Museu do rock

O abandono da galeria que marcou a cena cultural de São Paulo
por
Fabiana Caminha
|
05/05/2023 - 12h

Inaugurada em 1963 com outro nome, a Galeria do Rock começou a se diferenciar de outras galerias comerciais a partir da abertura da loja punk Wop Bop. Seu fundador era o vocalista da banda de rock Olho Seco, Fabio Sampaio. A partir da abertura da loja em 76, o centro comercial passou a ser voltado cada vez mais para o comércio musical.  Lojas de discos e estamparias ganharam espaço entre os corredores que passaram a ser ocupados quase exclusivamente por rockeiros, emos e amantes da música. Das 450 lojas do local, mais da metade eram exclusivamente direcionadas para esse público. Muito mais do que um centro comercial, a galeria era um local turístico e um antro cultural da cidade. Mas a realidade de 2023 é outra. Os corredores por onde mais de 5 mil pessoas circulavam diariamente estão vazios. Mais de 30 lojas fecharam as portas. O futuro de outras tantas é incerto. Luiz Calanca, o proprietário da loja de discos Baratos Afins relembra seus últimos anos na galeria e lamenta o abandono do local. "Isso aqui era outro mundo, cheio de gente de todo tipo. É lamentável".

 

A arquitetura do edificio foi pensada na década de 50 por Alfredo Mathias
A arquitetura do edificio foi pensada na década de 50 por Alfredo Mathias
 
A arquitetura do edificio foi pensada na década de 50 por Alfredo Mathias
A arquitetura do edificio foi pensada na década de 50 por Alfredo Mathias
 
Os corredores vazios da Galeria do Rock
Os corredores vazios da Galeria do Rock
Os corredores vazios da Galeria do Rock
Os corredores vazios da Galeria do Rock
Baratos Afins, uma das lojas mais antigas de disco da galeria
Baratos Afins, uma das lojas mais antigas de disco da galeria
Luiz Calanca, fundador da Baratos Afins
Luiz Calanca, fundador da Baratos Afins
Baratos Afins, uma das lojas mais antigas de disco da galeria
Baratos Afins, uma das lojas mais antigas de discos da galeria