Elifas Vicente Andreato, nasceu em 22 de Janeiro de 1946 na cidade de Rolândia no Paraná. Era reconhecido pelo traço marcante e original. O artista paranaense trabalhou na capa de diversos álbuns para Martinho da Vila, Chico Buarque, Caetano Veloso e nomes importantes que compõem o cenário da Música Popular Brasileira. Além de artista gráfico, ilustrador e diretor de arte, Andreato trabalhou como escultor; cenógrafo, roteirista e diretor de shows de MPB e programas de TV; cenógrafo teatral; jornalista e editor.
Dono de uma linguagem visual pautada em cores vivas e formas que retratam a imagem do povo brasileiro, Elifas deixa para a cultura brasileira um legado iniciado no começo dos anos 70, acompanhou a evolução digital e tecnológica da música e da arte até o fim da vida.
Em 2012, produziu a obra “A verdade ainda que tardia”, a pedido da Comissão Nacional da Verdade para retratar a realidade das torturas ocorridas na ditadura militar. Denunciou, através de sua arte, o assassinato do Jornalista Vladimir Herzog. Em 2015, a arte que estava exposta nos corredores da Câmara dos Deputados foi arquivada sob o pretexto de falta de espaço na exposição permanente do local.
Um de seus últimos trabalhos foi feito para a PUC-SP, Elifas foi responsável pela arte exclusiva para a celebração pela volta das atividades presenciais dos campi da faculdade, inspirada na Semana de 22. A obra intitulada Arte do reencontro é caracterizada por cores fortes, calor humano e traços de conjunção.
A confirmação da morte foi divulgada pelo irmão do artista, Elias Andreato, através de perfil no Instagram. Elifas estava internado desde a semana passada, em decorrência de um infarto. O corpo será cremado às 16h desta quarta-feira (29) no Crematório Vila Alpina, na Zona Leste da capital paulista.