No Palácio dos Campos Elíseos, o museu das Favelas expõe a arte da periferia

Artistas periféricos exibem suas obras na construção clássica da Avenida Rio Branco, com destaque para o trabalho da artista visual Lidia Lisbôa.
por
Livia Vilela
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29/05/2024 - 12h

Na busca por dar voz e visibilidade às comunidades periféricas, assentamentos, ocupações, quilombolas e populações ribeirinhas, o Museu das Favelas surge para redefinir o papel tradicional dos museus na sociedade. Em um esforço de construção coletiva, este espaço propõe uma série de iniciativas voltadas para a aproximação, diálogo e reflexão com diversos artistas. Localizado no Palácio dos Campos Elíseos,  que serviu como sede do governo estadual entre 1935 e 1965. O Museu das Favelas está agora em um espaço historicamente simbólico e associado à elite política e cafeeira. O objetivo desta ocupação é aproximar a cultura do povo e criar novos espaços de inclusão, abrindo portas para um novo momento da arte brasileira.

Internamente, a obra de Lidia Lisboa toma conta do ambiente. O processo de criação das esculturas envolveu mulheres locais, unindo o trabalho têxtil ao artístico em uma fusão de habilidades e histórias. A arte de Lidia abrange escultura, gravura, pintura, costura e crochê. Seus trabalhos de grandes dimensões provocam reflexões sobre a sensibilidade humana e a resistência física. Para conferir a exposição, acesso o link.