Sobrevivência urbana

Se a vida é um sopro, a vida urbana é metade disso.
por
Maria Ferreira dos Santos
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26/06/2023 - 12h

Diante de tantas demandas, o cidadão das grandes cidades se vê obrigado a acompanhar o “fluxo”. No transporte público, por exemplo, todos estão seguindo determinada direção, ao tentar mudar de sentido, certamente não conseguirá ir muito adiante, pois a força e a pressa das demais pessoas não permite avançar. É necessário permanecer no fluxo e, assim, seguir o com o mesmo destino da multidão.

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Ônibus do centro de São Paulo fora do horário de pico. Foto: Maria Ferreira dos Santos
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Rapaz de cabelos castanhos em ônibus do centro de São Paulo. Foto: Maria Ferreira dos Santos

Apesar da dificuldade, ir contra o fluxo da vida urbana pode significar um momento, enfim, de respiro. Quando você deixa de sobreviver aos prazos e ao relógio e consegue ver o que sempre esteve ali, mas não reparou porque estava imerso em determinada demanda e agora nem sequer lembra qual era. São tantas.

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Pessoas sentadas em ônibus. Foto: Maria Ferreira dos Santos
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Idoso segura barra de ônibus ao se preparar para descer na próxima parada. Foto: Maria Ferreira dos Santos

Pegar o mesmo ônibus de sempre, só que dessa vez fora do horário de pico é como pegar outro ônibus completamente diferente, numa cidade completamente diferente. Dessa forma, é possível sentar-se, contemplar o caminho e as pessoas que por ele passam. São pessoas mais velhas? Mais novas? Para onde estão indo? Ou de onde estão voltando? 

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Jovem espera em pé por ônibus. Foto: Maria Ferreira dos Santos
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Mulher voltando à casa após compras no mercado. Foto: Maria Ferreira dos Santos
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Carros obedecem à sinalização de trânsito e vão parando. Foto: Maria Ferreira dos Santos
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Além do transporte público e dos carros, algumas pessoas utilizam bicicletas para se locomover e trabalhar. Foto: Maria Ferreira dos Santos