Inaugurada em 1963 com outro nome, a Galeria do Rock começou a se diferenciar de outras galerias comerciais a partir da abertura da loja punk Wop Bop. Seu fundador era o vocalista da banda de rock Olho Seco, Fabio Sampaio. A partir da abertura da loja em 76, o centro comercial passou a ser voltado cada vez mais para o comércio musical. Lojas de discos e estamparias ganharam espaço entre os corredores que passaram a ser ocupados quase exclusivamente por rockeiros, emos e amantes da música. Das 450 lojas do local, mais da metade eram exclusivamente direcionadas para esse público. Muito mais do que um centro comercial, a galeria era um local turístico e um antro cultural da cidade. Mas a realidade de 2023 é outra. Os corredores por onde mais de 5 mil pessoas circulavam diariamente estão vazios. Mais de 30 lojas fecharam as portas. O futuro de outras tantas é incerto. Luiz Calanca, o proprietário da loja de discos Baratos Afins relembra seus últimos anos na galeria e lamenta o abandono do local. "Isso aqui era outro mundo, cheio de gente de todo tipo. É lamentável".