Avenida Paulista: mais de 90 mil carros todos os dias. Domingos, sem o cinza da fumaça, pode ser admirada com olhos coloridos!
por
Beatriz Alencar
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08/05/2024 - 12h

 Na megalópole que conhecemos como São Paulo capital, não temos somente trânsito parado, buzinas a todo momento e ternos desfilando nas calçadas e faixa de pedestres. 

 Na Avenida Paulista, lugar onde se mais frequentam meios de transporte e abrigam maior parte dos prédios comerciais da cidade que fazem um peso na taxa da economia do país, também podemos ver arte, cor e diversidade. Se a arte é definida como uma maneira de ser ou de agir, aqui encontramos desde adultos voltando à infância, a crianças sem medo e preocupação com a finitude da vida.

A intenção em fotografar a paulista foi registrar, em poucos retratos que, quando ampliados ou ao menos ganhando mais de um minuto de atenção, consegue descrever o que a própria capital é e nos proporciona: uma pluralidade de povo, cultura e dons. E porque não, admirar um lado "romantizado" da vida? Arte é sentimento. Não um só. Mas pode ser resumida em amor. Então, afinal, podemos colocar que "existe amor em SP".

 

 

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A infância não devia acabar; a idade vem, mas antes brinca de tudo o que quer ser. E porque não continuar assim quando for grande? Um homem adulto formando uma enorme bolha de sabão brilhando com o sol, mas captura o reflexo da vida que é planejada para muitos: os prédios comerciais da grande São Paulo.
​​​​​​Foto: Beatriz Alencar
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Sem medos bestas: sendo feliz com coisas tão pequenas | Foto: Beatriz Alencar
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Sons que evocam a comunhão com a natureza; um chamar para o despertar. Da realidade, do preconceito, do processo da arte ancestral que vive | Foto: Beatriz Alencar
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Entre o antigo e o moderno, relíquias e cacarecos; toda a sorte de quem os guardou mas também a quem os comprou. Novos admiradores, novos donos, novas histórias, novos relíquias | Foto: Beatriz Alencar
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As ruas que abrigam veículos fumacentos todos os dias a todo momento, abre alas para que o povo, sua curiosidade e seu lazer tomem conta; novo cenário: seres humanos no lugar das máquinas de transporte
Foto: Beatriz Alencar 
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Confecção, concentração e admiração: a criação ainda nas mãos de seu autor | Foto: Beatriz Alencar
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Antigamente a areia era alojada dentro de ampulhetas para marcar o tempo toda vez que era colocada de cabeça para baixo. Agora, está disposta em diferentes formas e cores, não para que marque o tempo. Como reinventado, utiliza-se das horas que antes marcada, para formar arte | Foto: Beatriz Alencar
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Existem boas ilusões? Apesar de todos termos uma em particular, ver a mágica ainda nos provoca a sensação de mistério. Com apenas uma mão falsa e um martelo, o artista cria um universo de fantasia | Foto: Beatriz Alencar
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Coreografadas ou não, a expressão artística do corpo vai para além da saúde física, é uma forma de divertimento para o coração | Foto: Beatriz Alencar
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Pausas sem movimento, controle sobre o corpo: em meio a tantos deslocamentos, não lhe é preciso palavras para criar diversas emoções em seu veste branco como a paz | Foto: Beatriz Alencar
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Discos em telas. Música em forma visual. Partituras que tocam no cérebro ao remeter a imagem do artista no que seria o responsável por tocá-las | Foto: Beatriz Alencar
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Não necessita de presença em grandes palcos para aclamar. Pela rua, o "Porquinho da Paulista", Jonathan Oliveira, canta transformando o caos em musical | Foto: Beatriz Alencar 

 

Qualidade da água do rio continua muito ruim, mas margens recuperadas já trazem benefícios para a população
por
Lucas Gomes
Matheus Marcolino
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21/11/2023 - 12h

Por Lucas Gomes (texto) e Matheus Marcolino (audiovisual)

 

Jhonatan Barbosa cresceu e passou grande parte de sua vida adulta em Cidade Tiradentes, extremo da Zona Leste de São Paulo. O dia a dia na periferia não era fácil. Ele começou a trabalhar aos 14, em buffets nas festas dos ricos do centro da capital. Já que a rotina de horas e horas dentro do transporte público era extremamente desgastante, sonhava em viver em um grande centro. E esse sonho é antigo: quando criança, nos anos 1990, sua mãe costumava levá-lo a um consultório médico na avenida Paulista. No caminho, passavam por hospitais e grandes monumentos da cidade, além da Marginal Pinheiros, que margeia o rio. Ele via os prédios na região da Vila Olímpia com espanto. Parecia uma outra realidade. 

Em 2019, Jhonatan conheceu sua atual esposa. Na época, ela morava numa kitnet em Santo Amaro, Zona Sul da capital. Com o início da pandemia, em 2020, ele decidiu se mudar para lá. O sul oferecia a Jhonatan o que o leste não tinha: além de conseguir morar perto do trabalho, agora ele e a companheira tinham opções de lazer, como as margens do Rio Pinheiros, que vive um processo de despoluição há quatro anos. Inaugurou-se um programa de casal: andar de bicicleta, caminhar, ou até mesmo fazer yoga no recém-inaugurado Parque Bruno Covas. Criou-se uma relação com um rio que estava morto.

O Rio Pinheiros sempre fez parte da história de São Paulo. Ele foi navegável até o início do século passado, quando o interesse do setor energético impulsionou uma mudança: o curso do Pinheiros mudou, e o rio passou a correr em direção à represa Billings, construída para servir como um reservatório para geração de energia hidrelétrica. Nos quase 100 anos que se passaram desde então, o Pinheiros foi um dos rios mais violentados pela população e pelo poder público, e se tornou sinônimo de sujeira, mau cheiro e descaso.

Em 2019, João Dória, então governador do Estado de São Paulo, fez uma promessa bastante ambiciosa: despoluir o Rio Pinheiros até o fim de 2022. O programa “Novo Rio Pinheiros” previa o investimento de mais de R$ 1,5 bilhão, que focaria no tratamento de esgoto para impedir que lixo e dejetos continuassem chegando ao rio. 

O mapeamento “Observando os Rios”, da ONG SOS Mata Atlântica, acompanha a situação do Rio Pinheiros e dá uma nota para a qualidade da água em três pontos de medição: Ponte João Dias, Ponte do Jaguaré e Ponte da Cidade Jardim. Desde o início do monitoramento mensal, em agosto de 2021, somente em duas vezes os pontos de medição não receberam a nota mínima (péssimo): em outubro de 2021, João Dias recebeu nota “ruim”, sendo o mesmo caso da Ponte Cidade Jardim, em janeiro deste ano. 

César Pegoraro, biólogo e integrante da Equipe de Água da SOS Mata Atlântica, conta que, passados quatro anos desde o início do programa Novo Rio Pinheiros, os avanços são inegáveis, mas a situação segue calamitosa. Foram registradas 650 mil ligações de domicílios à rede de esgoto, diminuiu-se a carga orgânica do rio, mas o estado da água do Pinheiros ainda é horrível. “A gente ressuscitou um rio e conseguiu devolver esse rio à UTI. Ele não é um rio saudável”, explica.  Na visão de César, João Dória cometeu um erro ao estipular uma data de entrega, já que a natureza tem um tempo próprio - e, às vezes, resultados concretos podem demorar a chegar.

A principal métrica usada no mundo para medir a limpeza de um rio é a de DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio). Ela determina quanto oxigênio é consumido em cada litro de água por causa da poluição. Em 2022, a gestão Dória afirmou que a meta estava sendo cumprida. “Dos 13 pontos de monitoramento do rio, 11 já apresentaram o chamado DBO abaixo de 30 mg/L, quantidade mínima para que a água não tenha odor, melhore a turbidez e permita vida aquática”, relata, em nota, a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL) do Governo do Estado de SP. 

José Carlos Mierzwa, chefe do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Escola Politécnica (POLI) da USP, conta que um DBO de 30 mg/L não é o ideal para um rio vivo. Segundo ele, para que haja vida aquática é necessário um DBO na faixa dos 5 mg/L. O projeto de despoluição é coordenado pela SEMIL-SP e conta com participações da Sabesp e da Cetesb. 

Os órgãos e empresas citadas foram procurados, mas não responderam até o fechamento da reportagem. 

O CHEIRO 

Jhonatan conta que sentiu uma melhora no odor vindo do rio Pinheiros durante os últimos anos. O cheiro não incomoda seu trajeto para o trabalho ou quando ele sai com sua companheira para caminhar no Parque Bruno Covas, por exemplo. Na estação Cidade Universitária, da Linha 9-Esmeralda, porém, a história é outra: um odor forte de esgoto é notado pelos usuários do transporte público. A estudante Ana Carolina diz que o cheiro se intensifica em dias de chuva ou de calor, que estão se tornando cada vez mais comuns na capital.

Pegoraro explica que as diferenças entre os diferentes pontos do rio se dão pelos muitos afluentes do Pinheiros e do processo de saneamento nas regiões atendidas por eles. Enquanto nos arredores do Parque Bruno Covas o rio é mais verde e o tratamento de esgoto é localizado e avançado, regiões como a da estação Cidade Universitária ou do Parque Villa-Lobos sofrem para tratar grandes quantidades de esgoto. Os rios Pirajussara e Jaguaré, principais afluentes dessas localidades, ainda têm uma carga orgânica maior - o que acaba deixando o cheiro mais forte.

A IMPORTÂNCIA DO RIO

Um rio vivo impacta a comunidade de seu entorno de muitas formas, mas duas são as mais destacáveis. O primeiro - e mais imediato - aspecto é o da oferta de lazer. O Rio Pinheiros, por exemplo, teve suas margens revitalizadas, e pessoas como Jhonatan e outros moradores da Zona Sul ganharam uma nova opção de convívio com a família, amigos e natureza, mesmo que nem todo ambiente esteja próprio para isso. A despoluição de rios é uma boa oportunidade para o setor de turismo, e o caso do Rio Sena, na Europa, chama atenção: antes tido como “morto”, o canal francês agora é favorito a receber competições de natação nas Olimpíadas de Paris, em 2024.
 

O segundo aspecto impactado por um rio vivo é a saúde física e mental da população. A baixa qualidade da água dos rios vem, principalmente, do mau tratamento de esgoto - que afeta especialmente os mais pobres. Um relatório da OMS, divulgado em 2013, apontou que cada dólar investido em saneamento gera 4,3 dólares de economia na saúde global. “Saneamento é qualidade de vida e saúde pública”, afirma José Carlos Mierzwa, que acredita que o investimento do poder público nesse sentido é extremamente necessário.

A saúde mental também não fica para trás. Publicado em 2010, um estudo da Universidade de Chiba (JAP) aponta que a convivência com áreas verdes reduz o estresse e a pressão arterial. “Teríamos muito mais saúde se tivéssemos rios mais limpos. (...) Ajudariam muito a melhorar a saúde mental das pessoas e a diminuir a violência urbana”, aponta Pegoraro. 

Apesar dos avanços tímidos nos quatro anos do Novo Rio Pinheiros, o poder público e a sociedade civil devem continuar engajados no processo de recuperação do rio. Assim, quem sabe, o próximo passo pode ser tirar o Pinheiros da UTI.
 

Mesmo aos domingos, a operação do metrô de São Paulo não para
por
Julia Barbosa
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13/11/2023 - 12h

Na correria do dia-a-dia ou envoltos por uma multidão que domina o metrô de São Paulo nos horários de pico, não é comum prestar atenção nos funcionários e nas figuras que movem a cidade. Possivelmente são essas algumas das pessoas que fazem acontecer seu deslocamento até o trabalho, faculdade, de volta pra casa ou pro passeio do final de semana.

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Motorista na linha-2 verde do metrô. Foto: Julia Barbosa

 

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Motorista do metrô em São Paulo. Foto: Julia Barbosa
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Bilheteria em um domingo de fluxo tranquilo. Foto: Julia Barbosa
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Parte de trás, sem condutor. Foto: Julia Barbosa
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Metrô chegando na estação das Clínicas. Foto: Julia Barbosa
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Condutor da linha-2 verde do metrô. Foto: Julia Barbosa
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Vagões indo em direção a estação Vila Prudente. Foto: Julia Barbosa

 

Imagens mostram as diferenças socioeconômicas que representam bairros paulistanos
por
Ana Clara Farias
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12/11/2023 - 12h

Apesar de ser uma das cidades mais ricas do Brasil, São Paulo também possui grandes níveis de desigualdade social entre os habitantes. Essa informação pode ser observada a partir das regiões nobres que se encontram próximas a bairros de baixa renda.

A Zona Sul é uma região composta por diversas paisagens e monumentos que realçam a beleza da cidade. No entanto, também é conhecida por um vasto número de regiões periféricas. 

Além dos bairros como o Brooklin, Morumbi ou Itaim Bibi, também existem as favelas e localidades com baixa infraestrutura. Alguns dos mais conhecidos são o bairro do Capão Redondo e região de Paraisópolis. 

Alguns desses bairros nobres são localizados próximos às favelas e comunidades mais pobres e isso traz uma perspectiva mais focada na discrepância socioeconômica desses dois grupos. 

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Favela ao lado de prédios na Zona Sul. Foto: Ana Clara Farias
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Vista de uma comunidade ao lado de prédios do Morumbi. Foto: Ana Clara Farias
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Carros velhos em morro de frente para bairro nobre. Foto: Ana Clara Farias
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Vista de uma favela de frente para local luxuoso. Foto: Ana Clara Farias
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Bairro periférico Vila Andrade ao lado do Morumbi. Foto: Ana Clara Farias

 

A invisibilidade social é um fenômeno presente nas grandes cidades do mundo.
por |
05/11/2023 - 12h

Na correria rotineira presente na vida de mais de 12 milhões de paulistanos, muitos passam pelas ruas sem se darem conta do que está a sua volta. Dentre estas pessoas, comerciantes, moradores de rua e funcionários diversos só recebem a devida atenção quando são úteis para as vidas dos habitantes da cidade, caso contrário, passam despercebidos e invisíveis. Esse, senhoras e senhores, é o lado oculto do mundo:

 

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Natural de Recife, morador reside a mais de dez anos nos redores da Estação Conceição (São Paulo), onde cozinha, cuida de seus cachorros e convive com outras pessoas. // Foto: Vinícius Evangelista

 

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Diogenes trabalha com comércio de rua desde seus 17 anos // Foto: Vinícius Evangelista

 

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Motoristas de ônibus se reúnem durante o intervalo de trabalho // Foto: Vinícius Evangelista
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Dona Enelita trabalha ao lado de seu sobrinho na loja "Tia do Dog" // Foto: Vinícius Evangelista

 

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Sua lojinha de cachorro quente existe a mais de 30 anos! // Foto: Vinícius Evangelista


 

A feira contou com várias atrações culturais e gastronômicas, propondo uma viagem para alem da Índia
por
Vitor Nhoatto
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22/09/2023 - 12h

Na Avenida Paulista neste sábado (16), em um imponente prédio com o letreiro Club Homs, uma aglomeração sugeria algo especial.  Ao entrar e subir as escadas, um forte odor de especiarias atiçava o olfato dos visitantes, e um mundo de cores e sons animavam a todos. Ali acontecia um festival indiano totalmente vegano. A feira anual de entrada gratuita trouxe um pedaço do país asiatico ao centro de São Paulo. Por meio da sua culinária intensa; música tradicional "kirtana"; rituais religiosos e muitas bancas de diversos produtos artesanais.

Tendo seu início às 11h e término às 22h , o evento possibilitou uma imersão na cultura indiana, tão rica e diferente aos olhos ocidentais. No entanto, vários idiomas se misturavam no ar, e à medida que se avançava pelo grande salão do tradicional clube paulista, bandeiras e símbolos de vários países, levavam os presentes a uma viagem pelo mundo.

Prato preto redondo sob uma mesa com espetos veganos de calabresa, frango e camarão junto a um pouco de farofa com uma pimenta vermelha em cima, maionese vegana e um pouco de folhas de faces crespas picadas
Churrasco sem crueldade é a proposta do restaurante Nega Fulô, idealizado por mulheres negras - Foto: Vitor Nhoatto

Servindo como deliciosos aperitivos para abrir o apetite, em meio a uma mesa de doces árabes e uma de mini pizzas, estava o quiosque do Nega Fulô. O restaurante, localizado na zona leste da capital paulista, levou até o evento um churrasco sem crueldade animal, com opções de espetinhos de calabresa, frango, camarão, kafta e cogumelos. Com a maioria dos sabores tendo como base proteína de soja, fécula de mandioca e condimentos diversos, os preços variavam entre R$14 e R$17 cada, com direito a três acompanhamentos: uma deliciosa veganese, uma farofa com ou sem pimenta e um pouco de salada de repolho com acelga.

Para beber, uma ótima opção era a Kombucha da barraca Amigos da vida, empresa do interior de São Paulo que desde 2014 produz artesanalmente as bebidas, as quais são orgânicas, veganas e sem aditivos artificiais. Custando R$14 a garrafa de 300ml, a bebida levemente gaseificada e com propriedades medicinais, é obtida a partir da fermentação dos seus ingredientes. Os sabores disponíveis eram: uva, hibisco e gengibre, e romã.

Varias pessoas de roupas coloridas sentadas no chão de um palco com cortinas vermelhas ao fundo, tocando instrumentos musicais orientais e cantando música tradicional indiana Kirtana
Apresentação de música tradicional indiana "kirtana"durante o ritual de bençãos no festival - Foto: Vitor Nhoatto

A maioria das opções de comida enfrentavam filas. Depois do pedido feito, o tempo de espera era de até 50 minutos, mas muitas outras atrações encantavam o público e faziam o tempo voar. Na feira estavam presentes camisetas indianas e hijabs; cosméticos naturais brasileiros; semijoias peruanas; e perfumes e livros árabes, todos esses artesanais, veganos e com uma história diferente para contar.

Além dos vários produtos à venda, atrações gratuitas ocorreram, aulas de yoga, rodas de meditação, sessões de pintura facial e um enorme ritual hindu de bênçãos com o guru indiano Paramahamsa Vishwananda. A trilha sonora ficou com as apresentações ao vivo de "kirtana", uma música tradicional do país asiatico.

Prato de papel alumínio com arroz temperado amarelo, samosas de legumes e uma salada de alface crespa e tomates em cubo, sob uma mesa bege de madeira junto a um garfo de plástico transparente, copo de papel com sopa de lentilhas, e um copo de plástico transparente com o suco Nimbu Pani indiano de aparência verde
Carro-chefe do festival, refeição indiana completa, e o suco Nimbu Pani, típicos da Índia - Foto: Vitor Nhoatto

A estrela do festival foi a refeição indiana completa, oferecida pelo restaurante Estação Vegana, com unidade fixa na Liberdade. O prato de R$40 era composto pelo Jeera Rice (arroz com açafrão e cominho), Dahl de lentilhas com especiarias, samosas de legumes, um salgado típico indiano e uma porção de salada para equilibrar a picância. Para beber, havia o Nimbu Pani, suco de limão, hortelã e cominho; e o Chai, bebida quente de leite vegetal com especiarias, ambos por R$12. No quesito sobremesa, o quiosque de temática anime, Xoxurros, oferecia churros ou açaí entre R$14 e R$20, dependendo do tamanho e adicionais. Havia também em outras bancas, brownies artesanais por R$10, ou brigadeiros por R$5.

Em um mar de pessoas tão diferentes, e ecobags com “somos parte do futuro” escrito, a valorização da diversidade e a mistura cultural prevaleciam, além do respeito pelas etnias e animais. O festival indiano organizado pela Vegnice acontece anualmente, mas outras feiras ocorrem ao longo do ano, demonstrando a versatilidade e sabor da comida vegana.

Para ter um gostinho do que rolou, confira o vídeo  no Instagram da AGEMT.

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O restaurante com culinária tailandesa autêntica possui unidades na Liberdade e em Pinheiros
por
Camila Stockler
Fernanda Querne
João Curi
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08/09/2023 - 12h

                                Legenda: O carro-chefe Pad Thai / Por: Camila Stockler

Subindo a rua Galvão Bueno e virando à esquerda na rua Barão de Iguape, no bairro da Liberdade, em São Paulo, já é possível notar algumas bandeiras tailandesas. E apesar delas, a porta é simples e durante a semana é preciso tocar a campainha. Ao entrar, tudo acontece ao mesmo tempo: o cheiro agridoce invade as narinas, as atendentes tailandesas perguntam “quantas pessoas?”, e em todo o salão há  decorações budistas, souvenires tailandeses e até retratos da monarquia desse país do Sudeste Asiático. Depois de um primeiro choque, é possível notar que este lugar além de um restaurante é um local de divulgação da cultura tailandesa. E é assim que se entra  no restaurante Thai E-San, da chef tailandesa Tookta Chomnuk.

Assim, a recomendação da AGEMT para quem nunca experimentou comida tailandesa, é o pad thai. Esse prato é o carro chefe de qualquer restaurante tailandês que se preze, e é o prato mais famoso da Tailândia. Sendo uma combinação agridoce de macarrão de arroz, legumes, tofu, ovo e a carne da sua escolha (frango, bovino, camarão ou tofu), tem o preço variando de 45 a 52 reais dependendo da carne. 

Além disso, tradicionalmente a culinária tailandesa é caracterizada pela presença do camarão, pimenta e arroz, mas o restaurante demonstra que a culinária tailandesa é muito mais que isso. E além de poder escolher o tipo da carne, é possível tornar a maioria dos pratos vegetarianos ou inclusive, veganos. Para quem não lida bem com a pimenta: fique tranquilo que a maioria dos pratos é possível regular o nível dela. 

                   Legenda: O Khaw Ung sticky rice na vasilha de bambu/ Por: Camila Stockler

Com currys e sopas distintas é possível experimentar desde um prato executivo como o Pad Kra Paw, que custa entre R$35,00 e R$40,00, para quem gosta de pimenta. Ou até o Khao Pad Sapparod, entre R$62,00 e R$72,00, que é apresentado em um abacaxi. Há o   Khaw Ung (sticky rice - R$12). Esse acompanhamento vem em uma vasilha de bambu feito no vapor, e por ser feito com arroz do tipo moti, é bem grudento (e muito saboroso) e é ótimo com currys

                             Legenda: O Pad Kra Paw e o Thai Tea com leite / Por: Camila Stockler 

Mas não é só de pratos que sobrevive a culinária tailandesa. Outro carro-chefe é o thai tea (R$13), um chá gelado de coloração laranja e especiarias que faz qualquer um se apaixonar, trazendo até um gosto de infância. Aliás, há duas opções: com leite e sem, ambas igualmente boas e ótimas para o calor. Além disso, a sobremesa mais tradicional é a Khaoeni Mamuang (R$23), um arroz moti adocicado e com extrato natural de folha de pandan, coberto com leite de coco e manga.

E neste ano, o Thai e San abriu outra casa em Pinheiros na Rua Cunha Gago, 399. Ambos os endereços fazem entregas pelo Ifood, Rappi e Vou de Nekô. Além disso, recentemente, o Thai tea entrou para o cardápio do delivery. Para saber mais, confira o vídeo no instagram da AGEMT. 

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Apesar da mudança abrupta do clima de São Paulo, não abalou os cidadãos de visitarem o bairro.
por
Octávio Alves
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11/09/2023 - 12h

No ultimo sábado, dia 26, apesar de todas as condições do clima para deixar a população em casa, com a grande queda de temperatura, não foi o suficiente para atrapalhar o final de semana dos cidadãos da grande São Paulo, um dos locais que não foram afetados foi na Liberdade. Atualmente este bairro é um dos pontos mais marcantes da capital São Paulo que não tiveram o movimento diminuído. Liberdade é um bairro de cultura oriental que não importa o dia da semana ou seu tempo, está sempre movimentada pelos diversos motivos; passeio, culinário, conhecimento cultural e procura de produtos.

 

Movimento na ponte
Movimento na "Ponte da Amizade", frequentemente utilizada pelos camelôs. Liberdade- SP.
(Foto- Octávio Silva)
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Pessoas andando perto de uma banca e um restaurante
Duas pessoas andado juntas entre o mercadinho e a banca de revista. (Foto- Octávio Silva)
Descendo a rua
Descendo uma das ruas comerciais do bairro, Liberdade. (Foto- Octávio Silva)
Homem compras
Homem fazendo compras na Liberdade.( Foto- Octávio Alves)
Pessoas andando em uma rua
Movimento na "saída" da "Ponte da Amizade". (Foto- Octávio Augusto)
Casal andando
Casal passeando na principal área comercial da Liberdade. (Foto- Octávio Silva)
Grande movimento, apesar do frio
Grande movimentação apesar do frio que fazia. (Foto- Octávio Silva)
Cosplays
Cosplayers do jogo chinês, Genshin Impact , posando para a foto. (Foto- Octávio Silva)

 

O quiosque se destaca na Zona Oeste da capital com opções de comida típica nepalesa
por
João Curi
Fernanda Querne
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24/08/2023 - 12h

 

                                                               O quiosque Momu, de 7m², em Pinheiros. (Foto: Fernanda Querne) 

Saia da estação Fradique Coutinho, vire à esquerda e ande reto por dois minutos. Assim, encontrará as trouxinhas de massa leve nepalesas, conhecidas como momos - e não os confunda com os guiozas. Ao lado da hamburgueria Patties, o quiosque Momu transformou sete metros quadrados em uma experiência gastronômica ao compartilhar a diversidade do seu país. 

Havia pessoas em pé, outras sentadas em volta da árvore. Esperavam que a Luz, funcionária do Momu, anunciasse seus nomes para que pudessem, finalmente, se deleitar com a variedade dos bolinhos: os recheios de carne de porco, carne bovina e shimeji, a opção vegana. A clientela aparentava ter saído direto do expediente. Os bolinhos pareciam recém-chegados do Nepal.  

Momu e a hamburgueria Patties em Pinheiros (Foto: Fernanda Querne) 

Em entrevista à Agemt, Luz explicou como é o procedimento ao fazer as trouxinhas: "O momu não é feito aqui nessa loja, devido às condições do espaço. É feito pelo Amar, o nosso chefe, lá na casa dele". Junto com a Anusha Ale, sua esposa, comandam o Momu graças ao Projeto Vizinho, um concurso no qual a hamburgueria Patties cederia um “puxado” da sua unidade, em Pinheiros, para um microempreendedor que não tivesse condições de investir no ramo gastronômico.

Os funcionários finalizam o preparo dos momos. (Foto: Fernanda Querne) 

O casal nepalês surpreendeu o cenário gastronômico paulista com seus temperos e especiarias moldados manualmente em bolinhos. Ao finalizarem o cozimento, ali no quiosque mesmo, regam os momus com um molhinho apimentado de tomate e uma chuva fina de gergelim. Assim, um pouco da influência da região do Himalaia recai sobre a cultura de rua da América Latina, onde sempre cabe mais um tempero.

O quiosque Momu é quase como uma embaixada gastronômica do Nepal, em São Paulo. O prato típico colabora com a diversidade da culinária paulista, que abraçou os momus após viralizarem no TikTok. É uma experiência que te viaja até os Himalaias, num “puxadinho” que faz caber a cultura da maior região montanhosa do mundo numa amostra de bolinho. 

Para conferir mais de nossa cobertura, acesse aqui.

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Diversos túmulos são ornados como um ato de fé, manifestando uma visão religiosa do pós-morte
por
Felipe Oliveira
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19/06/2023 - 12h

A morte é vista de maneira diferente em diversas culturas. Para os cristãos, a vida na Terra é apenas passageira, na qual o paraíso ou inferno será sua nova e eterna morada dependendo dos seus atos enquanto vivo. É comum ver inúmeras estátuas ou símbolos referentes à religião cristã em seus túmulos, como descrição de fé. O Cemitério Protestante da Consolação, zona central de São Paulo, não é diferente nesse quesito.

Veja a seguir algumas imagens de sepultamentos de um Cemitério Protestante:

Entrada do cemitério
Portão do cemitério. Autor: Felipe Oliveira
estátua e cruz
Estátua da crucificação de Jesus. Autor: Felipe Oliveira
saudade
A saudade de um ente querido. Autor: Felipe Oliveira
três cruzes
Anjos carregando Jesus. Autor: Felipe Oliveira
luz no fim do túnel
Estátua de Jesus e grande túmulo. Autor: Felipe Oliveira
cruz deitada
Cruz deitada. Autor: Felipe Oliveira
representatividade de Maria abraçando Jesus
Representatividade de Maria abraçando Jesus. Autor: Felipe Oliveira
bela escultura
Túmulo ornamentado com esculturas de anjos. Autor: Felipe Oliveira