos. Suas coleções foram bem recebidas tanto pela crítica quanto pelo público, e rapidamente se tornaram uma das duplas mais celebradas da moda.
Em 2016, Maria Grazia Chiuri deixou o cargo para assumir a cadeira de diretora criativa da Dior (onde permanece atualmente ), deixando o companheiro como diretor solo. Desde então, Piccioli comandou a Valentino com esmero, concebendo coleções que despertavam desejo tanto nos consumidores quanto nos amantes da marca, além de ter contribuído para a manutenção da lucratividade da empresa, o que fez com que o legado da grife continuasse a prosperar sob sua liderança.
Como diretor criativo criou desfiles icônicos, destaque para o último , coleção inverno de 2024, intitulada 'Le Noir'. Como o próprio nome sugere, a cor preta era a protagonista, deixando de lado a sua marca registrada, que são as cores vibrantes. As peças tinham muitos recortes, fendas e transparências. Para o inverno de 2022, fez a passarela cair na tinta através de uma atmosfera rosa-choque, que incluía até a decoração no mesmo tom. Em parceria com a Pantone, criaram a cor ‘’Pink PP’’ - cuja sigla faz referência às suas iniciais.
Ainda não se sabe quem irá assumir o seu posto, mas a Valentino se pronunciou dizendo que em breve será anunciada a nova ‘’organização criativa’’.