É gente querendo voltar do trabalho, ir para a faculdade, sair com alguém, enfim, querendo usufruir o direito de ir e vir. E com isso, o transporte público, com essa cara caótica, se torna um protagonista na nossa rotina.
De segunda a sexta, São Paulo entra em ritmo frenético, com o horário de pico marcado pontualmente para às 17:00. Nesse momento, parece que todos os paulistanos e agregados sincronizam seus relógios e se deslocam ao mesmo tempo – e com muita pressa, é claro. Nos metrôs e trens, a lógica de Newton é refutada, pois dois corpos podem sim, ocupar o mesmo espaço.
Mas, romantizações à parte, necessitamos de fato do transporte público para ir e vir. No entanto, esse meio de transporte representa também mais uma face do estado agredindo a camada mais carente da população. Seja impedindo os "shoppings do metrô" de realizarem suas transações, ou pela superlotação, em que o indivíduo é tratado quase como um animal selvagem, sem espaço para se locomover ou respirar que além disso, a luta por um assento se torna uma questão de sobrevivência.