O desfile aconteceu no Iguatemi São Paulo, no início da tarde. A marca conhecida pela exaltação da elegância feminina, reafirmou mais uma vez o perfil maduro, moderno e refinado da estilista.
Com uma coleção semelhante à desfilada pela grife em novembro, na edição 54 da São Paulo Fashion Week, Patrícia Viera aposta novamente em looks metalizados, mas com um trabalho novo, um olhar geométrico sob suas peças.
A marca, que ganha o mesmo nome que a estilista carioca, apresentou pouco menos de 40 novos vestuários, contando quase que exclusivamente com vestidos em seu repertório. Mostrando a habilidade criada em 25 anos de história, o uso do couro é notavelmente profissional, inovando nos padrões e texturas únicas, e reiterando o cuidadoso trabalho artesanal de Patrícia.
Em um breve curta-metragem que antecedeu o espetáculo, Patrícia Viera apareceu dizendo: "Eu não estou de jaleco e fita métrica para ficar mais bonita, estou assim porque estou a serviço", mostrando o quanto a estilista leva a sério seu trabalho de criar, vestir e esculpir a mulher.
Finalizando com um inusitado vestido de noiva, a passarela se despediu do desfile com uma homenagem à recém falecida rainha do rock brasileiro, Rita Lee.
TA Studios
No mesmo dia, a estilista Gih Caldas desfilou sua coleção "Empinando Pipas e Sonhos", também no Shopping Iguatemi, para a marca TA Studios.
Buscando uma reflexão sobre saúde mental e as artes plásticas como um escape para problemas psicológicos, a carioca - conhecida pelo uso materiais sustentáveis, como: fibra de bananeira e de milho, algodão orgânico e viscose de reflorestamento, para a criação de suas peças - trouxe um belo desfile aos solos paulistanos.
Dentro da proposta da edição N55, Gih Caldas conseguiu fundir seu diploma de terapeuta com o conceito que estabeleceu para as roupas, explorando suas origens e abordando de forma inovadora a perspectiva da saúde mental dentro da moda.
O espetáculo foi bastante imagético, com cabelos altos, que remeteram à reflexão proposta pela estilista. Outro ponto favorável para a estilista se deu na cirúrgica escolha do casting, os modelos enriqueceram as passarelas de representatividade, trazendo os mais diversos biotipos e etnias. Suas peças tomaram vida diante dos holofotes sendo desfiladas por mulheres mais velhas, modelos negros, asiáticos, pessoas com deficiência e transexuais.
Sobre a coleção, os tons optados foram majoritariamente neutros, com a presença do patchwork no jeans, técnica que utiliza diversos recortes do tecido para a construção de peças geométricas ou orgânicas. As quase 20 peças se mantiveram dentro da especialidade da grife: a alfaiataria.