O conceito de economia circular está na moda. Com o objetivo de combater o desperdício e visando o crescente interesse no desenvolvimento sustentável, a ideia por trás do movimento é manter boas peças circulando no mercado, evitando o esgotamento dos recursos naturais e o acúmulo de resíduos descartados.
Pensando nisso, os brechós desempenham um papel na moda circular: um espaço que oferece peças de segunda mão com um valor mais acessível. A palavra "brechó" é brasileira e foi inventada em homenagem a um comerciante chamado Belchior que, no século XIX, abriu a primeira loja do Rio de Janeiro de produtos usados. Assim, disponibilizando uma mercadoria de boa qualidade por um preço inferior, quando comparado com roupas novas. Além de ressignificar peças que iriam para o lixo.
A moda, em si, sempre foi circular, as tendências morrem e ressurgem após algumas décadas. Valorizando mais peças de qualidade ou garimpado roupas vintage é uma excelente maneira de encontrar o que está na moda hoje, mas também já esteve antes. Tudo isso evitando a produção de mais do mesmo.
O ponto principal é comprar peças de segunda mão afim de ter menos itens no guarda-roupa com baixa vida útil, e mais peças de maior qualidade, valorizando o que já se tem e minimizando o consumo excessivo. A consciência é o elo entre sustentabilidade e o consumo consciente.
Em São Paulo, visitar um brechó ou um antiquário é como percorrer um museu. Observar o passado preservado em um só lugar é ter a experiência de viajar no tempo.