Mãe e filha se casam juntas em meio a pandemia do Covid-19

Adriana contrai matrimônio com o parceiro depois de 26 anos juntos e Mariana com o namorado que fez durante o confinamento
por
Majoí Sotero Costa
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10/05/2021 - 12h

 

Adriana Domite Mendonça Eva, 49 e Mariana Mendonça Eva, 19, mãe e filha resolveram se casar com seus parceiros durante a pandemia do corona vírus. O compromisso de amor ocorre após dificuldades decorrentes da quarentena. Adriana e seu parceiro, Pedro Paulo, já moravam juntos há 26 anos e tem duas filhas, mas em março de 2020 tudo mudou. O pai de Adriana faleceu e ela e Pedro que eram atores e donos de um buffet, perderam seus empregos. “Nunca estive tão mal na minha vida”.  Conforme foram passando mais tempo juntos, encontraram um no outro uma fonte de suporte. “O apoio dele foi essencial para eu ficar bem, querendo ou não estamos passando nossa pior fase e estar juntos é a melhor prova de amor.”

Adriana e Pedro Paulo se casando no cartório junto de suas filhas Manuela e Mariana
Adriana e Pedro Paulo se casando no cartório junto de suas filhas Manuela e Mariana

 

“A pandemia veio de um jeito muito duro e nos mostrou a importância de estar junto com alguém”, ela conta. Em meio a tanto caos, surgiram novas certezas: “A pandemia apagou o fogo da paixão e o que acendeu foi a certeza de ter um ao outro para o que der e vier.”

Já Mariana, sua filha, começou um namoro do zero. Ela e seu namorado, Davi, antes de tudo, eram amigos e o isolamento foi a oportunidade de eles saírem a sós e se conhecerem melhor. “Se não fosse pela pandemia eu não sei em que momento eu ficaria com ele sozinha”. Começaram a se ver de duas em duas semanas e hoje moram juntos há um mês. “Tudo se intensifica na quarentena, sempre que eu tenho algum problema meu namorado está lá para me ajudar, eu não sei o que faria sem o apoio dele.”

Adriana e Mariana reconhecem que os relacionamentos amorosos na pandemia têm sim suas dificuldades, mas isto apenas os tornou mais fortes: “Você passa muito tempo com a pessoa, tem que aprender a conviver, a lidar com as questões do outro também e o perceber como ser humano, que tem suas falhas e isso formou uma conexão muita linda entre a gente” disse Mariana. Para Adriana: “vou continuar caminhando, e vamos de mãos dadas, porque deve ter uma luz no fim do túnel que a gente ainda não viu.”

 

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