A (outra) história do bairro da Liberdade

Conheça o local que guarda uma história mais negra do que japonesa
por
Raissa Santos Cerqueira
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30/04/2024 - 12h

Conhecido pelas luminárias que se divergem de todas as outras na cidade, suas feiras culturais e pelas lojas com enfoque na venda de produtos de origem oriental o bairro da Liberdade se consagrou como o bairro japonês no centro da capital paulistana. Porém a história do bairro começa muito antes da ocupação dos imigrantes quando o local ainda era ocupado por um pelourinho.

Antes da expansão do centro de São Paulo, o bairro era considerado uma região periférica da cidade e era ocupado majoritariamente pela população negra que de lá foi expulsa para abrir espaço para os japoneses.

 

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A igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados recebeu esse nome em homenagem aos negros que foram mortos no pelourinho que havia no lugar onde hoje é a Praça da Liberdade. Foto: Raissa Santos/AGEMT
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A capela Nossa Senhora dos Aflitos funcionou como cemitério entre os anos de 1775 e 1858 e hoje luta para manter viva a história negra do bairro. Foto: Raissa Santos/AGEMT
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A capela funciona como centro de adoração ao santo Francisco José das Chagas, Chaguinhas e hoje luta para salvar a história negra do bairro. Foto: Raissa Santos/AGEMT
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Deolinda Madre conhecida como Madrinha Eunice foi percursora do samba na cidade de São Paulo e em 1937 fundou a escola de samba Lavapés Pirata Negro. A primeira escola de samba da cidade. Foto: Raissa Santos/AGEMT 
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A estátua em homenagem a Madrinha Eunice tem menos de 1,65 de altura e está no meio da praça da liberdade. Foto: Raissa Santos/AGEMT
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A ocupação japonesa do bairro se iniciou na rua Conde de Sarzedas e se estendeu até a Rua Galvão Bueno onde hoje é o ponto de maior comércio do bairro. Foto: Raissa Santos/AGEMT
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O bairro da Liberdade hoje é tomado por caracterídstcas da cultura oriental e pouco se falta sobre a origem negra do lugar. Foto: Raissa Santos/AGEMT
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Existe um grande esforço para preservar as raízes orientais do bairro não somente com o coméricio ali presente, mas com a arquitetura e os nomes dados aos viadutos lá presentes. Foto: Raissa Santos/AGEMT
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O apreço aos imigrantes japoneses se estende por todo o bairro inclusive nos gradites ali presentes. Foto: Raissa Santos/AGEMT